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PREFÁCIO: 101 DÚVIDAS SOBRE LEAN SIX SIGMA SOBRE CARLOS SANDER: Inspirado e determinado a realizar, verdadeiramente, a melhoria contínua em processos, compartilhando conhecimento, técnicas e muito conteúdo desde o primeiro dia de CAE Treinamentos, Carlos Sander se dedica e vive para o que trabalha, busca incessantemente por aprendizado para que o seu aluno também o tenha. SOBRE A CAE: A CAE, como empresa, se solidificou tendo como objetivo muito claro e direcionado, o respeito e a coragem de fazer o diferente, diferente porque se destaca pela busca permanente de excelência ao suporte de atendimento prestado aos seus alunos, sendo este humanizado, rápido e certeiro, sem deixar de lado a qualidade e aperfeiçoamento de todo conteúdo gerado. Os nossos alunos contam com uma equipe integrada, cada colaborador que aqui atua, dispõe de muita força de vontade e métodos para oferecer ao final o que há de mais atualizado, todos juntos por um objetivo sólido e afinado. SOBRE O LIVRO: O compilado das 101 dúvidas sobre Lean Six Sigma surgiu após observarmos a dinâmica de como nossos alunos assistem as aulas, como se identificam com o conteúdo, onde encontram obstáculos nos métodos apresentados. Neste livro, você encontrará as mais diversas dúvidas já apresentadas e, por vezes, que não foram indagadas por apenas uma pessoa, portanto, pode ser que também sejam as suas! Esperamos que o livro possa lhe agregar conhecimento e, de forma simplificada lhe oferecer condições de estar mais próximo dessa metodologia tão buscada atualmente. Aproveite a leitura e depois nos conte o que achou! Por fim, deixamos aqui uma dica: a CAE produz vários conteúdos, entre eles, estudo de casos, análise de projetos, artigos e podcast, por isso, nos acompanhe e aprenda ainda mais! PERGUNTAS E RESPOSTAS DA COMUNIDADE DE ENSINO DA CAE TREINAMENTOS Caro(a) leitor(a), Durante mais de 06 anos, eu recebo questões específicas sobre cada etapa da metodologia Lean Six Sigma. E, isso é absolutamente normal. Os cursos viraram uma fonte de renda para muitas pessoas e com isso, surgiram muitas empresas e pessoas que “vendem” teorias e processos milagrosos. Criam nomes comerciais cada vez mais fantasiosos e acabam confundindo quem realmente está buscando uma formação diferenciada e baseada. Diferentemente disso, aqui na CAE, buscamos ministrar treinamentos de forma a ensinar com clareza e de maneira simplificada. A metodologia Lean Seis Sigma ainda está caminhando em nosso país. Há um espaço gigantesco para a evolução de pessoas, empresas e processos envolvendo todos os conceitos estudados pelos níveis White, Yellow, Green e Black. Lean Six Sigma é método e conhecimento técnico. Método, pois é uma estrutura gerencial disciplinada para obter os resultados a médio e longo prazo através da redução da variabilidade dos processos. Conhecimento técnico, pois envolve uma série de conceitos e análises estatísticas que permitirão avaliar dados e tomar decisões impactantes. Somente dominando o método e conciliando com as ferramentas técnicas ensinadas você será capaz de dar resultados. Quando decidimos abrir a CAE, surgimos com um propósito de oferecer algo completamente diferente. O Ensino transmitido por plataforma online era distante da realidade da grande maioria de pessoas. O suporte era padronizado e com respostas “comuns” a inúmeras perguntas. Estávamos dispostos a mudar isso. Sem criar diferenças entre alunos gratuitos e pagos, até esse momento que vos escrevo, estamos com mais de 80 mil matrículas ativas e mais de 2.000 perguntas em nossa plataforma. Cada resposta é elaborada individualmente observando o profissional e sua realidade. Cada consultor interno está determinado a responder as questões como se fosse uma última consultoria. Selecionamos, cuidadosamente, 101 dúvidas que se destacaram. 101 dúvidas que despertaram o interesse da maioria e que tiveram maiores interações em nossa plataforma. Elas são boas demais para ficarem apenas no nosso sistema. Para que o entendimento faça mais sentido (ainda que, por vezes, as dúvidas sejam técnicas e relacionadas ao que falamos em específico na aula), organizamos em módulos alinhados ao DMAIC. Isso é, Definir, Medir, Analisar, Implementar e Controlar. Como sempre digo em nossos materiais, vídeos e aulas, vamos juntos e qualquer dúvida, conte conosco! Envie um e-mail para suporte@caetreinamentos.com.br que teremos o prazer em responder. Boa leitura! mailto:suporte@caetreinamentos.com.br Dúvidas do Módulo de Definição O módulo de definição é caracterizado por ser uma etapa essencial da metodologia Lean Six Sigma. É muito comum as empresas seguirem o procedimento de encontrar um problema e tentar resolver. Isso se traduz como tentativa e erro, e consequentemente, faz você errar na solução dos problemas repetidas vezes. Nós citamos com frequência as empresas que desejam aplicar melhoria contínua: “Você pode continuar no método de tentativa e erro desde que o problema seja extremamente simples. Manter esse padrão de execução em projetos complexos é uma estratégia suicida”. Deming assim diz: “não é preciso mudar, sobreviver não é obrigatório”. As empresas que falham recorrentemente e não se preocupam em utilizar os conceitos de melhoria contínua e uma estratégia adequada de execução para reduzir esses problemas, está arriscando sua própria existência. Definir um problema pressupõe que a gente entenda de maneira específica qual é o processo que iremos atacar. Exemplo de definição incorreta: - Melhorar o atendimento de uma agência de viagens. Exemplo de definição correta: - Melhorar o lead time de reserva de viagens em 30% na agência “Boa Viagem” no período de 03 meses. Ambos os exemplos irão atacar o mesmo problema. Entretanto, o primeiro dá espaço para muitas interpretações e questões? Quando? O que é melhorar? Qual característica? Qual agência? Qual a meta? Fatalmente, avançando da primeira forma, teremos problemas em medição, análise, implementação e controle. Seja sincero, você não quer ter problemas após 4 meses de projeto e descobrir que você definiu incorretamente, certo? Abaixo, listamos algumas das principais dúvidas que surgiram no módulo de Definição dentro dos nossos cursos de Lean Six Sigma. Esperamos que algumas de suas dúvidas também possam ser respondidas. 01. (White Belt) Qual a diferença entre eficiência e eficácia? Se possível utilizando exemplos de peças fabricadas por uma indústria ou resultado/desempenho de um time de futebol? RESPOSTA: Eficiência: seguir os meios propostos para atingir os objetivos. Seguir as diretrizes e comandos. Eficácia: atingir os objetivos independente dos meios e caminhos utilizados. Imagine a seguinte situação (conforme solicitou): um time de futebol treina, treina, treina e vai para um jogo importante. Durante o treinamento, o técnico passou diversas diretrizes, jogadas ensaiadas e marcação individual que deveria ser seguida. Nesse caso, podem ocorrer até três situações: - Time faz tudo que o técnico manda, porém perde de 0x3. Time executou as funções como em treinamento? Sim. Então foi eficiente. Independentemente dos resultados alcançados. - Time não faz nada do que o técnico manda e vence por 3x0. Time não foi eficiente, mas foi eficaz, ou seja, por mais que eles não tenham seguido as diretrizes passadas em treino, chegaram ao objetivo final que era o resultado positivo e os 3 pontos para a casa. - Time joga igualzinho no treino e vence. Cenário perfeito. Time foi eficiente (pois seguiu os meios propostos) e eficaz (pois atingiu os resultados). Esse exemplo se estende a diversos outros cenários. Caso de uma prova: - Você estuda a apostila, esclarece suas dúvidas e reprova na avaliação White Belt. Nesse caso, você foi eficiente,mas não eficaz. - Você não estuda nada, responde as questões e acaba passando na prova. Foi eficaz, mas não eficiente. - Você estuda e passa. Eficiente e eficaz. No cenário de uma empresa, você precisa produzir peças com 10 cm de diâmetro. Sua máquina produz todas as peças com 15 cm de diâmetro. Completamente eficiente, porém longe da eficácia (objetivo de 10 cm). Sua máquina produz peças aleatórias e a média resulta em 10cm de diâmetro. Não eficiente, pois cada hora produz de um jeito, mas no final, na média, é eficaz (embora esse não seja, nem de longe, o cenário perfeito). Sua máquina produz peças sempre na especificação de 10 centímetros. Não há dúvidas de que esse seja o cenário perfeito. Então, dentro de processos empresariais, não podemos garantir nada sendo somente eficazes (pois aí teremos altas variabilidades) ou sendo eficientes (pois podemos estar longe dos objetivos). É necessário garantir os dois. No nosso treinamento Green Belt aprofundamos esses conceitos e introduzimos questões sobre Capacidade de Processos. No assunto capacidade, eficiência e eficácia são amplamente abordadas detalhadamente. 02. (White Belt) Poderiam me esclarecer o que seria giro de estoque? Qual a unidade de medida? E como é medido? RESPOSTA: Giro de estoque é a quantidade vendida, em um período estipulado por cada empresa, do estoque mantido por ela mesmo. Vamos supor que o estoque da sua empresa seja de produtos para utensílios domésticos. Seu estoque é de 120.000 produtos. Você vende 1.200.000 produtos ao ano. Logo, seu giro de estoque será 1.200.000/120.000 = 10 giros ao ano. De forma resumida, é a quantidade de vezes que você renova seu estoque. Normalmente, é calculada em giros ao ano, mas você pode adaptar para ao mês. Já enfrentamos situações semelhantes em que o estoque era renovado com extrema frequência e o cálculo não era feito considerando o prazo anual, mas sim mensal. 