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Cafeicultura Regenerativa na Região de Minas Gerais

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GUIA DE ÁRVORES GUIA DE ÁRVORES 
CAFEICULTURA REGENERATIVA
DA REGIÃO DO CERRADO MINEIRO
GUIA DE ÁRVORES 
GUIA DE ÁRVORES GUIA DE ÁRVORES GUIA DE ÁRVORES 
SUMÁRIO
FRUTAS
• Bacupari
• Baru
• Cajazeiro
• Cajuzinho-do-cerrado
• Ingazeiro
• Macaúba
• Mama-cadela
• Mangaba
• Murici
• Pequi
INTRODUÇÃO
NOTA DA AUTORA
GUIA DE ÁRVORES GUIA DE ÁRVORES 
MADEIRA
• Açoita-cavalo
• Angico
• Aroeira-verdadeira
• Canafístula
• Caviúna-do-cerrado
• Louro-pardo
• Gonçalo-alves
• Peroba-do-cerrado
• Ipê-felpudo
• Sucupira-preta
EXÓTICAS
• Abacate
• Banana
• Cedro-australiano
• Mogno-africano
• Seringueira
CAPÍTULO-EXTRA
• O serviço ecossistêmico prestado pelas abelhas
• Abelha-africana x abelha nativa
• As abelhas e a produção de café-arábica
TABELA-RESUMO DAS ESPÉCIES
GUIA DE ÁRVORES 
GUIA DE ÁRVORES GUIA DE ÁRVORES 
NOTA DA AUTORA
Recentemente, a ideia de agricultura climaticamente 
inteligente tem sido difundida pela Organização das 
Nações Unidas (ONU) para que as estratégias de manejo 
agrícola considerem a resiliência das mudanças climáticas 
e a neutralização e redução da emissão dos gases 
responsáveis pelo efeito estufa. 
Além de gerarem consequências climáticas, as práticas 
da agricultura extensiva também criaram um cenário com 
passivos a serem mitigados. Hoje, o empresário rural deve 
gerenciar seu negócio considerando diversos fatores: o uso 
crescente de defensivos para combater pragas e doenças 
mais resistentes, o declínio de polinizadores, o empobrecimento do solo, o assoreamento 
dos rios, a erosão, o déficit hídrico, a queda da produtividade, a perda da biodiversidade, 
entre outros.
Em resposta a essa condição ambiental, tornou-se uma prioridade a união de esforços para 
ampliar a sustentabilidade da paisagem agrícola e promover a diversificação do sistema de 
produção e do manejo das áreas de conservação, a fim de aumentar a biodiversidade local e 
garantir a manutenção dos recursos hídricos e dos demais serviços ecossistêmicos.
O Guia de Árvores para a Cafeicultura Regenerativa da Região do Cerrado Mineiro foi criado 
para auxiliar as fazendas do Programa AAA da Nespresso a escolherem plantas “amigas do 
café” – ou seja, aquelas que beneficiam a lavoura e permitem a geração de mais recursos 
financeiros para a fazenda, trazendo condições microclimáticas mais interessantes para os 
cafezais e desenvolvendo caminhos para o controle biológico. Isso porque, considerando a 
visão agroecológica desse processo, é necessário que haja uma harmonia entre a produção e 
a conservação da biodiversidade presente nas áreas correspondentes às fazendas. 
Neste Guia, foram selecionadas 25 espécies lenhosas: 10 espécies nativas para a produção de 
madeira, 10 espécies nativas para a produção de frutas e cinco espécies exóticas de frutas e 
madeiras. Considerei, entre as exóticas, a seringueira – espécie que produz a matéria-prima 
para a borracha e que é nativa da Amazônia, porém exótica nos demais biomas brasileiros, 
GUIA DE ÁRVORES 
Fonte: Nespresso/Sustentabilidade.
GUIA DE ÁRVORES GUIA DE ÁRVORES GUIA DE ÁRVORES 
incluindo o do Cerrado. A descrição de cada espécie vem acompanhada de uma ficha, que 
sintetiza as informações ecológicas, técnicas e econômicas da árvore descrita. Esses dados 
foram levantados a partir de artigos acadêmicos e do trabalho de empresas de pesquisa, 
como a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), que é bastante atuante na 
disseminação de projetos de produção das plantas do Cerrado. 
Todas as espécies selecionadas têm aptidão para consórcio com o café. Essas plantas 
podem ser introduzidas nas áreas de produção da propriedade, com arranjos de grandes 
espaçamentos, que não prejudiquem o café pelo sombreamento, distribuídos em locais nos 
quais a mecanização não for possível; e também nas bordas de mata, nos carreadores, em 
áreas de solos mais pobres e nas baixadas impróprias para a cafeicultura. 
A seleção das 25 árvores/arvoretas que constam neste Guia foi feita considerando a 
biodiversidade vegetal geral – e, em particular, a do Cerrado – e priorizando os seguintes 
critérios: 
Densidade da copa: mostra o nível de sombreamento proporcionado pela espécie, que pode 
ser denso, médio ou ralo. É desejável o plantio de árvores cujas copas sejam ralas ou médias, a 
fim de garantir pouco sombreamento quando são implantadas dentro dos cafezais.
Capacidade de fixação de nitrogênio: as espécies fixadoras de nitrogênio são adubadoras 
natas e auxiliam na melhoria do solo e na redução do uso de fertilizantes. 
Persistência da folhagem: as árvores podem ser caducifólias (perdem totalmente as 
folhas nas épocas secas); semidecíduas (perdem parcialmente as folhas nesses períodos) 
e perenifólias (não perdem as folhas). As que perdem folhas são ótimas recicladoras/
adubadoras e auxiliam na melhoria do solo e na adição de matéria orgânica a ele. Assim, 
priorizamos tais tipos de árvores neste Guia. 
Tipo de raiz: as mais desejáveis são aquelas cuja formação de seu sistema radicular seja mais 
profundo, do tipo pivotante, de modo que não atrapalhem a mecanização da colheita e não 
ocupem a mesma faixa de solo que o café, minimizando, assim, a competição entre as árvores. 
Esse efeito também pode ser mitigado por meio do planejamento dos arranjos, usando 
plantio em linhas e faixas de cultivo.
Densidade da madeira: para que a madeira seja valorizada e tenha usos nobres na 
marcenaria, na carpintaria e na indústria naval, é necessário que sua densidade seja, no 
mínimo, média (acima de 5 g/cm3). 
Velocidade de crescimento e maturidade reprodutiva: o plantio de árvores de crescimento 
rápido a moderado sempre torna o plano de negócios da fazenda mais viável. Foram 
selecionadas árvores cujas madeiras podem ser usadas a partir de 15 até 30 anos desde o 
GUIA DE ÁRVORES GUIA DE ÁRVORES GUIA DE ÁRVORES 
plantio e árvores frutíferas que produzam frutos a partir de seu quinto ano.
Altura do fuste: é a altura da base (solo) até a primeira inserção de galhos. Está diretamente 
relacionada ao volume de madeira que pode ser explorado. Para que haja um bom consórcio 
entre as árvores a serem cultivadas e o plantio de café, é preciso que o fuste delas seja acima 
de 8 m, de modo que não haja competição com a saia do café e que a árvore tenha uma tora 
de bom comprimento e consequentemente volume.
Comercialização: foi considerada a existência de mercado estabelecido em relação às 
árvores selecionadas e/ou a demanda crescente para a formação de uma cadeia de produção 
delas. 
Atração em relação à fauna local: esse critério considera o fato de que as plantas 
desempenham o papel ecológico de fornecer abrigo e alimento para a fauna silvestre. É 
interessante cultivar também espécies melíferas, ou seja, aquelas que atraem polinizadores 
para a área em questão.
“Quando uma árvore é cortada ela renasce em outro lugar. Quando 
eu morrer quero ir para esse lugar, onde as árvores vivem em paz.”
 
Tom Jobim
GUIA DE ÁRVORES GUIA DE ÁRVORES GUIA DE ÁRVORES 
No Brasil, até os anos 1960, o sombreamento dos cafeeiros era comum nas regiões Norte e 
Nordeste. Esse sistema permitia a produção de café mesmo em regiões com déficit hídrico 
ou que fossem suscetíveis a geadas. No entanto, com o passar do tempo, a cafeicultura 
se apropriou do sistema a pleno sol, que hoje é dominante no país, e todo o trabalho de 
melhoramento foi direcionado para esse tipo de produção. 
Ainda assim, sempre houve referências positivas de outros países que adotaram sistemas 
sombreados, e sabe-se que existe uma variedade de sistemas de produção de café, que vão 
desde o tradicional ao tecnificado. Pesquisas mostram que o sombreamento dos cafezais traz 
diversas vantagens, e uma das principais é a maturação mais lenta dos grãos. Isso faz com que 
seja obtido um café mais suave, que entra na categoria de cafés especiais – nicho de mercado 
que é bem mais valorizado do que o de cafés comuns. 
O fato é que, considerando a proposta da agricultura climaticamente inteligente, seránecessário rever alguns protocolos-padrão do sistema de produção de café. O desafio atual do 
setor é encontrar as melhores formas de introduzir outras árvores nesse sistema, garantindo a 
produtividade do cafezal, gerando outras fontes de renda e melhorando a paisagem em geral.
Um dos caminhos possíveis é o desenvolvimento de um sistema de produção diversificado, 
que não necessariamente sombreie o cafezal. Nesse sentido, há diversas alternativas, como a 
arborização em linhas intercalares, no sistema de aleias, com grandes espaçamentos entre as 
espécies alternativas, e o enriquecimento do entorno das lavouras, das divisas, dos carreadores 
e de áreas próximas, por meio do plantio de espécies que garantam a manutenção da 
biodiversidade local. A própria Reserva Legal, alvo de tanta controvérsia, em face das regras da 
legislação regulamentada em 2021, pode ser implantada parcialmente, por meio do cultivo de 
espécies econômicas, de preferência de uso não madeireiro.
O CAFÉ ARBORIZADO
GUIA DE ÁRVORES GUIA DE ÁRVORES GUIA DE ÁRVORES 
Lina Maria F. Inglez de Souza
Passa Quatro/MG, 14 de outubro de 2021.
Essa nova forma de pensar a cafeicultura deve, necessariamente, incluir uma maneira de 
compensar a queda da produção de café por meio da cultura em consórcio. Diante do 
cardápio de espécies oferecido neste Guia, muitas combinações podem ser feitas para 
atingir esse resultado. 
Há casos de fazendas, por exemplo, nas quais o consórcio do café com o abacate traz um 
aumento de renda tão significativo que o custo de produção do primeiro é bancado com 
a receita gerada pelo segundo. 
Cabe salientar também os trabalhos de Madelaine Venzon, da Empresa de Pesquisa de 
Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG). A pesquisadora apresenta uma perspectiva 
encorajadora em relação ao consórcio de café com ingá: os resultados mostraram que 
infestações de broca-do-café foram menores nas áreas consorciadas. 
Sem dúvida, as palavras de ordem para produzir uma agricultura resistente às intempéries 
e que reverta o atual quadro de destruição são inovação, audácia e confiança nas novas 
tecnologias.
Este Guia busca trazer vislumbres das possibilidades de uso racional da biodiversidade 
do Cerrado para as fazendas do Programa AAA da Nespresso. As plantas aqui descritas 
oportunizam a produção de alimentos de alto valor nutritivo e de madeiras nobres ainda 
pouco exploradas pela silvicultura, além de trazerem novos princípios ativos que podem 
contribuir para a cura de diversas doenças. Ademais, este material mostra que é necessário 
valorizar determinadas espécies exóticas que já são tradicionalmente utilizadas em 
consórcio com o café e comprovadamente garantem aumento nas rendas das fazendas. 
