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ATOS, PRAZOS E NULIDADES PROCESSUAIS

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T E O R I A G E R A L D O 
PROCESSO 
 
PROF. GUILHERME ANTUNES DA CUNHA 
 
ATOS, PRAZOS E 
NULIDADES PROCESSUAIS 
GENERALIDADES 
§ Arts. 154 a 250 do CPC. NCPC 188 a 283. 
§ Processo é um conjunto de atos processuais praticados 
com dois objetivos: 
§ Resolução do mérito e Efetivação/Satisfação do direito. 
§ Mas podem também levar à extinção do processo sem 
resolução do mérito – pressupostos processuais e 
condições da ação. 
GENERALIDADES 
§ Atos processuais são as atividades dos sujeitos da 
relação processual. 
§ Tem por efeito a constituição, conservação, modificação, 
desenvolvimento ou cessação da relação processual. 
§ Constituição: petição inicial e citação. 
§ Conservação: atendimento aos pressupostos processuais 
e condições da ação (ex: manter regularizada a 
representação processual). CPC 13; NCPC 76. 
GENERALIDADES 
§ Modificação: citação de litisconsortes (posteriores – ex: 
cônjuge) ou terceiros (denunciação). Alteram as partes 
delineadas na inicial. 
§ Desenvolvimento: contestação, réplica, provas, 
notificações, intimações, audiências, memoriais. 
§ Cessação: sentença terminativa ou definitiva, desistência, 
renúncia. Acórdãos. 
§ Criam, modificam ou extinguem situações processuais. 
GENERALIDADES 
§ Atos processuais são interdependentes: dependem e 
influem nos subsequentes. 
§ Ex: atitudes do réu influirão na réplica do autor e nas 
provas a serem produzidas (pontos controvertidos, 
revelia, preliminares). 
§ Ex2: se o réu opuser exceções de impedimento ou 
suspeição (impugnação à AJG, ao valor da causa e de 
incompetência relativa, no NCPC, não são mais 
incidentes), o autor terá de manifestar-se no incidente. 
PRINCÍPIOS DOS ATOS 
PROCESSUAIS 
§ Formalismo: embasado pela necessidade de ordem, 
certeza e eficiência prática dos atos processuais. Trata-se 
de garantias. 
§ Mas as formas existem para atingir determinadas 
finalidades processuais. 
§ Princípio da Instrumentalidade das Formas: atos 
processuais não dependem de forma determinada, salvo 
quando a lei expressamente exigir. Ex: consentimento 
cônjuge. 
PRINCÍPIOS DOS ATOS 
PROCESSUAIS 
§ Assim, são válidos os atos que, realizados de outro 
modo, preencham a finalidade essencial. 
§ Necessidade de observância das formas deve ser medida 
pela possibilidade de ter-se atingido o mesmo fim sob 
outra forma. 
§ Visa aproveitar ao máximo os atos processuais, desde 
que não sejam violados princípios processuais 
constitucionais (de defesa da outra parte). 
PRINCÍPIOS DOS ATOS 
PROCESSUAIS 
§ Princípio da Documentação: em geral, os atos são 
documentados, perpetuando informações. 
§ Princípio da Publicidade: os atos são públicos, ora sendo 
praticados em público (audiências, sessões), ora estando 
à disposição da sociedade em cartório/secretaria. 
§ Salvo interesse público ou preservação da intimidade das 
partes, qualquer pessoa pode examinar os autos. Ex: 
família, sucessões, ações de estado das pessoas. 
PRINCÍPIOS DOS ATOS 
PROCESSUAIS 
§ Princípio da Liberdade das Formas: podem os atos serem 
praticados da forma mais idônea a atingir seu fim. 
§ Princípio da Obrigatoriedade do Vernáculo: a língua 
portuguesa é obrigatória na prática dos atos processuais. 
§ Só pode ser juntado aos autos documento em língua 
estrangeira se vier acompanhado de versão em vernáculo 
com tradução juramentada. 
§ Ex: documentos em outra língua. 
CLASSIFICAÇÃO DOS 
ATOS PROCESSUAIS 
§ ATOS DAS PARTES: praticados pelo autor, réu, terceiros 
e pelo Ministério Público. 
§ Postulatórios, dispositivos, instrutórios ou reais. 
§ Postulatórios: postulam algum pronunciamento do juiz, 
seja questão processual, seja questão de mérito. 
§ Ex: inicial, contestação, exceções, recursos, pedido de 
provas, reconsiderações. 
CLASSIFICAÇÃO DOS 
ATOS PROCESSUAIS 
§ Dispositivos: declarações de vontade destinadas a dispor 
da tutela jurisdicional, dando-lhe existência ou 
modificando-lhes as condições. 
§ São negócios processuais, pois as partes regulam seu 
comportamento. Unilaterais, concordantes ou contratuais. 
§ Unilaterais: desistência da ação ou do recurso. 
§ Concordantes: adere à parte contrária, concordando com 
a competência do juízo, com alguma prova requerida, 
com alguma alegação da contestação, data audiência. 
CLASSIFICAÇÃO DOS 
ATOS PROCESSUAIS 
§ Contratuais: declarações bilaterais de vontade. Ex: 
conciliação e transação. 
§  Instrutórios: destinam-se a convencer o juiz da verdade 
dos fatos afirmados, com alegações e atos probatórios. 
§ Ex: juntada de documentos, audiências, perícias. 
§ Reais: manifestam-se pela coisa, não por palavras. Ex: 
preparo de recurso, pagamento de custas. 
CLASSIFICAÇÃO DOS 
ATOS PROCESSUAIS 
§ As partes podem exigir recibo de quaisquer petições e 
documentos que entregarem em cartório. Protocolo. 
§ É vedado às partes lançar nos autos cotas marginais ou 
interlineares, sob pena de multa e de o juiz mandar riscá-
las. 
§ Proibido escrever nas margens e entrelinhas das folhas 
dos autos do processo. 
CLASSIFICAÇÃO DOS 
ATOS PROCESSUAIS 
§ ATOS DO JUIZ. CPC 162/163; NCPC 203/204. 
§ Sentença: ato que implica alguma das situações previstas 
CPC 1973, 267 e 269. Impugnáveis por Apelação. 
§ É o ato que encerra a fase de conhecimento do processo, 
com ou sem resolução do mérito (definitiva ou 
terminativa), em primeiro grau de jurisdição. 
§ Não se trata de extinção do processo propriamente dita, 
pois a extinção ocorre após o exaurimento da fase 
recursal e da satisfação do direito. 
CLASSIFICAÇÃO DOS 
ATOS PROCESSUAIS 
§ Sentença deverá conter relatório, fundamentação e 
dispositivo. As demais decisões serão fundamentadas, de 
modo conciso. 
§ Antes da lei nº 11.232/2005, sentença era “o ato do juiz 
que põe termo ao processo”. Forma. CPC de 1973: 
conteúdo. Crítica. 
§ NCPC: sentença é o ato do juiz que, com fundamento nos 
arts. 485 e 487, põe fim à fase cognitiva do procedimento 
comum (de 1º grau), bem como extingue a execução. 
CLASSIFICAÇÃO DOS 
ATOS PROCESSUAIS 
§ Decisão interlocutória: ato que resolve alguma questão 
incidente, no curso do processo. 
§ Não põe fim ao procedimento de 1º grau nem trata, em 
geral, de nenhum dos casos do CPC1973, 267 e 269. 
§  Impugnáveis por agravo retido ou de instrumento, se 
houver urgência e risco de lesão grave a direito. 
§ NCPC: é todo pronunciamento judicial de natureza 
decisória que não se enquadre no conceito de sentença. 
CLASSIFICAÇÃO DOS 
ATOS PROCESSUAIS 
§ Ex: decisão que defere ou indefere pedido de liminar, 
pedido de produção de determinada prova, que julga 
algum incidente processual (exceções). 
§ Prova, juiz, livre convencimento: ex. Isenção IR. 
§ Despacho: demais atos judiciais praticados no curso do 
processo. São decisões de mero expediente, que dão 
andamento ao processo. 
§ Ex: aprazamento de audiências, intimação das partes 
para se manifestarem sobre a postulação de outra. 
CLASSIFICAÇÃO DOS 
ATOS PROCESSUAIS 
§ Acórdãos: julgamentos proferidos pelos Tribunais. 
§ Devem conter relatório, fundamentação e dispositivo. 
§ Decisões Monocráticas: proferidas pelos Tribunais, mas 
somente pelo Relator, nos casos em que este tem poder 
(CPC 557; NCPC 932, incisos III a V). 
§ Destas decisões cabe agravo interno ou agravo 
regimental, para o colegiado competente. 
CLASSIFICAÇÃO DOS 
ATOS PROCESSUAIS 
§ ATOS DOS AUXILIARES DA JUSTIÇA. Atos ordinatórios, 
que podem ser praticados pelo escrivão e escreventes. 
§ Delegação aos auxiliares da justiça a prática de atos 
processuais de mero expediente (CF 93, XIV). 
§ Ao receber a inicial distribuída (distribuição numera e 
sorteia), o escrivão (ou auxiliar) autuará o processo, 
registrando natureza do feito, nomes das partes e data. 
Etiqueta. 
CLASSIFICAÇÃO DOS 
ATOS PROCESSUAIS 
§ Auxiliares rubricam e numeram o número das páginas 
dos autos. 
§ Termos de juntada serão datados e assinadospelo 
auxiliar. Importante para questões de prazo. Ex: juntada 
de AR. 
§ Pode ser utilizada a estenotipia ou a gravação nos atos 
orais (audiência). 
TEMPO DOS ATOS PROCESSUAIS 
§ Atos realizar-se-ão em dias úteis, das seis às vinte horas. 
§ Não se confunde com o horário forense, quando o foro 
está aberto ao público (no RS: das 09 às 18 e das 13 às 
18, justiça estadual e federal, respectivamente). 
§ Só domingos e feriados são considerados feriados 
forenses. Assim, atos podem ser realizados aos sábados. 
§ Sábado: citações ou intimações. Não é dia útil, mas não é 
feriado forense. Não é dia útil para contagem de prazo. 
TEMPO DOS ATOS PROCESSUAIS 
§ A prática eletrônica de ato processual pode ocorrer em 
qualquer horário até às vinte e quatro horas do último dia 
do prazo, considerando-se o horário vigente no juízo 
onde o ato deve ser praticado. 
§ CPC de 1973, art. 172, §2º: citação e penhora, em casos 
excepcionais, podem ser realizados em domingos ou 
feriados, mediante expressa autorização do juiz. 
§ No NCPC, art. 212, §2º, são permitidas citações, 
intimações e penhoras nos feriados ou fora dos horários 
forenses, independentemente de autorização judicial. 
TEMPO DOS ATOS PROCESSUAIS 
§ Atos processuais iniciados no momento adequado podem 
prolongar-se após 20 horas, para preservar a efetividade 
da diligência e evitar dano. 
§ Citação, intimação e penhora, assim como qualquer outro 
ato urgente (arresto, sequestro, busca, nunciação), 
poderão ser realizados sábados, autorizando o juiz. 
§ Os prazos devem ser cumpridos dentro do horário 
forense. Lei de Organização Judiciária. Mas não pode 
exceder horário entre 6 e 20 horas. 
TEMPO DOS ATOS PROCESSUAIS 
§ Não existem mais férias forenses. Prestação jurisdicional 
deve ser ininterrupta. Art. 93, XII, da CF. 
§ Pode haver breve recesso ou suspensão dos prazos, 
sendo medidas urgentes praticadas. No NCPC, há 
determinação de suspensão de prazos de 20.12 a 20.01. 
§ Justiça Estadual RS. Há suspensão de prazos no fim do 
ano, mas mantém-se os serviços. Não publicam NE’s. 
§ Justiça Federal RS. Breve recesso entre Natal e ano 
novo. Fecham os serviços. Atende medidas urgentes. 
LUGAR DOS ATOS PROCESSUAIS 
§ Atos processuais realizam-se na sede do Juízo (foro onde 
corre o processo). Podem ser noutro local por deferência 
ou interesse da justiça. 
§ Depoimento de autoridades podem não ser na sede do 
Juízo. Perícias, inspeções judiciais e oitiva de 
testemunhas enfermas podem não ser na sede do Juízo. 
§ Excepcionalmente serão, pois, realizados os atos fora da 
sede do juízo, em razão de deferência, interesse da 
justiça natureza do ato ou eventual obstáculo. 
COMUNICAÇÃO PROCESSUAL 
§ Assegura contraditório e ampla defesa aos litigantes. 
Falta de comunicação pode gerar nulidade. 
§ Atos processuais podem ser cumpridos por ordem judicial 
(mandados) ou requisitados por carta. 
§ Cartas precatória, rogatória ou de ordem: fora da 
comarca, autoridade estrangeira e de Tribunal para juiz 
subordinado. Ou arbitral: de juízo arbitral ao Judiciário. 
§ Urgência: Cartas podem transmitir-se por telefone e fax. 
COMUNICAÇÃO PROCESSUAL 
§ As Cartas são itinerantes, podendo ser enviadas a Juízo 
diverso daquele que dela consta, intimando-se as partes 
da alteração de Juízo deprecado. 
§ Citações/Intimações fora da comarca, sem necessidade 
de carta, nas comarcas contíguas e região metropolitana. 
§ Exequibilidade das Cartas Rogatórias: STJ. São 
executadas pela justiça federal. 
§ Transmissão via diplomática ou consular. Cooperação. 
COMUNICAÇÃO PROCESSUAL 
§ Cada país tem suas normas internas de procedimento 
das cartas rogatórias. 
§ Só podem ser negadas exequibilidade caso atente contra 
princípios de ordem pública ou soberania do Estado. 
Direitos e garantias fundamentais do cidadão. Ex: pena 
de morte. 
§ Comunicações, além de mandados, cartas e D.O., podem 
ser feitas eletronicamente, disciplinando cada Tribunal da 
sua forma. E-Proc (não há nota de expediente). 
CITAÇÃO 
§ Citação: ato que se chama o réu, terceiro ou interessado 
(jurisdição voluntária) ao processo. 
 
