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Custeio da Seguridade Social Professora Chris Passos Roteiro de aula: 1. Contribuições para a Seguridade Social 2. Competência tributária 3. Capacidade tributária Ativa 4. Orçamento da Seguridade Social 5. Custeio indireta 6. Princípios 7. Imunidades na Seguridade Social Contribuições para a Seguridade Social Contribuições para a Seguridade Social ✓ Teoria do salário social – indica que certo valor é pago pela sociedade ao empregado para possibilitar a subsistência quando não estiver mais prestando serviço. ✓ Teoria do salário atual – parte do salário é paga diretamente ao empregado, como contraprestação dos serviços prestados, e outra parte é destinada à Seguridade Social, para cobrir certas situações de necessidade e ausência de renda. Contribuições para a Seguridade Social Contribuições para a Seguridade Social E o que diz o STF... • O STF entende que as contribuições para a Seguridade Social são tributos, posto que estão previstas no art. 149 da Constituição Federal, que dispõe sobre o Sistema Tributária Nacional. • Art. 149 CF – compete à União instituir as contribuições sociais, de forma exclusiva, mediante lei complementar para atender despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência, bem como no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, observado o princípio da anterioridade (art. 148 CF). Competência para tributar • Compete à União – art. 149 CF • Competirá aos Estados, Municípios e Distrito Federal instituir contribuições para o custeio do Regime Próprio de Previdência conforme o art. 40 da CF. Orçamento da Seguridade Social • Art. 195 CF – as receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios destinadas à Seguridade Social devem constar dos respectivos orçamentos, não integrando o orçamento da União. • A proposta de orçamento da Seguridade Social deve ser elaborada de forma integrada pelos órgãos responsáveis pela Saúde, Previdência Social e Assistência Social, tendo em vista metas e prioridades estabelecidas pela lei de diretrizes orçamentárias, assegurada a cada área a gestão de seus recursos. Custeio indireto • O custeio da Seguridade Social também é feito de forma indireta. • Decorre de transferência de valores dos orçamentos fiscais dos entes políticos (União, Estados, Distrito Federal e Municípios) para o financiamento das prestações dos sistema. • Art. 195 CF Art. 195 Constituição Federal • Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais: Custeio indireto Custeio indireto Custeio indireto • Saúde – custeado por meio das contribuições para a Seguridade Social, e o custeio indireto, com a utilização de recursos dos orçamentos fiscais dos entes políticos. Princípio da contrapartida Princípio da anterioridade nonagesimal • As contribuições sociais referidas no art. 195 da CF somente podem ser exigidas após decorridos 90 dias da data da publicação da lei que as houver instituído ou modificado, não se lhes aplicando o disposto no art. 150, III, b, que prevê o princípio da anterioridade anual. Imunidades na Seguridade Social • São imunes de contribuição para a Seguridade Social as entidades beneficentes de assistência social que atendam aos requisitos e exigências estabelecidas no art. 195, § 7º da Constituição Federal. • Segundo a Lei 12.101/2009 será reconhecida a imunidade da contribuição social à pessoa jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, reconhecidas como entidades beneficentes de assistência social com a finalidade de prestação de serviços nas áreas de assistência social, saúde ou educação, devendo atender ao disposta em lei. Art. 195 CF Requisitos para a imunidade • As entidades beneficentes deverão atender ao princípio da universalidade do atendimento, sendo vedado dirigir suas atividades exclusivamente a seus associados ou a categoria profissional. • STF – fixou a tese em repercussão geral: “Os requisitos para o gozo de imunidade hão de estar previstos em lei complementar.” (Pleno, RE 566.622/RS, rel. Min. Marco Aurélio, j. 23.02.2017). Custeio direto Custeio direto • II. do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo Regime Geral de Previdência Social de que trata o art. 201 da Constituição da República; • III. sobre a receita de concursos de prognósticos; • IV. do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar. Custeio direto • As contribuições sociais previstas no art. 195, I da CF podem ter alíquotas ou bases de cálculo diferenciadas, em razão da atividade econômica, da utilização intensiva de mão de obra, do porte da em • § 9º As contribuições sociais previstas no inciso I do caput deste artigo poderão ter alíquotas diferenciadas em razão da atividade econômica, da utilização intensiva de mão de obra, do porte da empresa ou da condição estrutural do mercado de trabalho, sendo também autorizada a adoção de bases de cálculo diferenciadas apenas no caso das alíneas "b" e "c" do inciso I do caput. