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REFLEXÕES A PARTIR DA PANDEMIA DE COVID-19 SOBRE AS NECESSIDADES DA FAMÍLIA NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA PEDIÁTRICA

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ESTUDOS SOBRE OS IMPACTOS DA PANDEMIA NO BRASIL
 Carlos Eduardo Oliveira Dias
Dayse Marinho Martins
Guilherme Antônio Lopes de Oliveira
Liliane Pereira de Souza
(Organizadores)
ESTUDOS SOBRE OS IMPACTOS DA PANDEMIA NO BRASIL
1.ª edição
MATO GROSSO DO SUL
EDITORA INOVAR
2023
Copyright © dos autores e das autoras.
Todos os direitos garantidos. Este é um livro publicado em acesso aberto, que permite uso, dis-
tribuição e reprodução em qualquer meio, sem restrições desde que sem fi ns comerciais e que o 
trabalho original seja corretamente citado. Este trabalho está licenciado com uma Licença Crea-
tive Commons Internacional (CC BY- NC 4.0).
Carlos Eduardo Oliveira Dias; Dayse Marinho Martins; Guilherme Antônio Lopes de Oli-
veira; Liliane Pereira de Souza (Organizadores). Estudos sobre os impactos da pande-
mia no Brasil. Campo Grande: Editora Inovar, 2023. 608p.
Áreas temáticas: Diversos autores.
ISBN: 978-65-5388-092-4
DOI: doi.org/10.36926/editorainovar-978-65-5388-092-4
1. Pandemia – Covid-19. 2. Saúde – Generalidades. 3. Comunicação. 4. Direito. 5. 
Educação. 6. Engenharia. 7. Interdisciplinar. 8. Psicologia. I. Dias, Carlos Eduardo Olivei-
ra. II. Martins, Dayse Marinho. III. Oliveira, Guilherme Antônio Lopes de. IV. Souza, Lilia-
ne Pereira de.
CDD – 614
Editora-Chefe: Liliane Pereira de Souza
Diagramação: Vanessa Lara D Alessia Conegero
Capa: Juliana Pinheiro de Souza 
Conselho Editorial
Prof. Dr. Alexsande de Oliveira Franco
Profa. Dra. Aldenora Maria Ximenes Rodrigues
Profa. Dra. Care Cristiane Hammes 
Prof. Dr. Carlos Eduardo Oliveira Dias
Profa. Dra. Dayse Marinho Martins
Profa. Dra. Débora Luana Ribeiro Pessoa
Profa. Dra. Franchys Marizethe Nascimento Santana
Profa. Dra. Geyanna Dolores Lopes Nunes 
Prof. Dr. Guilherme Antonio Lopes de Oliveira 
Prof. Dr. João Vitor Teodoro 
Profa. Dra. Juliani Borchardt da Silva
Profa. Dra. Jucimara Silva Rojas
Profa. Dra. Lina Raquel Santos Araujo
Prof. Dr. Marcus Vinicius Peralva Santos
Profa. Dra. Maria Cristina Neves de Azevedo 
Profa. Dra. Nayára Bezerra Carvalho
Profa. Dra. Ordália Alves de Almeida
Profa. Dra. Otília Maria Alves da Nóbrega Alberto Dantas 
Profa. Dra. Roberta Oliveira Lima
Profa. Dra. Rúbia Kátia Azevedo Montenegro
Prof. Dr. Sílvio César Lopes da Silva
Editora Inovar
Campo Grande – MS – Brasil
Telefone: +55 (67) 98216-7300 
www.editorainovar.com.br
atendimento@editorainovar.com.br
DECLARAÇÃO DOS AUTORES
Os autores se responsabilizam publicamente pelo conteúdo desta obra, garantindo que o mes-
mo é de autoria própria, assumindo integral responsabilidade diante de terceiros, quer de natu-
reza moral ou patrimonial, em razão de seu conteúdo, declarando que o trabalho é original, livre 
de plágio acadêmico e que não infringe quaisquer direitos de propriedade intelectual de tercei-
ros. Os autores declaram não haver qualquer irregularidade que comprometa a integridade des-
ta obra.
APRESENTAÇÃO
O livro “Estudos sobre os impactos da pandemia no Brasil” 
apresenta um acervo interdisciplinar de pesquisas de diversas par-
tes do país. 
A pandemia de Covid-19, causada pelo vírus SARS-CoV-2 im-
pactou não apenas a saúde humana, mas também outros aspectos 
importantes da vida social, como a educação, economia, renda, cultu-
ra, aumentando e evidenciando ainda mais as desigualdades na po-
pulação mais vulnerável.
A obra composta por 38 capítulos apresenta diversas alternati-
vas para que os problemas causados pela pandemia possam ser mi-
nimizados, através de ações e políticas públicas eficazes.
Agradecemos aos pesquisadores que contribuíram para que 
este registro histórico pudesse ser realizado.
Os organizadores.
SUMÁRIO
CAPÍTULO 1 17
A ALFABETIZAÇÃO EM TEMPOS PANDÊMICOS: ESTRATÉGIAS 
E DESAFIOS DA PRÁTICA PEDAGÓGICA DE UMA ESCOLA INTE-
GRAL 
Fernando Freitas dos Santos
Rebeca Cacho Barcelos
doi.org/10.36926/editorainovar-978-65-5388-092-4_001
CAPÍTULO 2 31
A ATUAÇÃO DA POLÍCIA JUDICIÁRIA NO COMBATE À VIOLÊN-
CIA DOMÉSTICA
Aline da Silva Alcântara 
doi.org/10.36926/editorainovar-978-65-5388-092-4_002
CAPÍTULO 3 48
A COVID-19 NA IMPRENSA: UMA ANÁLISE DA PANDEMIA NO 
BRASIL PELAS CAPAS DO JORNAL O ESTADO DE SÃO PAULO 
NO ANO DE 20201
Renan Silva Nogueira
doi.org/10.36926/editorainovar-978-65-5388-092-4_003
CAPÍTULO 4 67
A FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES EM TEMPOS 
DE PANDEMIA: UM OLHAR ATRAVÉS DO CIRCUITO FORMATIVO 
DIÁLOGOS DE ALFABETIZAÇÃO
Gerviz Fernandes de Lima Damasceno
Francisco Hélio Damasceno Ferreira
Edmilson Rodrigues Chaves
Idalina Maria Sampaio da Silva Feitosa Dias
Genizia Fernandes de Lima
Cristiana de Paula Santos
doi.org/10.36926/editorainovar-978-65-5388-092-4_004
CAPÍTULO 5 84
A PANDEMIA E A PRECARIZAÇÃO DOS PROFESSORES: UM 
OLHAR DA SOCIOLOGIA DO TRABALHO EM UM CASO EMPÍRI-
CO NO ESPÍRITO SANTO
Guilherme Rebonato Rosi
doi.org/10.36926/editorainovar-978-65-5388-092-4_005
CAPÍTULO 6 101
A SAÚDE DOS PROFESSORES NA PANDEMIA: UM DIÁLOGO UR-
GENTE SOBRE O ENSINO REMOTO E A NECESSIDADE DE POLÍ-
TICAS PÚBLICAS
Maria Imaculada de Souza Pereira
Tatiane Rodrigues Gonçalves
Naili Pereira dos Santos
doi.org/10.36926/editorainovar-978-65-5388-092-4_006
CAPÍTULO 7 111
A ABORDAGEM MÉDICA NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À POPULAÇÃO 
EM SITUAÇÃO DE RUA NO CONTEXTO DA PANDEMIA DE COVID-19
Melyssa Maria Fernandes da Rocha Nunes 
Ana Karoline Pereira Barros 
Luan Rafael Adriano de Vasconcelos 
Rafael Soares Sales Moreira 
Lívio martins Lousada
Lyna Pessoa Jucá Machado
Lúcio Flávio Talmag Lemos 
Lucas Eliel Beserra Moura 
doi.org/10.36926/editorainovar-978-65-5388-092-4_007
CAPÍTULO 8 127
ABUSO SEXUAL INFANTOJUVENIL E PANDEMIA COVID-19: IN-
CIDÊNCIA DE DIREITOS VIOLADOS ANTES E DURANTE A QUA-
RENTENA NO INTERIOR DA AMAZÔNIA OCIDENTAL
Thais Tayane Estevão Costa
Mykaelly Carvalho Pereira
Vanessa de Araujo Martins
Laís Fernanda Tenório Lins
doi.org/10.36926/editorainovar-978-65-5388-092-4_008
CAPÍTULO 9 144
ANÁLISE E PROBLEMATIZAÇÃO DAS RELAÇÕES ENTRE FOR-
MAS-DE-VIDA E ECONOMIA NO CONTEXTO DE PANDEMIA DA 
COVID-19 NO BRASIL: UMA REVISÃO
Caline Gonçalves da Silva
Islane Cristina Martins
doi.org/10.36926/editorainovar-978-65-5388-092-4_009
CAPÍTULO 10 158
AS REPERCUSSÕES DO DISTANCIAMENTO SOCIAL NA SAÚDE 
MENTAL DOS ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS
Beatriz Evangelista de Araújo
Lorena Schalken de Andrade
doi.org/10.36926/editorainovar-978-65-5388-092-4_010
CAPÍTULO 11 173
CARACTERÍSTICAS DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA DO ES-
TADO DE ALAGOAS NO MERCADO DE TRABALHO EM TEMPOS 
DE PANDEMIA DA COVID-19
Thaynara Maria Pontes Bulhões
Richaelle Moreira Dantas da Silva
Vitória Paulo Simplicio
Selma Sabrina de Albuquerque Calheiros 
Rayssa Francielly dos Santos Alves
Deborah Karine de Souza Lima
Ivanise Gomes de Souza Bittencourt
Carlos Henrique Ludwig 
doi.org/10.36926/editorainovar-978-65-5388-092-4_011
CAPÍTULO 12 188
COVID-19: A IMPORTÂNCIA DA FISIOTERAPIA NA RECUPERA-
ÇÃO DA SAÚDE DO IDOSO
Ingrid Antônia Silva Pereira
Juciele Gomes da Silva
doi.org/10.36926/editorainovar-978-65-5388-092-4_012
CAPÍTULO 13 199
CUIDADOS COM PACIENTES LARINGECTOMIZADOS TOTAIS NA 
PANDEMIA DA SARS-CoV-2
Giovanna Silva Ramos
Carla Alves Ferreira
Gabrielly da Silva Londero
Thaynara Maria Machado dos Santos
doi.org/10.36926/editorainovar-978-65-5388-092-4_013
CAPÍTULO 14 209
DEPRESSÃO E ANSIEDADE ENTRE ESTUDANTES UNIVERSITÁ-
RIOS NO ATUAL CONTEXTO DA PANDEMIA DE COVID-19
Carlos Silvio Garcia Alexandre Ribeiro
Fábio Galvão Dantas 
Luís Augusto Soares Castellon
Isabella Cordeiro de Oliveira Lima
Jonathan Bento Cavalcanti
Renato Américo Dantas Camilo de Souza
Thiago Silva Fernandes
Bárbara Vitória Pereira de Sousa
Maria Luisa Barros Santos Lucena
doi.org/10.36926/editorainovar-978-65-5388-092-4_014
CAPÍTULO 15 226
DESAFIO E APRENDIZAGEM DOCENTE EM PERÍODO PANDÊMI-
CO: O CONTEXTO DA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR NO INTE-
RIOR DE MINAS GERAIS
Tulio Martins Pedrosa
Samuel Moreira De Araujo
doi.org/10.36926/editorainovar-978-65-5388-092-4_015
CAPÍTULO 16 245
DESAFIOS DA APRENDIZAGEM DURANTE A PANDEMIA DE CO-
VID-19:UM ENSAIO SOBRE AS PERSPECTIVAS ACERCA DAS 
DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM VIVENCIADAS POR ESTU-
DANTES BRASILEIROS
Amanda do Nascimento da Silva
Cristina Maria Duarte Wigg
doi.org/10.36926/editorainovar-978-65-5388-092-4_016
CAPÍTULO 17 261
EDUCAÇÃO E JUVENTUDES: ESTUDANTES FACE AOS DESA-
FIOS ORIGINADOS PELA PANDEMIA DA COVID-19
Cristina de Sousa da Silva
Paulo Sergio Barros
doi.org/10.36926/editorainovar-978-65-5388-092-4_017
CAPÍTULO 18 277
EDUCAÇÃO PÚBLICA NO PERÍODO DA PANDEMIA DE COVID-19: 
A ATUAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DO ESTADO DO CE-
ARÁ E DO MUNICÍPIO DE FORTALEZA 
Morganna Aparecida Maia Chaves de Lima
doi.org/10.36926/editorainovar-978-65-5388-092-4_018
CAPÍTULO 19 293
ENSINO–APRENDIZAGEM NA GRADUAÇÃO DE ENFERMAGEM 
EM TEMPO DE PANDEMIA: REVISÃO INTEGRATIVA DE LITERA-
TURA
Rhuanna Nayene de Sousa Naiff
Bruna Lima Nucci
Lívia Medeiros Neves Casseb.
