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Patologia caso 5 - câncer de próstata

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Câncer de próstata 
Caso 5
Próstata 
Isabelle Isis Mello Assis
FCM/TR - 5º período
Fatores de risco
• Acima de 50 anos
• Pai ou irmão com câncer de próstata antes dos 60 anos, podendo refletir tanto fatores 
genéticos (hereditários) quanto hábitos alimentares ou estilo de vida de risco de algumas 
famílias.
• Excesso de gordura corporal.
• Exposições a aminas aromáticas (comuns nas indústrias química, mecânica e de 
transformação de alumínio) arsênio (usado como conservante de madeira e como 
agrotóxico), produtos de petróleo, motor de escape de veículo, hidrocarbonetos policíclicos 
aromáticos (HPA), fuligem e dioxinas estão associadas ao câncer de próstata.
• É um órgão retroperitoneal. Se localiza abaixo na parte baixa do abdômen.
• Parênquima prostático pode ser dividido em quatro zonas ou regiões biológicas e 
anatomicamente distintas: zonas periférica, central, transicional e periuretral.
• A próstata é composta por glândulas revestidas por duas camadas de células: 
uma camada basal de epitélio cuboide baixa coberta por uma camada de células 
secretoras colunares.
• Os tipos de lesões proliferativas são diferentes em cada região:
 ➜ Hiperplasia: surgem na zona de transição ou periuretral, quando grande 
comprimem o canal uretral, causando obstrução parcial ou total da uretra.
• Por acontecer mais nas zonas central e de transição, o homem vai sentir os 
sintomas miccionais, tendo um diagnóstico mais rápido, porém no toque retal, 
analisa a zona periférica, então se tiver um nódulo é mais fácil de detectar.
 ➜ Carcinomas: zona periférica.
• Quase não aparece sintomas no adenocarcinoma prostático, ajudando no 
diagnóstico, fazendo o exame de PSA e o toque retal, até o USG transretal.
• Tecido prostático normal:
Para verificar se é um câncer de fato:
• PSA (Antígeno Prostático Específico): considerando a idade do paciente, quanto 
mais células, maior a funcionalidade, então o PSA irá estar maior, mas isso é só no 
início, porque depois a célula vai perdendo sua função, uma vez que está ficando 
longe do padrão de normalidade e consequentemente está perdendo sua função;
• Toque retal: uma vez que a zona periférica da próstata tem grande relação com 
reto;
• Biópsia: de vários fragmentos (12 a 15) para verificar a característica histológica 
desses fragmentos para encaixar em uma escala para ver a agressividade do 
tumor.
Tipos histológicos
Sintomas 
• Os sintomas geralmente estão ausentes até o crescimento do tumor causar:
➜ Hematúria
➜ Disúria
➜ Obstrução com dor
➜ Jato urinário fraco e intermitente
➜ Sensação de esvaziamento incompleto
 
Patogênese - Adenocarcinoma
• Algumas famílias carrega o gene tumoral HPCI (câncer de próstata hereditário), outras 
pessoas também podem sofrer mutações em suas células, ou seja, material genético 
gerando anomalias por exemplo no gene de transcrição do desenvolvimento da próstata 
(HOXB13), alterações em fatores de transcrição oncogênicos (ETS) e ativação de via de 
sinalização (PI3K/AKT). Com o estimulo danoso essas mutações acabam interferindo em 
proteínas supressoras de tumor e reguladoras de crescimento celular (como BRCA2, APC e 
RAS). Então haverá crescimento e multiplicação de células neoplásicas principalmente 
na zona periférica da próstata. É importante lembrar que o crescimento e a sobrevida 
das células do CA de próstata dependem de androgênio e induzem a expressão de genes 
pró-vida e pró-crescimento.
• Macroscópica: tecido sólido branco sem aparência esponjosa normal da zona periférica.
• Microscópica: glândulas aglomeradas com núcleos aumentados, nucléolo proeminente e 
citoplasma escuro.
• Não tem nodulação;
• Perda da dupla camada.
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Escala de Gleason 
Isabelle Isis Mello Assis
FCM/TR - 5º período
• No câncer de próstata, o processo inflamatório é muito maior, porque o câncer faz 
com que as células entrem em morte tecidual, mesmo perdendo a habilidade de gerar 
apoptose, pois há muito crescimento. Na HBP, não há perda total do poder de 
apoptose, então a sinalização para a inflamação é menor.
• A enzima importante na hiperplasia: enzima 5-alfa-redutase tipo 2.
• No sistema de Gleason os tumores são classificados de acordo com a 
diferenciação celular de 1 a 5, sendo o grau 1 mais bem diferenciado e o grau 5 
mais indiferenciado. O escore final é dado pela soma dos graus do padrão 
primário (predominante) e secundário (segundo grau histológico mais comum). 
Dessa forma, as neoplasias mais bem diferenciadas seriam escore 2 (1+1) e mais 
indiferenciadas 10 (5+5). Os tumores com escores de 2 a 4 são bem diferenciados, 
os de 5 a 7 são moderadamente diferenciados e os de 8 a 10 são indiferenciados.
• Grupo 1: Gleason menor ou igual a 6
• Grupo 2: Gleason igual a 7 (3+4)
• Grupo 3: Gleason igual a 7 (4+3)
• Grupo 4: Gleason 8
• Grupo 5: Gleason 9 e 10
• 3 + 2 = Gleason 5 - mais agressivo que 2 + 3 = Gleason 5, pois o que prevalece 
mais é o 3 que é mais indiferenciado.
• A escala é a analise na diferenciação glandular e no padrão de crescimento em 
relação ao estroma.
Hiperplasia benigna prostática 
Cla!ificação
• Nódulos que contêm principalmente glândulas são 
amarelo-rosados e moles, deixando sair um líquido 
prostático branco-leitoso.
• Nódulos compostos por estroma fibromuscular são 
cinza-pálidos e duros.
• Microscopicamente: a proliferação glandular assume a forma de agregados de 
glândulas cisticamente dilatadas pequenas ou grandes, revestidas por duas 
camadas de células, uma camada colunar interna e uma camada externa cuboide 
ou achatada.
• Dupla camada preservada.
• Infiltrado inflamatório intersticial. Pode haver infiltrado linfocitário no estroma 
dos nódulos e entre os nódulos.
• Epitélio na HPB possui papilas.
Sendo assim, a contagem final de 2 
a 10, considera tanto o padrão 
predominante quanto o padrão 
secundário.
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