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Projeto dos aparelhos de apoio

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Pontes
Aula 9: Projeto dos aparelhos de apoio
Apresentação
Nesta aula, aprenderemos a função dos Aparelhos de Apoio, que é receber as cargas provenientes do Tabuleiro e possuir a
capacidade de resistir aos movimentos longitudinais e rotacionais provenientes do próprio Tabuleiro.
Os movimentos longitudinais são resultado da retração ou expansão do material empregado e os movimentos rotacionais
ocorrem devido às de�exões provocadas pelas Ações Permanentes e pela carga móvel incidente no Tabuleiro.
Objetivos
Identi�car os Aparelhos de Apoio;
Reconhecer os movimentos longitudinais e rotacionais do Tabuleiro.
Aparelhos de Apoio
Segundo Stucchi (2006), para que a Mesoestrutura receba as cargas provenientes do Tabuleiro e possua a capacidade de
permitir os movimentos longitudinais e rotacionais do próprio Tabuleiro, são necessários os aparelhos de apoio.
Como já visto anteriormente, as Ações Permanentes são divididas em Diretas e Indiretas.
Diretas
As Ações Permanentes Diretas são
formadas pelo peso próprio dos
elementos estruturais e dos elementos
construtivos �xos e outras ações
permanentes sobre elas aplicadas.
Dentre estes destacam-se os elementos
estruturais, os elementos não
estruturais, o empuxo da terra e da água,
a força de protensão e as deformações
impostas.

Indiretas
Por outro lado, as Ações Permanentes
Indiretas são aquelas que ocorrem
devido a deformações impostas por
retração e/ou por in�uência dos
materiais utilizados, assim como
recalques e imperfeições geométricas.
 Vejamos, a seguir, as cargas móveis de�nidas pela NBR 7188 (1982), NBR 7188 (2003), NBR 7189 (1985).
 Clique no botão acima.
NBR 7188 (1982)
A Carga Móvel, de�nida pela NBR 7188 (1982), para Pontes Rodoviárias, apresenta 3 categorias de sistemas de cargas
representativas quanto aos valores característicos dos carregamentos provenientes do tráfego que deverão ser
suportados pela Ponte:
CLASSE 12 - Ponte onde o veículo mais pesado permitido para o tráfego não ultrapassa o peso total de 120kN, o
que corresponde a uma camionete;
CLASSE 30 - Ponte onde o veículo mais pesado permitido para o tráfego não ultrapasso o peso total de 300kN, o
que corresponde a um caminhão de transporte urbano;
CLASSE 45 - Ponte onde o veículo mais pesado permitido para o tráfego não ultrapassa o peso total de 450kN, o
que corresponde a um caminhão de transporte interurbano.
NBR 7188 (2003)
Ainda segundo a NBR 7188 (2003), para Passarelas há uma única Classe, onde a Carga Móvel é uniformemente
distribuída e equivale a 5 kN/m².
Geralmente, as rodovias recebem carregamento elevados devido ao tráfego de carretas, por este motivo, a mesma
NBR 7188 (1982) indica as características dos veículos que trafegarão pela Ponte, tendo como elementos básicos:
Distância entre eixos;
Distância entre rodas;
Comprimento e largura do veículo.
NBR 7189 (1985)
Quando tratadas as Pontes Ferroviárias, a NBR 7189 (1985) apresenta cargas estimadas para 4 classes diferentes:
TB-360 para ferrovias que suportam o transporte de minério de ferro ou outros carregamentos equivalentes,
possuindo carga concentrada de 360Kn e 120Kn/m;
TB-270 para ferrovias que suportam o transporte de carga geral, possuindo carga concentrada de 270Kn e
90Kn/m;
TB-240 para ser usado na veri�cação da estabilidade do projeto de reforço de obras existentes, possuindo carga
concentrada de 240Kn e 80Kn/m;
TB-170 para ferrovias onde há apenas o transporte de passageiros em regiões metropolitanas ou suburbanas,
possuindo carga concentrada de 170Kn e 25Kn/m.
Aparelhos de apoio
Os aparelhos de apoio são classi�cados quanto ao:
Material de que são construídos - podem ser confeccionados com concreto, borracha sintética e aço;
Grau de liberdade que possuem - podem ser classi�cados como �xos, quando permitem apenas a rotação e móveis
quando permitem a rotação e o deslocamento horizontal.
Vejamos, a seguir, exemplos de pontes quanto à articulação.
 Ponte São João
 Clique no botão acima.
A Ponte São João, construída na cidade do Porto em Portugal, possui uma ligação Monolítica que não permite
qualquer movimentação entre a sua Superestrutura (Tabuleiro) e a sua Mesoestrutura (Pilar). As Pontes que possuem
ligação monolítica têm como característica a ausência de qualquer folga ou separação entre seus pilares e tabuleiros,
como observado no ponto de conexão entre o Pilar e a Viga na Figura 1 a seguir.
