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PARA PROFESSORES DO ENSINO
FUNDAMENTAL E MÉDIO
ABORDANDO O SOLO NA ESCOLA: 
UNIDADE 6
BIOLOGIA DO SOLO
2 UNIDADE 6BIOLOGIA DO SOLO
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UNIDADE 6
BIOLOGIA DO SOLO
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SUMÁRIO
1 APRESENTAÇÃO ����������������������������������������������� 1
2 INTRODUÇÃO ��������������������������������������������������� 2
3 OCORRÊNCIA DE ORGANISMOS NOS 
AMBIENTES URBANO E RURAL ��������������������������� 2
4 ORGANISMOS DO SOLO ����������������������������������� 5
4�1 A FAUNA DO SOLO OU INVERTEBRADOS DO 
SOLO�������������������������������������������������������������������������������5
4�2 COMO TRABALHAR COM OS ORGANISMOS DO 
SOLO EM SALA DE AULA? ���������������������������������������������9
4�3 OS MICRO-ORGANISMOS DO SOLO: “OS 
INVISÍVEIS” ������������������������������������������������������������������13
4�3�1 A percepção do senso comum: os 
micro-organismos prejudiciais ������������������������������������ 14
4�3�2 Os micro-organismos benéficos ������������������������� 16
4�3�3 Ocorrência dos micro-organismos do solo nos 
ambientes ���������������������������������������������������������������������� 16
4�3�4 A importância econômica e ambiental dos 
micro-organismos do solo ������������������������������������������� 19
4�3�4�1 Fixação Biológica de Nitrogênio (FBN) ������� 20
4�3�4�2 Micorriza ������������������������������������������������������� 22
4�4 COMO TRABALHAR COM OS MICRO-ORGANISMOS 
DO SOLO EM SALA DE AULA? �������������������������������������23
5 SÍNTESE DA UNIDADE ������������������������������������� 24
6 REFERÊNCIAS �������������������������������������������������� 25
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1UNIDADE 6BIOLOGIA DO SOLO
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1 APRESENTAÇÃO
Prezados professores,
Os organismos do solo, ou seja, a presença de vida dentro 
do solo, em muitos livros didático não são mencionados. E 
quando eles são citados, não é apresentada sua importância, 
sendo destacados apenas os micro-organismos promotores 
de doenças nos animais e no ser humano. Desse modo, nesta 
unidade, vocês serão conduzidos a conhecer a vida real que 
existe dentro do solo.
O objetivo geral desta unidade é destacar que a presença 
da vida é uma constante em todos os tipos de solo, e que 
os efeitos promovidos pela presença dos organismos do 
solo são, predominantemente, benéficos. Tais benefícios 
podem ser observados na fixação biológica de nitrogênio, 
na micorrização, na decomposição de matéria orgânica, na 
decomposição biológica de agroquímicos, entre outros, que 
são indiscutivelmente superiores aos aspectos negativos, que 
seriam as doenças causadas em animais e plantas.
Os objetivos específicos desta unidade são: a) conhecer 
os principais grupos de organismos que habitam os solos; b) 
compreender as funções e/ou atividades que os organismos 
desempenham dentro dos solos; c) compreender os benefícios 
da população de organismos dos solos para o ambiente e 
a agricultura; d) associar a participação dos organismos do 
solo com a manutenção da vida no planeta; e) aprofundar 
os conhecimentos apresentados nos livros didáticos; e f ) 
proporcionar ao professor novos conhecimentos para o 
ensino do solo, bem como apresentar possibilidades de 
desenvolvimento dos trabalhos práticos em sala de aula.
Ao concluir esta unidade, espera-se que vocês tenham 
informações suficientes para desenvolver um raciocínio crítico 
das informações apresentadas na mídia quanto à vida existente 
no solo e para repassar, de forma real e prática, a importância 
da biota no solo, ou seja, dos seres que o habitam e que são 
fundamentais para manutenção da vida no planeta Terra.
BIOLOGIA DO SOLO
Jair Alves Dionísio
Jorge Ferreira Kusdra
Eliana Souza Kusdra
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2 INTRODUÇÃO
Para chegar ao entendimento da biologia do solo é 
fundamental relembrar os conceitos de biologia e solo. 
A biologia é a ciência que estuda os seres vivos e as leis 
que os regem, sua evolução, bem como suas relações 
com o ambiente; o solo é o resultado da ação simultânea 
e integrada do clima e organismos que atuam sobre um 
material de origem (geralmente rocha), condicionado pelo 
relevo durante determinado período de tempo.
A partir dessas definições é possível entender os funda-
mentos da biologia do solo.
Biologia do solo – Ciência que trata das populações de 
organismos do solo, suas funções, efeitos e/ou ativi-
dades e sua importância para a nutrição vegetal e 
produção agrícola.
GLOSSÁRIO:
3 OCORRÊNCIA DE ORGANISMOS NOS 
AMBIENTES URBANO E RURAL
Ao observar uma paisagem no ambiente rural, é visível 
a presença do solo, destacado pelas diversas tonalidades 
que apresenta, muitas vezes, evidenciado pelos cortes das 
estradas, especialmente nas posições mais elevadas do 
relevo.
No ambiente urbano, caracterizado pela ação antro-
pogênica, ou seja, pela ação do ser humano, parte do solo 
é coberta por casas, edifícios, hospitais, escolas, calçadas, 
asfalto e calçamento. Dentro deste contexto, a presença 
do solo é praticamente imperceptível, restrita aos espaços 
remanescentes (quintais, jardins, terrenos baldios, parques) 
e áreas ainda não utilizadas em construções civis ou obras 
públicas.
