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Sociologia-1

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VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO ANUAL DE SOCIOLOGIA 
Prof. Márcio Michiles 
INTRODUÇÃO A SOCIOLOGIA – COMTE / DURKHEIM 
 
INTRODUÇÃO - O OLHAR SOCIOLÓGICO 
Entender, o eu, é algo que o Ser Humano, já busca há milênios, 
no entanto, explicar o mundo e em especial a ação do homem em 
coletividade dentro do Mundo, é algo verdadeiramente novo e 
desafiar para o homem. É bem verdade que muitos já se 
perguntaram os motivos pelos quais tantas incoerências ocorrem 
ao longo de um dia, crimes, suicídios, traições, mentiras, dentre 
outros, como pode ser isso ainda uma ação humana, se ao longo 
dos milênios o homem vem se conhecendo mais e, por 
conseguinte conhecendo o outro, pois as necessidades humanas 
são basicamente as mesmas. Outrossim, o homem não capta o 
seu meio social da mesma forma que o outro, assim como “O 
homem não toma banho no mesmo rio”, a sociedade muda 
radicalmente o rio e o homem, a noção de rio e homem, pode ser 
modificada de acordo com o conjunto social que cada indivíduo 
faz parte. 
Vejamos, quando para o povo brasileiro quando se fala em rio, as 
ligações podem ser, maior rio do mundo, “Amazonas”, falta de 
água, rios secos no nordeste ou mesmo uma visão fora do país, o 
Rio Nilo e sua forte contribuição na formação do Egito. Entretanto 
se for falado em rio na Índia, a ligação seria Ganges, uma Deusa 
com águas sagradas. Então as simples águas que servem 
logicamente para o consumo humano têm significados diferentes 
para as sociedades e logicamente para o seu povo. 
Desta forma a vida em sociedade é composta de vários 
elementos que impulsionam o homem a ser o que 
verdadeiramente ele é. Dois seres humanos criados dentro das 
mesmas condições tem a plena possibilidade de serem racionais 
e radicalmente diferentes, em seus gostos e ações sociais, o 
exemplo mais lógico são irmãos que tem gostos diferentes. 
 
Iguais, só que diferentes 
Cientistas tentam explicar as variações de personalidade 
entre gêmeos idênticos 
 
NOTÍCIAS - 13-05-2013 SAÚDE 
Não sei se você tem na família ou na turma da escola um par de 
gêmeos idênticos. É impressionante como, na aparência, eles 
podem ser iguaizinhos: mesmos olhos, mesmo nariz, mesma 
boca… Por outro lado, muitas vezes, um dos irmãos é mais tímido 
e o outro, mais extrovertido. Ou um é mais calmo e o outro, mais 
brigão. Curioso, não é? Pois um grupo de cientistas alemães está 
tentando descobrir por que isso acontece. 
 
A diferença de personalidade entre gêmeos idênticos pode ser 
explicada pela plasticidade cerebral, ou seja, pela capacidade de 
o cérebro se adaptar a novas funções (Foto: Hermo Sakk / 
Sxc.hu) 
Gêmeos idênticos dividem o mesmo genoma, ou seja, o mesmo 
conjunto de informações presentes no DNA – molécula que fica 
dentro de nossas células e ajuda a determinar nossas 
características, como a cor do cabelo, a altura etc. Além disso, na 
maioria das vezes, são criados juntos, na mesma casa e pelos 
mesmos pais. Por que, então, eles se tornam tão diferentes? 
Os cientistas decidiram testar isso em camundongos. No 
experimento, usaram 40 camundongos geneticamente idênticos e 
criados em ambientes iguais. Ainda assim, perceberam que cada 
um desenvolve características próprias. A explicação estaria na 
plasticidade cerebral, ou seja, na capacidade de o cérebro se 
adaptar a novas funções. 
 
