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Relatório ESEC Seridó

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMIÁRIDO – UFERSA
ECOLOGIA DE REGIÕES SEMIÁRIDAS – ECOLOGIA
ISADORA BENEVIDES DE CASTRO
RELATÓRIO - ESEC SERIDÓ
· Identificação e catalogação de características adaptativas de Espécies vegetais endêmicas da caatinga localizadas na Estação Ecológica do Seridó em Serra Negra do Norte – RN.
INTRODUÇÃO
Em 1982 a Secretária Especial do Meio Ambiente – SEMA, que na época era responsável pela política ambiental do país, realizou a compra de parte da Fazenda Solidão, localizada no município de Serra Negra do Norte, que pertencia ao ex-senador Dinarte Mariz, a partir dessa aquisição originou-se a Estação Ecológica do Seridó em uma área de 1.166,38 ha. A Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN foi a responsável pela administração da estação ecológica nos primeiros anos de criação, onde, em parceria com a SEMA, tinham o objetivo de destinar a área para pesquisas básicas e aplicadas, tanto de ecologia quanto de educação ambiental. Em 1986 a SEMA passou a ser a administradora da ESEC, que além de pesquisas, implementaram atividades agroecológicas e educativas. Em função das pesquisas realizadas na estação, muitos pesquisadores e servidores viram à necessidade de criar um espaço destinado as amostras coletadas, animais mortos nas estradas e materiais apreendidos pela fiscalização. Esse espaço foi chamado de Museu de História Natural do Seridó. Após a criação do IBAMA em 1990 a ESEC já estava efetivamente implantada e em 1994 ela foi inserida no Programa Nacional de Meio Ambiente – PNMA devido à necessidade de minimizar as dificuldades na manutenção da unidade de conservação.
O bioma caatinga, presente na ESEC, é rico em biodiversidade e tem um imenso potencial para a conservação de serviços ambientais e de uso sustentável. Apesar de toda a sua importância, esse bioma tem sido desmatado de forma acelerada para utilização intensiva de lenha explorada de forma ilegal para uso doméstico ou industrial. Segundo o Ministério do Meio Ambiente - MMA o avanço desse desmatamento chega a 46% da área total do bioma. Como tentativa de diminuir esse avanço acelerado, o governo tenta concretizar a criação de mais unidades de conservação federais e estaduais na caatinga, como também tenta impulsionar alternativas para o uso sustentável da sua biodiversidade. A caatinga é típica de regiões com baixo índice de chuvas e está presente nas regiões semiáridas nordestinas, no norte de Minas Gerais e sul dos estados do Maranhão e Piauí.
No nordeste Brasileiro temos uma ampla faixa de floresta seca, que inclui áreas biogeográficas da caatinga, essa grande faixa apresenta uma alta variedade de formações vegetacionais.
Deve-se ressaltar que a grande parte do conhecimento sobre o bioma caatinga, sua biodiversidade, espécies ameaçadas, áreas prioritárias para conservação e alternativas de manejo sustentável teve um aumento considerável devido a uma série de prognósticos produzidos pelo MMA e parcerias. Mesmo com esses avanços, devemos reconhecer a carência desse bioma em ações prioritárias de conservação e uso sustentável, que precisam de medidas como a transformação da caatinga em patrimônio nacional, a criação da Comissão Nacional da Caatinga e o aumento da destinação de recursos financeiros para esse bioma.
Este trabalho tem como objetivo a identificação e catalogação, por meio de fotografias, das características adaptativas de algumas espécies vegetais típicas da região semiárida.
METODOLOGIA 
No decorrer da Trilha da Caveira, com extensão de 400 metros, foram fotografadas 18 espécies vegetais a fim de elaborar um álbum para catalogação dessas espécies. As plantas identificadas na trilha estão marcadas com “nós”, permitindo acesso à chave ecológica fornecida pela ESEC, dados em um cordão de nylon envolto na espécie. Os cordões de nylon foram ordenados de forma a seguir uma sequência de combinações de nós, que criptografam as espécies registradas na chave ecológica (Ex.: cordão com um nó mais um cordão sem nó, chave ecológica: 1.0).
A catalogação dessas espécies foi feita a partir das fotografias e informações das espécies, tais como o nome popular, o nome científico, o gênero e a família, as suas adaptações ao ambiente e a sua utilização popular, obtidas através de informações contidas na chave ecológica e por meio de consulta bibliográfica.
RESULTADOS
0.0 – Ziziphus joazeiro, é da família Rhamnaceae e conhecido popularmente por Juazeiro ou Juá. Uma árvore de porte médio típica da caatinga que tem seus ramos protegidos por espinhos. Devido ao seu sistema radicular profundo o Juazeiro é capaz de coletar a baixa umidade presente no subsolo, conservando-se sempre verde e frutificado por várias vezes ao ano. Essa espécie é muito utilizada por diversas propriedades medicinais. Destacam-se em seus componentes químicos a Vitamina C e a cafeína. Na indústria farmacêutica, o extrato do Juá é destinado para produtos de cosméticos como xampus e cremes, como também para creme dental.
Figura 1 - Ziziphus joazeiro (0.0)
1.0 – Commiphora leptophloeos da família Burseraceae a Imburana, como é conhecida, é nativa de florestas secas. Contém ramos tortuosos e cobertos por espinhos. O fruto é coberto de uma polpa agridoce e comestível quando maduro, contém uma única semente rígida e rugosa, nega no interior e branca na sua base. A madeira da Imburama é empregada na criação de esculturas e utensílios caseiros. O óleo extraído da casca é utilizado de forma medicinal como cicatrizante.