§ Comparecimento espontâneo supre a falta de citação. 
§ Se o réu comparecer apenas para arguir a nulidade da 
citação, sendo esta decretada, considerar-se-á feita a 
citação na data em que o próprio réu ou seu advogado 
for(em) intimados da decisão. CPC de 1973: art. 214, §2º. 
§ NCPC (239, §1º): prazo inicia a partir do comparecimento 
e não da decisão que decreta a nulidade. 
CITAÇÃO 
 
§ Alegação de nulidade de citação pode ser feita inclusive 
após encerrar a ação. Pressuposto processual. Ação 
Rescisória e Ação Anulatória. 
§ Efeitos da citação válida: induz litispendência, torna a 
coisa litigiosa, constitui o devedor em mora e interrompe 
a prescrição. 
§ Constitui a mora e interrompe a prescrição mesmo que 
ordenada a citação por juiz incompetente e mesmo que 
haja extinção do processo sem resolução do mérito. 
CITAÇÃO 
§ Prevenção do Juízo: para ação principal e em caso de 
conexão ou continência de Juízos em distinta 
competência territorial. No NCPC, o que previne o juízo é 
a distribuição da ação, não a citação válida. 
§ Litispendência: só se repete ação idêntica quando houve 
citação válida na primeira. 
§ Coisa litigiosa: alienação é possível, mas ineficaz, assim 
como os efeitos da coisa julgada alcançam o adquirente. 
§  Interrupção da prescrição: desde a propositura. 
CITAÇÃO 
§ O juiz pode pronunciar de ofício a prescrição, mas deve 
consultar as partes antes, pois é disponível às partes 
(pode o réu abrir mão e requerer decisão improcedente). 
§ Formas de citação: real (correio ou oficial de justiça) ou 
ficta (edital ou hora certa). Ficta é presumida. 
§ Citação eletrônica deve ser regulamentada pelos 
Tribunais, dentro de sua competência. 
§ Regra: correio (AR). Mesmo que para fora da comarca. 
CITAÇÃO 
§ AR: deve ser assinado pela pessoa física ou, se jurídica, 
por preposto regular. Cuidado. NCPC 248, §1º. 
§ CPC 222; NCPC 247: necessária a citação por oficial de 
justiça. 
§ Ações de Estado, incapaz, execuções, PJ direito público, 
se não houver correio no local do réu, nos casos em que 
pelo correio for infrutífero ou quando requerer o autor. 
§ Citação: acompanhada da inicial, decisão do juiz, prazo 
de resposta, dados processuais e advertência da revelia. 
CITAÇÃO 
 
