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ATIVIDADE CONTEXTUALIZADA AV1 Responsabilidade Socioambiental Fabricia

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EFEITO ESTUFA 
Fabricia da Silva Andrade Leite
01417437
Farmácia
	O aquecimento global pode ter resultâncias sérias para o mundo e para sua população, notadamente este aumento gradativo da temperatura do planeta, como já reafirmado em vários estudos científicos, dá-se em decorrência do aumento da concentração de gases de efeito estufa (GEEs), sobretudo o dióxido de carbono (CO2), metano (CH4) e óxido nitroso (N2O), oriundos da atividade industrial, agrícola e de transportes (MOREIRA e GIOMETTI, 2008). A fim de debater sobre como reduzir as emissões e por conseguinte seus efeitos, autoridades mundiais se reuniram na Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento, conhecida como Eco-92 ou Rio-92, onde delegações de vários países se proporam a dialogar para estabelecer medidas para enfrentar os problemas crescentes da emissão de gases causadores do efeito estufa. Uma das principais metas dessa conferência foi a busca por um paradigma econômico que estivesse em consonância com a preservação da biodiversidade e a utilização sustentável dos recursos naturais. Um dos principais resultados da conferência foi a criação da Agenda 21, um plano de ação abrangente para promover o desenvolvimento sustentável nos níveis global, nacional e local. Além disso, foram estabelecidos outros acordos significativos, como as convenções da Biodiversidade, das Mudanças Climáticas e da Desertificação, a Carta da Terra, e a Declaração sobre Florestas (DE OLIVEIRA, 2016; BRASIL, 2009). A Rio+20 foi planejada originalmente como uma “Conferência de revisão” em vez de uma Reunião de Cúpula. Seu objetivo principal era realizar uma avaliação dos avanços e desafios desde a Rio-92 com o propósito de reafirmar o compromisso político com o desenvolvimento sustentável, avaliando os avanços realizados até o momento, bem como às lacunas que ainda precisariam ser preenchidas na implementação das decisões adotadas nas principais cúpulas sobre essa questão crucial. Além disso, a conferência também abordou temas inovadores e emergentes como a economia verde, a erradicação da pobreza e a estrutura institucional para o desenvolvimento sustentável, a fim de buscar soluções para desafios contemporâneos (BRASIL, 2012; GUIMARÃES e FONTOURA, 2012).
	O Projeto Quioto, tratado internacional adotado em 1997 durante a COP 3 da UNFCCC (Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima), possuía como o objetivo central a redução das emissões de gases do efeito estufa visando intensificar a consciência da necessidade imperiosa do combate ao aquecimento global. Nesse encontro foi estabelecido compromissos para países industrializados reduzirem suas emissões à níveis comparáveis aos do ano de 1990, até então dentro de certa faixa de segurança, utilizando mecanismos flexíveis como o comércio de emissões. Esse acordo entrou em vigor em 2005, mas enfrentou vários desafios e foi prorrogado até 2020 pelo Acordo de Doha. Desde então, outros acordos, como o Acordo de Paris, têm buscado ação global contra as mudanças climáticas. 
	Outro evento importante que ocorreu na cidade de Nova York, Estados Unidos, foi a Cúpula das Nações para o Desenvolvimento Sustentável, com o objetivo de direcionar o planejamento para o desenvolvimento sustentável até o ano de 2030. Foram traçados 17 objetivos, denominados ODS (Objetivos para o Desenvolvimento Sustentável). Também foram definidos os termos da Agenda do Desenvolvimento Sustentável 2030 (Agenda 30), um apanhado de metas e diretrizes estabelecidos pela ONU com o propósito de alcançar uma vida digna e mais qualitativa para todas as pessoas no mundo, sem comprometer o meio ambiente e, por consequência, as gerações futuras. Esses objetivos são um guia abrangente que buscam harmonizar o progresso humano com a preservação do planeta, buscando manter os avanços tecnológicos, sociais e humanos alinhados a preservação do meio ambiente (BUSS et al, 2016; Secretaria de Relações Internacionais, 2022). 
REFERÊNCIA
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável Rio+20. Brasília, 2012. Disponível em: <http://www.rio20.gov.br/sobre_a_rio_mais_20.html>. Acesso em: 24/05/2023. 
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. História – Rio-92. REVISTA DE INFORMAÇÕES E DEBATES DE INSTITUTO DE PESQUISA ECONOMIA APLICADA- IPEA. Ano 7. Edição 5. Brasília, 2009. Disponível em: <https://www.ipea.gov.br/desafios/index.php?option=com_content&id=2303:catid=28&Itemid>. Acesso em: 24/05/2023. 
BUSS, Paulo Marchiori et al. Saúde da mulher, da criança e do adolescente no contexto da Agenda das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável 2030. 2016. Disponível em: <https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/20644>. Acesso em: 25/05/2023.
DE OLIVEIRA, Leandro Dias. A Geopolítica do Desenvolvimento Sustentável na CNUMAD-1992 (ECO-92): entre o local e o global, a tensão e a celebração. Revista de Geopolítica, v. 2, n. 1, p. 43-56, 2016. Disponível em: <http://revistageopolitica.com.br/index.php/revistageopolitica/article/viewFile/21/21>. Acesso em: 22/05/2023.
GUIMARÃES, Roberto Pereira; FONTOURA, Yuna Souza dos Reis da. Rio+ 20 ou Rio-20?: crônica de um fracasso anunciado. Ambiente & Sociedade, v. 15, p. 19-39, 2012. Disponivel em:<https://www.scielo.br/j/asoc/a/gJLg9MNzwWpKwSvnTzLyn9L/abstract/?lang=pt>. Acesso em: 22/05/2023.
MOREIRA, H. M.; GIOMETTI, A. B. DOS R.. Protocolo de Quioto e as possibilidades de inserção do Brasil no Mecanismo de Desenvolvimento Limpo por meio de projetos em energia limpa. Contexto Internacional, v. 30, n. 1, p. 9–47, jan. 2008. Disponível em:<https://www.scielo.br/j/cint/a/9RkZZcmTbc6mm8wRHHc5j3Q/?lang=pt#>. Acesso em:17/05/2023.
Secretaria de Relações Internacionais. Governo do Distrito Federal. Agenda 30: Objetivos do Desenvolvimento Sustentável. Brasília: Governo do Distrito Federal, 2022. Disponível em: <https://www.internacional.df.gov.br/agenda-2030-objetivos-do-desenvolvimento-sustentavel/>. Acesso em: 25/05/2023.

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