03. (White Belt) Como faço o mapeamento antes de definir a equipe? Pois já tenho noção do processo a ser melhorado. RESPOSTA: Você pode fazer um mapeamento antes de definir a equipe. Porém, dentro do Six Sigma e dos conceitos do DMAIC, ter a noção do que pode ser melhorado não é uma base concreta de uma melhoria tão evidente. Veja bem, se você já tem total certeza de qual processo precisa ser melhorado e como melhorá-lo, você pode usar conceitos mais simples como Kaizen e obter melhorias mais rápidas sem utilizar tantos recursos. O PDCA também é uma excelente opção de uso. O DMAIC contempla um conjunto extenso de ferramentas para serem utilizadas quando os desafios são mais complexos, desconhecidos e para gerar retorno financeiro maior. Envolver a equipe também é uma forma de diminuirmos o efeito da subjetividade em nossas ações. É claro que em alguns momentos precisamos dar um "start" e aí vale realizarmos um mapeamento simples e entender melhor como funciona o processo, sem problemas. Porém, tratamos com bastante cuidado em treinamentos mais avançados sobre noções pré- concebidas sobre a causa. Precisamos sempre deixar que os dados revelem os verdadeiros problemas. 04. (Lean Manufacturing Basic) Qual seria o tempo médio de duração de cada etapa, ou o tempo total, da formação até o desempenho de uma equipe? É possível estimar esse tempo? RESPOSTA: Considerando todas as fases: formação, turbulência, normalidade e desempenho, é difícil atribuir um tempo médio. Apenas para se ter uma ideia, temos um benchmark de 6~8 meses para vendas e 2~3 meses para engenharia. Varia bastante considerando o tamanho de empresa, porte, segmento, gestores, etc. O ideal é atravessar as etapas o quanto antes. Contemplando um projeto de Six Sigma que dura em média, 6 meses, seria o ideal atravessar as anteriores em no máximo 2 ou 3. O buy-in da liderança, gestores da alta administração entre outras participações e incentivos também podem acelerar esse processo. 05. (White Belt) Se o núcleo planeja e dirige o projeto, os especialistas são, no caso, Black Belts, que tomam decisões e a equipe ampliada age somente em determinadas fases, quem de fato executa o projeto no dia-a-dia? São os mesmos? E como esse projeto é aplicado para que os funcionários da empresa executem o mesmo de acordo com as especificações do projeto? Sobre conhecimentos técnicos: varia muito de acordo com o projeto? Se for um projeto, por exemplo, reestruturar o serviço de T.I de uma empresa para poder melhor atender os clientes ou mesmo a própria empresa, suponho que pessoas com conhecimento na área deverão estar envolvidas no projeto, ou não necessariamente? Estes poderiam se encaixar na equipe ampliada? RESPOSTA: Excelente pergunta. Vamos por partes. Podemos citar considerando a teoria perfeita ou o que realmente acontece na grande maioria das empresas. Vamos considerar as duas situações aqui. Os profissionais especialistas são aqueles que possuem um grande tempo de mercado, experiência no processo e podem nos ajudar em momentos de decisões. Com as opiniões desses profissionais, validamos e os planos de ação tomam rumos considerando também aqueles que “conhecem bem” a empresa. Eles podem ou não ser profissionais capacitados na metodologia Lean Six Sigma. Podem ser Black Belts ou não. Os Green e Black Belts são aqueles que executam os projetos no dia a dia e aí, quando a organização é estruturada pensando na metodologia e adotando o Lean Six Sigma, essas reuniões existem e os profissionais podem questionar a opinião dos especialistas. Muitas vezes, elas existem de qualquer forma e o Green / Black Belt precisa “pinçar” essas informações. Uma vez que o projeto é desenvolvido, dificilmente um Green ou Black, por exemplo, terá tempo suficiente para conseguir ficar “em cima” dos profissionais ou executando a rotina do dia a dia. Na realidade, é aí que entram os profissionais White e Yellow Belts. Eles são essenciais para a manutenção do que foi conquistado. Se eles não entenderem a importância da melhoria contínua, não souberem trabalhar com padronização, não tiverem o compromisso com a mudança, tudo poderá ser perdido. Todo o trabalho será jogado fora. Sobre sua pergunta dos projetos, sim, varia bastante. Existem profissionais que podem participar como equipe ampliada em um projeto e serem especialistas em um assunto específico e, por isso, serão convocados para opinar e ponderar as ações que estão sendo pensadas. As pessoas envolvidas e que pertencem ao processo são realmente as que CONHECEM o processo! Deverão ser envolvidas em quase todas as tomadas de decisões. Não envolver esses profissionais é um tipo de desperdício recente que está sendo contabilizado e levado em consideração na literatura atual como "desperdício de criatividade" (alguns são críticos dessa categoria de desperdício e realmente há uma razão para não o considerarem, mas esse não é objeto dessa discussão). 06. (White Belt) A partir de qual graduação já se pode aplicar os conceitos e obter resultados dentro da empresa, Yellow, Green ou Black Belt? RESPOSTA: A certificação Yellow Belt ainda possui um escopo bastante operacional e não passamos pelos conceitos de desenvolvimento e projeto usando o roadmap DMAIC, do começo ao fim. O Green Belt é a certificação que entrega os conhecimentos necessários para desenvolver projetos de melhoria contínua com alto impacto financeiro. Dentro do treinamento, passaremos pelos módulos de Definição, Medição, Análise, Implementação e Controle. Assim, os resultados serão mais visualizados a partir desse nível. 07. (White Belt) Se a hora extra, por definição, é um desperdício para a empresa e desgaste do funcionário, por que culturalmente um funcionário é bem-visto e reconhecido como esforçado quando fica horas extras no escritório com acúmulo de atividades se está justamente gerando custoextra para a empresa? Um item de um escopo de um projeto de melhoria não poderia considerar esse fator? De não ultrapassar as horas definidas para implementação? RESPOSTA: Bom, vamos lá, nesse caso teve uma sobreposição de informações que precisamos separar. Hora extra é considerada um desperdício na ótica do Six Sigma quando causada por falhas e defeitos, que fazem com que um profissional, basicamente, trabalhe na fábrica oculta com retrabalho, reprocesso e outras atividades. Se analisarmos, por exemplo, o setor sucroalcooleiro, por trabalharem com safra, é comum uma rotina 24/7 em determinados períodos do ano. O que precisamos entender é: - Se um profissional atua em uma atividade padronizada, com processos bem definidos e por alguma falha precisa reprocessar e está fazendo hora extra, essa hora extra é considerada um desperdício (uma consequência, digamos assim). Agora, quanto a trabalhar um volume excessivo de horas: Realizar horas extras por excesso de demandas pode ser considerado um desperdício se estamos dentro de um cronograma pré-estipulado. Caso contrário, pode ser considerada como dedicação (se vier por parte do funcionário), abuso (se for exigência desnecessária de um chefe), e assim sucessivamente. Existem algumas possibilidades. Dessa forma, ficaria mais claro quando considerar desperdício, concorda? 08. (White Belt) O cálculo do Saving do projeto é feito por quem? Qual a melhor maneira de chegar nesses números? RESPOSTA: Quem calcula o saving são os profissionais do "núcleo", que planejam e dirigem o projeto, ou seja, Green Belts e Black Belts. Posteriormente, os valores serão validados pela alta administração e registrados no Team Charter ou Business Case (contrato de melhoria). Temos algumas formas de chegar a esse resultado dependendo do projeto. Por exemplo, se você desenvolveu um projeto e ele evitou a compra de uma máquina ou a construção de um novo galpão e com isso economizou recursos, esses valores economizados podem ser o saving. Chamamos de cost avoid. Agora, se você executou um projeto e antes você fabricava usando X de material e você reduziu 15% mantendo a qualidade e requisito crítico, você economizou uma boa quantidade de insumo e aumentou o faturamento da empresa. Você deu um hard saving. É um valor de economia que acontece entre comparações de períodos. Os dois exemplos acima são de savings. O segundo tipo é mais utilizado em conjunto com o payback. Você conquistou essa economia, mas quanto gastou? Em quanto tempo terá retorno? Essa resposta do prazo de retorno é o que chamamos de payback do projeto. Essencial para conseguir aprovação e validar uma melhoria. 