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392 Elvino Barros, Helena M. T. Barros & Cols. • Fontes alimentares: alimentos de ori- gem animal (carnes, ovos, queijo, leite e derivados). ANEMIA DA DOENÇA RENAL CRÔNICA A anemia da doença renal crônica (DRC) pode ser observada quando a fil- tração glomerular diminui a valores infe- riores a 70 mL/min nos homens e a SO mL/min nas mulheres e se agrava para- lelamente à redução da função renal, em especial quando abaixo de 30 mL/min. É um fator de risco modificável para doença cardiovascular. Além disso, alguns estudos indicam que a anemia parece ser um fator de risco independente para a progressão da DRC. A principal causa de anemia na DRC é a diminuição de produção de eritro- poietina pelos fibroblastos peritubulares do córtex renal. Outros fatores também podem contribuir para a ocorrência de anemia nessa população, tais como defi- ciência de ferro, perdas sanguíneas, defi- ciência de vitamina B12 e de folato, hiper- paratireoidismo e inflamação. Alterações no hemograma na anemia de doença renal crônica • Anemia geralmente grave (Hb < 1 O g/dL), com VCM normal (normocítica). • Hipoproliferativa: reticulócitos diminuí- dos ou normais. • RDW normal ou um pouco diminuído. Alterações laboratoriais • Ferro sérico baixo. • Ferritina pode estar normal ou au- mentada. • Saturação de transferrina normalmente diminuída. • Capacidade ferropéxica baixa. O tratamento da anemia da DRC deve ser precedido por uma avaliação do estoque de ferro do indivíduo. Sempre que a saturação de transferrina estiver menor do que 200/o e/ ou a ferritina sérica estiver menor do que 100 ng/mL, deve-se iniciar suplementação de ferro. Nas fases iniciais da DRC, a reposição oral de ferro apre- senta boa resposta; entretanto, se houver intolerância ou não resposta, ele deverá ser administrado por via endovenosa (sa- carato de hidróxido de ferro III), sendo essa a via de administração em indivíduos em diálise. O ácido fálico e a vitamina B b , " 1 12 tam em tem pape no tratamento da ane- • mia, uma vez que os pacientes apresen- tam deficiência dessas substâncias, princi- palmente se estiverem em diálise. A normalização dos estoques de fer- ro com persistência da anemia implica uso de eritropoietina, o que normalmente só ocorre a partir do estágio 4. Os níveis-alvo para os pacientes em tratamento conser- vador e em diálise são hemoglobina entre 11 e 12 g/ dL. A saturação da transferrina deve ser mantida superior a 200/o, e a fer- ritina sérica, igual ou superior a 100 ng/ dL. Melhoras significativas na qualidade de vida, aumento da capacidade física, diminuição da insônia, melhora na fun- ção sexual, apetite, funções cognitivas e funções cardiorrespiratórias têm sido re- petidamente demonstradas com a eritro- poietina. Eritropoietinas Nomes comerciais e apresentações • Eritropoietina humana recombinan- te: Eprex® (seringas: 2.000, 4.000, 10.000, 40.000 UI), Hemax® (fr-amp: 1.000, 2.000, 3.000, 4.000 e 10.000 UI), Hemoprex® (amp com SOO UI em 0,2S mL, 1.000 UI em O,S mL, 2.000 UI em O,S mL, 3.000 UI em O 7S mL ' ' 4.000 UI em 1mL,10.000 UI em 1 mL, 10.000 UI em 2 mL), Ior Epocin® (fr- amp: 2.000 ou 4.000 UI em 1 mL; cps gel dura de SOO mg), Recormon® (se- ringa com 10.000 U/0,6 mL). • Alfa-epoetina: Alfa-epoetina® (amp com 2.000, 3.000, 4.000, 10.000 ou 40.000
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