doi.org/10.36926/editorainovar-978-65-5388-092-4_019
CAPÍTULO 20 308
HOME OFFICE E A ERGONOMIA DOS DOCENTES DE UMA INSTI-
TUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR NO PERÍODO DE PANDEMIA
Antônio Andersson Alves dos Santos
Madson Fernandes de Melo Júnior
Luis Filipe Pinheiro Vital
Thales Henrique Silva Costa
Fabricia Nadja de Oliveira Freire
Juliana de Souza Andrade
doi.org/10.36926/editorainovar-978-65-5388-092-4_020
CAPÍTULO 21 327
METODOLOGIAS ATIVAS NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES NO 
CONTEXTO PÓS-PANDEMIA: EM FOCO O USO DAS TECNOLO-
GIAS EM SALA DE AULA
Edvargue Amaro da Silva Junior
Maria Rosângela Bezerra
Rosana Barros Pinheiro Esbalqueiro
doi.org/10.36926/editorainovar-978-65-5388-092-4_021
CAPÍTULO 22 339
MUDANÇAS NA EDUCAÇÃO QUE OCORRERAM DURANTE A 
PANDEMIA
Silvia Leticia dos Santos Ramos
doi.org/10.36926/editorainovar-978-65-5388-092-4_022
CAPÍTULO 23 355
O ENSINO REMOTO EMERGENCIAL Na pandemia de covid-19: 
O PROCESSO DE ADAPTAÇÃO nA REDE MUNICIPAL EM NOVO 
PLANALTO, GOiás, no ano de 2020
Cristiane Oliveira dos Santos
Mariana Lucas Mendes
Jorge Luiz Oliveira Costa
doi.org/10.36926/editorainovar-978-65-5388-092-4_023
CAPÍTULO 24 371
O IMPACTO DA PANDEMIA DA COVID-19 NA EDUCAÇÃO
Alexandre Neiva de Araujo
doi.org/10.36926/editorainovar-978-65-5388-092-4_024
CAPÍTULO 25 387
O MEDO EM TEMPOS DE PANDEMIA DE CORONAVÍRUS: UM ES-
TUDO SOBRE SUAS DIMENSÕES PSICOSSOCIAIS E FORMAS 
DE ENFRENTAMENTO NO CENÁRIO CONTEMPORÂNEO
André Gustavo Lopes Vitor 
doi.org/10.36926/editorainovar-978-65-5388-092-4_025
CAPÍTULO 26 399
OS DESAFIOS DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM DIANTE 
DA PANDEMIA COVID-19: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA SO-
BRE O CONTEXTO DOS EPI’S
Flávia de Araújo Costa
doi.org/10.36926/editorainovar-978-65-5388-092-4_026
CAPÍTULO 27 413
OS IMPACTOS DA PANDEMIA NO CENÁRIO EDUCACIONAL DO 
PIAUÍ
Andreia Rodrigues de Andrade
Adelina Barbosa de Sousa
Francielcio Silva da Costa
Evaniele Pereira Lages
Elida Maria Dias Pereira
Guilherme Vinícius Silva Romão
Naiara Ferreira da Silva
Marcilia Gomes Duarte
Jassyara Maria Castro dos Santos
Márcia Gomes Duarte
doi.org/10.36926/editorainovar-978-65-5388-092-4_027
CAPÍTULO 28 428
PANDEMIA COVID 19 – IMPACTOS PARA OS ENFERMEIROS QUE 
ATUAM NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA 
Guilherme Barbosa de Souza
Thalia Soares Teixeira
Wismene Botelho de Oliveira
Ana Carolina de Souza Jorge
doi.org/10.36926/editorainovar-978-65-5388-092-4_028
CAPÍTULO 29 443
POSSIBILIDADE DE ANÁLISE EM ÉPOCA DE PANDEMIA: TECNO-
LOGIAS DIGITAIS E SUAS IMPLICAÇÕES NA PSICANÁLISE
Angelo Luiz Ferro
Rosilene Caramalac
Italo Diego de Souza
doi.org/10.36926/editorainovar-978-65-5388-092-4_029
CAPÍTULO 30 460
REDES SOCIAIS E VACINAS: O QUE A PANDEMIA DO SARS-COV-2 
TEM A NOS ENSINAR?
Francisco Werbeson Alves Pereira
Antonia Benta da Silva Pereira
Ludmilly Almeida Barreto
Lohanne Thayná de Souza Lima
Bruna Letícia Olimpio dos Santos
Flávio Mateus Soares de Souza
Carla Soraya Silva Araujo
Alessandra Gonçalves Bezerra
Leonice da Silva Severo
Moziane Mendonça de Araújo
doi.org/10.36926/editorainovar-978-65-5388-092-4_030
CAPÍTULO 31 470
REFLEXÕES A PARTIR DA PANDEMIA DE COVID-19 SOBRE AS 
NECESSIDADES DA FAMÍLIA NA UNIDADE DE TERAPIA INTEN-
SIVA PEDIÁTRICA
Dayse Marinho Martins
Jamille Fontes Leite Botelho
Suellen Christine de C. Souza
doi.org/10.36926/editorainovar-978-65-5388-092-4_031
CAPÍTULO 32 489
REFLEXÕES SOBRE IMPACTOS PSICOSSOCIAIS DA SINDEMIA 
DA COVID-19 NA SAÚDE MENTAL 
Bárbara Vitória Pereira de Sousa
Carla de Sant’Ana Brandão Costa
Emily Souza Gaião e Albuquerque
Luís Augusto Soares Castellon
Jonathan Bento Cavalcanti
Stéphanie Lima Fechine de Alencar
Renato Américo Dantas Camilo de Souza
Thiago Silva Fernandes
doi.org/10.36926/editorainovar-978-65-5388-092-4_032
CAPÍTULO 33 506
SAÚDE MENTAL DE PROFISSIONAIS DE SAÚDE NO ENFRENTA-
MENTO À COVID-19: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Karla Carolline Barbosa Dote
Ediney Linhares da Silva
Cleide Carneiro
Erasmo Miessa Ruiz
doi.org/10.36926/editorainovar-978-65-5388-092-4_033
CAPÍTULO 34 521
SAÚDE URBANA NO MUNICÍPIO DE VITÓRIA/ES. COVID-19, CO-
MORBIDADES E FATORES DE RISCO DO AMBIENTE URBANO
Giulia Tiengo Bravo
Liziane de Oliveira Jorge
doi.org/10.36926/editorainovar-978-65-5388-092-4_034
CAPÍTULO 35 537
TECNOLOGIA, PANDEMIA E DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO
Wilton Silva Oliveira
doi.org/10.36926/editorainovar-978-65-5388-092-4_035
CAPÍTULO 36 553
TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA EM ADOLES-
CENTES DURANTE A PANDEMIA: UMA REVISÃO DE LITERATU-
RA SISTEMÁTICA 
Kendra Dias Ribeiro
Ana Cristina Garcia Dias
Marcelle Fernandes
doi.org/10.36926/editorainovar-978-65-5388-092-4_036
CAPÍTULO 37 567
“UMA FORÇA QUE NOS ALERTA”: PELA ATENÇÃO CONTRA CA-
SOS COMO O FEMINICÍDIO DE MARIA NO SUL DE MINAS GE-
RAIS DURANTE E APÓS A PANDEMIA DA COVID-19
Evelise Paula Ferreira
Fernanda Onuma
doi.org/10.36926/editorainovar-978-65-5388-092-4_037
CAPÍTULO 38 585
USO DO EPI PELO PROFISSIONAL DE SAÚDE NO ENFRENTA-
MENTO A COVID-19: A SAÚDE DO TRABALHADOR EM QUESTÃO
Nicole Oliveira Barbosa
Elane da Silva Barbosa
Stanley dos Santos Dornelles
Fernando de Oliveira Rodrigues
Márcia Jaínne Campelo Chaves
Hélder Matheus Alves Fernandes
Lorena da Silva Lima
Roberta Maria Pires dos Santos
doi.org/10.36926/editorainovar-978-65-5388-092-4_038
SOBRE OS ORGANIZADORES 601
ÍNDICE REMISSIVO 606
ESTUDOS SOBRE OS IMPACTOS DA PANDEMIA NO BRASIL | 17
CAPÍTULO 1
A ALFABETIZAÇÃO EM TEMPOS PANDÊMICOS: 
ESTRATÉGIAS E DESAFIOS DA PRÁTICA 
PEDAGÓGICA DE UMA ESCOLA INTEGRAL 
LITERACY IN PANDEMIC TIMES: STRATEGIES AND CHALLENGES OF 
PEDAGOGICAL PRACTICE IN A FULL-TIME BRAZILIAN SCHOOL
Fernando Freitas dos Santos
Campo Grande – MS
nandofreitascg@gmail.com
Rebeca Cacho Barcelos
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)
Programa de Pós-Graduação em Estudos de Linguagens
Campo Grande – MS
https://orcid.org/0000-0003-2334-3295
cacho.rebeca@gmail.com
RESUMO
Com o início da pandemia no Brasil, no ano de 2020, as práticas peda-
gógicas precisaram ser reinventadas. Por conta do isolamento social, as 
salas de aulas foram reformuladas e substituídas por aparelhos eletrôni-
cos. O ensino remoto tornou-se a modalidade viável de mediação edu-
cacional e, por isso, muitos educadores precisaram reelaborar suas prá-
ticas de ensino. Como estruturar o processo de alfabetização em modali-
dade não presencial para estudantes do 1º ano do ensino fundamental I? 