09. (White Belt) Se o mapeamento de processo nunca termina, como estabelecer uma primeira versão do processo definido/revisado para ver na prática o que funciona e quais os gaps? Qual o momento de fazer, digamos, uma “baseline” desse mapeamento e estabelecer o processo como válido para ser utilizado? RESPOSTA: O mapeamento nunca termina, pois, um processo sempre é otimizado (ou deveria, através da eliminação dos desperdícios). Porém, o primeiro mapeamento é aquele que apresenta a realidade. Ou seja, devemos ir ao local, entender como tudo está acontecendo e mapear a realidade. A partir daí, começamos um processo de análise. Se você conseguiu mapear essa realidade, essa será sua “baseline”. A partir daí, qualquer mudança que houver no processo ou em alguma etapa específica, precisaremos criar uma nova versão. É por isso que dizem que mapeamento é um documento “vivo”. Extra: proponho um exercício de perguntar ao gestor (ou tentar descrever e mapear, caso você seja o gestor) como é o processo e depois verificar na prática. Normalmente, verificamos uma grande diferença entre o que deveria ser feito e como realmente é. 10. (White Belt) Atuo em Ouvidoria e pensando em aplicar o QFD no meu setor, eu colocaria as metas da área e as atividades que as pessoas que atuam no setor realizam? Seriam as atividades macro, certo? Exemplo: análise de reclamações, atendimento aos clientes para solução das reclamações, relacionamento com órgãos externos e com áreas internas. Ou precisam ser atividades mais específicas? Ou eu faria o QFD para cada uma dessas atividades? Por fim, a Ouvidoria possui a frente de Barreiras, que olha para os processos da empresa com base nas reclamações e ações executadas e detecta oportunidades de melhoria. Nesse caso, o QFD seria aplicado com as metas da frente de Barreiras e as atividades seriam as áreas internas que são acompanhadas ou os processos? Fiquei com dúvida sobre como definir um escopo como esse, que é muito amplo para trabalhar. RESPOSTA: O QFD leva em consideração até concorrentes e pesos relativos. O apresentado em aula é uma versão bem mais simplista do que podemos executar com a ferramenta. Sobre sua primeira pergunta, colocaríamos exatamente da forma que comentou, com as atividades macro. Isso já nos permitirá ter um direcionamento de como é a influência através de pesos e impactos de cada atividade, nas metas do departamento ou empresa. Isso é extremamente importante quando não temos um direcionamento claro de qual projeto pode ser executado. Então, o QFD para esse cenário, pode ser adaptado a fim de nos guiar a projetos que, se bem desenvolvidos, irão garantir alinhamento com os objetivos e metas. Não há uma distinção clara do que é atividade específica ou macro, como exemplo, para que possamos nos embasar. Entretanto, podemos afirmar que vale a pena realizar no macro e coletar os dados no módulo de Medição para essa validação do impacto e posterior análise. O que não ficou claro foi o seguinte: aparentemente, a frente de Barreiras já faz essa função, não? Precisaríamos checar como desdobram os projetos para identificarmos a real necessidade de utilização do QFD. Se há um departamento que “escuta” de fato os clientes e transforma isso em requisito crítico de processo, a empresa está anos luz de muitas outras que simplesmente desenvolvem projetos sem ao menos entender o requisito crítico do cliente. Por isso, as vezes estamos nos preocupando com uma aplicação que pode não fazer sentido nesse momento. Cabe uma análise mais profunda. Pode nos chamar pela plataforma ou até em nosso link de reunião com consultores para analisarmos em conjunto! 11. (Lean Manufacturing Basic) Um trabalho artesanal com grande valor agregado teria um valor de PCE mais alto? Tendo em vista a "valorização" e reconhecimento pelo tipo de trabalho? RESPOSTA: Legal! Excelente ponto de vista. Nesse caso, estaríamos usando os conceitos de Lean para uma aplicação artesanal, correto? Em sua forma pura e simples, a equação nos mostra exatamente isso. Teríamos um alto valor de PCE (Eficiência do Ciclo do Processo) Entretanto, podemos entrar em discussões mais profundas e um bate- papo teórico sobre aplicação do Lean Thinking a esse cenário e se não existem formas mais eficientes de realizar o trabalho. 12. (White Belt) Qual a diferença entre refazer e retrabalho? RESPOSTA: O retrabalho consiste em realizar em um produto intermediário ou finalizado que não está atendendo as especificações de projeto, ou de cliente, uma ou mais atividades que são diferentes do processo de fabricação estabelecido. Essas atividades são feitas objetivando os padrões de qualidade pré-estabelecidos. O refazer seria a repetição de uma ou mais operações unitárias que já fazem parte do processo de fabricação estabelecido em um lote não conforme de produto intermediário ou finalizado. As etapas seguintes (normais e inerentes ao sequenciamento de atividades) são consideradas normais e não atividades de se "refazer". Na prática, há pouca diferença entre as duas atividades e que, muitas vezes, passam despercebidas em um relatório de melhoria. Acabam sendotratadas “da mesma forma”. 13. (White Belt) Trabalho em uma indústria de embalagens plásticas e a área de ferramentaria demora cerca de 08 a 12 horas de set up de moldes. Como posso reduzir esse tempo implantando a metodologia Lean six sigma? RESPOSTA: Com relação à implementação garanto que é 100% possível aplicar a metodologia, porém, ela não é uma receita pronta. Precisa ser adaptada e adequada à realidade dos processos de uma organização. Dentro do conceito de Lean Six Sigma, temos as formações em Belts: White Belt, Yellow Belt, Green Belt e Black Belt. Cada um com seu escopo de trabalho específico. No curso de Green Belt, por exemplo, falamos durante mais de 10 aulas sobre a definição de um projeto. Por trás de sua pergunta, existe uma série de outras questões que precisamos questionar para quem atua no processo e aí sim, começar a levantar as informações necessárias para aplicação do mesmo. A simples questão de: sua empresa trabalha com melhoria contínua como departamento ou equipe? Dependendo da resposta, já temos um caminho completamente diferente na hora da implementação. Entretanto, trago abaixo algumas etapas em comum que podem auxiliar: 1. Identificar o funcionamento do setup “atual”; 2. Analisar o funcionamento do setup “atual; 3. Melhorar o funcionamento do setup interno; 4. Melhorar o funcionamento do setup externo; 5. Testar o funcionamento do “novo” setup; 6. Revisar o funcionamento do “novo” setup; 7. Padronizar o funcionamento do “novo” setup; 8. Propor novas metas de desempenho. Dentro desse passo a passo, várias ferramentas e conceitos são utilizados. Desde cronoanálise até mapeamento de processos, brainstorming e plano de ação. O que, em linha gerais, precisamos fazer é: mapear o processo de forma a compreender o que fazemos e como fazemos (além do tempo que gastamos), enxergar os gargalos e propor novas melhorias e ações. Dito isso, cada empresa necessitará de mais ou menos cuidados em etapas específicas, mas respondendo sua pergunta, você poderá sim entregar bons resultados com o uso da metodologia. A grande maioria dos profissionais propõe soluções em expertise. Isso funciona até certo ponto, depois, você culminará na técnica de tentativa e erro. Isso é bastante custoso para a empresa. 14. (White Belt) Qual a definição de cada item da fábrica oculta (REs)? RESPOSTA: A definição é ampla e depende muito das atividades que você exerce. Se você trabalha no setor administrativo, terá um significado. Se for da área de manufatura, terá outro. Entretanto, vamos considerar um exemplo para a área administrativa: Retrabalho: - Digitalização incorreta de documentos (tendo que realizar essa atividade novamente). - Recuperação de faturas que foram deletadas não visando um tempo mínimo (observando legislação, se aplicável) de arquivamento em nuvem (evitando estoques). - Preencher novamente um pedido por falta de informações ou informações incorretas. Essas são apenas algumas atividades rotineiras, que fazem parte do dia a dia dos profissionais e que podem ser abordadas (resolvidas ou melhoradas), com metodologias de melhoria contínua. 15. (White Belt) Há como estimar o valor de economia proposto em função do faturamento anual da empresa (um %)? RESPOSTA: Nós temos como estimar economia de projetos Seis Sigma utilizando ferramentas do treinamento Green e Black Belt. Entretanto, isso não é baseado no faturamento anual da empresa. Depende muito mais do quão profunda é a implantação de uma gestão de qualidade dentro da organização. Em geral, projetos Green Belts, por exemplo, possuem escopo de melhoria bem específico e geram retorno financeiro entre 80 ~ 600 mil reais. Se a empresa tiver uma produção elevada, esses valores poderão ser ainda maiores. Caso haja pequena produção ou os projetos sejam menos impactantes, poderá gerar uma economia menor. Como estimativa, podemos dizer que é possível reduzir os custos e gerar melhoria na casa dos 30-40% se a empresa não tiver um padrão de melhoria contínua e uma gestão eficiente pré-estabelecida. Caso haja um programa de melhoria, esses valores são reduzidos para a ordem de 15-20%. Mas como citamos, não há um padrão específico. Seis Sigma e PDCA podem ser aplicados de micro a grande empresa, de manufatura a prestação de serviços. Logo, essa estimativa também varia bastante. Por isso, é importante saber definir um bom projeto de Seis Sigma e como estimar os resultados que serão alcançados. Nos treinamentos Green e Black apresentamos as ferramentas para isso. 16. (White Belt) O que seria contrato de melhoria? Um dos passos da etapa "definir"? RESPOSTA: O contrato de melhoria é um dos primeiros documentos elaborados dentro do DMAIC. Nele especificamos, no mínimo: Impacto nos negócios: o que está acontecendo atualmente no processo, valores de perdas, porcentagem de retrabalho. Se possível, sempre devemos mostrar o impacto financeiro. Escopo: em qual processo, departamento, item, produto, iremos trabalhar o projeto de melhoria contínua. Isso é particularmente importante para sabermos até onde podemos ir, o que está incluso e o que não está negociado no projeto. Objetivos e metas: nesse espaço, escrevemos quais são os objetivos do projeto e as metas que precisarão ser alcançadas. Juntamente com essas informações, precisamos de um prazo concreto para atingi-las. A grande maioria resolve preencher objetivos e metas utilizando os conceitos de definição SMART (acrônimo inglês para específico, mensurável, atingível, relevante e baseado no tempo). Declaração de oportunidades: muitas vezes não é o objetivo do projeto, mas iremos realizar um benchmark, coletar dados confiáveis, estabelecer um novo padrão e essas oportunidades entram nesse espaço específico do documento. Muitos "contratos" (business case), na prática, dão lugar a um outro documento chamado Team Charter, o qual contém a mesma informação, porém com cronograma e atribuições de funções além de um resumo do que está acontecendo em gráficos. Não há um formato fixo. Você pode adaptar e criar um padrão exclusivo para a empresa. 