APELAÇÃO CÍVEL. CITAÇÃO POR CARTA COM AVISO 
DE RECEBIMENTO. ASSINATURA DE TERCEIRO. 
PESSOA FÍSICA. NULIDADE. RECEBIMENTO DO AVISO 
DE RECEBIMENTO DEVE SER PESSOAL. Nos casos em 
que a citação é realizada por correio à pessoa física, o 
recebimento do AR deve ser pessoal, sob pena de 
nulidade da citação. Inteligência do parágrafo único do art. 
223 do CPC. UNÂNIME. DESPROVERAM O RECURSO. 
(Apelação Cível Nº 70054522230, Décima Primeira 
Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Katia 
Elenise Oliveira da Silva, Julgado em 12/06/2013) 
 
 
CITAÇÃO 
APELAÇÕES CÍVEIS. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS 
PATRIMONIAIS E MORAIS. CITAÇÃO. PESSOA JURÍDICA. 
CARTA COM AVISO DE RECEBIMENTO. INVALIDADE. A citação 
da pessoa jurídica, por carta com aviso de recebimento (AR), no 
endereço de sua sede social, mas cujo aviso tenha sido assinado 
por terceiro estranho ao quadro de empregados da empresa ré, 
implica em nulidade da citação. Desnecessidade de que o 
recebimento seja feito por pessoa que detenha poderes de 
administração ou gerência, conforme precedentes do STJ e deste 
Tribunal, mas, no mínimo, que seja empregado/preposto, ou 
ostente tal aparência. Nulidade da citação decretada. Sentença 
desconstituída. APELAÇÃO DA AUTORA PREJUDICADA. 
APELAÇÃO DA RÉ PROVIDA. (Apelação Cível Nº 70048297972, 
Décima Sexta Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: 
Catarina Rita Krieger Martins, Julgado em 17/12/2012) 
 
 
 
CITAÇÃO 
§ Excepcionalmente, pode ser admitida a citação do 
advogado, nos casos de intervenção de terceiros(oposição) ou reconvenção. Partes já representadas. 
§ Citação é feita em qualquer lugar onde estiver o réu. Não 
citar-se-á o réu, salvo para evitar perecimento do direito, 
nos casos dos arts. CPC 217/218; NCPC 244/245. 
§ Parte citada nessas condições pode requerer a 
reabertura do prazo. 
CITAÇÃO 
§ Citação ficta. Não há certeza da ciência do réu da 
citação, mas a lei presume. Não há revelia: dá-se curador 
especial aos citados por edital ou hora certa. 
§ Para ser válida, precisam ser esgotados os meios 
possíveis de localização do réu. 
§ Autor deve mostrar que não tem outros endereços e 
requerer a expedição de ofícios. Ex: Junta Comercial. 
§ Ex: expedição de ofícios à empresas de telefonia, água, 
luz, TV a cabo etc. 
CITAÇÃO 
APELAÇÃO CÍVEL. CONDOMÍNIO. AÇÃO DE COBRANÇA. PRELIMINAR. 
ILEGITIMIDADE PASSIVA. REJEIÇÃO. AÇÃO CORRETAMENTE PROPOSTA 
EM FACE DA PROMITENTE-COMPRADORA, POR SER QUEM ESTEVE NA 
POSSE DURANTE O PERÍODO DE VENCIMENTO DAS COTAS 
CONDOMINIAIS. PRECEDENTES. PREFACIAL. NULIDADE DA CITAÇÃO 
POR EDITAL. ACOLHIMENTO. EXAURIMENTO DOS MEIOS PARA A 
LOCALIZAÇÃO DA RÉ NÃO EFETIVADO. NULIDADE RECONHECIDA. A 
citação por edital somente pode substituir a pessoal na hipótese de 
ocorrer o exaurimento de todos os meios existentes à disposição da 
parte autora para a localização da parte ré. Não havendo este 
esgotamento, revela-se nula a citação por edital. PRELIMINAR DE 
ILEGITIMIDADE PASSIVA REJEITADA E ACOLHIDA A DE NULIDADE DA 
CITAÇÃO. UNÂNIME. (Apelação Cível Nº 70050517911, Décima Oitava 
Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Pedro Celso Dal Pra, 
Julgado em 27/09/2012). Neste caso, logo após o retorno do AR negativo, 
foi requerida a citação por edital e atendido pelo juiz, sem ter-se tentado 
citação por oficial de justiça e expedição de ofícios. 
 
CITAÇÃO 
 
A G R AV O D E I N S T R U M E N T O . A D J U D I C A Ç Ã O 
COMPULSÓRIA. CITAÇÃO POR EDITAL. CABIMENTO. 
DECISÃO AGRAVADA REFORMADA. Em tendo sido 
demonstrado o esgotamento das diligências para localização da 
única ré ainda não citada, de se reformar a decisão agravada 
para deferir o pedido de citação por edital. AGRAVO PROVIDO, 
POR DECISÃO MONOCRÁTICA. (Agravo de Instrumento Nº 
70051125979, Décima Sétima Câmara Cível, Tribunal de Justiça 
do RS, Relator: Liege Puricelli Pires, Julgado em 19/09/2012). 
Neste caso, houve tentativa por oficial de justiça e por 
ofícios pelo cartório, mas o juiz não havia deferido a citação 
editalícia. O Tribunal proveu o recurso, para determinar seja 
feita a citação por edital. 
 
CITAÇÃO 
§ Citação por Edital. CPC 231/233; NCPC 256 a 259. 
§ Quando o réu for desconhecido ou duvidoso (muitos réus, 
difícil individuação/identificação ou dúvida sobre a 
pessoa). 
§ Quando for incerto, inacessível ou ignorado o local onde 
se encontra o réu. 
§ NCPC: considera-se o réu em local incerto após as 
infrutíferas tentativas de localização e após informações 
requisitadas a órgãos públicos ou concessionárias. 
CITAÇÃO 
§ Edital publicado em 15 dias, no D.O. e noutros 2 jornais 
locais (apenas DO em caso de AJG). 
§ No NCPC: publicação no site do Tribunal e na plataforma 
de editais do CNJ, certificando-se nos autos. 
§ Juiz fixa prazo de 20 a 60 dias para o réu ter 
conhecimento. 
§ Prazo de resposta inicia no 1º dia útil seguinte quando 
findo o prazo fixado pelo juiz. 
CITAÇÃO 
§ Citação por hora certa: quando houver fundada suspeita 
de o réu estar se ocultando para evitar a citação. 
§ Oficial de justiça deve procurar o réu por 3 vezes e não 
encontrar (anotando dia e hora das procuras). NCPC: 2x. 
§ Havendo suspeita, oficial intima qualquer familiar, vizinho 
ou responsável pela portaria, informando que voltará 
determinado dia e hora. 
CITAÇÃO 
§ Ao voltar, se o citando não estiver presente, o oficial dará 
por feita a citação, deixando a contrafé com a pessoa 
responsável. 
§ Feita a citação com hora certa, deve ser enviada, pelo 
escrivão, carta ao citado, dando-lhe de tudo ciência. 
§ A citação será efetivada mesmo que a pessoa da família 
ou vizinho, que houver antes intimado, estiver ausente, 
ou se recursar-se a receber o mandado. 
CITAÇÃO 
APELAÇÃO CÍVEL. NEGÓCIOS JURÍDICOS BANCÁRIOS. 
CITAÇÃO POR HORA CERTA. INTIMAÇÃO PESSOAL DA 
DEFENSORIA PÚBLICA. 1. Da citação por hora certa. 
Carta de cientificação remetida ao réu. Dispensável a 
certidão de recebimento da carta, para a validade da 
citação por hora certa. Ausência de irregularidade. 2. Da 
intimação pessoal da Defensoria Pública. Inexistência da 
prática de ato processual cuja intimação era necessária. 
Nulidade por ausência de intimação pessoal da Defensoria 
Pública, não configurada. NEGARAM PROVIMENTO AO 
APELO. UNÂNIME. (Apelação Cível Nº 70040746992, 
Décima Oitava Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, 
Relator: Elaine Maria Canto da Fonseca, Julgado em 
23/05/2013) 
 
