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Resum� sobr� transfusã� sanguíne� LEI 10.205 de 2001 - processo de doação regulamentado. Toda doação deve ser altruísta, voluntária, não gratificada. Estrutura em rede, níveis de complexidade. Produtos gerados nos serviços de hemoterapia a partir do sangue total são chamados de hemocomponentes depois que passam nos processos físicos. (centrifugar, congelar) Produtos em escala industrial --> fracionamento do plasma --> hemoderivados. Há duas formas de obter hemocomponentes: Mais comum - coleta de sangue total Mais específica - aférese Diferentes densidades - hemácias no fundo da bolsa. Acima - buffy coat (leucoplaquetária). Acima do buff - plaquetas dispersas. Soluções anticoagulantes preservadoras e aditivas - conservação por impedir coagulação Sangue total em solução CPDA1 - 35 dias a partir da coleta Sangue em solução AC 21 dias. CONCENTRADO DE HEMÁCIAS Obtido por centrifugação e remoção da maior parte do plasma. Pode também ser obtido por aférese. ● 220 a 280 mL ● CH manter em 2 a 6 graus e validade entre 35 e 42 dias. ● CH sem solução aditiva - Ht entre 65% e 80% ● CH com aditivo - 50 a 70% CH pode ser desleucocitado com filtro pra leucócitos ou desplasmatizados pela técnica de lavagem com solução salina. CONCENTRADO DE PLAQUETAS Cada unidade 50 a 60 mL de plasma Se coletada por aférese 200 a 300 mL Centrifuga em 2 etapas - leve pra obter plasma rico em plaquetas → e depois novamente centrifugado. Segundo método - buffy coat com extratores automatizados e bolsas. O sangue total → centrifugação - separação da camada leucoplaquetária. O plasma sobrenadante é transferido para uma bolsa-satélite. PLASMA FRESCO CONGELADO Porção acelular do sangue por centrifugação A partir por ST e transfere em circuito fechado. ● Basicamente - água, proteínas (albuminas, globulinas, fatt coagulação), carboidratos e lipídios. Congelado até 8h da coleta e mantido a 18 graus negativos, recomendado até - 25ºC. Congelamento permite preservação dos fatores de coagulação. O plasma isento de crioprecipitado - mesma validade do PFC, 150 a 200mL CRIOPRECIPITADO Fonte concentrada de proteínas plasmáticas insolúveis de 1 a 6ºC. Primeiro descongela 01 un PFC → plasma sobrenadante é removido deixando na bolsa a proteína precipitada + plasma. Crioprecipitado contém glicoptn de alto peso molecular. Cada bolsa tem 15 mL de CRIO tem 80 a 150 de Fator VIII. CONCENTRADO DE GRANULÓCITOS aférese de doador único, por máquinas separadoras de células; Cada concentrado tem volume de 200 a 300 mL, incluindo anticoagulante, plasma e resíduo de hemossedimentante. Além dos granulócitos, pode ter leucócitos e plaquetas e 20 mL hemácias. O concentrado de granulócitos deve ser transfundido assim que possível após a coleta. PRINCÍPIOS PARA TRANSFUSÃO ● - Indicação e prescrição pelos médicos, baseando-se em critérios clínicos ● - Toda transfusão traz riscos ● - Os benefícios da transfusão devem superar os riscos Requisição do produto hemoterápico de forma mais completa. Não há contraindicação absoluta pra febre, é importante diminuir a febre antes. Rara a necessidade de aquecer um produto. Nenhuma transfusão deve exceder o período de infusão de 4 horas. Não adicionar fluidos ou drogas ao produto hemoterápico. CH pode transfundir em acesso venoso compartilhado APENAS com sódio 0,9% Não precisa diluir antes da transfusão. Todo produto hemoterápico com equipo de filtro 170 U para reter coágulos e agregados. CONCENTRADO DE HEMÁCIAS ● Para tratar ou prevenir iminente e inadequada liberação de O2. ● Nem todo estado de anemia exige transfusão. ● Em hemorragias agudas ● Para hemorragia III e IV - maior que 30% do volume sanguíneo. Ht não é um bom parâmetro pra nortear a decisão de transfundir CH. Se hemorragia aguda, transfunde se: ● FC elevada ● Hipotensão ● Queda débito urinário ● FC mto aumentada ● Enchimento capilar maior