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Relatório de Estágio

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10
FACULDADE FIGUEIREDO COSTA - FiC
CURSO SUPERIOR EM ENGENHARIA AMBIENTAL E SANITÁRIA
Lázaro José dos Santos
RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO
Maceió - AL
Janeiro, 2021
Lázaro José dos Santos
RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO
Relatório Final de Estágio Supervisionado, apresentado como requisito parcial para obtenção do grau de bacharel em Engenharia Ambiental e Sanitária, pela Faculdade Figueiredo Costa, sob orientação do(s) Professor DSc. Lucyo Wagner Torres de Carvalho. O Estágio foi realizado na Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento do Município de Coruripe e teve duração de 480 horas.
							
Maceió - AL
Janeiro, 2021
Lázaro José dos Santos
RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO
Relatório Final de Estágio Supervisionado, apresentado como requisito parcial para obtenção do grau de bacharel em Engenharia Ambiental e Sanitária, pela Faculdade Figueiredo Costa, sob orientação do(s) Professor DSc. Lucyo Wagner Torres de Carvalho. O Estágio foi realizado na Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento do Município de Coruripe e teve duração de 480 horas.
Aprovado pela Banca Examinadora em Janeiro de 2021
______________________________________________________
MSc. Adolfo César Figueiredo Costa 
______________________________________________________
DSc. Lucyo Wagner Torres de Carvalho – Coordenador do Curso
AGRADECIMENTOS 
Primeiramente a meu bom Deus Jeová, que esteve sempre do meu lado.
À minha esposa Gilbenes e minha filha Júlia que sempre estiveram presente e foram minha fonte de motivação e esperança. 
Meus pais João Carlos e Maria Margarida que sempre estiveram ao meu lado nos momentos mais difíceis da minha vida e sempre me apoiando.
Finalmente a todos amigos e professores que se fizeram presentes durante todas as etapas da minha graduação.
RESUMO
Atualmente o município de Coruripe vem crescendo bastante, com isso os índices de desmatamentos, uso e ocupação do solo de forma desordenada, descarte de resíduos sólidos e a utilização da água aumenta a cada ano. Desta forma a secretaria municipal de meio ambiente desempenha um papel bastante importante nesse crescimento, tendo atuação fundamental em construções onde serão consideradas APPs, onde apresentam risco de desabamento e também para que possam receber obras de drenagem urbana. Sendo assim, a secretaria de meio ambiente é capaz realizar diversas atividades, para que a população tome consciência dos impactos gerados e possam iniciar algumas medidas mitigadoras a fim de reduzir ou solucionar algum problema de grande ambiental. 
Palavras-chave: APPs. Construções. Impactos. Água. 
LISTA DE ILUSTRAÇÕES 
Figura 1 – Área desmatada	15
Figura 2 – (Vista Lateral)	16
Figura 3 – (Vista Frontal)	16
Figura 4 – Local onde serão construídas as edificações	20
Figura 5 – Local de implantação da área verde	21
Figura 6 e 7 – Verificações da capacidade volumétrica da fossa-sumidouro	22
Figura 8 – Trena a laser	23
Figura 9 – A análise do solo indica o sumidouro com características argiloso-arenoso	23
LISTA DE TABELA 
	
	
	 Tabela 1 – Tabela de Avaliação de Volume Lenhoso _______________________ 18 
	
	
	
	SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO	9
2. OBJETIVO	9
2.1 Objetivo geral	9
2.2 Objetivos específicos	9
3. A EMPRESA	10
3.1 MISSÃO DA EMPRESA	10
3.2 VISÃO DA EMPRESA	10
4. REVISÃO DE LITERATURA	11
4.1 Desmatamentos	11
4.2 Levantamento Florístico	12
4.3 Educação Ambiental	13
5. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS	14
5.1 Desmatamento em Mata Atlântica	14
 5.1.1 Desmatamento em APP	16
5.2 Levantamento Florístico	17
5.2.1 Justificativa da Supressão	18
5.2.2 Objetivo da Supressão	18
5.2.3 Estimativa de Material Lenhoso	18
5.2.4 Destino do Material Lenhoso	20
5.3 Regularizações de Loteamdentos	20
5.4 Trabalho de Educação Ambiental	24
6. METODOLOGIA	26
7. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES	27
	
