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DOI: 10.55905/cuadv16n2-ed.esp.058 Recebimento dos originais: 20/11/2023 Aceitação para publicação: 23/12/2023 1 CUADERNOS DE EDUCACIÓN Y DESARROLLO, v.16, n.2, p. 01-11, 2024 O impacto da Síndrome de Turner no crescimento e desenvolvimento em vida escolar The impact of Turner Syndrome on growth and development in school life Maria Clara Batista Andrade Instituição: Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais - campus Betim E-mail: maria.andrade.922177@sga.pucminas.br Marcella Coelho Brandão Santos Instituição: Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais - campus Betim E-mail: marcella.brandao@sga.pucminas.br Guilherme Dias Coelho Silva Instituição: Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais - campus Betim E-mail: guilherme.dias.coelho7@gmail.com Hugo Gomes Araújo Instituição: Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais - campus Betim E-mail: hgaraujo@sga.pucminas.br Thaís Gasbarro Araújo Instituição: Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais - campus Betim E-mail: thais.araujo.1269529@sga.pucminas.br Isabela Cordeiro Araújo Instituição: Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais - campus Betim E-mail: cordeiroisabela2671@gmail.com Ana Carolina Bueno e Silva Instituição: Universidade Federal de Minas Gerais E-mail: acbuenos@yahoo.com.br RESUMO Introdução: A Síndrome de Turner é uma alteração genética que se caracteriza pela presença de apenas um cromossomo X e a substituição parcial ou total do segundo cromossomo sexual em indivíduos femininos, esta síndrome pode trazer várias adversidades, que serão tratadas neste artigo. Objetivos: Este artigo busca analisar a genética e fisiologia da Síndrome de Turner, desenvolvimento e crescimento das pessoas com a doença e e o impacto psicológico na vida delas, principalmente no âmbito escolar. Metodologia: Trata- se de uma revisão narrativa de literatura, de cunho descritivo-exploratório, com artigos e teses em inglês e português retirados das bases de dados PUBMED, Scielo e Portal Periódicos CAPES. Discussão: Na Síndrome de Turner, devido a ausência de hormônios importantes para um desenvolvimento sexual esperado, 2 CUADERNOS DE EDUCACIÓN Y DESARROLLO, Portugal, v.16, n.2, p. 01-11, 2024 frequentemente, há atraso da puberdade. Assim, as características sexuais secundárias, como o desenvolvimento das mamas, são diminuídas. É importante reiterar que em idade escolar, a baixa estatura pode representar um importante desafio emocional, impactando na autoestima e na saúde mental da criança. Durante a fase escolar, é quando essas complicações psicológicas se agravam, pois os jovens precisam realizar mais interações sociais Considerações finais: Em conclusão, é preciso dar ênfase na promoção da educação inclusiva, garantindo atendimento adequado e equitativo aos alunos com deficiência. Palavras-chave: Síndrome de Turner, impacto, vida escolar. ABSTRACT Introduction: Turner Syndrome is a genetic alteration that is characterized by the presence of only one X chromosome and the partial or total replacement of the second sex chromosome in female individuals, this syndrome can bring several adversities, which will be treated in this article. Objectives: This article seeks to analyze the genetics and physiology of Turner Syndrome, development and growth of people with the syndrome and the psychological impact on their lives, especially in the school environment. Methodology: This is a systematic literature review, descriptive-exploratory, with articles and teses taken from the databases PUBMED, Scielo and Portal Periódicos CAPES. Discussion: In Turner Syndrome, due to the absence of important hormones for expected sexual development, puberty is often delayed. Thus, secondary sexual characteristics, such as breast development, are diminished. It is important to reiterate that at school age, short stature can represent an important emotional challenge, impacting on the child's self-esteem and mental health. During the school phase, it is when these psychological complications are aggravated, as young people need to perform more social interactions. Final considerations: In conclusion, it is necessary to emphasize the promotion of inclusive education, ensuring adequate and equitable care for students with disabilities. Keywords: Turner Syndrome, impact, school life. 1 INTRODUÇÃO A Síndrome de Turner é uma alteração genética que se caracteriza pela presença de apenas um cromossomo X e a substituição parcial ou total do segundo cromossomo sexual em indivíduos fenotipicamente femininos. Essas pessoas são geralmente baixas, apresentam distúrbios do crescimento e desenvolvimento ovariano, chamado disgenesia gonadal, e outras anomalias associadas (GUEDES et al., 2018). 