Buscar

Doença Calculosa Biliar

Prévia do material em texto

1 DOENÇA CALCULOSA BILIAR 
INTRODUÇÃO: 
➔ São cálculos de colesterol (coloração amarela), é o 
mais comum e são radiotransparentes 
➔ A doença é definida pela localização do cálculo 
COLELITÍASE: 
➔ Cálculo na vesícula biliar 
➔ Clínica: assintomático na maior parte dos casos 
➢ Dor: em cólica biliar (em 15 a 20% dos casos), 
que alivia em até 6 horas normalmente 
➔ Diagnóstico: USG é o exame padrão-ouro 
➢ Imagens hiperecoicas com sobra acústica 
 
➔ Tratamento: colecistectomia videolaparoscópica 
➢ Indicada para pacientes sintomáticos 
➢ Casos Assintomáticos se: 
• Cálculos > 3 cm ou > 2,5 
• Presença de pólipos 
• Vesícula em porcelana 
• Anemia hemolítica, por aumentar o risco de 
formação de cálculo preto 
COLECISTITE AGUDA: 
➔ Inflamação por um cálculo obstruindo a vesícula 
➔ Clínica: dor por mais de 6 – 18 horas 
➢ Febre 
➢ Leucocitose e aumento da PCR 
➢ Sinal de Murphy: interrupção súbita a inspiração 
profunda durante a compressão do ponto cístico 
➔ Diagnóstico: 
➢ USG, com cálculo impactado, parede espessada 
(> 3 mm) 
 
➢ Cintilografia biliar é o exame padrão-ouro 
➔ Tratamento: 
➢ Medidas gerais + antibioticoterapia 
➢ Colecistectomia videolaparoscópica precoce 
(ideal que seja feita em até 72 horas, mas pode 
ser feito até 7 dias) 
➢ Para os casos em que o paciente não tolera a 
cirurgia, pode ser feito a Colescitostomia 
percutânea 
➔ Tokyo Guideline (TG – 18) 
➢ Diagnóstico: clínica, laboratório e imagem 
• Suspeita: sinal local (Murphy) + sinal sistêmico 
(febre ou leucocitose) 
• Diagnóstico: suspeita + USG 
➔ Complicações: 
➢ Perfuração: 
• Fístula: a vesícula inflamada forma uma fístula 
com o TGI, fazendo com que o cálculo caia 
nesse sistema, e fique impactado íleo, 
formando um quadro de íleo biliar, gerando a 
tríade de Rigler (Obstrução do delgado, cálculo 
ectópico e pneumobilia) 
➢ Colecistite Enfisematosa: gás na parede da 
vesícula, devido a infecção pelo Clostridium 
• Quadro mais grave 
• Corresponde a 1% dos casos 
• Mais comum em pacientes idosos (> 60 anos) 
com DM 
• TC é o grande exame 
 
➔ Síndrome de Mirizzi: Compressão do ducto 
hepático comum por um cálculo impactado no 
infundíbulo ou no ducto cístico 
➢ Quadro raro, representando 1% dos casos de 
colecistite 
➢ Clínica: colecistite + icterícia 
➢ Classificação de CSENDES: 
• Tipo I: sem fístula 
• Tipo II: fístula acometendo 1/3 do ducto 
hepático comum 
• Tipo III: fístula acometendo 2/3 do ducto 
hepático comum 
• Tipo IV: acomete toda a circunferência 
➢ Diagnóstico: CPRE intraoperatória 
➢ Tratamento: cirurgia + drenagem + biliodigestiva 
COLEDOCOLITÍASE: 
➔ Presença de cálculo no colédoco 
 
2 DOENÇA CALCULOSA BILIAR 
➔ Tipos: 
➢ Primária: cálculo formado no colédoco, ocorre 
em 10% dos casos 
➢ Secundária: cálculo formado na vesícula, ocorre 
em 90% dos casos 
➔ Clínica: 
➢ Assintomático em 50% dos casos 
➢ Icterícia flutuante 
➢ Vesícula impalpável 
➔ Diagnóstico: 
➢ USG - 1º Passo: dilatação (> 5 mm) e cálculos 
➢ Confirmam o Diagnóstico: Colangio RM, USG 
EDA e CPRE (é diagnóstica e terapêutica) 
➔ Tratamento: sempre deve tratar 
➢ CPRE + Colecistectomia videolaparoscópica 
COLANGITE AGUDA: 
➔ Infecção Bacteriana das vias biliares 
➔ Fisiopatologia: obstrução + infecção 
➔ Causas: 
➢ Coledocolitíase em 60% dos casos 
➢ Tumores 
➢ Estenoses 
➔ Tipos: 
➢ Não Grave: tríade de charcot (febre com calafrio 
+ dor em hipocôndrio direito + icterícia) 
• Tratamento: antibiótico + drenagem eletiva das 
vias biliares 
➢ Grave – Tóxica aguda ou Supurativa: pêntade de 
Reynolds (Charcot + hipotensão + diminuição do 
sensório) 
• Tratamento: antibiótico + drenagem imediata 
das vias biliares

Continue navegando