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Conforme os conceitos anteriormente apresentados, no 
solo há vida e esta é extremamente diversificada quando 
comparada entre os ambientes rurais e urbanos. No entanto, 
a interferência do ser humano muitas vezes pode resultar na 
sua redução. Assim, quando se compara o solo que está em 
área de cultivo agrícola ou florestal com o solo do ambiente 
urbano, sob uma construção, é de se esperar que a vida neste 
último esteja drasticamente reduzida devido à deficiência 
nas condições básicas para sobrevivência e crescimento da 
maioria dos organismos do solo, que são: o oxigênio (O2), a 
água e a matéria orgânica.
Dentre os organismos do solo (macro e micro-orga-
nismos), destacam-se, numericamente, aqueles que são, 
provavelmente, os mais antigos do planeta, ou seja, as 
bactérias, que podem atingir até um bilhão de células por 
grama de solo.
SAIBA MAIS:
As bactérias são geralmente microscópicas ou 
submicroscópicas (detectáveis apenas com uso de 
microscópio eletrônico). Suas dimensões geralmente 
não excedem poucos micrômetros, podendo variar 
entre cerca de 0,2 µm, nos micoplasmas, até 30 µm, em 
algumas espiroquetas. Elas têm a origem estimada há 
aproximadamente 3 a 4 bilhões de anos e antecedem 
em muito a ocorrência dos dinossauros, sendo conside-
radas os mais antigos habitantes do planeta Terra.
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Os organismos do solo, na totalidade dos macro-orga-
nismos e a maior parte dos micro-organismos, são seres 
heterotróficos, ou seja, incapazes de sintetizar seu próprio 
alimento.
A maior parte dos micro-organismos do solo age como 
decompositores de resíduos orgânicos (restos vegetais e 
animais), desdobrando-os em seus componentes básicos: 
água, CO2 e nutrientes inorgânicos. A imagem a seguir é 
uma representação esquemática da decomposição dos 
resíduos orgânicos por ação dos organismos do solo.
Resultado
Água, CO2 e nutrientes 
inorgânicos (N, P, K, Ca, Mg, 
etc.), quepodem ser utili-
zados pelas plantas.
+
Ação dos
organismos
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Para atender as necessidades nutricionais, os organismos 
precisam de vários elementos, especialmente de carbono, 
para formar novas células e tecidos, e de nitrogênio, para 
formar proteínas.
Os organismos do solo, também denominados de biota 
do solo, são seres que podem ser divididos em grupos, de 
acordo com o tamanho do corpo. Esses dois grupos podem 
ser classificados da seguinte forma: macro-organismos ou 
macrobiota do solo, que incluem organismos pertencentes 
ao reino animal, e micro-organismos ou microbiota do solo.
Biota do solo é o conjunto de seres vivos (macro e 
micro-organismos) que habitam o solo de forma 
permanente, temporária ou acidental.
Micrômetro é definido como 1 milionésimo do metro (1 
x10-6 m), que equivale a milésima parte do milímetro; 
sua abreviatura é µm.
GLOSSÁRIO:
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4 ORGANISMOS DO SOLO
Para facilitar o entendimento sobre o tema Biologia do 
Solo, os organismos que habitam o solo serão apresentados 
de forma separada, de acordo com o tamanho do seu corpo. 
No entanto, cabe destacar que dentro do solo eles estão 
integrados, atuando simultaneamente.
4�1 A FAUNA DO SOLO OU INVERTEBRADOS DO SOLO
A fauna do solo é representada por animais inver-
tebrados, separados de acordo com o tamanho em: a) 
megafauna (diâmetro > 20 mm); b) macrofauna (2 a 20 mm); 
mesofauna (0,2 a 2 mm); e microfauna (< 0,2 mm). (HOLE, 
1981).
Grande parte dos invertebrados do solo alimenta-se de 
uma mistura de partículas minerais e de resíduos orgânicos 
presentes no solo. Outros sobrevivem como parasitas de 
plantas ou predadores de outros animais.
SAIBA MAIS:
Qual a importância da fauna do solo?
A importância está relacionada com sua capacidade de 
fragmentar materiais orgânicos, principalmente vegetais, e 
ingeri-los, sendo estes, posteriormente, digeridos. Os nutrientes 
absorvidos e a fração não aproveitada são excretados dentro ou 
na superfície do solo.
Os estudos qualitativos da fauna do solo demonstram 
que os invertebrados são populações muito variadas; 
todavia, a ocorrência relativa decresce na seguinte ordem: 
nematoides > ácaros > colêmbolas > enquitreídeos > 
moluscos > minhocas > centopeias > larvas de dípteros > 
cupins = formigas = aranhas. (SIQUEIRA; FRANCO, 1993).
A seguir, as imagens ilustram alguns organismos da 
fauna do solo.
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Ácaro do solo.
Formiga do solo.
Minhoca brava (Amynthas spp.)
Aranha do solo.
Térmitas do solo.
Colêmbolas no solo.
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Os animais do solo podem ser habitantes permanentes 
(minhocas), temporários (formas jovens de cupins, larvas e 
pupas de alguns besouros) ou acidentais (vermes intestinais 
de animais de sangue quente: cachorro, gato, porco, etc.).
Os animais do solo estão adaptados às mais diversas 
condições de sobrevivência. As aberturas no solo, por 
exemplo, são construções que servem para abrigo contra 
predadores, proteção contra a luz solar e variações de tempe-
ratura, asseguram a movimentação ou funcionam como 
estratégia alimentar ou, ainda, asseguram a reprodução.
