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Aula 19 – Revolução Industrial 
 
 
 
 
 
3 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
 
Friedrich Engels, em A situação da classe trabalhadora na 
Inglaterra, descreve o cenário de um bairro dessas cidades 
industriais: “É uma massa de casas de três ou quatro andares, 
construídas sem plano, com ruas tortuosas, estreitas e sujas onde 
reina uma animação tão intensa como nas principais ruas que 
atravessam a cidade com a diferença que (...) só se vêem pessoas 
da classe operária. O mercado está instalado nas ruas: cestos de 
legumes e de frutos, todos naturalmente de má qualidade, e 
dificilmente comestíveis, ainda reduzem a passagem e deles 
emana, bem como dos açougues, um cheiro repugnante. As casas 
são habitadas dos porões aos desvãos, são tão sujas no exterior 
como no interior e têm um tal aspecto que ninguém as desejaria 
habitar. Mas isto não é nada comparado às habitações nos 
corredores e vielas transversais onde se chega através de 
passagens cobertas, e onde a sujeira e a ruína ultrapassam a 
imaginação; não se vê, por assim dizer, um único vidro inteiro, as 
paredes estão leprosas, os batentes das portas e os caixilhos das 
janelas estão quebrados ou descolados, as portas – quando 
existem – são feitas de pranchas velhas pregadas umas às outras 
(...). Em toda parte montes de detritos e de cinzas, e as águas 
vertidas em frente às portas acabam por formar charcos. É aí que 
habitam os mais pobres, os trabalhadores mais mal pagos, com os 
ladrões (...) e as vítimas da prostituição, todos misturados.” 
Em contrapartida, a classe burguesa habitava em magníficas e 
luxuosas casas localizadas em largas alamedas, os boulevares, 
margeadas por jardins bem cuidados, em zonas exclusivamente 
residenciais, distantes da sujeira, do barulho e do burburinho dos 
bairros operários. 
HISTÓRIA E ARTE 
Pintado por Vincent Van Gogh (1885), durante a fase em que o 
artista se encontrava sob a influência do realismo, “Os Comedores 
de Batatas” denuncia a miséria das famílias trabalhadoras do 
século XIX. 
 
