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12 TEORIA-DO-CONHECIMENTO

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Teorias 
do Conhecimento 
 
 02 
 
 
1. O que Consiste a Teoria do Conhecimento 4 
 
2. Problemas Centrais da Teoria do Conhecimento 11 
 
3. O Processo de Construção do Conhecimento 18 
Saber e Conhecer: Diferentes Compreensões 20 
 
4. A Epistemologia 25 
Internalismo a Externalismo 27 
Espistemologia Cética Contra Anti-Cartesianismo 28 
 
5. Referências Bibliográficas 35 
 
 
 03 
 
 
 
 
 
 4 
TEORIAS DO CONHECIMENTO 
1. O que Consiste a Teoria do Conhecimento 
 
 
Fonte: Ventilation Solution1 
 
ote que a reflexão sobre a na-
tureza da formação do nosso 
conhecimento dá ascendência a di-
versos desconcertantes problemas 
filosóficos, que compõem a discipli-
na teoria do conhecimento, ou Epis-
temologia. 
Logo, a maior parte desses 
complicadores foi discutida pelos 
gregos antigos e, mesmo hoje, a 
anuência é insignificante sobre a 
forma como precisariam ser resolvi-
dos ou, em circunstancia de tal não 
ser admissível, abandonados. 
 
1 Retirado em http://ventilationsolution.com 
Desse modo, apresentaremos 
a seguir sete temas centrais desse 
discursão, logo, poderemos compre-
ender, de forma geral, a natureza 
desses problemas. 
1. Qual é a distinção entre conhe-
cimento e opinião verdadeira? Se 
um homem teve um palpite acertado 
("Eu diria que é o sete de ouros"), 
mas não sabe realmente; e outro ho-
mem sabe, mas não diz, e não pre-
cisa adivinhar; o que é que o segun-
do homem tem (se assim podemos 
dizer) que falta ao primeiro? Pode-
N 
 
 
5 
TEORIAS DO CONHECIMENTO 
se dizer, é claro, que o segundo ho-
mem tem a prova evidente e que o 
primeiro não a tem, ou que algo é 
evidente para um que não é para o 
outro. Mas o que é prova evidente e 
como decidiremos, em qualquer 
caso determinado, se temos ou não 
prova? Essas perguntas têm suas 
análogas tanto na Filosofia Moral 
como na Lógica. O que significa um 
ato estar certo e como decidiremos, 
em qualquer caso determinado, se 
um certo ato está certo ou não? O 
que significa uma inferência ser vá-
lida e como decidiremos, num deter-
minado caso, se uma dada inferência 
é ou não válida? 
2. A nossa prova para algumas 
coisas, ao que parece, consiste no fa-
to de termos provas para outras coi-
sas. "A minha prova de que ele cum-
prirá sua promessa é o fato dele ter 
dito que cumpriria a sua promessa. 
E a minha prova de que ele disse que 
cumpriria a sua promessa é o fato de 
que. . ." Devemos dizer de tudo aqui-
lo para o que temos prova que a nos-
sa prova consiste no fato de termos 
prova para alguma outra coisa? Se 
tentarmos formular, socraticamen-
te, a nossa justificação para qual-
quer pretensão particular de conhe-
cimento ("A minha justificação para 
pensar que sei que A é o fato de que 
B") e se formos inexoráveis em nossa 
investigação ("e a minha justificação 
 
para pensar que sei que B é o fato de 
que C"), chegaremos, mais cedo ou 
mais tarde, a uma espécie de fim de 
linha ("mas a minha justificação 
para pensar que sei que N é simples-
mente o f ato de que N"). Um exem-
plo de N poderá ser o fato de que me 
parece recordar que já estive aqui 
antes ou o fato de que alguma coisa, 
agora, me parece azul. Esse tipo de 
interrupção pode ser descrito de 
duas maneiras bastante diferentes. 
Poderíamos dizer: "Há certas coisas 
(por exemplo, o fato de que me pa-
rece recordar ter aqui estado antes) 
que são evidentes para mim e que o 
são de tal forma que a minha prova 
de evidência para essas coisas não 
consiste no fato de haver certas ou-
tras coisas que são evidentes para 
mim" (CHISHOLM, 2010). 
 
Ou poderíamos articular, de 
modo alternado: "Há certas coisas 
(por exemplo, o fato de que me pa-
rece recordar ter aqui estado antes) 
das quais não se pode dizer que se-
jam evidentes, em si mesmas, mas 
que se parecem com o que se pode 
considerar evidente, na medida em 
que funcionam como prova evidente 
para certas outras coisas." (CHI-
SHOLM, 1966). 
Ambas formulações exclusiva-
mente pareceriam dessemelhantes 
verbalmente. Se seguirmos a primei-
 
 
6 
TEORIAS DO CONHECIMENTO 
ra, poderemos assegurar que deter-
minados elementos são diretamente 
manifestos. 
 
3. As coisas que ordinariamente 
dizemos que conhecemos não são 
coisas, portanto, "diretamente evi-
dentes". Mas, ao justificarmos a pre-
tensão de conhecimento de qualquer 
uma dessas coisas particulares, po-
demos ser levados de novo, da ma-
neira descrita, às várias coisas que 
são diretamente evidentes. Devería-
mos dizer, portanto, que o conjunto 
daquilo que conhecemos, em qual-
quer momento dado, é uma espécie 
de "estrutura", que tem seu "funda-
mento" no que acontece ser direta-
mente evidente, nesse momento? Se 
dissermos isso, deveremos estar en-
tão preparados para explicar de que 
maneira esse fundamento serve de 
apoio ao resto da estrutura. Mas essa 
questão é difícil de responder, visto 
que o apoio dado pelo fundamento 
não seria dedutivo nem indutivo. 
Por outras palavras, não é o gênero 
de apoio que as premissas de um ar-
gumento dedutivo dão à sua conclu-
são, nem é o gênero de apoio que as 
premissas de um argumento indu-
tivo dão à sua conclusão. Pois, se to-
marmos como nossas premissas o 
conjunto do que é diretamente evi-
dente em determinado momento, 
não podemos formular um bom ar-
gumento dedutivo, nem um bom ar-
gumento indutivo, em que qualquer 
das coisas que ordinariamente dize-
mos que conhecemos apareçam 
como uma conclusão (CHISHOLM, 
2010). 
 
Deste modo, quem sabe se dê 
o acontecimento de, acolá das "re-
gras de dedução", assim como as 
"regras de indução", houverem além 
disso certas "regras de evidência" 
fundamentais. O lógico dedutivo 
tenta estabelecer o primeiro modelo 
de regras; o lógico indutivo, sendo o 
segundo; e o epistemologista busca 
compor as regras do terceiro tipo. 
 