Dentre os exemplos mais comuns da ação da fauna do 
solo, destaca-se o papel das minhocas cujos dejetos (copró-
litos) contribuem para a melhoria da fertilidade e da estrutura 
do solo. Os seus túneis ou as suas galerias permitem maior 
aeração do solo e penetração das raízes das plantas, além 
de aumentarem a drenagem, como se observa na imagem 
a seguir.
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Galeria vertical da minhoca Lumbricus terrestris.
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Na construção das galerias, o animal movimenta partí-
culas do solo, especialmente aquelas que constituem a 
fração mineral fina (areia, silte e argila), e dos resíduos 
orgânicos. Estas aberturas, também denominadas de 
macroporos, passam a ter significado expressivo quando 
não estão habitadas, pelo abandono, pelo surgimento de 
condições impróprias ou pela desocupação devido à morte 
dos animais.
Os macroporos aumentam a infiltração de água e a taxa 
de oxigenação, e facilitam a penetração das raízes. Dessa 
forma, propiciam a melhoria do solo nos aspectos físicos, 
químicos e biológicos, que se refletem no crescimento das 
plantas e na produção das culturas.
As respostas da fauna do solo às perturbações 
ambientais, promovidas pelo cultivo, são muito variáveis. 
Quando o agricultor utiliza fertilizantes minerais e/
ou orgânicos, ou realiza a prática da consorciação (cultivo 
simultâneo de duas ou mais culturas, como, por exemplo, 
milho e feijão), geralmente promove o favorecimento da 
fauna do solo, especialmente os microartrópodes: ácaros e 
colêmbolas, cuja população no solo pode atingir 250.000 
animais por m2. (CROSSLEY; MUELLER; PERDUE, 1992). 
Artrópodes (Arthropoda, do grego arthros = articulado 
e podos = pés) são um filo de animais invertebrados, 
que possuem exoesqueleto rígido e vários pares de 
apêndices articulados, cujo número varia de acordo 
com a classe.
GLOSSÁRIO:
É importante salientar, porém, que o uso de agrotóxicos, 
o cultivo intensivo do solo, a monocultura prolongada (como, 
por exemplo, a cana-de-açúcar) e as queimadas, geralmente 
reduzem a diversidade e a densidade populacional dos 
organismos no solo.
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Como integrante da fauna do solo tem-se, ainda, os 
animais microscópicos (microfauna), muito abundantes, 
que são representados principalmente pelos nematoides 
pequenos e rotíferos, e exercem grande importância 
na cadeia alimentar e no equilíbrio biológico no solo. 
As interações biológicas entre os diferentes grupos de 
organismos são influenciadas basicamente pelo clima e pelo 
manejo do sistema solo-planta.
4�2 COMO TRABALHAR COM OS ORGANISMOS DO SOLO 
EM SALA DE AULA?
A mesofauna do solo é representada por organismos 
terrestres, com tamanho de 0,2 a 4,0 mm, hidrófilos ou 
xerófilos, que se movimentam nos poros, nas fissuras e 
na interface entre a serapilheira e o solo. É formada por 
ácaros, colêmbolos, miriápodes, aracnídeos e diversas 
ordens de insetos, alguns oligoquetos e crustáceos. 
Estes integrantes da mesofauna agem no solo como 
decompositores primários e/ou secundários da matéria 
orgânica, participando do processo de humificação do 
solo. Os grupos de maior ocorrência no solo são os ácaros 
e as colêmbolas, que chegam a representar até 95% da 
mesofauna do solo.
Objetivando demonstrar a existência da vida no solo, 
por observação direta dos seus principais componentes; 
reconhecer os principais grupos de organismos da 
mesofauna que habitam o solo; e compreender a 
importância da mesofauna para a humificação do solo, 
Rotífera ou rotíferos (do latim rota, roda + fera = aqueles 
que possuem) são um filo de animais aquáticos e 
microscópicos. O seu nome deriva do latim para 
“roda”, com referência à coroa de cílios que rodeia 
a boca desses animais e que se move rapidamente 
para captar as partículas de alimento, parecendo 
uma roda a girar.
GLOSSÁRIO:
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Parte 1 do extrator – parte 
superior
Tela de mosquiteiro (aproxi-
madamente 2 mm de 
diâmetro)
Parte 2 do extrator – parte 
inferior
sugere-se a realização de uma atividade prática, com os 
seguintes passos:
a) Materiais necessários:
•	 Extrator: Garrafa PET de 500 mL; tesoura; tela de 
mosquiteiro, com diâmetro aproximado de 2 mm; 
náilon de pesca ou borracha de amarrar dinheiro.
•	 Outros: Solo; suporte plástico caseiro para filtro 
de café e papel filtro número 103; bureta de 100 
mL; recipiente plástico de 1 L ou maior; abajur 
com lâmpada de 40 W; pá de jardineiro; lupa 
manual (aumento de 5 vezes).
b) Como fazer o extrator?
•	 Cortar a garrafa PET na metade com uma tesoura 
e obter duas partes: parte 1, a que contém a 
tampa; e parte 2, a base da garrafa.
•	 Eliminar a tampa.
•	 Cobrir a ponta da parte 1 com um pedaço de tela 
de mosquiteiro e amarrar firme com o náilon ou 
borracha de amarrar dinheiro.
•	 Encaixar a parte 1 na parte 2, colocando a parte 
da ponta da garrafa coberta com a tela dentro da 
parte 2, para garantir que são compatíveis. 
