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GESTÃO DE CLÍNICAS E CONSULTÓRIOS UNIDADE 2 - RESPONSABILIDADE SOCIAL E ASPECTOS JURÍDICOS NA GESTÃO DE CLÍNICAS E CONSULTÓRIOS Autoria: Johny Henrique Magalhães Casado - Revisão técnica: Katianny Gomes Santana Estival Introdução A gestão de negócios nos mais diferentes setores possui uma enorme responsabilidade com seus colaboradores, clientes e também com toda a sociedade. Cabe aos gestores atuar de forma ética e responsável para que seu trabalho ofereça serviços de acordo com o esperado pela população. Quando abordamos o termo responsabilidade social, é importante considerarmos que o tema envolve uma série de aspectos éticos que fazem parte do dia a dia das empresas. Atualmente, mais do que oferecer uma atividade de qualidade aos seus clientes a um preço justo, cabe aos administradores conduzir seus trabalhos de forma ética e moral, considerando todos os aspectos que impactem a sua gestão. Administrar um negócio de forma ética se torna cada vez mais necessário para atender às exigências da contemporaneidade, cada vez mais preocupada com o meio ambiente e com o tratamento dispensado aos cidadãos. Sendo assim, os pro�issionais devem considerar todas as especi�icidades relacionadas à organização em que atuam, bem como os impactos sociais e ambientais de seu trabalho. Esses efeitos, quando lidamos com organizações relacionadas à saúde e ao bem-estar, como é o caso de clı́nicas e consultórios, são de grande importância. Nesta unidade, além de estudarmos a ética e a moral na gestão de espaços voltados à saúde, serão abordados alguns dos principais aspectos jurı́dicos que compõem a abertura de um negócio, com considerações de suma relevância àqueles que pretendem investir em uma empresa desse ramo. Trabalharemos, também, algumas especi�icidades relacionadas às operadoras de saúde no Brasil, haja vista que demandam grande parte dos trabalhos desenvolvidos por clı́nicas e consultórios e são responsáveis por uma boa fatia do faturamento de empresas da área. Bons estudos! 2.1 Considerações sobre ética e moral nos serviços de saúde e bem-estar Os gestores que atuam no ramo de saúde e bem-estar devem administrar seus negócios sempre considerando todas as caracterı́sticas do setor. Além de oferecerem serviços com a qualidade esperada e com o preço que o cliente está disposto a pagar, terão, também, de buscar atender aos padrões éticos e morais que são impostos por toda a sociedade. Administrar uma clı́nica ou um consultório é uma árdua tarefa. E� condição indispensável que os responsáveis considerem todos os impactos que suas ações possuem diante do universo de colaboradores envolvidos e perante demais pessoas que possuem relação direta – e até mesmo indireta – com sua atuação. A incerteza imposta a um ramo bastante concorrido – e que muitas vezes possui recursos escassos – acaba proporcionando grandes desa�ios a todos os encarregados pela condução da gestão. Agora, veremos algumas re�lexões iniciais a respeito de moral e ética. Você já sabe que esses dois valores são importantes ao convı́vio social, não é mesmo? Mas você sabe dizer por que são vitais às empresas? E� o que vamos descobrir juntos! 2.1.1 Ética e moral: conceitos e considerações A discussão a respeito do que é ética e moral faz parte da Filoso�ia e surgiu a partir do pensamento do �ilósofo grego Platão. Com a evolução da sociedade, esses dois aspectos passaram a ser discutidos em várias áreas do conhecimento; as ciências sociais e aplicadas �izeram com que eles conquistassem sua parcela de importância na gestão de negócios (MARIANO, 2013). Costumeiramente, o plano ético refere-se à busca por um ambiente em que as pessoas possam se relacionar de forma equilibrada e respeitosa. Uma vez que lidamos com o plano moral, é preciso considerar que ele faz referência aos deveres, a exemplo do que La Taille (2009, p. 8) apresenta: “[...] ser justo, ser generoso, ser digno (ou honrado, no sentido da ‘honra-virtude’)”. Compreender os fundamentos da ética é entender como o homem se relaciona e convive em sociedade. Portanto, ela é indissociável do indivı́duo; é a ética que faz o homem especial. Segundo Ashley (2019, p. 124), “[...] desde que o ser humano se reconheceu como racional e viu no outro um ser semelhante, a questão ética surgiu. A preocupação com o pensar e agir de modo coerente e de forma que preserve a vida está na própria humanidade”. Os atributos que tornam a ética importante podem ser entendidos como a consciência, a linguagem, a capacidade teleológica e a liberdade, os quais surgem ao longo do desenvolvimento humano. Em relação à moral, temos que ela surge a partir do momento que os indivı́duos começam a se relacionar permeados por relações de trabalho. A socialização que surge a partir desse convı́vio acaba dando ensejo à necessidade de se estabelecer padrões de convivência entre os indivı́duos para determinar o que deve ou pode ser feito