Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
RESUMO TEORIA GERAL DO PROCESSO Classificação do Litisconsórcio: Sujeitos em um polo de uma relação jurídica: TIPOS DE LITS ↪ Lits mista/múltiplo: Quando ambos se manifestam ↪ Lits passivo: Mais de um réu ↪ Lits ativo: Mais de um autor OBRIGATORIEDADE ↪ Facultativo: Se dá por vontade das partes, o autor pode propor ação isoladamente, mas decide em conjunto com os demais. Pode propor várias ações uma contra cada lits. ↪ Obrigatório / Necessário: Necessária a formação do lits, quando for obrigatória, independente das partes MOMENTO ↪ Anterior: Quando nasce com a petição ou no máximo com a emenda↪ Inicial ou ulterior: Quando há intervenção de terceiros se forma após a petição inicial / emenda. TIPOS DE DECISÃO ↪ Simples: Lits em que o julgador PODE ou não dar a mesma decisão a todos, surge efeitos diferentes ↪ Unitário: Julgador DEVE dar a mesma decisão para todos, não tem escolha, de forma única LEI PROCESSUAL NO TEMPO: Em regra, a própria lei estabelece sua vacatio legis, caso contrário será aplicado o dispositivo da lindb (45 dias após a publicação ou quando a lei posterior revoga a anterior) LEI PROCESSUAL NOVA E NOS PROCESSOS EM CURSO: Quando entra em vigor uma nova lei processual, encontras-e processos que já foram encerrados, processos em andamento, e processos que ainda não se iniciaram, diante do exposto agi das seguintes formas: ↪ Processos já existentes: a lei nova não atinge, não poderá retroagir para situações jurídicas já consolidadas ↪ Processos ainda não iniciados: Serão inteiramente regidos pela lei nova ↪ Processos em cursos: A lei processual se adapta imediatamente a eles PRINCÍPIO DA INÉRCIA: A jurisdição somente poderá ser exercida caso seja provocada pela parte ou interessado (uma das partes tem que provocar o interesse) art 2 CPC . --- EXCEÇÕES art. 738 CPC Nos casos em que a lei considere jacente a herança, o juiz em cuja comarca tiver domicílio o falecido procederá imediatamente à arrecadação dos respectivos bens. PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO: Art 5 , inciso LV CF LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes; Garantia de participação, ampla defesa, meio adequado sob o contraditório (Ação, reação e participação) ↪ Ação: dar conhecimento da existência de uma ação ↪ Reação: reagir ao que for desfavorável a quem responde a ação, nessa vertente que identificamos a ampla defesa ↪ Participação: Apresentar provas, informações de formas claras, para a formação da convicção do magistrado ao longo do processo PRINCÍPIO DA IGUALDADE OU ISONOMIA PROCESSUAL: As partes devem ter tratamentos iguais, para ter as mesmas oportunidades dentro do processo, impõe tratamento desigual aos desiguais de modo que atinja a igualdade (ex.: justiça gratuita é favorável para o menos favorecido de dinheiro) CARACTERÍSTICA DA JURISDIÇÃO: Função do Estado, substitui os titulares dos interesses em conflitos para imparcialmente buscar solução, protegendo situações jurídicas mediante em processos por decisões, pela vontade da lei com finalidade justa a lide. ↪ Substitutividade: o juiz, ao decidir, substitui a vontade dos conflitantes pela dele, no caso com base na lei, proporcionando a pacificação social. A inércia se materializa no fato de que a movimentação inicial da jurisdição está condicionada à provocação do interessado. (não é jurisdicional) - (o estado substitui a vontade das partes) ↪ Existência de lide: Não é necessário que haja conflito (processo), ex.: inventário separação consensual (conflito de interesses) ↪ Inércia: a jurisdição age por provocação, sem a qual não ocorre o seu exercício. Está praticamente restrita à instauração do processo, porque depois de instaurado o processo deve seguir por impulso oficial. (Só é movimentada quando provocada) ↪ Definitividade: Coisa julgada, somente a atividade jurisdicional tem a capacidade de tornar-se indiscutível ↪ Imparcialidade: Juiz isento de vínculo com as parte, deve ter decisão imparcial, sem interesse no resultado do processo. ↪ Monopólio do Estado: Só o estado pode exercer a jurisdição, estado quem julga e diz quem pode julgar, não precisa ser um órgão estatal julgando, por esse motivo, a arbitragem é jurisdição, porque foi o Estado que disse quem julga ↪ Unidade da jurisdição: jurisdição é una, mas o poder pode ser dividido em pedaços, que recebem o nome de competências (aplicável de forma uniforme, em todo território) Pag. 1 RESUMO TEORIA GERAL DO PROCESSO LIMITES DA JURISDIÇÃO 1 – Princípio da efetividade: os países delimitam a jurisdição sobre processos que eles entendem que poderão, posteriormente, ser cumpridos. 