A imagem representa um corte do cérebro visto de cima. Em 
vermelho, está o hipocampo, onde novos neurônios se formam 
durante a fase adulta (Ilustração: Washington Irving / Wikimedia 
Commons) 
 
Mesmo em gêmeos idênticos, cada indivíduo tem um cérebro 
único. Segundo os especialistas, isso acontece porque o cérebro 
não nasce pronto – continua se formando ao longo da vida, de 
acordo com as experiências que cada um vive. A pesquisa 
monitorou o cérebro dos camundongos durante três meses e 
observou o surgimento de novos neurônios em uma região 
chamada hipocampo. 
Todos os comportamentos dos camundongos foram gravados e 
analisados pelos pesquisadores. “Apesar de crescerem em um 
mesmo ambiente, as possibilidades de explorá-lo eram tantas que 
http://chc.cienciahoje.uol.com.br/categoria/novidades/noticias/
http://chc.cienciahoje.uol.com.br/categoria/novidades/noticias/
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CURSO ANUAL DE SOCIOLOGIA – (Prof. Márcio Michiles) 
 cada um teve experiências únicas”, conta o médico Gerd 
Kempermann. Os animais que exploraram mais o território, por 
exemplo, tinham mais neurônios ao fim do experimento. 
Isso dá pistas sobre como, além de nosso material genético, 
nossos hábitos e experiências também ajudam a formar o 
cérebro. “Nossa descoberta trata do mistério e da controvérsia de 
como ambientes diferentes ou os modos como vivemos nossas 
vidas nos transformam em quem somos”, conclui Gerd. 
Fonte: http://chc.cienciahoje.uol.com.br/iguais-so-que-diferentes/ - acesso: 
14/12/2013 
 
Pode-se perceber pelo texto que “nossos hábitos e experiências 
também ajudam a formar o cérebro. “Nossa descoberta trata do 
mistério e da controvérsia de como ambientes diferentes ou os 
modos como vivemos nossas vidas nos transformam em quem 
somos””. Logo o homem age em enormemente em função das 
experiências compostas dentro do grupo social que ele vive. 
Como entender isso? 
Se não adianta simplesmente saber as necessidades humanas e 
nem quem ou o que o homem quer, como controlar os desejos 
dos homens e obter com isso o poder de controle social? Não 
vamos esquecer que o poder e a própria existência dependem 
disso para continuar a perpetuar a espécie humana. 
Filósofos ao logo do século XIX, travaram uma verdadeira luta 
para colocar em prática estudos sobre o entendimento social, 
nascia assim a sociologia, o estudo da sociedade. 
Todos os mecanismos, ou como alguns sociólogos colocam 
“aparelhos ideológicos” existentes em um conjunto social pode 
atenuar ou ampliar a ação humana, dependendo das ligações que 
o mesmo tiver com este aparelho ideológico. 
 
O Homem em seu conjunto social tem inúmeras ligações, infinitas 
possibilidades são formadas em sua mente, da decodificação 
para a ação do individuo, milhares de caminhos podem ser 
tomados, uma única ligação poderá modificar todo o destino da 
ação do indivíduo. 
Com base nisso é que os sociólogos do fim do século XIX, 
passaram a normatizar os conjuntos sociais, suas práticas e 
formações, criando correntes de analises do comportamento 
social. 
O estudo das correntes esta atrelado aos fatos sociais, de acordo 
com o fato social existem várias formas diferentes de se 
interpretar, logo inúmeros fatos serão trazidos a luz do 
conhecimento e os mecanismos apresentados e identificados no 
contexto social. 
 
O POSITIVISMO 
O primeiro a fazer esta analise dentro desta concepção foi 
Augusto Comte, filósofo francês, considerado por muitos o 
fundador da sociologia e do positivismo. Comte defendia a ideia 
de que para uma sociedade funcionar corretamente, precisa estar 
organizada e só assim alcançará o progresso, que para ele seria 
o ideal para a vida humana. A visão positiva dos fatos abandona a 
consideração das causas dos fenômenos (Deus ou natureza) e 
pesquisa suas leis, vistas como relações abstratas e constantes 
entre fenômenos observáveis. A visão positivista devido a este 
afastamento tanto da teologia como da metafísica, sofreu muito 
com a falta de apoio da sociedade, visto o período do seu 
surgimento e especialmente o poder das Igrejas Cristãs no mundo 
Ocidental. 
 