Este livro é, enfim, uma ferramenta de consulta para que os produtores possam, por meio 
da criação de sistemas agrícolas integrados a natureza, se precaver ao máximo em relação 
às mudanças climáticas decorrentes do aquecimento global. 
GUIA DE ÁRVORES GUIA DE ÁRVORES 
GUIA DE ÁRVORES GUIA DE ÁRVORES 
INTRODUÇÃO
Este Guia foi criado a pedido da Nespresso do Brasil para apoiar o trabalho técnico, por 
parte das fazendas participantes do Programa AAA da empresa, de desenho e elaboração de 
projetos de transição para a cafeicultura regenerativa da região do Cerrado Mineiro. Uma das 
atividades centrais desse trabalho é a arborização das fazendas. 
A cafeicultura regenerativa pode ser definida como um modelo lucrativo de agricultura, 
baseado na natureza, com o objetivo não apenas de manter um solo saudável e vivo, mas 
também de incrementar e conservar a biodiversidade local. Esse conceito é dividido em quatro 
pilares centrais:
Soluções baseadas 
na natureza
Arborização Ações em paisagem Renovação
Fonte: Nespresso/Sustentabilidade.
GUIA DE ÁRVORES GUIA DE ÁRVORES 
Tendo em vista os desafios impostos pelas mudanças climáticas, uma das ações de adaptação 
recomendadas para viabilizar a produção de cafés de alta qualidade na região do Cerrado 
Mineiro é a utilização tanto de árvores nativas como de exóticas em modelos de produção e 
nas áreas de conservação das fazendas. 
Acreditamos que esses novos modelos de produção resultam em muitos benefícios ecológicos 
e econômicos, que incluem um aumento na qualidade dos cafés produzidos. Não existe uma 
fórmula única, e a beleza do processo reside na liberdade de cada fazenda para elaborar 
seu próprio plano de transição, desde que ele inclua o plantio de árvores e arbustos na faixa 
perimetral, em barreiras de vento, em linhas de biodiversidade dentro dos plantios ou em 
outras áreas.
Convidamos vocês a utilizar este Guia como fonte de informações e de inspiração para auxiliar 
na escolha das melhores espécies de árvores para cada fazenda. Cada árvore plantada é um 
símbolo do nosso legado e do nosso compromisso com o futuro e com as novas gerações.
GUIA DE ÁRVORES GUIA DE ÁRVORES 
BACUPARI 
(SALACIA CRASSIFOLIA - CELASTRACEAE)
O gênero Salacia está presente em toda a América do Sul. 
No Brasil, há 21 espécies dele, quase todas com aptidão 
para uso na farmacologia e na medicina tradicional.
Ela é uma planta arbustiva, nativa também do Cerrado 
brasileiro. O bacupari também é chamado de laranjinha-
do-campo, tapicuru e uvacupari.
O fruto, de casca grossa e cor laranja, assemelha-se 
à lichia, por causa de sua polpa esbranquiçada, doce 
e saborosa. A partir da produção extrativista dos 
frutos, eles são usados para o consumo in natura, para 
a fabricação de polpas, sucos, doces e sorvetes e para 
comercialização em feiras regionais. 
Grande parte da planta (casca, frutos e sementes) contém 
Curiosidade: 
Em pesquisa química da Salacia crassiflora, pelo 
menos 12 substâncias isoladas foram extraídas de 
suas folhas. Foi descoberto que essas substâncias 
possuem propriedades antimicrobianas, o 
que faz da Salacia crassiflora uma planta com 
potencial de produção de princípios ativos para 
a indústria farmacológica.
4
 m
2 
m
2 - 3 m
princípios ativos com propriedades anti-inflamatórias e que auxiliam no combate à diabete, entre 
outros usos medicinais – por conta disso, conforme dito anteriormente, o bacupari é objeto de 
estudo da farmacologia. 
Em suas condições naturais – ou seja, nos cerrados e nos campos cerrados –, o bacupari aparece 
não só em porte arbustivo, como também em arbóreo, e se distribui de modo gregário, em 
agrupamentos de até 100 plantas. Isso demonstra que ele possui mecanismos de proteção contra 
inimigos naturais e tem potencial silvicultural para ser plantado em alta densidade. 
Observou-se também que o bacupari tem capacidade de brotação pela raiz; assim, muitos 
indivíduos aparentemente distintos são, na verdade, a mesma planta. Tais aspectos mostram 
que essa espécie tem potencial para ser cultivada em pomares.
Foto: Flickr - Mauricio Mercadante
GUIA DE ÁRVORES GUIA DE ÁRVORES 
No Brasil: Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, 
Distrito Federal, Rondônia, Tocantins, Piauí, Bahia, 
Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo.
Em demais regiões da América do Sul: savanas 
no Paraguai.
Arenoso de rápida drenagem; fertilidade média.
Cerrado, Cerradão e Campo Sujo.
Raso ou profundo.
Secundária.
Secundária.
Semidecídua.
Não.
Mosca-das-frutas, principalmente as do gênero Anastrepha.
Zoocoria.
Sem informação.
No Brasil, não há registros.
Consumida por aves, primatas e lobos-guará.
1200 a 1800 mm.
Heliófita.
Não.
Cultivo puro; consórcio com o café ou outras 
culturas; bordas de mata (reserva legal).
Em consórcio: 5x10m (mínimo) | Plantios puros: 4x5m.
Em consórcio: 200 plantas/ha. | Plantio puro: 500 plantas/ha.
Abrangência territorial
Tipo de solo
Fitofisionomias naturais de ocorrência
Profundidade do solo
Grupo sucessional
Grupo sucessional
Persistência da folhagem
Tolerância ao encharcamento
Pragas
Síndrome de dispersão de sementes
Tolerância a geadas
Doenças
Atração em relação à fauna silvestre
Precipitação
Tolerância a sombra
Capacidade de fixação de nitrogênio
Indicação para localde plantio
Espaçamentos recomendados
Densidade de plantio
Características ecológicas
Características agronômicas
GUIA DE ÁRVORES GUIA DE ÁRVORES 
Agosto a dezembro.
Novembro a maio.
555 sementes/kg.
Não.
Rala Projeção de copa 2 a 3 m. 
2 a 4 m (DAP: 17cm) | Fuste < 2m.
Rápido.
Ramificada (produz brotações para formar outros 
indivíduos). Ocupa camadas mais superficiais.
Não.
R$ 16,00 (preço para o consumidor).
Fitoterapia: insuficiência renal, úlcera gástrica, câncer de 
pele, malária, tosse crônica e dor de cabeça.
Período de florescimento
Período de frutificação
Sementes/kg
Dormência de sementes
Tipo de copa 
Altura
Crescimento
Tipo de raiz 
Frutos
R$/kg do fruto
Folhas, casca do caule, 
sementes e frutos verdes
Não madeireiros
Comercialização
Produtos e uso comercial
Propagação e crescimento
GUIA DE ÁRVORES GUIA DE ÁRVORES 
BIBLIOGRAFIA
FLORA DO JARDIM BOTÂNICO DE BRASÍLIA. Espécie: Salacia crassifolia; Família: Celastraceae. 
Brasília, 29 dez. 2016. Facebook: @floradojardimbotanico. Disponível em: https://m.facebook.
com/floradojardimbotanico/posts/994038420740095. Acesso em: 16 fev. 2022.
PAZ, T. A. Aplicação da biotecnologia na obtenção de triterpenos quinonametídeos bioativos 
utilizando Salacia campestris (Cambess.) Walp. (Celastraceae) como modelo. 2011. Dissertação 
(Mestrado em Química) – Instituto de Química, Universidade Estadual Paulista, Araraquara. 2011. 
Disponível em: https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/97012/paz_ta_me_araiq.
pdf;jsessionid=C5A7F22333CA8305C12AFD05F67E5E33?sequence=1. Acesso em: 16 fev. 2022.
RODRIGUES, V. G. et al. Salacia crassifolia (celastraceae): chemical constituents and antimicrobial 
activity. Quím. Nova, [S. l.], v. 38, n. 2,p. 237-242, fev. 2015. Disponível em: https://www.scielo.br/j/
qn/a/fSQGrr4hzgfyyj7JCwD7X8J/?lang=en. Acesso em: 16 fev. 2022.
SANTOS, L. T. P. Micobiota foliícola de Salacia crassifolia. 2011. Dissertação (Mestrado em 
Fitopatologia) – Instituto de Ciências Biológicas, Universidade de Brasília, Brasília. 2011. Disponível 
em: http://www.bibliotecaflorestal.ufv.br:80/handle/123456789/13591. Acesso em: 16 fev. 2022.
SCHNEIDER, L. C. et al. Caracterização física e química de frutos de bacupari Salacia crassifolia 
(Mart. ex Schult.) G. Don, provenientes do município de Barreiras-BA. Brasilien Journal of 
Development. Brasília, v. 6. n. 3, p. 13942-13953, mar. 2020. Disponível em: https://www.
brazilianjournals.com/index.php/BRJD/article/view/7881/6841. Acesso em: 16 fev. 2022.
SILVA, J. A. da et al. Coleta de sementes, produção de mudas e plantio de espécies frutíferas 
nativas dos cerrados: informações exploratórias. Planaltina, DF: Embrapa-CPAC, 1992. 23 p. 
(Documentos 44). Disponível em: https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/infoteca/bitstream/
doc/548655/1/doc44.pdf. Acesso em: 16 fev. 2022.
GUIA DE ÁRVORES GUIA DE ÁRVORES 
BARU
(DYPTERIX ALATA VOGEL - FABACEAE)
O baru, também conhecido como cumaru ou cumbaru, 
é uma espécie típica do Cerrado, que produz uma 
amêndoa de alto valor nutritivo. A polpa e a casca do 
fruto podem ser adicionadas a biscoitos e pães, ou 
utilizadas como complemento para a alimentação de 
animais. Do endocarpo duro, pode-se fazer carvão com 
alto valor calorífico; das sementes, extrai-se óleo de 
baru. Essa espécie possui, ainda, uso potencialmente 
medicinal. Além disso, sua madeira é de alta densidade 
e, portanto, durável e útil para construções externas e 
civil.
Em virtude dessas múltiplas utilidades, o baru pode 
ser considerado uma das espécies mais promissoras 
para cultivo. Além disso, sua cadeia produtiva está, 
Curiosidade: 
A casca da árvore contém princípios ativos que 
anulam o efeito tóxico dos venenos de cobras e 
a necrose provocada por eles. Assim, essa planta 
tem potencial para se tornar um produto de alto 
valor econômico.1
4,
5 
m
4,
26
 m
6 m
atualmente, se estabelecendo. Ademais, o projeto “Redes Colaborativas: fortalecimento da 
cadeia sustentável do Baru”, do Fundo de Parceria para Ecossistemas Críticos (CEPF) Cerrado, 
em parceria com o Instituto de Estudos Brasileiros (IEB) e o Centro de Desenvolvimento 
Sustentável (CDS) da Universidade de Brasília (UnB), visa amplificar as redes colaborativas da 
cadeia sustentável do baru no Cerrado.
Existem várias iniciativas de cultivo puro do baru, nas quais se observou que o início da 
produção ocorre seis anos após o plantio, e que a produtividade alcança 19 toneladas de 
polpa por hectare. 
GUIA DE ÁRVORES GUIA DE ÁRVORES 
No Brasil: Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, 
Minas Gerais e Tocantins (bioma: Cerrado). 
 
Em demais regiões da América do Sul: Paraguai 
e Bolívia.