CITAÇÃO 
 
DIREITO PRIVADO NÃO ESPECIFICADO. AÇÃO DE 
RESCISÃO CONTRATUAL C/C PERDAS E DANOS. […]. 
NULIDADE DA CITAÇÃO POR HORA CERTA QUE NÃO 
OBSERVOU OS REQUISITOS DO ART. 227 DO CPC. 
CERTIDÃO DO OFICIAL DE JUSTIÇA QUE NÃO 
DEMONSTRA TER HAVIDO TRÊS TENTATIVAS DE 
LOCALIZAÇÃO DOS REPRESENTANTES DA RÉ, EM DIAS 
E HORÁRIOS DIFERENTES. ACOLHERAM A PREFACIAL. 
EXAME DO MÉRITO DAS APELAÇÕES PREJUDICADO. 
(Apelação Cível Nº 70050977669, Décima Nona Câmara 
Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Mylene Maria 
Michel, Julgado em 21/05/2013) 
 
INTIMAÇÕES 
§ Ato que dá ciência à alguém dos atos e termos do 
processo, para que faça ou não alguma coisa. 
§ Podem ser feitas pelos oficiais escreventes, pelo oficial 
de justiça, correio, no D.O. (DJe) ou em audiência. 
§ Podem ser feitas por hora certa ou edital, aplicando-se as 
regras das citações. 
§ MP e Defensoria Pública são intimados pessoalmente. 
INTIMAÇÕES 
§ No NCPC, é facultado aos advogados promover a 
intimação do advogado da outra parte por meio do 
correio, juntando aos autos cópia e o AR recebido. 
§ Deverá o ofício enviado pelo advogado ao outro colega 
ser instruído com cópia do despacho, da decisão ou da 
sentença. 
§ A retirada dos autos em carga pelo advogado ou por 
pessoa credenciada pelo advogado, MP, DP ou advogado 
público, implica a intimação de qualquer decisão contida 
no processo, ainda que pendente de intimação. 
PRAZOS PROCESSUAIS 
§ Prática dos atos está sujeita aos prazos prescritos em lei. 
§ Quando a lei for omissa, o juiz fixa à luz da complexidade 
da causa e do ato a ser praticado. Razoabilidade. 
§ Omitindo-se a lei e o juiz, o prazo é de 5 dias. 
§ Há sempre um termo inicial e um termo final. Ao final do 
prazo, há preclusão temporal. 
PRAZOS PROCESSUAIS 
§  Interrupção e suspensão dos prazos processuais. Em 
regra, os prazos se suspendem e não se interrompem. 
§  Interrupção: é zerada a contagem, reiniciando-se o prazo. 
Suspensão: paralisa a contagem e retomando-se quando 
cessada a causa suspensiva, reiniciando-se a contagem 
computando-se os dias transcorridos até a suspensão. 
§ Os prazos são contínuos e não se interrompem ou 
suspendem nos feriados ou dias não úteis sem 
expediente forense. No NCPC, na contagem dos prazos 
em dias, computar-se-ão somente os úteis. 
PRAZOS PROCESSUAIS 
§ Suspende-se o decurso do prazo processual quando: 
§ Qualquer das partes criar obstáculo que impeça o 
prosseguimento (ex: advogado que não devolve os autos 
de carga durante o prazo); 
§ Quando suspender-se o processo pelo falecimento de 
qualquer das partes, representante ou procurador; ou 
§ Quando for oposta exceção de incompetência, suspeição 
ou impedimento. [No NCPC, só há suspensão ope judicis] 
PRAZOS PROCESSUAIS 
§ “Obstáculo” pode ser criado em outras situações, como 
motivos de força maior (ex: greves do Judiciário, 
necessidade de evacuação do prédio do Foro). 
§ Também podem ser suspensos os prazos no final do ano, 
em decisão do Tribunal competente (de 20/12 a 20/01, na 
justiça estadual). NCPC fixaesta praxe. 
§  Igualmente quando o cartório requer ao Tribunal 
permissão para realizar expediente exclusivamente 
interno. 
PRAZOS PROCESSUAIS 
§ Embargos Declaratórios interrompem o prazo recursal, 
salvo se intempestivos. Exemplo por excelência de 
interrupção de prazo. 
§ Citação válida em processo de conhecimento e despacho 
que ordena citação em processo de execução 
interrompem a prescrição. 
§ No último caso, a prescrição reinicia a contagem a partir 
do último ato do processo que a interromper. 
PRAZOS PROCESSUAIS 
§ Tribunais podem criar Diários de Justiça Eletrônicos para 
comunicação dos atos processuais, substituindo o D. O. 
§ Considera-se data da publicação o 1º dia útil seguinte ao 
da disponibilização da informação no DJe. Os prazos 
iniciam-se no 1º dia útil que seguir ao considerado como 
data da publicação. Tudo ocorre em dias úteis. 
§ No TRF4, onde já dispõe-se de Processo Eletrônico, se o 
advogado não abre o prazo em 10 dias, inicia a contagem 
no 11º automaticamente. “Intimação certificada”. 
CLASSIFICAÇÃO DOS 
PRAZOS PROCESSUAIS 
§ Legais, judiciais e convencionais. 
§ Legais são fixados pelo código, pela lei, não podendo as 
partes dele dispor. 
§ Judiciais são fixados pelo juiz, por omissão ou permissão 
legal. Ex: prazo para apresentação de memoriais, perícia. 
§ Convencionais são acordados entre as partes, nas 
poucas espécies possíveis. Ex: podem requerer a 
suspensão do processo por no máximo seis meses. 
CLASSIFICAÇÃO DOS 
PRAZOS PROCESSUAIS 
§ Próprios e Impróprios. 
§ Próprios são aqueles fixados para as partes. Ex: prazos 
recursais. 
§  Impróprios são fixados para os Magistrados e para os 
auxiliares da justiça. 
§ Ex: despachos em 2 dias, decisões em 10 dias (CPC de 
1973); NCPC em 5 dias os despachos, 10 dias as 
decisões interlocutórias e 30 dias as sentenças. 
CLASSIFICAÇÃO DOS 
PRAZOS PROCESSUAIS 
§ Prazos Impróprios não são obrigatórios em caso de força 
maior (justo motivo). 
§ Qualquer das partes ou o MP poderá representar ao 
Presidente do Tribunal competente contra o juiz que 
exceder seus prazos. 
§ Distribuir-se-á a representação ao relator e, se 
procedente, poderá avocar os autos do processo e 
designar outro juiz. 
CLASSIFICAÇÃO DOS 
PRAZOS PROCESSUAIS 
§ Comuns e Particulares. 
§ Comuns são dest inados à ambas as partes, 
simultaneamente. Ex: prazo para apelar. 
§ Particulares são destinados apenas a uma das partes, 
quando, p. ex., o autor é intimado para manifestar-se 
acerca da contestação do réu. 
§ Apenas nos particulares os autos podem ser retirados em 
carga. 
CLASSIFICAÇÃO DOS 
PRAZOS PROCESSUAIS 
§ Dilatórios e Peremptórios. 
§ Dilatórios comportam redução ou prorrogação pelo juiz ou 
por vontade das partes, havendo justo motivo. 
§ O juiz pode aceitar o ato praticado fora do prazo. 
§ Ex: prazo para emendar a inicial; as partes podem, em 
audiência de instrução, solicitar ao juiz maior prazo e 
forma sucessiva e não comum para os memoriais (regra 
são debates orais, mas pode haver conversão; 
manifestações das partes. 
CLASSIFICAÇÃO DOS 
PRAZOS PROCESSUAIS 
 