3 CUADERNOS DE EDUCACIÓN Y DESARROLLO, Portugal, v.16, n.2, p. 01-11, 2024 Na maioria dos casos, a Síndrome é descoberta por observação da família da criança, que percebem um crescimento tardio, considerando as crianças da mesma idade e, ainda, o não desenvolvimento na puberdade. Dessa forma, as famílias procuram um atendimento médico, o qual solicita exames, principalmente o cariótipo, e o resultado vem logo em seguida com o diagnóstico. O resultado leva as famílias a se desesperarem sem saber o que fazer e ansiosos sobre o futuro da criança na escola, se ela terá ou não o apoio que precisa durante seu crescimento e desenvolvimento (GUEDES et al., 2018). Dessa forma, uma criança portadora de Síndrome de Turner tem direito à educação especial, porque tem dificuldade em seguir um currículo regular e, assim, exige um acompanhamento especial de profissionais pedagogos especializados. Agora sabe-se que a maioria das meninas portadores de Síndrome de Turner, ao contrário da crença popular, têm inteligência normal. No entanto, elas confessam dificuldades especiais de aprendizagem, destacando entre elas as dificuldades de memória visual, atenção e raciocínio matemático, como resultado de problemas de percepção espacial e temporal e coordenação mão-olho, mas que não afetam pacientes com ST na idade adulta (DIOGO et al., 2015). Nesse sentido, os especialistas em educação consideram necessário atualizar e buscar constantemente novas perspectivas que os ajudem a entender as reais necessidades de seus alunos para que eles possam se adaptar o mais confiante e resiliente possível e, tentar levar a um alto nível sucesso àqueles cuja aprendizagem lhes é confiada. Com essa filosofia em mente, o objetivo da educação inclusiva é que todas as crianças tenham direito à educação em grandes escolas interessadas em se adaptar para dar-lhes a melhor resposta possível. São necessárias mudanças na prática pedagógica da escola, desenvolver uma pedagogia que atenda às necessidades das crianças, incluindo aqueles com deficiência (DIOGO et al., 2015). Então, será que as escolas de hoje são verdadeiramente inclusivas? Em comparação ao que era antes, pode-se dizer que as escolas têm se tornado cada vez mais inclusivas para as crianças portadores de Síndrome de Turner e 4 CUADERNOS DE EDUCACIÓN Y DESARROLLO, Portugal, v.16, n.2, p. 01-11, 2024 qualquer outra síndrome. Assim, a literatura se mostrou escassa, porém clara, na pouca quantidade de escolas que seguem essa política, infelizmente. Ainda é preciso mais dessa inclusão para que crianças com necessidades especiais possam ter uma educação como qualquer outra (FIOR et al., 2020). 2 METODOLOGIA Esse estudo, trata-se de um estudo bibliográfico, do tipo, revisão narrativa da literatura, de cunho descritivo-exploratório, cuja finalidade foi reunir informações de diferentes estudos de maneira objetiva, completa e imparcial sobre a temática. Para a presente pesquisa, primeiramente, houve a identificação dos últimos dados disponíveis relacionados a Síndrome de Turner. Esteartigo foi desenvolvido com objetivo de evidenciar o impacto da síndrome de turner no crescimento e desenvolvimento na vida escolar A fim de alcançar as respostas evidentes, esta pesquisa foi realizada a partir de fontes secundárias, por meio do levantamento bibliográfico em bancos e bases de dados científicos: PUBMED, Scientific Eletronic Online Library (SCIELO) e Portal Periódicos CAPES, utilizando-se, nas buscas, os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): síndrome de turner, impacto, vida escolar integrando-os por meio dos operadores booleanos AND. Os critérios de inclusão definidos para a seleção dos artigos foram: estudos disponíveis