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019). Pode haver anistia ou concessão de remissão? • A resposta é NÃO. • A Constituição Federal prevê que não haverá anistia ou remissão de dívida para as contribuições sociais previstas no inciso I, a e II do art 195. Mas atenção: SOMENTE PARA OS DÉBITOS EM MONTANTE SUPERIOR AO FIXADO EM LEI COMPLEMENTAR Remissão e Anistia • Remissão - modalidade de extinção do crédito tributário, ocorre depois da sua constituição pelo lançamento (art. 156, IV do Código Tributário Nacional). • Anistia – abrange exclusivamente as infrações cometidas anteriormente à vigência da lei que a concede, sendo modalidade de exclusão do respectivo crédito tributário, portanto, ocorre antes da sua constituição, impedindo o lançamento, mas alcança apenas a aplicação da penalidade pecuniária e não a obrigação de pagamento do tributo (arts. 175, II e 180 do CTN). Contribuição do segurado Contribuição dos segurados empregados • Contribuição do segurado empregado, inclusive o doméstico e do trabalhador avulso – calculada mediante a aplicação da correspondente alíquota – 8%, 9% ou 11% - a depender do valor da remuneração. • Contribuição do segurado rural – quando contratado por produtor rural pessoa física, para o exercício de atividades de natureza temporária por prazo não superior a dois meses dentro do período de um ano, na forma do art. 14-A da Lei 5.889/73 é do respectivo salário de contribuição – 8%. E quando o empregado possuir mais de um vínculo? • Neste caso, o segurado empregado, inclusive o doméstico, que possui mais de um vínculo deverá comunicar a todos os empregadores, mensalmente, a remuneração recebida até o limite máximo do salário de contribuição, envolvendo todos os vínculos, a fim de que o empregador possa apurar corretamente o salário de contribuição sobre o qual deve incidir a contribuição social previdenciária do segurado, bem como a alíquota a ser aplicada – Instrução Normativa RFB 971/2009 art. 64). Contribuição do segurado contribuinte individual e facultativo • Alíquota de contribuição é de 20% sobre o respectivo salário de contribuição. Lei 8.212/91 • Art. 21. A alíquota de contribuição dos segurados contribuinte individual e facultativo será de vinte por cento sobre o respectivo salário-de-contribuição. (Redação dada pela Lei nº 9.876, de 1999). • § 2o No caso de opção pela exclusão do direito ao benefício de aposentadoria por tempo de contribuição, a alíquota de contribuição incidente sobre o limite mínimo mensal do salário de contribuição será de: (Redação dada pela Lei nº 12.470, de 2011) • I - 11% (onze por cento), no casodo segurado contribuinte individual, ressalvado o disposto no inciso II, que trabalhe por conta própria, sem relação de trabalho com empresa ou equiparado e do segurado facultativo, observado o disposto na alínea b do inciso II deste parágrafo; (Incluído pela Lei nº 12.470, de 2011) • II - 5% (cinco por cento): (Incluído pela Lei nº 12.470, de 2011) • a) no caso do microempreendedor individual, de que trata o art. 18-A da Lei Complementar no 123, de 14 de dezembro de 2006; e (Incluído pela Lei nº 12.470, de 2011) (Produção de efeito) • b) do segurado facultativo sem renda própria que se dedique exclusivamente ao trabalho doméstico no âmbito de sua residência, desde que pertencente a família de baixa renda. (Incluído pela Lei nº 12.470, de 2011) Referências Bibliográficas https://www.jusbrasil.com.br/topicos https://www.jusbrasil.com.br/topicos https://www.jusbrasil.com.br/topicos/654265/artigo-195-da-constituicao-federal-de-1988 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/11339474/artigo-21-da-lei-n-8212-de-24-de-julho-de-1991 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/11339474/artigo-21-da-lei-n-8212-de-24-de-julho-de-1991 Slide 1: Custeio da Seguridade Social Slide 2: Roteiro de aula: 1. Contribuições para a Seguridade Social 2. Competência tributária 3. Capacidade tributária Ativa 4. Orçamento da Seguridade Social 5. Custeio indireta 6. Princípios 7. Imunidades na Seguridade Social Slide 3: Contribuições para a Seguridade Social Slide 4: Contribuições para a Seguridade Social Slide 5: Contribuições para a Seguridade Social Slide 6: Contribuições para a Seguridade Social Slide 7: E o que diz o STF... Slide 8: Competência para tributar Slide 9: Orçamento da Seguridade Social Slide 10: Custeio indireto Slide 11: Art. 195 Constituição Federal Slide 12: Custeio indireto Slide 13: Custeio indireto Slide 14: Custeio indireto Slide 15: Princípio da contrapartida Slide 16: Princípio da anterioridade nonagesimal Slide 17: Imunidades na Seguridade Social Slide 18: Art. 195 CF Slide 19: Requisitos para a imunidade Slide 20: Custeio direto Slide 21: Custeio direto Slide 22: Custeio direto Slide 23: Pode haver anistia ou concessão de remissão? Slide 24: Remissão e Anistia Slide 25: Contribuição do segurado Slide 26: Contribuição dos segurados empregados Slide 27: E quando o empregado possuir mais de um vínculo? Slide 28: Contribuição do segurado contribuinte individual e facultativo Slide 29: Lei 8.212/91 Slide 30: Referências Bibliográficas
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