Quais estratégias metodológicas são viáveis e minimizadoras do impacto 
causado pelas aulas remotas aos alunos em fase de alfabetização? Es-
sas questões serão analisadas no decorrer deste estudo a partir do tra-
balho pedagógico desenvolvido com os estudantes da Escola em Tem-
po Integral Professora Ana Lúcia de Oliveira Batista, situada em uma re-
gião periférica, da rede municipal de Campo Grande, Mato Grosso do 
Sul. Os desafios e as estratégias do trabalho pedagógico, além da estru-
ESTUDOS SOBRE OS IMPACTOS DA PANDEMIA NO BRASIL | 18
tura curricular e dos princípios pedagógicos que norteiam a concepção 
da unidade de ensino, serão contemplados neste artigo a partir dos estu-
dos de Juan Dias Bordenave e Adair Martins Pereira (1989), Neusi Berbel(1995), Magda Soares (2018; 20221) e Paulo Freire (2001). 
Palavras-chave: Alfabetização; Ensino Remoto; Prática pedagógica; 
Estratégias metodológicas. 
ABSTRACT
With the onset of the COVID-19 pandemic in Brazil in 2020, peda-
gogical practices needed reinventing. Due to social isolation, class-
rooms were redesigned and replaced by electronic devices. Remote 
teaching became the “viable” modality of educational mediation, and 
therefore many educators had to re-elaborate their teaching practic-
es. Thus, he asked himself; How to structure the literacy process non-
face-to-face for students in the 1st year of primary school? What meth-
odological strategies are viable and minimize the impact caused by 
small classes on students in the literacy phase? These issues will be 
analyzed throughout this study. The pedagogical work developed with 
the school’s students, in Full-Time Professora Ana Lúcia de Olivei-
ra Batista, located in a peripheral region, of the municipal network of 
Campo Grande, Mato Grosso do Sul. The challenges and strategies 
of the pedagogical work, in addition to the curricular structure and the 
pedagogical principles that guide the conception of the teaching unit, 
contemplated in this article are based on the following; Juan Dias Bor-
denave and Adair Martins Pereira (1989), Neusi Berbel (1995), Magda 
Soares (2018; 20221) and Paulo Freire (2001).
Keywords: Literacy; Remote Learning; Pedagogical practice; Method-
ological strategies.
A escola no cenário pandêmico: Apontamentos iniciais 
No início do ano de dois mil e vinte o mundo foi surpreendido 
com a notícia de um vírus letal que se alastrava por toda parte. Instau-
rou-se um período pandêmico decorrente de uma pneumonia misterio-
sa cujo primeiro registro deu-se em dezembro de 2019 em Wuhan, na 
China. A sensação de pertencer a uma trama de filme de terror foi bas-
ESTUDOS SOBRE OS IMPACTOS DA PANDEMIA NO BRASIL | 19
tante real. No que diz respeito a área educacional, convém ressaltar 
que vários períodos históricos foram determinantes nas mais diversas 
práticas de ensino. Da abordagem pedagógica tradicional às práticas 
metodológicas mais inovadoras da contemporaneidade, um longo ca-
minho foi percorrido. O grande número de professores, em suas dife-
rentes formações na licenciatura, teve, em maior ou menor grau, con-
tato com as inúmeras teorias acerca de metodologias de ensino. No 
entanto, é possível destacar que para todos ou talvez para a maioria 
dos educadores, não lhes fora apresentada a abordagem pedagógica 
em período pandêmico. Ensinar de maneira remota em uma rede de 
ensino público que não conta com a estrutura necessária para atender 
os estudantes tornou-se uma realidade para milhares de educadores 
no Brasil. Além disso, ensinar enquanto o aluno chora a morte de seus 
familiares, deixou de ser ficção para tornar-se realidade.
 Diferente de uma abordagem pedagógica tecnicista, cuja rela-
ção professor-aluno se circunscreve de maneira superficial e destoan-
te da realidade, problematizar a vida e a situação assoladora em que 
o mundo se deparou por conta de um vírus que desafia a inteligência 
humana, tornou-se eixo norteador em muitas práticas pedagógicas. O 
medo passou a fazer morada no coração de inúmeras pessoas. Por 
isso, os professores tiveram que ter uma grande estrutura emocional 
para educar frente ao cenário de dores e de desafios. De forma mais 
pontual, as páginas a seguir versarão sobre as dificuldades e as estraté-
gias metodológicas de alfabetização utilizadas na Escola de Tempo In-
tegral Professora Ana Lúcia de Oliveira Batista, situada em uma região 
periférica da capital sul-mato-grossense. No entanto, para melhor com-
preensão da prática docente que precisou ser reformulada e reinventa-
da devido a necessidade de aulas remotas, apresentaremos no próxi-
mo tópico um breve contexto da referida escola, assim como seus obje-
tivos de aprendizagens, princípios metodológicos e estrutura curricular. 
A transição do ensino presencial para o remoto: Breve contextu-
alização
Em maio de 2008, por meio do Decreto n. 10.490, publicado no 
Diário Oficial do Município de Campo Grande – MS, instituiu-se a cria-
ESTUDOS SOBRE OS IMPACTOS DA PANDEMIA NO BRASIL | 20
ção da escola de tempo integral sobre a qual se debruça a presente 
proposta de pesquisa de tese. Após muita preparação e estudos por 
parte da equipe gestora, corpo docente e técnicos administrativos, em 
fevereiro de 2009 os portões da escola foram abertos para receber 
quatrocentos e quarenta e sete alunos distribuídos em dezessete tur-
mas, da educação infantil ao 5º ano do ensino fundamental. 
Objetivando à educação em tempo integral, a referida unida-
de de ensino, desde a sua instituição, compromete-se pela qualidade 
educacional sob a ótica de um ensino público que cumpra sua função 
social de possibilitar aos estudantes acesso ao conhecimento. Atrela-
da a essa premissa, uma de suas bases de ensino consiste em proble-
matizar os diversos saberes com o contexto histórico-social dos edu-
candos a fim de possibilitar sua apropriação do mundo assim como 
sua possível transformação. 
A proposta pedagógica da referida escola encontra-se funda-
mentada na metodologia da Problematização e nas etapas do Arco de 
Maguerez. Tal proposta, elaborada na década de 70 do século XX, ga-
nhou evidência pelos pesquisadores Bordenave e Pereira (1989) com 
foco para os profissionais da educação e processos de formação para 
os professores. O intuito da proposta da problematização incute na 
necessidade de ensino centrado no aluno como autor do processo de 
conhecimento. Suas características e etapas possibilitam a potência 
de mobilizar diversificadas habilidades intelectuais dos indivíduos de 
modo a requerer inclinação e entusiasmo em prol da resolução do pro-
blema apresentado pelo mobilizador/educador cujo desenvolvimento 
da pesquisa perpassa por etapas sistematizadas a fim de alcançar os 
resultados educativos pretendidos. 
A Metodologia da Problematização com o Arco de Maguerez 
apresenta cinco etapas sistemáticas com o objetivo de percorrer um 
rico e profícuo caminho de pesquisa e de ensino. São elas: Observa-
ção da Realidade, Pontos-chave, Teorização, Hipóteses de Solução 
e Aplicação à realidade. A estudiosa e pesquisadora de tal aborda-
gem metodológica, Neusi Berbel (1995), discorre que a primeira eta-
pa sistêmica do Arco de Maguerez implica a Observação da Realida-
de. O ponto de partida é, com base na realidade dos participantes, de-
finir um problema. Essa etapa requer do mobilizador da ação um olhar 
ESTUDOS SOBRE OS IMPACTOS DA PANDEMIA NO BRASIL | 21
apurado para incentivar e entusiasmar os participantes a se envere-
darem na pesquisa em busca da transformação da realidade observa-
da. Dentro do contexto educacional, de acordo com o documento nor-
mativo da Secretária Municipal de Educação de Campo Grande – MS, 
apoiado nos estudos da professora Neusi Berbel (1995), na etapa da 
observação da realidade “os alunos são levados a observar o seu co-
tidiano e refletir sobre ele, dando início a um processo de problemati-
zação de um assunto pelo grupo” (SEMED, 2009, p. 21). Esse ponto 
inicial é de suma importância para que os estudantes, mediados pelo 
docente, possam eleger uma situação e problematizá-la. 
A segunda etapa do Arco de Maguerez, segundo Berbel (1995), 
diz respeito ao estabelecimento de Pontos-chave. Tal etapa implica o 
levantamento de questões basilares que são apresentadas frente ao 
estudo. Em outras palavras, refere-se aos tópicos que precisam ser 
investigados com base no problema elencado. Nessa fase os estu-
dantes precisam ter clareza da situação-problema para assim elencar 
possíveis aspectos que precisarão ser esmiuçados e debatidos no de-
correr do processo de pesquisa. 
A Teorização é a terceira etapa da proposta metodológica de 
problematização que alude a um processo de pesquisa em busca da 
construção de respostas mais precisas e elaboradas para a situação-
-problema inicialmenteapresentada. Nessa fase, todos os pontos-
-chave elencados serão estudados e analisados. O documento nor-
mativo que aborda os pressupostos metodológicos de ensino da es-
cola de tempo integral de Campo Grande – MS aponta que a etapa 
da Teorização sugere “um momento de construção de respostas mais 
elaboradas para o problema, tendo como orientação para as pesqui-
sas os aspectos registrados nos pontos-chave” (SEMED, 2009, p. 21). 