A Ponte Tiradentes, na Cidade de Porto Alegre, no Rio grande do Sul, possui Articulação Fixa entre a sua Superestrutura
(Tabuleiro) e a sua Mesoestrutura (Pilar). Estas Pontes caracterizam-se por permitir o movimento para apenas um
sentido, como vista na conexão entre o pilar e o tabuleiro da Figura 2 a seguir.
 Figura 1 – Ponte São João. (Fonte: Wikipedia).
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Ao contrário dos aparelhos de apoio �xos, as Articulações Móveis Unidirecionais e as Articulações Móveis
Multidirecionais permitem movimentos para mais de um sentido.
 Figura 2 – Ponte Tiradentes (Fonte: Wikipedia).
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A Figura 3 a seguir apresenta lado a lado, na Cidade do Porto em Portugal, duas Pontes, onde na primeira há
Articulações Móveis e na Segunda, como já visto anteriormente, Articulações Monolíticas.
 Figura 3 – Articulação Móvel Multidirecional (Fonte: Wikipedia).
Juntas de dilatação
Assim como os aparelhos de apoio, as juntas de dilatação são elementos determinantes para o desempenho de obras de arte
especiais, como as Pontes e Viadutos.
As juntas de dilatação são aberturas que possuem a função de
permitir a movimentação da estrutura, o que reduz tensões
indesejáveis que acabam por ocasionar �ssuras.
São úteis também para promover a vedação contra a passagem de águas e materiais sólidos, que ajudam na deterioração de
elementos da estrutura. Os aparelhos de apoio, por outro lado, são elementos de vinculação que associam as peças estruturais
e permitem a movimentação por translação e rotação.
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 Figura 4 – Junta de Dilatação (Fonte: Wikipedia).
Em uma Ponte Rodoviária, a distância entre as juntas de dilatação não impede o tráfego dos veículos, pois a superfície das
rodas ultrapassa este espaço sem problemas, mas em Pontes Ferroviárias onde o posicionamento dos trilhos deve estas
disposto de maneira precisa e sem folgas excessivas, é necessário fazer uma �xação especial sobre a junta de dilatação, como
visto no esquema a seguir:
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 Figura 5 – Fixação Especial Sobre a Junta de Dilatação (Fonte: Wikipedia).
O que de�ne a opção pelo tipo utilizado, tanto para as juntas
de dilatação, como para os aparelhos de apoio, são as
características da estrutura, pois deve-se estabelecer os
deslocamentos e os esforços horizontais que serão
suportados pela estrutura.
- (NAKAMURA, 2013)
Segundo Nakamura (2013), o projeto das juntas de dilatação deve ter as seguintes informações:
Os materiais que devem ser empregados como selantes;
O Memorial descritivo;
As Plantas com detalhes especí�cos do projeto;
As Especi�cação e localização das juntas e dos selantes que serão utilizados;
A De�nição das dimensões das juntas, como largura, altura e seus detalhes geométricos;
A De�nição dos serviços que serão realizados;
A Planilha quantitativa dos serviços e dos materiais aplicados;
De�nição da técnica de aplicação dos selantes;
Prever a necessidade de adesivos;
Propor a utilização de eventuais proteções e acabamentos.
Juntas de dilatação Abertas e Fechadas
Existem juntas de dilatação Abertas e Fechadas, cujos projetos, instalação e manutenção são normatizados pelas NBR 6118
(2014), NBR 7187 (2003) e NBR 12624 (2004).
As Juntas de Dilatação Abertas podem ter suas faces
verticais em concreto armado sem proteção ou protegidas
com cantoneiras metálicas. Elas costumam possuir vida útil
menor, pois permitem a livre passagem de águas e detritos,
além de sofrer o impacto direto das rodas dos veículos.
- (NAKAMURA, 2013)
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 Figura 06 – Junta de Dilatação Aberta (Fonte: Wikipedia)As Juntas de Dilatação Fechadas podem ser classi�cadas como:
Clique nos botões para ver as informações.
Usadas apenas em pequenas movimentações com apenas 1cm;
Juntas de Asfalto 
Utilizam bloco contínuo e alveolar de Neoprene;
Juntas de Compressão 
Construídas com dois blocos de concreto de alta resistência e com Neoprene instalado entre per�s metálicos;
Juntas com Fitas de Neoprene 
Constituída por duas chapas de aço com “dentes” justapostos instalados sobre uma organização de encaixe macho-
fêmea.
Juntas Denteadas 
Vejamos um exemplo de juntas dentadas:
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 Figura 7 – Juntas Dentadas (Fonte: Wikipedia).
Elementos do conjunto estrutural
Vejamos a seguir, com mais detalhes, a composição de diferentes tipos de pontes.
