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Processo Penal
Emendatio Libelli 
A Emendatio Libelli está prevista no art. 383 do CPP e trata-se da modificação da definição jurídica do fato. O juiz, de ofício, adéqua os fatos que foram narrados na peça acusatória à tipificação legal correta
Art. 383 CPP = O juiz, sem modificar a descrição do fato contida na denúncia ou queixa, poderá atribuir-lhe definição jurídica diversa, ainda que, em consequência, tenha de aplicar pena mais grave.
§1 - Se, em consequência de definição jurídica diversa, houver possibilidade de proposta de suspensão condicional do processo, o juiz procederá de acordo com o disposto na lei.
§2º - Tratando-se de infração da competência de outro juízo, a este serão encaminhados os autos.
Exemplo = Ao mover ação penal em face do sujeito X o MP descreve a conduta do suspeito como “tirar a vida da vítima através do uso de arma de fogo”, acusando-o de lesão corporal grave. A descrição do fato não combina com a imputação apresentada, visto que “matar alguém” enquadra-se no delito de homicídio.
Características
Na Emendatio Libelli, não há necessidade de ouvir a defesa, nem de realizar um aditamento legal. Isso não configura cerceamento de defesa porque o réu tem a oportunidade de contestar todas as imputações, o juiz apenas corrige a denominação do que foi apresentado.
A desnecessidade de oitiva de defesa está baseada no princípio da consubstanciação. Segundo o qual o réu se defende dos fatos narrados na acusação, não da capitulação legal em si. Assim, a defesa contesta tudo o que foi apontado como conduta do acusado, não o dispositivo de lei que incrimina determinado comportamento.
O instituto em estudo também se apoia na máxima de que o magistrado detém o conhecimento do direito, suficiente e adequado para relacionar os fatos narrados às normas jurídicas.
Havendo desclassificação do crime para outro de competência de juízo diverso, o magistrado deve remeter os autos.
Se, em decorrência da Emendatio Libelli couber proposta de suspensão condicional do processo, abre-se vista ao MP para oferecer a proposta.
Lei 9.099/95 
Art. 89 = Nos crimes em que a pena mínima cominada for igual ou inferior a um ano, abrangidas ou não por esta Lei, o Ministério Público, ao oferecer a denúncia, poderá propor a suspensão do processo, por dois a quatro anos, desde que o acusado não esteja sendo processado ou não tenha sido condenado por outro crime, presentes os demais requisitos que autorizam a suspensão condicional da pena (Art. 77 do CP).
Súmula 337 - STJ = É cabível a suspensão condicional do processo na desclassificação do crime e na procedência parcial da pretensão punitiva.
Momento Processual
Via de regra, a Emendatio Libelli deve ser realizada no momento de prolação da sentença. Excepcionalmente, permite-se no momento da denúncia ou queixa nas seguintes hipóteses:
1. Em benefício do réu;
2. Para permitir a correta fixação de competência e procedimento
Também admite-se a Emendatio Libelli no momento recursal, desde que não configure reformatio in pejus, ou seja, uma condenação pior para o réu.
Mutatio Libelli
Assim como a Emendatio Libelli, decorre do princípio da congruência. Trata-se da situação em que, após a instrução probatória, surgem novas provas nos autos a respeito de elementos ou circunstâncias da infração penal que não estavam contidos na denúncia/queixa. A Mutatio Libelli é o aditamento da peça acusatória pelo MP no prazo de 5 dias.
Importante notar que, diferentemente do instituto anterior, a Mutatio Libelli não ocorre de ofício, mas deve vir de iniciativa do MP. Diante da inércia do órgão público, o ofendido pode propor a Mutatio. Na ausência de aditamento, é necessário propor nova denúncia utilizando os elementos probatórios e novos fatos descobertos.
Dentro do tema, temos dois tipos de aditamento. O aditamento próprio é o acréscimo de determinados elementos que eram desconhecidos à petição inicial, podendo ser:
· Real/objetivo: acréscimo de fatos;
· Pessoal/subjetivo: acréscimo de pessoas.
Por outro lado, o aditamento impróprio é aquele que visa corrigir falhas na denúncia.
Procedimento
Frente ao surgimento de novas provas, o MP toma a iniciativa de realizar o aditamento em até 5 dias. Feito o aditamento, abre-se o prazo de 5 dias para a manifestação da defesa, que pode arrolar até 3 testemunhas.
Em seguida, o juiz recebe o aditamento e designa data e hora para a continuação da audiência, com inquirição de testemunhas, novo interrogatório do acusado, realização de debates e julgamento.
Interessante notar que o magistrado fica adstrito ao aditamento feito pela acusação, assim, ele não pode condenar com base na imputação originária, porque isso significaria ignorar os novos elementos de prova. Excetuam-se dessa regra as hipóteses de qualificadoras do crime e de desclassificação. 