e o que o ser humano não pode fazer. De acordo com Matos (2014, p. 90): A moral surge por uma necessidade dos homens no seu processo de sociabilização e é resultado da escolha destes homens. Mesmo que pareça imutável, a moral é produto, também, da história. Com o excedente da produção (e, com isso, a emersão do escravismo) e, depois, com o advento do capitalismo – com o surgimento da propriedade privada, da sociedade de classes e da divisão social do trabalho – a moral também se altera. A sociedade espera que as organizações, sempre que necessitarem decidir sobre algo, ponderem suas análises a partir dos preceitos éticos. Por isso, nos negócios empresariais, as tomadas de decisão devem sempre ser pautadas pela moralidade, independentemente da escolha necessária. VOCÊ O CONHECE? O �ilósofo grego Platão apresentou uma série de pensamentos que ainda hoje são utilizados para se discutir o que é ética e como ela deve ser compreendida em nossa sociedade. Acesse o link a seguir e conheça um pouco mais a respeito desse notável pensador: https://www.youtube.com/watch?v=tL36cKPQzsw (https://www.youtube.com/watch?v=tL36cKPQzsw). https://www.youtube.com/watch?v=tL36cKPQzsw https://www.youtube.com/watch?v=tL36cKPQzsw A busca por uma conduta ética na administração empresarial faz com que os gestores, e também todos os demais colaboradores da organização, coloquem os seus interesses pessoais de lado. Espera-se que eles atuem para que os propósitos da empresa e da sociedade sejam alcançados, mas sem entrarem em con�lito. A busca pelo lucro e por maiores ganhos de mercado não podem se sobrepor à conduta ética esperada, o que torna necessário considerar todos os impactos positivos e negativos que as decisões empresariais poderão surtir na sociedade. Dentro de uma empresa, os gestores são os principais atores que podem despertar o posicionamento ético de todos os que compõem a instituição. Ao tomarem suas decisões, podem re�letir uma imagem ética que repercute nas ações de todos ao seu redor (colaboradores, por exemplo), servindo como espelho. Segundo Arruda (2014, p. 19): Buscar e manter uma cultura ética são objetivos de qualquer executivo competente e bem- intencionado, consciente de que a ética vale a pena. Nessa linha, programas de educação, sensibilização, informação e incentivo à atuação ética são cada vez mais desenvolvidos nas empresas. Os altos executivos começam a perceber que o custo de controles, auditoria e compliance, assistência jurı́dica, prevenção à lavagem de dinheiro, corrupção e risco ultrapassam valores que se classi�icariam como aceitáveis. A ética vale a pena. VOCÊ QUER VER? O �ilme Quiz show – a verdade dos bastidores, de 1994, retrata a história de um homem que decide investigar como funciona um programa de perguntas e respostas que faz grande sucesso na televisão. Conforme o enredo vai se desenvolvendo, �ica claro que há sérios problemas éticos que envolvem todos os personagens. Prepare a pipocae bom �ilme. Aos gestores de estabelecimentos que cuidam da saúde e do bem-estar fı́sico e emocional, tais como consultórios e clı́nicas, esperam-se comportamentos éticos que considerem o momento de fragilidade que inspira cuidados e atenção. A ética aplicada ao setor é o assunto de nosso próximo tópico. Boa leitura! 2.1.2 Ética empresarial e aplicações no setor de clínicas e consultórios A aplicação da ética na gestão de clı́nicas e consultórios deve seguir os mesmos preceitos impostos às demais empresas, que se inicia com a criação de um ambiente de respeito e harmonia para colaboradores e clientes. Para compreender de que forma a ética vem sendo aplicada nas decisões empresariais, é necessário entender como esse valor foi inserido na administração. Por isso, agora veremos uma sı́ntese de como ele vem sendo aplicado ao longo dos anos nas decisões de negócios. Existem diversos autores e pensadores que contribuı́ram para que a ética fosse amplamente debatida e praticada nas empresas. Entre os principais, podemos citar: Apresentaram o conceito de ética das virtudes e de vida boa. Trouxe o conceito de ética do dever. Apresentou o princípio da felicidade maior. • • • Platão e Aristóteles (422-322 a.C.) Immanuel Kant (1785) Jeremy Bentham (1789) No inı́cio da década de 1990, a ética começou a ser aplicada nas organizações como uma extensão do que deveria ser adotado em nossas decisões pessoais. Com o crescente uso da internet, a maciça cobrança por posturas responsáveis das empresas, além do movimento de globalização, a ética das organizações se tornou algo único e passou a ser ensinada no ambiente acadêmico. Para Laasch e Conaway (2015, p. 114): A ética empresarial contemporânea hoje é uma área madura, baseada em conceitos ricos e úteis que são re�inados continuamente para valiosa aplicação prática. Com essa maturidade, chegou-se a um ponto em que, de antigos temas da área, derivaram novas áreas de atuação. Mais notavelmente, os temas centrados