 
Para conferir realismo à obra, Van Gogh destacou traços 
grosseiros nos trabalhadores, explorando os tons escuros, típicos 
da luminosidade barroca. Para Van Gogh, a escuridão também 
poderia ser considerada uma cor, por isso os trabalhos que o pintor 
produziu nessa fase são escuros e pesados. 
Vincent trabalhou as sombras com outros tons que, junto ao interior 
pouco iluminado pelo lampião, dão um aspecto frio ao ambiente. 
LEITURA COMPLEMENTAR I: O SISTEMA DE TRABALHO 
O escritor norte-americano Leo Huberman, em História da riqueza 
do homem, apresenta uma classificação quanto à evolução do 
sistema de trabalho, do período medieval à Revolução Industrial: 
1 – Sistema familiar: os membros de uma família produzem artigos 
para o seu consumo, e não para a venda. O trabalho não se fazia 
com o objetivo de atender ao mercado. Princípio da Idade Média. 
2 – Sistema de corporações: produção realizada por mestres 
artesãos independentes, com dois ou três empregados, para o 
mercado, pequeno e estável. Os trabalhadores eram donos tanto 
da matéria prima que utilizavam como das ferramentas com que 
trabalhavam. Não vendiam o trabalho, mas o produto do trabalho. 
Durante toda a Idade Média. 
3 – Sistema doméstico: produção realizada em casa para um 
mercado em crescimento, pelo mestre-artesão com ajudantes, tal 
como no sistema de corporações. Com uma diferença importante: 
os mestres já não eram independentes; tinham ainda a propriedade 
dos instrumentos de trabalho, mas dependiam, para a matéria 
prima, de um empreendedor que surgira entre eles e o consumidor. 
Passaram a ser simplesmente tarefeiros assalariados. Do século 
XVI ao XVIII. 
4 – Sistema fabril: produção para um mercado cada vez maior e 
oscilante, realizada fora de casa, nos edifícios do empregador e 
sob uma rigorosa supervisão. Os trabalhadores perderam 
completamente sua independência. Não possuem a matéria prima, 
como ocorria no sistema de corporações, nem os instrumentos, tal 
como no sistema doméstico. A habilidade deixou de ser tão 
importante como antes, devido ao maior uso da máquina. O capital 
tornou-se mais necessário do que nunca. Do século XIX até hoje.” 
LEITURA COMPLEMENTAR II: OUTRO OLHAR SOBRE A 
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL 
Uma história bem conhecida da Revolução Industrial é a dos 
trabalhadores “ludistas”, aqueles que se revoltaram contra as 
máquinas por acharem que elas destruíam empregos e impunham 
uma concorrência desleal. Esses protestos são tão antigos quanto 
as primeiras máquinas. Tão logo o carpinteiro e tecelão James 
Hargreaves começou a vender sua fiandeira jenny, vizinhos e 
colegas invadiram sua casa e destruíram os equipamentos. Os 
quebra-quebras ganharam força a partir de 1811, quando 
costureiros da cidade Nottingham se armaram com machados e 
porretes, invadiram fábricas de tecidos e arruinaram 60 fiandeiras 
mecânicas. 
Basta olhar para o lado para constatar como os ludistas 
fracassaram. Daquela época até hoje, as fábricas foram tomadas 
por uma onda inescapável de engrenagens, máquinas, motores 
elétricos, esteiras rolantes, computadores e robôs; as cidades 
passaram a abrigar carros, trens, tratores, aviões e lâmpadas 
elétricas; o celular no bolso das pessoas tem processadores mil 
vezes mais potentes que os usados na Apollo 11. E qual foi o 
resultado desse enorme fracasso dos protestos dos trabalhadores? 
O contrário do que eles imaginaram. O número de empregos na 
Inglaterra (cerca de 6 milhões em 1750) não só não caiu como 
acompanhou o enorme crescimento populacional, chegando a 30 
milhões hoje. Foi uma elevação tão intensa que os ingleses – e 
boa parte dos países industrializados – precisaram contratar 
estrangeiros para cumprir a demanda por empregos. 
O erro da idéia de que as máquinas roubam empregos é achar que 
os desejos humanos, e os empregos para satisfazer esses 
desejos, são finitos. Desse ponto de vista, se uma máquina tira a 
função de um artesão, não vai sobrar outra atividade para 
sustentá-lo. Quem primeiro espalhou esse equívoco foi Karl Marx. 
“O instrumento de trabalho, quando toma a forma de uma máquina, 
se torna imediatamente um concorrente do operário. A expansão 
do capital por meio da máquina está na razão direta do número de 
trabalhadores cujas condições de existência ela destrói”, escreveu 
ele. 
 
 
 