Substratos de média fertilidade; tolerante a solos ácidos; 
solos com textura argilo-arenosas, com predomínio da 
fração areia grossa, ou lateríticos; tolera solos com baixa 
fertilidade natural.
Cerrado (sentido restrito); áreas de transição do 
Cerrado Denso; Mata Estacional.
Solos rasos ou profundos.
Secundária inicial a secundária tardia.
Perenifólia.
Não.
Os frutos podem ser danificados por besouros e mariposas.
Barocoria e zoocoria.
Não.
Fungos associados às sementes Phomopsis sp. 
Além disso, o fungo Cylindrocladium sp pode apodrecer as 
raízes na produção de mudas da planta.
É uma das poucas espécies que produzem frutos carnosos 
na estação seca. Serve de alimento para mamíferos e aves 
silvestres (morcegos, primatas, araras, papagaios, cotias, 
entre outros).
800 a 1200 mm. 
Heliófita.
Sim.
Abrangência territorial
Tipo de solo
Fitofisionomias naturais de ocorrência
Profundidade do solo
Grupo sucessional
Persistência da folhagem
Tolerância ao encharcamento
Pragas
Síndrome de dispersão de sementes
Tolerância a geadas
Doenças
Atração em relação à fauna silvestre
Precipitação
Tolerância a sombra
Capacidade de fixação de nitrogênio
Características ecológicas
Características agronômicas
Plantios puros ou em consórcio com café; bordas de matas 
(Reserva legal). 
Indicação para local de plantio
GUIA DE ÁRVORES GUIA DE ÁRVORES 
Novembro a janeiro.
Dezembro a outubro.
600 a 1.190 sementes/kg.
Não.
Densa. Projeção de copa 6 m. 
14,5 m. | Fuste 4,3 m.
Lento, com IMA de 7,3 m³/ha/ano.
Para frutos e castanhas, a partir de 6 anos.
Pivotante.
Alimentação humana e animal; ração; fertilizante. 
Estacas, postes, obras hidráulicas, mourões, cruzetas, 
dormentes, vigas, caibros, ripas, batentes de portas e janelas, 
tábuas e tacos para assoalhos, lambris, forros, carrocerias etc. 
Pode ser utilizada também na construção naval.
R$ 50/kg (pago pelo consumidor).
R$ 103,00 a R$ 370,00/m³.
Pode ser consumida in natura ou torrada. Utilizada para: 
preparo de receitas; extração de óleo; uso medicinal; e 
balanceamento de rações dietéticas. A polpa pode ser usada 
como carvão na torra da semente.
Densa (1,1 g/cm3) 
Compacta, com alta durabilidade e elevada resistência ao 
apodrecimento decorrente do ataque de fungos e cupins. 
Período de florescimento
Período de frutificação
Sementes/kg
Dormência de sementes
Tipo de copa 
Altura
Crescimento
Tempo para colheita
Tipo de raiz 
Frutos
Usos
R$/kg do fruto
Madeira em pé (R$/m3)
Semente
Densidade
Características
Não madeireiros
madeireiros
Comercialização
Comercialização
Propagação e crescimento
Produtos e uso comercial
Plantios puros para fins florestais: 3 x 2 m ou 3 x 3 m. 
Plantios puros para produção de frutos: 5 x 5 m (no 
mínimo). Em consórcio: 20 x 5 m.
Para fins florestais: 1.100 a 1.600 plantas/ha.
Para produção do fruto: 400 plantas/ha.
Em consórcio: 100 plantas/ha.
Espaçamentos recomendados
Densidade de plantio
Características agronômicas
GUIA DE ÁRVORES GUIA DE ÁRVORES 
BIBLIOGRAFIA
ARAKAKI, A. H. et al. O Baru (Dipteryx alata Vog.) como alternativa de sustentabilidade 
em área de fragmento florestal do Cerrado, no Mato Grosso do Sul. Interações, Campo 
Grande, v. 10, n. 1, p. 31-39, jan./jun. 2009. Disponível em: https://www.scielo.br/j/inter/a/kTPHBVmzTpRR5sqbSd7M3Jw/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 16 fev. 2022.
CAMPOS FILHO, E. M.; SARTORELLI, P. A. R. Guia de árvores com valor econômico. São Paulo: 
INPUT/Agroicone, 2015. Disponível em: https://www.inputbrasil.org/wp-content/uploads/2015/11/
Guia_de_arvores_com_valor_economico_Agroicone.pdf. Acesso em: 16 fev. 2022. 
REDES Colaborativas do Baru. [S. l.: s. n.], 2021. 1 vídeo (5 min 19). Publicado pelo Canal do IEB. 
Disponível em: http://cepfcerrado.iieb.org.br/projetos/redes-colaborativa-do-baru/. Acesso em: 16 
fev. 2022. 
ROCHA, L. C. Cultivo e aproveitamento do Baru (Dipteryx alata). Belo Horizonte: Fundação 
Centro Tecnológico de Minas Gerais (CETEC), 2012. (Dossiê Técnico). Disponível em: http://www.
respostatecnica.org.br/dossie-tecnico/downloadsDT/Mjc2NTY=. Acesso em: 16 fev. 2022. 
SANO, S. M. et al. Baru: biologia e uso. Planaltina, DF: Embrapa, 2004. 52 p. (Documentos 116). 
Disponível em: https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/566595/1/doc116.pdf.
Acesso em: 16 fev. 2022.
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CAJAZEIRO
(SPONDIAS SP - ANACARDIACEAE)
O gênero Spondias possui cerca de 20 espécies tropicais e, 
destas, pelo menos sete encontram-se na América do Sul. 
As espécies presentes no Brasil são: S. lutea (taperebá), S. 
tuberosa (umbu), S. macrocarpa (cajazeiro) e S. venulosa 
(cajá-graúdo). Todas elas ocorrem em zonas úmidas da costa 
atlântica e da Amazônia, com exceção do umbu, que é da 
Caatinga. 
A espécie com maior destaque no mercado é o cajá-manga 
(S. dulci). Apesar de ser nativo da Polinésia Francesa, ele 
se adaptou muito bem ao Cerrado brasileiro, e hoje é 
considerado uma fruta local.
Curiosidade: 
O umbuzeiro (Spondias tuberosa) destaca-se pela possibilidade 
de ser cultivado em larga escala, dado o potencial que ele 
demonstra para o desenvolvimento de novos fármacos. Sua 
avaliação etnofarmacológica identificou princípios ativos para o 
tratamento de diabetes, de inflamações, de cólicas uterinas e de 
dores de estômago. Além disso, estudos mostraram a presença 
de flavonoides e taninos nessa espécie, que, associados ao 
conhecimento popular, podem resultar em efeitos cicatrizantes 
e, conforme dito anteriormente, anti-inflamatórios.
9
 - 
12
 m
5 
- 6
 m
3 - 4 m
A utilização do cajá-manga em sistemas agroflorestais é comprovadamente eficaz. No Espírito 
Santo, ele aparece consorciado com o café Conilon, em espaçamentos de 15 x 7,5 m, melhorando 
as condições microclimáticas locais, uma vez que sua copa traz sombra moderada e não afeta a 
produção do café.
As polpas dos frutos desse gênero são ácidas e adocicadas, utilizadas em sucos e sorvetes. A fruta 
é normalmente processada e vendida em grandes supermercados, principalmente na região 
Nordeste. O cajá-manga é um produto cuja demanda é maior que a oferta – portanto, há um 
amplo mercado a ser explorado e já há híbridos para seu cultivo. Existem empresas voltadas a essa 
cadeia de produção do caja-manga, tais como a Associação dos Produtores de Polpas e Frutos do 
Vale do Rio das Contas e a Cooperativa de Produção Agropecuária de Giló e Região Ltda.
Foto: Site Viveiro Ipe, Edilson Giacon.
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Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas 
Gerais e Tocantins.
Areno-argilosos, de média fertilidade.
Cerrado e Caatinga. 
Profundos.
Pioneira a secundária inicial.
Caducifólia.
Não.
Moscas-das-frutas (Tephritidae), saúvas, tripes e cochonilhas.
Zoocórica.
Não.
Antracnose, verrugose, resinose, cercosporiose e 
mancha-de-alga.
Flores e frutos servem de alimento para a fauna em geral.
1.100 a 2.000 mm. 
Heliófita.
Não.
Plantios puros ou em consórcio com café (plantar 
em local protegido por cortinas de quebra-ventos). 
Consórcio com café Conilon: 15 x 7,5 m. 
Plantio puro: 9 x 9 m (ou mais). 
Em consórcio: 89 plantas/ha. 
Plantio puro: 100 a 123 plantas/ha.
Abrangência territorial
Tipo de solo
Fitofisionomias naturais de ocorrência
Profundidade do solo
Grupo sucessional
Persistência da folhagem
Tolerância ao encharcamento
Pragas
Síndrome de dispersão de sementes
Tolerância a geadas
Doenças
Atração em relação à fauna silvestre
Precipitação
Tolerância a sombra
Capacidade de fixação de nitrogênio
Indicação para local de plantio
Espaçamentos recomendados
Densidade de plantio
Características ecológicas
Características agronômicas
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Agosto a dezembro.
Janeiro a junho.
3 sementes/kg de fruto.
Sim; quebrada por choque térmico. 
Média. Projeção de copa 4 a 5 m.
12 m. | Fuste 4,5 m.
Rápido (> 1 m/ano).
Frutos: a partir de 4 anos de idade. Se a árvore for plantada 
por estaquia, esse período pode diminuir para 2 anos.
Pivotante.
Doces, sucos, geleias, polpas congeladas, picolés, sorvetes, 
produtos em conserva e licores. Pode ser desidratado 
e comercializado como alternativa saudável, nutritiva e 
prática de alimentação.
 R$ 15 a R$ 25/kg
Uso medicinal, para o controle de vírus causadores 
de diferentes formas de herpes. Além disso, possui 
ação fungistática.
Período de florescimento
Período de frutificação
Sementes/kg de Fruto
Dormência de sementes
Tipo de copa 
Altura
Crescimento
Tempo para colheita
Tipo de raiz 
Frutos
R$/kg de polpa congelada
Folhas
Não madeireiros
Comercialização
Produtos e uso comercial
Propagação e crescimento
GUIA DE ÁRVORES GUIA DE ÁRVORES 
BIBLIOGRAFIA
LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do 
Brasil. 1. ed. Nova Odessa: Plantarum, 1992. v. 1. 386 p. Disponível em: http://aeaesp.com.br/wp-
content/uploads/2019/09/%C3%81rvores-Brasileiras-Lorenzi-volume-1-compactado.pdf. Acesso 
em: 17 fev. 2022.
SACRAMENTO, C. K.; SOUZA, F. X. Cajá. In: SANTOS-SEREJO, J. A. et al. (eds.) Fruticultura tropical: 
espécies regionais e exóticas. Brasília, DF: Embrapa Informação Tecnológica, 2009. p. 83-105 
Disponível em: https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/CNPAT-2010/11592/1/CL09011.
pdf. Acesso em: 16 fev. 2022. 
SALES, E. F. et al. Cafezais associados ao cajá-manga (Spondias dulcis Parkinson) no estado do 
Espírito Santo. Cadernos de Agroecologia,[S. l.], v. 10, n. 3, 2015. Disponível em: http://revistas.aba-
agroecologia.org.br/index.php/cad/article/view/16984/13092. Acesso em: 16 fev. 2022.
SALES, E. F. et al. Sistemas agroflorestais e consórcios no estado do Espírito Santo: relatos de 
experiências. Vitória,ES: Incaper, 2018. 24 p. Disponível em: https://biblioteca.incaper.es.gov.br/
digital/bitstream/123456789/3011/1/BRT-sistemasagroflorestais-saf-sales.pdf. Acesso em: 16 fev. 