17. (White Belt) O que é o Mapa de Raciocínio? Como construir ou já existe isso pronto? É um documento, uma planilha que ajuda na condução do projeto? RESPOSTA: O Mapa de raciocínio é um documento que ilustra o passo a passo que foi executado em um projeto de Lean Six Sigma. Quais foram as perguntas realizadas, e as respostas encontradas. Inclusive, dentro de um mapa de raciocínio, devemos inserir documentos e tudo aquilo que comprove nossa tomada de decisão. Você deve construir no desenvolvimento do projeto. Conforme for realizando o projeto, poderá ir documentando todas as informações. É um "resumo" do relatório DMAIC. Porém, um resumo mais visual e que, com o tempo, poderá servir de base de conhecimento e informação para futuros projetos na sua empresa. É um documento que também ajuda nas próximas execuções, pois, você terá documentado as perguntas e respostas. Não temos como elaborar antes do projeto, pois ele documenta todas as informações desde questões que ajudam na definição até, propriamente, na definição das metas prioritárias para atingir a meta global. 18. (White Belt) Como se chega a este valor financeiro de 80 a 600 mil reais, aplicando o projeto Green Belt na organização? Como é feito este cálculo e como ele é apresentado à direção? RESPOSTA: Antes de tudo, se faz necessário saber o mínimo de informação monetária. Se estivermos no “escuro”, é quase impossível calcular a quantidade de perda financeira atual do processo e com isso, estimar os ganhos. Esses valores também não são calculados imediatamente. Isso é, se tivermos posse de dados históricos, podemos agilizar os cálculos, mas se um projeto for iniciado do zero, com pouquíssima base financeira e informaçõesda empresa, é mais difícil de estimar um ganho. Fatores que são levados em consideração para estimar o retorno financeiro: - Maturidade empresarial; - Projetos anteriores de melhoria contínua; - Gestão e Liderança; - Investimento em treinamentos. Para o cálculo do efetivo retorno será mais simples. Uma vez que você detém os dados, basta calcularmos o quanto houve de economia após a implementação de processo e o quanto você gastou para implementar. Exemplo: Você gastou R$ 100.000,00 para implementar e reduziu os custos de R$ 80.000,000 para R$ 60.000,00 (valor de economia mensal). Com isso, uma redução de R$ 20.000,00 em custos mensais, temos um payback de 5 meses (se o valor de R$ 100.000,00 for único e sem gastos adicionais). 19. (White Belt) Qual seria a tradução para os termos SAVING e STANDARD nesse cenário? RESPOSTA: Como saving, nós podemos citar a seguinte tradução: valor (monetário) atingido e comprovado (de maneira estatística) através de projetos de melhoria. Mais adiante, em cursos como Green Belt, nós ensinamos algumas formas de realizar essa mensuração de saving. Podemos dizer que é a "economia" conseguida com o projeto. Standard seria o padrão. Muitas empresas tentam aplicar o Seis Sigma e acabam falhando pois não há uma padronização. Pois bem, se os processos não são padronizados, ou seja, não possuem um standard, é muito difícil de conseguirmos realizar as medições e performar cálculos estatísticos que nos dirão o quanto estamos evoluindo dentro da metodologia. Em muitas empresas, o primeiro passo que devemos tomar é padronizar os processos, para a partir desse standard estabelecido, efetuarmos projetos consistentes de melhoria contínua. Já dizia o guru: “Sem um standard não há base lógica para se tomar uma decisão”. 20. (White Belt) Em ‘Cost avoid’ o conceito está claro, mas é importante considerar que, neste caso, se foi feito um provisionamento CAPEX, o objetivo seria ter algum ganho com isso, fosse de qualidade, fosse de capacidade, etc. Neste caso, a melhoria, para que possamos desconsiderar a necessidade de aquisição, entregou exatamente aquilo que era previsto com a aquisição, certo? Caso contrário, corre-se o risco de "fingir uma melhoria" sem um resultado da mesma proporção ou expectativa. Entendi que no conceito de ‘Hard saving’ damos maior atenção ao alto valor gerado. No entanto, como podemos medir ou onde considerar os ganhos indiretos que muitas vezes ocorrem, como satisfação do operador, eliminação de risco de acidente? RESPOSTA: Perfeita colocação! Sobre ‘cost avoid’, sim, fazemos uma melhoria que seja equivalente a nova aquisição. O exemplo de máquinas é extremamente interessante, pois, inúmeras vezes chegamos a organizações que possuem máquinas gigantescas e trabalham com capacidade máxima, sem a real necessidade de tal. Aí entrariam muitos conceitos de Lean, mas sua observação está correta! Em muitos casos, o cost avoid jamais irá se igualar a um provisionamento CAPEX para aquisição e ampliação da capacidade de produção de uma demanda já encomendada ou vendida. E ainda, vamos além, já vi várias empresas trabalharem eficiência produtiva em uma condição de extrema demanda. Esse é um cenário utópico. Na grande maioria das vezes, na realidade empresarial, as empresas vivem esses momentos para produção e atendimento total. Só direcionam sua atenção para eficiência quando a demanda é cessada ou amenizada. Sobre ‘Hard saving’, é realmente uma dificuldade. Existem ganhos que são subjetivos e mais difíceis de serem mensurados. Em projetos de Six Sigma colocamos tais ganhos em "declaração de oportunidades" no Team Charter. Assim, conseguimos entregar o resultado sem ter que mensurar comparando-o com o mesmo período do ano/mês,etc anterior. Podemos andar em paralelo com essas medidas: NPS, Riscos, etc., porém, monetariamente, vai ser difícil contabilizar adequadamente. O que precisa ser levado em consideração é: o que a empresa precisa realmente mensurar? Muitas vezes ela não trabalha (mesmo devendo trabalhar) com o índice de produtividade dos colaboradores. Então mesmo que mostre um aumento, pode não acarretar nenhuma ação proativa organizacional. Agora, se ela compreende que melhoria contínua possui efeitos indiretos e está disposta a compreender esses ganhos, com certeza vale a pena caminhar com métricas em paralelo que possam ilustrar tais dados. 21. (White Belt) Na pauta de reuniões eficazes, na definição das funções (4), qual a função do “Observador”? RESPOSTA: O observador é um profissional que nem sempre estará presente. Nos projetos de Lean Six Sigma, são pessoas externas aos projetos e ao envolvimento, mas que conhecem sobre o processo para observar e, se necessário, adicionar algo à pauta. Toda a metodologia Lean Six Sigma é estruturada para obtermos o máximo de produtividade (e não perder tempo) em reuniões. É aquilo que comentamos: empresas fazem muitas reuniões ineficazes e como em 90% dos casos, não haverá programa de Lean Six Sigma sendo adotado por toda a corporação e sim, profissionais querendo dar resultado, não podemos deixar que o tempo escasso desses profissionais seja desperdiçado com reuniões não conclusivas. Sendo assim, o observador é mais uma pessoa que nos ajuda a manter o foco e pode ter uma visão externa sobre tudo que está sendo desenvolvido. 22. (White Belt) Nas descrições dos líderes, o que significa "pensar em termos de sistemas"? RESPOSTA: Pensar em termos de sistemas, no contexto do ensino, é semelhante a consideração de "abordagem por processos". Isso é, não podemos considerar um processo isolado da empresa e não levar em conta suas interdependências e relações de inputs e outputs. Um líder, mais do que ninguém, precisa ser um profissional que pensa em sistemas e considera todos os efeitos em processos antecedentes e subsequentes àquele que iremos aplicar a metodologia Lean Six Sigma. Faz parte da liderança no Six Sigma compreender de uma maneira macro, geral, como o processo irá afetar a empresa e todos os outros envolvidos direta e indiretamente. Esse conceito também vem sendo traduzido e requerido por meio de exigências de soft skills como multidisciplinaridade. Como um projeto de Lean Six Sigma, normalmente, envolve vários departamentos, é muito comum enfrentarmos dificuldades e ilhas de resistência no momento da análise e implementação. O líder que pensa em termos de sistemas se antecipa a esses problemas e busca apoio, envolve os colaboradores e capacita os envolvidos para que todos colaborem com o máximo de desenvolvimento. 23. (White Belt) O que seriam critérios empíricos? Poderiam citar alguns exemplos? RESPOSTA: Claro, sem problemas! Para analisar a viabilidade econômica de um projeto de investimentos, nós podemos usar vários critérios que são divididos em dois grupos: - Critérios científicos: levam em conta a variação do valor do dinheiro no tempo e consideram todos os valores de fluxo de caixa do projeto de investimento. Esses critérios podem ser: valor atual líquido, valor futuro, taxa interna de retorno e relação benefício/custo. - Critérios empíricos: não consideram a variação do valor no tempo, ou desprezam parte dos valores do fluxo de caixa, ou ambas as coisas. Entre esses critérios, podemos citar o tempo interno de retorno. Na prática, a empresa estará interessada em saber o quanto ela “ganhará” de dinheiro com o projeto de Lean Six Sigma. Aquelas que aderem ao programa como um todo, entendem o potencial e a geração de oportunidades. Os critérios científicos e empíricos são particularmente interessantes quando podemos olhar para a realidade organizacional e adaptar uma apresentação para impactar ainda mais os gestores e a alta administração. 