A quarta etapa, Hipóteses de Solução, refere-se aos dados en-
contrados no processo de pesquisa que poderão auxiliar para resol-
ver a problemática apresentada. Os participantes baseados pelo estu-
do até então realizado precisarão apresentar soluções para o proble-
ma. De acordo com os autores e estudiosos da Proposta da Proble-
matização a partir do Arco de Maguerez, Juan Dias Bordenave e Adair 
Martins Pereira (1989, p. 10), “a aprendizagem tornou-se uma pesqui-
sa em que o aluno passa de uma visão ´sincrética´ ou global do pro-
ESTUDOS SOBRE OS IMPACTOS DA PANDEMIA NO BRASIL | 22
blema a uma visão ´analítica´ do mesmo, através de sua teorização, 
para chegar a uma ´síntese´ provisória, que equivale à compreensão”. 
É justamente da apropriação profunda e estrutural do problema, oca-
sionada pelo estudo sistematizado das etapas acima apresentadas, 
que surgem as hipóteses de solução. 
Por último, a etapa da Aplicação à Realidade, destina-se ao 
desfecho das etapas anteriores. Implica o desempenho prático dos 
participantes para com a resolução da situação-problema. Para tal, 
as soluções geradas refletem o comprometimento dos sujeitos envol-
vidos para transformar em determinado grau a realidade inicialmente 
colocada em questão. 
Além da adoção da Metodologia da Problematização, centrada 
no Arco de Maguerez, a proposta pedagógica da escola fundamenta-
-se em cinco princípios metodológicos para nortear a prática docente. 
O estudo “Educação Integral: uma experiência na rede municipal de 
ensino de Campo Grande – MS” (2011), material organizado pelas téc-
nicas educacionais responsáveis pelo acompanhamento das escolas 
de tempo integral da capital sul-mato-grossense, aponta tais princípios 
como temas transversais que, consonantes à Metodologia da Proble-
matização, precisam ser conhecidos e contemplados pelos educado-
res em sua prática docente. São eles:
1. Educar pela pesquisa: por meio deste princípio os alunos são 
estimulados a se apropriarem do conhecimento pelo viés da in-
vestigação científica. Os educandos são incitados a levantarem 
hipóteses, criarem teorias, justificarem ideias, formularem solu-
ções e aplicá-las em diversas situações-problemas. 
2. Aprendizagem Interativa: ao entender a aquisição de conheci-
mento como processo dinâmico e ativo, considera-se a intera-
ção social como um dos pilares para o processo de aprendiza-
gem. Logo, pela sua característica social, o aluno precisa do 
outro para o seu desenvolvimento. A interação, portanto, torna-
-se indicador substancial em que o educador, por meio de di-
ferentes processos de mediação, realiza a intermediação en-
tre o estudante, seus pares e os mais variados objetos de co-
nhecimento. 
ESTUDOS SOBRE OS IMPACTOS DA PANDEMIA NO BRASIL | 23
3. Desenvolvimento da Fluência Tecnológica: as tecnologias da 
informação e comunicação constituem-se como base operacio-
nal para o ensino da referida escola. Para tal, os educandos e 
educadores são estimulados a utilizarem os recursos tecnoló-
gicos disponíveis na instituição a fim de desenvolverem os co-
nhecimentos necessários para o desenvolvimento operacional 
da fluência tecnológica. 
4. Inserção crítica à realidade: mais que transmitir conhecimen-
to, a proposta pedagógica da escola consiste em aliar os mais 
diversos objetos de aprendizagem e conteúdo ao mundo da 
vida dos estudantes. Problematizar o contexto social e a histó-
ria (passado, presente e futuro) torna-se requisito indispensá-
vel para construção identitária e apropriação social dos alunos 
acerca da realidade a qual pertencem. 
5. Educação Ambiental: esse princípio é entendido como o de-
senvolvimento contínuo que os alunos, coadunados à comuni-
dade, tomam consciência do seu ambiente a fim de compreen-
derem valores e competências para atuarem criticamente em 
busca de ações e soluções de conflitos concernentes à proble-
mática ambiental. Destaca-se, ainda, que esse princípio preci-
sa ser analisado em sua totalidade e não o reduzindo apenas 
a uma visão ecológica. Assim, entende-se como sistema com-
posto por fatores essenciais relacionados aos aspectos sociais. 
Já a estrutura curricular da unidade educacional, organiza-
-se em suas mais variadas áreas de conhecimento em Ambientes de 
Aprendizagem (AA1 – Língua Portuguesa; AA2 – Ciências, AA3 – Ma-
temática; AA4 – Geografia; AA5 – História). Esses ambientes são mes-
clados pela interdisciplinaridade dos conteúdos referentes às ques-
tões problematizadas. Além disso, o currículo apresenta os Ambien-
tes de Aprendizagem Integradores (AAI1 – Arte e AAI2 – Educação Fí-
sica). Os ambientes integradores, formados pela linguagem de Arte 
e Educação Física, têm o intuito de proporcionar novas relações de 
aprendizagem no espaço educativo, tais como: experiências estéticas, 
fruição artística, noções corporais e de movimento. 
ESTUDOS SOBRE OS IMPACTOS DA PANDEMIA NO BRASIL | 24
Como componente diversificado do currículo ainda são ofere-
cidas as Atividades Curriculares Complementares, assim composto: 
ACC1 – Projetos, ACC 2 – Língua Estrangeira, ACC 3 – Atividades Es-
portivas, ACC 4 – Atividades Artísticas e Culturais e Atividades de Tem-
po Livre – TL. A referida organização curricular, aliada à mediação críti-
ca docente, contribui para a formação integral do aluno não apenas em 
sua intelectualidade, mas também nos aspectos social e cultural.
Importante destacar que, com base em todo material até aqui 
apresentado, a Escola de Tempo Integral Professora Ana Lúcia de Oli-
veira Batista esteve em funcionamento, até o início de 2020, atenden-
do aos objetivos e pressupostos pedagógicos de ensino presencial. 
No entanto, por motivo de força maior (pandemia), o trabalho docen-
te necessitou de readequações por conta das aulas remotas iniciadas 
no primeiro bimestre do ano de 2020. O acesso ao ensino de qualida-
de e crítico continuou como alicerce da proposta metodológica da re-
ferida escola. Como oferecê-lo em tempos pandêmicos de forma não 
presencial? Eis o grande desafio!
O canal de comunicação escolhido, pensando na acessibilida-
de de boa parte dos estudantes, foi o aplicativo de troca de mensa-
gens WhatsApp. Por meio desse, os professores realizavam as posta-
gens de aulas via orientações por escrito, vídeo e áudio. Além da me-
diação pelo ambiente virtual, os alunos recebiam apostilas com ativi-
dades elaboradas pelos docentes da unidade de ensino. O contato fí-
sico e presencial, tão caro ao processo de alfabetização, foi substituí-
do pela presença virtual da tela de celulares e computadores. 
 Como educadores, era possível perceber uma outra ótica de 
lugar e tempo. Dentro de casa já não vivenciávamos a agitação diá-
ria da escola. Não víamos os mesmos corpos energéticos em sala de 
aula. Dentro de casa o silêncio ensurdecedor nos impedia de ouvir as 
vozes dos alunos buscando se apropriar de cada letra do alfabeto. Po-
rém, apesar de um cenário um tanto quanto inesperado, estávamos 
cientes de que estar dentro de casa representava a esperança de um 
dia voltar a sentir, ouvir e ver tudo o que antes era corriqueiro e, por 
vezes, passava despercebido. Pelo viés óptico do isolamento, esfor-
çávamos ao máximo para driblar os desafios do cenário educacional 
que atravessava um período pandêmico. 
ESTUDOS SOBRE OS IMPACTOS DA PANDEMIA NO BRASIL | 25
A alfabetização nas aulas remotas: estratégias e desafios 
Com o ápice da pandemia provocada pelo corona vírus, res-
ponsável e transmissor da COVID-19 que emergiu no ano de 2020, 
a realidade das crianças que já se via próxima das telas, estreitou-
-se aindamais devido ao fato das aulas acontecerem de maneira re-
mota, ou seja, através de vídeos e mensagens enviadas na gran-
de maioria da vezes via WhatsApp. Ao olhar para o cenário escolar, 
percebe-se que as dificuldades na leitura e na escrita aumentaram 
de modo exponencial, o que refletiu diretamente em todas as disci-
plinas e segmentos dentro da escola, não apenas no âmbito da alfa-
betização.
A falta de contato com o chão da escola propiciou nas crian-
ças o pouco interesse pela leitura, o vocabulário reduzido e informal, 
dificuldade de compreensão, erros ortográficos, não reconhecimento 
de si nas obras, poucas produções advindas de livros, conhecimentos 
restritos aos conteúdos escolares e falta de percepção do espaço-lu-
gar em que se encontram.
Mediante esse cenário, nosso local de fala, a já citada na Es-
cola Municipal Professora Ana Lúcia de Oliveira Batista, na cidade de 
Campo Grande, Estado de Mato Grosso do Sul, viveu e ainda vive 
uma realidade que não foi diferente. Nas séries iniciais em fase de al-
fabetização, foi possível perceber o quanto o afastamento e desloca-
mento do ambiente alfabetizador prejudicou o anseio e interesse pela 
leitura que, em tempos outros, as crianças apresentavam já ao início 
do ano letivo.
Cabe aqui ressaltar aqui dois pontos primordiais para compre-
ensão do que nossa unidade escolar teve como desafios na alfabeti-
zação durante o período de aulas remotas. Primeiro, a definição de al-
fabetização, que de acordo com a Base Nacional Comum Curricular 
(BNCC, 2017) é “um processo, onde é preciso que os estudantes co-
nheçam o alfabeto e a mecânica da escrita/leitura – processos que vi-
sam a que alguém (se) torne alfabetizado” (BRASIL, 2017. pg. 88). Por 
encarar a definição como simplória para todo o processo no qual tan-
to o alfabetizando quanto o alfabetizador se encontram, busca-se um 
respaldo teórico em Magda Soares.
ESTUDOS SOBRE OS IMPACTOS DA PANDEMIA NO BRASIL | 26
Então, em segundo lugar, apresenta-se o que Magda Soares 
(2018), um dos nomes referência em alfabetização no Brasil, afirma que 
a inserção no mundo da escrita passa por três importantes facetas:
A faceta propriamente linguística da língua escrita – a re-
presentação visual da cadeira sonora da fala, [...] a faceta 
interativa da língua escrita – a língua escrita como veícu-
lo de interação entre as pessoas, de expressão e de com-
preensão de mensagens; a faceta sociocultural da língua 
escrita – os usos, funções e valores atribuídos à escrita 
em contextos socioculturais (SOARES, 2018, p. 28 – 29) 
[grifo da autora].