nas responsabilidades dos stakeholders, responsabilidade corporativa e cidadania corporativa. Há diversas teorias que tratam da ética empresarial; entretanto, há também muita confusão que permeia a sua diferenciação da ética individual e da ética organizacional, conforme você pode observar na �igura a seguir. Discutiu a ideia de utilitarismo. Apresentou os estágios do desenvolvimento moral. Criou a teoria da justiça. Discutiu o conceito de ética do discurso. Apresentou a ética comportamental: situacional e individual. • • • • • John Stuart Mill (1863) Lawrence Kohlberg (1958) John Bordley Rawls (1971) Jürgen Habermas (1981) Linda K. Treviño (1986) #PraCegoVer: a imagem tem sete retângulos de cor azul escuro. O que está no topo traz a palavra ética; abaixo dele, há outros três, que apresentam, da esquerda para a direita, as palavras empresarial, individual e organizacional. Embaixo deles, outros três retângulos apresentam as de�inições: a ética empresarial é o estudo interdisciplinar de problemas e oportunidades éticas nos negócios; a individual estuda os problemas éticos à medida que são enfrentados pelos indivı́duos; a organizacional estuda os problemas éticos no âmbito organizacional. A ética empresarial é também permeada por um conjunto de valores que, assim como na ética individual, acabam de�inindo o posicionamento que a sociedade espera das organizações. Figura 1 - Conceitos de ética e suas especi�icidades Fonte: Elaborada pelo autor, baseada em LAASCH e CONAWAY, 2015. Como valores, podemos entender o conjunto de objetivos, crenças e conceitos desejados que moldam pensamentos e ações. Entre os principais para o entendimento da ética empresarial, estão: VOCÊ QUER LER? E� tica é um tema bastante atual e sempre abordado em vários artigos. Entretanto, na área de �inanças, esse valor não tem recebido grande atenção no Brasil. Um dos textos que analisa o assunto é o artigo A respeito de ética e �inanças, que você pode ler clicando aqui: https://www.scielo.br/pdf/raeel/v1n2/v1n2a05.pdf (https://www.scielo.br/pdf/raeel/v1n2/v1n2a05.pdf ). Con�iabilidade. Respeito. Responsabilidade. Equidade. Cuidado. Cidadania. https://www.scielo.br/pdf/raeel/v1n2/v1n2a05.pdf https://www.scielo.br/pdf/raeel/v1n2/v1n2a05.pdf Considerando a ética fundamental para que as empresas atendam aos anseios de seus clientes, pode-se a�irmar que, quando analisamos esse princı́pio aplicado ao setor de clı́nicas e consultórios, é necessário ter como base todas as especi�icidades desse tipo de empresa (MARIANO, 2013). A conduta baseada na moral e na ética é condição indispensável aos gestores da área da saúde para que seus negócios atendam aos anseios da sociedade. Outro valor imprescindı́vel à vida das empresas é a responsabilidade social. Você sabe como aplicar iniciativas nesse âmbito? Vamos ver? VOCÊ QUER LER? Conhecer como a ética se aplica na gestão das organizações de saúde é de fundamental importância para todos os gestores que atuam ou pretendem atuar no setor. O instituto E� tica Saúde, criado em 2014, opera justamente nessa área. Conheça sua proposta e trabalho: https://eticasaude.org.br/QuemSomos (https://eticasaude.org.br/QuemSomos). 2.2 Responsabilidade social aplicada à gestão de negócios As organizações, assim como os indivı́duos, necessitam agir de forma consciente; a responsabilidade por seus atos deve ser visı́vel, de modo transparente em todas as circunstâncias. https://eticasaude.org.br/QuemSomos https://eticasaude.org.br/QuemSomos A sociedade tem cobrado que as empresas se posicionem cada vez mais frente aos problemas ou injustiças da sociedade, inclusive visando minimizar possı́veis efeitos da sua atuação, como a poluição ambiental. Grandes organizações têm feito volumosos investimentos para a criação de departamentos de responsabilidade social que impactem seus clientes, colaboradores e todos os stakeholders que orbitam seus negócios. Entretanto, uma postura ativa nesse sentido tem sido reivindicada também de pequenas e médias empresas. Nesta seção, abordaremos como a responsabilidade social deve ser considerada no ambiente empresarial e veremos algumas de suas especi�icidades. E� importante considerar que, hoje, essa conduta é uma exigência que não deve �icar restrita às grandes organizações, porque, conforme já exposto, a contemporaneidade impõe que instituições de pequeno e médio portes também cuidem das atitudes que aplicam em seus negócios. Mas o que é responsabilidade social? Descubra logo a seguir! 