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Os Créditos Coordenação Geral: Carlos Macedo Coordenação Editorial: Josué Linhares Projeto Gráfico e Diagramação: Vanessa Ferreira Capa: Rafael Brum Revisão: Fernando Damasceno e Nancy Pavão ePub: Luis Bernardino Copyright ©2014 www.universalproducoes.com.br Hoje em dia, percebemos que as religiões, de um modo geral, têm trabalhado com o sentimento e não com a fé. Prova disso, são as datas comemorativas, alusivas ao sentimentalismo, como o dia de Finados e o Natal. Nessas épocas, as pessoas ficam mais amáveis e propícias ao perdão. Essa comoção contribui para tonar os indivíduos espiritualmente fracos e, muitas vezes, fanáticos. Jesus disse: “O espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca.” (Mateus 26.41) A palavra carne no texto se refere ao coração, que é uma representação da alma humana. Por isso, a Bíblia registra: “Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto.” (Jeremias 17.9) É exatamente isso que temos visto em todo o mundo: pessoas religiosas, fervorosas em sua fé, mas fracas diante dos problemas. Elas geralmente sofrem, por misturarem fé com emoção e tomarem atitudes baseadas no coração, desprezando a razão. Vale aqui ressaltar que o homem é composto de corpo, alma e espírito. Quando falamos de corpo, é o físico; a alma diz respeito ao caráter, à sensibilidade, à nossa comunicação com os demais seres humanos. Já o espírito representa a comunicação com Deus. Quando Deus nos dá o Espírito Santo, é para que tenhamos a mente do Senhor Jesus, ou seja, discernimento para que, por intermédio da Sua Palavra, possamos compreender qual é a Sua vontade e, desta forma, conduzir os nossos sentimentos e, consequentemente, projetar nossas vidas, fazendo escolhas corretas. Jesus ensinou que “Todo aquele, pois, que ouvir estas minhas palavras e a praticar será comparado a um homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha; e caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram com ímpeto contra aquela casa, que não caiu, porque fora edificada sobre a rocha.” (Mateus 7.24,25) Quer dizer: a pessoa prudente usa o seu intelecto, pois a inteligência é uma dádiva que Deus deu a todo ser humano, independentemente do seu grau de instrução. Quem é prudente, avalia a situação, pesa os prós e contras para depois tomar uma decisão. Ou seja, ele é capaz de prever o mal e, por isso, preparar-se para enfrentá-lo. Naturalmente, edificar a casa sobre a rocha, que é o Senhor Jesus, levará mais tempo e o trabalho será mais árduo. Entretanto, quando estiver pronta, ela não será derrubada. “E todo aquele que ouve estas minhas palavras e não as pratica será comparado a um homem insensato, que edificou sua casa sobre a areia e caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram com ímpeto contra aquela casa, e ela desabou, sendo grande a sua ruína.” (Mateus 7.26-27) Note que o insensato é o fraco, sensível, o que anda na base do coração. Razão pela qual não aguenta passar por tempestades. No primeiro contratempo, ele desaba. Deus capacitou a todos para serem prudentes, mas como temos o livre arbítrio, podemos escolher qual caminho tomar. Por isso, muitas pessoas têm suas vidas destruídas, mesmo crendo em Deus, ou seja, elas preferem ser insensatas e se entregam aos sentimentos. Quem faz isso tem em si o maior inimigo. Deus não nos chamou para sermos religiosos, mas para sermos o Seu referencial aqui na Terra, tendo uma vida de qualidade. Portanto, o que importa não é o que sentimos, mas, sim, nossa confiança de que Sua Palavra se cumprirá, porque a fé é racional e não emocional. Essa é a fé que agrada a Deus e torna possível a realização de todos os nossos sonhos. TEOLOGIA EM “XEQUE” Temos insistentemente ressaltado a importância de a fé estar relacionada com a inteligência, e não com religião. Isso porque, infelizmente, muitos ainda não compreenderam o processo real da ação de Deus na vida do ser humano. A maioria das pessoas está presa a ensinamentos e práticas religiosas que não as conduzem a lugar algum, a não ser à pobreza física e espiritual. No entanto, a Igreja não foi instituída com esse objetivo. Jesus a criou com a finalidade de reunir pessoas em torno de um só Senhor, um só Deus, para que as mesmas pudessem buscar nEle as diretrizes para suas vidas. O fato de termos uma religião, frequentarmos uma igreja ou sermos caridosos não é garantia de uma vida de qualidade. A verdade é que a transformação de vida só acontece quando ouvimos a Palavra, assimilamos o ensinamento de Deus contido nela e colocamos em prática. O problema é que, em função da nossa origem cultural, ou seja, pela formação religiosa da nossa nação desde o seu descobrimento, foi incutido em nosso pensamento que pobreza é sinônimo de humildade e que isso agrada a Deus. Contudo, o Senhor Jesus disse: “eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância.” (João 10.10) Quer dizer, Deus tem interesse que sejamos abençoados e prósperos, não só do ponto de vista material, mas, principalmente, do espiritual. Ele nos deu inteligência exatamente para que possamos refletir sobre o que está escrito na Bíblia e, a partir desta reflexão, tomarmos atitudes que venham nos beneficiar desta Palavra. Portanto, não é uma questão de religião, teoria, doutrina ou filosofia de vida. Trata-se do uso inteligente da fé. Afinal, o sucesso ou fracasso de uma pessoa não depende de Deus, mas sim das escolhas que ela faz. Infelizmente, hoje em dia, muitos sofrem por ter uma fé cega. São pessoas movidas pelo coração, que agem de acordo com princípios e conhecimentos humanos, tradicionalistas, ignorando as orientações divinas. Todavia, o Senhor disse: “O que é nascido da carne é carne e o que é nascido do Espírito é Espírito.” (leia João 3.6) Quando temos um relacionamento com Deus, passamos a ter discernimento espiritual, ou seja, passamos a entender que a nossa vida não depende, em hipótese alguma, de terceiros, mas exclusivamente de nossas atitudes. Amigo(a) leitor(a), o Deus no qual cremos e apresentamos a você é Pai, não padrasto. Ele é capaz de trazer à existência as coisas que não existem (Romanos 4.17). Porém, não nos impõe nada. Ao contrário, nos dá o livre arbítrio. Portanto, cabe a você decidir de que forma vai usar a sua fé. Capítulo 1
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