4. Pode-se perguntar: "0 que é 
que sabemos? Qual é a extensão do 
nosso conhecimento?" Poder-se-á 
também perguntar: "Como decidir, 
em qualquer caso particular, se sa-
bemos ou não? Quais são os critérios 
de conhecimento, se porventura 
existem?" 0 "problema do critério" 
resulta do fato de que, se não tiver-
mos resposta para o segundo par de 
perguntas, não disporemos, nesse 
caso, aparentemente, de um proce-
dimento razoável para encontrar 
resposta para o primeiro; e, se não 
tivermos resposta para o primeiro 
par de perguntas, não teremos en-
tão, aparentemente, um processo ra-
zoável de encontrar a resposta do se-
 
 
7 
TEORIAS DO CONHECIMENTO 
gundo. 0 problema poderá ser for-
mulado mais especificamente para 
diferentes matérias - por exemplo, o 
nosso conhecimento (se houver) de 
"coisas externas", "outros espíritos", 
"certo e errado", as "verdades da Te-
ologia" (CHISHOLM, 2010). 
 
Muitos filósofos, claramente 
sem razão aceitável, abeirar-se algu-
mas dessas variantes mais caracte-
rísticas do problema do critério de 
acordo com um ponto de vista, de 
forma que outros as enfrentam de 
um ponto de vista muito díspar. 
 
5. O nosso conhecimento (se 
houver) do que por vezes denomina-
mos as "verdades da razão" - as ver-
dades da Lógica e da Matemática e o 
que se expressa por "Uma superfície 
que é toda vermelha também não é 
verde" - dota-nos com um exemplo 
particularmente instrutivo do pro-
blema de critério. Alguns filósofos 
acreditam que qualquer teoria satis-
fatória do conhecimento deve ser 
adequada ao fato de que algumas 
das verdades da razão, tal como tra-
dicionalmente são concebidas, não 
estão entre as coisas que conhece-
mos. Outros, ainda, procuram sim-
plificar o problema afirmando que 
as chamadas "verdades da razão" só 
pertencem realmente, de algum mo-
do, a maneira como as pessoas pen- 
sam ou a maneira como empregam 
sua linguagem (CHISHOLM, 2010). 
 
Entretanto, uma vez que essas 
implicações sejamequacionadas 
com exatidão, assim, perdem toda e 
qualquer possibilidade que clara-
mente tenham tido, no início. 
 
6. Outros problemas da teoria do 
conhecimento poderiam designar-
se, apropriadamente, por "metafísi-
cos". Abrangem certas questões so-
bre as maneiras como as coisas nos 
parecem. As aparências que as coi-
sas apresentam para nós quando, di-
gamos, as percebemos, parecem ser 
subjetivas na medida em que depen-
dem, para a sua existência e natu-
reza, do estado do cérebro. Este sim-
ples fato levou os filósofos, talvez 
com excessiva facilidade, a estabele-
cerem algumas conclusões extre-
mas. Alguns afirmaram que as apa-
rências das coisas externas devem 
ser duplicatas internas dessas coisas 
- que, quando um homem percebe 
um cão, uma tênue réplica do cão é 
produzida dentro da cabeça do ho-
mem. Outros disseram que as coisas 
externas devem ser bastante distin-
tas do que ordinariamente aceita-
mos que elas sejam - que as rosas 
não podem ser vermelhas quando 
ninguém está olhando para elas 
(CHISHOLM, 2010). 
 
 
 
8 
TEORIAS DO CONHECIMENTO 
Também outros afiançaram 
que as coisas físicas carecem-se 
compor, de uma certa forma, de ex-
terioridades; e existiu também quem 
articulasse que as aparências neces-
sitam ser compostas, de determina-
do modo, de coisas físicas. A dificul-
dade desvirtuou até alguns filósofos 
a averiguarem se haverá coisas físi-
cas e outros, mais de modo recente, 
a averiguarem se existirão aparên-
cias. 
 
7. O "problema da verdade" po-
derá parecer um dos mais simples da 
teoria do conhecimento. Se disser-
mos a respeito de um homem, `'Ele 
acredita que Sócrates é mortal", e 
depois acrescentarmos, "E o que é 
mais, sua crença é verdadeira", en-
tão o que acrescentamos não é, cer-
tamente, mais do que isto: Sócrates 
é mortal. E "Sócrates é mortal" diz-
nos tanto quanto "é verdade que Só-
crates é mortal". Mas que acontece-
ria se disséssemos, a respeito de um 
homem, que algumas de suas cren-
ças são verdadeiras, sem especificar-
mos que crenças? Que propriedade, 
nesse caso, estaríamos atribuindo à 
sua crença? Suponha-se que dize-
mos: "0 que ele está dizendo agora é 
verdade", quando acontece que o 
que ele está dizendo agora é o que 
nós estamos agora dizendo que é fal-
so, seja o que for. Nesse caso, estare-
mos dizendo algo que é verdadeiro 
ou dizendo algo que é falso? Final-
mente, qual é a relação entre as con-
dições da verdade e os critérios de 
evidência? (CHISHOLM, 2010). 
 
Dessa forma, somos provas 
adequadas, presumivelmente, para 
confiar que existe nove planetas. Es-
sa prova incide em diversos outros 
aspectos que temos ciência a respei-
to de Astronomia, todavia não com-
preende, em si, o fato de que têm 
nove planetas. 
 
Pareceria logicamente possível, 
portanto, que um homem tives-
se boas provas para uma crença 
que, não obstante, é uma crença 
que é falsa. Significará isso que 
o fato de existirem nove plane-
tas, se porventura for um fato, é 
realmente algo que não pode 
ser evidente? Deveríamos dizer, 
portanto, que ninguém sabe, 
realmente, se existem nove pla-
netas? Ou deveríamos dizer 
que, embora seja possível saber 
que existem nove planetas. Não 
é possível saber que sabemos 
existirem nove planetas? 
(CHISHOLM, 2010). 
 
Ou as provas de que temos pa-
ra confiar que existem nove planetas 
afiançam, de determinada forma, 
que o crédito é verdadeiro e avali-
zam, deste modo, que existe nove 
planetas? Tais indagações, e proble-
mas como esses, compõem o contex-
to da teoria do conhecimento. 
 
 
9 
TEORIAS DO CONHECIMENTO 
Por fim, um determinado nú-
mero deles, como o leitor já experi-
mentará, é meramente o resultado 
de desordem; e, visto que a exposta 
a confusão, os complicadores desa-
parecem. Entretanto outros, como 
está disciplina ambiciona mostrar, 
são um tanto mais complexos de tra-
tar. 
 