24. (White Belt) Assisti a “Expert Class” sobre o que é o 6sigma, muitotop, chic mesmo! E, fiquei com uma dúvida, do ponto central até meu limite (inferior ou superior) eu tenho o valor de 6x o desvio padrão, é isso? E 1,7 PPM, correto? De onde vem esse 6 então? RESPOSTA: Isso mesmo, para ter o nível 6 sigma, teremos 6x o desvio padrão até os limites. Esse número foi obtido pelo engenheiro Smith, da Motorola ("pai do Six Sigma"). Na realidade, de uma forma bastante prática e empírica, ele percebeu que se mantivesse dentro desses "padrões", raramente seus microprocessadores apresentavam defeitos. Ainda sem batizar com o nome de 6 sigma, aí estava o início da metodologia. O valor de 6x o desvio padrão se mostrou real para os processos da empresa e assim foi adotado. Matematicamente falando, faz sentido. Iremos obter 3.4 ppm's (número muito baixo em termos de defeitos). O nome comercial acabou sendo divulgado mais amplamente com Jack Welch na GE. Temos um vídeo bastante interessante em nosso canal do YouTube intitulado “O que ninguém sabe sobre Jack Welch” que fala sobre isso. Agora, sobre sua pergunta “de onde vem esse 6 então”? O valor de 6 é a própria distância da média até o limite superior e inferior de especificação. São 6 vezes o desvio padrão. Por isso 6 Sigma (já que sigma é a letra grega que representa desvio padrão). 25. (White Belt) O custo das “Horas Homens” das pessoas envolvidas no projeto entra em qual categoria destes custos? RESPOSTA: Depende da abordagem. Se for uma atuação de inspeção, pode entrar em uma categoria de custos de avaliação (nesse caso, não estaríamos prevenindo e é claro que, inspeção é uma atividade de não agregação de valor, logo, pode ser considerado um desperdício). Se for na atuação do Projeto Six Sigma, como os projetos de Six Sigma visam redução de custos atuando na fonte das variabilidades (prevenção), podemos encaixar na categoria prevenção. Dependendo de como iremos observar essas horas gastas e de forma exata o que esse colaborador está executando. Como sempre citamos, não existe uma abordagem pétrea e definitiva. Será necessário olhar caso a caso para entender a melhor forma de se trabalhar. Pode ser ainda que, você estuda toda a teoria, mas na prática, a empresa considera esses custos em uma outra categoria não pré-estipulada. Somos do viés de que toda empresa precisa alinhar seus conceitos práticos tornando-os corretos, mas nós consultores e os profissionais que estão colocando a mão na massa também precisamos saber “jogar o jogo”. Cultura não se muda da noite para o dia e certamente, não se muda forçando a aplicação dos conceitos teóricos “goela abaixo”. Dúvidas do Módulo de Medição Uma das grandes características desse módulo é: receber informação do que deve ser medido de maneira adequada e garantir que uma análise (próxima etapa) poderá ser feita com sucesso. Dados são importantes em qualquer setor e para qualquer empresa. Na metodologia Lean Six Sigma não é diferente. Para garantir uma boa confiabilidade dessas informações, o módulo de Medição é dividido em quatro sub etapas. - Plano de Coleta de dados - Análise de confiabilidade das informações - Demonstração da variabilidade nos dados - Análise no Nível Sigma do processo Pular qualquer uma dessas etapas pode acarretar análises inadequadas. Aí você pode perguntar: mas qual o grande problema disso? Imagine você gastar cerca de 04 à 06 meses para conseguir analisar um projeto, desdobrar ações e quando for implementar na prática, verificar que tudo que pensou, não trará o retorno adequado. Isso é comum (por incrível que pareça). Se você alimentar uma planilha com dados incorretos, as análises serão incorretas. A etapa de medição é a responsável por alinhar todas as informações e permitir dados “limpos” para que possamos tomar decisões. Uma dúvida bastante comum dos alunos versa sobre: se não tenho dados, como faço para escolher um projeto? É normal usarmos esses conceitos em vários momentos. Se não temos dados, iremos coletar. Se precisamos investigar mais profundamente um problema, novamente poderemos coletar informações de maneira estratificada. As etapas não são “engessadas” e devem ser aplicadas no melhor momento de uso. Esperamos que as principais dúvidas desse módulo, te ajudem com problemas reais. 26. (White Belt) O que seria OTIF? E força de trabalho com custo? Não entendi o real significado, porém o modelo ativo foi bem esclarecedor. RESPOSTA: Sobre o OTIF: Trata-se de uma ferramenta denominada On Time In Full bastante utilizada na logística e supply chain das organizações. O uso dessa ferramenta é uma mensuração, assim como o OEE (outra métrica associada ao Lean Manufacturing). O treinamento White Belt aborda os conceitos básicos do Lean Six Sigma e o OTIF não é uma ferramenta utilizada nesse escopo, mas seguem as explicações: OTIF é utilizado para acompanhar a qualidade das entregas dos produtos. A ideia é sempre aumentar a satisfação dos clientes em relação ao serviço prestado pela empresa. On Time: está ligado ao prazo (data e horário) e ao local que foram acordados com o cliente previamente. In Full: nesse caso, os produtos devem ser entregues dentro das especificações passadas para os clientes no momento da compra (dimensões, quantidade, qualidade, integridade, entre outras). O OTIF serve para ajudar ao conceito de pedido perfeito. Em poucas palavras, é a encomenda ser entregue dentro do prazo, e atendendo a todas as expectativas dos clientes - o que contribui para aumentar os níveis de satisfação e aumentar as oportunidades de fidelização dessas pessoas. Se sua empresa realiza entregas no prazo em 95% das vezes, o On Time será de 95%. Se a quantidade de extravios é de 10%, o In Full é de 0,90 (95%). O OTIF será 0,95 x 0,90 = 0,855. Sobre a força de trabalho com custo: No tópico sobre força de trabalho, podemos aliar esse conceito com a proatividade (tópico também presente nesse quadro). Qualquer força de trabalho é gerada através de um custo enorme dentro do quadro organizacional tradicional. Quando implementamos a metodologia Seis Sigma temos uma mudança cultural muito grande e que proporciona profissionais ativos, que buscam e colaboram com a implementação de projetos de melhoria contínua. 27. (White Belt) Gostaria de saber como se mede o nível sigma de uma empresa, onde existem vários produtos, como conseguiria calcular um sigma total para esses produtos? Seria de forma individual?" RESPOSTA: Existem diversas formas de calcular o nível sigma se olharmos para diferentes aspectos de um mesmo produto. Mas, para uma compreensão geral, podemos dizer que, se tivermos, por exemplo, processos diferentes produzindo produtos diferentes, devemos sim calcular individualmente. Nada impede de calcularmos o nível sigma de "todos os produtos" criando um cenário mais panorâmico. Porém, como projetos Green Belts são específicos e os projetos Black Belts desdobram o macro, ou seja, provocam melhorias em um escopo bastante definido, é sempre mais viável e útil olharmos para um cenário individual. A escolha de um projeto, por exemplo, começa a ser feita dentro de uma análise por um profissional Green Belt e para isso, podemos utilizar algumas ferramentas como o QFD (Quality Function Deployment). Só com isso podemos perceber que a definição de um projeto de melhoria vai da escolha de um produto ou um processo bastante específico e que seja relevante para negócio e cliente. Se você optar por analisar o nível sigma total, poderá omitir processos críticos e que precisam de uma atenção especial para melhoria. Existem duas formas de se obter média 50. Combinando os valores 100 e 0, ou 49 e 51. Em uma empresa, é importante ter baixo desvio padrão. Calcular uma média de nível sigma pode nos levar ao erro de não visualizar os níveis que estão em “0”. Isso é, os níveisque precisam de uma atenção imediata. 28. (White Belt) Em relação a alguns problemas, como exemplo, a demora do atendimento em bancos varia de acordo com o horário ou necessidade do cliente. Se eu quisesse resolver um problema de fila como saberia se estou aplicando da maneira correta a metodologia? Através da metodologia teria como prever todas as variáveis de dias e horários de modo que as pessoas não esperem muito para serem atendidas? Consigo enxergar todos os problemas? RESPOSTA: Bela pergunta. É muito difícil nós adicionarmos todas as variáveis de um processo. Mas pense comigo: não são todos os horários os mais críticos, correto? Deve haver um padrão baseado no tipo de operação, no horário, no perfil de cliente, no dia do mês, entre outros fatores. O Lean Six Sigma atua nesse caso, onde realmente precisamos melhorar. Isso é, iremos coletar dados (e aí a importância de uma boa coleta) e de maneira estratificada, entender qual é o cenário mais crítico. Um ponto bastante importante de citar é que sempre quando aplicamos a metodologia Lean Six Sigma, estamos visando atender determinados CCR's (Customers Critical Requirements - Requisitos Críticos dos Clientes). Assim, podemos olhar da seguinte maneira: - O cliente deseja ser atendido em no máximo 10 min. Independente de data, dia, hora. Se for dia de pagamento, aceito ficar 10 minutos na fila. Se for um dia comum, em horário com pouco movimento, aceitaria ficar até 10 minutos em uma fila. Juntando essas duas informações: - O que o cliente deseja; - Dados para conseguir estratificar e focalizar o problema. Cabe a nós, profissionais da metodologia Six Sigma, encontrarmos forma de prever e eliminar (ou no mínimo reduzir) as variabilidades para que qualquer flutuação seja amenizada e não afete nossos atendimentos. A evolução dentro da metodologia é constante e a busca pela melhoria contínua deve ser diária. Ou seja, realizamos um bom projeto? 