Para Auguste Comte, o Positivismo era uma doutrina 
de característica sociológica, filosófica e política que surgiu como 
desenvolvimento sociológico do Iluminismo, das crises sociais e 
morais do fim da Idade Média e do surgimento da sociedade da 
indústria, que foi marcado com a Revolução Francesa. O 
Positivismo de Comte consistia na observação dosfenômenos, se 
opondo ao racionalismo e idealismo, através da promoção do 
primado da experiência sensível. A doutrina negava à ciência 
qualquer possibilidade de investigação das causas dos 
fenômenos naturais e sociais, pois considerava esse tipo de 
pesquisa inacessível e sem utilidade, era mais válido se voltar 
para o estudo e descoberta das leis. Comte definiu a palavra 
“positivo” na sua obra “Apelo Aos Conservadores” de 1855 com 
sete significados: real, certo, útil, relativo, preciso, simpático e 
orgânico. Pode-se dizer que a ideia-chave do Positivismo de 
Comte era a Lei dos Três Estados, que afirmava que o homem 
passou e passa por três estágios em suas concepções, sendo 
eles: 
Na passagem do século, como já comentado o pensamento 
positivista não tinha muitos adeptos, no entanto com a 
proclamação da República no Brasil e consequentemente o uso 
de uma expressão positivista em sua bandeira, “Ordem e 
Progresso”, proposta por líderes do processo como Benjamim 
Constant e Raimundo Teixeira Mendes (Filósofo e idealizador da 
Bandeira brasileira), o ideal positivista ganhou espaço no Brasil e 
já em 1933, um dos maiores poetas da música brasileira, o Poeta 
da Vila ou Filósofo do Samba, Noel Rosa, compôs “Positivismo”, 
provando a todos que o debate intelectual era feito também na 
musicalidade. 
 
Estado teologico 
Afirmava que o homem explicava a realidade por meio de 
entidades sobrenaturais buscando responder questões como “de 
onde viemos?” e “para onde vamos?”. Fora isso, buscava-se o 
absoluto. É o estágio que a imaginação se sobrepunha à razão. 
 
Estado metafisico 
Pode ser considerado como um meio-termo entra a teologia e a 
positividade. Continua-se a procura de respostas para as mesmas 
questões do Teológico, sempre buscando o absoluto através da 
busca da razão e do destino das coisas. 
 
Estado positivo 
Última e definitiva etapa. Não já se buscava mais o porquê das 
coisas, porém o como as coisas aconteciam. A imaginação vira 
subordinada à observação e busca-se somente o visível e 
concreto. 
 
 
http://chc.cienciahoje.uol.com.br/iguais-so-que-diferentes/
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CURSO ANUAL DE SOCIOLOGIA – (Prof. Márcio Michiles) 
 
Émile Durkheim (1858-1917) foi o fundador da escola francesa 
de Sociologia, ao combinar a pesquisa empírica com a teoria 
sociológica. Ainda sob influência positivista, lutou para fazer das 
Ciências Sociais uma disciplina rigorosamente científica. 
Durkheim entendia que a sociedade era um organismo que 
funcionava como um corpo, onde cada órgão tem uma função e 
depende dos outros para sobreviver. Ao seu olhar, o que importa 
é o indivíduo se sentir parte do todo, pois caso contrário ocorrerá 
anomalias sociais, deteriorando o tecido social. 
A diferença entre Comte e Durkheim é que o primeiro crê que se 
tudo estiver em ordem, isto é, organizado, a sociedade viverá 
bem, enquanto Durkheim entende que não se pode receitar os 
mesmos “remédios” que serviu a uma sociedade para resolver os 
“males” sociais de outras sociedades. 
Para Durkheim, a Sociologia deve estudar os fatos sociais, os 
quais possuem três características: 1) coerção social; 2) 
exterioridade; 3) poder de generalização. Os fatos sociais 
apresentam vida própria, sendo exteriores aos indivíduos e 
introjetados neles a ponto de virarem hábitos. 
Pela sua perspectiva, o cientista social deve estudar a sociedade 
a partir de um distanciamento dela, sendo neutro, não se 
deixando influenciar por seus próprios preconceitos, valores, 
sentimentos etc. 
A diferença básica entre Marx, Comte e Durkheim consiste 
basicamente em que os dois últimos entendem a sociedade como 
um organismo funcionando, suas partes se completando. Por 
outro lado, Marx afirma que a ordem constituída só é possível 
porque a classe dos trabalhadores é dominada pela classe dos 
capitalistas e propõe que a classe proletária (trabalhadores) deve 
se organizar, unir-se e inverter a ordem, ou seja, passar de 
dominada a dominante, e assim superar a exploração e as 
desigualdades sociais. 
 