2 – Princípio do interesse: os países delimitam a jurisdição sobre processos que entendem que é de interesse do Estado. 3 – Princípio da submissão: os países respeitam a decisão das partes na eleição da jurisdição internacional (contratos internacionais). Resumos Slides Direito Processual Exercício conjugal da jurisdição do estado. Corpo de normas que disciplinam as relações jurídicas na vida dos cidadãos. (Normas instrumentais) Direito Material - Regem e extinguem relações jurídicas, define o que e licito e ilicito nas sanções (Normas que ind o direito) Fontes do direito processual - pode indicar o poder de criar normas e formas de expressão jurídica. Maneira que o direito positivo se manifesta. Interpretação da Lei Processual - Juiz interpreta a lei de forma que prestigia os valores que são caros à vida social e a preservação do bem comum. ↳ Autêntica: Dada pelo próprio legislador que criou a norma e reconhece a dificuldade de sua compreensão. ↳ Jurisprudencial: Dada pelos Tribunais no julgamento de casos concretos. ↳ Doutrinária: Provém de estudiosos e comentaristas do direito ↳ Gramatical: texto normativo analisado do ponto de vista jurista ↳ Sistemático: Examina normas em conjunto e com princípios que regem o ramo do direito, dispositivo sem isolamento, mas inserido em um contexto. ↳ Teleológica: Penetra os objetivos e finalidades que pretende alcançar com intermédio da norma. ↳ Histórica: baseia-se nos antecedentes da norma. INTERPRETAÇÃO - Declarativa: faz coincidir o texto legal com a extensão da norma. Coincidência entre o legislador fala e o que pretende dizer. - Extensiva: O intérprete conclui que o texto diz menos do que o legislador pretendia. - Restritiva: Ocorre o contrário, o texto diz mais do que o verdadeiro alcance da norma. Lei processual nova e os processos em curso - Processos já extintos - a lei não se aplica - Processos ainda não iniciados - será aplicada - Processo em curso - se aplicará imediatamente Autotutela: uso da força própria, a decisão de dara pela imposição por uma das partes, prevalece a vontade mais forte. Autocomposição: às próprias partes por conta própria solucionam o conflito. De forma amigável e imparcial, sem a necessidade de terceiros. Uma parte ou ambas renunciam parte ou toda a pretensão através de transação, submissão ou renúncia ao direito Renúncia / Desistência: Abrir mão de uma pretensão Submissão: Abrir mão do direito de defender entregando ao credor o que ele pretende receber Transação: Acordo, quando há concessões recíprocas Jurisdição (heterocomposição): Medida em que o juiz (terceiro imparcial) resolve o conflito existente entre as partes Conciliação: Meio alternativo, em última análise fica a vontade dos próprios envolvidos no litígio para a solução Mediação: Forma alternativa, terceiro imparcial (juiz) estimulará os envolvidos a colocarem fim a um litígio existente ou potencial Arbitragem: Terceiro imparcial é chamado para dar solução à lide. As decisões do árbitro são obrigatórias, por força da lei, caso não cumpra o Estado executará. Institutos fundamentais do Direito Processual ↳ Jurisdição: Função do Estado realizar a prática da lei quando há conflito entre as partes ↳ Ação: Exercício provocado a tutela jurisdicionaldo Estado. ↳ Defesa: O Poder Judiciário possibilita que o réu oponha a ação movida contra ele. ↳ Processo: Método pelo qual se garante o acesso à ordem jurídica. Princípio da Igualdade ou Isonomia Processual: O princípio da isonomia consiste na igualdade das partes, mas não é somente isso, pois se deve observar que todos devem ser tratados de forma igual na medida de sua igualdade e de maneira desigual na medida de suas desigualdades, tratar desiguais de maneira igual não seria o uso correto do princípio, pois as pessoas são seres particulares e