Buscar

Questionário Processo Respondido

Prévia do material em texto

QUESTIONÁRIO DE PROCESSO CIVIL I
Aluno:
1 – O que é jurisdição?
R: Jurisdição é o poder que o Estado detém para aplicar o direito a um determinado caso, com o objetivo de solucionar conflitos de interesses e com isso resguardar a ordem jurídica e a autoridade da lei.
2 – O que é competência?
R: Teoricamente, qualquer juiz poderia, em qualquer lugar, aplicar o Direito e resolver litígios. No entanto, pela especificidade das questões tratadas, da localização de bens e pessoas, é necessário limitar-se a jurisdição. A competência é, pois, a delimitação ou a medida da jurisdição.
3 – Quais os critérios para determinação da competência?
R: Critério objetivo (em razão da matéria, das pessoas ou do valor da causa); critério territorial (pelo domicílio das partes; da situação da coisa; pelo lugar de certos atos ou fatos); e critério funcional, conforme as regras de organização judiciária.
.
4 – Não sendo arguida a incompetência relativa o que ocorre?
R: CPC. Art. 65.  Prorrogar-se-á a competência relativa se o réu não alegar a incompetência em preliminar de contestação. Ou seja prorroga-se automaticamente a competência.
5 – Quando pode ser arguida a incompetência absoluta?
R: Pode ser arguida a qualquer tempo e grau de jurisdição, antes de ocorrida a coisa julgada.Via de regra é arguida em preliminar de contestação. Pode e deve ser declarada de ofício, independentemente de exceção.
6 – Quais as consequências da decretação da incompetência absoluta?
R: Reconhecida a incompetência absoluta, o processo é atingido por nulidade, mas está só se restringe aos atos decisórios. Os autos serão remetidos ao juiz competente, que terá de aproveitar os atos probatórios, já praticados.
7 – Qual o foro competente para propor ação contra réu incapaz?
R: CPC. Art.50 A ação em que o incapaz for réu será proposta no foro de domicílio de seu representante ou assistente.
8 – Qual o foro competente para julgar ações em que for ré a pessoa jurídica?
R: Nesses casos, será competente o foro do lugar da sede ou da agência ou sucursal, quanto às obrigações que a pessoa jurídica contraiu.
9 – O que é conexão entre duas ou mais ações?
R: É o elo que liga duas ou mais ações por terem em comum algum de seus elementos da ação são as partes, o pedido (objeto mediato) e a causa de pedir.
10 – O que é continência entre duas ações?
R: É o elo que liga duas ou mais ações por terem em comum as partes e a causa de pedir. O objeto mediato (pedido) de uma delas (continente) é mais amplo que o da outra (conteúdo) e a contém.
11 – O que sucede quando ocorre continência entre duas ou mais ações?
R: O juiz, de ofício, ou a requerimento de qualquer das partes, poderá ordenar a reunião das ações, propostas em separado, decidindo simultaneamente sobre todas.
12 – O que é prevenção de juízo?
R: Correndo em separado duas ou mais ações conexas perante juízes de mesma competência territorial, fica prevento o juízo (isto é, fica competente), no qual o juiz despachou em primeiro lugar. 
13 – O que é conflito de competência?
R: Conflito de competência é o fato de dois ou mais juízes se darem por competentes (conflito positivo) ou incompetentes (conflito negativo) para o julgamento da mesma causa ou de mais de uma causa.
14 – Quem pode suscitar o conflito de competência?
R: Qualquer das partes (desde que não tenha oferecido exceção de incompetência), o Ministério Público e o juiz.
15 – Perante qual órgão e de que forma será suscitado o conflito de competência?
R: Art. 953
I - pelo juiz, por ofício;
II - pela parte e pelo Ministério Público, por petição.
Parágrafo único. O ofício e a petição serão instruídos com os documentos necessários à prova do conflito.
16 – Que tipos de atos prática o juiz no processo?
R: As sentenças, decisões interlocutórias e despachos.
17 – O que é sentença?
R: Sentença o juiz põe termo ao processo decidindo a causa, a favor ou não, quanto ao pedido do autor.
18 – O que é decisão interlocutória?
R: Decisão interlocutória é qualquer ato do juiz que, sem pôr fim ao processo, resolve questão incidental.
19 – O que é despacho?
R: Despachos é todos os demais atos praticados no processo, de oficio (por iniciativa ou autoridade própria) ou a requerimento da parte.
20 – O que são atos meramente ordinatórios?
R: Atos meramente ordinatórios são aqueles independentes de despacho. Ex.: juntada aos autos, vista obrigatória. 
21 – Quais os recursos cabíveis contra cada tipo de ato praticado pelo juiz no processo?
