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ATIVIDADE CONTEXTUALIZADA DE ESTRADAS
 André Luis de Sá
01396199
Engenharia civil
Principais problemas envolvidos na construção das rodovias brasileiras
As rodovias brasileiras são fundamentais para o desenvolvimento econômico e social do país, mas também apresentam uma série de problemas estruturais, operacionais e ambientais que comprometem a sua qualidade e segurança. Segundo a Pesquisa CNT de Rodovias 2021, 59% das rodovias pavimentadas foram avaliadas como regulares, ruins ou péssimas, sendo que os principais problemas encontrados foram: pavimento desgastado, sinalização deficiente, geometria inadequada e drenagem insuficiente. Em 2022, estes resultados perpetuaram em toda a malha pesquisada, bem como foi observada uma piora significativa na característica Pavimento em relação ao resultado de 2021 (CNT, 2022). Diante desse cenário, esta pesquisa percebe é que os problemas das rodovias brasileiras estão relacionados principalmente à falta de planejamento, gestão, fiscalização e recursos para a execução e manutenção dos projetos rodoviários.
Uma das primeiras rodovias construídas no Brasil com o propósito de integrar as regiões foi a BR-116, também conhecida como Rodovia Presidente Dutra ou Via Dutra, a obra foi iniciada em 1946, durante o governo de Eurico Gaspar Dutra, e concluída em 1951, durante o governo de Getúlio Vargas. A rodovia liga as duas maiores cidades do país, São Paulo e Rio de Janeiro, atravessando cinco estados (SP, RJ, MG, BA e PE) e um total de 4.385 km (BAZANI,2016). O projeto foi considerado uma obra de grande importância estratégica, política e econômica para o país, pois facilitou o escoamento da produção industrial e agrícola entre as regiões Sudeste e Nordeste, além de estimular o desenvolvimento urbano e turístico ao longo do seu traçado. No entanto, a construção da rodovia também trouxe uma série de problemas, como: o alto custo financeiro da obra; a desapropriação de terras e o deslocamento de populações; a degradação ambiental causada pela supressão da vegetação nativa e pela poluição sonora e atmosférica; a saturação do tráfego e o aumento dos acidentes; a falta de manutenção adequada do pavimento e da sinalização; a necessidade de obras complementares como duplicações, contornos e viadutos (BRASIL,2014).
As principais rodovias cujos projetos tinham como objetivo ligar as regiões brasileiras são as rodovias federais que compõem o Sistema Nacional de Viação (SNV), que é um conjunto de vias de transporte terrestre, aquaviário e aéreo que interligam os centros produtores e consumidores do país. Entre as rodovias federais do SNV, destacam-se as seguintes:
A BR-101, que é a maior rodovia longitudinal do país, com cerca de 4.542 km de extensão, ligando o Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul, passando por 12 estados e 111 municípios. A BR-101 tem um papel estratégico para o escoamento da produção agrícola e industrial do Nordeste, do Sudeste e do Sul, bem como para o turismo e a integração regional. No entanto, a BR-101 também enfrenta problemas de congestionamento, acidentes, pavimentação precária e falta de duplicação em alguns trechos.
A BR-116, que é a segunda maior rodovia longitudinal do país, com cerca de 4.385 km de extensão, ligando o Ceará ao Rio Grande do Sul, passando por 10 estados e 163 municípios. A BR-116 é considerada a espinha dorsal do transporte rodoviário brasileiro, pois conecta as principais regiões metropolitanas do país, como Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, São Paulo, Curitiba e Porto Alegre. Além disso, a BR-116 é responsável por cerca de 40% da movimentação de cargas no país. Por outro lado, a BR-116 também apresenta problemas de tráfego intenso, acidentes fatais, buracos, obras inacabadas e falta de segurança.
A BR-163, que é uma importante rodovia transversal do país, com cerca de 3.523 km de extensão, ligando o Rio Grande do Sul ao Pará, passando por sete estados e 45 municípios. A BR-163 tem um papel fundamental para o desenvolvimento da região Centro-Oeste e da Amazônia Legal, pois permite o escoamento da produção de soja, milho e carne bovina dessas áreas para os portos do Norte e do Sul do país. No entanto, a BR-163 também enfrenta problemas de atoleiros, poeira, erosão, invasões de terras e desmatamento em alguns trechos.
A BR-364, que é outra importante rodovia transversal do país, com cerca de 4.141 km de extensão, ligando o Mato Grosso ao Acre, passando por cinco estados e 58 municípios. A BR-364 tem um papel relevante para a integração nacional e regional, pois conecta as regiões Centro-Oeste e Norte do país, além de possibilitar o acesso ao Peru e à Bolívia. Além disso, a BR-364 é responsável por cerca de 70% da movimentação de cargas na região Norte. Por outro lado, a BR-364 também apresenta problemas de isolamento, insegurança jurídica, conflitos fundiários e impactos ambientais em alguns trechos.
Os resultados e os desafios dessas iniciativas governamentais são diversos e dependem da avaliação de diferentes critérios, como o custo-benefício, o retorno social, o impacto ambiental, a eficiência gerencial, a transparência fiscal, entre outros. De modo geral, pode-se dizer que essas iniciativas contribuíram para a expansão e a melhoria da infraestrutura rodoviária no Brasil, mas também revelaram as limitações e as dificuldades do poder público para planejar, executar e fiscalizar os projetos rodoviários de forma adequada e sustentável.