2.2.1 O que é responsabilidade social? Conforme vimos anteriormente, responsabilidade social é um tema que vem sendo muito debatido na gestão de organizações no Brasil e no mundo. No campo empresarial, é um assunto caro a todos os gestores, pois é algo de muito destaque e uma exigência da realidade contemporânea (ENCRINAS, 2004). Em suma, de�ine-se responsabilidade social como a prudência que uma organização deve dispensar às suas decisões, as quais têm impacto sobre a sociedade e os seres humanos. Você sabe o que fazer para desempenhar uma gestão responsável? Veja na �igura a seguir: VOCÊ SABIA? No Brasil, existe uma entidade que visa incentivar investimentos em ações de responsabilidade social. Além de cuidar do fomento das ações, o instituto Ethos colabora para que as empresas possam apresentar-se à sociedade como eticamente responsáveis, o que valoriza a imagem delas. Acesse a página do Ethos e conheça seu trabalho: https://www.ethos.org.br/ (https://www.ethos.org.br/). https://www.ethos.org.br/ https://www.ethos.org.br/ #PraCegoVer: na imagem, cinco retângulos na cor azul escuro, ligados por uma seta circular cinza, apresentam o que é esperado de uma empresa socialmente responsável. De acordo com a �igura, a instituição deve contribuir para o desenvolvimento sustentável, inclusive a saúde e o bem-estar da sociedade;levar em consideração as expectativas das partes interessadas; estar em conformidade com a legislação aplicável; ser consistente com as normas internacionais de comportamento e integrar a responsabilidade a toda a organização e suas práticas. Muitas são as situações que cobram condutas éticas, como, por exemplo, padrões de comportamento em conformidade com a legislação do setor. Exige-se também a adoção de posturas sustentáveis, respeitando o meio ambiente para minimizar os possı́veis impactos negativos de suas operações. Na contramão, os gestores necessitam ter ciência de que muitas ações geram efeitos sociais positivos. Ao assumirem responsabilidades básicas, será possı́vel obter bons resultados junto à sociedade. Figura 2 - O que você deve fazer para gerir negócios responsáveis? Fonte: Elaborada pelo autor, baseada em ASHLEY, 2019. Quando se aborda responsabilidade social no campo empresarial, é necessário considerar que existem alguns atores que possuem grande in�luência na forma como as organizações exercem seu trabalho. Clique nos retângulos a seguir para conhecê-los: CASO Vamos pensar em um caso hipotético? A ConsultMax S.A. é uma grande empresa que administra vários consultórios médicos no Brasil. Os lucros são cada vez maiores, e os acionistas estão satisfeitos e muito felizes com a gestão dos negócios. Como forma de partilhar com a sociedade tudo o que a instituição tem ganhado, os executivos se reuniram em assembleia e decidiram investir cerca de 10% do lucro lıq́uido em ações de responsabilidade social. Esse valor deverá ser aplicado em ações nas cidades nas quais a empresa explora petróleo. A ConsultMax S.A., ao prover essa ótima ação de responsabilidade social, ganhará uma boa imagem e terá destaque perante a concorrência. São os responsáveis por legislar, formular polı́ticas públicas e também criar infraestrutura. Os governos geralmente são limitados geogra�icamente e nem sempre conseguem agir com a velocidade que a população espera; sendo assim, surge um campo de atuação para a empresa desempenhar ações de responsabilidade social que possam suprir algumas limitações da administração pública, como o apoio a uma organização não governamental (ONG). Donos dos votos que influenciam os demais atores, são a maioria e possuem uma influência de longo alcance. Segundo Laasch e Conaway (2015, p. 6), “[...] é a sociedade civil que decide qual governo será nomeado. Ela decide quais empresas são apoiadas por meio de seu poder de compra dos produtos e também decide para quem trabalhar”. As pessoas podem se tornar atores importantes incentivando ou sendo contrárias à ação de uma empresa. Então, cabe aos gestores tomar suas decisões considerando o modo como a sociedade civil reagirá perante elas. • • • Atores governamentais Atores da sociedade civil O setor de clı́nicas e consultórios, geralmente, engloba empresas pequenas e médias, as quais encontram di�iculdades na promoção de ações de responsabilidade social de longo alcance. Os fatores limitantes, no entanto, não eximem essas instituições de agirem socialmente; esse é um assunto que jamais deve ser negligenciado. 2.2.2 Princípios da responsabilidade social nas organizações Com frequência, as organizações compreendem que a responsabilidade social tem relação intrı́nseca com o atendimento a alguma carência da população (para “compensar” uma insu�iciência governamental, lembra?). Entretanto, é importante considerar que o leque de atividades sociais é bastante amplo e que muitas ações devem ser desempenhadas ainda dentro da instituição (ENCRINAS, 2004). Na �igura a seguir, você vê sete princı́pios que norteiam possı́veis ações enquadradas como de responsabilidade social. São poderosos e in�luentes; têm muitos recursos que possibilitam e facilitam o processo de tomada de decisão, o que facilita o trabalho, porque garantem como vantagem a resolução de problemas urgentes com rapidez. Laasch e Conaway (2015, p. 6) lembram que “[...] os negócios frequentemente atuam de maneira global e, por essa razão, são capazes de fornecer soluções