Quanto ao conjunto estrutural formado pela conexão do Tabuleiro, Aparelhos de Apoio, Juntas de Dilatação e Pilares, os
esquemas a seguir apresentam a composição desses elementos. Quando a Ponte Grelha é apoiada por travessa e Pilares, os
componentes utilizados são os seguintes:
 Figura 8 – Elementos da Ponte Grelha com Travessa | Fonte: Ponte Projetada por Roberto Lucas Junior através do software Sketch Up (2017)
Quando a Ponte Grelha possui a travessa integrada à transversina, os elementos utilizados são os seguintes:
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 Figura 9 – Elementos da Ponte Grelha com Travessa integrada à Transversina | Fonte: Ponte Projetada por Roberto Lucas Junior através do software Sketch Up (2017)
No caso de Pontes Celulares, quanto são apoiadas por pilar com apoio duplo, ou seja, um único pilar retangular de concreto é
conectado aos dois apoios, os elementos utilizados são:
 Figura 10 –Elementos da Ponte Celular com Pilar com Apoio Duplo | Fonte: Ponte Projetada por Roberto Lucas Junior através do software Sketch Up (2017)
Quando a Ponte Celular é apoiada por pilares isolados, os elementos utilizados são:
 Figura 11 –Elementos da Ponte Celular com Pilares Isolados | Fonte: Ponte Projetada por Roberto Lucas Junior através do software Sketch Up (2017)
Quanto aos Encontros de Ponte, ou seja, os elementos que auxiliam na conexão da Ponte com a via, são apresentados os seus
componentes nos esquemas a seguir:
 Figura 12 – Elementos do Encontro de Ponte com Muro de Retorno | Fonte: Ponte Projetada por Roberto Lucas Junior através do software Sketch Up (2017)
O Encontro de Ponte pode ser construído também com Muro de Ala, como visto no esquema a seguir:
 Figura 13 – Elementos do Encontro de Ponte com Muro de Ala | Fonte: Ponte Projetada por Roberto Lucas Junior através do software Sketch Up (2017)
 Figura 14 – Detalhe dos Elementos do Encontro de Ponte com Muro de Ala | Fonte: Ponte Projetada por Roberto Lucas Junior através do software Sketch Up (2017)
As travessas das extremidades, ou seja, as travessas localizadas nas duas margens das Pontes, possuem a função de suportar
as cargas da Superestrutura e da Laje de aproximação, como visto a seguir:
 Figura 15 – Travessa da Extremidade | Fonte: Ponte Projetada por Roberto Lucas Junior através do software Sketch Up (2017)
 Figura 16 – Detalhe da Travessa da Extremidade | Fonte: Ponte Projetada por Roberto Lucas Junior através do software Sketch Up (2017)
Atividade
1. Acesse o Link que apresenta a Ponte do Infante, a Ponte D. Maria Pia e a Ponte São João. Apresente as diferenças entre as 3
Pontes, quanto ao seu uso.
2. Acesse o Link que apresenta a Ponte do Infante e a Ponte D. Maria Pia. Apresente as semelhanças entre as 2 Pontes, quanto
a sua geometria.
3. Acesse o Link que apresenta a Ponte D. Maria Pia e a Ponte São João. Apresente as diferenças entre as 2 Pontes, quanto aos
seus Aparelhos de Apoio.
4. Acesse o Link que apresenta o Viaduto Santiago Dantas. Ele é constituído por Ligação Monolítica ou Articulação Fixa?
Justi�que.
5. Entre a Junta de Dilatação Aberta e a Junta de Dilatação Denteada, qual a mais e�ciente? Justi�que e indique quais
informações devem ser reunidas para se elaborar o projeto desta Junta de Dilatação.
Notas
Referências
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6118: Dimensionamento de Estruturas de Concreto Armado. Rio de
Janeiro, 2003.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6123: Forças devidas ao vento em edi�cações. Rio de Janeiro, 2003.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7187: Projeto de pontes de concreto armado e de concreto
protendido. Rio de Janeiro, 2003.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7188: Carga móvel em ponte rodoviária e passarela de pedestre. Rio
de Janeiro, 1982.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7188: Carga móvel em ponte rodoviária e passarela de pedestre. Rio
de Janeiro, 2003.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR-7189: Cargas móveis para projeto estrutural de obras ferroviárias.
Rio de Janeiro, 1985.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR-12624: Per�l de Elastômero para Vedação de Junta de Dilatação de
Estruturas de Concreto ou Aço – Requisitos Rio de Janeiro 2004
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Estruturas de Concreto ou Aço Requisitos. Rio de Janeiro, 2004.
NAKAMURA, J. Transporte – Juntas e Aparelhos de Apoio. Infraestrutura Urbana – PINI, São Paulo, 2013.
STUCCHI, F. R. Pontes e Grandes Estruturas. Departamento de Estruturas e Fundações, Escola Politécnica, Universidade de
São Paulo, São Paulo, 2006.
Próxima aula
Infraestrutura;
Pilares e Tubulões;
Tipos de Fundações.
Explore mais
Assista aos vídeos a seguir e aprenda mais um pouco:
Porto - Portugal. As Seis Pontes.
Ponte Dona Maria Pia: Passado e Presente.
Porto – Cruzeiro. 6 Pontes.
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