 
 
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CURSO ANUAL DE SOCIOLOGIA – (Prof. Márcio Michiles) 
 
EXERCÍCIOS DE APRENDIZAGEM 
 
Questão 01 
O sociólogo francês Émile Durkheim (1858-1917), em sua obra As 
Regras do Método Sociológico, ocupou-se em estabelecer o 
objeto de estudo da sociologia. Entre as constatações de 
Durkheim, está a de que o fato social não pode ser definido pela 
sua generalidade no interior de uma sociedade. Nessa obra, 
Durkheim elabora um tratamento científico dos fatos sociais e cria 
uma base para a sociologia no interior de um conjunto coeso de 
disciplinas sociais, visando fornecer uma base racional e 
sistemática da sociedade civil. 
 
Sobre o significado do fato social para Durkheim, é correto afirmar 
que 
a) os fenômenos sociais, embora obviamente inexistentes sem os 
seres humanos, residem nos seres humanos como indivíduos, ou 
seja, os fatos sociais são os estados mentais ou emoções dos 
indivíduos. 
b) os fatos sociais, parecem, aos indivíduos, uma realidade que 
pode ser evitada, de maneira que se apresenta dependente de 
sua vontade. Nesse sentido, desobedecer a uma norma social 
não conduz o indivíduo a sanções punitivas. 
c) a proposição fundamental do método de Durkheim é a de que 
os fatos sociais devem ser tratados como coisas, ou seja, como 
objeto do conhecimento que a inteligência não penetra de forma 
natural, mas através da observação e da experimentação. 
d) Durkheim considera os fatos sociais como coisas materiais. 
Pode-se afirmar, portanto, que todo objeto de ciência é uma coisa 
material e deve ser abordado a partir do princípio de que o seu 
estudo deve ser abordado sem ignorar completamente o que são. 
e) os fatos sociais são semelhantes aos fatos psíquicos, pois 
apresentam um substrato semelhante e evoluem no mesmo meio, 
de maneira que dependem das mesmas condições. 
 
Questão 02 
 
 
Na tirinha acima, quase todas as pessoas possuem um 
comportamento similar. Nesse caso específico, pode-se dizer que 
o consumo se tornou, segundo a abordagem durkheimiana: 
 
a) Um fato social. 
b) Uma anomia social. 
c) Um erro social. 
d) Uma morte social. 
e) Uma modalidade social. 
 
Questão 03 
A cidade desempenha papel fundamental no pensamento de 
Émile Durkheim, tanto por exprimir o desenvolvimento das formas 
de integração quanto por intensificar a divisão do trabalho social a 
ela ligada. 
 
Com base nos conhecimentos acerca da divisão de trabalho 
social nesse autor, assinale a alternativa correta. 
 
a) A crescente divisão do trabalho com o intercâmbio livre de 
funções no espaço urbano torna obsoleta a presença de 
instituições. 
b) A solidariedade orgânica é compatível com a sociedade de 
classes, pois a vida social necessita de trabalhos diferenciados. 
c) Ao criar seres indiferenciados socialmente, o “homem massa”, 
as cidades recriam a solidariedade mecânica em detrimento da 
solidariedade orgânica. 
d) O efeito principal da divisão do trabalho é o aumento da 
desintegração social em razão de trabalhos parcelares e 
independentes. 
e) O equilíbrio e a coesão social produzidos pela crescente 
divisão do trabalho decorrem das vontades e das consciências 
individuais. 
 
Questão 04 
 Durkheim caracteriza o suicídio – até então considerado objeto 
de estudo da epidemiologia, da psicologia e da psiquiatria – como 
fato social e, por isso, dotado das características da 
coercitividade, da exterioridade, da generalidade. É tomado, pois, 
como objeto de estudo sociológico, em virtude do fato de 
 
a) variar na razão inversa ao grau de integração dos grupos 
sociais de que faz parte o indivíduo, ou seja, quanto maior o grau 
de integração ao grupo social, mais elevada é a taxade 
mortalidade-suicídio da sociedade. 
b) ser possível observar uma certa predisposição social para 
fornecer determinado número de suicidas, ou seja, uma tendência 
constante, marcada pela permanência, a despeito de variações 
circunstanciais. 
c) configurar-se como uma morte que resulta direta ou 
indiretamente, consciente ou inconscientemente de um ato 
executado pela própria vítima. 
d) depender, exclusivamente, do temperamento do suicida, de 
seu caráter, de seu histórico familiar, de sua biografia, uma vez 
que não deixa de ser um ato do próprio indivíduo. 
 
 
 
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