As imagens a seguir ilustram o processo:
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c) Solução de álcool 70%:
•	 Preparar 1,0 L de álcool 70%, a partir do álcool 
hidratado comercial 92,8 GL. Com uma bureta, 
transferir 73 mL para um recipiente plástico de 1 
L, ou maior, e completar com 927 mL de água.
Observação: se o álcool comercial tiver concentração 
diferente, ajuste a quantidade por regra de três.
d) Metodologia:
•	 Colocar a solução preservativa (álcool 70%) na 
base da garrafa PET (parte 2), como na imagem 
a seguir:
•	 Montar o extrator: encaixar a parte 1 na parte 2.
•	 A extremidade da parte 1, que contém a tela, 
necessita ficar ao menos 1,0 cm de distância do 
nível da solução de álcool 70%
•	 Com uma pá de jardineiro, coletar da superfície 
do solo úmido aproximadamente 300 g de solo; 
evitar folhas, resíduos orgânicos, etc.
Parte 1 com tela de mosqui-
teiro na extremidade, presa 
por uma borracha
Parte 2, contendo álcool 
70%
Parte 1 encaixada na parte 2
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•	 Transferir o solo para o extrator (parte 1).
•	 O resultado desse processo será como a imagem 
a seguir:
Parte 1, contendo solo
Colêmbola
(Arthropleona)
Colêmbola
(Symphepleona)
Ácaro
(Parasitiforme)
Ácaro
(Acariforme)
•	 Colocar a luz do abajur sobre a amostra de solo, 
que está na parte 1, a uma distância de 5 a 8 cm, 
por um período de uma semana.
•	 Decorrido o prazo, filtrar a solução preservativa 
da parte 2 em filtro de café contendo o papel 
filtro.
 Observações: Transferir somente o líquido, pois o 
solo decantado no fundo da parte 2 interfere na visualização 
dos animais.
•	 Após a filtragem do líquido, com uma tesoura, 
cortar as duas laterais do filtro e abrir o papel com 
cuidado sobre uma bandeja ou uma mesa limpa.
•	 Com uma lupa manual, observar os animais, 
principalmente ácaros e colêmbolas, extraídos 
do solo, e procurar identificá-los, conforme as 
imagens a seguir.
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4�3 OS MICRO-ORGANISMOS DO SOLO: “OS INVISÍVEIS”
Após a apresentação dos macro-organismos do solo, 
o objetivo, agora, é apresentar os micro-organismos que 
habitam o solo. É importante lembrar que esses dois grupos 
estão juntos nos solos e, apenas para efeito didático, serão 
apresentados separadamente. 
Os micro-organismos estão distribuídos em três dos 
cinco reinos dos seres vivos. As bactérias típicas e outros 
dois tipos especiais de bactérias - cianobactérias (bactérias 
fotossintéticas) e actinobactérias - pertencem ao reino 
Monera.
As imagens a seguir mostram exemplos de bactérias 
típicas.
SAIBA MAIS:
SAIBA MAIS:
O reino Monera é 
constituído por todos os 
seres procariontes (que 
não apresentam membrana 
nuclear ou carioteca ou, 
ainda, que não apresentam 
núcleo individualizado, 
organizado ou diferenciado).
O reino Protista é 
representado por protozo-
ários e algas unicelulares 
e que apresentam núcleo 
verdadeiro envolvido por 
carioteca.
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Bactéria contendo 
flagelo.Clostridium botulinum.
Fungo do solo. Contagem de fungos do solo.
Os protozoários e as algas unicelulares eucariontes 
pertencem ao reino Protista, e todos os fungos pertencem 
ao reino Fungi.
As imagens a seguir mostram exemplos de fungos.
14 UNIDADE 6BIOLOGIA DO SOLO
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Os três reinos (Monera, Protista, Fungi) são, portanto, 
formados por organismos relativamente simples, na maioria 
unicelulares e microscópicos.
Os vírus, embora considerados micro-organismos, não 
estão incluídos em nenhum dos cinco reinos por existir 
divergência entre considerá-los ou não como seres vivos, 
especialmente por não serem constituídos por células, ou 
seja, por serem acelulares.
4�3�1 A percepção do senso comum: os 
micro-organismos prejudiciais
Para compreender a importância dos micro-organismos 
é preciso descartar a ideia falsa que há muito tempo está 
associada a esses seres.
A maioria das pessoas pensa que todos, ou pelo menos 
a maior parte dos micro-organismos, são prejudiciais e, por 
essa razão, seria altamente desejável que eles não existissem 
ou que fossem eliminados da Terra.
Essa concepção é definitivamente falsa e errada e, 
mesmo que fosse possível a completa eliminação dos micro-
-organismos, seria eliminada também a possibilidade de 
vida no planeta, uma vez que nossa própria sobrevivência 
depende da existência deles.
Quando falamos em micro-organismos, a primeira 
associação que fazemos é com as doenças, principalmente 
nos humanos e nos animais domésticos. Esta percepção não 
está errada, uma vez que uma rápida observação no histórico 
da microbiologia permite entender que os primeiros micro-
-organismos estudados estavam relacionados às doenças 
humanas, causadas especialmente por bactérias e vírus. 
Embora existam muitos micro-organismos prejudiciais 
(responsáveis por doenças nos seres humanos, animais e 
plantas, capazes de deteriorar alimentos, contaminar águas, 
etc.), seu número é, na verdade, pequeno se comparado 
aos que são benéficos, responsáveis pela decomposição de 
resíduos orgânicos e reciclagem de nutrientes, de interesse 
agrícola, aplicação industrial, uso farmacêutico, etc.