 
 
 
 
 
 
 11 
TEORIAS DO CONHECIMENTO 
2. Problemas Centrais da Teoria do Conhecimento 
 
 
Fonte: Traffic Technology2 
 
que é de fato o conhecimento? 
Veja que na tentativa de pro-
porcionar uma resposta apropriada 
para esse questionamento, Platão 
exibe em sua obra Teeteto um diálo-
go realizado por Sócrates e Teeteto, 
um jovem matemático. Nessa con-
versa, Platão dá grande ênfase à ha-
bilidade filosófica de distinguir o 
verdadeiro do falso, acatada como o 
ponto de partida para qualquer ten-
tativa de entender a natureza do co-
nhecimento. 
Desse modo, Sócrates se com-
para às parteiras (apesar que se jul-
gue superior a elas), no qual ele acre- 
 
2 Retirado em http:// traffictechnologytoday.com 
dita que o trabalho para ser propria-
mente realizado pelas mulheres que, 
ao chegarem certa idade, já não po-
dem reproduzir, entretanto tem 
mais conhecimento do que as ou-
tras, assim quando uma mulher está 
gestante, elas possuem os caminhos 
para ajudá-las no parto. 
 
A suposta superioridade do 
parto das ideias em relação ao 
parto biológico residiria na sua 
capacidade de auxiliar a refle-
xão filosófica na difícil tarefa de 
determinar critérios de distin-
ção entre o verdadeiro e o falso. 
Na seguinte passagem, Sócrates 
explica em que consiste sua ale- 
O 
Highlight
Highlight
Highlight
Highlight
 
 12 
TEORIAS DO CONHECIMENTO 
gada superioridade: Sócrates - 
... A minha arte obstétrica tem 
atribuições iguais às parteiras, 
com a diferença de eu não par-
tejar mulher, porém homens, e 
de acompanhar as almas, não 
os corpos, em seu trabalho de 
parto. Porém a grande superio-
ridade da minha arte consiste 
na faculdade de conhecer de 
pronto se o que a alma dos jo-
vens está na iminência de con-
ceber é alguma quimera e falsi-
dade ou fruto legítimo e verda-
deiro. Neste particular, sou 
igualzinho as parteiras: estéril 
em matéria de sabedoria, tendo 
grande fundo de verdade a cen-
sura que muitos me as assacam, 
de só interrogar os outros, sem 
nunca apresentar opinião pes-
soal sobre nenhum assunto, por 
carecer, justamente, de sabedo-
ria ...” (Teeteto, VII, p. 10, 150c-
d) O pressuposto platônico de 
que a tarefa do filósofo é a de 
auxiliar na busca de verdades, 
deixou raízes profundas na tra-
dição filosófica clássica e tam-
bém no pensamento contempo-
râneo. Neste tópico estaremos 
questionando esse pressuposto, 
indicando algumas dificuldades 
a que ele parece conduzir 
(apud, GUTIERRE; GONZA-
LES; BROENS, 2011). 
 
Logo, uma primeira complexi-
dade, já preconizada no diálogo Tee-
teto, versa em estabelecer a procura 
de verdades baseada nas sensações, 
que nos escoltam como uma fonte 
visivelmente segura para conduzir a 
atuação desde os primitivos conta-
tos com o mundo. 
A dificuldade nasce por conta 
do caráter singular (relativo ao su-
jeito) mediante aquilo que se sente, 
visto que as sensações parecem mu-
dar segundo o estado daquele que os 
experimenta. Assim, aquilo que é 
sentido, a título de exemplo, como 
acrimonioso por alguma pessoa po-
de ser entendido como doce por ou-
trem, segundo o estado de cada um. 
 
Em consequência, aquilo que é 
verdadeiro para um não será 
verdadeiro para o outro: o rela-
tivismo parece inevitável se 
fundamentarmos o que enten-
demos por conhecimento nas 
sensações. Segundo a interpre-
tação platônica, sensação e apa-
rência se equivalem, o que con-
duz à análise do conhecimento 
em termos do fluxo do movi-
mento das coisas, tais como elas 
nos aparecem. O diálogo platô-
nico conduz à conclusão de que 
a identificação do conhecimen-
to à sensação leva à impossibili-
dade de se ultrapassar os limi-
tes do indivíduo que vivência 
tais sensações. Uma segunda 
dificuldade, também tratada no 
Teeteto, diz respeito à distinção 
entre conhecimento e opinião 
verdadeira. Existiria alguma di-
ferença relevante entre uma 
pessoa dotada de conhecimento 
e outra que apenas possui uma 
opinião verdadeira? Considere-
mos, por exemplo,a opinião de 
uma pessoa segundo a qual o 
Brasil seria derrotado na copa 
do mundo de 2010. Uma vez 
confirmada, a sua opinião se 
mostra verdadeira, mas quando 
 
 
 
 13 
TEORIAS DO CONHECIMENTO 
indagada sobre as razões que a 
levaram a proferir tal opinião 
ela afirma que uma borboleta 
verde e amarela lhe antecipou o 
resultado do jogo (apud, GU-
TIERRE; GONZALES; BRO-
ENS, 2011). 
 
Nessas circunstâncias, tende-
ríamos a ponderar que tal indivíduo 
não possuía verdadeiramente a ciên-
cia sobre a classificação do Brasil na 
copa. Isso pois ela não exibiu uma 
justificação racional avaliada ade-
quada para fundamentar o seu jul-
gamento sobre o acontecimento em 
questão. 
 
Outro exemplo análogo, apa-
rentemente menos problemá-
tico, seria aquele de um jovem 
que acredita existir vida em 
Marte com base na leitura de 
histórias em quadrinhos. Tendo 
atualmente evidências cienti-
fica da possibilidade de existên-
cia de vida em Marte, a opinião 
do jovem pode vir a se mostrar 
verdadeira. O que fica implícito 
nesses exemplos é que a forma 
de justificação racional, apoi-
ada em evidências apropriadas, 
constituiria o fator diferencia-
dor entre conhecimento e opi-
nião verdadeira (apud, GU-
TIERRE; GONZALES; BRO-
ENS, 2011). 
 
Johannes Kepler 
 
 
Fonte: http://fisicadaonda.blogspot.com 
 
 
 14 
TEORIAS DO CONHECIMENTO 
Dessa forma, uma caracteriza-
ção efêmera do conhecimento, apro-
visionada por Platão no diálogo Tee-
teto, consiste na opinião verdadeira 
racionalmente abonada. Nada obs-
tante, o que torna as proeminências 
dos exemplos exibidos mensageiros 
de legítimo poder justificador (ló-
gico) do conhecimento? Um revide 
trivial a esta questão observa que as 
proeminências consideradas rele-
vantes possibilitam a constituição de 
sistemas explicativos bem acertados. 
Logo, esses sistemas podem 
ser compreendidos como contíguos 
de hipóteses uniformizadas e orga-
nizadas segundo os princípios, com-
partilhados por um grupo de pesqui-
sadores, cujos aprovam a justifica-
ção racional de apreciações verda-
deiras, tais como a previsão do even-
to de ocorrências no mundo. 
 
