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UESB – UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA DEPARTAMENTO DE QUÍMICA E EXATAS QUÍMICA INORGÂNICA EXPERIMENTAL I MARLÚCIA BARRETO Elementos do bloco p - grupo 16 Manoella Queiroz Marques Jequié – BA Junho 2017 RESULTADO E DISCUSSÃO 1. OBTENÇÃO DO ENXOFRE Foi adicionado 5ml de ácido sulfúrico diluído e 5ml de solução de tiossulfato de sódio em um tubo de ensaio, em seguida, agitou-se o tubo onde foi possível observar uma turvação na solução, pela formação de enxofre elementar devido o mesmo não ser solúvel em água. H2SO4(aq) + Na2S2O3(aq) → Na2SO4(s) + H2O(l) + SO2(g) + S(s) Foi colocado o papel umedecido com solução de dicromato de potássio ao tubo de ensaio, após um tempo da reação observou-se a coloração do papel passou de amarelo para levemente verde. Devido à formação de íons Cr3+. K2Cr2O7(g) + 3SO2(g) + H2SO4(aq) → Cr2(SO4)3 + K2SO4 + H2O 2. FORMAS DO ENXOFRE Ao fundir o enxofre (enxofre-α), observou-se a formação de um liquido viscoso que escureceu á medida que a temperatura aumentou, passando de amarelo âmbar para laranja. Tendo também, sua viscosidade aumentada. O liquido formado é o enxofre na forma monoclinica (enxofre β). Foi colocado o enxofre fundido em água e quando retirado pode-se observar a substância com um aspecto elástico. De acordo com a literatura, obteve-se o enxofre plástico (enxofre-x). A 160 ºC, os anéis de S8 se rompem e o dirradical polimeriza formando longas cadeias com até um milhão de átomos. Por isso, as propriedades físicas do enxofre variam de forma descontinua. A viscosidade aumenta rapidamente e continua a aumentar até 200 ºC. (LEE, 1999, pg-273) O enxofre possui mais formas alotrópicas que qualquer outro elemento. Essas formas diferem no grau de polimerização do S e na estrutura cristalina. (LEE, 1999, pg-272) 3. PROPRIEDADES REDUTORAS DO ENXOFRE Em um tubo de ensaio foi aquecido 2,0 ml de acido nítrico concentrado e uma pequena quantidade de enxofre. Pode-se observar liberação de gás, que foi comprovada pela reação abaixo. 3S(s) + 4HNO3(aq) + ∆ → 3SO2(g) + 4NO(aq) + 2H20(l) O enxofre foi oxidado pelo HNO3, formando dióxido de enxofre e tendo seu nox passado de 0 para +4. Após a solução esfriar, foi adicionado cloreto de bário, onde foi observado a formação de precipitado. O SO2 é muito solúvel em água, a maior parte estando presente em SO2 hidratado (SO2.H2O), e quantidades mínimas de acido sulfuroso, H2SO3, (REAÇÃO 1). O ácido sulfuroso presente na água reage com as moléculas de H2O, liberando grande quantidade de calor formando acido sulfúrico, H2SO4 (REAÇÃO 2). O acido sulfúrico formado reagiu com o coreto de bário, formando sulfato de bário, sendo ele o precipitado formado na solução, pelo fato do mesmo ser pouco solúvel (REAÇÃO 3). Reacão 1 (H2SO3).SO2(g) + H2O(l) → H2SO3(aq) Reação 2 H2SO3(aq) + H2O(aq) + ∆ → H2SO4(aq) + H2(g) Reação 3 H2SO4(aq) + BaCl2(aq) → 2HCl + BaSO4(s) 4. PROPRIDADES DO ACIDO SULFURICO 4.1 Efeito calorífico da dissolução do ácido sulfúrico Foi adicionado água em um béquer e com um termômetro foi determinado a temperatura de 29°C. Em seguida adicionou-se ácido sulfúrico concentrado e observou-se que a temperatura passou a 70°C. Quando o ácido é colocado em contato com a água líquida ocorre o aumento de temperatura da vizinhança, assim, pode-se concluir que a transformação é exotérmica. A elevação da temperatura se explica pelo fato do H2SO4 concentrado se misturar com água em qualquer proporção, liberando uma grande quantidade de calor. H2SO4(l) + 2 H2O(l) 2 H3O+(aq) + SO42-(aq) + calor 5. SOLUBILIDADE DE ALGUNS SULFATOS Foi adicionando 1ml de acido sulfúrico em soluções diluídas dos sais de nitrato de chumbo, cloreto de bário e cloreto de estrôncio. Foi observada a formação de precipitado em todas as soluções. Após a formação dos precipitados, foi feito o teste de solubilidade em acido clorídrico diluído. No primeiro tubo, contendo solução nitrato de chumbo e ácido sulfúrico formou o precipitado, sulfato de chumbo, e acido nítrico. Quando submetido o PbSO4 em HCl diluído, o precipitado não foi dissolvido (reação 1). No segundo tubo, a reação da solução de cloreto de bário e H2SO4 formou sulfato de bário e acido clorídrico. Quando adicionado acido clorídrico diluído no precipitado formado, o mesmo foi dissolvido (reação 2). O ultimo tubo, cloreto de estrôncio e acido sulfúrico obteve o sulfato de estrôncio e ácido clorídrico. O sulfato de estrôncio, precipitado, em HCl diluído também não foi observado disolução (reação 3). Reações 1 Pb(NO3)2(aq) + H2SO4(aq) → PbSO4(s) + 2HNO3(l) PbSO4(s) + 2HCl(aq) → PbCl2(s) + H2SO4(aq) Reações 2 BaCl2(aq) + H2SO4(aq) BaSO4(s) + 2HCl(l) BaSO4(s) + 2HCl(aq) → BaCl2(aq) + H2SO4(aq) Reações 3 SrSO4(aq) + H2SO4(aq) → SrSO4(s) + 2HCl(l) SrSO4(s) + HCl → SrCl2(aq) + H2SO4(aq) A não dissolução do PbSO4 ocorre porque existe uma elevada energia de ligação entre o cátion (Pb2+), e o sulfato, visto que ele possui carga +2 e o ânion sulfato possui carga -2. Assim, o rompimento dessa ligação torna-se mais difícil. Já no cloreto de bário e estrôncio, possuem ligações relativamente mais fracas, pelo de possuírem carga positiva maior que o Cl-. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS LEE, JD Química Inorgânica não tão concisa. 5a Ed., São Paulo:Edgard Blücher Ltda., 1999.p.88-90; P. 237
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