 
 4 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
CURSO ANUAL DE HISTÓRIA GERAL – Prof. Monteiro Jr. 
Não é nenhum milagre o fato de que, desde os primeiros protestos 
ludistas até hoje, o número de empregos cresceu tanto quanto o de 
máquinas. A produção em série diminuiu o custo dos produtos que 
ficaram acessíveis a mais pessoas ao redor do mundo, que criaram 
uma demanda maior, que só pode ser cumprida com mais 
trabalhadores para operar as máquinas, mais vendedores, 
maquinistas e marinheiros para transportá-las, mais operários para 
construir as próprias máquinas, assim como trens, navios etc. É o 
caso da produção de roupas. Feitos a mão, casacos e vestidos 
custavam quase o salário de um ano de um empregado doméstico 
e constavam em testamentos e heranças. A concorrência livre e a 
mecanização fizeram o preço das roupas baixar continuamente. 
Com mais gente podendo comprar roupa, mais fábricas foram 
construídas. Em 1820, já havia na Inglaterra mais de 1.200 fábricas 
de tecidos de algodão, 1.300 de lã e mais de 600 moinhos de linho 
e seda. 
Além disso, a mão de obra das pessoas que perderam o emprego 
para teares movidos a vapor no século 19 ou tratores nas fazendas 
do século 20 foi liberada para atividades mais produtivas ou 
criativas. É verdade que a “destruição criativa” das inovações 
provoca falências de empresas, demissões, migrações, uma 
completa instabilidade e reorganização do trabalho. Mas, no fim 
das contas, há um benefício para todos. “A grande causa do 
aumento dos padrões de vida das nações industrializadas é o 
capital sendo usado para substituirtrabalho, afirma o economista 
americano Walter Williams. O exemplo mais evidente disso é o 
sistema de produção de alimentos. Nos Estados Unidos do fim do 
século 18, mais de 90% das pessoas trabalhavam nos campos de 
cultivo e pecuária. Para que alimentos chegassem à boca de quase 
4 milhões de habitantes, era preciso que 19 a 20 americanos 
adultos trabalhassem nas fazendas. Dois séculos depois, a 
mecanização da agricultura liberou 18 deles: hoje, apenas um em 
cada 20 trabalhadores americanos contribui para cultivar alimentos 
aos mais de 300 milhões de habitantes. O que aconteceria se 
alguma lei do governo proibisse a introdução de máquinas no 
campo e impedisse as demissões nas plantações e fazendas? 
Vale imaginar um pouco mais: e se os manifestantes ingleses 
tivessem conseguido que o governo proibisse máquinas para 
preservar empregos? 
O resultado seria que os descendentes daqueles trabalhadores 
teriam hoje uma vida imensamente mais difícil. Não só os 
alimentos e as roupas custariam mais, como não haveria gente 
para projetar edifícios, carros, telefones celulares, máquinas de 
lavar roupa, sistemas de internet e para escrever livros. Nada de 
iluminação elétrica na rua, em respeito ao emprego dos 
acendedores de lampião a gás (que trabalharam no Rio de Janeiro 
até 1933). Páginas da internet não poderiam mostrar mapas de 
graça, para não acabar com o trabalho dos cartógrafos. Seria 
preciso ligar para uma telefonista para completar cada ligação 
telefônica, pagar a ascensoristas nos elevadores não 
automatizados, passar a maior parte do tempo na roça cultivando 
os próprios alimentos e usar o fim de semana para tricotar 
casacos, já que as roupas continuariam pouco acessíveis aos 
pobres. Ou esperar meses até que elas chegassem à cidade por 
meio do sistema de carroças (em respeito ao emprego dos 
fabricantes de carroça e dos criadores de cavalo, trens e 
caminhões de carga seriam banidos). Por causa de uma lei 
imposta pelos sindicatos do transporte coletivo para evitar 
demissões, todo ônibus urbano teria, além do motorista, um 
entediado cobrador (ops, esse ainda existe). 
As pessoas que perdem o emprego para as máquinas não são 
vítimas do progresso. São consumidores que usufruem dos 
prazeres infinitos que a inovação, a concorrência desleal e as 
máquinas tornaram acessíveis. 
NARLOCH, Leandro. Guia politicamente incorreto da história do mundo. São 
Paulo: Leya, 2013, p. 106-110. 
LEITURA COMPLEMENTAR III: DEPOIMENTO 
Perante uma comissão do Parlamento inglês, em 1816, John Moss, 
capataz de aprendizes numa tecelagem de algodão, prestou o 
depoimento a seguir, acerca das condições de trabalho envolvendo 
crianças: 
Eram aprendizes órfãos? – Todos aprendizes órfãos. 
E com que idade eram admitidos? – Os que vinham de Londres 
tinham entre 7 e 11 anos. Os que vinham de Liverpool tinham de 8 
a 15 anos. 
Até que idade eram aprendizes? – Até 21 anos. 
Qual o horário de trabalho? – De 5 da manhã até 8 da noite. 
Quinze horas diárias era um horário normal? – Sim 
Quando as fábricas paravam para reparos ou falta de algodão, 
tinham as crianças, posteriormente, de trabalhar mais para 
recuperar o tempo parado? – Sim. 
As crianças ficavam de pé ou sentadas para trabalhar? – De pé. 
Durante todo o tempo? – Sim. 
Havia acidentes nas máquinas com as crianças? – Muito 
frequentemente.” 
(HUBERMAN, Leo. História da riqueza do homem. Rio de Janeiro: Zahar, 1983, p. 
191.) 
LEITURA COMPLEMENTAR IV: O TRABALHO DAS MULHERES 
Depoimento de Betty Harris, 37 anos: 
Casei-me aos 23 anos, e foi somente depois de casada que eu 
desci à mina; não sei ler nem escrever. Trabalho para Andrew 
Knowles, da Little Bolton (Lancashire). Puxo pequenos vagões de 
carvão; trabalho das 6 da manhã às 6 da tarde. Há uma pausa de 
cerca de uma hora, ao meio dia, para o almoço; dão-me pão e 
manteiga, mas nada para beber. Tenho dois filhos, porém eles são 
jovens demais para trabalhar. Eu puxava esses vagões, quando 
estava grávida. Conheci uma mulher que voltou para casa, se 
lavou, se deitou, deu à luz e retornou o trabalho menos de uma 
semana depois. 
Tenho uma correia em volta da cintura, uma corrente que passa 
por entre as minhas pernas e ando sobre as mãos e os pés. O 
caminho é muito íngrime, e somos obrigados a segurar uma corda 
– e quando não há corda, nós nos agarramos a tudo o que 
podemos. Nos poços onde trabalho, há seis mulheres e meia dúzia 
de rapazes e garotas; é um trabalho muito duro para uma mulher. 
No local onde trabalho, a cova é muito úmida e a água sempre 
cobre os nossos sapatos. Um dia, a água chegou até minhas 
coxas. E o que cai do teto é terrível! Minhas roupas ficam 
molhadas durante quase o dia todo. Nunca fiquei doente em minha 
vida, a não ser na época dos partos. 
Estou muito cansada quando volto à noite para casa, às vezes 
adormeço antes de me lavar. Não sou mais tão forte como antes, 
mas não tenho mais a mesma resistência no trabalho. Puxei esses 
vagões até arrancar a pele; a correia e a corrente são ainda piores 
quando se espera uma criança.” 
(Depoimento extraído de um relatório parlamentar inglês, 1842.) 
CINEMATECA 
Filmes relacionados com o tema do capítulo: 
• A Nós, a Liberdade (1931), do diretor René Clair, estabelece um 
paralelo entre o trabalho forçado numa prisão e numa fábrica. 
Aula 19 – Revolução Industrial 
 