Um exemplo bem conhecido de 
elaboração de um tal sistema foi 
dado por Johannes Kepler 
(1571-1630) na explicação da 
órbita elíptica do movimento de 
Marte. Até o século XVII, o mo-
vimento dos astros era enten-
dido como expressão da perfei-
ção divina e considerado circu-
lar. Como ressalta Norwood R. 
Hanson (1958), Kepler, na ten-
tativa de verificar os dados re-
gistrados por Tycho Brahe 
(1546-1601) sobre o movimento 
de Marte, encontrou dificulda-
des aparentemente insuperá-
veis até o momento em que ela-
borou um novo sistema explica- 
tivo. Ao abandonar os pressu- 
postos geocêntricos do sistema 
explicativo ptolomaico, adotan-
do em seu lugar a cosmologia 
copernicana, Kepler propôs um 
novo conjunto de hipóteses que 
fundamentou um sistema heli-
ocêntrico, a partir do qual os 
dados fornecidos por Ticho 
Brahe puderam ser compreen-
didos e explicados (apud, GU-
TIERRE; GONZALES; BRO-
ENS, 2011). 
 
Além do mais, a partir desse 
novo sistema, a presciência das posi-
ções do planeta Marte pôde ser con-
cretamente feita e empiricamente 
confirmada. 
 
Tycho Brahe 
 
 
Fonte: http://fisicadaonda.blogs-
pot.com 
 
A desenvoltura de arquitetar 
sistemas explicativos, logicamente 
justificados, e em certos episódios, 
empiricamente confirmados distin-
guiria, nesse aspecto, o conhecimen-
to da simples opinião: o, conheci-
mento, de tal modo, seria crença 
exata racionalmente justificada um 
 
 15 
TEORIAS DO CONHECIMENTO 
fator interno de um sistema explica-
tivo. 
Logo, a concepção alcunhada 
sistêmica do conhecimento é tão-so-
mente uma das diversas tentativas 
de encarar as dificuldades erguidas 
pela problemáticas do Teeteto. Al-
ternativas a este entendimento são 
vistas ainda na antiguidade, por al-
guns céticos, tais como Crátilo (sé-
culo V a.C.), e ainda por filósofos re-
lativistas, bem como Protágoras 
(480 a 410 a.C.) e por fim, ainda na 
contemporaneidade defendido por 
Richard Rorty (1931-2007) o resu-
mos de seus ideias encontra-se nos 
materiais complementares, entre 
outros. 
 
Mesmo com as diferentes pers-
pectivas adotadas por esses fi-
lósofos, entendemos que o pro-
blema da distinção entre o co-
nhecimento e a opinião verda-
deira ainda se coloca. No caso 
da proposta sistêmica, como sa-
ber se um sistema será adequa-
do para explicar racionalmente 
novos eventos? Que critério de 
relevância adotaremos para 
isso? Afinal, a história da ciên-
cia mostra que, não por acaso, o 
sistema ptolomaico, apesar de 
equivocado, perdurou por mui-
tos séculos. A dificuldade de ex-
plicitar um critério de relevân-
cia, segundo o qual uma expli-
cação possa ser considerada ra-
cionalmente justificada, traz de 
volta o problema do Teeteto, 
que permanece não resolvido 
(apud, GUTIERRE; GONZA-
LES; BROENS, 2011). 
Representação do sistema 
cosmológico ptolomaico 
 
 
Fonte: http://fisicadaonda.blogs-
pot.com 
 
Para uma conclusão provisória 
e assim encerrar esta parte, é que se-
melha que incidimos em um cami-
nho vicioso quando tentamos resol-
ver o problema do Teeteto, porquan-
to a tentativa bem ocorrida de dife-
renciar conhecimento de opinião 
exata fundamentada em explicações 
logicamente justificadas, parece de-
mandar, ela própria, conhecimento. 
Ao verificar essa complexida-
de, o próprio Platão, ao final de seu 
diálogo com Teeteto, abandona a 
probabilidade de se compreender 
que o conhecimento como opinião 
verdadeira coligada à elucidação ra-
cional, visto que esta solicita conhe-
cimento para ser caracterizada como 
tal. 
 
Nesse sentido, ele conclui: Ora, 
será o cúmulo da simplicidade, 
 
 16 
TEORIAS DO CONHECIMENTO 
estando nós à procura do co-
nhecimento vir alguém dizer-
nos que é a opinião certa aliada 
ao conhecimento, seja da dife-
rença ou do que for. Desse mo-
do, Teeteto, conhecimento não 
pode ser nem sensação, nem 
opinião verdadeira, nem a ex-
plicação racional acrescentada 
a essa opinião.” (Teeteto, p. 76, 
209a) Inúmeras discussões 
contemporâneas do problema 
do Teeteto podem ser encontra-
das na literatura filosófica, des-
tacando-se aquelas propostas 
por Chisholm (1966) e Ayer 
(1975), Gettier (1963) e Dretske 
(1981), cuja leitura permitirá ao 
leitor interessado acompanhar 
o desdobramento atual dessa 
temática (apud, GUTIERRE; 
GONZALES; BROENS, 2011). 
 
Assim, passemos agora ao es-
tudo das da construção do conheci-
mento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 18 
TEORIAS DO CONHECIMENTO 
3. O Processo de Construção do Conhecimento 
 
 
Fonte: Sociologia Llíquida3 
 
ote que abordaremos sobre o 
processo de construção do co-
nhecimento iniciando pelos pensa-
mentos de Bombassaro (1992, p. 13-
25) e, para conhecer mais sobre o 
grande professor, solicita-se que leia 
a entrevista - CONVERSA COM 
LUIZ CARLOS BOMBASSARO - dis-
ponível em: 
https://lume.ufrgs.br/bitstream/ha
ndle/10183/214276/001118840.pdf
?sequence=1&isAllowed=y 
 
A partir da página 19 em dian-
te. 
 
3 Retirado em https://sociologialiquida.org/ 
Note que desde a existência 
humana, o homem constitui cone-
xões com ele próprio e com o meio 
vivente. Essas relações que se dão 
através da dimensão comunicacio-
nal, intercâmbios constituídos por 
códigos simbólicos que possibilitam 
a troca, a compartilha e construção 
do mundo. 
 