globais. Em virtude da necessidade imperativa de maximização do lucro, muitos atores de negócios podem abster-se de resolver um problema” que não consideram rentável o su�iciente. Atores de negócios #PraCegoVer: na imagem, há sete retângulos de azul escuro que apresentam os princı́pios da responsabilidade social. São eles: accountability (prestação de contas), transparência, comportamento ético, respeito pelos interesses das partes interessadas, respeito pelo Estado de Direito, respeito pelas normas internacionais de comportamento e direito aos humanos. Cada retângulo está ligado ao próximo por uma seta de cor cinza claro. O primeiro princı́pio, accountability, ou prestação de contas, está relacionado ao fato de que as organizações precisam se responsabilizar por todas as decisões que tomarem, devendo responder por seus impactos na economia ou no meio ambiente. A ideia é que as empresas devem prestar contas de suas atividades a todas as partes interessadas em seus negócios, assim como elaborar, sempre que possı́vel e necessário, iniciativas que minimizem as possı́veis repercussões negativas de suas atividades. A transparência nada mais é do que fornecer de forma clara, objetiva e compreensı́vel todos os fatos que afetem terceiros. Espera-se que as organizações desempenhem suas atividades com a máxima transparência porque, assim, a sociedade não será surpreendida com nenhum tipo de prejuı́zo que possa ter sido criado por suas operações (MARIANO, 2013). O terceiro princı́pio é o comportamento ético de todos os gestores e colaboradores. A sociedade almeja que todos os funcionários das organizações atuem do “[...] modo aceito como correto pela sociedade – com base nos valores da honestidade, equidade e integridade, perante as pessoas e a natureza – e de forma consistente com as normas internacionais de comportamento” (ASHLEY, 2019, p. 21). Figura 3 - Princı́pios da responsabilidade social nas organizações Fonte: Elaborada pelo autor, baseada em ASHLEY, 2019. O respeito pelos interesses das partes envolvidas é o quarto preceito das ações de responsabilidade social, o qual possui relação com o fato de que as organizações devem ouvir e considerar, sempre que possı́vel, os anseios da população que tem algum vı́nculo com a empresa. Esse tipo de posicionamento é importante porque ajuda as empresas a criar uma imagem de con�iança e despertar a admiração de seus clientes e parceiros. O respeito ao Estado de Direito, quinto princı́pio, determina que é necessário seguir o conjunto de normas e leis que a região estabelece (ENCRINAS, 2004). Todas as ações devem estar de acordo com a legalidade, sem infringir qualquer aspecto legal ditado pela cidade, estado ou paı́s onde a empresa está instalada e comercializa seus produtos e serviços. A adoção dos preceitos, tratados e acordos internacionais favoráveis à responsabilidade social é o sexto preceito que as empresas devem adotar. Existem diversos órgãos e entidades internacionais que elaboram tratados, normas e regulamentações que podem ser seguidas pelas organizações; entre eles, grandes instituições, como a Organização das Nações Unidas (ONU) e a Organização Internacional do Trabalho (OIT). O último princı́pio é o respeito aos direitos humanos. E� uma virtude reforçar e “[...] reconhecer a importância e a universalidade dos direitos humanos, cuidando para que as atividades da organização não os agridam direta ou indiretamente, zelando pelo ambiente econômico, social e natural que requerem” (ASHLEY, 2019, p. 21). O leque de ações de responsabilidade social é bastante amplo. Cabe aos gestores selecionar as iniciativas que serão mais interessantes a seus clientes e colaboradores, de acordo com suas possibilidades e limitações. VOCÊ SABIA? No ano de 2010, o Instituto Nacional de Metrologia,Qualidade e Tecnologia, conhecido no paıś pelo acrônimo Inmetro, publicou a Norma Internacional ISO 26000, que determina as diretrizes da responsabilidade social. O documento tem como principal propósito incorporar considerações socioambientais nos processos decisórios das organizações, de modo que elas sejam responsabilizadas pelos impactos de suas deliberações na sociedade e no meio ambiente. Acesse o link para conhecer o texto: http://www.inmetro.gov.br/qualidade/responsabilidade_social/iso26000.asp (http://www.inmetro.gov.br/qualidade/responsabilidade_social/iso26000.asp). 