Ao olhar para esses objetos de conhecimento necessários, fica 
evidente que tanto a faceta interativa quanto a sociocultural foram di-
retamente prejudicadas, quiçá furtadas das crianças em fase alfabeti-
zadora por conta dessa distância necessária no momento em voga. O 
ambiente alfabetizador retro citado se encontra não apenas no espa-
ço físico da sala de aula, e sim, nas estratégias diferenciadas que pro-
curam fazer a mediação entre a aprendizagem e ensino que o dia-dia 
permitem bem como os eventos sociais e culturais que envolvam a es-
crita além da rotina escolar. Em uma sala de 1º ano do Ensino Funda-
mental, por exemplo, compreende-se como fatores importantes para 
um ambiente alfabetizador a chamada com o nome de todas as crian-
ças matriculadas, cartazes postos após alguma atividade, quadro de 
aniversariantes, rotina escolar, alfabeto e etc.
A linguagem é um jogo e nós precisamos saber como jogar. 
Para refletir acerca da capacidade da linguagem de construir, des-
construir e reconstruir a própria linguagem como forma de conheci-
mento do mundo e de si mesmo, pode se compreender a alfabetiza-
ção como pontapé inicial deste jogo em que nós, seres humanos, nos 
diferenciamos das demais espécies. Corrobora-se isso, com a auto-
ra Marilena Chauí, em seu texto “A linguagem” em que se aponta que 
apesar dos outros animais demonstrarem dor e prazer por meio da 
voz, apenas o ser humano possui o domínio da palavra. Logo, lingua-
gem é poder.
Através da linguagem é possível que os sujeitos sejam capazes 
de perceber a que, a quem, ou a quais poderes estão subservientes, ao 
ESTUDOS SOBRE OS IMPACTOS DA PANDEMIA NO BRASIL | 27
passo que, através da fala é possível que o saber histórico das pesso-
as as tornem livres, capazes de oposição e de lutar contra um sistema 
de coerção teórico unitário. Ter conhecimento sobre isso, permite que 
se tracem estratégias para inibir o efeito de teorias totalitárias.
O domínio da palavra e de sua articulação é o caminho que nos 
leva ao encontro do mundo e suas relações, sendo por meio dela que 
podemos compreender o signo e seu significado e até mesmo as rela-
ções de poder ao levarmos em conta que os dispositivos de poder se 
valem de uma linguagem para se manter, executar seus mecanismos 
e as suas relações. Um dos poderes que se percebe via linguagem é 
quem, quando e como se contam os fatos e as histórias.
Essas questões levantadas (ensino remoto, alfabetização, lin-
guagem e poder) são o cerne principal da preocupação e direciona-
mento das práticas escolares nos anos letivos de 2020 em que fomos 
pegos de surpresa e em 2021, também período pandêmico. Nosso ló-
cus se dá em uma escola de tempo integral, entretanto, cabe salien-
tar que esse ambiente e educação são pautados não apenas no tem-
po integral, mas sim, em uma educação pública, integral e de qualida-
de das crianças. De acordo com o Projeto Político Pedagógico da es-
cola aprovado em 2017,
A essencialidade do projeto de Escola Pública, em tem-
po integral, está exatamente na garantia deste novo con-
ceito. Um conceito que agrega de modo articulado as ca-
tegorias de “Escola”, como espaço social de aprendiza-
gem, de “Pública”, como direito da infância a tempos-
-espaços de um justo e digno viver e de “Integral” como 
prática articuladora de todas as experiências coletivas do 
processo de formação humana (PPP, 2017, p. 4) [grifo 
do autor].
Diante disso, foi primordial o comprometimento e necessidade 
de que o corpo docente como um todo compreendesse como se dá 
essa formação integral e como a concretização do princípio alfabético 
e ortográfico está diretamente ligado com essas questões. Entende-se 
que tanto a aquisição do sistema de escrita como o domínio da lingua-
gem escrita em seus diversos usos sociais são aprendizagens simul-
tâneas. A tarefa da escola foi assegurar a condição básica para o uso 
ESTUDOS SOBRE OS IMPACTOS DA PANDEMIA NO BRASIL | 28
da língua escrita, isto é, a apropriação do sistema alfabético, que pos-
sibilitasses aos estudantes ler e escrever com autonomia.
Dado esse contexto e com o início das atividades dedicado à 
atenção da importância à promoção do princípio alfabético, prosse-
guiu-se para a próxima fase que se encontra na hipótese de qualida-
de lexical de cada criança, sendo então possível analisar as represen-
tações de qualidade e a profundidade do vocabulário, na medida em 
que conseguem trazer significado ao que é dito, não apenas no mo-
mento da alfabetização em si, mas sim, com foco em todo o contexto 
social na qual estão inseridos. 
A partir de uma concepção de educação integral, reco-
nhecem-se as diversas aprendizagens e competências 
desenvolvidas ao longo da vida, bem como os diferen-
tes espaços de aprendizagem. Aprende-se desde o nas-
cimento, pois o aprendizado ocorre com os pais, com a 
família, com os pares e em diferentes espaços e situa-
ções. O aprendizado decorre da interação com o mun-
do que nos cerca, resultante de um processo em que im-
pregnamos o mundo, atribuindo-lhe sentidos e significa-
ções (PPP, 2017, p. 108).
Para esse momento, optou-se em olhar os alfabetizandos sob 
essa ótica de Magda Soares em que a leitura e a escrita não se sepa-
ram, apresentando a todo momento textos, narrativas, fábulas e histó-
rias mesmo àquelas crianças que ainda não se encontrassem na fase 
alfabética e/ou alfabética ortográfica. Soares apud Ferreiro (2018, p. 82) 
afirma que “Não me interessaa leitura e nem a escrita, o que me inte-
ressa é que tipo de ideias o sujeito constrói sobre o escrito”. Mesmo re-
motamente, o desafio foi alcançado com o envio de links para acesso à 
jogos de alfabetização, vídeo aulas com contação de história, pdf. com 
as histórias que eram contadas, dentre outras estratégias.
Com essa afirmação, Magda Soares não defende que o/a al-
fabetizador/a não se preocupa com a escrita alfabética e ortográfica 
da criança, mas sim, foca na linguagem em primeiro lugar como im-
portante para que seja possível se comunicar, socializar, registrar fa-
tos históricos, ressignificar traumas, dentre outras. Com isso, vemos 
como as palavras quando institucionalizadas se tornam uma perfor-
ESTUDOS SOBRE OS IMPACTOS DA PANDEMIA NO BRASIL | 29
mance do discurso que se quer registrar. É importante salientar que 
discurso e linguagem não são sinônimos, visto que o primeiro se en-
contra em um campo majoritariamente subjetivo, ou seja, cada um 
com sua materialidade e ética formativa individual, e o segundo, em 
um campo objetivo em que as estruturas retóricas são de cunho es-
sencial para que seja possível convencer o outro.
Uma das necessidades percebida foi de que a escola resgatas-
se o valor das individualidades, reconhecimento de si bem como co-
nhecimentos regionais e, para além disso, as crianças conseguissem 
adquirir esse conhecimento via literatura regional. No 1º ano, essa in-
tegração das três facetas iniciou-se com a leitura do livro As Aventu-
ras da Princesa Pantaneira, de Tina Xavier, e em continuidade, esten-
deu-se um projeto ao longo do ano sempre levantando questões além 
da codificação e decodificação das letras.
Tanto o corpo docente da escola, quanto as crianças, não ape-
nas as matriculadas no 1º ano do Ensino Fundamental, podem aqui 
perceber que a leitura é um dos instrumentos chave para alcançar es-
sas competências, pois,
Como em um quebra-cabeça, cada peça só ganha sen-
tido quando associada a outra peça que a complemen-
ta. Também alfabetização e letramento são processos in-
terdependentes. Como em um quebra cabeça, as peças 
são diferentes, com cada peça tendo uma forma que se 
encaixa à forma específica de outra. Também os proces-
sos de alfabetização e letramento são diferentes, envol-
vendo, cada um, conhecimentos, habilidades, e compe-
tências específicos, que implicam processos de aprendi-
zagem diferenciados e, consequentemente, procedimen-
tos diferenciados de ensino (SOARES, 2021, p. 37).
Sabe se que do hábito de leitura depreendem-se outros elos, 
como a alfabetização e o letramento no processo de educação. A pes-
quisa, o texto, as danças, culturas, brincadeiras, curiosidades, e capa-
cidade para analisar, criticar, julgar, posicionar e perceber-se como su-
jeito de suas ações. 
Mediante ao exposto, fica evidente que nosso leme no desafio 
da alfabetização em tempos pandêmicos foi a LEITURA. Estimulando 
ESTUDOS SOBRE OS IMPACTOS DA PANDEMIA NO BRASIL | 30
a leitura, foi, é e ainda será possível que nossos alunos compreendam 
e relacionem aquilo que estão aprendendo na escola com o que acon-
tece no mundo em geral, sentindo-se pertencente e autor da sua pró-
pria história. Parafraseando Paulo Freire, para que as crianças não es-
tejam no mundo apenas para se adaptar a ele, mas sim, para que pos-
sam transformá-lo, participando ativamente de práticas que possibili-
tem um projeto de mundo.
REFERÊNCIAS
BERBEL, N. A. N. Metodologia da problematização: uma alternati-
va metodológica apropriada para o ensino superior. Semina: Ciências 
Humanas e Sociais, Londrina, v. 16, n. 2, p. 9-19, out. 1995. 
BORDENAVE, J. D.; PEREIRA, A. M. Estratégias de ensino apren-
dizagem. 4. ed. Petrópolis: Vozes, 1989.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Básica. 
Base Nacional Comum Curricular. Brasília, DF: [2018]. Disponível 
em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/a-base/>. Acesso em: 2 
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FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler. 41ª ed, São Paulo: Cor-
tez, 2001.
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO. Escola Municipal Professora 
Ana Lúcia de Oliveira Batista, Campo Grande, 2017.
SEMED, NUAC-ETI, Projeto das Escolas de Tempo Integral; Módu-
lo I do Curso de Formação de Professores da Escola de Tempo Inte-
gral, Campo Grande, MS/ 2009.
SOARES, Magda. Alfabetização: A questão dos métodos. 1. ed. São 
Paulo: Contexto, 2018.
SOARES, Magda. Alfaletrar. Toda Criança pode aprender a ler e a es-
crever. São Paulo: Contexto, 2021.
XAVIER FILHA, Tina. As aventuras da Princesa Pantaneira. Campo 
Grande, MS: Editora Life, 2012.
ESTUDOS SOBRE OS IMPACTOS DA PANDEMIA NO BRASIL | 31
CAPÍTULO 2
A ATUAÇÃO DA POLÍCIA JUDICIÁRIA NO 
COMBATE À VIOLÊNCIA DOMÉSTICA
THE ACTIVITY OF THE JUDICIAL POLICE IN THE FIGHT 
AGAINST DOMESTIC VIOLENCE
Aline da Silva Alcântara 
Universidade de Fortaleza - Unifor
Fortaleza - Ceará
alinne.alcantaraaaa@gmail.com
RESUMO
O papel dos profissionais da Polícia Judiciária Brasileira no enfrenta-
mento à violência doméstica contra a mulher, é o foco deste trabalho. 