A capacidade racional, portan-
to, distingue o homem dos ou-
tros animais e permite a ele, in-
terpretar, enunciar, argumen-
tar e abstrair. Contudo, além de 
sua racionalidade, distingue-se 
o homem também pela sua his-
N 
https://lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/214276/001118840.pdf?sequence=1&isAllowed=y
https://lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/214276/001118840.pdf?sequence=1&isAllowed=y
https://lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/214276/001118840.pdf?sequence=1&isAllowed=y19 
TEORIAS DO CONHECIMENTO 
toricidade. Aristóteles compre-
endia estas duas dimensões da 
existência humana, argumen-
tando que, além de sua capaci-
dade de compreender o mundo 
a sua volta, o homem também 
se percebe como formador do 
mundo e identifica a necessida-
de de conviver com o que o cer-
ca. Esta compreensão aristoté-
lica indica que, além de ser ra-
cional, o homem é também um 
ser histórico, pois, na convivên-
cia com o que o cerca (a natu-
reza), vai estabelecendo pa-
drões e normas de comporta-
mento, crenças e valores parti-
lhados constituintes do mundo 
(TREVISAN, s/a). 
 
Logo, a perpetuação destes 
exemplos culturais apreendidos nas 
suas atuações no decorrer do tempo 
apresenta a historicidade do ho-
mem. 
 
 
Fonte: UFSM (s/a). 
 
Assim, a racionalidade e a his-
toricidade como atributos do ho-
mem podem ser entendidas inician-
do pelo o conhecimento. A ação de 
conhecer é um ato humano por meio 
do qual podemos apreender que o 
homem é - do mesmo modo - lógico 
e histórico (racionalidade e histori-
cidade). 
Logo, a ação de conhecer é en-
tender como o procedimento pelo 
qual o homem aprende sobre o mun-
do, assim como, o conhecimento é 
marcado como o conjunto de ex-
pressos sobre o mundo. O conheci-
mento, logo, é justificado pela racio-
nalidade pelo fato que constitui um 
“ato e um produto racional” (BOM-
BASSARO, 1992, p. 17). Colaboran-
do com o que vimos na unidade an-
terior. 
 
Constitui uma ação e um pro-
duto na medida em que o ho-
mem produz enunciados (com-
preensões) sobre o mundo, 
constantemente utilizados para 
a construção do conhecimento. 
Contudo, estes enunciados e, 
portanto, o conhecimento, é do-
tado de sentido, de significa-
ções construídas pelo homem, o 
que caracteriza o conhecimento 
como racional. Por fim, a racio-
nalidade não consiste, simples-
mente, na produção de enunci-
ados pelo homem (TREVISAN, 
s/a). 
 
Entretanto, consiste em ser 
um dos argumentos e comprovantes 
que dão configuração ao conheci-
mento. 
 
 
 
 20 
TEORIAS DO CONHECIMENTO 
Percorremos sobre a dimen-
são racional do conhecimento, não 
obstante, começando pela a frase de 
Bombassaro, necessitamos salientar 
outra extensão do conhecimento, a 
historicidade. Assim, por constituir 
em ser atividade intelectual, o co-
nhecimento não pode ser apreen-
dido pela singelas atuações mental 
do homem, entretanto o resultado, o 
contíguo de expressos produzido, 
sistematizado e compartilhado co-
mo condição para a vivência e perpe-
tuação humana. 
Desta maneira, o conhecimen-
to não versa exclusivamente na per-
cepção da vivência e do mundo, to-
davia uma atuação que se conecta ao 
coletivo e que é sistematizado e com-
partilhado na coexistência social. 
Esta justificativa diferencia o conhe-
cimento pela sua historicidade con-
siderando ambas categorias explica-
tivas: 
 A racionalidade; e 
 A historicidade. 
 
Saber e Conhecer: Diferen-
tes Compreensões 
 
Percorremos antes as dimen-
sões racionais e históricas do conhe-
cimento, apesar disso, é imprescin- 
dível diferenciarmos dois conceitos 
basilares para a teoria do conheci-
mento: 
 
 O saber; e 
 O conhecer. 
 
Ao procurar a avaliação tradi-
cional do saber, deparamo-nos com 
a o reforço de Platão para quem o sa-
ber estabelece uma opinião verda-
deira, cujo vem comboiada por uma 
explicação e de um pensamento fun-
damentado (BOMBASSARO, 1992). 
Atualmente, a filosofia da crí-
tica da linguagem entende duas dife-
rentes utilizações e sentidos do sa-
ber. Ryle aponta ambos sentidos, 
apresentados a seguir: 
 A expressão “saber que...” pos-
sui um sentido explícito nas 
expressões cotidianas, como: 
“Sabemos que o Brasil é um 
país emergente”; “sabe-se que 
a educação é importante para 
o desenvolvimento”, etc. Estas 
expressões revelam o sentido 
do ‘saber que’, o qual é sempre 
seguido por uma proposição 
que pode ser verdadeira ou fal-
sa, mas que expressa o conteú-
do do saber. 
 O segundo sentido do verbo 
saber é designado por Ryle 
“saber como” ou “saber fazer”. 
Este não necessita de um con-
teúdo para adquirir sentido, 
refere-se a ações, atividades 
complexas, ou possibilidades 
de ações. Como exemplo, te-
mos: ‘Saber dirigir’; ‘saber es-
crever’; ‘saber ler’; etc (TREVI-
SAN, s/a). 
 
 
 21 
TEORIAS DO CONHECIMENTO 
Existe, deste modo, uma di-
mensão do saber que se esclarece 
pela fé na verdade, quando se possui 
por verdadeiro um expresso, tais co-
mo, uma dimensão prática que ma-
nifesta o saber pela atuação prática, 
explicada como o poder. Note que o 
professor deixa claro que: “Quando 
digo que sei escrever é porque posso 
escrever’”. 
Desta maneira, o julgamento 
do saber lembra à vinculação do in-
divíduo ao mundo, a suas atuações, 
ao mundo prático. Tais como o sa-
ber, o conhecer além disso conecta o 
homem ao mundo, apesar disso, o 
conhecer sempre demanda um 
apêndice que proporcione sentido a 
ação de conhecer, como um exemplo 
dizemos: ‘conheço este filme’. 
 
 
Fonte: UFSM (s/a). 
 
Igualmente, o ato de conhecer 
está espontaneamente unido há al-
gum objeto que tivemos contato e 
que, de certo modo, estamos famili-
arizados. 
 