AGRAVO DE INSTRUMENTO. LOCAÇÃO. AÇÃO DE 
C O B R A N Ç A . D I R E I TO P R O C E S S U A L C I V I L . 
APRESENTAÇÃO DO ROL DE TESTEMUNHAS. PRAZO 
DILATÓRIO. PRORROGAÇÃO. POSSIBILIDADE. SENDO 
O PRAZO FIXADO PELO JUIZ PARA APRESENTAÇÃO 
DE ROL DE TESTEMUNAHS DE NATUREZA 
DILATÓRIA, NÃO CAUSA PREJUÍZO ÀS PARTES SUA 
PRORROGAÇÃO, ATENTANDO O JULGADOR À 
FINALIDADE DO ATO E AO PRINCÍPIO DA AMPLA 
DEFESA. NEGADO PROVIMENTO AO RECURSO. 
(Agravo de Instrumento Nº 70028203164, Décima Quinta 
Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Angelo 
Maraninchi Giannakos, Julgado em 05/03/2009). 
 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS 
PRAZOS PROCESSUAIS 
§ Peremptórios são os inalteráveis pelas partes ou pelo 
juiz. São de ordem pública. 
§ Se inobservados, não poderá o juiz aceitar o ato 
extemporâneo. 
§ Por excelência, são os prazos para recorrer, contra-
arrazoar recursos e responder à demanda (e réplica), 
juntada instrumento de mandato. 
§ Não pode o juiz determinar prazo sucessivo para recorrer. 
CLASSIFICAÇÃO DOS 
PRAZOS PROCESSUAIS 
APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE RESCISÃO CONTRATUAL COM 
PEDIDO DE RESTITUIÇÃO DE VALORES E INDENIZAÇÃO POR 
DANOS MORAIS. FALHA NO SERVIÇO ODONTOLÓGICO. 
R E P R E S E N TA Ç Ã O P R O C E S S U A L . R E G U L A R I Z A Ç Ã O 
EXTEMPORÂNEA. NÃO-CONHECIMENTO. É cediço que, sem 
instrumento de mandato, é defeso ao advogado procurar em juízo, 
consoante dicção do art. 37, caput do CPC, sendo reputados 
inexistentes os atos não ratificados no prazo concedido para o 
saneamento de tal vício, a teor do parágrafo único deste dispositivo 
legal. Hipótese em que, conquanto oportunizada a regularização da 
representação processual do apelante, este não observou o prazo 
peremptório declinado para o saneamento do aludido defeito, o que 
obsta o conhecimento da insurgência. PRELIMINAR SUSCITADA EM 
CONTRARRAZÕES ACOLHIDA. APELAÇÃO NÃO CONHECIDA. 
(Apelação Cível Nº 70048051015, Décima Câmara Cível, Tribunal de 
Justiça do RS, Relator: Paulo Roberto Lessa Franz, Julgado em 
23/08/2012) 
 
CONTAGEM DOS 
PRAZOS PROCESSUAIS 
 
§ São contados excluindo-se o dia de início e incluindo-se o 
dia do vencimento. Iniciam no 1º dia útil após a intimação. 
§ Vencendo o prazo em feriado ou dia sem expediente 
forense, prorroga-se até o primeiro dia útil subsequente. 
No NCPC não, pois contam-se apenas dias úteis. 
 
§ Prazos para partes, MP, DP e Fazenda Pública correm a 
partir da intimação, mas iniciam a contagem no 1º dia útil 
subsequente. 
CONTAGEM DOS 
PRAZOS PROCESSUAIS 
 
§ Regras particulares de contagem dos prazos para atos 
específicos: CPC 241; NCPC 231. Citação/Intimação. 
§ Contagem regressiva de prazo (CPC 407). Rol de 
testemunhas 10 dias antes da audiência. Não há no 
NCPC. Regras são as mesmas, mas o “dia-base” é a 
data da audiência e não se conta. Deve ser o ato 
praticado antes do último dia contado. 
§ Lembrar que prazos, no CPC de 1973, não começam 
nem terminam em dias não úteis. 
CONTAGEM DOS 
PRAZOS PROCESSUAIS 
AGRAVO DE INSTRUMENTO. NEGÓCIOS JURÍDICOS 
BANCÁRIOS. PRAZO PARA O DEPÓSITO EM CARTÓRIO DO 
ROL DE TESTEMUNHAS. CONTAGEM REGRESSIVA. Conta-
se regressivamente o prazo para a apresentação do rol de 
testemunhas, a partir da data aprazada para a realização da 
audiência de instrução e julgamento. Inteligência dos arts. 
184 e 407 do CPC. O `dies a quo do prazo é o dia útil 
imediatamente precedente ao da realização da audiência. Se 
o `dies ad quem coincidir com dia não útil, prorroga-se o 
prazo para o dia útil imediatamente precedente. Recurso a 
que se nega seguimento. (Agravo de Instrumento Nº 
70027171685, Décima Segunda Câmara Cível, Tribunal de 
Justiça do RS, Relator: Umberto Guaspari Sudbrack, Julgado 
em 29/10/2008) 
 
CONTAGEM DOS 
PRAZOS PROCESSUAIS 
 
§ Parte pode renunciar a prazo estabelecido em seu favor. 
Não prejudica os demais litisconsortes. 
§ Quando a lei não marcar outro prazo, as intimações só 
obrigarão a comparecimento depois de 24 horas (48 
horas no NCPC). 
§ MP, DP, Entes Federativos e suas autarquias e fundações 
têm prazo em dobro para recorrer e propor ação 
rescisória e em quádruplo para responder à ação. Não há 
prazo em dobro para contrarrazões. NCPC: só em dobro. 
CONTAGEM DOS 
PRAZOS PROCESSUAIS 
§ Litisconsórcio (pluralidade autores e réus) com diferentes 
procuradores: prazo em dobro para responder à ação, 
recorrer e, de modo geral, para falar nos autos. 
§  Independe de requerimento. 
§ Não se aplica quando só uma parte foi sucumbente 
(súmula 641 STF) e quando um réu for revel. 
§ Não se aplica a regra aos processos eletrônicos. 
CONTAGEM DOS 
PRAZOS PROCESSUAIS 
 
PROCESSUAL CÍVEL. LITISCONSÓRCIO PASSIVO. NÃO INCIDÊNCIA, NO CASO, 
DO ART. 191, DO CPC. RÉUS QUE OUTORGAM PODERES A PROCURADORAS 
DISTINTAS, MAS DO MESMO ESCRITÓRIO DE ADVOCACIA.NO ENTANTO, 
APRESENTAM CONTESTAÇÃO ÚNICA, ASSINADA PELAS DUAS ADVOGADAS. 
UTILIZAÇÃO EQUIVOCADA DO PRAZO EM DOBRO. INTEMPESTIVIDADE DA 
CONTESTAÇÃO DECRETADA. DECISÃO DE 1º GRAU CASSADA. Julgo que a 
condição para que goze a parte da duplicidade do prazo reside no fato de serem 
diversos e que apresentem cada qual a sua manifestação. Caso contrário, seria fácil 
burlar a lei processual em relação aos prazos, utilizando-se do expediente de declarar a 
diversidade e formular resposta ou pretensão em uma única manifestação. Assim, 
criado o artifício, a parte sempre disporia de prazo em dobro, ainda que, em 
realidade, os procuradores postulassem em conjunto, e não separadamente. Se é 
intenção das partes fazer uso do prazo dobrado, dele se beneficiando, então que cada 
qual postule individualmente, pois me parece inconcebível que um advogado utilize a 
mesma petição e argumentos de outro advogado para representar seu cliente, que seria, 
então diverso. Ora, seria pura ingenuidade não ver que o escritório de advocacia é o 
mesmo. Não seria, a meu ver, um exercício de mera coincidência que tivessem seus 
direitos e manifestações veiculados em uma única peça, mas sim o intuito indisfarçável 
de exercer benefício processual descabido. AGRAVO DE INSTRUMENTO PROVIDO DE 
PLANO. AGRAVO INTERNO IMPROVIDO. (Agravo Nº 70018029504, TJRS). 
 