O réu ao qual foi imputado crime consumado, pode ser condenado em sua modalidade tentada, mesmo que não tenha havido aditamento. Isso porque a tentativa não possui “autonomia”, ou seja, a vontade do agente na conduta é a mesma, mudando somente o resultado. Nas situações em que se pretende desclassificar o crime doloso para tentado, o MP precisa ter ao menos descrito a circunstância elementar da modalidade culposa na peça inicial (negligência, imprudência ou imperícia). 
Quanto à possibilidade de recurso, da decisão que aceita o aditamento não cabe recurso, mas é possível impetrar Habeas Corpus diante à liberdade de locomoção. Da decisão que rejeita o aditamento cabe RESE (ART. 581, I CPP).
Prescrição
O entendimento consolidado dos tribunais superiores indica que o recebimento da Mutatio Libelli é causa de interrupção da prescrição somente em relação ao novo fato apresentado. A mesma lógica é aplicada quando o aditamento insere novos réus na denúncia: a prescrição é interrompida em relação aos novos réus, somente.
Nas ações penais privadas, não se admite o aditamento. O interessado poderá solicitar aditamento somente diante dos crimes de ação penal privada subsidiária da pública, casos em que o MP se mantém inerte, possibilitando a queixa por parte do ofendido.
Art. 29 CPP = Será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal, cabendo ao MP aditar a queixa, repudiá-la e oferecer denúncia substitutiva, intervir em todos os termos do processo, fornecer elementos de prova, interpor recurso e, a todo tempo, no caso de negligência do querelante, retomar a ação como parte principal.
Isso se deve à aplicação do princípio da oportunidade nas ações exclusivamente privadas e personalíssimas, em que o sujeito que apresenta a queixa não é obrigado a sustentar a ação penal.
Caso seja possível a suspensão condicional do processo, deve-se abrir vista ao MP para que possa elaborar a proposta. O magistrado deve fazer menção expressa à Emendatio Libelli e à Mutatio Libelli.
A Mutatio Libelli não pode ser aplicada na fase recursal, pois configura supressão de instância, seria como apresentar a denúncia diretamente ao tribunal.
Prova em Espécie
A prova é o ato que busca comprovar a veracidade dos fatos que concorreram para a prática de um delito, no qual influenciará diretamente o julgador.
Em seguimento, as provas se dividem em espécies, podendo às vezes, uma ter maior valor que outra.
Art. 155 do CPP = O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos informativos colhidos na investigação, ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas.
Prova é a soma dos motivos geradores da certeza, atingindo aspectos objetivos, subjetivos e conceituais.
Meio de prova é diferente de objeto de prova.
Meio de prova é todo fato documentado ou alegação, que sirva direta ou indiretamente à descoberta da verdade.
Ou seja, é o instrumento que tem como objetivo levar ao processo um elemento ou informação, que o julgador irá usar para formação de sua convicção.
Os meios de provas são:
· Prova pericial
· Exame de corpo de delito· Documental
· Testemunhal
· Prova emprestada
Prova emprestada, consiste no “aproveitamento de atividade probatória anteriormente desenvolvida, mediante traslado dos elementos que a documentaram”.
obs! A prova emprestada está regulada pelo artigo 372 do Código de Processo Civil (CPC), o qual estabelece que 'o juiz poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo, atribuindo-lhe o valor que considerar adequado, observado o contraditório
Requisitos para prova emprestada
· Que no processo anterior tenha sido respeitado o princípio do contraditório;
· A prova no processo anterior tenha sido produzida pelo juiz natural;
· O réu tenha comparecido no outro processo.
Objeto da prova, se refere aos acontecimentos relevantes para o esclarecimento da causa, estando relacionado ao que é pertinente provar, ou seja, aos elementos que a lei não desobriga de provar.
O objeto da prova é a coisa, o fato, o acontecimento que deve ser conhecido pelo juiz, a fim de que possa emitir um juízo de valor.
É o thema probandum que serve de base à imputação penal feita pelo MP.
É a verdade dos fatos imputados ao réu com todas as suas circunstâncias.
Os fatos notórios, também conhecidos como “verdade sabida”, são de domínio de grande parte da população medianamente informada.
Das Provas em Espécie
Os meios de produção de provas previstos em lei (arts. 158 a 250 do CPP)
Perícia = o juiz se utiliza do exame pericial, que resulta no laudo pericial, sendo o documento elaborado pelos peritos, resultante do que foi examinado na perícia.
Exame de corpo e delito = São elementos materiais ou vestígios que indicam a existência de um crime.
O exame de corpo de delito é uma importante prova pericial, sua ausência em caso de crimes que deixam vestígios gera a nulidade do processo.