2022. 
SILVA, G. A. et al. Gênero Spondias: aspectos botânicos, composição química e potencial 
farmacológico. BioFar: Revista de Biologia e Farmácia, [S. l.], v. 10, n. 1, p. 8-20, 2014. Disponível 
em: https://www.researchgate.net/publication/272181885_Genero_Spondias_aspectos_botanicos_
composicao_quimica_e_potencial_farmacologico. Acesso em: 16 fev. 2022.
SOUZA, F X. Spondias: agroindústrias e os seus métodos de propagação. Fortaleza: Embrapa-
CNPAT/SEBRAE/CE, 1998. 30 p. Disponível em: https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/bitstream/
doc/425856/1/Dc027.pdf. Acesso em: 16 fev. 2022. 
GUIA DE ÁRVORES GUIA DE ÁRVORES 
CAJUZINHO-DO-CERRADO 
(ANACARDIUM HUMILE - ANACARDIACEAE)
O cajuzinho-do-cerrado, conhecido como cajuí, é a versão 
miniatura do caju (Anacardium occidentale), com polpa mais 
ácida, e consumido na forma de sucos, doces e geleias. 
Trata-se de um subarbusto, com altura entre 0,5 e 1,5 m. Ele 
possui um caule subterrâneo, que armazena água. É muito 
conhecido na região do Cerrado, e sua forma de exploração 
ainda é extrativista. Os principais comercializadores do 
cajuzinho-do-cerrado são: a Central do Cerrado - produtos 
ecossociais (Brasília), a Cooperativa Sertão Veredas (Minas 
Gerais) e a Agrotec (Goiás).
Os cajueiros produzem bem a partir de 27 °C e suportam 
temperaturas superiores a 30 °C, mas são sensíveis a 
temperaturas abaixo de 22 °C porperíodos longos. A melhor 
condição para sua produção está nas regiões de sua ocorrência 
natural. 
A valorização do cajuzinho-do-cerrado no mercado vem 
crescendo. Foram desenvolvidas diversas técnicas de 
processamento do fruto, visando seu aproveitamento integral, 
tais como: cajus desidratados, cajus cristalizados e compotas, 
Curiosidade: 
O líquido da casca da castanha-de-caju 
(LCC) é amplamente utilizado na indústria 
química para a produção de polímeros 
utilizados como insumo para matérias 
plásticas, isolantes e vernizes. 
0,
30
 -1
,5
0
 m
1,5 - 2 m
entre outras formas que valorizem o formato e o tamanho reduzido do cajuzinho-do-cerrado. Além 
disso, essa espécie é melífera, é utilizada na medicina popular, fornece tinta, serve de alimento e sua 
polpa fermentada resulta em um tipo de vinho.
A única espécie do gênero Anacardium que é cultivada é o caju. Tanto a espécie A. humile quanto a. 
occidentale são indicadas para o consórcio com café, pois são rústicas, fáceis de germinar e possuem 
usos múltiplos, incluindo a produção de castanhas, que têm alta demanda no mercado. Hoje, o quilo 
da castanha ao consumidor final chega a R$ 70.
GUIA DE ÁRVORES GUIA DE ÁRVORES 
No Brasil: Bahia, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato 
Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rondônia e São Paulo.
 
Em demais regiões da América do Sul: Bolívia e Paraguai.
Arenoso e de rápida drenagem, com baixa fertilidade.
Campo Sujo e Cerrado.
Rasos, cascalheiras; podem também ser cultivadas em 
solos profundos de textura média.
Pioneira.
Caducifólia.
Não.
Sem informações.
Barocoria e zoocoria. 
Não.
Antracnose e oídio.
Melífera. Consumida por lobos-guará, raposas-do-mato, 
macacos, morcegos, tucanos, araras, papagaios, entre 
outros animais.
1300 a 1500 mm.
Heliófita.
Não.
Plantios puros ou consorciados em linhas intercalares. 
Plantios puros: 3 x 3 m. | Pela ocorrência natural conjunta 
das duas espécies (A. humile e A. occidentale) e o fato de 
possuírem diferentes portes, há bom potencial de consórcio 
entre elas. | Consórcio: 10 x 3 m.
Plantios puros: 1.000 plantas/ha. | Consórcio: 330 plantas/ha.
Abrangência territorial
Tipo de solo
Fitofisionomias naturais de ocorrência
Profundidade do solo
Grupo sucessional
Persistência da folhagem
Tolerância ao encharcamento
Pragas
Síndrome de dispersão de sementes
Tolerância a geadas
Doenças
Atração em relação à fauna silvestre
Precipitação
Tolerância a sombra
Capacidade de fixação de nitrogênio
Indicação para local de plantio
Espaçamentos recomendados
Densidade de plantio
Características ecológicas
Características agronômicas
GUIA DE ÁRVORES GUIA DE ÁRVORES 
Julho a setembro.
Outubro a janeiro, com maturação em setembro/outubro.
750 a 1.300/kg.
Não. A semente germina em 20 dias se semeada 
logo após a colheita.
Média. Projeção de copa 1,5 a 2 m.
30 a 150 cm. | Sem fuste.
Frutos e castanhas: a partir de 5 anos. 
Pivotante (pode atingir 18 m de profundidade).
Frutos in natura, sucos, doces, geleias, compotas, vinho ou 
aguardente.
Em Goiás, são fabricadas as famosas “passas” de caju.
Castanha: R$ 70. | Frutos: R$ 3. 
Consumidas como amêndoas. Seu óleo é utilizado 
para fins medicinais, e o líquido proveniente da 
casca (LCC) é empregado na indústria química para 
a produção de polímeros, conforme indicado no box 
“Curiosidade”.
Uso medicinal, como antidiarreico; contra diabetes; 
anti-inflamatório. A casca do cajueiro serve para 
tratar cáries dentárias e inflamações na gengiva e 
pode ser usada como pasta dental.
Período de florescimento
Período de frutificação
Sementes/kg
Dormência de sementes
Tipo de copa 
Altura
Tempo para colheita
Tipo de raiz 
Frutos
R$/kg
Sementes
Folhas, flores e casca 
do caule
Não madeireiros
Comercialização
Produtos e uso comercial
Propagação e crescimento
GUIA DE ÁRVORES GUIA DE ÁRVORES 
BIBLIOGRAFIA
ALMEIDA, S. P. et al. Cerrado: espécies vegetais úteis. Planaltina, DF: Embrapa-CPAC. 1998. 464 p.
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Secretaria de Extrativismo e Desenvolvimento Rural 
Sustentável. Cajuzinho-do-cerrado: boas práticas para o extrativismo sustentável. Brasília, DF: 
MMA. 2016. 42 p. Disponível em: https://antigo.mma.gov.br/publicacoes/desenvolvimento-rural/
category/200-departamento-de-extrativismo-mma.html?download=1502:04_ct2_cajuzinho_web. 
Acesso em: 16 fev. 2022. 
POTT, A.; POTT, J. Plantas do Pantanal. Corumbá: Embrapa, 1994. 320 p.
RODRIGUES, V. E. G.; CARVALHO, D. A. Plantas medicinais no domínio dos Cerrados. Lavras: 
Universidade Federal de Lavras, 2001. 180 p.
SILVA, D. B. et al. Frutas do Cerrado. Brasília, DF: Embrapa, 2001. 178 p.
VIEIRA, R. F. et al. Frutas nativas da região Centro-Oeste do Brasil. Brasília, DF: Embrapa Recursos 
Genéticos e Biotecnologia, 2006. 320 p. Disponível em: http://www.agabrasil.org.br/_Dinamicos/
livro_frutas_nativas_Embrapa.pdf. Acesso em: 16 fev. 2022.
GUIA DE ÁRVORES GUIA DE ÁRVORES 
INGAZEIRO
(INGA SP - FABACEAE)
As árvores do gênero Inga têm como 
característica principal folhas paripinadas. 
As espécies desse gênero possuem nectários 
extraflorais, localizados entre cada par de 
folíolos, e sementes envolvidas por uma 
mucilagem carnosa e doce, muito apreciada 
pela fauna silvestre.
No cerrado, as espécies mais típicas são I. sessilis, I. Laurina e I. marginata. Os 
ingazeiros ocorrem principalmente em tipologias florestais, quase sempre associados aos cursos 
d´água das regiões onde estiverem presentes. O potencial econômico dessa árvore se deve às suas 
diversas possibilidades de uso: fitoterapia, produção de energia, alimentação e proteção das lavouras 
contra pragas. 
Por ser um fixador de nitrogênio, o ingazeiro é um bom recuperador de solo. Além disso, ele tem 
copa larga e, por isso, seu plantio tem sido recomendado em projetos de restauração florestal, como 
uma espécie de “preenchimento”. Ademais, conforme mencionado anteriormente, o ingazeiro 
ajuda a controlar espécies invasoras e atrai a fauna dispersora ao local em que ele estiver plantado, 
potencializando a regeneração natural da área.
No consórcio com o café, o ingazeiro – além de trazer equilíbrio ecológico por ser, conforme 
mencionado, uma planta adubadora e uma fixadora de hidrogênio – promove a reciclagem do fósforo 
no solo e, em decorrência de apresentar micorrizas em suas raízes, atrai pássaros, morcegos e insetos 
que ajudam no controle biológico de pragas.
Nesse sentido, em pesquisas recentes, a EPAMIG, em parceria com a Universidade Federal de Viçosa, 
descobriu que o ingazeiro diminui a incidência do bicho-mineiro e da broca-do-café. Os pesquisadores 
recomendam que essa árvore faça parte de lavouras de café, especialmente a espécie I. edulis.
Curiosidade: 
O gênero Inga é originário do sopé dos Andes no 
Peru, no Equador, na Colômbia e no sul da América 
Central. As árvores desse gênero fazem parte da 
culinária local dessas regiões: as sementes, fontes de 
proteína e de carboidratos, são cozidas ou assadas, 
servindo como alimento direto ou sendo utilizadas 
para o preparo de sopas. As mais de 300 espécies 
desse gênero hoje estão espalhadas por todo o 
continente centro e sul-americano. 
8
 m
5 
 m
6 - 8 m
Foto: Site Todafruta
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No Brasil: todo o território.
Em demais regiões: América Central e América do 
Sul, incluindo o Paraguai e o norte da Argentina.
Solos argilosos e arenosos de textura média, com 
capacidade de retenção de água. 
Cerradão, Cerrado, Matas Paludosas e Floresta Estacional 
Semidecidual (Amazônia, Cerrado e Mata Atlântica).
Profundos.
Secundária inicial.
Perenifólia.
Sim.
Larvas de díptera, coleóptera e de outros insetos 
atacam as sementes.
Zoocoria e hidrocória.
Sim, na fase adulta. As mudas de até um ano são intolerantes.
Galha do ingá, que pode provocar ressecamento dos 
galhos e das hastes da planta.
Serve de alimento para diversos animais, como aves, peixes, 
morcegos, primatas e outros mamíferos terrestres.800 a 1.800 mm.
Heliófita.
Sim.
Preferencialmente em consórcio, mas também como 
quebra-ventos e/ou cercas vivas.
Em consórcio: 6 x 10 m; 4 x 12 m; 10 x 10 m. 
Em consórcio: 100 a 160 plantas/há.