29. (White Belt) Gostaria de entender melhor: a) o que é um gráfico de R&R; b) como calcular total de R&R; c) como utilizo o conceito de NCD fora da manufatura, por exemplo: minha medição é sobre um processo de atendimento a determinado serviço, mensurando quanto é atendido, quanto não é e por quê; d) como é calculado o resultado do GR&R para posterior análise dos critérios de aceitação e como definir as faixas das categorias. RESPOSTA: O assunto de R&R é um dos que mais levantam dúvidas dentro dos treinamentos Green Belt e Black Belt. Por isso, estamos construindo um treinamento somente sobre isso, chamado Análise e Confiabilidade do Sistema de Medição. Com relação às dúvidas: a) o que é um gráfico de R&R; Gráfico de R&R é um gráfico que demonstra qual é a fonte de variabilidade do processo. É uma análise completa dessas fontes e que nos permite uma interpretação adequada do sistema de medição. Um processo pode apresentar variabilidades daquilo que estamos medindo (na realidade, a variabilidade é uma premissa na análise de dados em processos, ela existe). Ao medir nossos dados na manufatura, por exemplo, podemos perceber que algumas variabilidades são das peças analisadas e outras variabilidades podem existir devido ao nosso sistema de medição. O sistema de medição é composto de 3 fatores: meio, instrumento e operador. A análise do gráfico de R&R nos ajuda a entender qual a fonte dessa variabilidade. Se estiver tudo OK com nosso sistema de medição, iremos atribuir os desvios ao processo. Caso contrário, teremos que investigar o sistema e entender qual fator precisamos corrigir. Em suma, utilizamos essa ferramenta para garantir a confiabilidade dos dados medidos. b) como calcular total de R&R; O cálculo de R&R não é algo tão simples. Iremos aprofundar nessa análise para mostrar o raciocínio em nossos treinamentos avançados Na realidade, O R&R está aqui no treinamento de White Belt como um extra. Não é um assunto exigido para o conhecimento e formação desse Belt. Nós temos o compromisso de construir o treinamento mais completo. Com isso, mostramos temas extras. Levando todos esses aspectos em consideração, podemos citar que ele leva em consideração a variância das medições do mesmo operador (repetitividade) e a variância das medições entre operadores diferentes (reprodutibilidade). Daí o nome R&R. c) como utilizo o conceito de NCD (número de categorias distintas) fora da manufatura, por exemplo: minha medição é sobre um processo de atendimento a determinado serviço, mensurando quanto é atendido, quanto não é e por quê; Nesse caso, precisamos trabalhar diferentemente. Ao invés de olhar para manufatura ou serviço, faz mais sentido olharmos para o que estamos medindo. Se é variável contínua, aí sim, utilizo R&R (e, consequentemente, NCD) independente da área (manufatura, serviço, healthcare). Se estamos olhando dados por atributos, por exemplo, iremos utilizar índice Kappa e análise de concordância por atributos. Para cada cenário empresarial, temos uma ferramenta que mais irá se adequar. Um outro conceito importante é o de que: para configurar um estudo de repetitividade e reprodutibilidade precisamos ter dois profissionais medindo a mesma situação (se não, não teria como configurar repetitividade). No caso do atendimento que citou: vamos supor que a variável seja tempo de atendimento. É uma variável contínua, porém, precisaríamos configurar um estudo que muitas vezes não fará sentido. Irá afetar algo se for 00:05:01 ou 00:05:00? O operador é capaz de detectar essa diferença? Se não fizer sentido, estaríamos tentando tornar a solução mais difícil que o problema. Na área de healthcare, por exemplo, eu posso fazer uma análise laboratorial e mensurar o volume de plasma para referência por amostra de paciente (se isso for feito de forma manual, podemos configurar um estudo R&R). Se eu olhar para quais estão com anemia, a análise que será feita é através de classificação, ou é sim ou não, e nesse caso já não estou mais trabalhando com análise por variável contínua. Por isso, faz mais sentido olharmos para o que estamos medindo, ao invés de qual área. d) como é calculado o resultado do GR&R para posterior análise dos critérios de aceitação e como definir as faixas das categorias. A definição das faixas de categorias é comentada a partir do minuto 06:40 na aula. Se a pergunta foi com relação ao porquê adotarmos maior que 4 como aceitável, isso é uma recomendação da AIAG (Automotive Industry Action Group). Ela é uma associação sem fins lucrativos fundada em 1982 e sediada em Southfield, Michigan. Foi originalmente criada para desenvolver recomendações e uma estrutura para a melhoria da qualidade na indústria automotiva e contribuiu muito para todas as análises de qualidade e Six Sigma. Muitos benchmarks e dados que iremos usar no Lean Six Sigma são obtidos de forma empírica e prática. Muito serão pautados pelo AIAG. 30. (White Belt) No exemplo com Minitab, foram utilizadas duas colunas C1 e C2. Em um caso real, em tese, eu teria apenas uma coluna correta que seria os dados levantados de uma medição. Como eu calcularia a média amostral com apenas uma coluna? RESPOSTA: Fizemos duas colunas para demonstrar de uma maneira didática. Porém, se os dados coletados não forem normais, devemos usar o Minitab para dados não normais (tem logo abaixo da opção calcular nível sigma com dados normais) ou “normalizá-los” (que foi o que realizamos). Nesse caso, o teorema do limite central seria colocado em prática. Assim, devemos coletar dados novamente nas mesmas circunstâncias ou, aproximadamente, iguais e trabalhar com média desses valores. O teorema do limite central nos diz que as médias dos dados coletados tenderão a uma distribuição normal. Porém, a tendência é que: se os dados coletados forem testados através do MSA (garantindo assim a confiabilidade)e se forem coletados por um período suficientemente longo e representativo, eles irão se aproximar da distribuição normal. A importância das fases de coleta de dados e confiabilidade do sistema de medição fica elucidada nesses momentos. Precisamos ter a noção se devemos ou não retrabalhar as informações. Isso pode acontecer. 31. (White Belt) A Taxa de Saída é a mesma que o Volume da Produção? Exemplo: minha linha de produção faz 600 latas/minuto. Ao final de uma hora contabilizo que produzi 33.000 latas/h. Independente da minha ineficiência esta será a minha taxa de saída, ou seja, 33.000 latas/h? RESPOSTA: Sempre quando vamos trabalhar com métricas, procuro olhar para as unidades. Já vimos empresas trabalhando com "volume da produção" dizendo em quantidade/mês ou apenas quantidade. Invariavelmente, a taxa de saída (como o próprio nome sugere, é uma taxa), é uma razão. Quantidade por uma escala de tempo. E realmente, você está correto! Isso independe da ineficiência do processo! O volume de produção será o total realizado. Se você faz 33.000 latas por hora e a empresa funciona 8 horas por dia, 21 dias no mês. A multiplicação dos três valores entregará o volume total de produção. 32. (White Belt) Posso dizer que FTT (First Time Through) está relacionado com os Re’s (retrabalho, reinspeção, etc)?? Quanto mais Res, menor o FTT, do contrário, quanto menos Res, maior o FTT? RESPOSTA: Sim. Essa abordagem está correta. Quanto menor o FTT, maior será a presença e contabilização dos "Res". Podemos adicionar, apenas como comentário, que não necessariamente estamos medindo a complexidade do retrabalho, essa é uma conta pura e simples de quantas peças sofreram retrabalho (não importando qual seja). 33. (Lean Manufacturing Basic) Para sedimentar o entendimento entre FTT e RTY, para o seu exemplo de uma fábrica de papel, o FTT seria um indicador que atenderia dada a baixa complexidade do processo, comparado com a produção de um computador, e, portanto, neste último caso (computador) deveríamos buscar o RTY, para melhor representar a qualidade do processo? RESPOSTA: Exato. São aplicações plausíveis de se supor. O RTY acaba sendo mais sensível a complexidade do processo/produto, portanto, recomendamos essa utilização para esse cenário. Entretanto, também está relacionado com a forma que você deseja observar. FTT olhará para defeituoso e não considerará a complexidade ou taxa de cada defeito no produto. Já o RTY, pelo método de cálculo 2, por exemplo, você precisará conhecer cada defeito com bastante profundidade. Você pode inclusive, começar com o FTT, entender qual etapa do processo apresenta grandes problemas (maior taxa de defeituosos) e a partir daí, investigar um pouco mais. Isso também é possível. 34. (White Belt) Os Outliers só existem para valores muito "superiores"? Valores muito "inferiores" não são considerados Outliers? Se sim, por que não aparecem nos gráficos de Box Plot? RESPOSTA: Existem regras para determinação dos outliers. Primeiro, precisamos definir a amplitude interquartil. Ela será dada pela equação AIQ = Q3 - Q1. Qualquer, valor que ultrapasse: 1,5 * AIQ + Q3, ou Q1 - 1,5 * AIQ, é considerado outlier. Portanto, podemos ter sim para cima e para baixo. Contudo, o que irá definir outliers (a identificação no gráfico ou não), são meus próprios dados e as regras acima. 