2.3 Aspectos jurídicos aplicados aos negócios http://www.inmetro.gov.br/qualidade/responsabilidade_social/iso26000.asp http://www.inmetro.gov.br/qualidade/responsabilidade_social/iso26000.asp Tão importante quanto o projeto para a abertura de um negócio é a gestão de suas atividades. O sucesso empresarial depende bastante do desempenho dos gestores e do modo como conduzem o dia a dia da instituição que administram. Nesta seção, veremos alguns aspectos jurı́dicos relacionados ao trabalho em clı́nicas e consultórios do setor de saúde. O amparo legal é imprescindı́vel a qualquer empresa que deseje se manter no mercado e funcionar nos moldes das leis. 2.3.1 Ambiente empresarial no Brasil Um bom ambiente de negócios é determinante para a abertura e desenvolvimento das empresas de todos os setores. No ramo de clı́nicas e consultórios, estudar esse espaço é ainda mais crucial, porque as particularidades do ramo da saúde exigem cuidados especiais. Alguns pacientes podem ser encaminhados da rede pública de saúde; outros vêm da rede privada. Administrar as diferenças é um desa�io singular (ENCRINAS, 2004). Cavalcante (2015, p. 7) a�irma que: [...] ambiente de negócios é o nome genericamente atribuı́do às condições que circunscrevem, em um determinado paı́s ou em uma determinada região, o ciclo de vida das empresas. De forma geral, o ambiente de negócios diz respeito aos nı́veis de complexidade associados, por exemplo, aos procedimentos de abertura e fechamento de empresas ou de recolhimento de tributos. A melhoria do ambiente de negócios está associada, portanto, a ações de simpli�icação e desburocratização destes procedimentos. Em virtude de sua própria natureza, o ambiente de negócios é uma variável de difı́cil mensuração. Em pesquisas, o Brasil é caracterizado como um ambiente de negócios ruim. A má reputação é resultado do baixo número de facilidades que os governos do paı́s ofertam para que empresas sejam abertas ou possam crescer. De acordo com a edição de 2019 do relatório Doing Business, do Banco Mundial, “[...] podemos observar alguns indicadores que mostram como no paı́s não é fácil fazer negócios, a di�iculdade de se abrir uma empresa, entre outras questões complicadas” (BALASSIANO, 2019, [s. p.]). Nesse documento, a classi�icação das nações tem como parâmetro uma pontuação a partir de um conjunto de itens, que depois se transformam em uma média. Clique nos ı́cones a seguir para conhecer os critérios: A facilidade para a abertura de empresas. A pouca burocracia para a aquisição de alvarás de construção. A facilidade para obter eletricidade. • • • Como é feito o registro de propriedades. Se é fácil conquistar crédito. A proteção aos investidores minoritários. O volume de impostos e seu pagamento. Como é o comércio internacional. De que modo acontece a execução de contratos. A resolução de insolvência. Conforme Balassiano (2019, [s. p.]), atualmente, em “[...] 57% dos paı́ses do mundo (de uma amostra de 190) é mais fácil fazer negócios do que no Brasil. Houve uma melhora da posição no ranking do Brasil de 2018 para 2019 (passou da posição 125 para 109)”; entretanto, considerando o tamanho da economia brasileira, bem como a sua relevância mundial, o paı́s deveria apresentar condições melhores ao empreendedorismo. • • • • • • • #PraCegoVer: um grá�ico de colunas mostra as posições de alguns paı́ses no ranking de 2019 do Banco Mundial para a qualidade do ambiente de negócios. Das 190 nações selecionadas, o Brasil é a de número 109; a primeira colocada é a Nova Zelândia; a última, a Somália. As colunas são de cor azul escuro e a do Brasil está destacada em laranja. No grá�ico, além de observarmos que a Nova Zelândia é o ambiente mais favorável aos negócios e que a Somália tem o mais precário, é possı́vel notar que alguns paı́ses latino-americanos, como Chile, México, Colômbia e Peru, estão mais bem colocados do que o Brasil. Você conhece de perto a realidade do setor de saúde em nosso paı́s? A partir de agora, esse é o nosso objeto de estudo. 2.3.2 Aspectos jurídicos relacionados aos negócios No Brasil, a saúde é ofertada gratuitamente a todos os cidadãos por meio do Sistema U� nico de Saúde, mais conhecido como SUS. A universalidade garantida pela Polı́tica Nacional de Saúde no paı́s é um direito apresentado na Constituição Federal em vigor desde 1988. Mesmo sendo tarefa do Estado brasileiro oferecer todos os serviços de saúde de forma gratuita, é “[...] fundamental compreender qual o espaço da saúde privada na Constituição. A Constituição diz expressamente que é livre à iniciativa privada a prestação de serviços de saúde” (COELHO, 2006, p. 25). Portanto, em termos jurı́dicos, há amparo legal para a iniciativa privada investir em clı́nicas e consultórios. As instituições de saúde que pertencem ao governo devem levar em consideração os mesmos aspectos relacionados à gestão de uma empresa pública. Sendo assim, precisam estudar as perspectivas jurı́dicas relacionadas à administração governamental. No caso de clı́nicas e consultórios particulares, as instituições devem ser geridas de acordo com o protocolo aplicado às empresas privadas. Figura 4 - Ranking do ambiente de negócios Fonte: BALASSIANO, 2019, [s. p.]