	
1. INTRODUÇÃO
	Estágio é o período de exercício pré-profissional previsto em currículo, em que o estudante da graduação permanece em contato direto com o ambiente de trabalho, desenvolvendo atitudes fundamentais, profissionalizantes, programadas ou projetadas, com duração e supervisão constantes de leis e normas (OGE, 2014).
	 Esse processo possibilita ao aluno entrar em contato com problemas reais da sua comunidade, momento em que, analisará as possibilidades de atuação em sua área de trabalho. Permite assim, fazer uma leitura mais ampla e crítica de diferentes demandas sociais, com base em dados resultantes da experiência direta. Deve ser um espaço de desenvolvimento de habilidades técnicas, como também, de formação de homens e mulheres pensantes em seu papel social (IFES, 2008).
2. OBJETIVO
	2.1 Objetivo geral
	Ter contato com a área de atuação no mercado de trabalho. Colocando em prática seus conhecimentos adquiridos em sua formação na área de engenharia ambiental e sanitária.
	2.2 Objetivos específicos
	- Ter participação ativa em fiscalizações relacionadas à área ambiental;
	- Elaborar Laudos técnicos
	- Aplicar os conhecimentos sobre leis ambientais adquiridos no curso de engenharia ambiental e sanitária. 
	
3. A EMPRESA
Nome: Prefeitura Municipal de Coruripe
Área de atuação: Secretária Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento
Cidade: Coruripe / Alagoas	
Rua: Rua da Alegria, N° 399
CEP: 57230-000
Telefone: (82) 3273-1693
Data de início: 03/02/2014		Data de Término: 26/11/2014
Responsável Técnico: Dorgival Macena de Oliveira
Função: Chefe de Gabinete da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento de Coruripe
3.1 MISSÃO DA EMPRESA
Fornecer soluções sustentáveis para o desenvolvimento do município.
3.2 VISÃO DA EMPRESA
O município espera ser reconhecido por suas ações em prol do meio ambiente.
4. REVISÃO DE LITERATURA
4.1 Desmatamentos
O cenário de agressão à floresta acelera-se consideravelmente a partir do século XX em decorrência, entre outros fatores, da explosão demográfica, do crescente extrativismo predatório e das atividades da monocultura e pecuária. Por se mostrar atualmente reduzida a fragmentos e ainda abrigar uma grande diversidade de espécies endêmicas de plantas e animais, a Mata Atlântica foi recentemente incluída pela conceituada organização de proteção ao meio ambiente Conservation International entre os 17 pontos mais críticos do planeta em termos de biodiversidade ameaçada (DEAN, 1996).
O processo de desmatamento possui um forte componente espacial, pois trata-se de um espaço ocupado pela cobertura florestal, que é convertido em outro uso, relacionando-se com os tipos de uso da terra verificados na vizinhança das áreas desmatadas. Com base nisso, alguns estudos utilizaram modelos que consideraram os efeitos espaciais do desmatamento. Entre eles, destacam-se os trabalhos de Reis e Guzmán (1994), Caldas et al. (2003), Igliori (2006) e Aguiar et al. (2007). Estes últimos encontraram dependência espacial significativa para o desmatamento, utilizando dados em corte cruzado. A justificativa para a inclusão de variáveis relacionadas aos efeitos espaciais é dada por Alves (apud MARGULIS, 2003)
Em maior ou menor grau, todos os estudos consideram algum tipo de relação das atividades agropecuárias com o desmatamento. Além do trabalho de Margulis (2003), Miragaya (2008) reforça que a demanda por carne bovina é de longe o fator preponderante no desmatamento da região, mais do que a expansão da produção de grãos, em especial a soja, que tem sido também apontada como fator que pressiona a fronteira agrícola em direção às áreas de florestas (BROWN et al., 2005; VERA-DIAZ et al., 2008). Silva (2006) afirma que a maior parte do desmatamento amazônico até 1997 ocorreu nas terras com maior potencial agropecuário, o que está de acordo com o trabalho de Chomitz e Thomas (2003), que verifica que a conversão de terras para uso agropecuário diminui substancialmente com o aumento dos níveis de pluviosidade, tornandoas áreas mais úmidas menos interessantes do ponto de vista econômico e, portanto, menos sujeitas ao avanço do desmatamento. Segundo Aguiar et al. (2007), a área convertida a pastagens corresponde a cerca de 70% da área total desmatada, e as áreas convertidas a culturas temporárias e permanentes correspondem a 13% e 3% da área total desmatada, respectivamente.
O processo de desmatamento possui um forte componente espacial, pois trata-se de um espaço ocupado pela cobertura florestal, que é convertido em outro uso, relacionando-se com os tipos de uso da terra verificados na vizinhança das áreas desmatadas. Com base nisso, alguns estudos utilizaram modelos que consideraram os efeitos espaciais do desmatamento. Entre eles, destacam-se os trabalhos de Reis e Guzmán (1994), Caldas et al. (2003), Igliori (2006) e Aguiar et al. (2007). Estes últimos encontraram dependência espacial significativa para o desmatamento, utilizando dados em corte cruzado. A justificativa para a inclusão de variáveis relacionadas aos efeitos espaciais é dada por Alves (apud MARGULIS, 2003): o desmatamento é um processo de interação espacial, em que as áreas desmatadas são vizinhas de áreas anteriormente desmatadas.
