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Revolta dos dezoito do forte de Copacabana

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Revolta dos dezoito do forte de Copacabana
A Revolta dos dezoito do forte de Copacabana é considerada o primeiro movimento político militar a qual
se dá a denominação de Tenentismo, e tinha como principal finalidade derrubar Artur
Bernardes (ganhador das eleições para presidente), fazendo uma verdadeira oposição ao governo da
República das Oligarquias. No ano de 1922, mais precisamente no dia 5 de julho, um grupo de jovens
oficiais do exército, agindo sobre a liderança do Capitão Euclides da Fonseca, deu início a uma revolta
contra a nomeação do novo presidente do Brasil.
Imagem: Reprodução
Os militares tinham certeza de que quem havia vencido as eleições presidenciais havia sido Nilo
Peçanha, e agiram incentivados pelas ideias do Marechal Hermes da Fonseca, que incutia em suas
mentes que o Brasil estava sendo governado de uma maneira corrupta. Partindo dessa suposição, e
também do fato do Governo Federal ter decretado a prisão do Marechal Hermes da Fonseca e o
fechamento do Clube Militar, os militares decidiram buscar pela moralização política do país, declarando
de vez a oposição ao Governo Oligárquico dos Senhores do Café da República Velha e lutando para que
pudessem conseguir de vez se livrar dessa forma de política que insistia em se propagar.
O apogeu do levante
A frustração por ter perdido as eleições para mais um representante das oligarquias foram somadas ao
enorme número de falsas cartas que surgiram repentinamente, que acreditava-se ter sido escritas por
Artur Bernardes, na qual se fazia várias críticas a política feita pelos oficiais do exército, a população
também estava profundamente insatisfeita com os problemas que o conservadorismo político-econômico
das oligarquias lhes traziam, era amplo o descontentamento com o novo governo, em várias esferas da
sociedade.
Os oficiais queriam pressionar o Governo de Epitácio Pessoa a anular a eleição presidencial através da
tomada do controle das principais guarnições do exército no Rio de Janeiro, porém as coisas não
correram exatamente do modo que Euclides da Fonseca desejava, pois apenas os revoltosos do Forte
de Copacabana aderiram a revolta.
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Antecipando-se ao fatos, assim que tomou conhecimento do que estava acontecendo, o Governo
brasileiro tomou suas atitudes e conseguiu unir tropas do exército que possuíam lealdade a Epitácio
Pessoa, também ordenou que os encouraçados Minas Gerais e São Paulo, na época sob as ordens do
Ministro da Guerra Calógeras, apontassem seus poderosos canhões para o Forte de Copacabana. Isso
fez com que os militares rebeldes repensassem no que estavam envolvidos, e que estavam realmente
em apuros diante de tal situação. Havia 301 revolucionários, oficiais e civis voluntários, e em uma
conversa decidiram que aqueles que não quisessem participar da revolta poderiam se retirar sem
nenhum problema, desses, apenas um pequeno número de revoltosos escolheram por continuar com o
levante.
O fim da Revolta dos dezoito do forte de Copacabana
Após uma decisão tomada em conjunto pelos 18 do Forte de Copacabana, os rebeldes decidiram
abandonar o Forte e marchar até o Palácio do Catete, 17 militares e um civil chamado Otávio Correia,
onde na Avenida Atlântica foram acometidos de um violento combate contra as forças do governo.
A desvantagem era mais do que óbvia, o que fez com que o grupo dos 18 do Forte fossem facilmente
derrotadas, com apenas dois deles saindo com vida do confronto: Siqueira Campos e Eduardo Gomes,
que foram presos. Porém, com o final desse levante, deu-se impulso para que outras revoltas militares,
que vieram a também fazer parte do Movimento Tenentista, pudessem vir a acontecer, e várias delas
aconteceram.
* Revisado por Allex Albuquerque, graduado em história.

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