Apresenta-se um estudo comparativo da violência doméstica durante 
a pandemia e como está a situação atual desse cenário. As hipóteses 
foram investigadas por meio de pesquisa bibliográfica, dados estatís-
ticos da SUPESP, Instituto Maria da Penha, dados da Casa da Mulher 
Brasileira e Delegacias de Defesa da Mulher de Fortaleza e do Esta-
do. A pesquisa demonstrou, fundamentado em dados oficiais, a com-
provação de que nos locais onde existem políticas públicas para aco-
lher as mulheres em situação de violência, o número de denúncias au-
mentou e o de reincidências e feminicídio diminuiu. Essa informação 
comprova o grau efetivo do trabalho dos profissionais capacitados e o 
investimento em políticas públicas voltadas para amparar as vítimas 
desse problema. A conclusão deste trabalho salienta a necessidade 
do fortalecimento de mecanismos de combate a esse tipo de crimina-
lidade contra o gênero feminino, além de incentivo ao respeito e pre-
venção das vítimas que se configuram como grupo vulnerável, enfati-
zando a importância da polícia judiciária como instrumento indispen-
sável para investigação e coibição dos casos de violência doméstica. 
Portanto, é essencial o reforço na capacitação adequada na especiali-
ESTUDOS SOBRE OS IMPACTOS DA PANDEMIA NO BRASIL | 32
zação desses profissionais da polícia judiciária, ressaltando a influên-
cia indispensável de servidores do gênero feminino.
Palavras-chave: violência; mulher; feminicídio; polícia judiciária; gênero.
ABSTRACT
The role of Brazilian Judiciary Police professionals in tackling domestic vi-
olence against women is the focus of this work. A comparative study of 
domestic violence during the pandemic and the current situation of this 
scenario is presented. The hypotheses were investigated through bibli-
ographical research, statistical data from SUPESP, Instituto Maria da 
Penha, data from the Casa da Mulher Brasileira and Police Stations for 
the Defense of Women in Fortaleza and the State. The research demon-
strated, based on official data, the proof that in places where there are 
public policies to welcome women in situations of violence, the number 
of complaints increased and the number of recidivism and femicide de-
creased. This information proves the effective level of work of trained pro-
fessionals and the investment in public policies aimed at supporting vic-
tims of this problem. The conclusion of this work emphasizes the need to 
strengthen mechanisms to combat this type of crime against the female 
gender, in addition to encouraging respect and prevention of victims who 
are configured as a vulnerable group, emphasizing the importance of the 
judicial police as an indispensable instrument for investigation and curbing 
cases of domestic violence. Therefore, it is essential to reinforce adequate 
training in the specialization of these judicial police professionals, empha-
sizing the indispensable influence of female servants.
Keywords: violence; women; femicide;judiciary Police; genre.
INTRODUÇÃO
Conforme dados da Secretaria da Segurança Pública e Defe-
sa Social (SSPDS), por meio da Gerência de Estatística e Geopro-
cessamento (GEESP/SUPESP), onde expõe suas estatísticas men-
sais, de janeiro a agosto de 2022, foram contabilizados 12.380 regis-
tros no Estado do Ceará que se encaixam na Lei Maria da Penha - Lei 
n° 11.340/06, como número de pessoas do gênero feminino vítimas de 
violência doméstica (GEESP/SUPESP, 2022).
ESTUDOS SOBRE OS IMPACTOS DA PANDEMIA NO BRASIL | 33
O turno mais comum de denúncia dessas ocorrências é o tur-
no noturno, totalizando o percentual de 33,4% nos horários de 18:00h 
a 23:59h, momento em que está finalizando o horário comercial e a ví-
tima e o agressor costumam ocupar o mesmo ambiente, sendo o do-
mingo o dia da semana de maior percentual de registros, totalizando 
17,4%, dia em que geralmente estão todos de folga, segundo dados 
estatísticos da SUPESP (GEESP/SUPESP, 2022). 
A quantidade é marcante justamente por abranger todos os ti-
pos de violência doméstica que podem acontecer, sendo estas física, 
psicológica, sexual, moral ou patrimonial. Portanto, é simples compre-
ender que grande parte da população se encontra em vulnerabilidade 
social e não só faz jus especial proteção do Estado, como já existem 
ações governamentais voltadas às suas necessidades, a fim de asse-
gurar que seja dado atenção especial à essa classe para proporcionar 
tratamento igualitário, evitando a perpetuação da vulnerabilidade e re-
vitimização dessas mulheres.
 A revitimização é a expressão usada para quando as vítimas 
de violência são sujeitas a revivê-las quando procuram apoio do Esta-
do e é vedada pela Lei Maria da Penha, conforme art. 10-A, inciso III 
da Lei nº 11.340/2006. A Casa da Mulher Brasileira - Ceará consiste 
em uma das mais importantes ações do Programa “Mulher Viver Sem 
Violência”, promovido em 2013 pela Presidenta Dilma Rousseff, na 
qual configura a união planejada de intervenções da União, dos Esta-
dos, do Distrito Federal e dos Municípios (BRASIL, 2020).
A Casa da Mulher Brasileira pretende integrar todas as institui-
ções de embate à violência contra as mulheres, com objetivo de pre-
venir, coibir e eliminar a violência de gênero no Brasil. Este é um equi-
pamento para revolucionar e ajudar na emancipação das mulheres no 
Estado do Ceará. Com efeito, é imprescindível o concreto reconheci-
mento do compromisso de toda a equipe de profissionais que atuam 
e fazem parte de todos os órgãos que funcionam dentro deste equi-
pamento.
A problemática em torno das vítimas de violência doméstica no 
Brasil está voltada ao fato do machismo estrutural enraizado pelo pa-
triarcalismo na sociedade que coloca a mulher no papel de submissão 
e de posse do homem. A violência doméstica muitas vezes, se perpe-
ESTUDOS SOBRE OS IMPACTOS DA PANDEMIA NO BRASIL | 34
tua pela dependência financeira que as vítimas possuem com o agres-
sor, levando em consideração que na maioria dos casos envolve bens 
materiais e filhos.
Segundo pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa Econô-
mica Aplicada - IPEA, que verificou as evidências de violência da po-
pulação feminina economicamente ativa no Brasil, constatou-se que 
há uma vinculação entre a questão financeira e as possibilidades de 
sofrer violência doméstica, segundo o IPEA, as mulheres economica-
mente ativas possuem a porcentagem de sofrer violência doméstica 
de 24,9%. Comparativamente, essa porcentagem é de 52,2% entre 
aquelas que não trabalham, isto é, praticamente o dobro. (IPEA, 2020)
Desse modo, a definição do tema demonstra-se pela relevân-
cia do conteúdo da perspectiva política, social e jurídica, assim como, 
pelo interesse de estudar a fundo com base nos conhecimentos adqui-
ridos no exercício da atividade de estágio na Delegacia de Polícia Civil 
Metropolitana de Horizonte, abrangendo para a Casa da Mulher Brasi-
leira e as Delegacias de Defesa da Mulher de Fortaleza.
A partir do exposto, responde-se a determinados questiona-
mentos, tais como: Qual o impacto da violência contra as mulheres na 
sociedade, suas causas e consequências? Quais os impactos da pan-
demia nas ocorrências de violência doméstica contra as mulheres? 
Como a Polícia Judiciária atua e o seu grau de efetividade no comba-
te à violência doméstica? 
No contexto em que se encontram os dados de violência do-
méstica no Brasil, teve-se como objetivo geral analisar a atuação da 
Polícia Civil e seu grau de efetividade diante desse conflito, ademais, 
teve-se como objetivos específicos verificar o impacto da pandemia 
ocasionada pelo coronavírus no agravamento dos casos de violência 
doméstica.
No que se refere aos aspectos metodológicos, as hipóteses fo-
ram investigadas por meio de pesquisa bibliográfica, dados estatísti-
cos da SUPESP, mapa da violência, Instituto Maria da Penha e infor-
mações da Delegacias de Defesa da Mulher de Fortaleza e do Esta-
do. Em relação à tipologia da pesquisa, segundo a utilização dos re-
sultados, a pesquisa se torna pura, uma vez que é produzida com ob-
jetivo de expandir o conhecimento do pesquisador para uma nova to-
ESTUDOS SOBRE OS IMPACTOS DA PANDEMIA NO BRASIL | 35
mada de posicionamento. A abordagem é qualitativa, buscando envol-
ver as atitudes e as relações humanas, analisando fenômenos sociais 
de modo intensivo. Em relação aos objetivos, a pesquisa é descritiva 
e exploratória, por detalhar acontecimentos e dados reais, encontrar a 
frequência que um ato acontece, sua natureza e suas características.
DESENVOLVIMENTO
1. O AUMENTO DA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA NO PERÍODO DA 
PANDEMIA
Com o decreto do isolamento social devido ao aumento des-
controlável de contaminação dos casos de coronavírus no mundo in-
teiro, nesse mesmo cenário, simultaneamente, algumas mulheres su-
portaram outra luta além do vírus, a violência doméstica. 
Dessa forma, o lugar que deveria proporcionar sentimento de 
conforto e segurança, torna-se um lugar em que mulheres vivenciam 
cenas de terror e sofrimento, sendo diante do cenário pandêmico, im-
pedidas de saírem de casa e convivendo 24 horas com seus agresso-
res, vale ressalvar que a pandemia não foi uma causa de violência do-
méstica, mas sim um fator agravante.
1.1 Análise do período da pandemia, de 2019 a 2021
A Central de Atendimento à Mulher, conhecida como “Ligue 180”, 
arrolou um número de 1.3 milhão de ligações em 2019, conforme ba-
lanço de dados divulgado pelo Ministério da Mulher, da Família e dos 
Direitos Humanos, os quais indicam que houve um aumento de 7,95% 
nas denúncias por violência doméstica e familiar entre 2018 e 2019, de 
62.485 para 67.438. Desse total, a porcentagem de 61,11% é de violên-
cia física; a porcentagem 19,85% são de violência moral; e a porcenta-
gem de 6,11% são de tentativa de feminicídio. (CEARÁ, 2022)
Dessa forma, os números de processos de violência domésti-
ca também aumentaram. O país brasileiro finalizou o ano de 2019 em 
maior intensidade, em um número acima de 1.000.000 (um milhão) de 
processos de violência doméstica, além de 5,1 mil processos de femi-
ESTUDOS SOBRE OS IMPACTOS DA PANDEMIA NO BRASIL | 36
nicídio tramitando no judiciário. Em ocorrências de violência domésti-
ca, o acréscimo foi de aproximadamente 10%, com o surgimento de 
um número de 563,7 mil novos processos, conforme o Painel de Mo-
nitoramento da Política Judiciária Nacional de Enfrentamento à Vio-
lência Contra as Mulheres, do Conselho Nacional de Justiça (BRA-
SIL CNJ, 2020), segundo informações divulgadas em março de 2020.