de forma gratuita e na íntegra, que abordassem a temática, nos idiomas português, espanhol e inglês com limitação temporal de 10 anos, revisados por bases e indexados nas bases de dados supracitadas. Já os critérios de exclusão definidos incluíram: monografias, trabalhos duplicados em mais de uma base de dados e aqueles que não correspondiam ao objetivo proposto. Após a realização da busca, pelo levantamento bibliográfico foram encontrados 84 resultados, submetidos posteriormente a um critério de seleção que consistiu na análise dos títulos de cada artigo, resumos e leitura na íntegra, foram selecionados 8 artigos para compor a amostra final. Sendo assim, os artigos foram analisados de acordo com os seus conteúdos referentes ao tema 5 CUADERNOS DE EDUCACIÓN Y DESARROLLO, Portugal, v.16, n.2, p. 01-11, 2024 principal, na forma qualitativa conforme amostra, escopo, desenho metodológico, resultados e conclusões. 3 DISCUSSÃO 3.1 FISIOPATOLOGIA DA SÍNDROME DE TURNER A síndrome de Turner é uma doença que ocorre por mutação genética que acomete mulheres e ela ocorre quando ao invés de ter o par de cromossomos sexuais, há somente um cromossomo X. Assim, a ST pode causar diversas complicações no crescimento e no desenvolvimento, como baixa estatura (FINOZZI, 2017). Contudo, 50% dos casos apresenta outro cariótipo, como o em mosaico, em que somente uma parte das células é 45,X (FINOZZI, 2017). 3.2 ASPECTOS GENÉTICOS DA SÍNDROME DE TURNER A principal forma de apresentação genética da Síndrome de Turner (ST) apresenta a ausência completa do cromossomo X (formando um cariótipo 45,X0). Porém, existem outras variantes cromossômicas menos comuns, sendo as duas mais comuns: a anomalia estrutural do cromossomo X, na qual o cromossomo não é ausente, mas não possui sua forma completa e, portanto, apresenta falta de alguns genes, como SHOX e PHOG, que podem variar de caso a caso e o mosaicismo genético (LLAMOS-PANEQUE, 2022). O mosaicismo é caracterizado por diferentes linhagens celulares que possuem várias constituições cromossômicas. Embora o mosaicismo genético não seja naturalmente patológico na população humana, na ST esse quadro resulta em alguns tecidos apresentando células total ou parcialmente sem um cromossomo X (com um cariótipo, podendo resultar em uma ampla gama de características clínicas e fenotípicas (ARAÚJO, 2022). A Classificação Internacional de Doenças (CID-10) lista os padrões genéticos da ST, classificando-os como: Cariótipo 45,X (Q96.0), Cariotipo 46,X iso (Q96.1), Cariótipo 46,X com cromossomo sexual anormal, salvo iso (Q96.2), Mosaicismo cromossômico, 45, X/46, XX ou XY (Q96.3), Mosaicismo 6 CUADERNOS DE EDUCACIÓN Y DESARROLLO, Portugal, v.16, n.2, p. 01-11, 2024 cromossômico, 45, X/outras linhagens celulares com cromossomo sexual anormal (Q96.4) e Outras variantes da síndrome de Turner (Q96.8) (CID-10, 2023). Os sinais Fenotípicos da Síndrome de Turner podem incluir: linfedema de mãos e pés, pescoço curto e alado, baixa implantação de cabelos na nuca, cubitus valgus, unhas hipoplásicas e hiperconvexas, micrognatia, palato alto e arcado, baixa estatura, disgenesia gonadal, amenorréia primária, infantilismo sexual, infertilidade, tórax em escudo, hipertelorismo mamário, anomalias cardíacas (coartação da aorta e defeitos no septo ventricular) e renais (rins em ferradura, duplicação uretral e agenesia unilateral do rim), múltiplos nevo pigmentados, escoliose, hipoplasia do quarto e quinto metacarpos ou metatarsos ou ambos, deficiência auditiva, hipertensão arterial, osteoporose, obesidade, distúrbios visuais, intolerância à glicose, dificuldades de aprendizagem, problemas psicossociais e doenças tireoidianas, entre outras doenças autoimunes (TROVÓ, 2015). A Síndrome de Turner ocorre em 1 a cada 2.500 mulheres e os fenótipos descritos na literatura não são uniformes, pois dependem do formato genético apresentado pela paciente, podendo contar mais ou menos sinais de acordo com o número de genes sexuais ausentes (TROVÓ, 2015). 