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Erosão É o processo de desgaste e degradação dos solos caracterizada pela desagregação e arrastamento de suas partículas, através da ação dos agentes erosivos, desnudando seus horizontes, principalmente o horizonte A, que é de maior importância agrícola 1 Tolerância de perda de solo quantidade de solo que pode ser perdida pela erosão acelerada, expressa em unidade de massa por unidade de área no tempo, que mantém os seus níveis iniciais de fertilidade e com a equivalente produtividade, por longo período de tempo (Wischmeier e Smith, 1965) 2 Erosão geológica X Erosão acelerada Erosão geológica: processo lento, responsável pela modelagem do relevo da crosta terrestre com seus vales, rios, montanhas, planícies, planaltos e deltas. É um processo construtivo, não influenciado pelo homem, onde as taxas de formação superam as taxas de remoção do solo. Erosão acelerada: processo rápido e destrutivo e iniciado pelo próprio homem, onde as taxas de remoção superam as taxas de formação ou gênese dos solos. 3 Agentes da erosão Os agentes de erosão fornecem a energia para os processos de desagregação e transporte dos sedimentos erodidos. Os mais importantes agentes de erosão são: a água e o vento. 4 A ação dos ventos ocorre pela abrasão de partículas de rochas e solo em suspensão. 5 Erosão eólica 6 Água É o mais importante agente de erosão atuando através das chuvas, riachos e rios pelo impacto ou carreamento do solo. As ondas também atuam erodindo as margens da costa litorânea, de lagos e rios. 7 Processo natural 8 Impacto gotas de água 9 Formas de erosão hídrica Laminar ou entressulcos 10 Erosão laminar Caracteriza-se por incidir na retirada de uma camada fina e relativamente uniforme do solo pela precipitação pluvial e pelo escoamento superficial. Impacto das gotas de chuvas (salpicamento) Ocorre em curtas distâncias Remove o horizonte A do solo. 11 Erosão laminar em plantio de cana 12 Erosão laminar 13 Erosão em sulcos ou ravinas Formação de canais sinuosos resulta da concentração da enxurrada em alguns pontos do terreno, em função de pequenas irregularidades na declividade, que atinge volume e velocidade suficientes para formar riscos mais ou menos profundos. 14 Erosão em sulcos ou ravinas 15 Voçoroca Erosão em sulcos de maiores proporções A desagregação no inicio do sulco (cabeceira) é causada principalmente pelo fluxo concentrado de água. As laterais também podem sofrer desabamentos para dentro do canal, onde o solo e subsolo vão ser transportados pelo fluxo concentrado 16 Voçoroca 17 Classificação das voçorocas são classificadas pela sua profundidade e pela área de sua bacia. De acordo com Bertoni e Lombardi Neto (1990), elas são: profundas , quando têm mais de 5m de profundidade; médias, quando têm de 1 a 5m; e pequenas, com menos de 1m 18 Voçoroca Natural Sulcos de plantações 19 Fases da erosão hídrica Figura 1. Quando chove, gotas com até 6 mm de diâmetro bombardeiam a superfície do solo com velocidade de impacto de até 32 km/h. Essa força dispersa e joga partículas de solo e de água para todas as direções numa distância de até 1 m. Fonte: Revista Plantio Direto 20 Fases do processo de erosão. O impacto da gota de chuva sobre o solo desnudo (A) causa a fragmentação e formação de pequenas partículas (B) que bloqueia os poros e formam uma superfície selada (C). A água que escorre carrega partículas de solo que são depositadas nas partes baixas onde a velocidade da água é reduzida (D) (Derpsch et al. 1991). 21 Solo c/ vegetação Solo c/ cobertura Solo nú 22 Teresópolis/RJ, 2011 23 24 25 Erosividade da chuva/Erodibilidade do solo Erosividade: capacidade potencial das chuvas em causar erosão Principais características: Intensidade: > 20mm/h Duração Frequência Índices de erosividade: EI30 => intensidade máxima em 30 min EI30=Ec.I30 26 Energia Energia cinética –Impacto das gotas de chuva => erosão é um processo mecânico que requer energia => as gotas de chuva dissipam sua energia cinética na superfície dos solos, fornecendo a energia necessária para o desagregramento, salpicamento e transporte. A equação de regressão expressa no Sistema Internacional de Unidades segundo FOSTER et al. (1981) é a seguinte: E = 0,119 + 0,0873 log10 I E = Energia cinética em MJ/ha.mm; I = Intensidade em mm/h. Ec => Ec= m.v2 27 Erodibilidade Falta de capacidade de resistir aos processos erosivos. Depende de características intrínsecas do solo: textura, estrutura, porosidade Topografia Cobertura vegetal 28 Práticas de controle da erosão OBJETIVOS Geral: limitar a energia dos agentes erosivos: chuva e enxurrada Específicos: a) dissipar e/ou reduzir a energia cinética da chuva e enxurrada associada, b) aumentar a resistência do solo frente à energia cinética da chuva e/ou enxurrada associada 29 Práticas vegetativas São práticas que objetivam conservar e melhorar o solo e a água, através do manejo da vegetação. 30 Práticas vegetativas - Densidade Foliar - Densidade de Plantas por unidade de área - Arquitetura Foliar - Sistema Radicular - Quantidade de Resíduos Culturais O manejo da vegetação, objetivando interceptar o impacto das gotas de chuva e reduzir a velocidade e o volume da enxurrada é um dos princípios básicos no manejo de solos tropicais. 31 Florestamento x reflorestamento Reflorestamento - É a implantação de florestas em áreas naturalmente florestais. Florestamento - É a implantação de florestas em áreas que não eram florestadas naturalmente. 32 Práticas de controle da erosão e conservação do solo estruturas de concreto ou de terra: 33 Práticas mecânicas operações mecanizadas e/ou manuais para transporte de material, movimentação de terra, alocação e/ou remoção de rejeitos e construção de pequenas obras de contenção e dispositivos de drenagem superficial 34 Práticas de controle da erosão e conservação do solo Bacia de contenção de sedimentos 35 Práticas de controle da erosão e conservação do solo Dissipação de energia 36 Práticas de controle da erosão e conservação do solo Terraços 37 Práticas de controle da erosão e conservação do solo Canais escoadouro natural 38 Práticas de controle da erosão e conservação do solo Canais escoadouro artificial 39 Práticas de controle da erosão e conservação do solo Estabilização de taludes 40 Paliçadas 41 Revegetação da voçoroca 42 Práticas de controle da erosão e conservação do solo a) movimentação do solo corte e aterro 43 Práticas edáficas São práticas que, objetivam conservar ou melhorar as condições físico-quimicas do solo 44 Práticas edáficas Controle das queimadas MO Ret. Umidade Cobertura do solo 45 46 Práticas edáficas Adubação verde Consiste no cultivo de plantas em períodos de pousio, para posterior incorporação ao solo da biomassa produzida, objetivando a conservação e melhoramento do solo das condições físico-químicas do solo 47 Plantio de leguminosas 48
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