 
 
 
 
5 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
 
• Tempos Modernos (1936), dirigido por Charles Chaplin, 
apresenta uma crítica à exploração dos trabalhadores e sua 
transformação em ferramenta de trabalho. 
• Oliver Twist (1948), do diretor David Lean, narra a trajetória de 
um garoto de 12 anos, em meio à Revolução Industrial. 
• Germinal (1993), dirigido por Claude Berri, retrata o cotidiano de 
uma comunidade de mineiros de carvão na França rural do século 
XIX. 
• Ver-te-ei no Inferno (1969), do diretor Martin Ritt, a trama gira 
em torno de uma comunidade de mineiros de origem irlandesa na 
Pensilvânia do século XIX. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 6 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
CURSO ANUAL DE HISTÓRIA GERAL – Prof. Monteiro Jr. 
EXERCÍCIOS DE APRENDIZAGEM 
 
Questão 01 
A expressão Revolução Industrial tem sido utilizada para designar um conjunto de transformações 
econômicas, sociais e tecnológicas que teve início na Inglaterra, na segunda metade do século XVIII. 
Em pouco tempo, essas mudanças afetariam outros países da Europa e outros continentes, alterando 
definitivamente as relações entre as sociedades humanas. 
FIGUEIRA, D. G. "História". São Paulo: Ática, 2005. p. 193. 
 
Sobre a temática exposta no texto, pode-se inferir que 
a) a produção de tecidos foi um dos primeiros setores a desenvolver o processo industrializador 
juntamente com a metalurgia do aço. 
b) ao aumentar a produtividade de cada trabalhador, aumentou a oferta de mercadoria e, por 
consequência, possibilitou uma redução nos preços dos produtos. 
c) o sucesso da Revolução Industrial foi tão significativo que facilitou uma ampla melhoria das 
condições materiais da sociedade como um todo. 
d) a industrialização foi um processo urbano com poucas relações com o meio rural 
e) a indústria eliminou a produção artesanal e manufatureira na Europa. 
 