35. (White Belt) Na empresa onde trabalho, para encontrar o nível sigma do processo, teria que rastrear as oportunidades de defeitos ao produzir determinada peça e assim encontrar o DPO e, consequentemente, o nível Sigma? Exemplo de defeitos: quantidade de furos, rebarbas, furos deslocados, chegando a 20 oportunidades. Seria isso? RESPOSTA: É esse o caminho! Para calcular o nível sigma através de dados discretos, temos uma restrição de que os dados coletados tenham ao menos cinco defeitos, mas o caminho é o DPMO. Seria o seguinte passo a passo: - Definir as oportunidades para defeitos; - Determinar o tamanho da amostra; - Calcular a quantidade de defeitos encontrados no tamanho da amostra; - Calcular DPO (Defeitos por oportunidade); - Calcular DPMO multiplicando DPO por um milhão (um vezes dez elevado a sexta potência). A partir daí, podemos buscar na tabela de nível sigma o valor correspondente (se necessário encontrar o valor exato, podemos interpolar). Pelo que citou, quantidade de furos e rebarbas, são sim oportunidades para defeitos e poderíamos contabilizar de acordo com a equação. 36. (White Belt) Lead Time e Tempo de Ciclo são idênticos? Lead Time = Tempo de Ciclo? Tempo de Ciclo > Lead Time? O Fluxo de Valor é mencionado em ambos os indicadores. O que é um fluxo de valor? RESPOSTA: Na abordagem acadêmica, o que chamamos de lead time, na realidade, é tempo de ciclo. Você poderá encontrar diversos artigos que tratam da mesma forma (sendo muitas vezes, necessário compreender o contexto adequado). Tratam de lead time o tempo teórico e tempo de ciclo o tempo real de produção. Dentro das empresas, o vocabulário acontece conforme abaixo: Na prática, como é o cálculo? Etapa 1: 30 segundos Etapa 2: 30 segundos Etapa 3: 30 segundos Tempos de 30 segundos são tempos de ciclo. O total de 1 minuto e 30 segundos é o lead time. Fluxo de valor é uma forma de enxergar de maneira macro, na produção de uma empresa, as etapas que agregam valor no processo sob a ótica do cliente. O fluxo de valor é citado para o cálculo do lead time e tempo de ciclo pois são métricas que fazem parte da construção desse mapeamento. Permitem analisar dados de maneira adequada e nos dá uma base para tomada de decisão. 37. (White Belt) No objetivo do MSA 'Facilitar', quando você fala em agregar credibilidade ao processo de medição, trata-se da escolha do aparelho adequado ou o conjunto, cálculo e escolha adequada do aparelho, acompanhamento das medições, local adequado e pessoal capacitado? RESPOSTA: O sistema do processo de medição, como um TODO, precisa ter credibilidade. No caso, a facilidade é citada, pois, uma vez que garantirmos a confiança nos três fatores: Instrumento; Operador; Meio. Isso significará que já temos um processo bem estabelecido e, portanto, ficará ainda mais fácil treinar outros profissionais e continuar com a aquisição de dados confiáveis. Dúvidas do Módulo de Análise Conforme o avanço nos módulos vai acontecendo, é normal que as dúvidas vão diminuindo. Sabe o porquê isso acontece? Cerca de 80% dos projetos de Lean Six Sigma falham. Essa é uma realidade que reflete a forma de pensar do profissional atuante no mercado. O raciocínio de identificação do problema e proposta de solução está enraizado em nossa cultura. Isso somente o tempo pode alterar. Vicente Falconi, grande professor e guru na área de Gestão, certa vez citou em seus livros um diálogo semelhante a esse: Um gestor de uma empresa do varejo estava conversando com um consultor japonês e o indagava a respeito do “método” (no caso, o PDCA): - Me incomoda o fato de o método demorar muito tempo para mostrar resultado. - Gestão da Qualidade Total demora 5 anos para ser absorvida – respondeu o consultor nipônico. - Mas é muito tempo, precisamos mudar para ontem. - Gestão da Qualidade Total demora 5 anos para ser absorvida – respondeu novamente o consultor. - Não temos como esperar, deve ter uma forma de acelerar. - São 5 anos porque as pessoas levam 5 anos para mudar – respondeu o consultor. Veja, esse diálogo poderia ser o dia a dia de muitas empresas. Tenho a certeza de que você já teve experiências de projetos que pararam na metade ou que não tiveram o resultado desejado. Certifique-se de passar cada etapa anterior com calma. Temos frequentemente a sensação de que estamos “perdendo tempo”, mas não. Na realidade, estamos nos preparandopara avançar a etapas que são cruciais e que começarão a envolver várias pessoas e consumir recursos / budget de maneira mais elevada. Analisar adequadamente os dados coletados é uma capacitação de profissionais Green e Black Belts. São esses profissionais indispensáveis às empresas que ficam incumbidos de, baseados nas ferramentas de melhoria contínua e análises estatísticas estudadas, determinar o melhor caminho a ser seguido. Esse livro resume as principais dúvidas dos treinamentos gratuitos White Belt e Lean Basic. São dúvidas globais, porém comuns. Esperamos poder ajudar! 38. (White Belt) No caso de uma produção em larga escala (nutrição), produzimos milhares de toneladas de x produtos por dia, nestes analisamos diversos parâmetros de qualidade. Como os volumes são elevados, mensuramos a qualidade através de amostragens, porém, não avaliamos todos os parâmetros em uma mesma amostra/frequência (dependendo do produto a amostragem e análise de um parâmetro é maior ou menor). Considerando este cenário: como estimar o nível Sigma quando temos números de avaliações (N) diferentes para cada parâmetro em um mesmo produto? Para este cálculo precisamos ter o mesmo número de avaliações por parâmetro? RESPOSTA: Sobre estimar o nível sigma quando temos números de avaliações diferentes para cada parâmetro em um mesmo produto - se tomarmos como base a equação e analisarmos através do DPMO (Defeitos por milhão de oportunidades), teremos as seguintes variáveis: DPMO = 1.000.000 x Defeitos Encontrados / (Amostras Coletadas x Oportunidades para Defeitos) Os "parâmetros" que você está analisando referem-se às oportunidades para defeitos? Se sim, basta coletar da seguinte forma: quais são os "parâmetros" analisados e que podem apresentar "problemas" dentro de uma refeição? Qual a quantidade de refeição analisada? Quantos problemas foram encontrados? Dessa forma já é possível calcular o DPMO e buscar o nível sigma na tabela. Veja bem, esse é um exemplo básico de como encontrar o nível sigma. Para uma análise mais complexa (e mais correta) teríamos que mergulhar em ferramentas estatísticas de capacidade Green Belt, o que foge um pouco do treinamento White. É muito comum que essas dúvidas acabem surgindo. Aprofundando um pouco mais o conhecimento, nem todos os dados e características serão mensurados e comparados a nível sigma. O uso da metodologia está diretamente associado a requisito crítico de cliente. No caso, se identificarmos um requisito crítico no qual precisamos, invariavelmente, atender a satisfação do consumidor (ou próximo cliente no processo produtivo), podemos avançar. Saber calcular o nível sigma mediante “benchmark z” leve ou DPMO não nos “obriga” a usar o tempo todo. Muito pelo contrário, seu uso deve ser cadenciado e deve fazer sentido para o processo organizacional. Caso contrário, será apenas uma métrica de vaidade. 39. (White Belt) No exemplo do cálculo do DPMO, como eu diferencio o número de defeitos encontrados e o número de oportunidades defeitos? RESPOSTA: De uma maneira bastante simples: oportunidade para defeito é tudo aquilo que pode acontecer de errado no processo/produto, já número de defeitos encontrados é aquilo que de fato ocorreu, foi contabilizado. Por exemplo: um vidro, poderia apresentar trincas, bolhas, amarelamento e arranhões. Essas são oportunidades. Se na produção de mil vidros, eu encontrei 10 vidros com trincas, tenho 04 oportunidades e 10 defeitos. Em resumo, os defeitos serão contabilizados em seu total, um a um, de tudo que acontecer de errado. Já as oportunidades irão contabilizar o que pode dar errado. 40. (White Belt) Com relação ao zero aceitável: sou inspetor de qualidade e avalio as peças pelo devido produto e quem será fornecido por ele, como poderia aplicar essa variável? Por exemplo, o mesmo produto tem uma certa tolerância para um cliente, já uma determinada clientela tem uma exigência maior e causa uma variável no meu plano. RESPOSTA: Dentro do curso Green Belt nós detalhamos um pouco mais como chegar a essa métrica e, principalmente, como interpretá- la. Projetos de Lean Six Sigma são específicos e visam uma melhoria específica (de escopo bem definido). Todas as melhorias, utilizando as ferramentas do Seis Sigma visam atender CCR (Critical Customer Requirements ou Requisitos Críticos dos Clientes). Quando você diz que seus clientes possuem CCR's diferentes, ou seja, exigem tolerâncias distintas, devemos aprender a separar os produtos e processos a fim de calcular o valor de nível Sigma, baseado no DPMO, apenas para um público. Caso essas distinções sejam do tipo: meu cliente A aceita + 1 e - 1, e o cliente B aceita até +2 e -2 (tendo assim, um range maior – ou seja, é menos exigente), devemos sempre atender os requisitos do Cliente A. Assim, iremos garantir que o B também estará satisfeito. Essa seria uma abordagem. A mais correta é estudarmos qual é o produto, o porquê de duas tolerâncias, qual o público e como isso afeta financeiramente a organização. 