PRECLUSÃO 
§ Coisa julgada ocorre quando se repete ação (idêntica) já 
proposta e já transitada em julgado. 
§ Material: Torna definitivo e indiscutível o direito material 
decidido (decisão com resolução do mérito), salvo 
propositura de ação rescisória. 
§ Formal: quando a decisão não está mais sujeita a 
recurso. Muitas vezes não acompanha a coisa julgada 
material, como nos casos de decisões sem resolução do 
mérito e quando não se recorre de sentença sujeita a 
reexame necessário. 
PRECLUSÃO 
§ Preclusão é a perda da oportunidade da prática de 
determinado ato processual. 
§ Defesa da segurança das relações processuais. 
§ Perda da faculdade de realizar algum ato processual, 
eventualmente sujeito a algum ônus: 
§ Ex: intimado para falar sobre documentos juntados ou 
provas requeridas pela outra parte, se nada se opuser 
haverá aquiescência; dizer se tem provas a produzir; etc. 
PRECLUSÃO 
§ Preclusão Temporal: quando transcorre o prazo 
assinalado para sua realização. Não cumprindo, haverá 
ônus. 
§ Ex: tem a parte 15 dias para contestar; não contestando 
(abrindo mão da faculdade), há, em geral, revelia. 
§ Ex2: 15 dias de prazo para apelar da sentença; não 
apelando, pode transitar em julgado a ação. 
PRECLUSÃO 
§ Preclusão Consumativa: quando a parte pratica o ato, 
perdendo, de conseguinte, direito de praticá-lo 
novamente. 
§ Ocorre quando uma determinada faculdade processual já 
foi exercida, em momento anterior e adequado. 
§ Ex: da sentença, cabe apelação em 15 dias; apelando em 
10, não poderão ser ampliados ou modificados os termos 
do recurso já apresentado, mesmo que dentro do prazo. 
PRECLUSÃO 
 
AGRAVO DE INSTRUMENTO. DUPLA INTERPOSIÇÃO. 
IMPOSSIBILIDADE. PRECLUSÃO CONSUMATIVA. Em 
face da preclusão consumativa, não merece 
conhecimento dupla interposição de Agravo de 
Instrumento, atacando a mesma decisão, ainda que no 
prazo recursal. Negado seguimento a Agravo de 
Instrumento por manifestamente improcedente. (Agravo de 
Instrumento Nº 70051180164, Décima Terceira Câmara 
Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Lúcia de Castro 
Boller, Julgado em 03/10/2012) 
 
PRECLUSÃO 
AGRAVO. NEGATIVA DE SEGUIMENTO A AGRAVO DE 
INSTRUMENTO MEDIANTE DECISÃO MONOCRÁTICA. 
MANIFESTAÇÃO INTERPOSTA POSTERIORMENTE AO 
PRAZO LEGAL. PRECLUSÃO CONSUMATIVA. AO 
PRATICAR ATO PROCESSUAL, PELO QUAL CONSUMA 
O S E U D I R E I T O D E R E C O R R E R , P O R 
C O N S E Q Ü Ê N C I A , A P A R T E N Ã O P O D E , 
POSTERIORMENTE, "SUBSTITUIR", "ADITAR", 
"COMPLEMENTAR" OU "CORRIGIR" O RECURSO 
ENTÃO INTERPOSTO, POIS QUE JÁ SE OPEROU A 
PRECLUSÃO CONSUMATIVA. NEGADO PROVIMENTO. 
(Agravo Nº 70050389907, Décima Quinta Câmara Cível, 
Tribunal de Justiça do RS, Relator: Otávio Augusto de 
Freitas Barcellos, Julgado em 03/10/2012) 
 
PRECLUSÃO 
§ Preclusão Lógica: quando a parte pratica ato que 
logicamente se revela incompatível com outro ato que, 
por isso, não pode mais ser praticado. 
§ Relação com a conduta processual anterior da parte. 
§ Ex: réu paga o valor da condenação da sentença e 
apresenta recurso de apelação. CPC 503; NCPC 1.000. 
§ Ex2: Desistência da ação e interposição de recurso de 
apelação. 
PRECLUSÃO 
APELAÇÃO. EXECUÇÃO DE SENTENÇA CONTRA FAZENDA 
PÚBLICA. REQUISIÇÃO DE PEQUENO VALOR - RPV. 
DESCONTOS INDEVIDOS. CONTRIBUIÇÕES E IMPOSTO DE 
RENDA. PRECLUSÃO. A irresignação referente à realização 
de descontos indevidos no montante exequendo deve ser 
aventada tão logo se possibilita a vista à parte do depósito 
de valores pelo executado. Havendo ciência da parte e 
pedido de levantamento de alvará, ocorre evidentemente, o 
reconhecimento do pagamento na forma em que efetuado 
pelo devedor. Preclusão lógica corroborada. NEGARAM 
PROVIMENTO AO RECURSO DE APELAÇÃO. UNÂNIME. 
(Apelação Cível Nº 70046652632, Vigésima Quinta Câmara 
Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Helena Marta Suarez 
Maciel, Julgado em 18/09/2012) 
 
NULIDADES PROCESSUAIS 
§ Os atos processuais respeitam determinadas formalidades. 
§ Na verdade, os atos processuais não dependem de forma 
determinada, salvo expressa disposição legal. 
§ Assim, são válidos os atos que, realizados de outro modo, 
preencham sua finalidade essencial, desde que não violados 
quaisquer princípios constitucionais do processo e que a lei 
não comine pena de nulidade. 
§ A necessidade de observância das formas deve ser medida 
pela possibilidade de se atingir o mesmo fim sob outra forma. 
NULIDADES PROCESSUAIS 
§ Sendo omissa a lei quanto acerca de pena de nulidade, a 
nulidade será relativa, devendo a parte alegá-la no primeiro 
momento que se manifestar nos autos. 
§ Caso a lei comine pena de nulidade para determinada situação 
processual, o juiz poderá considerar válido o ato se for 
realizado de outro modo e alcançada a finalidade. 
§ Mas havendo cominação de nulidade pela lei, não alcançada a 
finalidade, haverá nulidade, que será absoluta (ordem pública 
– decretação de ofício) ou relativa (alegação pela parte). 
NULIDADES PROCESSUAIS 
§ O fundamento é aproveitar ao máximo os atos processuais. 
§ A forma é importante, e necessária muitas vezes, mas deve 
ser reconhecida sua simplificação. 
§ A violação das formas poderá corresponder a alguma sanção. 
§ Princípio das Instrumentalidade das Formas: as formas não 
constituem um fim em si mesmas, mas meios para consecução 
de determinados fins. 
§ Não há nulidade sem prejuízo. 
NULIDADES PROCESSUAIS 
§ Princípio da Causalidade: são anulados os atos subsequentes 
e dependentes do ato declarado nulo. Ex: caso de nulidade de 
citação no cumprimento de sentença. 
§ O juiz, ao pronunciar a nulidade, declarará quais atos serão 
atingidos, determinando a repetição de cada um. 
§ Havendo erro de forma, devem ser anulados apenas os atos 
que não puderem ser aproveitados, repetindo-se somente os 
necessários, desde que não prejudicada a defesa. 
 
NULIDADES PROCESSUAIS 
§ Princípio da Economia Processual: quando o juiz puder decidir 
o mérito em favor da parte a quem aproveite a declaração da 
nulidade do ato, não será pronunciada a nulidade, prolatando 
sentença de mérito. 
§ Princípio do Interesse de Agir: nulidade não pode ser requerida 
pela parte que lhe deu causa. 
§ Nulidade deve ser alegada pela parte interessada no 1º 
momento que lhe couber falar nos autos, sob pena de 
preclusão. Não se aplica às nulidades que cabem ao juiz 
pronunciar de ofício. Ex: condições e pressupostos. 
§  
NULIDADES PROCESSUAIS 
§ Espécies de Vícios Processuais: 
§  Irregularidades, Nulidades Absolutas, Nulidades Relativas e 
Atos Inexistentes. 
§  Irregularidade:pequeno vício de forma que não acarreta 
invalidação do ato, mas mera correção. 
§ Ex: pequenos erros materiais de digitação, ausência de 
numeração das folhas dos autos. 
NULIDADES PROCESSUAIS 
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. APELAÇÃO CÍVEL. PROMESSA DE 
COMPRA E VENDA. AÇÃO INDENIZATÓRIA. CONTRATO DE 
PROMESSA DE COMPRA E VENDA DE IMÓVEL. INTEMPESTIVIDADE 
DO APELO, SUSCITADA EM CONTRARRAZÕES. OMISSÃO NO V. 
ACÓRDÃO EMBARGADO. OCORRÊNCIA. QUESTÃO NÃO 
ENFRENTADA. LACUNA SUPRIDA. INTEMPESTIVIDADE, PORÉM, 
AFASTADA. TRANSCURSO DO PRAZO RECURSAL QUE SE AFERE 
COM BASE NA DATA DO PROTOCOLO. REMESSA PARA CARTÓRIO 
DIVERSO. MERA IRREGULARIDADE. O protocolo tempestivo de 
recurso de apelação no setor centralizado, com número equivocado 
do processo, mas com informação correta das partes e da vara na 
qual tramita o feito, constitui erro escusável, especialmente quando 
aposto nas razões o número correto do processo, propiciando a 
pronta constatação do equívoco. […]. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO 
PARCIALMENTE ACOLHIDOS. (Embargos de Declaração Nº 
70049674252, Décima Oitava Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, 
Relator: Pedro Celso Dal Pra, Julgado em 27/09/2012). 
 