Questão 02 
"Um fato saliente chamou a atenção de Adam Smith, ao observar o panorama da Inglaterra: o 
tremendo aumento da produtividade resultante da divisão minuciosa e da especialização de trabalho. 
Numa fábrica de alfinetes, um homem puxa o fio, outro o acerta, um terceiro o corta, um quarto faz-lhe 
a ponta, um quinto prepara a extremidade para receber a cabeça, cujo preparo exige duas ou três 
operações diferentes: colocá-la é uma ocupação peculiar; prateá-la é outro trabalho. Arrumar os 
alfinetes no papel chega a ser uma tarefa especial; vi uma pequena fábrica desse gênero, com apenas 
dez empregados, e onde consequentemente alguns executavam duas ou três dessas operaçõesdiferentes. E embora fossem muito pobres, e portanto mal acomodados com a maquinaria necessária, 
podiam fazer entre si 48.000 alfinetes num dia, mas se tivessem trabalhado isolada e 
independentemente, certamente cada um não poderia fazer nem vinte, talvez nem um alfinete por dia." 
FARIA, Ricardo de Moura et all. "História". Vol. 1. Belo Horizonte: Lê, 1993. [adapt.]. 
 
O documento sobre a Revolução Industrial, na Inglaterra, 
a) relaciona a divisão de trabalho com a alta produtividade, situação bem diferente da produção 
artesanal característica da Idade Média. 
b) enfatiza o trabalho em série e as condições do trabalhador nas fábricas, reforçando a importância 
das leis trabalhistas, no início da Idade Moderna. 
c) demonstra que a produtividade está diretamente relacionada ao número de empregados da fábrica, 
ao contrário das Corporações de Ofício, em que a produção artesanal dependia do mestre. 
d) destaca a importância da especialização do trabalho para o aumento da produtividade, situação 
semelhante à que ocorria nas Corporações de Ofício, de que participavam aprendizes, oficiais e 
mestre. 
e) evidencia as ideias fisiocráticas e mercantilistas, ao realçar a divisão do trabalho, características 
marcantes da Revolução Comercial. 
 
Questão 03 
 
 
Anotações 
 
Aula 19 – Revolução Industrial 
 
 
 
 
 
7 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
 
Tendo como base de análise a figura e os aspectos que definiram a Primeira Revolução Industrial, 
considere as afirmativas a seguir: 
I. Inicia-se nas últimas décadas do século XVIII e estende-se até meados do século XIX. A invenção 
da máquina a vapor e o uso do carvão como fonte de energia primária marcam o início das mudanças 
nos processos produtivos. 
II. O Reino Unido foi o primeiro país a reunir condições básicas para o início da industrialização devido 
à intensa acumulação de capitais no decorrer do Capitalismo Comercial. 
III. Os mais destacados segmentos fabris desta fase foram o têxtil, o metalúrgico e o de mineração. 
IV. As transformações produtivas desta fase atingiram rapidamente outros países como a Alemanha, 
França e Estados Unidos ainda no Século XVIII recrutando operários com salários atrativos 
promovendo, assim, um intenso êxodo rural. 
Estão corretas 
a) apenas I, II e III. 
b) apenas I, II e IV. 
c) apenas II, III e IV. 
d) apenas I, III e IV. 
e) I, II, III e IV. 
 
Questão 04 
"O duque de Bridgewater censurava os seus homens por terem voltado tarde depois do almoço; estes 
se desculparam dizendo que não tinham ouvido a badalada da 1 hora, então o duque modificou o 
relógio, fazendo-o bater 13 badaladas." 
Este texto revela um dos aspectos das mudanças oriundas do processo industrial inglês no final do 
século XVIII e início do século XIX. A partir do conhecimento histórico, pode-se afirmar que 
a) os trabalhadores foram beneficiados com a diminuição da jornada de trabalho em relação à época 
anterior à revolução industrial. 
b) a racionalização do tempo foi um dos aspectos psicológicos significativos que marcou o 
desenvolvimento da maquinofatura. 
c) os empresários de Londres controlavam com mais rigor os horários dos trabalhadores, mas como 
compensação forneciam remuneração por produtividade para os pontuais. 
d) as fábricas, de modo em geral, tinham pouco controle sobre o horário de trabalho dos operários, 
haja vista as dificuldades de registro e a imprecisão dos relógios naquele contexto. 
e) os industriais criaram leis que protegiam os trabalhadores que cumpriam corretamente o horário de 
trabalho. 
 