4.2 Levantamento Florístico
No Nordeste brasileiro, a exploração florestal dentro do conjunto das atividades agropecuárias das propriedades rurais, de forma geral, é praticada com certa frequência, sendo que essa atividade, principalmente nas pequenas e médias propriedades, está ligada à própria característica estacional das atividades agrícolas da região, ou seja, na época chuvosa, a maior parte da mão-de-obra disponível no meio rural está ocupada com tarefas relativas à agricultura; enquanto que no período seco as atividades ficam limitadas à pecuária extensiva, exploração florestal (principalmente retirada de lenha e fabricação de carvão), trabalhos em olarias, cerâmica, entre outras ocupações (IBAMA, 1991).
A fitossociologia permite caracterizar a estruturas das comunidades vegetais, associações e inter-relações entre as populações de diferentes espécies vegetais, fazer uma seleção de espécies, a classificação na estrutura da comunidade, e verificar os grupos ecológicos: pioneiras, secundarias e clímax (HOSOKAWA, 1986; CARVALHO, 1995). 
Não obstante a fragilidade natural do ecossistema, a caatinga possui uma certa resistência às perturbações antrópicas, como os processos de corte e de queima, sistematicamente aí aplicados (Sampaio & Salcedo, citados por LEITE (1999)). Estudos têm revelado que a queima provoca redução drástica do volume de copa, bem como da densidade das espécies presentes, enquanto que o simples corte afeta pouco a densidade das espécies nas áreas assim exploradas. No entanto, a relação entre os processos que ocorrem no habitat e a comunidade vegetal é reversível, de forma que a flora de uma determinada região é fruto de um processo de seleção natural.
O inicio de levantamentos quantitativos deu-se a partir de uma série de inventários florestais realizados por Tavares et al., citados por PEREIRA (2000), que abrangeram áreas do sertão de Pernambuco, Vale do Jaguaribe, no Ceará, e bacia dos rios Piranhas e Açu, na Paraíba e no Rio Grande do Norte. Esses trabalhos tiveram como objetivos descrever e caracterizar as matas xerofíticas do Nordeste. Neles, utilizaram-se amostragens seletivas, as quais consistiam em distribuir as unidades amostrais em pontos que, segundo os autores, pareciam representar melhor a vegetação remanescente em cada uma das localidades estudadas. Outros pesquisadores também realizaram inventários florestais em outras áreas para determinar o potencial madeireiro (PEREIRA, 2000).
4.3 Educação Ambiental
	Nos últimos anos tem ganhado destaque nas discussões acadêmicas, nas políticas públicas, na sociedade em geral, as questões referentes à urbanização e ao meio ambiente, que para muitos parecem ser antagônicas, já que conforme afirma TORRES (2006) na relação ambiente natural e construído, as interdependências parecem cada vez mais se desequilibrar, sendo fato que o primeiro sofre cada vez mais com a expansão do segundo.
Há ainda aqueles como Guimarães (1999) que consideram a construção de “Cidades Saudáveis” como um projeto de desenvolvimento social simultaneamente pautado no desenvolvimento sustentável. E aqueles como Fonseca (s\d), que acreditam que a partir da relação harmoniosa com o meio se estabelece uma boa qualidade de vida, de modo que, a construção da “Cidade Saudável” implica no reconhecimento de vários aspectos, principalmente, dois: a integração do ser humano com o ambiente natural e condições ambientais favoráveis ao bem-estar da população. A autora destaca que, a “Cidade Saudável” é sustentada pelos valores da: democracia, equidade, solidariedade, justiça, espaços e cidadania
5. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS
Relato 1	10/03/2014 à 04/06/2014
	As fiscalizações realizadas foram na caracterização ambiental de propriedades rurais para combater o desmatamento de área de mata atlântica, elaboração de levantamento florístico para uma possível supressão, regularizações de loteamentos de acordo com a legislação ambiental vigente, projetos de educação ambiental entre outros. Como forma de aprendizado, participei também em algumas atividades e palestras sobre o Cadastro Ambiental Rural CAR e participei do grupo da defesa civil do município de Coruripe o que forneceu um conhecimento bastante aprofundado do funcionamento desses processos.
 	Para a realização de todos esses serviços, foram necessárias várias visitas em campo para identificar possíveis problemas, analise de dados, consulta a legislação em vigor e aos órgãos ambientais, elaboração de relatórios e apresentação dos mesmos dentre outras atividades que ajudaram a enriquecer meus conhecimentos na área ambiental.
5.1 Desmatamento em Mata Atlântica
Houve denúncias em que uma área do município de Coruripe estava sendo devastada, portanto, coube a Secretária de Meio Ambiente fazer um trabalho de fiscalização para averiguar se estava acontecendo o fato. No local foi constatada a derrubada de aproximadamente 800 m2 ou 0,08 hectares de mata em área considerada de mata atlântica, tendo objetivo não definido.
Figura 1 – Área desmatada
LEI Nº 11.428, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2006.