Abrangência territorial
Tipo de solo
Fitofisionomias naturais de ocorrência
Profundidade do solo
Grupo sucessional
Persistência da folhagem
Tolerância ao encharcamento
Pragas
Síndrome de dispersão de sementes
Tolerância a geadas
Doenças
Atração em relação à fauna silvestre
Precipitação
Tolerância a sombra
Capacidade de fixação de nitrogênio
Indicação para local de plantio
Espaçamentos recomendados
Densidade de plantio
Características ecológicas
Características agronômicas
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Agosto a dezembro.
Novembro a fevereiro.
Aproximadamente 1.428 sementes/kg.
Sem informação.
Não. 
Densa e larga. Projeção de copa 6 a 8 m.
8 m. | Fuste 2 a 5 m.
Rápido. Em cinco anos, atinge até 8 metros de altura.
Pivotante, profunda e espalhada.
Na medicina popular, é utilizada como laxante e para 
tratar doenças nos rins.
Cabos de ferramentas, moirões, esteios, construção civil, 
carpintaria e marcenaria.
Consumidos in natura pelo homem e por pássaros.
Sem informação
Macia, pouco resistente, baixa durabilidade natural.
Comercializadas para a produção de mudas voltada à 
restauração florestal.
Sem informação
Comercializadas para a produção de mudas voltada à 
restauração florestal.
Tanino, para curtimento de couro.
R$ 300/kg.
0,66 g/cm³.
Melíferas, visitadas por diversas espécies de abelhas.
Sem informação
Melíferas, visitadas por diversas espécies de abelhas.
Período de florescimento
Período de frutificação
Sementes/kg de Fruto
Produtividade da madeira
Dormência de sementes
Tipo de copa 
Altura
Crescimento
Tipo de raiz 
Medicinal
Usos
Frutos
Madeira (R$/m3)
Características
Sementes
Naturalmente.
Sementes
Extrativo
Semente (R$/kg)
Densidade
Flores
Serrada e seca. 
Flores
Não madeireiros
Madeireiros
Comercialização
Produtos e uso comercial
Propagação e crescimento
GUIA DE ÁRVORES GUIA DE ÁRVORES 
BIBLIOGRAFIA
ALMEIDA, S. P. et al. Cerrado: espécies vegetais úteis. Planaltina/DF: Embrapa-CPAC, 1998. 464 p.
BRASIL. Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Cultivo consorciado do Ingá 
auxilia no controle biológico de pragas no cafeeiro. agricultura.mg.gov.br, Belo Horizonte, 04 mar. 
2021. Disponível em: http://www.agricultura.mg.gov.br/index.php/component/gmg/story/4242-
cultivoconsorciado-do-inga-auxilia-no-controle-biologico-de-pragas-no-cafeeiro. Acesso em: 16 fev. 
2022.
POTT, A.; POTT, J. Plantas do Pantanal. Corumbá: Embrapa, 1994. 320 p.
RODRIGUES, V E G; CARVALHO, D A. Plantas medicinais no domínio dos Cerrados. Lavras: 
Universidade Federal de Lavras, 2001. 180 p.
SILVA, D. B. et al. Frutas do Cerrado. Brasília, DF: Embrapa, 2001. 178 p.
VIEIRA, R. F. et al. Frutas nativas da região Centro-Oeste do Brasil. Brasília, DF: Embrapa Recursos 
Genéticos e Biotecnologia. 2006. 3320 p. Disponível em: http://www.agabrasil.org.br/_Dinamicos/
livro_frutas_nativas_Embrapa.pdf. Acesso em: 16 fev. 2022.
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MACAÚBA
(ACROCOMIA ACULEATA - ARECACEAE)
A macaúba é uma palmeira que ocorre naturalmente 
em altas concentrações no Cerrado e que possui 
grande potencial para a produção brasileira de óleo 
vegetal. Estima-se que tal produção pode chegar à 
quantidade de quatro a seis toneladas de óleo/ha/ano, 
uma produtividade 10 vezes maior que a da soja, por 
exemplo. 
O Brasil destaca-se pela produção de biodiesel, para o 
qual o óleo de macaúba é considerado matéria-prima. 
Apesar dos estudos voltados para a definição das 
melhores formas de cultivo dessa planta, sua produção 
Curiosidade: 
Dado o grande potencial da macaúba como 
matriz energética, existem hoje empresas voltadas 
ao fomento da cadeia produtiva dessa planta – 
como, por exemplo, o Innovative Oil and Carbon 
Solution (INOCAS), que tem uma parceria com 
pequenos produtores do Alto Parnaíba/MG para 
a obtenção das sementes dessa árvore, visando à 
implantação de sistemas silvipastoris na região.
15
 m
10
 m
3 - 4 m
atualmente é extrativista, o que acarreta em dificuldades no processo pós-colheita e em prejuízo 
na qualidade final do produto. 
O óleo é extraído das sementes, o que é uma vantagem – já que a planta é perene no sistema – e 
favorece a obtenção de créditos de carbono. Além disso, os resíduos provenientes do refino do 
óleo podem ser usados como fonte de alimentação animal e de geração de energia: o mesocarpo 
dos frutos pode ser transformado em farinha de alta qualidade nutricional, e o endocarpo, em 
carvão vegetal. As áreas de cultivo da espécie podem produzir até 30 toneladas de frutos/ha/ano. 
A macaúba começa a produzir frutos cinco anos após seu plantio.
Foto: Site Sementesdoxingu.org.br
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No Brasil: Bahia, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, 
Minas Gerais, Piauí, Rio de Janeiro e Tocantins.
Em demais regiões: do México à Argentina (exceto Equador 
e Peru), Bolívia, Paraguai e Antilhas.
Neossolos e cambissolos. Textura média à argilosa, 
com alta permeabilidade. Prefere solos férteis.
Cerrados, Campo Cerrado, Palmeiral e Matas Mesofíticas.
Rasos e profundos.
Secundária tardia.
Perenifólia.
Baixa.
- Falsa-barata-do-coqueiro (Coraliomela brunnea thoracica). 
- Broca-do-bulbo-do-coqueiro (Strategus sp).
- Coró (Cyclocephala forsteri Endrodi). 
- Besouro-pardo (Bolax flavolineatus).
- Vaquinha-amarela (Macrodactylus sp).
- Bicho-do-coco (Pachymerus nucleorum).
- Gorgulho-dos-frutos (Parisoschoenus obesulus).
- Broca-dos-frutos-da-macaúba (Speciomerus revoili).
- Broca-do-olho-do-coqueiro (Rhynchophorus palmarum).
Zoocoria.
Não.
- Lixa-grande (Camarotella acrocomiae).
- Podridão de fitóftora (Phytophthora spp.).
- Anel vermelho (Bursaphelenchus cocophilus) e outras 
manchas foliares.
Serve de abrigo para diversas espécies animais; os frutos 
são consumidos por aves e mamíferos silvestres.
1.100 a 2.000 mm/ano.
Abrangência territorial
Tipo de solo
Fitofisionomias naturais de ocorrência
Profundidade do solo
Grupo sucessional
Persistência da folhagem
Tolerância ao encharcamento
Pragas
Síndrome de dispersão de sementes
Tolerância a geadas
Doenças
Atração em relação à fauna silvestre
Precipitação
Características ecológicas
Características agronômicas
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Outubro a janeiro.
Setembro a março.
30 ton/ha.
Sim, quebrada através escarificação física.
Rala. Projeção de copa 3 a 4 m.
15 m. | Fuste 10 m.
Moderado.
Profunda; raízes primárias grossas e numerosas.
Palmito para alimentação. Produção de vinho.
R$ 0,40/Kg (de acordo com a Política de Garantia de Preços 
Mínimos (PGPM), esse foi o preço mínimo recebido pelos 
pequenos produtores em 2021).
Produção de feno para cavalos, de fibra para artesanatos, de 
redes, de linhas de pesca e de cobertura para casas.
Mesocarpo: produção de farinha de alta qualidade; 
comestível in natura. 
Além disso, tem uso medicinal, combatendo a pneumonia.
Endocarpo: carvão vegetal.
Extração de óleo para a produção de biocombustíveis. 
Comestível: produção de paçoca. 
Hidratante capilar e sabão.
O óleo usado pode ser usado como laxante.
Período de florescimento
Período de frutificação
Sementes/kg de Fruto
Dormência de sementes
Tipo de copa 
Altura
Crescimento
Tipo de raiz 
Caule (tipo estipe)
R$/kg do fruto
Folhas
Frutos
Sementes (Amêndoa)
Não madeireiros
Comercialização
Produtos e uso comercial
Propagação e crescimento
Não.
Consórcios, sistemas silvipastoris, plantios puros e 
bordas de mata.
Em consórcio: 11,2 x 4,4 m (melhor espaçamento para 
consórcio com café). | Plantios puros: 8 x 6 m ou 10 x 6 m.
Em consórcio: 203 plantas/ha.
Plantio puro: 200 a 320 plantas/ha.
Capacidade de fixação de nitrogênio
Indicação para local de plantio
Espaçamentos recomendados
Densidade de plantio
Heliófita.Tolerânciaa sombra
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BIBLIOGRAFIA
ALMEIDA, S. P. et al. Cerrado: espécies vegetais úteis. Planaltina, DF: Embrapa-CPAC, 1998. 464 p.
BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Conab. Política de garantia de preços 
mínimos para produtos da sociobiodiversidade. [S. l.]: Companhia Nacional de Abastecimento 
(Conab), 2021. 8 p. Disponível em: https://www.conab.gov.br/images/chamadas/politicas_programas/
Folder-Pgpm-Bio-2021.pdf. Acesso em: 16 fev. 2022.
FRIZZAS, M. R. et al. Aspectos fitossanitários da macaúba [Acrocomia aculeata (Jacq.) Lodedex. 
Martius]: principais pragas e doenças. Planaltina, DF: Embrapa Cerrados , 2020. 36 p. (Documentos 
363). Disponível em: https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/infoteca/handle/doc/1131774. Acesso 
em: 16 fev. 2022.
INOCAS – Innovative Oil And Carbon Solutions. Propriedades mais rentáveis com macaúba. [S. l.]: 
INOCAS. Disponível em: https://www.inocas.com.br/plantio/. Acesso em: 16 fev. 2022.
POTT, A.; POTT, J. Plantas do Pantanal. Corumbá: EMBRAPA, 1994. 320 p.
RINALDI, M. M. et al. Estudos preliminares para colheita e armazenamento dos frutos da macaúba. . 
Planaltina, DF: Embrapa-CPAC, 2020. 22 p. (Boletim de Pesquisa e Desenvolvimento 355).
SILVA, D. B. et al. Frutas do Cerrado. Brasília, DF: Embrapa, 2001. 178 p
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MAMA-CADELA 
(BROSSIMUM GAUDICHAUDII - MORACEAE)
Essa planta pertence à família da amora, 
e foi denominada dessa forma devido à 
semelhança de seus frutos com a mama 
de cães fêmeas. É também chamada 
de amoreira-do-mato e ocorre em três 
biomas: Cerrado, Floresta Amazônica e 
Mata Atlântica.
Seu porte vai de arbusto a árvore, 
dependendo da região: a altura chega 
a 4 metros no Cerrado e até a 10 m na 
região amazônica.
Curiosidade: 
Dada a importância medicinal e terapêutica 
da mama-cadela, alguns laboratórios goianos, 
paulistas e do Distrito Federal estão elaborando 
comprimidos, extratos, tinturas e cremes 
utilizando essa planta como base. Um frasco com 
60 comprimidos do extrato da mama-cadela custa 
de R$ 25 a R$ 89.
4
 - 
5 
 m
1,
5 
- 2
 m
3 - 4 m
Com sabor leve e adocicado, os frutos carnosos da mama-cadela são usados em receitas de 
doces, sorvetes e salgados. Faz parte da cultura de alguns povos indígenas a utilização da raiz 
aromática como fumo. 
