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1/3 Como ficou o uso do hífen depois do novo acordo ortográfico O Novo Acordo Ortográfico, oficialmente em vigor desde 2016, modificou diversas regras de ortografia da nossa querida língua portuguesa. Assinado pelos países que têm o português como língua oficial, o objetivo do acordo é a padronização da ortografia do idioma. O uso correto do hífen é uma das principais mudanças impostas pelo acordo e exige muita atenção dos falantes. Mas, não se preocupe! Com atenção e dedicação, é possível aprender a usar o hífen corretamente. O uso correto do hífen Em sua “Novíssima Gramática da Língua Portuguesa”, o gramático Domingos Paschoal Cegalla afirma que o hífen deve ser utilizado nos seguintes casos: Foto: depositphotos Adjetivos compostos Exemplos: latino-americano, mato-grossense, sem-vergonha, cor-de-rosa etc. Adjetivos de origem tupi Nas palavras formadas pelos adjetivos de origem tupi “Açu”, “guaçu” e “mirim”, se o elemento anterior acabar em vogal acentuada ou nasal. Exemplos: capim-açu, socó-mirim, sabiá-guaçu etc. Palavras compostas 2/3 Palavras compostas cujos elementos conservam sua autonomia fonética, mas passaram a formar um conceito único. Exemplos: beija-flor, primeiro-ministro, conta-gotas, guarda-chuva, arco-íris, bem-te-vi, sempre-viva, quinta-feira etc. Pronomes átonos O hífen deve ser empregado para ligar pronomes átonos a verbos e à palavra “eis”. Exemplos: dir-se-ia, ei-lo, obedecer-lhe etc. Elementos com acentuação própria Em palavras formadas por elementos e prefixos com acentuação própria. Exemplos: além- (além-mar); pós- (pós-operatório); recém- (recém-nascido), pré- (pré-nupcial), pró- (pró- alfabetização). Depois de circum-, mal- e pan-, antes de vogal, m, n ou h Exemplos: mal-educado, mal-humorado, circum-navegação, pan-americano etc. Prefixo bem- O hífen deve ser usado depois do prefixo bem-, antes de palavras que possuem vida autônoma e quando a pronúncia o exigir. Exemplos: bem-vindo, bem-me-quer, bem-aventurado, bem-amado etc. Nas formações por prefixação O hífen também deve ser utilizado nas palavras formadas com os prefixos gregos e latinos aero-, agro-, ante-, anti-, arqui-, auto-, bio-, inter-, infra-, entre-, hiper-, sub-, extra-, geo-, pan-, pseudo-, retro-, semi-, supra-, vice- etc., obedecendo-se às seguintes regras: a) Quando a segunda palavra começa por h. Exemplos: super-homem, pré-história, sub-humano etc. b) Quando o prefixo termina com a mesma vogal com que começa a segunda palavra. Exemplos: anti-ibérico, micro-onda, auto-observação etc. Neste caso, é preciso ficar atento à exceção do prefixo co-, que se une sem hífen ao segundo elemento iniciado por o. Exemplos: cooperar, coordenar etc. c) Com o prefixo sub- antes de b, h e r. Exemplos: sub-humano, sub-raça etc. 3/3 d) Nas formações com os prefixos hiper-, inter- e super-, quando o segundo elemento começa por r. Exemplos: hiper-realismo, inter-relacionar, super-requintado etc. e) Nas formações com os prefixos ex-, sota-, soto- e vice-. Exemplos: sota-piloto, ex-presidente, vice-diretor. Muitos estudiosos da língua portuguesa concordam que o uso do hífen é um conteúdo complexo da ortografia da nossa língua. Para ajudá-lo a compreender as regras listadas acima, lembre-se que ler e reler as palavras também pode ajudá-lo a lembrar a sua grafia correta, graças à “memória fotográfica”. *Débora Silva é graduada em Letras (Licenciatura em Língua Portuguesa e suas Literaturas). Veja também! Leia Também Publicidade Publicidade