R: SENTENÇA: No direito processual civil brasileiro, apelação é o recurso processual previsto para ser interposto contra a sentença proferida por juiz de primeiro grau, com ou sem resolução de mérito (art. 1.009 do Código de Processo Civil CPC Brasileiro). Busca a reforma ou a invalidação da sentenças. As exceções são as: Sentenças proferida por juiz federal de primeiro grau que julga causa entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e Município ou pessoa domiciliada ou residente no país (art. 105, inciso II, alínea “c” da Constituição Federal Brasileira de 1988). Sentença que julga execução fiscal com valor inferior a cinquenta Obrigações Reajustáveis do Tesouro Nacional – ORTN (art. 34 da Lei nº 6.830/1980). Sentença prolatada em ação civil nos juizados especiais cíveis (art. 41 da Lei nº 9.099/95). Sentença que decreta a falência cabe agravo (art. 100 da Lei nº 11.101/2005) Sentença que homologa conciliação judicial, não cabendo quaisquer recursos. DECISÃO INTERLOCUTÓRIA: Do cabimento da Apelação- Da sentença e cabível apelação e as questões resolvidas na fase de conhecimento, (decisões interlocutórias) se a decisão a seu respeito não comportar agravo de instrumento, não são cobertas pela preclusão e devem ser suscitadas em preliminar de apelação, eventualmente interposta contra a decisão final, ou nas contrarrazões. Do cabimento do Agravo de Instrumento- O Agravo de Instrumento tem cabimento restrito ao que a Lei Disciplina sua função e impugnar decisões interlocutórias. Artigo 1015. Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem sobre: I-Tutelas provisórias; II - mérito do processo; III - rejeição da alegação de convenção de arbitragem; IV - incidente de desconsideração da personalidade jurídica; V - rejeição do pedido de gratuidade da justiça ou acolhimento do pedido de sua revogação; VI - exibição ou posse de documento ou coisa; VII - exclusão de litisconsorte; VIII - rejeição do pedido de limitação do litisconsórcio; IX - admissão ou inadmissão de intervenção de terceiros; X - concessão, modificação ou revogação do efeito suspensivo aos embargos à execução; XI - redistribuição do ônus da prova nos termos do art. 373, § 1º XII - (VETADO); XIII - outros casos expressamente referidos em lei. Parágrafo único. Também caberá agravo de instrumento contra decisões interlocutórias proferidas na fase de liquidação de sentença ou de cumprimento de sentença, no processo de execução e no processo de inventário. DESPACHO: O despacho não cabe qualquer recurso.
22- O juiz pode alterar a sentença ou o acórdão, depois de sua publicação?
R: CPC/2015, Art. 494. Publicada a sentença, o juiz só poderá alterá-la:
I – para corrigir-lhe, de ofício ou a requerimento da parte, inexatidões materiais ou erros de cálculo;
II – por meio de embargos de declaração.
23 – Qual o horário para a prática dos atos processuais?
R: CPC. Art. 212. Os atos processuais serão realizados em dias úteis, das 6 (seis) às 20 (vinte) horas. § 1o Serão concluídos após as 20 (vinte) horas os atos iniciados antes, quando o adiamento prejudicar a diligência ou causar grave dano. Outros atos, como a citação e a penhora, podem ser realizados, mediante autorização judicial, excepcionalmente, fora do horário forense ou aos domingos e feriados.
24 – Quais os atos processuais praticados mesmo durante as férias forenses?
R: Produção antecipada de provas; citação; arresto; sequestro; penhora; arrecadação; busca e apreensão; depósito; prisão; separação de corpos; abertura de testamento; embargos de terceiro; nunciação de obranova e outros atos análogos. E ainda: atos de jurisdição voluntária; atos necessários à preservação de direitos; causas de alimentos provisionais; dação ou remoção de tutores e curadores; causas determinadas por lei federal.
25 – Quando começa a correr o prazo para a resposta do réu, se citado durante o feriado ou durante as férias forenses?
R: O prazo para a resposta do réu só começará a correr no primeiro dia útil seguinte ao feriado ou às férias; exemplificando: se houver uma penhora no período de férias, o prazo para os embargos começará a sua contagem a partir do primeiro dia útil após o término do período de férias. Isto quer dizer que tais atos referidos no art. 214 podem ser praticados nas férias e feriado, mas o prazo para eventual defesa só terá início depois do primeiro dia útil seguinte às férias ou feriados.
26 – Onde devem ser realizados os atos processuais?
R: CPC. Art. 217. Os atos processuais realizar-se-ão ordinariamente na sede do juízo, ou, excepcionalmente, em outro lugar em razão de deferência, de interesse da justiça, da natureza do ato ou de obstáculo arguido pelo interessado e acolhido pelo juiz.
27 – Como são determinados os prazos processuais?
R: Em regra, pela lei. Às vezes, como no caso de alguns recursos, a jurisprudência os determina. Não existindo previsão, o juiz, levando em conta a complexidade da causa, poderá determinar os prazos.
28 – Como se classificam os prazos processuais?
