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CASO CONCRETO X - Execução Fiscal

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Caso X 
EXPEDITO vendeu para ANGELO, no ano de 1993, 
determinado imóvel situado no município de Magé, no ano de 1993, tendo 
ele e o comprador providenciado Escritura Pública que comprova a 
negociação, além do pagamento do imposto de transmissão do imóvel. 
Acontece que, passados 30 anos daquela negociação, a 
prefeitura de Magé propôs ação de execução de título fiscal contra 
EXPEDITO, em razão do não pagamento dos últimos 5 anos de IPTU. 
Surpreso com a execução, EXPEDITO descobre que, após a 
as formalidades para a venda, o comprador ANGELO não tomou as medidas 
necessárias para realizar a necessária transferência de propriedade do 
imóvel, no competente cartório de Registro de Imóveis daquela cidade, 
estando formalmente a propriedade em nome do Vendedor. 
Com o objetivo de defender-se do mencionado processo 
executório, responda: 
 
a) No seu entendimento, qual poderia ou deveria ser o 
procedimento judicial adotado por EXPEDITO, Exceção 
de Pre Executividade ou Embargos à Execução? 
No caso em concreto, julgo ser possível ambos, porém pela carência de 
provas e vista ao caso concreto, julgo mais compatível com Embargos à 
Execução. 
b) Justifique e fundamente a sua opção. 
 
A Exceção de Pré-Executividade, se demonstra como uma opção mais 
especifica, de mesmo modo, mais rápida e menos onerosa à parte passiva. 
É um meio de defesa do executado utilizado antes da penhora, visando a 
impugnação de vícios existentes no processo de execução que tornem a 
cobrança indevida ou ilegal. Permitindo a discussão da execução sem antes 
o deposito do valor preterido. 
Como evidencia a Sumula 393 do STJ: "A exceção de pré-executividade é 
admissível na execução fiscal relativamente às matérias conhecíveis de 
ofício que não demandem dilação probatória". 
Logo a exceção de pré-executividade tem como objetivo apontar vícios e 
erros em matéria de ordem pública no processo, e como pacífica a 
respectiva Súmula, não necessitando dilação probatória, ou seja, a 
produção de novas provas, para tal. 
Se tratando do caso em concreto, onde está sendo cobrado indevidamente 
de EXPEDITO, deverá este, demonstrar o real devedor dessa dívida de IPTU. 
Em relação a isto, ao meu entendimento, carece de provas o caso concreto 
frente ao fisco que tal obrigação não é de EXPEDIDTO, dificultando assim o 
juízo entender como compatível a Exceção de Pré-Executividade. 
Os documentos relacionados ao caso são apenas, a prova por Escritura 
Pública da negociação, bem como o pagamento do imposto de transmissão 
do imóvel. Porém, o imóvel continua em nome de EXPEDITO, fato este que 
perante o fisco, torna plausível a execução frente a ele, e afasta a 
possibilidade da aplicação da Exceção de Pré-Executividade. 
Optando pelos Embargos à Execução, EXPEDITO teria a oportunidade de 
apresentar sua defesa e contestar a cobrança frente ao juízo, podendo 
apresentar e argumentar sobre a validade da Escritura Pública da 
negociação e do pagamento do imposto de transmissão do imóvel, com 
fulcro nos arts. 914 à 920 do CPC. 
Assim, julgo que os Embargos à Execução seria o procedimento mais 
compatível com o caso em tela, onde Expedito poderá se defender e 
contestar a cobrança do IPTU, uma vez que os argumentos levantados 
mostram validade e existe a possibilidade de discussão em juízo sobre tal, 
bem como acredito ser valido lembrar ainda da possiblidade de ação cível, 
contra o atual “proprietário” do imóvel.

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