Assim, conhecer é diferente de 
saber, pois o significado não é o 
mesmo, como, por exemplo, fa- 
larmos que conhecemos os li-
vros de Aristóteles ou que sabe-
mos que os livros existem. São 
duas formas de falar sobre o sa-
ber e o conhecer que expressam 
um significado diferenciado. 
Conceitos usados no cotidiano. 
Contudo, os estudiosos do co-
nhecimento, principalmente na 
filosofia, distinguem algumas 
formas de conhecer e tipos de 
conhecimento. Estes conceitos 
são importantes na medida em 
que a educação está direta-
mente ligada ao conhecimento 
(TREVISAN, s/a). 
 
 
 22 
TEORIAS DO CONHECIMENTO 
Quanto às maneiras de conhe-
cer, ressalta-se, dentre tantas dispo-
sições na filosofia ocidental, a dife-
renciação entre conhecimento sensí-
vel e conhecimento intelectual. Este 
aforismo tem como fundamento a 
teoria platônica que determina o co-
nhecimento como a implicação da 
atuação interativa do motivo e dos 
sentidos. 
 
 
Fonte: UFSM (s/a). 
 
O filósofo diferencia o conhecimento por descrição ou conhecimento por 
familiarização ou direto: 
 
 
Fonte: UFSM (s/a). 
 
Logo, quanto aos tipos de co-
nhecimento, com constância, deno-
mina-se: 
 Conhecimento de senso co-
mum; 
 Conhecimento científico; 
 
 23 
TEORIAS DO CONHECIMENTO 
 Conhecimento filosófico, den-
tre outros. 
 
Note que estes são os mais im-
portantes para entender a teoria do 
conhecimento na contemporaneida-
de, cujo nos encontramos no dia-a-
dia e trabalhamos a educação. 
 
24 
 
 
 
 25 
TEORIAS DO CONHECIMENTO 
4. A Epistemologia 
 
 
Fonte: Astro Centro4 
 
epistemologia, ainda chamada 
como a teoria do conhecimen-
to, é a seção da filosofia interessado 
na averiguação da natureza, fontes e 
legitimidade do conhecimento. Em 
meio os diversos tipos de questões, 
as principais em que ela tenta con-
trapor estão as seguintes. 
Logo, já discutimos o que seria 
o conhecimento? Mas, ainda não 
discutimos como nós podemos al-
cança-lo? E será que podemos alcan-
çar meios para defendê-lo versus o 
desafio cético? Estes pontos são, de 
maneira implícita, tão velhos assim 
como a filosofia, apesar de seu pri-
meiro tratamento explícito seja o 
achado nas obras de Platão (427-347 
 
4 Retirado em http://astrocentro.com.br 
AC), como vimos em particular em 
seu debate com Theaetetus. 
 
Mas primordialmente na era 
moderna, a partir do século 
XVII em diante - como resul-
tado do trabalho de Descartes 
(1596-1650) e Locke (1632-
1704) em associação com a 
emergência da ciência moderna 
- que a epistemologia tem ocu-
pado um plano central na filo-
sofia. Um passo óbvio na dire-
ção de responder a primeira 
questão é tentar uma definição.A definição padrão, preliminar-
mente, é a de que o conheci-
mento é crença verdadeira jus-
tificada. Esta definição parece 
plausível porque, ao menos, ele 
dá a impressão de que para co-
nhecer algo alguém deve acre-
ditar nele, que a crença deve ser 
A 
 
 26 
TEORIAS DO CONHECIMENTO 
verdadeira, e que a razão de al-
guém para acreditar deve ser 
satisfatória à luz de algum crité-
rio - pois alguém não poderia 
dizer conhecer algo se sua razão 
para acreditar fosse arbitrária 
ou aleatória. Assim, cada uma 
das três partes da definição pa-
rece expressar uma condição 
necessária para o conhecimen-
to, e a reivindicação é a de que, 
tomadas em conjunto, elas são 
suficientes. Há, contudo, difi-
culdades sérias com essa ideia, 
particularmente sobre a natu-
reza da justificação requerida 
para a crença verdadeira equi-
valer a conhecimento. Propos-
tas competidoras tem sido ofe-
recida para acolher as dificulda-
des, ou para acrescentar mais 
condições ou para achar um 
enunciado melhor para a defi-
nição posta (GRAYLING, 1996, 
traduzido por Ghiraldelli, 
2010). 
 
Assim, a primeira parte da ar-
ticulação que se segue pondera essas 
propostas. De modo paralelo a esse 
debate sobre como deliberar o co-
nhecimento existe um outro sobre 
como essa ciência é adquirida. Na 
história da epistemologia encontra-
mos duas principais escolas de pen-
samento que retrata o que forma o 
meio mais importante para o conhe-
cimento. 
Uma delas é a escola "raciona-
lista", defende que a razão seria o 
responsável por esse papel. Outra 
escola é a "empirista", que sustenta 
que é a experiência, especialmente a 
utilização dos sentidos, amparados, 
quando indispensável, por elemen-
tos, que é responsável por tal papel. 
 
O paradigma de conhecimento 
para os racionalistas é a mate-
mática e a lógica, onde verdades 
necessárias são obtidas por in-
tuição e inferência racionais. 
Questões sobre a natureza da 
razão, a justificação da inferên-
cia e a natureza da verdade, es-
pecialmente da verdade neces-
sária, pressionam para serem 
respondidas. O paradigma dos 
empiristas é a ciência natural, 
onde observações e experimen-
tos são cruciais para a investi-
gação. A história da ciência na 
era moderna dá sustentação à 
causa do empirismo; mais pre-
cisamente para esta razão, 
questões filosóficas sobre per-
cepção, observação, evidência e 
experimento tem adquirido 
grande importância. Mas para 
ambas tradições em epistemo-
logia o interesse central é se po-
demos confiar nas rotas que 
elas respectivamente denomi-
nam. Os argumentos céticos su-
gerem que não podemos sim-
plesmente assumi-las como 
confiáveis; certamente, elas su-
gerem que trabalho é necessá-
rio para mostrar que elas são 
confiáveis. O esforço para res-
ponder ao ceticismo, portanto, 
fornece um modo distinto de 
entender o que é crucial em 
epistemologia (GRAYLING, 
1996, traduzido por Ghiraldelli, 
2010). 
 
Note que a segunda parte está 
limitada no exame do ceticismo e 
determinadas respostas a ele. Existe 
outras disputas em epistemologia 
 
 27 
TEORIAS DO CONHECIMENTO 
sobre, em meio a elas, memória, 
ajuizamento, introspecção, raciocí-
nio, elevação "a priori- a posteriori", 
metodologia científico e distinções 
metodológicas, logo, se existe, entre 
ciências da natureza e ciências soci-
ais; as indagações avaliadas aqui são 
basilares para todos esses debates. 
 