R: Os prazos podem ser: Legais: são os prazos fixados em leis. Judiciais: são os prazos fixados por critérios do juiz. Convencionais: prazo estabelecido pela convenção entre as partes. Ainda os prazos processuais podem ser classificados, quanto a natureza, onde poderão ser: Dilatórios: Também chamado de prazos prorrogáveis, são os que decorrem de normas de natureza dispositiva, isto é, normas que permitem à parte dispor do prazo para a prática de determinado ato. Peremptórios: Ou prazos fatais ou improrrogáveis, são os que decorrem de normas cogentes, imperativas ou de ordem pública. Os prazos peremptórios não podem ser objeto de convenção. Todavia, o vetusto art. 222, 2ª parte, do CPC abre uma exceção ao permitir ao juiz, nas comarcas onde for difícil o transporte, prorrogar quaisquer prazo, mas nunca no prazo por prazo superior a sessenta dias.
29 – O que são prazos dilatórios?
R: Dilatórios são os prazos fixados em normas dispositivas, que podem ser ampliados ou reduzidos de acordo com a convenção das partes, desde que tempestivamente requerido e existindo motivo legítimo. Prazo de suspensão do processo por convenção das partes (art. 313, II, CPC/2015) é exemplo de prazo dilatório.
30 – O que são prazos peremptórios?
R: São os prazos indicados por lei, que não podem ser modificados pela vontade das partes ou por determinação judicial. Somente poderá haver modificação do prazo peremptório nos casos excepcionais de dificuldade de transporte, para comarcas localizadas em local de difícil acesso, ou na ocorrência de calamidade pública.
31 – Como ficam afetados os prazos na ocorrência de feriados ou férias durante o período?
R: No caso de feriados, os prazos são contínuos e não se suspendem; no caso de férias forenses, o prazo ficará suspenso e recomeçará a ser contado ao término das férias, a partir do primeiro dia útil subsequente.
32 – Como são computados os prazos?
R: Excluindo-se o dia do começo e incluindo-se o do vencimento, salvo expressa convenção em contrário.
33 – Quais os prazos concedidos à Fazenda Pública e ao Ministério Público?
R: São em quádruplo para contestar e em dobro para recorrer.
34 – Como se contam os prazos para litisconsortes que tenham advogados diferentes?
R: CPC Art. 229. Quando os litisconsortes tiverem diferentes procuradores, ser-lhes-ão contados em dobro os prazos para contestar, para recorrer e, de modo geral, para falar nos autos.
35 – O que é preclusão?
R: Preclusão é a perda da possibilidade de praticar ato processual.
36 – O que é citação?
R: Segundo o art. 238 do CPC, citação é o ato pelo qual são convocados o réu, o executado ou o interessado para integrar a relação processual. 
37 – De que forma pode ser cumprida a citação?
R: De acordo com o artigo 246, CPC, a citação será feita pelo correio; por oficial de justiça; pelo escrivão ou chefe de secretaria, se o citando comparecer em cartório; por edital; por meio eletrônico, conforme regulado em lei; ou pessoalmente.
38 – A que se destina a citação inicial?
R: É o ato pelo qual são convocados o réu, o executado ou o interessado para integrar a relação processual (art. 238, CPC).
39 – Quais os efeitos da citação válida?
R: Segundo o art. 240 do CPC, a citação válida, ainda quando ordenada por juízo incompetente:
a) induz litispendência; 
b) torna litigiosa a coisa; 
c) constitui o devedor em mora; 
40 – O que é citação por hora certa?
R: Citação por hora certa é aquela feita por oficial de justiça, que já tentou sem êxito promover a citação do réu por 3 vezes, e que suspeita de ocultação do réu. Qualquer pessoa da família ou da vizinhança poderá ser intimada, para que o réu seja avisado de que o 
oficial de justiça deverá retomar ao local em data e hora que designar.
41 – Quando se fará a citação por meio de oficial de justiça?
R: Art. 249. A citação será feita por meio de oficial de justiça nas hipóteses previstas neste Código ou em lei, ou quando frustrada a citação pelo correio.
42 – Quais as hipóteses previstas para a citação por edital?
R: Art. 256.
A citação por edital será feita:
I - quando desconhecido ou incerto o citando;
II - quando ignorado, incerto ou inacessível o lugar em que se encontrar o citando;
III - nos casos expressos em lei.
43 – Quando deve ser alegada a nulidade de qualquer ato processual?
R: Na primeira oportunidade dada à parte para que fale nos autos, sob pena de preclusão.
44 – Quais os efeitos das nulidades sobre os atos processuais?
R: Reputam-se sem nenhum efeito todos os atos posteriores, que dele dependam; mas a nulidade parcial de um ato não prejudicará as partes que sejam independentes. O juiz declarará quais os atos atingidos. 
45 – A toda causa deve ser atribuído um valor?
R: A toda causa será atribuído um valor certo, conforme dispõe o art. 291 do CPC:
Art. 291. A toda causa será atribuído um valor certo, ainda que não tenha conteúdo econômico imediato.
46 – Citar 3 casos de suspensão do processo.
R: Pela morte ou perda da capacidade processual de qualquer das partes, de seu advogado ou de seu representante legal; pela convenção entre as partes; por motivo de força maior.

Continue navegando