Levantamento do Núcleo de Enfrentamento à Violência 
Contra a Mulher (Nudem) de Fortaleza mostra que du-
rante a pandemia, a partir do decreto do Governo de iso-
lamento social, editado no último dia 23 de março, fo-
ram realizados 288 procedimentos pelas defensoras pú-
blicas e colaboradores da equipe psicossocial. De acordo 
com a defensora pública e supervisora do Nudem, Jeritza 
Braga, estima-se que em 90% deles foram agredidas por 
cônjuge, companheiro, ex-companheirosou ex-namora-
dos. (NA PANDEMIA […], 2020, s.p.) 
Além disso, o número de medidas protetivas também cresceu, 
totalizando 70 mil medidas a mais do que em 2018. No ano de 2019, 
houve um aumento de 20% nas medidas protetivas, chegando a 403,6 
mil, sendo verificado, também, um acréscimo na quantidade de sen-
tenças em processos, sendo 35% de sentenças em demasias nos ca-
sos de feminicídio e 14% em demasias nos de violência doméstica. 
Nevares, Xavier e Marzagão, (2020, p. 108, 109 e 110), explica alguns 
desses desafios e possíveis causas, vejamos:
O distanciamento do local de trabalho, da rede de familia-
res e amigos, bem como o fechamento de escolas e ou-
tros serviços públicos são alguns dos desaf ios para as 
vítimas de violência adotarem medidas para sua prote-
ção.19 Com o convívio familiar mais intenso, sem o pe-
ríodo de trabalho externo, tensões aumentam e tarefas 
domésticas se multiplicam com a presença das crianças 
em casa. Nesse contexto, em muitos lares, a violência se 
instala ou se agrava. [...] os impactos da pandemia nos 
progressos ligados ao f im da violência baseada no gêne-
ro são previstos por dois motivos: redução dos esforços 
de prevenção e proteção e de serviços sociais e cuida-
dos e aumento da violência, sendo que a expectativa é 
de redução de um terço do avanço para o f im da violên-
ESTUDOS SOBRE OS IMPACTOS DA PANDEMIA NO BRASIL | 37
cia de gênero até 2030, com previsões de que a continui-
dade do lockdown por seis meses pode gerar novas 31 
milhões de violências baseadas em gênero, passando a 
aumentar em 15 milhões os casos para cada três meses 
além dos primeiros seis de lockdown.
Ademais, Nevares, Xavier e Marzagão, (2020, p. 108, 109-110) 
também apontam sobre o aumento dos feminicídios no mesmo con-
texto em que algumas mulheres não conseguiram realizar denúncias 
presencialmente, ocasionando a redução dos números de boletins de 
ocorrências, acarretando também a diminuição das solicitações das 
medidas protetivas. 
O estudo ainda constatou aumento do número de femi-
nicídios registrados, com explosão de 46,2% de aumen-
to dos casos na comparação entre março de 2019 e mar-
ço de 2020 (FBSP. 2020, p. 2). Além disso, apresentou di-
versas medidas adotadas por outros países e a gravida-
de da situação na China (FBSP, 2020, p. 14). Por f im, a 
nota técnica recomendou algumas medidas a serem ado-
tadas, que podem até mesmo ser um futuro legado, como 
diversif icação de canais para denúncia, inclusive em lo-
cais que realizam atividades essenciais, como farmácias 
e supermercados; divulgação dos serviços de proteção 
às mulheres e campanhas para aumento da participação 
da sociedade (FBSP. 2020, p. 16). [...] As Secretarias de 
Segurança Pública de alguns Estados, como São Pau-
lo, passaram a permitir que sejam registrados Boletins de 
Ocorrência relativos à violência doméstica, que devem 
ter tramitação prioritária, de casa e sem o risco de serem 
ouvidas pelo agressor (FBSP, 2020, p. 14).
Se no que entendíamos por normalidade, o ciclo da vio-
lência já era difícil de ser rompido, em tempos de isola-
mento temos a escalada das agressões e uma maior difi-
culdade de rompimento da relação abusiva. (NEVARES; 
XAVIER; MARZAGÃO, 2020, p. 108)
Mesmo diante da dificuldade de realizar a denúncia presencial-
mente, algumas medidas dos Estados ajudaram a melhorar essa situ-
ação, como proporcionar outras maneiras de denunciar, com registro 
de boletim de ocorrência online, os dados apresentados apontam que 
ESTUDOS SOBRE OS IMPACTOS DA PANDEMIA NO BRASIL | 38
o comportamento das mulheres indicam estímulo em querer buscar 
apoio jurídico denunciando os agressores, por meio do poder público, 
das delegacias, da justiça, da defensoria pública, solicitando a con-
cessão de medidas protetivas, tornando-se um passo assertivo para o 
combate à violência doméstica. 
1.2 Análise da situação atual e as consequências pós pandemia
Durante a pandemia, mesmo que existam dados que compro-
vem o aumento da violência doméstica contra as mulheres, fica a refle-
xão sobre o fato de nem todos os casos terem surgido na íntegra das 
estatísticas, tendo em vista que as mulheres vítimas acharam mais 
obstáculos em relação ao acesso aos meios de denúncia e às redes 
de proteção, por permanecerem mais tempo com seus agressores. 
Segundo a Organização Panamericana de Saúde (OPAS), 
“42% das vítimas de violência por parte do companheiro evidenciam 
lesões como principais consequências das opressões vividas”. Os 
problemas a longo e curto prazo para a violência cometida por par-
ceiros causam graves danos não só para a saúde física, mas também 
para a saúde sexual, e principalmente, à saúde mental, sexual para as 
vítimas sobreviventes e seus descendentes, englobando também ele-
vados custos não só sociais, como econômicos, além de consequên-
cias mortais irreversíveis, como o feminicídio ou, até mesmo, o suicí-
dio dessas mulheres violentadas. (OPAS, 2013)
A violência é capaz de ocasionar abortamentos, problemas 
ginecológicos e infecções transmissíveis sexualmente, envolvendo 
o HIV e até mesmo gestações indesejadas. Uma análise realizada 
em 2013 pela OPAS evidenciou “que as pessoas que já foram abu-
sadas fisicamente ou sexualmente eram 1,5 vezes mais propensas a 
ter uma infecção sexualmente transmissível e, em algumas regiões, o 
HIV, comparado às pessoas que nunca sofreram nenhum tipo de vio-
lência”. (OPAS, 2013)
Entre os efeitos sociais do aumento das agressões ocorridas 
dentro do âmbito familiar também estão os gastos com a saúde, além 
do rendimento em produtividade e da oferta de emprego, tendo em 
vista que as vítimas de violência doméstica que sofrem lesões físicas 
ESTUDOS SOBRE OS IMPACTOS DA PANDEMIA NO BRASIL | 39
e estas resultam em hematomas ou lesões podem impedir a frequ-
ência regular ao trabalho, ocasionando a perda do emprego, além do 
constrangimento causado à vítima, ocasionando o isolamento da famí-
lia e dos amigos. Relata Penha (2014, p. 82):
Não pararam por aí as diligências: as precauções que 
eu deveria ter em relação à minha saúde acarretavam 
elevados custos, face à necessidade de fisioterapia, exa-
mes periódicos, alimentação balanceada e rica em fibras, 
aquisição de medicamentos e vitaminas, consultas mé-
dicas domiciliares, despesas com transportes e muito 
mais. Na realidade, uma paraplegia não significa apenas 
o fato de não poder locomover-se, mas também o risco 
constante de complicações sérias que podem advir das 
dificuldades de algum diagnóstico. Por outro lado, a fal-
ta de sensibilidade em grande parte do corpo, a vida se-
dentária, o mau funcionamento dos órgãos internos, de-
vem ser levados em consideração como fatores que po-
dem desencadear certos tipos de moléstias, como osteo-
porose, cálculos renais, embolias, infecções, etc.
Todas essas evidências levam a concluir que mulheres vítimas 
de violência no âmbito doméstico e familiar possuem mais complica-
ções em seu estado de saúde, maior percentual de faltas ao trabalho 
e o que gera problemas em outras proporções, como no vínculo em-
pregatício do mercado de trabalho devido à inaptidão de realizar ativi-
dades trabalhistas, gerando como consequência perda de renda fixa, 
ausência de atuação em ocupações constantes, além de aptidão res-
tringida em relação à autocuidado e também de cuidar dos seus pró-
prios filhos (OPAS, 2013).
1.3 A (in)acessibilidade aos serviços e políticas públicas de saúde
Conforme a Lei Maria da Penha, “as políticas públicas de pro-
teção também conferem como responsabilidade ao Sistema Único de 
Saúde (SUS) prestar assistência à mulher em situação de violência”. 
O atendimento ofertado em unidades básicas de saúde é produzido 
por passos, sendo indispensável o acolhimento humanizado no decur-
so do atendimento, o curso desses serviços de atendimento é firma-
ESTUDOS SOBRE OS IMPACTOS DA PANDEMIA NO BRASIL | 40
do no ato de fornecer todo suporte médico, assistência com assistente 
social, psicólogos e psiquiatras, proporcionando suportepsicológico, 
funcionando até prevenção com anticoncepção de emergência e para 
ISTs, como forma de conscientização. (SERVIÇOS [...], 2022)
Ademais, “em casos de violência sexual, existe um manual que 
estabelece o cumprimento de diretrizes federais, como fazer constar 
do prontuário da paciente as providências adotadas – boletim de ocor-
rência, acesso à rede de Atenção Básica para que a vítima receba 
apoio familiar e social, e outras previstas em lei”. (SERVIÇOS [...], 
2022)
 A situação de violência no âmbito doméstico e familiar sofrida 
pela mulher é uma problemática social e pública, tendo em vista que 
causa impactos na “economia do País e absorve meios de recursos 
substanciais tanto do Estado quanto do setor privado”, tais como au-
xílios-doença, maior número de consultas médicas, internações, exa-
mes médicos, fornecimento de medicamentos; maiores solicitações 
de “aposentadorias precoces, pensões por morte, afastamentos do 
trabalho, entre outros” (SANTA CATARINA, 2013).
Conforme o § 2º do art. 3º da Lei Maria da Penha, “é de respon-
sabilidade da família, da sociedade e do poder público assegurar às 
mulheres o exercício dos ‘direitos à vida, à segurança, à educação, à 
cultura, à moradia, ao acesso à justiça, ao esporte, ao lazer, ao traba-
lho, à cidadania, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e co-
munitária´” (BRASIL, 2006).