Durante a Segunda Guerra Mundial (1939 a 1945), 
houve grande avanço da microbiologia, em especial da área 
da microbiologia do solo, que se desenvolveu em função 
Vamos relembrar a célebre 
frase do pesquisador 
Louis Pasteur:
“O papel dos 
infinitamente pequenos 
é infinitamente grande”.
Conheça um pouco mais da 
vida do cientista francês Louis 
Pasteur (1822-1995), cujas 
descobertas tiveram enorme 
importância na história 
da Química e Medicina, 
acessando o link:
CURIOSIDADE:
SAIBA MAIS:
https://goo.gl/HyGZht
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da necessidade do tratamento de elevado contingente de 
feridos e das infecções desenvolvidas.
O solo funcionou como suporte de pesquisa, de onde 
foram isolados os primeiros micro-organismos produtores 
de antibióticos. Assim, obtivemos a penicilina,dos fungos; a 
neomicina, das bactérias; e a estreptomicina, das actinobac-
térias. (MOREIRA; SIQUEIRA, 2006).
Ao observar as informações apresentadas pela mídia 
(televisão, jornais, internet, etc.), é possível constatar que os 
casos de ação dos micro-organismos com efeito negativo, 
relacionados, por exemplo, à infecção hospitalar, decorrente 
do aumento da resistência dos micro-organismos aos antibi-
óticos, são abordados com maior intensidade.
Além disso, há pouco tempo, a mídia deu grande 
destaque ao potencial de uso de micro-organismos patogê-
nicos como arma biológica, constituindo o “bioterrorismo”. 
Um exemplo ocorreu no ano de 2001, em que foi utilizada 
a bactéria nativa do solo, Bacillus anthracis, que parasita o 
gado bovino, ovelhas, cabras e outros animais herbívoros, 
em correspondências para contaminar os destinatários, 
causando a doença fatal chamada popularmente de antrax.
Para mais informações sobre bioterrorismo, acesse:
STEPHENS. Pippa. Para a OMS, resistência de bactérias a antibió-
ticos é “ameaça global”. BBC Brasil, 30 abr. 2014. Disponível em: 
FIOCRUZ. Bioterrorismo. Disponível em: 
SAIBA MAIS:
Além da associação dos micro-organismos do solo a 
doenças de humanos e animais, a utilização desses seres, 
indevidamente pelo homem, tem distorcido a importância 
deles para o planeta. Sendo assim, é necessário ter uma 
visão real sobre os benefícios dos micro-organismos do solo.
https://goo.gl/2XeBNO
https://goo.gl/U2bnrU
16 UNIDADE 6BIOLOGIA DO SOLO
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4�3�2 Os micro-organismos benéficos
Para repensar a importância dos micro-organismos e 
suas atividades benéficas, que são, sem dúvida, de maior 
importância, embora dificilmente divulgadas na mídia com 
o mesmo destaque, é importante refletir sobre algumas 
questões:
a) O que ocorre com as toneladas de restos de culturas 
como milho, soja e trigo, assim como com os resíduos 
da indústria madeireira (pó de serra) deixados no 
solo? 
b) O que acontece com o lixo doméstico lançado no 
lixão ou aterro sanitário? 
c) O que dizer das toneladas de agrotóxicos utilizados 
na agricultura para o controle de pragas, doenças e 
plantas daninhas? 
d) Como o solo se “livra” do petróleo e de outros 
produtos químicos provenientes de derramamentos 
acidentais, que contaminam o ambiente?
e) Como ocorre a descontaminação do solo de diversos 
tipos de poluentes?
De forma simplificada, é possível dizer que todos 
esses casos citados, dentre muitos outros, só continuam 
acontecendo na natureza mediante a decomposição 
física, química e principalmente biológica, mediada pelos 
micro-organismos do solo, pois, caso contrário, com a 
superfície do planeta coberta, não teríamos a possibilidade 
de vida.
4�3�3 Ocorrência dos micro-organismos do solo nos 
ambientes
É de fundamental importância lembrar que na definição 
de solo está destacada a participação dos organismos, 
principalmente os micro-organismos.
Pela quantidade e diversidade de micro-organismos e 
animais invertebrados que habitam o solo, não seria exagero 
considerá-lo, do ponto de vista biológico, como sendo “um 
organismo vivo”. Também não seria exagero considerar que, 
do ponto de vista agrícola e ambiental, “só existe solo se nele 
estiver vida” e que, sendo assim, “não existe solo estéril (sem 
vida)”.
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Em situações ambientais adversas, como, por exemplo, 
em situações de extrema temperatura (como ocorre nos 
solos da Patagônia), ou em áreas em processo de arenização 
(como ocorre no município de Alegrete, Rio Grande do 
Sul), ou no deserto do Saara (na África), ainda há vida, isto 
é, milhões de micro-organismos estão adaptados a essas 
condições e se proliferam nesses ambientes.
Os micro-organismos estão presentes em todos os tipos 
de solo que ocorrem na natureza, que vão desde os solos 
mais profundos até os mais rasos.
Nos solos de clima tropical, subtropical e temperado, 
como na Sibéria, ou até mesmo nos solos da Antártida, 
existem micro-organismos, porém, quanto mais baixa for a 
temperatura, menor será a atividade microbiana.
