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Reaproveitamento de resíduos sólidos gerados pelas indústrias.
INTRODUÇÃO
O progresso econômico tem contribuído cada vez mais para o aumento do volume de resíduos gerados, principalmente, os resíduos industriais. Esse crescente volume de resíduos causa preocupações relacionadas à sua disposição. Mesmo que esses sejam depositados em locais controlados, adequados, preparados e mantidos, é uma solução cada vez menos atrativa e aceita pela sociedade (ZACCARON, et al., 2019). É importante destacar que tais preocupações se justificam não só pelo crescente aumento na geração dos resíduos, mas também pela reconhecida falta de soluções sanitárias e ambientalmente corretas à disposição final ou reaproveitamento, visto que essas soluções, principalmente, ligadas ao reaproveitamento, são de grande potencial (FARAGE, et al., 2013, p 204).
Promover a destinação adequada dos resíduos, através do reaproveitamento dos mesmos, que atenda não só os requisitos ambientais, econômicos e sociais tem se tornado um desafio a ser superado sendo uma questão de grande importância. De fato, o reaproveitamento passou a ser ainda mais relevante a partir de 2010, quando foi sancionada a Lei n° 12.035/10 que estabelece a criação do Plano Nacional de Resíduos Sólidos. Essa Lei determina que os resíduos produzidos/gerados pelas industrias devam ser destinados a uma adequada forma de reutilização ou reciclagem (SILVA, et al., 2015). Isso se faz necessário pois os impactos ambientais causados pelos resíduos industriais variam de acordo com as suas características físico-químicas.
Devido a isso, o conceito de economia circular é introduzido nos setores industriais que trabalham com o conceito de reciclagem e reutilização para a utilização eficiente de recursos e questões associadas ao descarte também destacam a gestão sustentável de resíduos industriais e reciclagem para a reutilização de materiais (resíduos) no final de sua vida útil como um recurso secundário potencial 
DESENVOLVIMENTO
CLASSIFICALÇÃO RESÍDUOS INDUSTRIAIS
De acordo com a ABNT, os resíduos sólidos podem ser classificados da seguinte maneira: • Urbanos: são provenientes de residências, restaurantes, supermercados, lojas e outros estabelecimentos afins, além de resíduos de serviços públicos. • Industriais: gerados em diversas indústrias de processamentos. • De serviços de saúde: são subdivididos em dois grupos, sendo eles: resíduos comuns e resíduos sépticos, a maior parte destes são provenientes de hospitais e clínicas, ou seja, qualquer estabelecimento de saúde humana ou animal. • De portos, aeroportos, terminais rodoviários e ferroviários: são os restos de alimentos e materiais de higiene que são descartados. • Agrícolas: são aqueles provenientes da agricultura, pecuária e agroindústrias, como agrotóxicos, adubos e fertilizantes. • Entulhos: são gerados a partir de construções civis, como cascata, escavações, obras, resto de tijolos, argamassa entre outros.
Classificação segundo o nível de periculosidade De acordo com o nível de periculosidade dos resíduos eles são classificados em  três classes (ABNT-NBR 10004): 
Resíduos Classe I (perigosos): são assim denominados pelas suas características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade e patogenicidade, podendo configurar riscos à saúde humana, acarretando ou contribuindo para o aumento da mortalidade ou por simplesmente apresentarem efeitos adversos ao meio ambiente, quando manuseados ou descartados de forma inadequada. Resíduos Classe II (Não Perigosos, divididos): Não Inertes: aqueles que não se enquadram nas classificações de resíduos Classe I ou Classe II B nos termos da Norma. Estes resíduos podem ter propriedades, tais como: biodegradabilidade, combustibilidade ou solubilidade em água.
Resíduos Classe II B – Inertes fazem parte da classe de resíduos considerados inativos e não combustíveis.
Os resíduos sólidos industriais apresentam características diversificadas, dependendo do processo de manufatura que os originou, tornando seu gerenciamento complexo.
É necessário proceder ao tratamento de resíduos industriais com vistas à sua reutilização ou à sua inertização. Dada a diversidade desses resíduos, não existe um processo de tratamento pré-estabelecido, havendo sempre a necessidade de realizar pesquisas e desenvolvimento de processos economicamente viáveis.
POR QUE O RESÍDUO INDUSTRIAL É UM PROBLEMA E A GESTÃO SUSTENTÁVEL É NECESSÁRIA?