Internalismo a Externalis-
mo 
 
Os dois, o fundacionismo e a 
teoria da coerência, são por vezes co-
gitados "internalistas" porque deli-
neiam a justificação como forma da 
relações internas entre as crenças, 
ou ainda apresentado como no pri-
meiro caso começando pela relação 
vertical de suporte em meio as cren-
ças com suposição fundamentais e 
outras que estão sujeitas a elas, ou 
como no segundo caso iniciando 
pelo o suporte mútuo de crenças em 
um sistema compreendido apropri-
adamente. 
Caracterizada geralmente, as 
teorias internalistas asseguram ou 
adotam que uma crença não pode 
ser abonada para um sujeito epistê-
mico S a menos que este tenha aces-
so ao que antevê a justificação, ou de 
certo ou por princípio. 
 
Essas teorias geralmente envol-
vem o requerimento "de fato" 
no sentido mais forte porque 
ser a justificativa de S de acre- 
ditar que p é algo resgatado, de 
forma padrão, nos termos de 
suas razões assumidas para to-
mar p como verdadeiro, onde 
razão assumida é entendido no 
sentido corrente (no sentido de 
"ter razão"). Aqui, uma objeção 
se coloca por si mesma. Qual-
quer S tem somente acesso fini-
to a o que poderia justificar ou 
solapar suas crenças, e esse 
acesso está confinado ao seu 
ponto de vista particular. Pa-
rece que a justificação completa 
para suas crenças raramente 
estaria disponível, porque sua 
experiência seria restrita ao que 
é próximo, em tempo e espaço, 
e ele estaria designado a manter 
somente aquelas crenças que 
sua experiência limitada licen-
ciou. (GRAYLING, 1996, tradu-
zido por Ghiraldelli, 2010). 
 
Uma oposição interligada é a 
de que o internalismo apresenta-se 
incongruente com o fato de que di-
versas pessoas parecem ter ciência a 
despeito dele não ser de maneira sa-
tisfatoriamente sofisticado para per-
filhar que tal e qual é um motivo pa-
ra confiar que p sendo que este é o 
caso, isto pode ser visto com crian-
ças. 
Logo, uma objeção mais gené-
rica, além disso, é que as relações 
entre crenças, se são as ligadas aos 
fundacionismo ou ainda a da teoria 
da coerência, poderiam ser alcança-
das sem que as crenças motivo da 
lide consistissem como verdadeiras 
de algo para afora delas próprias. 
 
 
 28 
TEORIAS DO CONHECIMENTO 
Alguém poderia imaginar um 
conto, claramente verdadeiro, 
diga-se, que em nenhum mo-
mento corresponde a alguma 
realidade externa, mas que tem 
suas crenças justificadas, toda-
via, por suas relações mútuas. 
Essa reflexão nada fácil induz o 
pensamento de que deveria ha-
ver uma restrição em relação às 
teorias de justificação, na forma 
de uma demanda de que deve-
ria haver alguma conexão ajus-
tável entre posse de uma crença 
e fatores externos - isto é, algo 
mais do que as crenças e suas 
relações mútuas - que determi-
nam seu valor epistêmico. Isso 
concordamente motiva a ideia 
de uma alternativa externaliza 
(GRAYLING, 1996, traduzido 
por Ghiraldelli, 2010). 
 
Espistemologia Cética Contra 
Anti-Cartesianismo 
 
Determinados epistemólogos 
não tentam contrafazer o ceticismo 
pela bom motivo de que eles com-
preendem que ele é verdadeiro ou 
indiscutível. As perspectivas desses 
filósofos poderia ser ponderadas 
como proferindo que o ceticismo é a 
implicação inevitável do pensamen-
to epistemológico. 
Desse modo, somente devería-
mos acatar o seguinte: ou estamos 
propostos mesmos a acreditarmos 
em crenças justificadas só que im-
perfeitamente, sempre sujeitas à ex-
periência, ou teremos que reconhe-
cer que o ceticismo, passa a ser irre-
futável, note que não é uma alterna- 
tiva prática, e deste modo temos de 
viver como a maior parte a pessoas 
vivem, ou seja, meramente relevan-
do tais questões. 
 
Alguns comentadores de Hume 
interpretam seu pensamento 
como endossando esta última 
perspectiva, e de acordo com 
isso falam em "resposta huma-
na ao ceticismo". Stroud (1984) 
e Strawson (1985), fazem algo 
mais ou menos parecido com 
essa "resposta humana ao ceti-
cismo". Outros, em debates re-
centes, são mais combativas, 
entre eles está Dewey (1859-
1952) e Wittgenstein (1889-
1951). A despeito das diferenças 
fundamentais sobre outros as-
pectos, esses dois pensadores 
mantiveram uma interessante 
perspectiva comum, que é a de 
que o ceticismo resulta da acei-
tação do ponto de partida carte-
siano do dado privado da cons-
ciência individual. Se, em vez 
disso, dizem eles dois, começar-
mos com o mundo público - 
com considerações relaciona-
das a fatos sobre o caráter es-
sencialmente público do pensa-
mento humano e da linguagem- emergirá daí um quadro dife-
rente. Dewey argumentou que o 
modelo cartesiano torna o su-
jeito epistêmico uma recipiente 
meramente passivo de experi-
ências, como alguém sentado 
no escuro do cinema assistindo 
a fita; mas, apontou ele, nossa 
visão é de uma perspectiva par-
ticipante - somos atores no 
mundo, e nossa aquisição de 
conhecimento é o resultado de 
nossos feitos no mundo. Witt-
genstein contestou toda a coe-
rência da abordagem cartesiana 
 
 29 
TEORIAS DO CONHECIMENTO 
argumentando pela impossibi-
lidade da linguagem privada 
(GRAYLING, 1996, traduzido 
por Ghiraldelli, 2010). 
 
Observe que a linguagem pri-
vada, considerando a fala de Witt-
genstein, é aquela que é logicamente 
plausível, única e tão-somente para 
um falante, ou seja, é o que um sujei-
to cartesiano careceria no sentido de 
abrir um discurso sobre seu raciocí-
nio particular. 
 
 
Fonte: http://netumundi.org 
 
Sua defesa é a seguinte: lin-
guagem é um exercício dirigido por 
regras, e somente se tem êxito ao uti-
lizar uma linguagem quando se ado-
ta as regras para o emprego de suas 
expressões. Porém um ermo usuário 
da linguagem constituiria alguém 
inábil ao não saber distinguir real-
mente essas regras e puramente 
acreditar que desse modo está fazen-
do-o; portanto, a linguagem que ele 
utiliza não pode ser logicamente 
particular para ele próprio; pois ne-
cessita ser partilhado com outros. 
 