NULIDADES PROCESSUAIS 
§ Nulidades Absolutas são estabelecidas em nome do 
interesse público. Podem ser decretadas de ofício ou 
alegadas a qualquer tempo. 
§ Guardam relação com pressupostos processuais, 
condições da ação e as que não puderem ser sanadas, 
pela natureza da forma (ex: sentença extra petita), como 
as que violam princípios processuais constitucionais. 
§ Embora maculem o processo, podem ser sanadas 
quando decorrer o prazo decadencial de 2 anos para 
propor ação rescisória. 
NULIDADES PROCESSUAIS 
AGRAVO DE INSTRUMENTO. FASE DE CUMPRIMENTO DE 
SENTENÇA DO ACORDO JUDICIAL DE SEPARAÇÃO. COBRANÇA 
DAS DÍV IDAS PERANTE TERCEIROS. AUSÊNCIA DE 
LEGITIMIDADE DA AGRAVADA PARA COBRANÇA DA DÍVIDA. 
EXAME DAS CONDIÇÕES DA AÇÃO QUE NÃO PRECLUI POR DAR 
ENSEJO À NULIDADE ABSOLUTA. O desrespeito às condições da 
ação gera nulidade absoluta e não convalida pelo decurso do 
tempo. Caso em que não há que se falar em preclusão do direito de 
alegar a nulidade. Não tem legitimidade a separanda para cobrar em 
nome próprio dívidas de responsabilidade do agravante, cuja 
titularidade do crédito são dos terceiros credores do casal. Caso em 
que deve ser afastado o fundamento da preclusão e determinado que 
o juízo de origem analise a alegação de nulidade do cumprimento de 
s e n t e n ç a . A G R AV O PA R C I A L M E N T E P R O V I D O . E M 
MONOCRÁTICA. (Agravo de Instrumento Nº 70038865671, Oitava 
Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Rui Portanova, 
Julgado em 28/09/2010) 
 
NULIDADES PROCESSUAIS 
APELAÇÃO CÍVEL. USUCAPIÃO. BENS IMÓVEIS. NULIDADE 
PROCESSUAL. AUSÊNCIA DE CITAÇÃO PESSOAL DE 
TODOS OS CONFRONTANTES DO IMÓVEL, BEM COMO DE 
EXAURIMENTO DAS DILIGÊNCIAS PARA QUE FOSSEM 
ENCONTRADOS. NULIDADE ABSOLUTA. É nula a citação, 
na ação de usucapião, quando não formalizada quanto a 
todos os confrontantes. Hipótese em que restou demonstrado 
não ter havido sequer diligências para encontrar todos os 
confinantes do imóvel usucapiendo. A ausência de citação de 
réus certos da ação de usucapião constitui vicio insanável, 
gerador de nulidade absoluta. Nulidade reconhecida e 
declarada. SENTENÇA DESCONSTITUÍDA. UNÂNIME. 
(Apelação Cível Nº 70050302470, Décima Oitava Câmara Cível, 
Tribunal de Justiça do RS, Relator: Pedro Celso Dal Pra, 
Julgado em 27/09/2012) 
 
NULIDADES PROCESSUAIS 
 
§ APELAÇÃO C ÍVEL . NEGÓCIOS JURÍD ICOS 
B A N C Á R I O S . C O N T R A D I Ç Ã O E N T R E 
FUNDAMENTAÇÃO E DISPOSITIVO. NULIDADE 
ABSOLUTA. É nula a sentença que apresenta 
contradição entre sua fundamentação e a parte 
dispositiva. SENTENÇA DESCONSTITUÍDA DE 
OFÍCIO. APELAÇÃO PREJUDICADA. (Apelação Cível Nº 
70050251016, Décima Segunda Câmara Cível, Tribunal 
de Justiça do RS, Relator: Mário Crespo Brum, Julgado 
em 27/09/2012) 
NULIDADES PROCESSUAIS 
 
AGRAVO DE INSTRUMENTO. NEGÓCIOS JURÍDICOS 
BANCÁRIOS. AUSÊNCIA DE CADASTRO DE 
PROCURADOR DEVIDAMENTE CONSTITUÍDO. 
PREJUÍZO EVIDENCIADO. NULIDADE ABSOLUTA NOS 
TERMOS DO ARTIGO 236, § 1º, DO CÓDIGO DE 
PROCESSO CIVIL . RENOVAÇÃO DOS ATOS 
PROCESSUAIS. AGRAVO PROVIDO. (Agravo de 
Instrumento Nº 70051045938, Décima Sexta Câmara 
Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Ana Maria Nedel 
Scalzilli, Julgado em 27/09/2012). Violação aos princípios 
da ampla defesa e contraditório. 
 
NULIDADES PROCESSUAIS 
§ Em geral, ou residualmente, as nulidades são relativas. 
§ Nulidades Relativas só podem ser arguidas pelas partes. 
§ Superam-se/sanam-se com o decurso do tempo 
(preclusão), se não alegadas no momento oportuno (1ª 
oportunidade de falar nos autos. 
§ São vícios que prejudica(ri)am apenas uma das partes. 
§ Ex: incompetência relativa do juízo. 
NULIDADES PROCESSUAIS 
 
APELAÇÃO CÍVEL. USUCAPIÃO CONSTITUCIONAL 
URBANO. MINISTÉRIO PÚBLICO. PARECER. FALTA DE 
INTIMAÇÃO. NULIDADE. INOCORRENTE. A falta de 
intimação do parquet para apresentação de parecer 
previamente à sentença enseja nulidade relativa, que é 
suprida pela sua manifestação em grau recursal. 
Preliminar de nulidade da sentença rejeitada. MÉRITO. […] 
NEGARAM PROVIMENTO. UNÂNIME. (Apelação Cível Nº 
70040236515, Décima Oitava Câmara Cível, Tribunal de 
Justiça do RS, Relator: Nelson José Gonzaga, Julgado em 
14/06/2012) 
 
NULIDADES PROCESSUAIS 
 
A P E L A Ç Ã O C Í V E L . N E G Ó C I O S J U R Í D I C O S 
BANCÁRIOS. EMBARGOS À ARREMATAÇÃO. PREÇO 
VIL. […] Consoante recente decisão proferida pelo 
Egrégio Superior Tribunal de Justiça, a inobservância 
da regra disposta no art. 265, I do CPC, acarreta 
apenas a nulidade relativa, restando válidos os atos 
praticados, desde que não haja prejuízo aos 
interessados. Caso em que não demonstrados 
eventuais prejuízos ao espólio do executado Léo José. 
APELO DESPROVIDO. (Apelação Cível Nº 70048453393, 
Décima Sexta Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, 
Relator: Paulo Sérgio Scarparo, Julgado em 09/08/2012).
 