A produção industrial gera uma variedade de resíduos que vão desde sucata de metal até produtos químicos e eletrônicos. Esses resíduos representam uma séria ameaça ao meio ambiente e à saúde humana, podendo contaminar o solo, água e ar se não forem adequadamente descartados. O despejo a céu aberto é uma prática comum em várias indústrias, resultando em montanhas de detritos e cinzas volantes próximas a usinas termelétricas e fundições. Muitos desses resíduos contêm metais pesados perigosos, cuja infiltração no solo e nas águas subterrâneas pode afetar a flora e fauna locais. Além disso, a decomposição dos resíduos libera gases nocivos, contribuindo para a emissão de gases de efeito estufa e causando impactos como aquecimento global e mudanças climáticas. Assim, a gestão sustentável dos resíduos industriais é fundamental para mitigar esses problemas e promover um ambiente mais saudável e equilibrado.
PNRS
a Lei n.o 12.305/2010, recentemente aprovada, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos estabelece em seu artigo 20 que os geradores de resíduos industriais devem elaborar o Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS). Conforme a Lei o PGRS deve conter no mínimo as seguintes informações (artigo 21. Vonsto que O princípio do “poluidor-pagador” encontra-se estabelecido na Lei da Política Nacional do Meio Ambiente (Lei nº 6.938, de 31/8/1981). Isso significa dizer que “cada gerador é responsável pela manipulação e destino final de seu resíduo”.
a) definição dos procedimentos operacionais relativos às etapas do gerenciamento de resíduos sólidos sob responsabilidade do gerador;
I – ações preventivas e corretivas a serem executadas em situações de gerenciamento incorreto ou acidentes;
II – metas e procedimentos relacionados à minimização da geração de resíduos sólidos e, à reutilização e reciclagem;
III – se couber, ações relativas à responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos;
IV – medidas saneadoras dos passivos ambientais relacionados aos resíduos sólidos;
V – periodicidade de sua revisão, observando, se couber, o prazo de vigência da respectiva licença de operação a cargo dos órgãos do Sisnama.
Estas ideias vão de encontro ao tratado de economia circular da EU, em vigor desde 2020, e as ideias das EPAs (Environmental Protection Authority) ao redor do mundo, onde hierarquia de gestão de resíduos demonstra a ordem de preferência da seguinte forma: os 3R da sustentabilidade (Reduzir, Reutilizar e Reciclar), são ações práticas que visam estabelecer uma relação mais harmônica entre consumidor e meio ambient
ECONOMIA CIRCULAR
O modelo de economia linear tem sido utilizado na indústria, ou seja, tomar-fazer-descartar, o que é insustentável e cria enormes quantidades de resíduos que podem ser tóxicos ou ter o potencial de serem reciclados como recursos. Problemas ambientais e conservação de recursos têm sido questões críticas em todo o mundo, portanto, uma economia circular fechada foi introduzida no design e processo industrial, onde o conceito de reciclagem e reutilização é introduzido para converter resíduos em recursos.
P+L até EC
O modelo de economia circular parte da premissa de que os produtos se originam de fatores da natureza, portanto, deverão retornar a ela no final de sua vida útil com o menor impacto ambiental possível. É aí que o gerenciamento de resíduos ganha destaque, desde a coleta, passando pelo transporte até o devido tratamento ou reciclagem dos dejetos.
No caso das indústrias, essa operação envolve uma cadeia ainda mais ampla, já que estamos falando de processos de produção bastante característicos. Por isso, teratenção às boas práticas de reaproveitamento de resíduos industriais é fundamental para atuar de forma ecologicamente correta. A intenção é desenvolver produtos que possam ser reaproveitados e reintegrados ao ambiente, inclusive dentro da própria cadeia produtiva, fazendo a “roda girar”.
Nesse modelo de economia, o termo “circular” refere-se justamente à manutenção dessas matérias-primas no fluxo de produção — na própria indústria que gerou o produto, ou na destinação para outros empreendimentos. 
Quando se trata do conceito de economia circular, os princípios da Química Verde se alinham perfeitamente. A economia circular busca minimizar o desperdício e promover o reaproveitamento de recursos, mantendo os materiais em uso pelo maior tempo possível e reduzindo a necessidade de novas extrações de recursos naturais. Ao aplicar os conceitos de Química Verde no reaproveitamento de resíduos industriais, as empresas podem criar cadeias de valor circulares, onde os subprodutos e resíduos de um processo se tornam matéria-prima ou insumo para outro, promovendo a redução da dependência de recursos virgens e incentivando a reutilização e reciclagem de materiais.
