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296 Elvino Barros, Helena M. T. Barros & Cols. • Biodisponibilidade: < 5%. • Biotransformação: intenso metabolismo hepático de primeira passagem. • Ligação a proteínas plasmáticas: -95o/o. • Meia-vida: desconhecida. • Eliminação: fezes ( 60o/o) e urina (13o/o). Ajuste para função hepática e renal. Con- traindicada na IH. Na IR, com DCE < 1 O mL/min, usar 5 mg/dia. Efeitos adversos. Cefaleia, constipa- ção, diarreia; raramente elevação das transaminases, rabdomiólise, miopatia. Interações. O risco de rabdomiólise é aumentado com o uso concomitante de ciclosporina, danazol, amiodarona, fi- bratos, niacina, sildenafil, diltiazem, ve- rapamil, antibióticos macrolídeos, anti- fúngicos azólicos, inibidores da protease e inibidores da bomba de prótons. Pode , . ocorrer um pequeno aumento nos nive1s séricos de digoxina. Colestiramina pode reduzir a taxa de absorção. Gestação e lactação. Categoria de risco X na gestação. Contraindicada na lacta--çao. Comentários • Elevação da TGP superior a três vezes o normal e elevação da CPK superior a dez vezes o valor inicial indicam a ne- cessidade de interrupção do tratamen- to. A monitoração das enzimas hepáti- cas e da CPK deve ser realizada a cada três meses durante o primeiro ano de tratamento. • Apresenta a vantagem de ter baixo custo. FIBRATOS O mecanismo de ação dos fibratos não está esclarecido por completo, mas alguns estu- dos mostram que eles se ligam aos recep- tores nucleares do PPAR-alfa, que regulam a transcrição gênica de enzimas envolvidas na oxidação de ácidos graxos, na síntese de lipa- se lipoproteica (LLP) tecidual e na síntese de apolipoproteína Cll (apo-Cll) - os quais, por sua vez, estão relacionados à síntese e à de- gradação das partículas de VLDL e à sua utili- zação pelos tecidos, via LLP. Podem agir, tam- bém, reduzindo os níveis de LDL-C (alguns não têm efeitos significativos sobre LDL-C ou podem até aumentar) e aumentando mode- radamente os níveis de HDL-C. Os fibra tos (benzafibrato, ciprofibra- to, etofibrato, fenofibrato e genfibrozila) são os fármacos de escolha no tratamento da hipertrigliceridemia acentuada e> soo mg/dL). São a primeira linha para redu- zir risco de pancreatite em pacientes com níveis de triglicerídeos muito elevados e podem ser úteis em elevações mais mo- destas de triglicerídeos e/ ou quando o problema inicial é um HDL-C baixo. O efeito dos fibratos na redução de eventos cardiovasculares é bem menos claro do que o das estatinas. O aumento da crea- tinina pode ocorrer, mas sem representar dano renal. Esses fármacos, pelo risco aumentado de rabdomiólise quando em associação, não são normalmente asso- ciados às estatinas. Existe uma interação importante com anticoagulantes orais, portanto as doses de varfarina devem ser reduzidas. Para uso isolado em pacientes com HDL < 40 mg/dL, a genfibrozila é o fibra- to com maiores evidências de benefício, mas seu uso associado a estatinas é con- traindicado de forma absoluta. No caso de associação com estatina, outros fibratos devem ser utilizados, e o paciente, mo- nitorado cuidadosamente. Ainda não há evidências de que a associação de fibratos com estatinas resulte em maior redução de eventos cardiovasculares. A seguir serão apresentados, em ordem alfabética, os fibratos disponíveis atualmente no mercado brasileiro (não estão nem em ordem de evidências dispo-
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