Art. 11.  O corte e a supressão de vegetação primária ou nos estágios avançado e médio de regeneração do Bioma Mata Atlântica ficam vedados quando:
b) exercer a função de proteção de mananciais ou de prevenção e controle de erosão;
TÍTULO V
DAS PENALIDADES 
Art. 42.  A ação ou omissão das pessoas físicas ou jurídicas que importem inobservância aos preceitos desta Lei e a seus regulamentos ou resultem em dano à flora, à fauna e aos demais atributos naturais sujeitam os infratores às sanções previstas em lei, em especial as dispostas na Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, e seus decretos regulamentadores. 
Art. 43.  A Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, passa a vigorar acrescida do seguinte art. 38-A: 
“Art. 38-A.  Destruir ou danificar vegetação primária ou secundária, em estágio avançado ou médio de regeneração, do Bioma Mata Atlântica, ou utilizá-la com infringência das normas de proteção: 
Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, ou multa, ou ambas as penas cumulativamente. 
Parágrafo único.  Se o crime for culposo, a pena será reduzida à metade. ” 
5.1.1 Desmatamento em APP
No local citado foi constatado a derrubada de mata nativa para obtenção de práticas agricultáveis como o plantio de abacaxi e entre outros. A legislação ambiental proíbe o desmatamento em encostas com declividade acima de 45° onde essa área será considerada APP (Área de Preservação Permanente), gerando um aumento de exposição desses solos compactados e frágeis, sendo assim, áreas com declividade se tornam sucessíveis a erosão, deslizamentos e assoreamentos em alguns casos. Contudo, o impedimento desse tipo de destruição de mata nativa em qualquer área é pelo perigo de interação com a fauna e a flora.
Os moradores foram alertados e orientados com algumasações preventivas contra deslizamentos de terra, como não desmatar em área de encosta, não remover a vegetação superficial, não jogar lixo em encostas, não construir em encostas e não obstruir a drenagem pluvial em encostas.
Figura 2 (Vista Lateral)
Figura 3 (Vista Frontal)
De acordo com o Novo Código Florestal Brasileiro (Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012 oriunda do Projeto de Lei nº 1.876/99) Permite a supressão de vegetação em APPs e atividades consolidadas até 2008, desde que por utilidade pública, interesse social ou de baixo impacto ambiental, incluídas atividades agrossilvipastoris, ecoturismo e turismo rural. Outras atividades em APPs podem ser permitidas pelos estados por meio de Programas de Regularização Ambiental (PRA). A supressão de vegetação nativa de nascentes, de dunas e restingas somente poderá se dar em caso de utilidade pública.
Relato 2	16/06/2014 à 29/07/2014
5.2 Levantamento Florístico
O levantamento florístico feito no munícipio foi primordial para a realização do manejo da flora na área em questão, pois foi possível identificar as espécies existentes no local. O presente estudo apresenta a quantificação dos recursos referentes às espécies vegetais exóticas, composta por árvores lenhosas e basicamente da mesma espécie, onde serão analisados seus dados dendrométricos, para a elaboração de um relatório contendo informações técnicas de uma área urbana na cidade de Coruripe, atendendo uma solicitação do IMA (Instituto do Meio Ambiente).
5.2.1 Justificativa da Supressão
A área onde será realizada a supressão da vegetação não contém fragmentos naturais de Mata Atlântica, sendo composta por espécies plantadas por empreendedores municipais para complementar a composição de áreas verde do Conjunto Rubens Wanderley, situado no Bairro Comendador Tércio Wanderley, na cidade de Coruripe. Inclusive algumas das espécies encontram-se mortas.
5.2.2 Objetivo da Supressão
Pretende-se suprimir estas árvores para a construção de uma área de lazer contendo uma praça devidamente arborizada com ciclovias, para atender a solicitação da população. Como medida compensatória haverá uma reposição de 200 mudas de árvores, dos tipos: Ipê amarelo e Ipê roxo ao redor da própria praça, complementando áreas verdes no próprio conjunto e também em outras áreas de outro conjunto denominado Nelson Costa.
5.2.3 Estimativa de Material Lenhoso
Como todo material extraído será destinado para fim socioambiental, e nenhuma parte será comercializada, foi utilizado apenas o método de cálculo do volume em estéreo, que calcula o volume da lenha em m³. Foi encontrado através da fórmula: V(m3) = . R2(m). h(m), o volume em estéreo foi de aproximadamente 141.745 m³ de material lenhoso.
A lenha, que por definição da Resolução no 411/2009 é a porção de galhos, raízes e troncos de árvores e nós de madeira, normalmente utilizados na queima direta ou produção de carvão vegetal, é, pela praticidade, comercializada com base na medida da madeira empilhada (volume estéreo). O cálculo do volume estéreo será feito por meio de empilhamento do material lenhoso, adotando-se um padrão de organização das pilhas, buscando uniformidade em sua largura e altura.
Fórmula para calcular a lenha em volume estéreo por m3: V(m3) = L(m). C(m). H(m)
Onde: V = Volume (m3)
	L = Largura (m)
	C = Comprimento (m)
	H = Altura (m)
	Fórmula para calcular o volume em m3: V(m3) = . R2(m). h(m)
	