Para mais informações sobre situações ambientais, acesse:
AGRONLINE. Processo de arenização no sudoeste do Rio Grande 
do Sul. Disponível em: 
NUWER, Rachel. Há locais na Terra onde não existe vida? BBC Brasil, 
24 mar. 2014. Disponível em: 
Quer saber como será a vida em ambientes 
adversos? Acesse o texto a seguir: 
TIERRAMÉRICA. Bactérias degradam 
petróleo na Antártida. Disponível em:
SAIBA MAIS:
SAIBA MAIS:
https://goo.gl/BozxrJ
https://goo.gl/NkpgWK
https://goo.gl/IuAHKL
18 UNIDADE 6BIOLOGIA DO SOLO
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Agora, cabe uma reflexão: se os micro-organismos são 
seres tão diminutos, sensíveis, como podem se instalar 
em ambientes tão inóspitos como nas rochas, nos solos 
degradados, etc.? Primeiramente, é importante lembrar que 
eles são seres microscópicos, extremamente leves, que são 
transportados pelas correntes de ar e pela chuva e, assim, 
podem depositar-se na superfície das rochas, por exemplo.
Os micro-organismos pioneiros, ou seja, os colonizadores 
de rochas, são dotados de metabolismo autotrófico (não 
necessitam de uma fonte de carbono orgânica disponível, 
pois utilizam o carbono do CO2), sendo capazes de sobreviver 
em condições impróprias para a maioria dos seres vivos.
Dentre esses micro-organismos incluem-se muitas 
espécies de bactérias, de algas unicelulares e de liquens. 
Estes micro-organismos não somente são capazes de 
sobreviver em condições extremas, mas também são 
capazes de implantar vida em locais estéreis, criando 
condições ao estabelecimento de macro e micro-organismos 
heterotróficos (necessitam de uma fonte de carbono 
orgânica disponível)
Autótrofos são seres vivos, como plantas e as algas, que 
realizam a sua nutrição por meio da fotossíntese.
Heterótrofos são seres vivos que buscam energia se 
alimentando de outros seres vivos, pois são incapazes de 
produzir energia sozinhos (pela fotossíntese).
Liquens são associações simbióticas de mutualismo entre 
fungos e algas. Os fungos que formam liquens são, em 
sua grande maioria, ascomicetos (98%), sendo o restante 
basidiomicetos. As algas envolvidas nesta associação são 
as clorofíceas e cianobactérias. Os fungos desta associação 
recebem o nome de micobionte e a alga, fotobionte, pois é 
o organismo fotossintetizante da associação.
GLOSSÁRIO:
GLOSSÁRIO:
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Assim, cabe refletir: como ocorre a participação dos 
micro-organismos no processo de formação dos solos? 
A ação específica dos micro-organismos na formação do 
solo pode ser evidenciada por meio de seus produtos, pois 
determinadas espécies de bactérias liberam o ácido nítrico 
(HNO3), enquanto os liquens liberam o ácido oxálico, e 
ambos ácidos aceleram a corrosão química da rocha alterada 
para mais tarde formar o solo.
Uma análise sobre a participação dos micro-organismos 
na formação do solo leva a concluir que os micro-organismos 
autotróficos são os formadores iniciais de matéria orgânica 
no solo, pois liberam no meio dele seus metabólitos e, após 
sua morte, seus corpos (células). As células mortas servem de 
alimento para outros micro-organismos que ali se instalam 
e, com isso, dá-se início à colonização do solo ou à sucessão 
ecológica. 
Na sequência, surgem os micro-organismos heterotróficos, 
representados pelas demais bactérias, fungos, 
actinobactérias e protozoários.
Deve-se lembrar que o processo de formação do solo 
é extremamente lento e que, para formar uma camada de 
2,5 cm, são necessáriosde 200 a 1.000 anos. (DROZDOWICZ, 
1997).
Os micro-organismos ocorrem em todo tipo de solo 
e em todo o perfil, porém a sua densidade e diversidade 
diminuem nos horizontes mais profundos, uma vez que 
nestes estão concentrados os maiores teores de matéria 
orgânica, nutrientes e oxigênio.
4�3�4 A importância econômica e ambiental dos 
micro-organismos do solo
Caso as funções dos organismos do solo fossem apenas 
as apresentadas nos itens anteriores desta unidade, já era 
mais que suficiente para se destacar a importância desses 
seres para a manutenção da vida no planeta Terra. No 
entanto, a ação dos micro-organismos do solo vai muito 
além da decomposição dos resíduos orgânicos. 
Dessa forma, serão apresentados dois processos que 
merecem destaque pela magnitude que representam, além 
de seus aspectos econômicos e ecológicos, são eles: a fixação 
biológica de nitrogênio e a formação das micorrizas.
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4�3�4�1 Fixação Biológica de Nitrogênio (FBN)
A fixação biológica de nitrogênio é o processo pelo qual 
o nitrogênio atmosférico (N2) é convertido à amônia (NH3).
Para compreender a FBN, é preciso ressaltar que os 
vegetais necessitam, além do C, H e O, dezessete elementos 
químicos, denominados nutrientes essenciais, que são 
retirados do solo, conforme será descrito na unidade 7, 
“Fertilidade do Solo e Ciclo dos Nutrientes”. Nesse grupo, 
destaca-se o nitrogênio (N) como o mais exigido pela maioria 
das plantas. Entretanto, o solo praticamente não apresenta 
reserva mineral desse elemento, ficando a sua disponibi-
lidade em explorações agrícolas condicionadas à adubação 
orgânica e principalmente mineral.
No ar atmosférico que está em contato direto com os 
vegetais, o N ocorre em abundância, aproximadamente 78%, 
na forma de N2. No entanto, os vegetais não conseguem 
aproveitá-lo por não possuírem sistema enzimático capaz 
de romper a ligação entre os átomos de nitrogênio.