Prova documental = é o documento constituído especificamente para servir de prova para o ato ali representado.
Exemplo: tem-se uma certidão ou um documento apto a declarar um direito.
Interrogatório = quando se ouve o acusado sobre a imputação a ele dirigida; o interrogatório é considerado um meio de prova porque leva elemento de convicção ao julgador.
Testemunho = é qualquer pessoa que narra os fatos de que tenha conhecimento, acerca do objeto da causa.
Reconhecimento de pessoas e coisas = uma pessoa admite e indica como certa, a identidade de outra ou a qualidade de uma coisa.
Acareação = é quando se colocam frente a frente duas ou mais pessoas que fizeram declarações divergentes sobre o mesmo fato.
Confissão = no processo penal, pode ser conceituada como “a expressão designativa da aceitação, pelo autor da prática criminosa, da realidade da imputação que lhe é feita”.
Das Provas Ilícitas
A doutrina diferencia as provas ilícitas, provas proibidas e provas ilegítimas.
As provas proibidas são o gênero, as demais são as espécies.
Logo, as provas ilícitas são aquelas que se produzem com violação ao ordenamento jurídico, como a confissão mediante tortura.
Prova ilegítima é aquela que viola regra do direito processual no momento de sua produção em juízo.
Ex: interrogatório do acusado sem a presença do advogado, com violação do art. 185 do CPP.
A diferença entre prova ilícita e prova ilegítima:
A primeira foi alcançada com violação à lei, fora do processo.
A segunda foi com violação às regras de direito processual, dentro do processo em curso.
Prova ilegítima é desentranhada do processo sem ocorrer nulidade processual.
Prova ilícita além de desentranhada poderá ter efeitos penais, civis ou administrativos.
Prova ilícita por derivação = trata da prova lícita em si mesma, mas cuja produção derivou de prova ilícita.
Daí origina-se o princípio dos frutos da árvore envenenada. = quando uma prova lícita for obtida através de uma prova ilícita, aquela se contamina com a ilicitude desta.
Exceções de provas ilícitas por derivação:
1. Quando não houver nexo de causalidade entre a prova ilícita e a lícita;
2. Quando de outra maneira for possível obter a prova, independentemente da primeira fonte.
Prova Pessoal = é aquele que se obtém por meio de manifestação humana, onde é feita afirmação pessoal fazendo fé aos fatos afirmados.
EX: tem-se o interrogatório, testemunho e o depoimento.
Prova Real = aflora do próprio fato, ocorre quando se atesta a exteriorização de uma arma ou fotografia.
Ao contrário da prova pessoal, a prova real se alcança mediante a apreciação de elementos físicos.
Procedimento do Tribunal do Júri
Os processos de competência do tribunal do júri desenvolvem-se em duas fases (bifásico). 
A primeira fase (preliminar), também denominada de sumário da culpa (ou judicium accusationis), tem início com o recebimento da denúncia e encerra-se com a preclusão da decisão de pronúncia. Tal etapa traduz atividade processual voltada para a formação de juízo de admissibilidade da acusação.
A segunda fase (plenária), denominada juízo da causa (ou judicium causae), se inicia com a intimação das partes para indicação das provas que pretendem produzir em plenário e tem fim com o trânsito em julgado da decisão do tribunal do júri. Essa fase compreende uma etapa preparatória ao julgamento e o próprio julgamento do mérito da pretensão punitiva.
Recebida a denúncia ou a queixa, o juiz ordenará a citação do acusado para oferecer resposta escrita, no prazo de 10 dias (art. 406, caput, do CPP). Destarte, é exatamente a mesma coisa que o procedimento ordinário.
O prazo para o réu apresentar resposta será contado a partir da data do cumprimento do mandado ou, no caso de citação inválida ou por edital, a partir do comparecimento em juízo do acusado ou de defensor constituído (art. 406, §1º, do CPP).
Pode arrolar até 8 testemunhas (art. 406, §3º, do CPP), número igual ao que a acusação pode arrolar na denúncia (art. 406, §2º do CPP).
No procedimento ordinário, são 8 testemunhas e, no sumário, são 5. Primeira fase do procedimento do júri são 8 testemunhas, na segunda fase, serão somente 5 para cada parte.
Se, embora citado pessoalmente, o réu deixar de apresentar resposta escrita por intermédio de advogado, o juiz nomeará defensor para fazê-lo no prazo de 10 dias (art. 408 do CPP), já que é imprescindível que a conveniência da apresentação da peça seja avaliada por pessoa com habilitação técnica.