O grande destaque dessa espécie são suas propriedades curativas comprovadas 
cientificamente, utilizadas na medicina alternativa. O bergapteno e a furocumarina, dois de 
seus princípios ativos, são extraídos e industrializados para a produção de medicamentos 
que tratam o vitiligo e outras doenças de pele. Além disso, a mama-cadela é uma planta 
rústica, pouco exigente em relação ao solo e que apresenta alta capacidade de rebrota e de 
produção de clones a partir de suas raízes. 
Foto: Blog ciprest.blogspot.com
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No Brasil: Amazonas, Bahia, Distrito Federal, Goiás, Mato 
Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Piauí, São 
Paulo e Tocantins.
Em demais regiões da América do Sul: Paraguai e Bolívia.
Solos bem drenados, podendo ser ou não pedregosos.
Cerrado e nas vegetações de transição entre 
tal bioma, a Caatinga, a Floresta Amazônica, o 
Pantanal e a Mata Atlântica.
Profundo.
Não pioneira.
Caducifólia.
Não.
Algumas espécies de lepidópteros.
Barocoria e zoocoria. 
Resiste a geadas de até -2 °C.
Não conhecidas.
Abelhas e pequenos insetos polinizam as flores. Os frutos 
servem de alimento para mamíferos e aves.
830 a 2.200 mm.
Heliófita.
Não.
Plantio puro a pleno sol ou plantio misto.
Plantio puro: 4 x 4 m (no mínimo).
Plantio puro: 625 plantas/ha.
Abrangência territorial
Tipo de solo
Fitofisionomias naturais de ocorrência
Profundidade do solo
Grupo sucessional
Persistência da folhagem
Tolerância ao encharcamento
Pragas
Síndrome de dispersão de sementes
Tolerância a geadas
Doenças
Atração em relação à fauna silvestre
Precipitação
Tolerância a sombra
Capacidade de fixação de nitrogênio
Indicação para local de plantio
Espaçamentos recomendados
Densidade de plantio
Características ecológicas
Características agronômicas
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Junho a novembro.
Julho a dezembro.
600 sementes/kg.
Não. 
Densa. Projeção de copa 1,5 m.
4 m. | Fuste 1 a 2 m.
Lento.
6 anos.
Pivotante.
Consumo in natura. A polpa fibrosa pode ser transformada 
em goma de mascar, sucos, doces, bebidas e sorvetes. 
Forrageira (alimentação para bovinos).
Uso medicinal: da casca, são extraídas substâncias ativas 
usadas para o tratamento de vitiligo. A raiz, por ser 
depurativa do sangue, ajuda no tratamento para a hepatite, 
além de ter propriedades diuréticas.
Período de florescimento
Período de frutificação
Sementes/kg de Fruto
Dormência de sementes
Tipo de copa 
Altura
Crescimento
Tempo para colheita
Tipo de raiz 
Frutos
Casca e raiz
Não madeireiros
Produtos e uso comercial
Propagação e crescimento
GUIA DE ÁRVORES GUIA DE ÁRVORES 
BIBLIOGRAFIA
ALMEIDA, S. P. et al. Cerrado: espécies vegetais úteis. Planaltina/DF: Embrapa-CPAC. 1998. 464 p.
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Espécies nativas da flora brasileira de valor econômico atual 
ou potencial: plantas para o futuro: região Centro-Oeste. Brasília, DF: MMA, 2016. 1162 p. Disponível 
em: https://www.funbio.org.br/wp-content/uploads/2017/09/regio-centro-oeste-26-07-20171-5.pdf. 
Acesso em: 16 fev. 2022.
DIJALMA, B. S. et al. Avaliação preliminar de cultivo de mama-cadela (Brosimum gaudichaudii Trécul. 
– Moraceae). Brasília, DF: Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, 2020. 20 p. Disponível em: 
https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/infoteca/bitstream/doc/1124938/1/Boletim-Mamacadela-
360-FINAL.pdf. Acesso em: 16 fev. 2022.
POTT, A.; POTT, J. Plantas do Pantanal. Corumbá: Embrapa, 1994. 320 p.
SILVA, D. B. et al. Frutas do Cerrado. Brasília, DF: Embrapa, 2001. 178 p.
SILVA, D. B. et al. Propagação vegetativa de Brosimum gaudichaudii Trécul. (Mama-cadela) por estacas 
de raízes. Rev. Bras. Pl. Med., Botucatu, v. 13, n. 2, p. 151-156, 2011. Disponível em: https://www.scielo.
br/j/rbpm/a/FcsYBsqt7VjghwxGCyWrTXx/?lang=pt&format=pdf. Acesso em: 16 fev. 2022.
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MANGABA
(HANCORNIA SPECIOSA - APOCYNACEAE)
A mangabeira é uma árvore que 
possui ramos inclinados e, por isso, é 
semelhante ao chorão. 
Os indígenas denominaram o fruto 
dessa árvore de mangaba, que significa 
“coisa boa de comer”. Ele costumava 
crescer espontaneamente. O consumo 
da mangaba e do látex produzido pela 
mangabeira até hoje é uma tradição do 
povo nordestino. 
Curiosidade: 
Desde 2013, a mangaba é um dos produtos 
contemplados pela Política de Garantia de Preços 
Mínimos para Produtos da Sociobiodiversidade 
(PGPM-Bio) da Companhia Nacional de Abastecimento 
(CONAB). O preço mínimo estabelecido para 2020 foi 
de R$ 2,36/kg para os estados do Nordeste, e de R$ 1,91/
kg para os do Sudeste e do Centro-Oeste.
5 
- 7
 m
2 
- 3
 m
4 - 6 m
Trata-se de uma árvore rústica, típica dos biomas da Caatinga e do Cerrado, de ocorrência em 
restingas e tabuleiros costeiros. 
O nordeste brasileiro, onde predomina a exploração extrativista, é o maior produtor e 
consumidor da fruta. A mangaba é o carro-chefe de grandes fabricantes de sorvetes e picolés 
dessa região. Sua cadeia, já bem estabelecida, apresenta a produtividade de 10 toneladas de 
frutos/ha, com rendimento líquido anual entre R$ 8 mil/ha a R$ 14 mil/ha. 
A mangaba é uma fruta que se destaca por ter boa fonte de ferro (2,4 a 4,1 mg/100 g de 
polpa) e de zinco (2,3 a 4,4 mg/100 g de polpa). O teor de ácido ascórbico presente na 
mangaba, que pode atingir o valor de 274,7 mg/100 g de polpa, a coloca na lista de frutas 
mais ricas em vitamina C. A mangaba também é rica em compostos tânicos, que são fenólicos 
associados à adstringência da fruta e estão relacionados às suas propriedades antioxidantes e 
de prevenção de doenças crônico-degenerativas.
Foto: SiteEmbrapa.br
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Amazonas, Amapá, Pará e Tocantins. Possível ocorrência 
no Acre, em Roraima, em Alagoas, na Bahia, no Ceará, 
no Maranhão, na Paraíba, em Pernambuco, no Piauí, no 
Rio Grande do Norte, em Sergipe, no Distrito Federal, 
em Goiás, no Mato Grosso do Sul, no Mato Grosso, no 
Espírito Santo, em Minas Gerais, no Rio de Janeiro, em 
São Paulo e no Paraná.
Naturalmente cresce em solos arenosos, ácidos, pobres em 
matéria orgânica, classificados como neossolos quartizênicos. 
Caatinga, Cerrado e Campo Sujo.
Rasos e pedregosos.
Pioneira.
Semidecídua.
Não.
Lagartas, pulgão-verde e formigas cortadeiras podem 
danificar as folhas, os ramos e as brotações.
Zoocoria.
Não.
Podridão aquosa ou murcha do colo, apodrecimento 
das raízes, antracnose e mancha-parda.
Principalmente para aves.
750 a 1.500 mm.
Heliófita.
Sem registros.
Locais quentes e ensolarados, tanto para plantio 
puro quanto em consórcio.
Plantio puro: 7 x 6 m a 7 x 7 m. | Em consórcio: 10 x 10 m.
Plantio puro: 200 plantas/ha. | Em consórcio: 100 plantas/ha.
Abrangência territorial
Tipo de solo
Fitofisionomias naturais de ocorrência
Profundidade do solo
Grupo sucessional
Persistência da folhagem
Tolerância ao encharcamento
Pragas
Síndrome de dispersão de sementes
Tolerância a geadas
Doenças
Atração em relação à fauna silvestre
Precipitação
Tolerância a sombra
Capacidade de fixação de nitrogênio
Indicação para local de plantio
Espaçamentos recomendados
Densidade de plantio
Características ecológicas
Características agronômicas
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Setembro a novembro.
Dezembro a abril; junho a julho (portanto, duas 
safras por ano).
Não. 
7.692/kg.
10 toneladas/ha.
Arredondada. Projeção de copa 4 a 6 m.
5 a 7 m. | Fuste 2 m.
Lento.
3 a 5 anos.
Pivotante.
Consumido in natura; matéria-prima para o preparo 
de geleias, doces, compotas, sorvetes, sucos, refrescos, 
picolés, licores, vinho e xaropes.
O suco leitoso pode ser utilizado como medicamento 
caseiro para o tratamento de tuberculose e úlceras.
Período de florescimento
Período de frutificação
Dormência de sementes
Sementes/kg de Fruto
Produtividade de frutos
Tipo de copa 
Altura
Crescimento
Tempo para colheita
Tipo de raiz 
FrutosNão madeireiros
Produtos e uso comercial
Propagação e crescimento
R$ 3/litro.Comercialização da polpa
GUIA DE ÁRVORES GUIA DE ÁRVORES 
BIBLIOGRAFIA
LÉDO, A. S. et al. Mangaba. Brasília, DF: Embrapa, 2015. 90 p. (Coleção Plantar) Disponível em: https://
ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/165360/1/PLANTAR-MANGABA-ed01-2015-MIOLO.
pdf. Acesso em: 16 fev. 2022.
LORENZI, H. et al. Frutas brasileiras e exóticas cultivadas (de consumo in natura). São Paulo: Instituto 
Plantarum de Estudos da Flora, 2006. 672 p. 
SILVA Jr., J. F. da et al. Hancornia speciosa: mangaba. In: BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. 
Espécies nativas da flora brasileira de valor econômico atual ou potencial: plantas para o futuro: 
região Nordeste. Brasília, DF: MMA, 2018. p. 177-192. Disponível em: https://www.infoteca.cnptia.
embrapa.br/infoteca/bitstream/doc/1104669/1/Mangaba.pdf. Acesso em: 12 out. 2021.
SILVA Jr., J. F. Mangaba: Hancornia speciosa Gomes. [S. l.]: Instituto Interamericano de Cooperación 
para la Agricultura (IICA), 2017. 28 p. Disponível em: https://www.procisur.org.uy/adjuntos/procisur_
mangaba_476.pdf. Acesso em: 16 fev. 2022.
VIEIRA, R. F. et al. Frutas nativas da região Centro-Oeste. Brasília, DF: Embrapa Recursos Genéticos 
e Biotecnologia, 2006. 320 p. Disponível em: http://www.agabrasil.org.br/_Dinamicos/livro_frutas_
nativas_Embrapa.pdf. Acesso em: 16 fev. 2022. 
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MURICI
(BYRSONIMA VERBASCIFOLIA - MALPIGHIACEAE)
A estimativa é que o gênero Byrsonia possua mais 
de 200 espécies, sendo que pelo menos 100 delas 
ocorrem no Brasil. São árvores pequenas, de troncos 
tortuosos e com a coloração amarela de seus frutos 
como característica marcante. O murici é uma das 
espécies desse gênero e também conhecido como 
douradinha-falsa, murici-assú, orelha-de-burro e 
orelha-de-veado.