. Mesmo que a clı́nica ou consultório seja particular, pode ter parte de seu atendimento conveniado ao Sistema U� nico de Saúde, conforme explica Coelho (2006, p. 25): “[...] as empresas privadas podem participar do SUS mediante convênio ou contrato administrativo. Quer dizer, ninguém pode ser obrigado a atender um paciente SUS a não ser via contrato ou convênio administrativo”. Portanto, parte da receita dessas empresas pode vir da iniciativa pública. Se a empresa privada participar do atendimento à população do SUS, deve realizar todos os procedimentos de auditoria necessários à prestação de contas ao governo. O trabalho conjunto requer o reembolso pelos serviços prestados, cabendo aos gestores considerar todos os ditames que permeiam a questão. VOCÊ QUER LER? A Agência Nacional de Saúde, a conhecida ANS, é o órgão responsável por regular o setor privado de saúde no Brasil. Vinculada ao Ministério da Saúde, determina uma série de ações que impactam a gestão das empresas do ramo. Por isso, é bastante importante que você conheça de perto seu mecanismo de atuação. Explore a página da ANS! Sugerimos que comece estudando sua história: http://www.ans.gov.br/aans/quem-somos/historico (http://www.ans.gov.br/aans/quem-somos/historico). 2.4 Política de saúde e os sistemas integrados de operadoras de saúde Em nosso paı́s, o setor de saúde possui uma série de especi�icidades. A principal delas é o Sistema U� nico de Saúde, que acaba concentrando a maior parte dos serviços do ramo. Como forma de organizar o SUS e todas as empresas e setores que prestam atendimentos e serviços na área, existe uma Polı́tica Nacional de Saúde que rege os trabalhos desenvolvidos, tanto pela iniciativa pública como na rede privada. Nesta seção, abordaremos como está organizada a Polı́tica Nacional de Saúde do SUS e como os sistemas integrados de operadoras de saúde participam dela. 2.4.1 Política Nacional de Saúde no Brasil No Brasil, o processo de elaboração de uma Polı́tica Nacional de Saúde teve inı́cio com o estabelecimento daRepública, porém, os primeiros registros datam somente do ano de 1941, quando foi realizada a Primeira Conferência Nacional de Saúde, na cidade do Rio de Janeiro. Depois desse encontro, foram realizadas várias http://www.ans.gov.br/aans/quem-somos/historico http://www.ans.gov.br/aans/quem-somos/historico outras reuniões, sempre visando criar e aprovar diretrizes que possibilitassem organizar a prestação de serviços de saúde. Os autores Ricardi, Shimizu e Santos (2017) apresentam alguns de seus propósitos, que você pode conhecer clicando nos números a seguir: 1 Defesa do SUS: pelo direito à saúde e à seguridade social. 2 Gestão participativa e controle social sobre o Estado: para ampliar e consolidar o modelo democrático de governo do SUS. 3 Vinte anos de sub�inanciamento: para lutar pelo recurso necessário para o SUS. 4 Garantia de gestão uni�icada e coerente do SUS com base na construção de redes integrais e regionais de saúde: o Sistema U� nico de Saúde é único, mas as polı́ticas governamentais não o são. 5 Gestão pública para a saúde pública. 6 Valorização dos trabalhadores de saúde. 7 Acesso e atenção integral mediante expansão, quali�icação e humanização da rede de serviços em defesa da vida. 8 Ampliação e fortalecimento da rede de atenção básica (primária): todas as famı́lias – todas as pessoas – devem ter assegurado o direito a uma equipe de saúde da famı́lia. 9 Ampliação e fortalecimento de polı́ticas sociais, projetos intersetoriais e a consolidação da vigilância e da promoção à saúde: por uma sociedade em defesa da vida e da sustentabilidade do planeta. 10 Ampliação e quali�icação à atenção especializada, de urgência e hospitalar, integradas às redes de atenção integral. 11 Respeito às diferenças e necessidades especı́�icas de regiões e populações vulneráveis. 12 Construção de uma polı́tica de informação e comunicação que assegure gestão participativa e e�icaz ao SUS. 13 Consolidação e ampliação das polı́ticas e estratégias para saúde mental, de�iciência e dependência quı́mica. 14 Integração e ampliação de polı́ticas e estratégias para assegurar atenção e vigilância à saúde do trabalhador. 15 Ressarcimento ao SUS pelo atendimento a clientes de planos de saúde privados, tendo o cartão SUS como estratégia para sua efetivação, e proibição do uso exclusivo de leitos públicos por esses usuários. #PraCegoVer: sobre uma mesa de madeira de cor clara, na posição superior, há os punhos e as mãos abertas, viradas para cima, de uma pessoa vestindo um jaleco branco. Na frente do adulto, há uma criança, cujas mãos estão sobre as do indivı́duo à sua frente. Em cima das mãos abertas da criança, há um coração feito de madeira; ele está pintado de vermelho e tem a cruz sı́mbolo da medicina na cor branca. Do lado esquerdo, aparece um estetoscópio sobre a mesa. As diretrizes apresentadas pela Conferência Nacional de Saúde visam, acima de tudo, possibilitar um atendimento universal a toda a população. Esse atendimento, por sua vez, ocorreria através do SUS (BRASIL, 2012), quando gratuito, ou em hospitais, clı́nicas e consultórios privados, com o custeio do próprio paciente. Há, também, uma terceira possibilidade: serviços particulares pagos pelo SUS à iniciativa privada em convênios entre essas empresas e os governos. 