Fórmula para calcular o raio: C(m) = 2. .R(m), ou seja, R = 
	E que o diâmetro é D = 2. R
	Onde: C = Comprimento (m)
	R = Raio (m)
	D = Diâmetro 
	N° total de árvores
	153
	Quantidade de árvores medidas
	30% = 46
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Área
	
	N°
	Comprimento da Circunferência (m)
	Diâmetro (m)
	H (m)
	
	
	
	
	1
	1,85
	0,58
	15
	2
	0,70
	0,22
	13
	3
	1,03
	0,32
	14
	4
	1,37
	0,43
	16
	5
	0,85
	0,27
	14
	6
	0,82
	0,26
	15
	7
	0,84
	0,26
	14
	8
	0,95
	0,30
	14
	9
	1,20
	0,38
	12
	10
	0,73
	0,23
	13
	11
	0,98
	0,31
	14
	12
	1,54
	0,49
	15
	13
	1,33
	0,42
	14
	14
	0,80
	0,25
	14
	15
	1,20
	0,38
	13
	16
	0,87
	0,27
	13
	17
	0,99
	0,31
	13
	18
	0,75
	0,23
	11
	19
	0,95
	0,30
	10
	20
	1,08
	0,34
	11
	21
	1,00
	0,31
	10
	22
	1,27
	0,40
	9
	23
	0,92
	0,29
	5
	24
	1,07
	0,34
	15
	25
	1,01
	0,32
	16
	26
	1,10
	0,35
	14
	27
	0,57
	0,18
	14
	28
	1,27
	0,40
	13
	29
	0,90
	0,28
	10
	30
	1,22
	0,38
	13
	31
	1,39
	0,44
	13
	32
	0,38
	0,12
	11
	33
	0,85
	0,27
	10
	34
	0,92
	0,29
	11
	35
	1,42
	0,45
	10
	36
	0,93
	0,29
	10
	37
	0,82
	0,26
	7
	38
	1,06
	0,33
	11
	39
	0,94
	0,29
	10
	40
	0,92
	0.29
	8
	41
	0,87
	0,28
	10
	42
	1,20
	0,38
	8
	43
	1,69
	0,53
	10
	44
	0,98
	0,31
	10
	*45
	0,95
	0,30
	5
	*46
	0,78
	0,24
	4
	Média Geral
	1,02
	0,32
	11,5
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Estimativa de volume parcial em m3
	42,523136 m3
	