Curiosidade: 
O murici é uma espécie de múltiplos usos: das sementes 
é possível extrair um óleo, que pode ser destinado 
tanto para alimentação quanto para a fabricação de 
cosméticos; a polpa da fruta está sendo testada para a 
produção de cervejas artesanais; o beneficiamento do 
fruto em geleias garante o valor nutricional do alimento 
e aumenta sua vida útil – o tempo de armazenamento 
desse produto ultrapassa os 120 dias; e, além disso, o 
fruto também já foi transformado em passas, que se 
mostraram ricas em fibras, carboidratos e proteínas.
5 
 m
1 
 m
7 - 8 m
Nas regiões de ocorrência natural do murici, seu mercado é local. Na região Nordeste, a fruta 
é comercializada in natura nas feiras, juntamente com o jambo, a pitomba, a graviola e o caju. 
No México e na América Central, o murici é utilizado para o preparo de pratos salgados e 
recheios de carne. 
Além do fruto da árvore – o qual também pode ser matéria-prima para sucos, sorvetes e 
compotas –, a casca, os galhos e as folhas dessa planta têm utilização na medicina popular. 
O murici é uma planta pouco cultivada, e sua produção é tradicionalmente feita por 
extrativismo. Ela exige pouco manejo, cresce rápido, não necessita de defensivos agrícolas 
e o retorno dos investimentos em seu plantio acontece em média após três anos. Um murici 
produz cerca de 15 kg de frutos, uma produtividade média de 4.200 kg/ha. No CEASA 
(Ceará), o preço para o consumidor final é de R$ 7/kg, segundo dados de 2021.
Além disso, os frutos dessa árvore – em virtude de seu rico valor nutritivo – têm grande 
potencial para serem incluídos na alimentação humana.
Foto: Site Coisas da Roça
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No Brasil: Alagoas, Amazonas, Bahia, Distrito Federal, 
Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, 
Pará, São Paulo e Tocantins.
Em demais regiões: México, Bolívia e Paraguai. 
Solos areno-argilosos, bem drenados.
Cerrado, Cerradão, Campo Sujo, Pantanal e 
Floresta Estacional.
Rasos e profundos.
Secundária inicial.
Caducifólia.
Não.
Serra-pau (Oncideres dejeani) e ácaros fitófagos do 
gênero Brevipalpus.
Zoocoria.
Tolera temperaturas até -3 °C.
Sem informação.
Melífera. Quando caem, os frutos são consumidos pela 
fauna silvestre.
Mínimo de 600 mm/ano.
Heliófita.
Não.
Consórcio, plantios puros e bordas de florestas.
Em consórcio: 5 x 8 m. | Plantios puros: 5 x 5 m ou 6 x 6 m.
Em consórcio: 250 plantas/ha. 
Plantio puro: 277 a 400 plantas/ha.
Abrangência territorial
Tipo de solo
Fitofisionomias naturais de ocorrência
Profundidade do solo
Grupo sucessional
Persistência da folhagem
Tolerância ao encharcamento
Pragas
Síndrome de dispersão de sementes
Tolerância a geadas
Doenças
Atração em relação à fauna silvestre
Precipitação
Tolerância a sombra
Capacidade de fixação de nitrogênio
Indicação para local de plantio
Espaçamentos recomendados
Densidade de plantio
Características ecológicas
Características agronômicas
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Agosto a novembro.
Outubro a fevereiro.
4.500 kg/ha (100 a 500 frutos/planta, que pesam entre 
1 a 4 g cada; o rendimento da polpa é de 60%).
3.000/kg.
Sim; quebra por imersão em solução de ácido giberélico.
Densa. Projeção de copa 7 a 10 m.
5 m. | Fuste 2 m.
Lento a moderado.
Pivotante (profunda).
Casca usada para tingimento de tecidos e indústria 
de curtume.
Extração de óleo para alimentação ou para a indústria
farmacêutica e de cosméticos.
Servem também como matéria-prima para artesanato.
Uso medicinal.
Casca: no uso popular, febrífugo, antidiarreico e 
adstringente; tóxica se ingerida em doses elevadas.
Folhas e ramos: antissifilíticos, diuréticos, eméticos, 
antimicrobianos, antioxidantes, anti-hemorrágicos, 
cicatrizantes e anti-inflamatórios. 
Consumidos in natura ou em forma de doces, sucos, 
polpas, geleias, sorvetese licores. 
Uso medicinal: laxante brando, além de combater 
tosse e bronquite.
Período de florescimento
Período de frutificação
Dormência de sementes
Sementes/kg de Fruto
Produtividade de frutos
Tipo de copa 
Altura
Crescimento
Tipo de raiz 
Tronco
Sementes 
Casca, folhas e ramos
R$/kg (frutos in natura)
Frutos
Não madeireiros
Produtos e uso comercial
Propagação e crescimento
R$ 5 a R$ 7 (preço para o consumidor).Comercialização
GUIA DE ÁRVORES GUIA DE ÁRVORES 
BIBLIOGRAFIA
ALMEIDA, S. P. et al. Cerrado: espécies vegetais úteis. Planaltina, DF: Embrapa-CPAC, 1998. 464 p.
ARAÚJO, R. R. et al. Byrsonima crassiflia e verbascifolia: Murici. In: BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. 
Espécies nativas da flora brasileira de valor econômico atual ou potencial: plantas para o futuro: região 
Nordeste. Brasília, DF: MMA, 2018. p. 137-146. Disponível em: https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/
infoteca/bitstream/doc/1104683/1/Murici.pdf. Acesso em: 16 fev. 2022.
GURGEL, F. L. O muricizeiro [Byrsonima crassifolia (L) H.B.K]: avanços no conhecimento e ações de pré-
melhoramento. Brasília, DF: Embrapa Amazônia Oriental, 2016. 52 p. Disponível em: https://ainfo.cnptia.
embrapa.br/digital/bitstream/item/149349/1/Muruci-cap1.pdf. Acesso em: 16 fev. 2022. 
SILVA, A. B. C. Bioatividade de extratos de folhas e frutos de Byrsonima spp (Malpighiaceae) em 
Lactuca sativa L. 2016. Dissertação (Mestrado em Ciências Ambientais) – Universidade Federal de 
Alfenas, Alfenas, 2016. Disponível em: https://www.unifal-mg.edu.br/ppgca/wp-content/uploads/
sites/188/2021/03/Dissert.-Barbara.2016-Bioat.-extrat.-folhas-e-frutos-de-Byrsonima-spp.-em-L.-sativa-
VersaoFinal_0.pdf. Acesso em: 16 fev. 2022.
SILVA, D. B. et al. Frutas do Cerrado. Brasília, DF: Embrapa, 2001. 178 p.
GUIA DE ÁRVORES GUIA DE ÁRVORES 
PEQUI
(CARYOCAR BRASILIENSE - CARYOCARACEAE)
O pequizeiro é chamado “ouro do cerrado”, um termo que 
associa a coloração amarela do pequi ao seu valor econômico. 
Ele é nativo do Cerrado e já tem uma cadeia de produção 
consolidada, que vem crescendo. 
O pequi é muito versátil: a polpa e a amêndoa servem para 
a alimentação humana, e o restante dele pode ser utilizado 
como ração animal ou adubo. 
Curiosidade: 
A EMBRAPA Cerrados (Planaltina/DF) recomenda um 
tratamento para acelerar a germinação das sementes 
do pequi: elas devem ser imersas por 36 horas em uma 
solução de ácido giberélico e água, na proporção de 1 g 
de ácido para 1,5 litro de água. Esse procedimento faz 
com que o tempo de germinação, que normalmente é de 
120 a 360 dias após semeadura, caia para 40 dias.
10
 m
4
 - 
5 
 m
6 - 8 m
Esse fruto faz parte da culinária regional e também é 
industrializado, na forma de extratos, conservas e óleo. Em 
várias regiões do Brasil, é possível encontrar esses produtos no comércio, e eles até vêm com selo 
de qualidade. O fruto processado e embalado a vácuo atende também ao mercado externo, e a 
exportação valoriza o produto em até seis vezes em comparação com as vendas ao mercado interno.
Explorado majoritariamente de forma extrativista, a produção nacional de pequi é de 27.000 
toneladas. Sua produtividade média é de 180 kg polpa/ha, considerando a densidade natural de 
suas plantas, que é de 45 indivíduos/ha. 
Um dos desafios do cultivo do pequi é sua germinação: ela é muito baixa. Por isso, há muitas 
pesquisas em torno desse tema. As principais entidades de pesquisa envolvidas são: a Universidade 
Estadual de Campinas (UNICAMP); a EMBRAPA Cerrados; a EMBRAPA CENARGEN; a Universidade 
Federal de Goiás (UFG); a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) – campus de Montes 
Claros; a Universidade Federal de Uberlândia (UFU); a Agência Goiana de Desenvolvimento Rural e 
Fundiário; e a Associação dos Produtores e Beneficiadores de Frutos do Cerrado (Benfruc).
Foto: Site Pinimg.com
GUIA DE ÁRVORES GUIA DE ÁRVORES 
Bahia, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Mato 
Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Piauí, 
São Paulo e Tocantins.
Fertilidade química baixa. Bem drenado e constituído por 
arenito, cretáceos e quartzitos estratificados, com camadas 
de barro e areia cimentados e acidez elevada (pH de 4,5 a 5).
Campo Cerrado, Cerrado denso e ralo, Cerradão; 
Mata Calcárea e “murundus”. 
Profundo.
Secundária tardia.
Semidecídua.
Não.
Formigas, cupins e lepidópteros.
Zoocoria.
Não.
Podridão de raízes (Cylindrocadium sp), mal-do-cipó 
(Phomopsis sp) e podridão dos frutos (Botryodiplodia 
theobromae).
Melífera. Seus frutos são consumidos por roedores (preá, 
paca e outros), insetos, aves e morcegos.
900 a 2.250 mm.
Heliófita.
Não.
Recomenda-se plantar em consórcio. Indicado para 
sistemas silvipastoris.
Em consórcio: 16 x 16 m. | Plantio puro: 9 x 9 m.
Em consórcio: 35 a 40 plantas/ha.
Plantio puro: 123 plantas/ha.
Abrangência territorial
Tipo de solo
Fitofisionomias naturais de ocorrência
Profundidade do solo
Grupo sucessional
Persistência da folhagem
Tolerância ao encharcamento
Pragas
Síndrome de dispersão de sementes
Tolerância a geadas
Doenças
Atração em relação à fauna silvestre
Precipitação
Tolerância a sombra
Capacidade de fixação de nitrogênio
Indicação para local de plantio
Espaçamentos recomendados
Densidade de plantio
Características ecológicas
Características agronômicas
GUIA DE ÁRVORES GUIA DE ÁRVORES 
Agosto a novembro.
Novembro a fevereiro.
3,7 toneladas/ha/ano (30% de óleo - 1.100 kg/ha/ano).
Por árvore | 2.000 frutos.
145 a 200/kg.
Sim.
Densa. Projeção de copa 3 a 4 m.
11 m. | Fuste Curto: 5 m. 
Lento, menos de 30 cm/ano.
4 a 5 anos.
Nas fases iniciais é fasciculada; depois, torna-se pivotante.
Alimentação humana e animal e uso medicinal. A torta da 
polpa pode ser aproveitada como ração ou fertilizante.
R$ 11 a R$ 36/kg. 