2.4.2 Sistemas integrados de operadoras de saúde Considerando que é direito assegurado pela Constituição o acesso gratuito a serviços de saúde, seria natural que houvesse pouco espaço para empresas privadas atuarem no setor. Entretanto, dada a ine�iciência do SUS em algumas áreas, muitas pessoas optam por recorrer à iniciativa privada, seja em busca de serviços de melhor qualidade ou para fugir das longas �ilas. Figura 5 - Qualidade em saúde Fonte: takasuu, iStock, 2020. No Brasil, a Lei n.º 9.656/98 representou um marco no Sistema de Saúde Suplementar, o arranjo que funciona na iniciativa privada sem receber recursos públicos. O documento apresenta uma série de regulamentações que permitem organizar os nossos conhecidos planos de saúde (MALTA; JORGE, 2008). #PraCegoVer: a imagem tem fundo em tons de azul. Ao lado direito, aparece o tronco de um homem vestido com jaleco. Com a mão direita, ele segura um estetoscópio, que parece encostar na tela e forma um cı́rculo em torno de si. Ao redor, há ı́cones relacionados à saúde: hospital, frascos de remédio, mão segurando um coração, ambulância, prontuário, paciente em uma maca, coração com os batimentos cardı́acos, uma pessoa com braço enfaixado e uma cadeira de rodas. Em segundo plano, há ainda vários grá�icos, incluindo alguns com batimentos cardı́acos. As operadoras de saúde no Brasil podem ser classi�icadas de acordo com a natureza de suas operações em: administradoras; cooperativas médicas ou odontológicas; de autogestão; de medicina de grupo ou odontologia de grupo; de filantropia e seguradoras especializadas em saúde. Segundo Tisott et al. (2015, p. 80): As administradoras dirigem os serviços de assistência à saúde ou planos �inanciados pelas operadoras. Nesta modalidade, as operadoras não assumem os riscos da operação, pois não possuem rede própria, credenciada ou referenciada de serviços médico-hospitalares ou odontológicos. No modelo de cooperativas médicas ou odontológicas, as operadoras atuam com Planos Privados de Assistência à Saúde ou exclusivamente planos odontológicos. A modalidade de autogestão opera o plano privado de assistência à saúde exclusivamente para um grupo delimitado e fechado e para os grupos familiares dos bene�iciários. Diferentemente da modalidade administradoras, a Medicina de grupo ou odontologia de grupo atua por meio de uma rede própria Figura 6 - Gestão integrada da saúde Fonte: ipopba, iStock, 2020. • • • • • ou credenciada na operação de Planos Privados de Assistência à Saúde ou exclusivamente odontológicos. Formada por entidades sem �ins lucrativos, as operadoras Filantrópicas operam Planos Privados de Assistência à Saúde. A� medida que o Sistema U� nico de Saúde não atende às necessidades da população e os cidadãos têm condições de migrar seus tratamentos para a iniciativa privada, as operadoras de saúde ganham mais e mais clientes. Sendo assim, a saúde pública no Brasil acaba �icando cada vez mais voltada aos indivı́duos de baixa renda e carentes. Aos gestores de clı́nicas e consultórios é importante ressaltar que as operadoras de saúde são grandes clientes, uma vez que contratam os serviços dessas empresas para seus segurados. Quanto maior a operadora, maior será sua capacidade de negociação. Por isso, os administradores devem estudar todos os ı́ndices econômicos e �inanceiros do mercado no momento de oferecer seus serviços. Empreender no ramo de clı́nicas e consultórios demanda muito empenho, não é mesmo? Por isso, nosso estudo não para por aqui. Na próxima unidade, continuaremos nosso aprendizado. Até logo! Conclusão Chegamos ao �im desta unidade, em que você teve a chance de conhecer um pouco a respeito da responsabilidade social aplicada à gestão de clı́nicas e consultórios, além de aspectos jurı́dicos e especi�icidades do ambiente de negócios no Brasil. Ao longo de nossos estudos, ainda vimos perspectivas importantes com relação à ética e à moral, as quais devem ser consideradas pelos gestores no momento da tomada de decisão. Nesta unidade, você teve a oportunidade de: conhecer a definição de responsabilidade social e como ela pode ser empregada na gestão das empresas; avaliar os aspectos jurídicos e também o ambiente de negócios no Brasil; compreender como a ética e a moral a podem ser aplicadas no ambiente empresarial; entender como as operadoras de saúde estão relacionadas ao setor de clínicas e consultórios; explorar as características da Política Nacional de Saúde na gestão de empreendimentos do ramo da saúde. • • • • • Bibliografia ARRUDA,M. C. C. Para que servem os códigos de ética? Ética nos Negócios, Campinas, v. 4. n. 13, mar. 2014. Disponı́vel em: http://www.revistaeticanosnegocios.org.br/2016/pdf/Revista_ed_13.pdf (http://www.revistaeticanosnegocios.org.br/2016/pdf/Revista_ed_13.pdf). Acesso em: 2 jun. 2020. ASHLEY, P. A. 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