	
	Estimativa de volume total em m3
	141,743786 m3
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Obs.: A altura das árvores são valores aproximados
 Tabela 1
5.2.4 Destino do Material Lenhoso
O material lenhoso será destinado a fins socioambientais, sendo doados dentro da própria comunidade, onde serão beneficiados proprietários de padarias e a população ribeirinha que fará uso artesanal.
Relato 3	20/08/2014 à 22/09/2014
5.3 Regularizações de Loteamentos
A fiscalização realizada nos loteamentos é fundamental para se ter um crescimento ordenado do munícipio, afim de evitar aglomeração de casas em locais irregulares ou expostos a algum tipo de risco e também facilitar o saneamento básico e adequado para garantir a saúde pública no munícipio. A abordagem nos loteamentos tem como base fiscalizar se o local possui sistema de escoamento de águas pluviais, sistema de esgotamento sanitário, sistema de abastecimento de água potável, rede de energia elétrica, via de circulação com obras de meio-fio e além de verificar se existe o espaço equivalente a 35% da gleba (área do terreno que não foi desmembrado) para o uso público (praças, parques e área verde)
Obtive como base o artigo 50 da lei n° 6,766/79, constitui crime contra a Administração Pública:
· Dar início, de qualquer modo, ou efetuar loteamento ou desmembramento do solo para fins urbanos sem autorização do órgão público competente, ou em desacordo com as disposições desta lei ou das normas pertinentes do Distrito Federal, Estados e Municípios;
· Dar início, de qualquer modo, ou efetuar loteamento ou desmembramento do solo para fins urbanos sem observância das determinações constantes do ato administrativo da licença.
Figura 4 - Local onde serão construídas as edificações
O loteamento Paraíso encontra-se no início de Pindorama, com 54 lotes sendo que cada um tem uma metragem de 7x20 (140 m2) com área total de aproximadamente 7.500 m2.
Figura 5 - Local de implantação da área verde
Área verde que será instalada no início do empreendimento com área de valor próximo de 2.500 m2.
Obs.: Informações fornecidas pelo responsável.
 