Extração de óleo para uso medicinal ou para a 
produção de biocombustível; uso em compostagem 
ou em ração para animais; e fabricação de licores e 
de manteiga de pequi.
Período de florescimento
Período de frutificação
Dormência de sementes
Sementes/kg de Fruto
Produtividade
Tipo de copa 
Altura
Crescimento
Tempo para colheita
Tipo de raiz 
Fruto
Processado e embalado: 
Sementes 
In natura
Não madeireiros
Produtos e uso comercial
Propagação e crescimento
R$ 1,5 a R$ 6/kg.Comercialização
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BIBLIOGRAFIA
ALMEIDA, S P et al. Cerrado: espécies vegetais úteis. Planaltina, DF: Embrapa-CPAC. 1998. 464 p.
BORGES, J. C. A. Características botânicas, aspectos nutricionais e efeitos terapêuticos do pequi 
(Caryocar brasiliense): revisão de literatura. 2011. Seminário (Mestrado em Ciência Animal) – Escola 
de Veterinária e Zootecnia, Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2011. Disponível em: https://files.
cercomp.ufg.br/weby/up/67/o/semi2011_Juliana__Carvalho_2c.pdf. Acesso em 16 fev. 2022.
CARVALHO, P. E. R. Pequizeiro: Caryocar brasiliense. Colombo, PR: Embrapa, jul. 2009, 10 p. 
(Comunicado Técnico, 230). Disponível em: https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/CNPF-
2010/46379/1/CT230.pdf. Acesso em: 16 fev. 2022.
OLIVEIRA, E. Exploração de espécies nativas como uma estratégia de sustentabilidade 
socioambiental: o caso do pequi (Cariocar brasiliense Camb.) em Goiás. 2006. Tese (Doutorado) – Centro 
de Desenvolvimento Sustentável, Universidade de Brasília. Brasília, DF, 2006.
SILVA, D. B. et al. Frutas do Cerrado. Brasília, DF: Embrapa, 2001. 178 p.
SILVA, D. M. Cadeia produtiva de pequi no estado de Goiás: análise do ambiente organizacional 
e institucional. 2011. Estágio (Graduação em Gestão do Agronegócio) – Faculdade UnB 
Planaltina, Universidade de Brasília, Brasília, DF, 2011. Disponível em: https://bdm.unb.br/
bitstream/10483/3871/1/2011_DaniellaMenezesdaSilva.pdf. Acesso em: 16 fev. 2022.
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AÇOITA-CAVALO 
(LUEHEA DIVARICATA - MALVACEAE)
O açoita-cavalo é uma árvore de ampla 
ocorrência, típica de florestas e de fácilregeneração natural nas pastagens. Rebrota 
rapidamente após ser cortada, ficando com 
arquitetura baixa. Quando plantada em 
áreas abertas, apresenta também muitos 
galhos. Para que ela forme madeira, deve 
ser sombreada nas fases iniciais. Tem boa 
indicação para consórcio com café, quando 
este já estiver bem formado. O açoita-cavalo 
em sua forma adulta, no ambiente natural de 
floresta, alcança até 10 metros de altura. 
Curiosidade: 
Os galhos do açoita-cavalo têm 
alta resistência e elasticidade. 
Por isso, são usados para fabricar 
chicotes, o que deu origem a esse 
nome popular da espécie. 
10
 m
6
 m
8 m
Essa árvore tem crescimento médio e atinge a fase de corte aos 10 anos. Sua madeira é bem 
uniforme, de cor bege clara ou acinzentada, seca rápido e tem boa aceitação em relação a 
tratamentos conservativos. Pelo fato de a madeira do açoita-cavalo ser boa de se trabalhar, ela é 
indicada para a confecção de peças torneadas e para a fabricação de saltos de sapatos.
Embora essa árvore não tenha capacidade de fixação de nitrogênio, suas raízes se associam 
facilmente com micorrizas, o que permite que a planta tenha boas disponibilidade e absorção 
de nutrientes. Essa característica faz com que o açoita-cavalo seja benéfico para culturas 
consorciadas com ele.
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No Brasil: Bahia, Goiás e de Minas Gerais até o 
Rio Grande do Sul.
Em demais regiões da América do Sul: Bolívia, 
Paraguai, Peru.
Secos ou úmidos, bem ou mal drenados, de textura 
média a argilosa.
Caatinga, Floresta Ombrófila Mista, Floresta Ombófila 
Densa, Floresta Estacional Decidual e Semidecidual, 
Pampas, Cerradão e Cerrado.
Profundos ou rasos.
Secundária tardia.
Caducifólia.
Leve.
Besouros da família Scolytidae e serradores cerambicídeos.
Anemocórica (vento).
Sim.
Não há registro.
É apícola e serve de alimento e abrigo.
700 a 2.200 mm.
Heliófita.
Não.
Em consórcio com café ou outras culturas; em divisas de 
propriedades; como arborizadora de carreadores; em 
bordas de florestas; e em encostas íngremes.
Em consórcio: plantio em linhas intercalares, com distância 
mínima de 12 m entre cada uma (a cada 4 ou 5 ruas de café).
Plantio em talhões com espécies sombreadoras: 3 x 2 m.
Em consórcio: 83 plantas/ha. | Plantio puro: 1.600 plantas/ha.
Abrangência territorial
Tipo de solo
Fitofisionomias naturais de ocorrência
Profundidade do solo
Grupo sucessional
Persistência da folhagem
Tolerância ao encharcamento
Pragas
Síndrome de dispersão de sementes
Tolerância a geadas
Doenças
Atração em relação à fauna silvestre
Precipitação
Tolerância a sombra
Capacidade de fixação de nitrogênio
Indicação para local de plantio
Espaçamentos recomendados
Densidade de plantio
Características ecológicas
Características agronômicas
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Dezembro a julho.
Junho a julho.
280 mil sementes/kg
10 anos para corte.
Não.
Densa. Projeção de copa 8 m.
15 m. | Fuste 10 m.
5 m³/ha/ano.
Lento a moderado. Aos 10 anos, alcança até 9 m.
Pivotante.
Melífera. Do tronco, extrai-se resina. Óleo essencial pode 
ser extraído das flores. A casca é muito valorizada por 
conter tanino ( que tem uso medicinal), sendo empregada 
em operações de curtume e, na medicina popular, usada 
contra disenteria e reumatismo.
R$ 160/kg
R$ 50/m³
Movelaria, hélices de avião, tacos, ripas, molduras, 
guarnições, peças torneadas, compensados, instrumentos 
musicais, forma de sapatos, lenha, carvão e mourão.
Moderadamente densa (0,7 g/cm3).
Textura média, resistente e flexível.
Período de florescimento
Período de frutificação
Sementes/kg
Índice Médio de Crescimento (IMC)
Dormência de sementes
Tipo de copa 
Altura
Produtividade da madeira
Crescimento
Tipo de raiz 
Semente (R$/kg)
Não madeireiros
Madeireiros Usos
Densidade
Madeira para lenha (R$/m3)
Características
Comercialização
Produtos e uso comercial
Propagação e crescimento
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BIBLIOGRAFIA
BRUZIGUESSI, E. et al. Sistemas silvipastoris com árvores nativas no Cerrado. Brasília, DF: Mil 
Folhas do IEB, 2021. 140 p. Disponível em https://iieb.org.br/wp-content/uploads/2021/07/
Bruziguessi-et-al-2021-SSP-com-arvores-nativas-no-Cerrado.pdf. Acesso em: 16 fev. 2022. 
CAMPOS FILHO, E. M.; SARTORELLI, P. A. R. Guia de árvores com valor econômico. São Paulo: 
INPUT/Agroicone, 2015. Disponível em: https://www.inputbrasil.org/wp-content/uploads/2015/11/
Guia_de_arvores_com_valor_economico_Agroicone.pdf. Acesso em: 16 fev. 2022. 
LÖF – MUDAS NATIVAS E ORNAMENTAIS. Açoita-cavalo. [S. l.]: LÖF, 2016. Disponível em: http://
www.mudasnativaslof.com.br/especies/detalhes/acoita-cavalo. Acesso em: 04 out. 2021.
LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do 
Brasil. 2. ed. Nova Odessa: Editora Plantarum, 1998. v. 2. 367 p. Disponível em: http://aeaesp.com.
br/wp-content/uploads/2019/09/%C3%81rvores-Brasileiras-Lorenzi-volume-2_compressed.pdf. 
Acesso em: 04 out. 2021.
REDE DE SEMENTES DO CERRADO. Açoita-cavalo. [S. l.]: Rede de sementes do Cerrado, 2020. 
Disponível em: https://rededesementesdocerrado.com.br/vendas/sementes-nativas/arvore/85-
acoita-cavalo. Acesso em: 04 out. 2021.
SOUZA, H. N. Sistematização da experiência participativa com sistemas agroflorestais: rumo à 
sustentabilidade da agricultura familiar na Zona da Mata Mineira. 2006. Tese (Magister Scientiae 
em Solos e Nutrição de Plantas) – Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, 2006.
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ANGICO
(ANADENANTHERA COLUBRINA - FABACEAE)
Não conseguimos mexer neste texto porque 
ele é uma imagem. Além disso, o texto está 
cortado. Então, não foi possível lê-lo na 
íntegra, sendo, assim, impossível realizar 
qualquer revisão.
Curiosidade: 
O angico é considerado uma planta pioneira 
antrópica. É uma espécie que aparece em 
agrupamentos contínuos, em áreas alteradas. Se o 
plantio dela não for controlado, essa planta pode 
se tornar uma invasora, inibindo a propagação de 
outras espécies. Por apararecer em agrupamentos 
contínuos, em áreas alteradas. Por outro lado, sua 
floração é bastante atrativa para abelhas silvestres.
16
 m
10
 m
8 m
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Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do 
Norte, Sergipe, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, 
Mato Grosso, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Paraná.
Adaptada a solos secos, rasos ou pedregosos. Seu 
desempenho é melhor em solos bem drenados e de textura 
média a argilosa.
Caatinga, Cerradão, Cerrado e Floresta Estacional 
Semidecidual.
Rasos ou profundos.
Secundária inicial.
Caducifólia.
Média.
Frutos atacados pela broca; mudas podem sofrer 
ataques de formigas saúva. 
Barocórica (por gravidade).
Sim.
Não há registro.
Melífera e serve de abrigo.
700 a 1.800 mm. 
Heliófita.
Sim.
Em consórcio com outras culturas, como café; em divisas 
de propriedades; como arborizadora de carreadores; em 
bordas de florestas; e em talhões puros. 
Em consórcio: plantio em linhas intercalares, com distância 
mínima de 12 m entre cada uma (a cada 4 ou 5 ruas de café).
Plantio em talhões com espécies sombreadoras: 3 x 2 m.
Em consórcio: 83 plantas/ha. | Plantio puro: 1.600 plantas/ha.
Abrangência territorial
Tipo de solo
Fitofisionomias naturais de ocorrência
Profundidade do solo
Grupo sucessional
Persistência da folhagem
Tolerância ao encharcamento
Pragas
Síndrome de dispersão de sementes
Tolerância a geadas
Doenças
Atração em relação à fauna silvestre
Precipitação
Tolerância a sombra
Capacidade de fixação de nitrogênio
Indicação para local de plantio
Espaçamentos recomendados
Densidade de plantio
Características ecológicas
Características agronômicas
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Dezembro a janeiro.
Janeiro a julho.
10.000 a 20.000 sementes/kg.
Não.
Média. Projeção de copa 8 m.
8 a 16 m (DAP: 25-60 cm). | Fuste 10 m.
31 m³/ha/ano.
Moderado a rápido. O corte pode ser

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