por isso tem suas particularidades que as fazem ser únicas. A isonomia formal consiste na regra geral em que todos são iguais perante a lei, o que é importante porque garante o acesso isonômico ao judiciário, mas não é somente esse lado que deve ser observado, pois há também a Isonomia material ou substancial onde se leva em consideração a situação econômica e social das partes, um exemplo prático seria a criação de defensorias públicas para que pessoas com menor potencial financeiro possam também fazer parte da demanda e lutar por seus direito em pé de igualdade. Princípio da imparcialidade do julgador: O Juiz deverá ser imparcial para garantir a justiça entre as partes, para que o processo se instaure validamente. Princípio do contraditório e de ampla defesa Ampla defesa: conjunto de meios adequados para o exercício do adequado contraditório correspondendo as substâncias do contraditório (igualdade de tratamento) Pag. 2 RESUMO TEORIA GERAL DO PROCESSO Contraditório: ação, reação e participação exigido os 3 para exercício democrático de um poder ↳ ação: dar conhecimento da existência da ação e tds atos processuais ↳ reação: as partes reagem os atos que forem desfavoráveis (ind ampla defesa) ↳ participação no direito de influir, influenciar na formação da convicção do magistrado ao longo do processo (apresente provas, fornecer informações claras). Princípio da motivação das decisões: Decisões motivadas pelo Juiz, possui a liberdade de decidir entretanto sempre fundamentar suas decisões a qual levará a decidir Princípio da Publicidade ↳ Proteger as partes contra juízos arbitrários e secretos; ↳ Permitir o controle da opinião pública sobre os serviços da justiça e da atividade jurisdicional. Princípio da razoável duração do processo “Toda pessoa tem direito a ser ouvida com as devidas garantias e dentro de um prazo razoável, por um juiz ou tribunal competente, independente e imparcial, estabelecido anteriormente por lei, na apuração de qualquer acusação penal formulada contra ela, ou para que se determinem seus direitos ou obrigações de natureza civil, trabalhista, fiscal, ou de qualquer outra natureza.” - Processo deve durar seu tempo suficiente e necessário para atingir suas finalidades. Trata-se da garantia à prolação da decisão judicial em prazo razoável, sem que haja dilações indevidas, em que são sopesadas as peculiaridades de cada caso: Princípio do impulso oficial Processo de inicia por impulso da parte, o prosseguimento e de competência ao juiz Princípio da persuasão racional Livre conhecimento do juiz, estando vinculado à prova e aos elementos existentes nos autos do processo, avaliando os critérios críticos e racionais. Princípio da economia processual A existência do ato processual da instrumentalidade das formas não se constitui em um fim em si mesmo, mas representa um instrumento utilizado para se atingir determinada finalidade, quando não causa prejuízo às partes, ainda que contenha vício. Princípio do grupo grau de jurisdição Possibilidade de revisão das causas julgadas pelo juiz de primeiro grau, por via de recurso ao segundo grau. Possibilidade da decisão de primeiro grau ser injusta ou errada, decorrendo a necessidade de sua reforma em grau de recurso. Sujeitos do Processo - Autor e Réu: Sujeitos parciais do processo - Juiz : sujeito imparcial - Órgão auxiliares da justiça: sujeitos atuantes no processo - Advogado: sujeito que realiza o processo Litisconsórcio Sujeitos em um polo de uma relação jurídica ↳ Litis ativo, passivo ou misto: refere-se aos pólos da relação processual ↪ Ativo: quando há mais de um autor ↪ Passivo: mais de um réu ↪Misto: quando ambos se manifestam ↳ Lits inicial ou ulterior: regra geral, formado no início do processo ou do incidente, após o início do procedimento chama-se ulterior. Intervenções de terceiros, de sucessão processual e de conexão ou continência. ↳ List simples ou unitário: nomeia-se de acordo com os efeitos produzidos pela sentença. ↪ Simples: quando o efeito da sentença atingir os lits de formas diferentes ↪ Unitário: quando o efeito da sentença atingir o lits de forma única ↳ Lits facultativo: Quando a formação do lits se dá por vontade das partes. Hipótese que o autor poderá propor