que 2 segundos ● Alteração no nível de consciência TRANSFUSÃO DE CH EM ANEMIA - Em geral, anemias com Hb maior que 10 são bem toleradas. - Se Hb menor que 7 - risco de hipóxia tecidual e comprometimento das funções vitais. - Entre 7 e 10 g/dL - depende da clínica Casos específicos ● DPOC - Hb manter acima de 10 ● Cardiopatia isquemica aguda - acima de 9 ● Paciente acima de 65 anos - sintomáticos - aceitável transfundir se Hb < 9. Pacientes cirúrgicos estáveis pós operatório, bom manter Hb de 8 Na anemia crônica primeiro você tenta ferro, ácido fólico, vitamina, eritropoietina. Depois transfunde. E anemia crônica costuma ser melhor tolerada, por conta das medidas compensatórias DOSE E MODO DE ADM DE HEMÁCIAS Uma un CH eleva Ht em 3% e Hb em 1 Pacientes pediátricos - em vez de uma bolsa pra esses resultados, considera 10 a 15 mL por kg. Tempo de infusão de cada unidade CH - 60 a 120 minutos. Em pediatria - não exceder a velocidade de infusão 20 a 30 ml por kg por hora. Avaliar resposta terapêutica da transfusão de Hemácias - nova dosagem de Hb ou Ht 1 a 2 h após transfusão + resposta clínica. CONCENTRADO DE PLAQUETAS Uma unidade pelo plasma tem 50 a 60 mL plasma e 5,5 x 10 elevado a 10 Uma unidade por aférese - 200 a 300 mL - 6 a 8 unidades de CP unitários. Indicações por falência medular - Doenças hematológicas e/ou quimio e radioterapia. Nesses pacientes, CP profilática se: Contagem menor que 10 000 sem fator de risco Inferior a 20 000 com fator de risco Pacientes pediátricos toleram contagem plaquetária menor. (5000) Adultos com tumores sólidos têm maior risco de sangramento se submetidos à quimio ou radio - indica-se transfundir se plaquetas menores que 20 000 DISTÚRBIOS ASSOCIADOS A ALTERAÇÕES DE FUNÇÃO PLAQUETÁRIA - trombastenia de Glanzman - Sd de Bernard Soulier - Sd plaqueta cinza Recomendação para transfundir CP pré procedimentos cirúrgicos. TRANSFUSÃO MACIÇA - contagem de plaquetas < 50 000. Recomenda-se transfusão CP se contagem inferior a 50 000 e se inferior a 100 000 - alterações graves da hemostasia, trauma, SNC. Coagulopatia Intravascular Disseminada: repor plaquetas e fatores de coagulação é desencorajada. Sangramentos - mesmo que sem gravidade - repor fatores de coagulação (PFC) e CP para Plaquetas ficarem > 20 000 DENGUE HEMORRÁGICA ● Trombocitopenia causada por anticorpos (contra vírus, mas têm reação cruzada com antígenos plaquetários). ● A plaquetopenia é PTI - não há indicação de transfusão profilática, independente d contagem. Transfusão de CP não está indicada em trombocitopenia por Leptospirose e Riquetsioses Procedimentos cirúrgicos - maioria dos procedimentos aceita plaquetas maior que 50 000. Procedimentos neurocirúrgicos e oftalmológicos - superiores a 80 000 /100 Dose e modo adm Plaquetas - 1 CP para cada 7 - 10 kg de peso Transfusão terapêuticas - Adultos > 55 kg - mínimo de 6x 10 a 11 = 8 a 10 Un ou 1 U aférese - Adultos < 55kg - mínimo de 3x10 a 11 - Crianças menores que 15 kg - dose de 5-10 mL/kg PLASMA - Indicações porque contém as proteínas da coagulação - tto de pacientes com distúrbio da coagulação - deficiência de múltiplos fatores. INDICAÇÕES HEPATOPATIA - ocorre redução da síntese de fatores da coagulação (I, II, VII< IX, X) - direta correlação com o grau de dano do parênquima. TP alargado é fator predisponente de sangramento. O paciente hepatopata raramente sangra se não tiver situações como cirurgia, biópsia, ruptura de varizes de esôfago. Usar PFC para prevenir hemorragia - corrige incompletamente o distúrbio. Não há evidência que indique a eficácia de transfusão de PFC antes da realização de procedimentos invasivos. ● Resposta ao PFC é imprevisível na hepatopatia - não tem relação entre altt TP e risco de sangrar. ● Não tem benefício transfundir PFC em paciente com TP alargado. Hepatopatas com sangramento ativo = podem se beneficiar da reposição de fatores de coagulação. COAGULAÇÃO