Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Atividades - Teoria do Delito 1 - Delito é uma conduta humana individualizada mediante um dispositivo legal (tipo) que revela sua proibição (típica), que por não estar permitida por qualquer preceito jurídico (causa de justificação) é contrária à ordem jurídica (antijurídica) e que, por ser exigível do autor que agisse de maneira diversa diante das circunstâncias, é reprovável (culpável). Certo ou Errado Comentário: A definição de crime acima transcrita foi formulada por Eugênio Raul Zaffaroni; ele adota o conceito analítico de crime, que é amplamente aceito pela doutrina, e que concebe o delito como uma ação típica, antijurídica e culpável. 2 - Para a Teoria Causal-Naturalista, a ação pode ser conceituada como um comportamento humano voluntário e intencional que causa uma modificação no mundo exterior. Certo ou Errado Comentário: O conceito de ação, na Teoria Causal-Naturalista, não inclui o conteúdo da vontade (intenção do agente); a intenção do agente é analisada apenas no âmbito da culpabilidade. 3 - As Teorias Funcionalistas têm em comum o fato de sistematizar a dogmática penal a partir de objetivos político-criminais a serem alcançados pelo direito penal; todas elas se afastam por completo de dados ônticos e buscam, a partir da discussão em torno do caso concreto, extrair argumentos jurídicos (soluções) que melhor atendam aos fins político-criminais de um Estado Democrático de Direito. Certo ou Errado Comentário: A concepção funcionalista de Roxin não se afasta por completo de conceitos ônticos; a discussão em torno do caso concreto para extrair argumentos jurídicos (soluções) que melhor atendam aos fins político-criminais de um Estado Democrático de Direito é por ele utilizada para preencher lacunas na dogmática penal (que se vale também de conceitos ônticos). 19 4 - A coação moral, se irresistível, exclui a ação e impede a aplicação de uma pena ao coagido. Certo ou Errado Comentário: A coação moral irresistível exclui a culpabilidade; a coação física irresistível exclui a ação. 5 - São elementos objetivos comuns a toda espécie de crimes omissivos o dever de agir imposto por uma norma diante de uma situação descrita no tipo penal, a possibilidade de agir e o nexo de evitação. Certo ou Errado Comentário: Todo crime omissivo pressupõe a existência de uma norma mandamental que impõe um dever de agir (sob determinadas circunstâncias) que deve ser cumprido pelo destinatário da norma, desde que a ação imposta seja fisicamente possível. 6 - De acordo com a Teoria dos Elementos Negativos do Tipo, adotada pelo ordenamento jurídico brasileiro, como há uma identidade conceitual entre tipicidade e antijuridicidade, as causas de justificação funcionam como elementos negativos do próprio tipo (excluem, ao mesmo tempo, a tipicidade e a antijuridicidade), e por isso o dolo também deve abranger a ausência de causas de justificação. Certo ou Errado Comentário: Ao contrário do afirmado, a Teoria dos Elementos Negativos do Tipo não foi adotada pelo ordenamento jurídico brasileiro. As demais afirmações inseridas na questão acima formulada estão corretas. 7 - As concausas relativamente independentes são caracterizadas por uma soma de esforços com a conduta precedente e, segundo o critério do juízo hipotético de eliminação, sua ocorrência só é possível em virtude da prática da ação delituosa anterior; por essa razão, elas jamais poderão excluir a responsabilidade do autor pelo resultado final causado pela conduta criminosa antecedente. Certo ou Errado Comentário: O art. 13, § 1º, do CP, dispõe que “A superveniência de causa relativamente independente exclui a imputação quando, por si só, produziu o resultado; os fatos anteriores, entretanto, imputam-se a quem os praticou”; assim, nos casos em que a concausa relativamente independente produzir por si só o resultado (o que 20 ocorre sempre que houver uma ruptura do desdobramento causal iniciado pela conduta antecedente), o autor da conduta antecedente não será responsabilizado pelo resultado final (apenas pelos fatos anteriores). 8 - A Teoria da Imputação Objetiva do Resultado é um critério normativo-restritivo da causalidade natural segundo o qual um determinado resultado somente pode ser atribuído ao autor como obra sua se o comportamento por ele praticado tiver criado um risco proibido, se esse risco se realizar em um resultado típico e se o resultado estiver no âmbito de proteção da norma. Certo ou Errado Comentário: A Teoria da Imputação Objetiva do Resultado foi inicialmente sistematizada por concepções funcionalistas, mas tem sido adotada por autores finalistas com o escopo de limitar o alcance da Teoria da Equivalência das Condições. Conforme ressalta Juarez Tavares (ao tratar da adoção dos critérios utilizados pela Teoria da Imputação Objetiva para a atribuição normativa de um resultado como obra do autor da ação), “para que esses critérios possam exercer, efetivamente, uma função democrática, devem todos eles se subordinar ao princípio geral de que à norma penal é assinalada uma única tarefa, que é a de limitar o conteúdo, a extensão e os efeitos do poder de punir”. 9 - A análise da necessidade e da moderação dos meios utilizados na legítima defesa deve se dar sob uma perspectiva ex ante , e não ex post. Certo ou Errado Comentário: A afirmativa está correta uma vez que a possibilidade de justificação de uma conduta (com base na legítima defesa) deve se dar a partir das circunstâncias que poderiam ser conhecidas pelo agente no momento da ação defensiva, não se podendo exigir dele um conhecimento dos fatos que somente poderia ser obtido a posteriori (ou seja, sob uma perspectiva ex post ). 10 - Considera-se em legítima defesa o agente de segurança pública que repele agressão ou risco de agressão injusta, atual ou futura, a vítima mantida refém durante a prática de crimes. Certo ou Errado Comentário: Apenas a agressão atual ou iminente autoriza a atuação em legítima defesa. 21
Compartilhar