Em suma, os conceitos de Química Verde são essenciais para promover práticas de reaproveitamento de resíduos industriais mais sustentáveis, enquanto a economia circular fornece o contexto estratégico para integrar essas práticas em sistemas produtivos mais eficientes e regenerativos. Juntos, esses conceitos podem desempenhar um papel crucial na transição para uma indústria mais sustentável e circular.
REAPROVEITAMENTO DE RESÍDUOS
Dentro do âmbito dos resíduos industriais, uma ampla gama de estratégias e processos está disponível, adaptados de acordo com a natureza específica do resíduo e o produto desejado como resultado. Entre as principais alternativas de reaproveitamento estão a reciclagem, a reutilização, a valoração economica, a compostagem, cada uma adequada para diferentes tipos de resíduos e necessidades industriais. 
A reciclagem é definida como o processo de reaproveitamento dos resíduos sólidos, em que os seus componentes são separados, transformados e recuperados, envolvendo economia de matérias-primas e energia, combate ao desperdício, redução da poluição ambiental e valorização dos resíduos, com mudança de concepção em relação aos mesmos 
Já a reutilização ou reuso consiste no aproveitamento do material nas condições em que é descartado, submetendo-o a pouco ou nenhum tratamento, ou seja, não há nenhuma transformação. Dependendo do material é realizada apenas a operação de limpeza e colocação de etiquetas, como é o caso de caixas, tambores e garrafas de vidro.
Existe ainda o termo recuperado, quando o material foi reprocessado a fim de obter-se um produto novamente útil, ou passou por um tratamento para que fosse possível a sua regeneração.
Todas essas estratégias requerem a segregação dos materiais na fonte geradora e a definição de pontos de coleta e estocagem. Em um processo produtivo é grande a variedade de resíduos passíveis de reutilização, recuperação e reciclagem.
ocorre por três razões básicas: razões altruísticas, imperativos econômicos e considerações legais. No primeiro caso, proteger o ambiente e conservar os recursos naturais tornou-se de interesse geral de todos. Segundo, os custos para a disposição adequada de resíduos, que eram evitados, aumentou para um nível que, quando combinados com outros associados a reciclagem, agora mostram fazer sentido reciclar muitos materiais. Finalmente, em reposta a demanda pública e a crescente falta de alternativas de disposição final de resíduos, o governo está requerendo a reciclagem e prevendo uma ampla variedade de sanções e incentivos econômicos a fim de incentivar a reciclagem.
Apesar das vantagens oferecidas pelas alternativas de reaproveitamento de resíduos, o mercado que as envolve ainda não é devidamente valorizado. Isso se deve, em grande parte, ao contraste entre os altos custos das tecnologias necessárias para o tratamento e reaproveitamento dos resíduos e o baixo custo de extração de matérias-primas virgens. 
Uma alternativa econômica compensatória a estes processos é setor que vem recebendo bastante atenção nos últimos anos é o de mercado de crédito de carbono. O mercado de crédito de carbono representa uma oportunidade valiosa para as indústrias que buscam mitigar seu impacto ambiental, especialmente no que diz respeito aos resíduos sólidos industriais. Ao adotar práticas de redução de emissões de gases de efeito estufa provenientes desses resíduos, as empresas podem gerar créditos de carbono que podem ser vendidos no mercado. Esses créditos não apenas proporcionam uma fonte adicional de receita para as indústrias, mas também incentivam investimentos em tecnologias mais limpas e eficientes. Além disso, participar do mercado de crédito de carbono pode melhorar a imagem corporativa das empresas, demonstrando seu compromisso com a sustentabilidade e responsabilidade ambiental, o que pode atrair consumidores e investidores conscientes.
CONCLUSÃO
Valoração
 Investir na reciclagem e reutilização dos resíduos industriais vai além do mero cumprimento da legislação vigente; traz benefícios significativos para as empresas e para o meio ambiente. Ao adotar essas práticas, as empresas podem reduzir os custos da produção industrial, gerar receitas adicionais, economizar recursos sustentáveis e preservar o meio ambiente. Além disso, o engajamento em ações sustentáveis na rotina industrial não apenas fortalece a imagem das empresas como responsáveis e sustentáveis, mas também intensifica o compromisso com a preservação ambiental. É importante ressaltar que o investimento em sustentabilidade pode proporcionar retornos substanciais, podendo alcançar até 220%, conforme dados da Associação Internacional de Seguridade Social (ISSA).

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