Os fixadores de nitrogênio possuem a enzima 
nitrogenase capaz de reduzir o nitrogênio atmosférico 
à forma de amônia (NH3), ou seja, fixá-lo e aproveitá-lo 
na formação de aminoácidos e proteínas, assegurando a 
demanda de nitrogênio da planta.
Dentre as associações simbióticas, as mais desenvolvidas 
são as das bactérias da família Rhizobiaceae, denominadas 
vulgarmente “rizóbios”, com plantas leguminosas (soja, 
ervilha, tremoço, feijão, amendoim, etc.). Nessa associação 
entre rizóbio e leguminosas, a bactéria simbionte entra em 
contato com a planta naturalmente, já que ela é habitante 
do solo, ou, também, pode ser introduzida no solo por 
inoculação artificial (uso de inoculante comercial).
A FBN ocorre em micro-or-
ganismos, como é o caso de 
algumas bactérias e algas, ou 
na associação entre plantas e 
micro-organismos.
SAIBA MAIS:
Inoculante é um produto que contém micro-organismo com 
ação benéfica para o desenvolvimento das plantas.
GLOSSÁRIO:
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A associação se inicia após a germinação das sementes. 
Quando se tratar de árvores e arbustos, estender-se-á por 
todo ciclo da planta. No entanto, em plantas herbáceas (feijão, 
soja, amendoim, etc.) chegará até à fase de enchimento dos 
grãos, quando então a simbiose será desativada.
Mas o que caracteriza a simbiose entre leguminosas 
e o rizóbio? É a presença de uma estrutura organizada 
denominada “nódulo”, visível a olho nu, que ocorre nas raízes 
das plantas e que contêm milhares de rizóbio, conforme a 
imagem a seguir.
É possível usufruir economicamente 
da associação entre plantas e 
micro-organismos. Somente no Brasil, 
a inoculação da soja com o rizóbio 
propicia uma economia de US$ 3 bilhões 
anuais em fertilizantes nitrogenados 
(MERCANTE, 2007). Além disso, a fixação 
biológica de nitrogênio (FBN) promove 
outros benefícios, como a redução na 
aplicação dos fertilizantes nitrogenados, 
que leva à melhoria da qualidade 
ambiental, causando menor aporte 
de nitratos para as águas superficiais e 
subterrâneas.
O processo biológico FBN para o 
planeta é importante porque se trata de 
um recurso natural renovável e passível 
de manipulação, barato e sem impacto 
ambiental, responsável por 65% do N2 
incorporado nos seres vivos e que, se 
fosse interrompido, acabaria com a vida 
do planeta em 30 anos. (MOREIRA; SIQUEIRA, 2006).
Além da associação rizóbio x leguminosa, com grande 
potencial, porém, necessitando pesquisas, são destacadas 
as associações entre bactérias dos gêneros Azospirillum e 
Herbaspirillum com plantas gramíneas (milho, trigo, arroz, 
etc.). Tem-se, ainda, as associações entre algas cianofíceas e 
pteridófitas, que precisam ser melhor compreendidas.
Raízes de soja noduladas com rizóbio.
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4�3�4�2 Micorriza
O termo micorriza vem do grego (mico = fungo e riza 
= raiz). É uma associação simbiótica mutualística na qual as 
raízes das plantas vasculares são invadidas por determinados 
fungos do solo, ocorrendo uma perfeita integração 
morfológica e funcional entre os 
simbiontes. (A imagem ao lado mostra 
esquematicamente uma micorriza).
A micorriza trata-se de uma 
simbiose praticamente universal, não 
só pelo grande número de plantas 
susceptíveis, como também por sua 
ocorrência generalizada na maioria dos 
habitats naturais. Elas são encontradas 
em 96% das fanerógamas (plantas que 
se reproduzem por sementes), incluindo 
quase todas as espécies de interesse 
agrícola, pastoril e várias florestais, 
além de serem importantes para a 
composição florística e estabilidade dos 
ecossistemas naturais.
A presença de fungos micorrízicos 
aumenta a superfície radicular das 
plantas que, consequentemente, 
aumenta a absorção de água e nutrientes do solo, 
principalmente dos elementos minerais imóveis - como o 
fósforo -, além de diminuir a incidência de doenças.
A formação da micorriza é particularmente importante 
para o desenvolvimento de árvores de pinus e eucalipto, 
dentre outros gêneros de plantas, que dependem dessas 
associações simbióticas para um bom crescimento.
Para o pinus, a micorrização é indispensável ao 
estabelecimento e ao desenvolvimento, ou seja, sem ela 
esta árvore não sobrevive.
Formação da micorriza destacando os 
componentes da simbiose.
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As plantas utilizam diversas estratégias de sobrevivência, 
como é o caso da FBN e das micorrizas, sendo comum a tríplice 
associação, como é o caso das plantas leguminosas que se 
associam ao mesmo tempo com o rizóbio e com o fungo 
micorrízico.
CURIOSIDADE:
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4�4 COMO TRABALHAR COM OS MICRO-ORGANISMOS 
DO SOLO EM SALA DE AULA?
A respiração microbiana do solo é resultante da atividade 
exclusiva das bactérias, fungos, algas e protozoários do solo, 
que atuam na decomposição da matéria orgânica do solo 
com a consequente liberação de CO2 para a atmosfera. A 
matéria orgânica utilizada pelos micro-organismos pode ser 
o húmus do solo ou, então, matéria orgânica que entra no 
solo como, por exemplo, as folhas e as raízes das plantas.
