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Questão Leia o soneto, a seguir, do poeta barroco português Francisco Rodrigues Lobo (1580- 1622): Mil anos há que busco a minha estrela E os Fados dizem que ma têm guardada; Levantei-me de noite e madrugada, Por mais que madruguei, não pude vê-la. Já não espero haver alcance dela Senão depois da vida rematada, Que deve estar nos céus tão remontada Que só lá poderei gozá-la e tê-la. Pensamentos, desejos, esperança, Não vos canseis em vão, não movais guerra, Façamos entre os mais uma mudança: Para me procurar vida segura Deixemos tudo aquilo que há na terra, Vamos para onde temos a ventura. A paráfrase do texto seria: Faz mil anos que busco a minha sorte e os destinos dizem que a têm guardada para entregar-me. Contudo, levantei-me de noite e madrugada, mas não pude vê-la, por mais que tenha madrugado. Não espero mais alcançá-la a não ser depois de ter terminado a vida, porque essa estrela deve estar nos céus num lugar tão alto que só lá, depois de morto, poderei gozá-la e tê-la. Meus pensamentos, desejos e esperança, não quero que vocês se cansem em vão, não quero que movam guerras e proponho que façamos uma mudança, ou seja, de uma forma diferente: vamos deixar tudo aquilo que há na terra e procurar vida segura onde temos a ventura, a felicidade. Podemos dizer que uma marca do período Barroco no soneto é: Resposta Certa concepção religiosa de base medieval que aponta a vida após a morte como uma possibilidade de encontrar a felicidade, metaforizada por meio da estrela. Questão Leia o soneto, a seguir, do poeta barroco português Francisco Rodrigues Lobo (1580- 1622): Mil anos há que busco a minha estrela E os Fados dizem que ma têm guardada; Levantei-me de noite e madrugada, Por mais que madruguei, não pude vê-la. Já não espero haver alcance dela Senão depois da vida rematada, Que deve estar nos céus tão remontada Que só lá poderei gozá-la e tê-la. Pensamentos, desejos, esperança, Não vos canseis em vão, não movais guerra, Façamos entre os mais uma mudança: Para me procurar vida segura Deixemos tudo aquilo que há na terra, Vamos para onde temos a ventura. A paráfrase do texto seria: Faz mil anos que busco a minha sorte e os destinos dizem que a têm guardada para entregar-me. Contudo, levantei-me de noite e madrugada, mas não pude vê-la, por mais que tenha madrugado. Não espero mais alcançá-la a não ser depois de ter terminado a vida, porque essa estrela deve estar nos céus num lugar tão alto que só lá, depois de morto, poderei gozá-la e tê-la. Meus pensamentos, desejos e esperança não quero que vocês se cansem em vão, não quero que movam guerras e proponho que façamos uma mudança, ou seja, de uma forma diferente: vamos deixar tudo aquilo que há na terra e procurar vida segura onde temos a ventura, a felicidade. São características do período Barroco que aparecem no poema: I – A racionalidade: o poeta não sofre por não ser feliz na terra, pois sabe que mais dia menos dia encontrará a felicidade. Podemos dizer que este pensamento tem afinidade com a aurea mediocritas. II – O apego à vida que se mostra mais intenso no firme propósito do sujeito poético de não desistir de procurar a felicidade. III – A apresentação de polos contrários: a vida e a morte, o ato de buscar e não encontrar a felicidade, a falta de felicidade e a procura dela. Está correto o que se afirma em: Resposta III, apenas Questão Leia o soneto, a seguir, da escritora portuguesa do período árcade Marquesa de Alorna (1750-1839). Esperanças de um vão contentamento, por meu mal tantos anos conservadas, é tempo de perder-vos, já que ousadas abusastes de um longo sofrimento. Fugi; cá ficará meu pensamento meditando nas horas malogradas, e das tristes, presentes e passadas, farei para as futuras argumento. Já não me iludirá um doce engano, que trocarei ligeiras fantasias em pesadas razões do desengano. E tu, sacra Virtude, que anuncias, a quem te logra, o gosto soberano, vem dominar o resto dos meus dias. Vocabulário: Malogradas - frustradas. Argumento - Raciocínio que se pretende baseado em fatos e em relações lógicas a partir deles. Sacra – sagrada. Logar – alcançar, conseguir. Um dos aspectos do sujeito do Arcadismo decorrentes do racionalismo do século XVIII que o poema ilustra é Resposta A capacidade do ser humano de aprender com a experiência. Questão Leia o fragmento do poema de Bocage dado a seguir: Importuna Razão, não me persigas; Cesse a ríspida voz que em vão murmura, Se a lei de Amor, se a força da ternura Nem domas, nem contrastas, nem mitigas. Vocabulário: mitigar – abrandar, suavizar. Pela forma como o sujeito evoca a Razão, podemos dizer que ele: Resposta Acusa a razão de importuná-lo e persegui-lo sem ser capaz de dominar o sentimento amoroso.