INTRAVASCULAR DISSEMINADA Este grave distúrbio de hemostasia - mais septicemia, perda maciça de sangue, injúria vascular grave ou veneno de cobras. Sangramento severo por anticoagulantes orais antag. Vit K (warfarina) ● Alargamentode TP pelo INR ● Pode corrigir com suspensão, adm. oral da Vit K, transfusão de PFC ou complexo protrombínico. ● PFC 15 mL por kg em pacientes com sangramento importante. Recomenda-se associar a vitamina K ● Se disponível, complexo protrombínico é preferível ao PFC Transfusão em coagulopatias ❖ Em traumas, surge mais com gravidade elevada. ❖ Diluição para níveis críticos quando ocorre perda de mais de 1,2 volemia para os fatt coagulação. E 2 volemias pra afetar plaquetas. ❖ Hipotermia + imobilização - pode retardar as reações da cascata de coagulação - potencializa o efeito da hemodiluição. ❖ Usar PFC por prescrição sistemática com fórmulas automáticas não tem sido eficaz para sangramento de pacientes com distúrbios de coagulação. ***Embora TPAP e TTPa não tenham boa correlação com a necessidade de repor PFC, parecem um critério + racional. Sangramento ou profilaxia de sangramento quando o pcte tem deficiência isolada de fator de coagulação, quando não tem o produto isolado pra repor ● Aplica-se para deficiência do fator V ● Deficiência Fator XI (hemofilia tipo C) - PFC é opção terapêutica disponível, em casos de sangramento ou risco de sangramento. Púrpura trombocitopênica trombótica Líquido de reposição na plasmaférese - tto de primeira linha pra PTT> - O PFC é fonte de metaloprotease, que metaboliza o fator de von Willebrand. CONTRAINDICAÇÕES PRA PFC, PIC, PFC24 - Como expansor volêmico, nem em pacientes com hipovolemia aguda - Sangramentos sem coagulopatia - Não usar pra correção de testes anormais de coagulação, sem ter um sangramento. - Em casos de perda proteica e imunodeficiências. Dose e modo de administração de PFC ➔ 10 a 20 mL por kg de peso aumenta de 20 a 30% os fatt de coagulação. ➔ Antes, o PFC deve ser completamente descongelado por banho maria. Usar em 6 h no máximo após descongelar. Não pode recongelar. CRIOPRECIPITADO Indicações ● hipofibrinogenemia congênita ou adquirida ● Deficiência fator XIII ● Tto de sangramento ou procedimento invasivo em pcts urêmicos (mas essa opção tem sido substituída pelo tto com eritropoietina). Como já tem fator VIII disponível, não se usa CRIO pra hemofilia A nem pra von willebrand. Quando NÃO tem concentrado de fibrinogênio purificado - faz CRIO para pacientes com hemorragia e deficiência isolada. Pode usar pra repor fibrinogênio em CIDV . IRRADIAÇÃO Previne doença do enxerto versus hospedeiro (que é potencialmente fatal, pela enxertia e expansão clonal dos linfócitos). Isso impossibilita proliferação de linfócitos. Indicações - Transfusão intrauterina - Exsanguíneo-transfusão - RN prematuro ou baixo peso - Pós transplante de medula - Pós transplante de celula hematopoiética - Paciente tratado com análogo da purina -Receptor de transplante de órgãos sólidos - Linfomas, LMA, anemia aplástica - Receptor de plaquetas HLA compatíveis - Quando há parentesco paciente - doador DESLEUCOCITAÇÃO filtro pra remover leucócitos. Previne complicações por hemocomponentes alogênicos. Indicado para; - hemoglobinopatias - anemia hemolítica hereditária - Antecedente de 2/3 reações febris - Síndrome de imunodeficiência - Anemia aplástica - LMA - Doença plaquetária que exige muitas transfusões - Prevenção de CMV em candidatos á transplante, paciente HIV positivo, intraútero, gestantes que sejam não reativas pra CMV ou desconhecido, RN prematuro ou baixo peso. LAVAGEM COM SOLUÇÃO SALINA - lavagem de glóbulos vermelhos e plaquetas com NaCl pra eliminar a maior quantidade possível de plasma Indicações - Antecedente de reações alérgicas graves - Pacientes deficientes de IgA, haptoglobulina e transferrina
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