Tem-se a seguinte ordem:
1. Ofendido (se possível)
2. Testemunhas (acusação primeiro, depois defesa)
3. Perito, acareações, reconhecimento
4. Acusado
5. Debates
 Primeiro a acusação e, em seguida, a defesa terão 20 minutos cada uma, para apresentar alegações orais, permitida a prorrogação por 10 minutos do tempo destinado a cada parte. Nesse sentido, assim como no procedimento ordinário, se houver mais de um acusado, o tempo previsto para a acusação e defesa de cada um será individual.
1. Denúncia ou queixa;
2. Defesa em 10 dias;
3. Juiz ouve o MP sobre as preliminares e documentos em 5 dias;
4. Juiz determina a inquirição de testemunhas e realização das diligências em até 10 dias;
5. Audiência de instrução (produção de provas);
6. Decisão do juiz (Pronúncia, impronúncia, absolvição sumária).
Pronúncia (art. 413 do CPP)
É a decisão por meio da qual o juiz, convencido da existência material do fato criminoso e de haver indícios suficientes de que o acusado foi seu autor ou partícipe, admite que ele seja submetido a julgamento perante o Tribunal do Júri. 
É imprescindível que da pronúncia conste o dispositivo legal em que está incurso o acusado, bem como que se indiquem quais as qualificadoras e causas de aumento de pena existentes (art. 413, § 1º, do CPP). Também é requisito da pronúncia a indicação a respeito de tratar-se de crime tentado ou consumado, mas deve limitar-se a isso, não podendo o juiz discorrer de forma que influencie na convicção prematura do júri. Se o crime for afiançável, o juiz decidirá sobre o arbitramento de fiança para a concessão ou manutenção da liberdade provisória (art. 413, §2º, do CPP).
Intimação da pronúncia
1. O acusado será intimado, em regra, pessoalmente (art. 420, I CPP), mas, se estiver solto e nãofor localizado, será intimado por edital (art. 420, p.ú);
2. O defensor dativo será intimado pessoalmente (art. 420, I CPP);
3. O defensor constituído, o querelante e o assistente serão intimados pela imprensa;
4. O órgão do MP será sempre intimado pessoalmente.
Recurso
Contra a decisão de pronúncia é interponível recurso em sentido estrito (art. 581, IV do CPP). 
Portanto, no procedimento bifásico do Tribunal do Júri, só se procede ao julgamento em plenário após preclusa a decisão de pronúncia, ou seja, quando ela se torna imutável, não cabendo mais recursos.
Impronúncia (art. 414 do CPP)
Se o juiz não se convencer da existência do crime ou se, apesar de convencido, não considerar demonstrada a probabilidade de o acusado ser autor ou partícipe, deve proferir decisão de impronúncia. Trata-se de decisão de caráter terminativo, por meio da qual o juiz declara não existir justa causa para submeter o acusado a julgamento popular.
Como não se trata de decisão sobre o mérito da pretensão punitiva, a impronúncia não faz coisa julgada material, mas apenas formal. Assim, uma vez prolatada a decisão de impronúncia, poderá ser formulada nova denúncia ou queixa se houver prova nova (art. 414, parágrafo único, do CPP), desde que não se tenha operado causa extintiva da punibilidade (prescrição, morte do réu etc.).
Absolvição Sumária (art. 415 CPP)
É a sentença definitiva por meio da qual a pretensão punitiva é julgada improcedente. Trata-se, portanto, ao contrário do que ocorre com a impronúncia, de decisão de mérito, que terá lugar quando o juiz entender:
1. Provada a inexistência do fato;
2. Provado não ser o acusado autor ou partícipe do fato;
3. Que o fato não constitui infração penal;
4. Demonstrada causa de exclusão do crime ou de isenção de pena, com exceção da inimputabilidade, salvo se esta for a única tese defensiva.
Desclassificação (art. 419 do CPP)
A desclassificação ocorre quando o juiz entende, a partir do convencimento formado em face das provas colhidas nos autos, que se trata de um outro crime, desta feita, a escapar à competência do tribunal do júri. A desclassificação tanto pode se dar para crime menos grave (de tentativa de homicídio para lesão corporal de natureza grave, p. ex.) como para delito mais grave (de homicídio para latrocínio).
Nesse passo, importante mencionar que da decisão de impronúncia ou absolvição sumária caberá recurso de apelação do Ministério Público (art. 416 do CPP). Destarte, em via oposta, caso o juiz profira sentença de pronúncia, o réu poderá interpor recurso em sentido estrito.
Se, na fase da pronúncia, o juiz constatar a existência de indícios de autoria ou participação de pessoa não incluída na denúncia, remeterá os autos ao Ministério Público para que, em 15 dias, proceda ao aditamento ou, se não for possível a unidade de processamento e de julgamento, para que adote as providências para dedução da pretensão punitiva em ação autônoma (art. 417 do CPP).

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