3.3 DESENVOLVIMENTO E CRESCIMENTO Na Síndrome de Turner, devido a ausência de hormônios importantes para um desenvolvimento sexual esperado, frequentemente, há atraso da puberdade. Assim, os caracteres sexuais secundários, como o desenvolvimento das mamas, são afetados, em que pode haver atraso no crescimento das mamas. Dessa forma, os sinais clínicos mais importantes são a baixa estatura, disgenesia gonadal, amenorreia primário, atraso no desenvolvimento puberal e esterilidade. Geralmente, na adolescência e na idade adulta as queixas mais comuns são relacionadas a insuficiência gonadal e na infância, as queixas estão relacionadas a baixa estatura (BONILLA, 2023). 7 CUADERNOS DE EDUCACIÓN Y DESARROLLO, Portugal, v.16, n.2, p. 01-11, 2024 Neste contexto, sabe-se que o gene responsável pelo crescimento ósseo (GH) é ausente ou deficiente nas pacientes com Turner, prejudicando a maturação óssea e o crescimento em estatura. Contudo, se for administrado hormônios antes da puberdade, há maior probabilidade da paciente atingir uma maior estatura (ARAÚJO et al., 2022). A insuficiência ovariana é representada por ausência de menstruação e pode ser determinada pelos altos níveis de gonadotrofinas hipofisárias, especialmente do FSH. Este fato é causado pela redução numérica ou os rearranjos do cromossomo X, corroborado por disfunção ovariana. Dessa maneira, há alterações endócrinas e reprodutivas, ocorrendo hipogonadismo hipogonadotrófico, o qual é uma doença que há perturbação do eixo por desregulação do efeito ou da liberação do GnRH, em que não se atinge a puberdade e há infertilidade (ARAÚJO et al., 2022). Em adultas, a insuficiência gonadal pode ser caracterizada por amenorreia secundária com esterilidade e em meninas pré-púberes, pode-se apresentar como amenorreia primária com infantilismo sexual, em que não há desenvolvimento sexual secundário (BECHER et al., 2021). O estrógeno é um hormônio produzido pelos ovários e a falta dele em pacientes com ST é responsável pela diferença de maturação óssea, crescimento defasado e desenvolvimento puberal prejudicado, sendo necessário, para um crescimento e desenvolvimento adequado, é preciso realizar terapia hormonal, com o objetivo de proporcionar melhor qualidade de vida (BECHER et al., 2021). É importante reiterar que em idade escolar, a baixa estatura pode representar um importante desafio emocional, uma vez que interfere, negativamente, na percepção popular em relação à maturidade, popularidade e capacidade, impactando na autoestima e na saúde mental (BONILLA, 2023). Ademais, o atraso no desenvolvimento sexual também constitui um desafio psicológico, visto que, quando a adolescente não tem sua puberdade iniciada na idade considerada ideal, é comum sentir-se atrasada, imatura ou inferior. Além disso, o atraso puberal e de crescimento contribuem para que a 8 CUADERNOS DE EDUCACIÓN Y DESARROLLO, Portugal, v.16, n.2, p. 01-11, 2024 jovem seja tratada de forma infantil, prejudicando sua estabilidade mental (DIOGO et al., 2015). 3.4 IMPACTOS PSICOLÓGICOS A Síndrome de Turner, além de apresentarvárias complicações fisiológicas, também gera diversas consequências psicológicas, desde de o momento do diagnóstico, como grande angústia e medo, afetando não apenas a paciente, mas sim, a família como um todo. Nesse sentido, é possível dizer que esses sentimentos estão, muitas vezes, relacionados ao fato de se tratar de uma condição que exigirá um tratamento vitalício, o que pode gerar uma interpretação extremamente negativa para a maioria das pessoas (SILVA et al., 2022). Um fator agravante acerca dos impactos psicológicos, é o estigma em torno dessa doença. É interessante ressaltar que, segundo pesquisas, apenas o fato de a sociedade apresentar um estigma sobre determinada condição, gera, por si só, sentimentos apreensivos, de carência afetiva e extrema timidez nos portadores. Com isso, as principais complicações psicológicas presentes em pacientes com essa síndrome, são perda de personalidade/ identidade, baixa autoestima, transtorno de ansiedade, imaturidade, dificuldade de atenção e comportamento agressivo (SILVA et al., 2022). Durante a fase escolar, é quando essas complicações psicológicas se agravam, tendo em vista que é quando as jovens precisam realizar mais interações sociais e as diferenças, como a baixa estatura e a imaturidade sexual passam a ser mais perceptíveis. Sendo assim, consegue-se afirmar, através de um estudo, que crianças com a Síndrome de Turner sofrem violências