Questão 05 
O aumento populacional, a Revolução Industrial e o crescimento das cidades proporcionaram novos 
estilos de vida, tanto para a classe média urbana quanto para a classe trabalhadora urbana. Sobre 
essas mudanças, pode-se afirmar que 
a) o principal investimento da maioria da classe trabalhadora era a educação dos filhos, pois garantia a 
mobilidade social. 
b) as moradias da classe média, localizadas nas proximidades das indústrias, simbolizavam lucro e 
prosperidade. 
c) o acesso ao mercado de trabalho, nas fábricas, restringiu-se às mulheres oriundas da classe média, 
enquanto as de classe baixa dedicavam-se ao trabalho doméstico. 
d) a contratação de mulheres e crianças, em lugar dos homens, provocava desagregação no sistema 
de vida familiar. 
e) o aumento da produção de bens duráveis (eletrodomésticos) garantiu o acesso a esses produtos 
por parte dos operários. 
 
Questão 06 
 
 
Anotações 
 
 
 
 
 
 8 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
CURSO ANUAL DE HISTÓRIA GERAL – Prof. Monteiro Jr. 
 
Cenas do filme Tempos Modernos (Modern Times), EUA, 1936, Direção: Charles Chaplin, Produção: Continental. 
 
A figura representada por Charles Chaplin critica o modelo de produção do início do século XX, nos 
Estados Unidos da América, que se espalhou por diversos países e setores da economia e teve como 
resultado 
a) a subordinação do trabalhador à máquina, levando o homem a desenvolver um trabalho repetitivo. 
b) a ampliação da capacidade criativa e da polivalência funcional para cada homem em seu posto de 
trabalho. 
c) a organização do trabalho que possibilitou ao trabalhador o controle sobre a mecanização do 
processo de produção. 
d) o rápido declínio do absenteísmo, o grande aumento da produção conjugado com a diminuição das 
áreas de estoque. 
e) as novas técnicas de produção que provocaram ganhos de produtividade, repassados aos 
trabalhadores como forma de eliminar as greves. 
 
Questão 07 
Até o século XVII, as paisagens rurais eram marcadas por atividades rudimentares e de baixa 
produtividade. A partir da Revolução Industrial, porém, sobretudo com o advento da revolução 
tecnológica, houve um desenvolvimento contínuo do setor agropecuário. São, portanto, observadas 
consequências econômicas, sociais e ambientais inter-relacionadas no período posterior à Revolução 
Industrial, as quais incluem 
a) a erradicação da fome no mundo. 
b) o aumento das áreas rurais e a diminuição das áreas urbanas. 
c) a maior demanda por recursos naturais, entre os quais os recursos energéticos. 
d) a menor necessidade de utilização de adubos e corretivos na agricultura. 
e) o contínuo aumento da oferta de emprego no setor primário da economia, em face da mecanização. 
 
Questão 08 
Este considerável aumento de produção que, devido à divisão do trabalho, o mesmo número de 
pessoas é capaz de realizar, é resultante de três circunstâncias diferentes: primeiro, ao aumento da 
destreza de cada trabalhador; segundo, à economia de tempo, que antes era perdido ao passar de 
uma operação para outra; terceiro, à invenção de um grande número de máquinas que facilitam o 
trabalho e reduzem o tempo indispensável para o realizar, permitindo a um só homem fazer o trabalho 
de muitos. 
(Adam Smith. “Investigação sobre a Natureza e as Causas da Riqueza das Nações (1776)”. In: Adam 
Smith/Ricardo. Os pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1984.) 
 
O texto, publicado originalmente em 1776, destaca três características da organização do trabalho no 
contexto da Revolução Industrial: 
a) a introdução de máquinas, a valorização do artesanato e o aparecimento da figura do patrão. 
b) o aumento do mercado consumidor, a liberdade no emprego do tempo e a diminuição na exigência 
de mão de obra. 
c) a escassez de mão de obra qualificada, o esforço de importação e a disciplinarização do 
trabalhador. 
d) o controle rigoroso de qualidade, a introdução do relógio de ponto e a melhoria do sistema de 
distribuição de mercadorias. 
e) a especialização do trabalhador, o parcelamento de tarefas e a maquinização da produção. 
 
 
Anotações

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