Para que a respiração do solo seja expressiva, é 
necessário o atendimento de condições ambientais aos 
micro-organismos decompositores. Estas condições são 
divididas em dois grupos: o primeiro relaciona-se com a 
matéria orgânica, representada pela sua qualidade (relação 
carbono/nitrogênio, pH e nutrientes minerais); o segundo 
relaciona-se com as condições ambientais,como, por 
exemplo, umidade, temperatura e oxigênio. 
 Com o objetivo de demonstrar a existência de 
micro-organismos no solo, em função da sua atividade, ou 
seja, pela liberação de gás carbônico (CO2); demonstrar a 
importância da umidade no processo de decomposição 
da matéria orgânica do solo; e comparar a respiração entre 
matérias (solo e areia) com diferentes teores de matéria 
orgânica, sugerimos a realização da seguinte atividade:
 
a) Material
•	 Pá de jardineiro, solo, areia de construção, sacos 
plásticos de 1 L e 0,5 L, limpos e sem furos; copo 
plástico descartável de 200 mL, fita adesiva trans-
parente, caneta de retroprojetor.
b) Metodologia
•	 Solo: Com uma pá de jardineiro, coletar da super-
fície do solo úmido, do jardim ou outra área que 
apresente cobertura vegetal, aproximadamente 
1 kg de solo, e armazenar em um saco plástico 
com capacidade para 2 litros. 
•	 Areia: Obter 500 mL de areia de construção e 
armazenar em saco plástico de 1L.
•	 Identificar quatro sacos plásticos de 0,5 L com as 
seguintes etiquetas:
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- Solo úmido (SU);
- Solo úmido e água na mesma quantidade (SUA);
- Areia de construção úmida (AC);
- Areia de construção e água na mesma 
quantidade (ACU)
•	 Colocar em cada saco plástico um copo (200 mL) 
de solo ou areia, de acordo com a identificação. 
Para os sacos que possuem as siglas SUA e ACU, 
adicionar um copo (200 mL) de água. 
•	 Fechar todos os sacos, amarrar com fita adesiva e 
misturar bem, principalmente os que receberam 
água.
•	 Deixar à temperatura ambiente por 1 a 2 horas.
c) Interpretação
Os solos são vivos, possuem organismos que são 
predominantemente heterotróficos, sendo assim, 
decompõem a matéria orgânica para obtenção de energia, 
carbono e nitrogênio, com consequente liberação de gás 
carbônico (CO2). Esse processo é conhecido como oxidação 
da matéria orgânica do solo.
Depois de 1 a 2 horas, o SU, que tem maior população 
de micro-organismos, deverá apresentar acúmulo de gás e 
as laterais do plástico se apresentarão “suadas”.
A AC tem baixa ou insignificante produção de gás, pois 
tem baixas quantidades de matéria orgânica e população 
microbiana.
A adição de água tornará o ambiente anaeróbio para 
“SUA e ACU”, o que praticamente anulará a produção de gás, 
ou seja, não ocorrerá oxidação da matéria orgânica.
5 SÍNTESE DA UNIDADE
Nesta unidade foram apresentados conceitos 
fundamentais e atuais sobre a biologia do solo.
No item “Ocorrência de Micro-organismos” foram 
apresentadas informações sobre a ocorrência destes em 
todos os horizontes e em todos os tipos de solo do Brasil 
e do mundo e realizada a comparação com a ocorrência 
destes em ambientes rurais e urbanos. Para concluir o tema, 
25UNIDADE 6BIOLOGIA DO SOLO
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foram apresentadas sugestões para trabalhar os organismos 
do solo em sala de aula.
No item “Organismos do solo”, discorreu-se sobre os 
principais componentes do solo, dividindo-os em dois 
grupos distintos: os macro-organismos ou fauna edáfica; 
e os micro-organismos. Sobre os macro-organismos, 
apresentou-se, de forma bastante objetiva, a função que os 
mesmos desempenham dentro do solo e qual os benefícios 
para as plantas. O segundo grupo, dos micro-organismos, 
foram trabalhados com uma abordagem preliminar em 
função da associação desses seres microscópicos com 
doenças, visão esta que precisa ser modificada, pois os 
benefícios que propiciam ao solo, ao ambiente e ao planeta 
Terra são muito mais expressivos.
Por fim, no item “Organismos do solo”, foram 
apresentadas sugestões para que se possa trabalhar 
com os alunos, de forma simples e com baixos custos, os 
componentes biológicos do solo e a ação desses seres 
dentro do solo.
6 REFERÊNCIAS
CROSSLEY, D. A.; MUELLER, B. R.; PERDUE, J. C. 
Biodiversity of microarthropods in agricultural soils: relations 
to processes. Agriculture, Ecosystems & Environment, v. 
40, p. 37-46, 1992.
DROZDOWICZ, A. Bactérias do solo. In: VARGAS, M.; 
HUNGRIA, M. (Eds.). Biologia dos solos dos cerrados. 
Planaltina: Embrapa/CPAC, 1997. p. 17-60.
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75-112, 1981.
MERCANTE, F. M. Inoculante garante sucesso na fixação 
do nitrogênio. Embrapa, 12 jul. 2007. Disponível em: < 
https://goo.gl/Zb7Isb > Acesso em: 08 out. 2014.
MOREIRA, F. M. S.; SIQUEIRA, J. O. Microbiologia e 
bioquímica do solo. 2. ed. Lavras, MG: Editora UFLA, 2006. 
729 p.
SIQUEIRA, J. O.; FRANCO, A. A. Biologia e tecnologia do 
solo. Lavras, MG: Escola Superior de Agricultura de Lavras, 
1993. 236 p.

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