por parte dos colegas nas escolas e não apresentam nenhum amigo próximo, fatores que contribuem ainda mais para a intensificação das consequências psicológicas (DIOGO, 2015). Ademais, outro ponto a ser discutido, é que além da baixa autoestima e perda da própria personalidade, devido à baixa estatura, outras pessoas também tendem a enxergar essas meninas como crianças, mesmo que não sejam mais. Sendo assim, o problema não está apenas no psicológico das jovens com 9 CUADERNOS DE EDUCACIÓN Y DESARROLLO, Portugal, v.16, n.2, p. 01-11, 2024 síndrome, mas na sociedade, que mesmo inconscientemente, contribui ainda mais para a problemática (FINOZZI; ÁLVAREZ, 2022). Além dos problemas que são enfrentados na infância e adolescência, principalmente na fase escolar, vale ressaltar que, na vida adulta, a infertilidade intensifica mais ainda as dificuldades, visto que muitas mulheres têm o sonho de gerar um filho. Desta forma, entende-se que nenhuma fase da vida dessas mulheres está isenta de obstáculos psicológicos (FINOZZI; ÁLVAREZ, 2022). Diante do exposto, conclui-se que um diagnóstico precoce, com tratamento, tanto da parte física, quanto da mental, são fatores essenciais para que a paciente consiga evoluir bem consigo mesma, tendo o entendimento do que acontece com seu corpo em todas as etapas. Outrossim, seria ideal que a sociedade não estabelecesse pré-julgamentos, o que deve começar pelas escolas, que precisam ser mais bem preparadas para o recebimento de crianças com a Síndrome de Turner, com a presença de acompanhamento psicológico, se necessário, e tutores especializados (DIOGO, 2015). 4 CONCLUSÃO Nesse contexto, a ênfase é na promoção da educação inclusiva, garantindo atendimento adequado e equitativo aos alunos com deficiência. Para assegurar essa inclusão, é essencial que a escola adapte suas práticas, incluindo ajustes no currículo, na estrutura física e na disponibilização de materiais acessíveis, sem reduzir ou omitir conteúdo. Quando se trata da Síndrome de Turner, é fundamental que a escola ofereça suporte afetivo e comportamental para proporcionar uma experiência significativa às mulheres e meninas com essa condição genética. Isso envolve criar um ambiente acolhedor e inclusivo, promover a conscientização sobre a síndrome e evitar práticas discriminatórias. Além disso, a colaboração com a família e a comunidade é um fator relevante no processo educacional inclusivo. Em suma, a educação inclusiva é um direito de todos os alunos e deve ser embasada em valores éticos e no respeito às diferenças, proporcionando aprendizagens significativas e 10 CUADERNOS DE EDUCACIÓN Y DESARROLLO, Portugal, v.16, n.2, p. 01-11, 2024 oportunidades iguais a todas as pessoas, independentemente de suas características individuais. 11 CUADERNOS DE EDUCACIÓN Y DESARROLLO, Portugal, v.16, n.2, p. 01-11, 2024 REFERÊNCIAS DIOGO, Paula Cristina Martins. Inclusão de uma criança com síndrome de Turner numa escola do ensino regular: um estudo de caso. 2015. Tese de Doutorado. FINOZZI, Rosa; ÁLVAREZ, Carla. Síndrome de Turner. Scielo Uruguay. 2017. FIOR, Marcela Morais Dal; et al. Educação Especial e suas contribuições com enfoque na Síndrome de Turner: um relato de experiência, Pesquisa em Ensino, Dossiê n.3, abril, 2020. GUEDES, Alexis. D; et al. O hormônio de crescimento na síndrome de Turner: dados e reflexões. Arquivos Brasileiros De Endocrinologia & Metabologia, 52(5), 757–764, 2018. LLAMOS-PANEQUE, Arianne et al. Variantes citogenéticas en pacientes con síndrome de Turner diagnosticadas en un hospital de tercer nivel de atención en Ecuador. Revista chilena de obstetricia e ginecología, v. 87, n. 4, p. 285-290, 2022. PASSOS ARAÚJO, Amanda Caroline; MORAIS, Shirley Cardoso; BATISTA, Nelson Jorge Carvalho. A Síndrome de Turner e as perspectivas para o tratamento: uma revisão integrativa. RECIMA21-Revista Científica Multidisciplinar-ISSN 2675-6218, v. 3, n. 6, p. e361519-e361519. 2018. SILVA, Mikael. C; et al. Aspectos psicossociais da Síndrome de Turner. e- Acadêmica, Vol.3. N.2. 2016. TROVÓ DE MARQUI, A. B. Síndrome de Turner e polimorfismo genético: uma revisão sistemática. Revista Paulista de Pediatria, v. 33, n. 3, p. 363–370, set. 2015.
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