ação isoladamente, mas opta por propô-la em conjunto com uma ou mais atores. OU hipótese que o ator poderia propor várias ações, cada uma contra um dos lits isoladamente. ↳ Lits necessário: formação do lits obrigatório, formação independente da vontade das partes. Intervenção de Terceiros Quem não é parte é terceiro, fenômeno processual que acontece quando um indivíduo participa sem ser parte da causa, com o intuito de auxiliar ou excluir os litigantes, para resguardar direitos, ou o próprio interesse que possa ser prejudicado pela sentença, ou quando é provocado. Jurisdição: função do estado, a qual busca imparcialmente a solução, reconhecendo, efetividade e protegendo situações jurídicas concretamente deduzidas, mediante um processo e por meio de decisão com aptidão para tornar-se indiscutível. Jurisdição é ao mesmo tempo ↪ Poder: manifestação da estatal ↪ Função: expressa o encargo do Estado em prover a paz social ↪ Atividade: Atos do Juiz no processo, exercendo o poder e cumprindo a função que lhe compete ↪ Dever: Mostrar obrigação estatal oferecer o acesso ao judiciário para a resolução dos conflitos. Pag. 3 RESUMO TEORIA GERAL DO PROCESSO Características Jurisdicional ↪ Substitutividade: Exercendo a jurisdição, Estado substitui com uma atividade as daqueles que são envolvidos no conflito (pelos juízes) ↪ Existência de lide: Para que o Estado interfira é necessário a existência do conflito, embora exista atividades jurisdicionais que não sejam necessárias sem conflito ex.: itinerário ↪ Inércia: Para que o juiz seja imparcial ele permanece inerte, aguardando ser provocado pelo interesse. ↪ Definitividade: Coisa julgada ↪ Imparcialidade: Lei proíbe que os juízes desempenhem suas funções em determinados processos (juízes devem ser isentos de interesses pessoais) Princípio da inércia: a jurisdição somente poderá ser exercida caso seja provocada pela parte ou pelo interessado. Princípio da investidura: a Jurisdição só será exercida por quem tenha sido regularmente investido na autoridade de juiz. Territorialidade: Regra de soberania nacional, segundo a qual os magistrados têm a sua autoridade restrita ao território nacional. Indelegabilidade: Os 3 poderes não podem delegar suas funções, assim como o juiz não pode delegar suas funções a outro órgão. Inafastabilidade: Judiciário não pode negar resolver litígio, não pode se eximir em decidir a alegação ou obscuridade do ordenamento jurídico - juiz tem que decidir casos previstos na lei. Limites Internacionais: Cada estado estabelece sua jurisdição , com limites dentro do território - respeitando o Estado Processo Civil: Jurisdição nacional exclusiva, causas julgadas somente pelo poder judiciário brasileiro Processo Penal: Rege pelo princípio da territorialidade, diante disso as pretensões punitivas devem ser de acordo somente com a norma penal pátria Processo trabalhista: norma da estrita territorialidade do direito material, tendo os mesmos limites da lei substancial. Espécie de Jurisdição ↪ Especial: Militar, eleitoral, trabalhista ↪ Comum: subsidiária, significa que cuidará do que não for justiça especial Classificação doslitígios ↪ Jurisdição contenciosa: existe um litígio, ou um conflito de interesses. A função do juiz é eliminar o conflito de interesses. ↪ Jurisdição voluntária: atividade estatal de integração e fiscalização em que se busca do Poder Judiciária a integração de vontade, para tornar apta a produzir determinada situação jurídica. Administração pública de interesse privado. Características ↪ Receptícias: limita a documentos, registrar ou comunicar manifestações de vontade ↪ Probatórios: limita-se a produção de provas ↪ Declaratórios: limitam-se a declarar a existência de uma situação jurídica ↪ Constitutivos: a criação, modificação ou extinção de uma situação jurídica depende da concordância da vontade do juiz, por meio de autorizações, homologações, etc. ↪ Executórios: o juiz é demandado a exercer uma atividade prática que modifica o mundo exterior ↪ Tutelares: a proteção de interesses de determinadas pessoas que encontram-se em situação de desamparo, como os incapazes, são confiados ao Poder Judiciário, que pode instaurar os procedimentos de ofício. Pag. 4
Compartilhar