O Instituto Maria da Penha (IMP) legitima a necessidade de 
existir “em todos os municípios com mais de 60 mil habitantes, as po-
líticas públicas que acolham a Lei Maria da Penha, como a Delega-
cia de Atendimento Especial às Mulheres, o Centro de Referência de 
Atendimento à Mulher, o Juizado de Violência Doméstica e Familiar 
contra a Mulher, a Casa-abrigo, dentre outros”. 
Conforme o IMP, é comprovado que nas localidades que há 
políticas públicas para amparar e proteger “as mulheres em situação 
de violência, a quantidade de denúncias aumentou e o de reincidên-
cias diminuíram, contudo, atestam que essa causa depende muito da 
vontade política e da sensibilização dos gestores públicos” (BURE-
MA, 2018).
ESTUDOS SOBRE OS IMPACTOS DA PANDEMIA NO BRASIL | 41
Além disso, o IMP também dá ênfase à importância da “função 
da imprensa na propagação da Lei Maria da Penha, bem como a ta-
refa das universidades, das escolas e de todas as esferas institucio-
nais”, acreditando na desconstrução de comportamentos machistas 
por meio da educação buscando uma sociedade mais igualitária. 
O governador de Mato Grosso do Sul (MS) Reinaldo Azambu-
ja, em 2018, destacou que houve um aumento do número de mulheres 
que denunciaram os agressores, crescimento de 6% correspondente 
às denúncias de violência doméstica entre os anos 2015 e 2017, de 
acordo com os dados da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança 
Pública - SEJUSP, considerando os planos de ampliar a presença de 
policiais mulheres para atendimentos. (BUREMA, 2018)
Isso ocorreu após a existência de adoção de política pública de 
combate à violência doméstica que foram expandidas pela gestão es-
tadual com as Delegacias especializadas de atendimento à mulher e a 
Casa da Mulher Brasileira, com funcionamento por 24 horas, as quais 
proporcionam promoção de autonomia e encorajamento a essas mu-
lheres a realizarem a denúncia contra os opressores. 
As pressuposições são de que apenas 30% desses casos são 
referidos, segundo a subsecretária de Políticas Públicas para as Mu-
lheres, Luciana Azambuja. No ano de 2017, totalizaram 18.475 casos 
em que as mulheres romperam o bloqueio do medo e acionaram às 
autoridades policiais, o que leva a concluir que quando o estado for-
nece às mulheres condições para o encorajamento feminino, é possí-
vel identificar não só o aumento na quantidade de denúncias e conse-
quentemente a redução dos números de feminicídio, sendo registra-
da em 2017 redução de 21% nesse tipo de crime, segundo dados for-
necidos pela Segurança Pública do Estado de MS. (BUREMA, 2018)
após a criação da lei Maria da Penha foi que as delega-
cias da mulher ganharam maior relevância para os gover-
nos em todo território nacional, de acordo com as políti-
cas de combate à violência contra a mulher. Ademais, a 
orientação da adoção de atendimento especializado nes-
tas unidades, criou através da lei o dispositivo das medi-
das protetivas específicas para mulheres, o que possibili-
tou que as delegacias passassem a dar uma resposta rá-
pida às vítimas de violência. (BERTHO, 2016, s.p.)
ESTUDOS SOBRE OS IMPACTOS DA PANDEMIA NO BRASIL | 42
Desse modo, “as Delegacias da Mulher são ordenadas pelas 
polícias civis dos Estados brasileiros, as quais ficam dependentes das 
secretarias de segurança pública estaduais”, sendo cada estado res-
ponsável por coordenar com liberdade a formação e gerenciamento 
das delegacias, sem que haja um comando de competência federal. 
Porém, há uma norma de método, “de 2010, que menciona as 
diretivas ideais de desempenho das Delegacias da Mulher, todavia 
não há controle para garantir que essa norma é de fato cumprida”, 
não encontrando-se também alguma norma na legislação que ordene 
a quantidade de delegacias que devem ter em cada região, nem em 
como o governo deve laborar para criá-las. 
Segundo a CPMI da Violência Doméstica, no ano de 2012 exis-
tiam 432 delegacias no Brasil, conforme dados atualizados em 2018, 
fato que dificulta o combate à violência doméstica, sendo comprova-
do que os investimentos em políticas públicas ajudam no grau de efe-
tividade da polícia judiciária e encorajam as mulheres a denunciarem.
Maria da Penha, responsável por dar nome à lei, presume que um 
dos obstáculos para que a luta contra à violência doméstica seja eficaz 
seria exatamente o baixo número das delegacias especializadas no Bra-
sil, pois apesar de existirem “redes de suporte à mulher em todas as ca-
pitais brasileiras, os médios e pequenos municípios ainda estão desam-
parados em relação a essa implementação”. Nesse sentido, “a Constitui-
ção Estadual do Ceará, de 1989, determina que para assegurar o direi-
to constitucional de atendimento às vítimas de qualquer tipo de violência, 
o Estado deve instaurar delegacias especializadas em toda cidade que 
tenha mais de 60 mil habitantes”. (FALCONERY, NASCIMENTO, 2019)
Conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 
(IBGE), segundo dados de 2019, em 27 cidades do Ceará a popula-
ção supera a marca dos 60 mil habitantes, no entanto o Estado pos-
suía apenas 10 delegacias especializadas de atendimento às mu-
lheres. Dados da Pesquisa de Informações Básicas Municipais (Mu-
nic), apresentados pelo IBGE que expõem o fato de que essas unida-
des existem em apenas 5,4% das cidades cearenses. (FALCONERY, 
NASCIMENTO, 2019)
A “Pesquisa de Informações Básicas Municipais (Munic) do 
IBGE revela ainda que, dos 184 municípios do Ceará, apenas 38 têm 
ESTUDOS SOBRE OS IMPACTOS DA PANDEMIA NO BRASIL | 43
infraestrutura especializada para amparo a mulheres que sofrem vio-
lência, sendo equivalente a 20% das cidades, conforme informações 
relacionadas a 2018. O estado do Ceará possui centros de referên-
cias, juizados ou varas especializadas de violência doméstica e fami-
liar contra a mulher, promotorias e, pelo menos, uma casa-abrigo e 
uma Casa da Mulher Brasileira, sendo a permanência desses servi-
ços em cidades de maior contingente populacional, como Fortaleza”. 
(FALCONERY, NASCIMENTO, 2019)
A prefeitura de Sobral com o apoio do Governo do Estado do 
Ceará atualmente conta com a Casa da Mulher Cearense Maria José 
Santos Ferreira Gomes, inaugurada em 30 junho de 2022, na qual 
atua fornecendo apoio e atendimento voltado às mulheres vítimas de 
situações de violência doméstica, contando com a mesma estrutura e 
organismos da Casa da Mulher Brasileira em Fortaleza.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Como visto anteriormente, em termos gerais, violência domés-
tica no Brasil, regida pela Lei Maria da Penha, Lei n.º 11.340 de 07 de 
agosto de 2006, busca proteger às mulheres vítimas de omissões den-
tro do âmbito familiarbaseada no seu gênero, traz como consequên-
cias sofrimento físico, psicológico, sexual, dano moral ou patrimonial 
e até mesmo ocasionando sua morte, sendo este configurando como 
Feminicídio, o qual é regido pela Lei n° 13.104/15, Lei do Feminicí-
dio, se tornando uma nova qualificadora de homicídio no Código Pe-
nal Brasileiro.
A responsabilidade sobre a qual foi realizada a pesquisa é de 
natureza investigatória e possui em seus fundamentos assentados a 
busca por analisar o papel dos profissionais da Polícia Judiciária Bra-
sileira no enfrentamento desse problema e seu grau de efetividade no 
combate à violência doméstica, em como os profissionais capacitados 
contribuem para a averiguação desses casos e como a Polícia Civil 
Brasileira atua como organismo de proteção dessas vítimas, evitando 
a revitimização das mesmas. Ademais, busca fazer um estudo com-
parativo da violência doméstica durante a pandemia e suas consequ-
ências na situação atual desse cenário.
ESTUDOS SOBRE OS IMPACTOS DA PANDEMIA NO BRASIL | 44
As evidências apontam para resultado preocupante das conse-
quências sociais que o aumento da violência doméstica podem oca-
sionar, como problemas de saúde com “abortos induzidos, problemas 
ginecológicos e infecções sexualmente transmissíveis, incluindo o HIV 
e até mesmo gestações indesejadas. Conforme análise da OPAS, foi 
evidenciado que as mulheres que já foram abusadas física ou sexual-
mente eram 1,5 vezes mais propensas a adquirirem uma infecção se-
xualmente transmissível” (OPAS, 2013).
Além do aumento dos custos com a saúde devido aos proble-
mas que podem ser ocasionados pela lesão à integridade física da ví-
tima, também existe o problema que as vítimas acabam se tornan-
do impedidas pelos hematomas e lesões de frequentar assiduamen-
te o trabalho, ocasionando a perda do emprego, além do constrangi-
mento que ocasiona o isolamento da família e dos amigos, evidências 
que levam ao resultado que mulheres vítimas de “violência doméstica 
têm mais problemas de saúde, maior absenteísmo de faltas ao traba-
lho ocasionando consequências em outras esferas, como no mercado 
de trabalho devido inaptidão às atividades do trabalho, perda de salá-
rio, falta de participação em atividades regulares e capacidade cerce-
ada de cuidar de si própria e de seus filhos”.
 Conclui-se que os dados da pesquisa ratificam as hipóteses 
em vários aspectos, como se faz necessário perceber a comprovação 
de que nas localidades onde existem políticas públicas para amparar 
as vítimas em situação de violência, o número de denúncias cresceu e 
o de reincidências reduziu, o que comprova o grau efetivo do trabalho 
dos profissionais capacitados e no investimento em políticas públicas 
voltadas para amparar as vítimas desse problema.
Perante as razões expostas acima, é necessário o fortaleci-
mento de mecanismos de combate a esse tipo de criminalidade, além 
de incentivo ao respeito e prevenção das vítimas que se configuram 
como grupo vulnerável, enfatizando a importância da polícia judiciária 
como instrumento indispensável para investigação e coibição dos ca-
sos de violência doméstica, sendo essencial o reforço na capacitação 
adequada na especialização desses profissionais, ressaltando a influ-
ência indispensável dos servidores do sexo feminino. 
ESTUDOS SOBRE OS IMPACTOS DA PANDEMIA NO BRASIL | 45
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ESTUDOS SOBRE OS IMPACTOS DA PANDEMIA NO BRASIL | 46
CEARÁ, Serviços e Informações do Brasil Governo do Estado do. 
Central de Atendimento à mulher registrou 1,3 milhão de cha-
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