 
 
NULIDADES PROCESSUAIS 
AGRAVO DE INSTRUMENTO. NEGÓCIOS JURÍDICOS 
B A N C Á R I O S . C A D E R N E TA D E P O U PA N Ç A . 
DIFERENÇAS REMUNERATÓRIAS. INTIMAÇÃO. 
AUSÊNCIA DO NOME DO ADVOGADO INDICADO 
PREVIAMENTE. A ausência na nota de expediente do 
nome advogado expressamente indicado implica 
nulidade relativa, devendo ser argüida na primeira 
oportunidade, sob pena de preclusão (art. 245 do CPC). 
B U S C A E A P R E E N S Ã O . [… ] A G R AV O D E 
INSTRUMENTO DESPROVIDO. (Agravo de Instrumento 
Nº 70042464750, Segunda Câmara Especial Cível, 
Tribunal de Justiça do RS, Relator: Marco Antonio Angelo, 
Julgado em 31/08/2011) 
 
 
 
NULIDADES PROCESSUAIS 
AGRAVO DE INSTRUMENTO. NEGÓCIOS JURÍDICOS 
B A N C Á R I O S . C A D E R N E TA D E P O U PA N Ç A . 
DIFERENÇAS REMUNERATÓRIAS. IMPUGNAÇÃO AO 
CUMPRIMENTO DA SENTENÇA. PRELIMINAR DE 
NULIDADE DA INTIMAÇÃO. AUSÊNCIA DO NOME DO 
ADVOGADO INDICADO PREVIAMENTE. NULIDADE. A 
publicação da nota de expediente deve conter o nome 
do advogado indicado previamente para o recebimento 
das intimações, sob pena de nulidade do ato 
processual. Inteligência do art. 236 do CPC. […]. 
(Agravo de Instrumento Nº 70052660065, Vigésima Quarta 
Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Marco 
Antonio Angelo, Julgado em 24/04/2013) 
 
 
NULIDADES PROCESSUAIS 
AGRAVO DE INSTRUMENTO. DIREITO PRIVADO NÃO 
ESPECIFICADO. BRASIL TELECOM. NULIDADE DE 
INTIMAÇÃO. Intimação dos advogados da executada. 
Ausência de nulidade. Existência de mais de um 
advogado igualmente constituído. Intimação realizada 
em nome de um dos procuradores indicados pela 
parte. Nulidade relativa que deve ser alegada na primeira 
oportunidade após sua ocorrência, sob pena de preclusão. 
Artigo 245 do Código de Processo Civil. Precedentes 
jurisprudenciais. […]. (Agravo de Instrumento Nº 
70048826259, Vigésima Câmara Cível, Tribunal de Justiça 
do RS, Relator: Glênio José WassersteinHekman, Julgado 
em 11/07/2012) 
 
 
NULIDADES PROCESSUAIS 
AGRAVO DE INSTRUMENTO. SEGUROS. RECURSO 
PARCIALMENTE CONHECIDO. ALEGAÇÃO DE 
NULIDADE. INTIMAÇÃO. AUSÊNCIA DO NOME DE 
TODOS OS ADVOGADOS INDICADOS PREVIAMENTE 
PELA RÉ. NÃO HÁ NULIDADE SE A INTIMAÇÃO 
OCORREU EM NOME DE APENAS UM DOS 
ADVOGADOS, AINDA QUE TENHA HAVIDO PEDIDO 
PARA CONSTAR NAS PUBLICAÇÕES O NOME DE 
OUTROS PROCURADORES. PRECEDENTES DO STJ. 
Agravo de instrumento conhecido em parte e nesta, 
desprovido. (Agravo de Instrumento Nº 70048727234, 
Sexta Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: 
Artur Arnildo Ludwig, Julgado em 04/05/2012) 
 
 
 
 
NULIDADES PROCESSUAIS 
§ Atos Inexistentes: quando faltam elementos essenciais à 
constituição do ato, a ponto dele ser inexistente perante o 
direito. 
§ Não existem no mundo jurídico e, por isso, não há 
convalidação. Mas, se houver sentença de mérito, esta deverá 
ser combatida por ação rescisória ou por declaratória de 
inexistência. 
§ Ex: sentença proferida por pessoa não investida na jurisdição; 
falta de assinatura em petição; acordo assinado por advogado 
sem poderes para transacionar. 
NULIDADES PROCESSUAIS 
 
 
A G R A V O D E I N S T R U M E N T O . D E C I S Ã O 
MONOCRÁTICA. FALTA DE ASSINATURA NAS RAZÕES 
RECURSAIS. ATO INEXISTENTE. Sendo requisito 
extrínseco de admissibilidade, o recurso não subscrito por 
advogado constituído nos autos é ato inexistente. 
NEGADO SEGUIMENTO. (Agravo de Instrumento Nº 
70051077444, Décima Terceira Câmara Cível, Tribunal de 
Justiça do RS, Relator: Vanderlei Teresinha Tremeia 
Kubiak, Julgado em 25/09/2012) 
 
NULIDADES PROCESSUAIS 
 
AGRAVO DE INSTRUMENTO. BRASIL TELECOM S.A. 
C U M P R I M E N T O D E S E N T E N Ç A . A C O R D O . 
HOMOLOGAÇÃO. PROCURAÇÃO. ATO INEXISTENTE. 
Não possuindo o advogado que firmou o acordo pelo 
agravante poderes especiais para transacionar é 
inexistente o ato praticado, pelo que não há falar em coisa 
julgada e preclusão do acordo firmado com vício no plano 
da existência. Mantida decisão que revogou a 
homologação. Agravo de instrumento não provido. (Agravo 
de Instrumento Nº 70044877587, Segunda Câmara 
Especial Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Marcelo 
Cezar Muller, Julgado em 14/12/2011) 
 
NULIDADES PROCESSUAIS 
§  Intervenção do Ministério Público. 
§ A não intervenção do Ministério Público em processo que 
o órgão deva se manifestar acarreta nulidade, quando 
não intimado para acompanhar o feito. 
§ Processo é anulado a partir do momento em que o MP 
deveria ter sido intimado para intervir e não foi. Se não 
houver prejuízo para as partes, não há nulidade. 
§ NCPC: o MP sinalizará se houve ou não prejuízo. Caso 
positivo, o juiz decretará a nulidade. 
NULIDADES PROCESSUAIS 
 
APELAÇÃO CÍVEL. SEGUROS. AÇÃO DE COBRANÇA 
SECURITÁRIA. AUSÊNCIA DE INTERVENÇÃO DO MINISTÉRIO 
PÚBLICO NA ORIGEM. NULIDADE. Tendo em vista que não houve 
intervenção do Ministério Público no primeiro grau, e que a lide versa 
sobre interesse de incapaz, restou violado o disposto no art. 82, I do 
Código de Processo Civil. Configurada causa de nulidade, tendo em 
vista que o parecer ministerial exarado em segundo grau limita-se à 
análise da preliminar de nulidade do feito, não havendo manifestação 
quanto ao mérito. Assim, o parecer emitido não supre a falta de 
manifestação ministerial no juízo a quo, devendo ser desconstituída a 
sentença. SENTENÇA DESCONSTITUÍDA DE OFÍCIO, APELO 
JULGADO PREJUDICADO. (Apelação Cível Nº 70050173640, Sexta 
Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Artur Arnildo Ludwig, 
Julgado em 27/09/2012) 
 
NULIDADES PROCESSUAIS 
•  PROCESSUAL CIVIL. (...) PARTE INCAPAZ. INTERVENÇÃO DO MINISTÉRIO 
PÚBLICO. AUSÊNCIA. NULIDADE. PREJUÍZO. NÃO COMPROVAÇÃO. (...) 
•  3. Quanto ao segundo argumento, no tocante à nulidade do acórdão no pertinente à 
não intervenção do Ministério Público para fins de preservação de interesse de 
incapaz, a jurisprudência desta Corte já assentou entendimento no sentido de que a 
ausência de intimação do Ministério Público, por si só, não enseja a decretação de 
nulidade do julgado, a não ser que se demonstre o efetivo prejuízo para as partes ou 
para a apuração da verdade substancial da controvérsia jurídica, à luz do princípio pas 
de nullités sans grief. Até mesmo nas hipóteses em que a intervenção do Parquet 
é obrigatória, como no presente caso em que envolve interesse de incapaz, seria 
necessária a demonstração de prejuízo deste para que se reconheça a nulidade 
processual. 4. Na espécie, o Ministério Público não demonstrou ou mesmo aventou a 
ocorrência de algum prejuízo que legitimasse sua intervenção. Ao revés, simplesmente 
pretende, por intermédio do recurso especial, delimitar absoluto interesse interveniente 
sem que indique fato ou dado concreto ou mesmo hipotético que sustente tal 
legitimidade. O prejuízo aqui tratado não pode ser presumido; precisa ser efetivamente 
demonstrado, o que não se deu no caso dos autos. 
•  5. Recurso especial não provido. 
•  (REsp 818.978/ES, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA 
TURMA, julgado em 09/08/2011, DJe 18/08/2011)

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