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RELATÓRIO URINÁLISE ATUALIZADO

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO 
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS 
HOSPITAL MILITAR DE ÁREA DO RECIFE 
EXÉRCITO BRASILEIRO 
 
 O primeiro setor com o qual ve contato foi o de 
Urinálise/Parasitologia/Espermograma, no qual a tenente Daura é responsável e 
executa as a vidades juntamente com o técnico Vagner e algum soldado. No que tange 
a urinálise, inicialmente o mapa de trabalho é disposto na bancada por ordem de 
prioridade: posto médico> ambulatório urgente> ambulatório. Logo depois as urinas são 
alocadas de acordo com o nome do paciente e cada paciente terá, respec vamente, um 
tubo de ensaio de 10 mL, onde sua urina será ver da, até aproximadamente 6 mL. Tanto 
o mapa, quanto o frasco de urina e o tubo de ensaio, são enumerados com o mesmo 
número, como forma de iden ficação do paciente. 
 Após a urina ser ver da no tubo de ensaio, se inicia o Exame Qualita vo de Urina, os 
aspectos sicos que independem da fita rea va, são: cor (amarelo claro, citrino, escuro; 
verde; marrom; etc.); aspecto (turva, límpida, etc.) e odor (fé do ou não fé do). Já os 
que dependem da fita rea va são a densidade e pH, que sempre serão descritos. Além 
desses parâmetros, a fita rea va avalia aspectos químicos, que só serão descritos se 
posi varem. Por exemplo, glicose, leucócitos, hemoglobina, nitrito, bilirrubina, etc. Tudo 
isso é descrito no mapa do paciente e repassado para tenente Daura, após esse 
procedimento, as urinas são centrifugadas e o sobrenadante é desprezado. E os 
sedimentos também são repassados para tenente Daura fazer a avaliação microscópica. 
 O analista re ra aproximadamente entre 20-30 microlitros do sedimento e coloca na 
lâmina para ler com a obje va de 40. Dessa forma ela consegue observar a presença na 
urina de células epiteliais, leucócitos, hemácias, bactérias, cristais de oxalato, etc. 
Havendo a presença desses elementos, ela descreve a quan dade por campo, 
corroborando ou não com o resultado da fita. Por exemplo, se a fita der nitrito posi vo, 
no sedimento haverá bactéria. Mas se a fita der nitrito nega vo, também poderá haver 
bactéria no sedimento, pois nem todas são produtoras de nitrito. Sendo assim, o analista 
precisa ter essa e outras exper ses para liberar um laudo correto. 
 No parasitológico de fezes é usado o método de Hoffman (sedimentação espontânea), 
onde o técnico ou soldado solubiliza as fezes em um po nho com água, depois em um 
cone contendo água no seu interior e gaze na sua super cie (como uma peneira), as 
fezes são ver das. E assim elas ficam por 24 h, após isso o sobrenadante é desprezado e 
5 gotas de lugol são adicionadas. O aspecto sico das fezes também é descrito, exemplo: 
cor e consistência. E o médico também pode solicitar a pesquisa de sangue oculto nas 
fezes a par r de um teste rápido. 
 A lâmina do parasitológico de fezes é feita pelo analista, onde ele re ra entre 20-30 
microlitros do sedimento, mistura com mais um pouco de lugol, e “aspira” a lâmina para 
re rar a água. Dessa forma, o analista vai procurar por: cistos e ovos de parasitas, 
vermes, larvas, hemácias, etc. E tudo isso precisa ser descrito no laudo. 
 Por fim, o espermograma é feito exclusivamente pelo analista. Onde se avalia aspectos 
sicos, como: viscosidade, cor, pH, etc. E ele pode tomar dois rumos, se o paciente for 
vasectomizado, no microscópio vai ver a existência ou não de espermatozoides. Se a 
solicitação for para ver a fer lidade do paciente, será necessário fazer uma coloração na 
lâmina, para não só ver a quan dade de espermatozoides, mas também a qualidade 
deles. Nesses casos, serão necessários cálculos, contagem na lâmina e coloração da 
lâmina para avaliação morfológica. 
 No que tange a minha experiência no setor, foi de grande aprendizado e 
aproveitamento. Pude pôr em prá ca conceitos aprendidos na faculdade, aprender 
novos e rar minhas dúvidas. Agradeço a todos que colaboraram com meu aprendizado. 
Sem dúvidas é um setor indispensável nas análises clínicas e que faz uma leitura 
importante sobre o quadro de saúde geral do paciente. Por fim, um dos maiores 
aprendizados desse contato inicial com o estágio, é que por mais que a prá ca pareça 
simples, é um arcabouço grande de conhecimentos que vão fazer com que a parte 
analí ca seja executada da melhor forma possível e o laudo saia o mais fidedigno a 
condição de saúde do paciente. 
 
CASO CLÍNICO 1: 
 Paciente de ambulatório, I.S.F, 78 anos, sexo masculino. Foram solicitadas dosagem de 
ureia, crea nina, alguns eletrólitos e sumário de urina. O paciente faz uso de 
medicamentos como: somalgin cárdio, hemifumarato de que apina, lu alque apina, 
pregabalina, mirtazapina, CIPIDE e lactulona. Na avaliação sica da urina a cor estava 
amarelo claro, aspecto turvo, pH 6, densidade 1.010 e odor normal. A fita rea va indicou 
a presença de nitrito (+) e leucócitos (3+). E os resultados do exame microscópico do 
sedimento foram: hemácias: 0—1; leucócitos + 30; células epiteliais 1-3; flora 
bacteriana: acentuada. Dessa forma dá para sugerir uma possível infecção urinária, 
causada por bactérias e que gerou esse aumento de piócitos no paciente. Cabe ao 
médico avaliar todo o quadro clínico do paciente e o resultado dos outros exames para 
fazer o melhor tratamento. Além disso, muito provavelmente será solicitada uma cultura 
da urina do paciente para iden ficar qual a bactéria causadora e seu an biograma, para 
a correta prescrição do an microbiano. Por fim, essa infecção pode ser de origem 
desconhecida, mas por se tratar de um paciente idoso, u lizando diversos 
medicamentos, para diversas doenças; é possível intuir que ele esteja com a imunidade 
mais baixa e consequentemente mais propenso a ter infecções oportunistas. 
 
 
CASO CLÍNICO 2: 
 Paciente de ambulatório, A.J.O, 43 anos, sexo masculino. Foram solicitados exames 
picos de check-up, incluindo o parasitológico de fezes, o que pode ser indica vo de que 
o médico não estava inves gando especificamente uma infecção intes nal. Ademais, o 
paciente não faz uso de medicamentos. No exame macroscópico de fezes a consistência 
estava firme e a coloração marrom escuro, sem muco e sem sangue. No exame 
microscópico foram vistos cistos do protozoário Entamoeba coli. Os cistos são esféricos 
têm um a oito núcleos com cariossoma grande e excêntrico, a parede cís ca é espessa. 
Os corpos cromatóides, quando presentes, são filamentosos, com extremidades afiladas, 
aparecendo como feixes de agulhas e o citoplasma tem tonalidade amarela. Diferente 
da Entamoeba histoly ca, a E. coli não é patogênica e vive como um comensal no 
intes no grosso. Dessa forma, não precisa ser tratada, não tem sintomas e não configura 
na doença amebíase. 
 
 
 Aluno Preceptor 
 
NOTA

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