Figura 6 e 7 - Verificações da capacidade volumétrica da fossa-sumidouro
Figura 8 - Trena a laser
Figura 9 – A análise do solo indica o sumidouro com características argiloso-arenoso
Foi verificada uma profundidade de cerca de 5 metros com 1 metro de diâmetro:
V = . r2 . h
Onde: V = Volume (m3)
R = Raio
H = Altura (metros) 
V = 3,14 . (0,5)2 . 5
V 3.900 Litros ou V 3,9 m3
5.4 Trabalho de Educação Ambiental
O objetivo da visita foi informar aos comerciantes o sancionamento da lei Municipal nº 1.266/2013, que dispõe sobre a os horários e utilização de sons urbanos. Uma cópia da lei foi entregue a cada comerciante (vide anexo I), durante o diálogo foi abordado sobre os níveis de sons emitidos e seus respectivos horários e sobre a disposição das infrações. Houve a aferição do som nos estabelecimentos (para os comerciantes adotar uma noção do nível de volume permitido), foi estabelecido um entendimento entre as partes e os comerciantes se disponibilizaram a colaborar.
Os comerciantes alegaram haver abuso de som automotivo por parte da população que visita o local frequentemente aos fins de semana, mas que não faz uso dos passaportes.Sobre a questão ambiental os comerciantes mostraram uma cooperação, uma vez que lixeiros foram encontrados em cada estabelecimento, e os ambientes estavam aparentemente limpos, porém ambos reclamaram da pouca frequência da Secretária Municipal de Limpeza. Houve ainda relatos que envolviam eventos realizados pela Prefeitura através das Secretárias, onde as mesmas não realizavam a limpeza do local após o evento, implicando aos comerciantes a retirada do lixo.
Porém na localidade há o uso indevido deste ecossistema, uma vez que não é obedecido o limite mínimo de ocupação do território próximo a rios ou quaisquer cursos d’águas, onde este limite consiste em: 30 (trinta) metros para os cursos d’água de menos de 10 (dez) metros de largura e de 50 (cinquenta) metros para os cursos d’água que tenham de 10 (dez) a 50 (cinquenta) metros de largura; (Redação dada pela Lei nº 7.803 de 18.7.1989). Outro fator agravante é a falta de saneamento básico dos estabelecimentos, onde há banheiros improvisados (vide anexo II) dentro da área de manguezal, o que acarreta a danos físicos, químicos e biológicos ameaçando tanto fauna quanto a flora local.
Ainda sobre a questão ambiental, há relatos sobre a privatização indevida da vegetação (coqueiral); um comerciante havia realizado o plantio indevido de várias mudas de coqueiro e estava proibindo a população de fazer uso deste recurso ambiental. Se estiver em terreno da União próximo ao Manguezal (faz parte da vegetação ribeirinha), portanto é patrimônio público e não privado.
Como foi analisado anteriormente, ficou claro que há a necessidade de ações em caráter de urgência para os problemas abordados, afim de que se possam evitar danos maiores ao ecossistema e a população residente.
Sugestões:
· Deve acontecer uma maior integração entre as secretarias municipais para executar a fiscalização na região a fim de se fazer cumprir a lei sobre a poluição sonora, podendo estar presente a SMTT – Secretaria Municipal de Transporte e Transito (para orientar aos proprietários de sons automotivos) juntamente com a SEMAD – Secretaria do Meio Ambiente e Desenvolvimento, podendo ter o apoio da Polícia Militar quando for o caso de apreensão do som;
· Devem ser retirados imediatamente os banheiros improvisados, para evitar maiores danos ao ecossistema manguezal, podendo ser providenciado à substituição por banheiros químicos.
· Cada órgão público ou privado que desejar realizar eventos no local deve comprometer-se em fazer a limpeza dos resíduos no dia seguinte ao evento.
· Poderiam ser realizadas gincanas educativas para a limpeza do local envolvendo as secretarias de Limpeza (através de alguns funcionários), do Meio Ambiente (por meio de técnicos e fiscais), e Educação (através de alunos e professores) com o auxílio dos comerciantes locais (onde estes poderiam entregar panfletos a seus clientes), com o intuito de mobilizar a população a respeito da importância quanto à preservação ambiental;
· E em médio prazo, deve ser determinada uma área para realocar estes comerciantes, visto que a zona em que eles estão atualmente (dentro do mangue) é uma zona de transição entre as espécies aquáticas e terrestres (onde as espécies deveriam transitar livremente). Futuramente com a criação da Unidade de Conservação aquela área será uma zona de amortecimento, ficando inviável qualquer tipo de atividade que prejudique ao meio ambiente.
6. METODOLOGIA
	A metodologia utilizada foi realizada através do levantamento de informações e a construção de um banco de dados. Sendo que, as pesquisas foram feitas com base em fontes bibliográficas, documentos digitais, fontes de dados disponíveis na internet, legislação municipais, estaduais e federais.
Para complementar a pesquisa, foi realizada visitas a algumas áreas danificadas pelo homem, tendo como objetivo analisar o local, identificar o impacto ambiental e implementar medidas mitigadoras afim de reduzir ou eliminar impacto causado nas áreas afetadas. 
7. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
Através das atividades realizadas, onde foi possível aprender as técnicas e procedimentos utilizados em fiscalizações, regularizações, trabalhos relacionados à sustentabilidade e os mais diversos problemas enfrentados na sociedade atual. Outro ponto a destacar é o contato direto com a pesquisa cientifica que, através de muito estudo, apresenta possibilidade de mudar a realidade a qual estamos diariamente expostos.
 	Nos trabalhos realizados durante o estágio, algumas demandas do mercado não podem ser supridas apenas com os conhecimentos adquiridos durante o curso de graduação. Cabe ao aluno à busca de conhecimentos específicos na área em que deseja atuar e o esforço continua para a atualização de seus conceitos.
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