O Brasil é um país de dimensões continentais, com uma grande diversidade de climas, relevo, vegetação e solos. Essas características influenciam diretamente na concepção, no projeto e na execução das estradas de rodagem, que devem atender às necessidades de mobilidade, segurança e conforto dos usuários, bem como aos requisitos técnicos, econômicos e ambientais. As estradas de rodagem são classificadas em função do volume e da composição do tráfego, da importância econômica e social, da integração regional e nacional e da acessibilidade. As classes de projeto definem os parâmetros geométricos das estradas, como velocidade diretriz, raios mínimos de curvatura, rampas máximas e mínimas, distâncias de visibilidade, largura da pista e dos acostamentos, entre outros.
Cada região do Brasil apresenta particularidades que devem ser consideradas no projeto das estradas de rodagem, de acordo com as Normas para o Projeto das Estradas de Rodagem (DNIT, 2023), são:
Regiões de predominância de alto índice pluviométrico: nessas regiões, é fundamental garantir o escoamento adequado das águas superficiais e subterrâneas, evitando a erosão do solo, o assoreamento dos cursos d’água, o deslizamento de taludes e a deterioração do pavimento. Para isso, devem ser previstos dispositivos de drenagem eficientes, como sarjetas, bueiros, valetas, canaletas, galerias e dissipadores de energia. Além disso, devem ser evitadas rampas muito longas e íngremes, que dificultam a frenagem e a tração dos veículos em condições de pista molhada. As rampas mínimas devem ser suficientes para evitar a formação de poças d’água na pista. Exemplos de regiões com esse perfil são a Amazônia, o Nordeste e o Sudeste.
Regiões montanhosas: nessas regiões, o relevo acidentado impõe restrições ao traçado das estradas, exigindo o uso de curvas horizontais e verticais com raios reduzidos, rampas elevadas e cortes e aterros altos. Esses fatores aumentam a complexidade do projeto e o custo da obra, além de reduzirem a velocidade e a segurança dos veículos. Em alguns casos, pode ser necessário recorrer a obras especiais, como viadutos, túneis e pontes. Exemplos de regiões com esse perfil são o Sul e o Centro-Oeste.
Regiões planas: nessas regiões, o relevo favorece o traçado das estradas, permitindo o uso de curvas horizontais e verticais com raios amplos, rampas suaves e cortes e aterros baixos. Esses fatores simplificam o projeto e reduzem o custo da obra, além de aumentarem a velocidade e a segurança dos veículos. No entanto, devem ser observados aspectos como a estabilidade do solo, a presença de lençóis freáticos, a interferênciacom outras infraestruturas e a proteção ambiental. Exemplos de regiões com esse perfil são o Norte e o Centro-Oeste.
Portanto, os projetos de estradas em cada região do Brasil devem levar em conta as particularidades locais, buscando soluções que harmonizem as exigências técnicas com as condicionantes físicas, econômicas e ambientais.
Este trabalho buscou responder à seguinte questão: quais são os principais problemas envolvidos na construção das rodovias brasileiras e como eles podem ser solucionados? A hipótese levantada foi que os problemas das rodovias brasileiras estão relacionados à falta de planejamento, gestão e investimento adequados, bem como à diversidade geográfica, climática e socioeconômica do país, que demanda projetos específicos para cada região. Para testar essa hipótese, foram analisados os aspectos históricos, técnicos e operacionais das rodovias brasileiras, bem como as suas particularidades regionais e as suas metodologias de controle e reparação. Os resultados obtidos confirmaram parcialmente a hipótese inicial, pois evidenciaram que os problemas das rodovias brasileiras são multifatoriais e complexos, envolvendo não apenas questões de engenharia, mas também questões políticas, econômicas e ambientais. Segundo o DNIT, o déficit de investimento nas rodovias federais é de cerca de R$ 10 bilhões por ano, o que compromete a execução dos projetos e a manutenção da malha. Além disso, segundo a ANTT, apenas 12% das rodovias federais são concedidas à iniciativa privada, o que limita a capacidade de gestão e fiscalização do poder público (DNIT,2023; ANTT,2023). Por outro lado, os resultados também apontaram que existem soluções possíveis e viáveis para melhorar a qualidade e a segurança das rodovias brasileiras, desde que haja uma maior integração entre os órgãos responsáveis pelo planejamento, pela execução e pelo controle dos projetos rodoviários, bem como uma maior participação da sociedade civil na definição das prioridades e na avaliação dos resultados. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANTT Agência Nacional de Transportes Terrestres. Brasília, 2023. Disponível em: https://www.gov.br/antt/pt-br . Acesso em: 07/09/2023
BAZANI, Adamo. História da rodovia Presidente Dutra: 65 anos e um caminho aberto para o desenvolvimento. 2016. Disponível em https://diariodotransporte.com.br/2016/01/17/historia-da-rodovia-presidente-dutra-ligacao-rio-sao-paulo/ Acesso: 07/09/2023
BRASIL, 2014. Transportes no Brasil - Síntese histórica. 2014. Disponível em https://www.gov.br/transportes/pt-br/assuntos/transportes-no-brasil-sintese-historica Acesso: 07/09/2023
CNT. Confederação Nacional do Transporte. Rodovias brasileiras apresentam piora de qualidade. 2022. Disponível em https://cnt.org.br/agencia-cnt/rodovias-brasileiras-apresentam-piora-de-qualidade Acesso: 07/09/2023
DNIT. Departamento Nacional De Infraestrutura de Transportes. Brasília, 2023. Disponível em: https://www.gov.br/dnit/pt-br . Acesso em: 07/09/2023

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