41. (White Belt) Se eu tiver 100 coletas de dados e dessa coleta, apenas 05 números não são iguais ao esperado, logo, minha tendência é de que o processo está estável! Porém, ao fazer um teste de normalidade, deu-se que a distribuição não é normal. Como eu explico isso? Processo estável, porém, não normal? RESPOSTA: Bom, vamos lá. Fica muito difícil uma “suposição” desse tipo. Em estatística, os dados conversam entre si. Isso significa: não é uma informação isolada que determina uma análise como o todo. Eu posso ter número de categorias distintas maior que 4 e mesmo assim, meu sistema de medição não ser confiável. Temos que realizar uma análise mais profunda e complementar. Precisamos entender que normalidade é uma condição para que possamos calcular a estabilidade do processo. Alguns autores ainda defendem a não necessidade de se obter dados normais para cálculo da estabilidade estatística, mas aí entraremos em uma outra discussão. Uma vez que os dados não são normais, o cálculo da estabilidade está comprometido. Você pode não obter as informações desejadas ou elas podem não representar a realidade do processo. Entretanto, é comum encontrarmos processos e dados com estabilidade e outliers (valores atípicos). Esses valores podem influenciar a distribuição. Seria interessante entrar em mais detalhes e entender onde você observou essa situação. Apesar de parecer simples, pode ser que o problema, a causa raiz na realidade, seja lá na coleta de dados. Minha sugestão para aceitar a frase acima sobre presença de outliers é: - Garanta que o sistema de medição é confiável; - Garanta que há um bom plano de coleta de dados (representativo da população); Dessa forma, conseguiremos ter a certeza de que a análise pura está refletindo a realidade das informações do processo. A partir daí, podemos tomar um caminho! 42. (White Belt) Em testes de hipóteses utiliza-se apenas a média e desvio padrão? Média não é uma medida muito fraca para isso? Qual a diferença de calcularmos pelo MiniTab ou pelo Excel? Uma vez que, eu sabendo a média, tenho a resposta correta, sem usar o desvio padrão. RESPOSTA: Na realidade, o teste de hipótese é muito mais complexo do que uma simples comparação de média. Ele envolve o conceito de p-value (valor-p). Com o uso da ferramenta correta (teste 1t, 2t, t pareado), podemos criar comparações mais assertivas. Olhando apenas para a média, eu não levo em consideração o intervalo de confiança dos meus dados. Quando estabeleço um nível de significância igual a 5%, é possível assumir que os valores são iguais, diferentes, menores ou maiores com até 95% de confiança. Isso é, se eu obtiver as seguintes informações com relação a porcentagem de defeitos: Intervalo de confiança = (1,3%, 2,7%) e um médiade 1,7%. Se eu quiser saber se o meu valor é menor do que um valor de referência (meta, por exemplo) de 2%, olhando para a média assumirei que sim. Entretanto, o intervalo de confiança me mostra que ele pode variar até 2,7%. Seria um erro eu assumir que os valores são menores do que o valor de referência. É um teste mais completo do que uma simples comparação matemática. Esse assunto é bastante complexo e aprofundamos nas certificações mais avançadas da metodologia. 43. (White Belt) Qual a diferença entre o tempo de ciclo e a taxa de saída? RESPOSTA: Creio que a melhor forma de analisar as métricas do Lean seja olhando para suas unidades. Tempo de ciclo, como o próprio nome diz, é uma métrica temporal: segundos, minutos, horas, etc. Usamos o tempo de ciclo, no dia a dia, para mensurar o tempo de uma determinada atividade. Por exemplo, em uma sequência de corte e estamparia, podemos mensurar o corte de uma chapa (o tempo que ela leva para ser cortada) e esse será o tempo de ciclo. A taxa de saída, como o próprio nome diz, é uma taxa. Isso é, uma razão entre unidades. Se você trabalha, por exemplo, como barista, no qual a produção de café é ininterrupta e somos capazes de fazer 60 cafés por hora. Dizemos que temos uma taxa de saída de 1 café / min. Normalmente a unidade de medida é [unid/tempo]. 44. (White Belt) Quando utilizar e para que vou utilizar os desvios padrão Global e Potencial? RESPOSTA: As estatísticas de Z bench podem indicar a capacidade de curto prazo (potencial) ou de longo prazo (real) do seu processo, dependendo se elas foram calculadas usando-se o desvio padrão dentro ou global. Z bench de curto prazo O Z bench de curto prazo é calculado usando o desvio padrão interno do processo. Ele é uma medição de como seu processo atual iria se comportar se você pudesse manter a constante de variação de curto prazo, que é ideal, ou o cenário do processo. Nesse caso, o desvio padrão interno é utilizado. Seria como se tivéssemos uma estimativa de como se pudéssemos manter nosso cenário de curto prazo, ao longo dos dias, meses e ano. Em um processo produtivo, por exemplo, eu consigo controlar as coisas a curto prazo, mas ao longo prazo, temos flutuações nos pedidos, quebra de máquinas, set-ups e diversas outras atividades que irão afetar meu desvio padrão. Como eu consigo controlar meu desvio padrão melhor a curto prazo, esse valor acaba sendo menor. Há menos variabilidades. Dessa forma, meu nível sigma de curto prazo é maior (ou deveria ser). Z Bench de longo prazo (Z.bench LT) O Z bench de longo prazo é calculado usando-se o desvio padrão global do processo. Ele é uma medição melhor da realidade porque não podemos, normalmente, manter a variação de curto prazo com o tempo. Ele representa a qualidade que o cliente realmente recebe, aquilo que representa a realidade. Vamos tentar ilustrar o motivo de o desvio padrão a longo prazo (global) representar a realidade. Imagine que estamos coletando dados em um hospital (3 turnos). Se eu for coletar sobre o tempo de espera na fila pelos pacientes somente no período da manhã, no dia 10, isso não representa a realidade, concorda? O desvio padrão considerado seria de curto prazo. Dentro desse escopo (período da manhã, em um dia específico) eu tenho poucas variabilidades. Agora... se eu coletar em 10 dias diferentes, vários turnos, começo, meio e final de semana, veremos que várias variabilidades estarão presentes. Falta de profissionais, emergências, problemas com equipamentos, atrasos, etc. Tudo isso faz com que o desvio padrão fique maior e afete o nível sigma. Esse é o desvio padrão global. A realidade. Portanto, devemos utilizar o desvio padrão global quando queremos representar a realidade de um processo e o desvio padrão potencial quando queremos ver aonde podemos chegar com apenas algumas melhorias. 45. (Lean Manufacturing Basic) Uma grande dúvida que tenho é em relação ao SETUP. Embora seja uma parada planejada e necessária, é considerado no cálculo hoje de forma a impactar a disponibilidade. Assim, tenho mais uma frente de trabalho com o SMED e consigo medir o ganho com as melhorias implementadas. Sendo assim, ele deveria reduzir a disponibilidade realmente ou deveria ser considerado com uma parada planejada e não impactar o OEE? RESPOSTA: Excelente pergunta. Na prática (e em grandes empresas), já visitamos plantas que incluem a parada planejada no cálculo do OEE e outras que não incluem. De fato, o correto seria incluir. Para calcular a disponibilidade, você deve levar em conta dois fatores: 1) Tempo em produção: tempo em que a máquina está realmente produzindo; 2) Paradas planejadas: treinamentos, manutenções preventivas e finais de semana fazem parte desse item, que engloba todos os tipos de pausas já previstas no cronograma. Ou seja, esses itens não serão contabilizados como um tempo de produção desperdiçado. Assim, basta aplicar a fórmula: Disponibilidade = tempo em produção / (tempo em produção + paradas planejadas) Se você não inclui, irá mitigar muitas possibilidades de melhorias e qualquer problema que tenha não "afetará" a disponibilidade. Concluindo, seguiria calculando da forma como vem realizando e focaria no SMED para otimizar esse tempo. 46. (White Belt) Em relação à performance, o Downtime também não teria efeito sobre ela? Ou ela é calculada somente em cima do TEMPO EFETIVO DE LINHA RODANDO, descontando paradas que deveriam contabilizar apenas para a disponibilidade? Exemplo: A linha de produção parou de produzir porque o operador responsável por remover os pallets no final da linha se atrasou no percurso (equipamentos da linha funcionando normalmente e disponíveis para rodar). Esta parada deveria impactar somente a performance, pois foi um erro operacional (somente) ou ela deveria impactar, também, a disponibilidade? RESPOSTA: Com relação ao impacto na disponibilidade, caso haja parada de produção irá sim acontecer. É um downtime e, portanto, afetará sim. Como essa parada não foi planejada, afetará a disponibilidade normalmente. Sobre o índice de performance, ele será afetado apenas pelo tempo efetivo de linha rodando. Se incluirmos em dois momentos: na disponibilidade e na performance, iriamos penalizar duplamente o sistema. O que a performance mede é a quantidade de peças boas produzidas, pelas ruins, levando-se em consideração a quantidade teórica de tempo rodando. Faz sentido para você? Novamente sua abordagem está correta e não se espante se ver muitos cálculos diferentes na prática. OEE é um tema amplamente discutido e já vimos muitas utilizações e defesas de cálculos dos mais variados possíveis. 47. (White Belt) O que se refere, no cálculo do DPMO, quando se diz "Oportunidades para Defeitos"? RESPOSTA: O DPMO significa Defeitos por Milhão de Oportunidades. Vou citar um exemplo simples para, posteriormente, em treinamentos mais avançados, lapidarmos esses tópicos. Vamos supor que estamos produzindo impressoras. Pense comigo: o que pode acontecer de errado na fabricação / montagem ou até uso, dessa impressora? Alguns possíveis problemas: erro na impressão; erro no momento de puxar o papel; comunicação tinta/toner - impressora; bandeja de impressão pode vir quebrada; mais inúmeros "defeitos", concordam? Em cada ponto citado acima, nós chamamos de oportunidades para defeitos. Sempre que algo pode dar errado (ou já tenha dado, historicamente falando), nós podemos contar como um não atendimento de CCR. Essa métrica leva em consideração a abordagem sobre produtos com defeitos (onde a quantidade exata de defeitos existentes é importante) e nos auxilia no cálculo de nível sigma para atributos. Para cálculo do DPMO, levamos em consideração: contagem de defeitos, as oportunidades (citadas acima), amostragem (tamanho da amostra)
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