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Cirurgia – Amanda Longo Louzada 1 MORTE ENCEFÁLICA AVALIAÇÃO INICIAL: ➔ Coma não perceptivo, ausência de reatividade supraespinhal e apneia persistente ➔ Presença de lesão encefálica de causa conhecida, irreversível e capaz de causar morte encefálica ➔ Ausência de fatores tratáveis que possam confundir o diagnóstico ➔ Tratamento e observação no hospital pelo período de no mínimo 6 horas (se a causa primária for encefalopatia hipóxico-isquêmica, a observação deve ser de 24 horas) ➔ Temperatura corporal (esofagiana, vesical ou retal) superior a 35ºC, com saturação acima de 94%, com MAS maior ou igual a 100 mmHg ou PAM maior ou igual a 65 mmHg para adultos DIAGNÓSTICO: EXAMES CLÍNICOS: ➔ São feitos 2 exames ➔ Para serem feitos o paciente precisa estar com coma não perceptivo, ausência de função e dos reflexos do tronco cerebral ➔ Precisa ser feita por médicos diferente e capacitados, que não sejam da equipe de captação de órgãos ➢ Pelo menos 1 dos médicos precisa ser neurologista, neurocirurgião, intensivista ou emergencista ➢ O outro médico precisa ter mais de 1 ano de experiência ou mais de 10 determinações ou curso de capacitação ➔ Intervalo Mínimo entre os dois exames clínicos: ➢ De 7 dias completos até 2 meses incompletos: 24 horas ➢ De 2 meses completos a 24 meses incompletos: 12 horas ➢ Acima de 2 anos: 1 hora TESTE DE APNEIA: ➔ Confirma a ausência de movimentos respiratórios ➔ Deve ser realizado uma única vez ➔ Comprovar a ausência de movimento respiratórios na presença de hipercapnia (PaCO2 > 55 mmHg) EXAME COMPLEMENTAR: ➔ Comprova a ausência de atividade encefálica ➔ Ausência de perfusão encefálica: angio-TC, angio-RM, cintilografia, doppler transcraniano ➔ Ausência de atividade elétrica encefálica: EEG ➔ Ausência de atividade metabólica encefálica: PET-TC e extração cerebral de O2 APÓS O DIAGNÓSTICO: ➔ Notificação obrigatória ➔ Notificar a equipe de captação e distribuição de órgãos, independente da escolha da família ➔ Óbito deve ser constatado no momento do diagnóstico de morte encefálica AVALIAÇÃO DO POTENCIAL DOADOR: ➔ Inexistência de contraindicações clínicas e laboratoriais como: ➢ Insuficiência Orgânica Comprometedora: insuficiência renal, cardíaca, hepática, pancreática ou medular ➢ Doenças Infeccotangiosas: HIV, Chagas e Hepatites ➢ Sepse ➢ Insuficiência múltipla de órgãos ➢ Doenças degenerativas crônicas e com transmissibilidade ➢ Neoplasias malignas (exceto se tumor restrito ao SNC, basocelular e cérvix uterino in-situ) CUIDADOS BÁSICOS COM O POTENCIAL DOADOR: ➔ Em caso de PCR, as manobras de reanimação devem ser tentadas ➔ Garanti de acessos vasculares ➔ Tratamento de hipotensão: com reposição volêmica, podendo ser usado drogas vasoativas ➔ Ventilação ➢ Deve manter um volume inspiratório de 10 ml\kg ➢ PEEP de 5 cm ➢ Fazer gasometria periódica ➔ Controle da Hipotermia: com uso de foco de luz, infusão e ventilação aquecidos, manta ➔ Correção de DHE ➔ Antibiótico Cirurgia – Amanda Longo Louzada 2 MORTE ENCEFÁLICA ➔ Proteção ocular com gaze umedecida
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