Certamente, Wittgenstein argu-
mento que a linguagem só pode 
ser adquirida em uma situação 
pública (ele liga o aprendizado 
da linguagem ao treinamento 
de animais; aprender uma lin-
guagem é imitar comportamen-
tos linguísticos de quem está 
ensinando), que similarmente 
pesa contra a ideia de que o pro-
jeto cartesiano é, até mesmo em 
princípio, possível. As possibili-
dades contra os céticos do argu-
mento da linguagem privada 
parecem não ter sido vislum-
brada em seu todo pelo próprio 
Wittgenstein. Em notas de es-
boço sobre o ceticismo e o co-
nhecimento, escritas nos últi-
mos meses de sua vida - depois 
publicadas sob o título Da Cer-
teza (1969) - ele oferece uma 
resposta ao ceticismo, que mar-
ca um retorno a uma aborda-
gem mais tradicional, não dife-
rente da oferecida por Hume e 
Kant. Há algumas coisas que te-
mos de aceitar no sentido de 
administrar nosso modo co-
mum de pensar e falar. Tais 
proposições como a de que há 
um mundo externo, ou que o 
mundo veio a existir há muito 
tempo, não estão, simplesmen-
te, abertas à dúvida; não é uma 
opção para nós questioná-las. 
Nem, portanto, diz Witgens-
tein, podemos dizer que sabe-
mos delas, porque conhecimen-
to e dúvida são intimamente re-
lacionados, e só pode haver co-
nhecimento onde pode haver 
dúvida e vice versa (GRAY-
LING, 1996, traduzido por Ghi-
raldelli, 2010). 
 
 
 30 
TEORIAS DO CONHECIMENTO 
As proposições que não pode-
mos ter dúvidas compõem os "ní-
veis" de nosso aforismo ordinário e 
de nossa conversação habitual, ou 
Wittgenstein muda as suas metáfo-
ras, sendo elas como o leito e mes-
mos barcos de um rio, aquém nas 
correntezas do discurso normal 
acompanha seu fluxo. 
 
 
Fonte: http://lolaefilosofia.blogs-
pot.com 
 
Nesse contexto são essas cren-
ças que o ceticismo tenta altercar 
não estão abertas para a negociação; 
segundo Wittgenstein, aponta o ce-
ticismo. Esses ajuizamentos são tão 
indicativos quando eles jazem na fi-
losofia de Hume e Kant, entretanto 
um dos problemas com a forma de 
pensar de Wittgenstein de situá-los 
é que ele utiliza conceitos fundacio-
nistas na exposição da relação das 
proposições ditas "gramaticais" em 
determinados casos, todavia divor-
ciar-se de o fundacionismo como tal, 
e parece ponderar uma variante de 
relativismo, do mesmo modo fazen-
do com que o leito do rio e os barcos, 
segundo ele, poderiam, na ocasião 
imperiosa, serem ser deteriorados. 
 
 
Fonte: https://image.slidesharecdn.com 
 
 31 
TEORIAS DO CONHECIMENTO 
Filosofia da linguagem de Wittgenstein 
 
 
Fonte: http://blogsdoenem.com.br 
 
Mas o relativismo é apenas o ce-
ticismo disfarçado - ele é, de fa-
to, argumentativamente, o mais 
poderoso e a forma mais pro-
blemática de ceticismo, pois ele 
é a perspectiva de que conheci-
mento e verdade são relativos a 
um ponto de vista, um tempo, 
um lugar, um meio ambiente 
cognitivo ou cultural: e conhe-
cimento e verdade, assim en-
tendidos, não são conhecimen-
to e verdade. Observações finais 
Há muito gostar-se-ia insistir 
sobre uma tentativa correta pa-
ra descrever o trabalho que ne-
cessita ser feito em epistemolo-
gia, para isso é necessário preli-
minarmente fazer o progresso 
que podem. Aqui, eu simples-
mente sublinharei um canal de 
observações já feitas acima. Pri-
meiramente, debates sobre a 
definição de "conhecimento" 
me parecem ser um lado a ser 
mostrado. A justificação de afir-
mações nas ciências naturais, 
nas ciências sociais (não, no mí-
nimo, na história) e direito é 
onde o trabalho real a ser feito 
em epistemologia fala mais 
alto. E sua explicação aplica-se 
somente ao caso empírico: o 
que das questões epistemológi-
cas que apertam em ética e em 
filosofia da matemática? Pode 
não haver nenhuma garantia - e 
certamente é não razoável - que 
 
 32 
TEORIAS DO CONHECIMENTO 
altar generalizações sobre justi-
ficação e conhecimento se apli-
carão inequivocamente a todos 
esses campos. "Justificação" é 
um conceito mudo que neces-
sita ser resgatado fora, nos ter-
mos particulares para campos 
particulares; muito seria óbvio 
a partir do fato de que explica-
ções gerais de justificação não 
restritivamente mostram-se 
não ajudáveis à vulnerabilidade 
de contraexemplos (GRAY-
LING, 1996, traduzido por Ghi-
raldelli, 2010). 
 
Dessa forma, deixa implícito 
nessa caracterização que ambas afir-
mações são importantes: “primeira-
mente, que o ceticismo é melhor en-
tendido como um desafio, não como 
uma afirmação de que não sabemos 
nada ou que não podemos saber 
nada; e, secundariamente, que o me-
lhor modo de responder ao ceticis-
mo não é tentando refutá-lo na base 
de argumento por argumento, mas 
mostrando como fazemos as justifi-
cações para o que acreditamos.” 
(GRAYLING, 1996, traduzido por 
Ghiraldelli, 2010). 
De certa forma, esses dois 
pontos, que foram inconfundíveis 
aos nossos antecessores, parecem 
terem sido derivados de um pensa-
mento que se perdeu. 
 
 33 
TEORIAS DO CONHECIMENTO 
Materiais Complementares 
 
Links “gratuitos” a serem con-
sultados para um acrescentamento 
no estudo do aluno de assuntos que 
não poderão ser abordados na apos-
tila em questão. 
 
Teoria do Conhecimento-
caps1234.pdf 
 
Leituras sobre Richard Roth 
 
Teoria do Conhecimento.pdf 
 
O_100_anos_manifesto_estudan-
til_cordoba/teoria_conheci-
mento.pdf 
 
CAPITULO_ConhecimentoCiencia-
Natureza.pdf 
 
https://www.dca.fee.unicamp.br/~gudwin/ftp/ia005/TeoriaDoConhecimento-caps1234.pdf
https://www.dca.fee.unicamp.br/~gudwin/ftp/ia005/TeoriaDoConhecimento-caps1234.pdf
https://www.mercado-de-letras.com.br/resumos/pdf-06-10-13-1-50-57.pdf
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TEORIAS DO CONHECIMENTO 
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