Figura 2 - Commiphora leptophloeos (1.0)
1.1 – Ruellia aspérula, a Melosa, da família Acanthaceae. É uma planta viscosa endêmica no Brasil, é cultivada como planta ornamental em diversas regiões quentes do mundo. Os frutos liberam as sementes por meio de um lançador semelhante a uma catapulta que lança sementes, em forma de disco. É uma importante para as abelhas, pois fornece néctar e pólen. Situada em solos baixos e argilosos, onde há uma melhor disponibilidade de água. No interior do Nordeste suas folhas, flores e raízes são maceradas e usadas no tratamento de asmas, bronquites, febres, gripes e inflamações no útero.
Figura 3 - Ruellia aspérula (1.1)
2.0 – Conhecida popularmente como Catingueira, a Poincianella pyramidalis é uma angiosperma da família das Fabaceae, uma árvore nativa do bioma e caatinga com ampla dispersão de sementes. Seu fruto é pequenas vagens marrons que amadurecem no período de estiagem. Suas flores são amarelas e aromáticas, sua madeira é utilizada para estacas, lenha e carvão. Há quem utilize as flores, folhas e a casca da Catingueira para o tratamento de infecções catarrais e diarreias, já a raspa da entrecasca é utilizada para a lavagem dos olhos nos casos de inflamações. Devido ao crescimento acelerado da Catingueira, o seu plantio seria uma alternativa para a recuperação de áreas degradadas pelo desmatamento.
Figura 4 - Poincianella pyramidalis (2.0)
2.1 – Piptadenia stipulacea pertence à família Fabaceae e à subfamília Mimosoideae, sendo uma espécie arbórea de pequeno porte, nativa da Caatinga, amplamente distribuída na região Nordeste do Brasil; é de grande interesse comercial, econômico e ambiental para a região pelas suas características de uso múltiplo (MAIA, 2004). A espécie é conhecida popularmente por Jurema Branca (FABRICANTE; ANDRADE, 2007) e carcará (FLORENTINO; ARAÚJO; ALBUQUERQUE, 2007), sendo utilizada em marcenaria, construção civil, produção de estacas, lenha, carvão e medicina caseira, em tratamentos de queimaduras e problemas de pele. A espécie possui potencial antimicrobiano, analgésico, regenerador de células, antitérmico e adstringente peitoral (MAIA, 2004). Na restauração florestal e nos sistemas agroflorestais, tem papel importante na recuperação de solos, uma vez que é capaz de fixar nitrogênio, por meio de simbiose com certas bactérias. É indicada para recomposição florestal mista de áreas degradadas, bem como para fornecer pólen e néctar para as abelhas, e servir de forragem para caprinos (MAIA, 2004). Muitas sementes de espécies pertencentes à família Fabaceae possuemdormência e não germinam em condições consideradas adequadas, o que constitui um dos principais problemas para a utilização dessas espécies em projetos florestais (OLIVEIRA; DAVIDE; CARVALHO, 2003), sendo este um dos fatores que dificultam a propagação da Jurema Branca.
Figura 5 - Piptadenia stipulacea (2.1)
2.2 – A Mimosa hostilis, conhecida como Jurema Preta pertencente à família das Fabaceae, é típica da Caatinga e ocorre praticamente em todo o território nordestino brasileiro. Muito bem adaptada para o clima seco ela possui folhas pequenas e alternas, possui espinhos e apresenta alta resistência às secas, com capacidade para rebrota anual. *As formas de utilizações para esta planta são semelhantes às propriedades da Jurema Branca.
Figura 6 – Mimosa hostiliS (2.2)
3.0 – Melocactus Zehntneri, conhecido como Coroa-de-Frade, pertencente à família Cactaceae. É um cacto de forma cilíndrica com curtos e numerosos espinhos marrons. Conforme o seu crescimento é desenvolvida uma coroa no topo, chamada de cephalium. Essa coroa serve de fonte de alimento para pássaros e alguns mamíferos. O fruto é utilizado na fabricação de doces, bolos e cocadas, funcionando como uma nova fonte de renda para as comunidades carentes e também como atrativo para a gastronomia exótica. Já na medicina seu uso é destinado para doenças do coração e no tratamento de amebas. Devido ao sistema radicular fraco, essa espécie ao ser replantada pode demorar um longo tempo para se restabelecer. 
Figura 7 - Melocactus Zehntneri (3.0)
3.1 – A Libidibia ferrea var. férrea, conhecida popularmente como Jucá, é da família Fabaceae. É uma árvore nativa da Caatinga, também conhecida como pau-ferro, tem vários usos como a restauração de áreas florestais degradadas, recuperação de solo e na medicina (Maia, 2004). Na medicina tradicional, utiliza-se o Jucá como anti-inflamatórios, anticoagulante, anti-histamínico além de conter propriedades cicatrizantes (Bacchi et al, 1995;. Carvalho et al, 1996. ; Nakamura et al, 2002;. Gonzalez, 2005;. Sampaio et al, 2009;. Cavalheiro et al, 2009;. Oliveira et al, 2010). 	
Figura 8 - Libidibia ferrea var (3.1)
3.2 – A Anadenanthera colubrina, da família Mimosaceae, conhecida como Angico é nativa da caatinga e mata semidecídua. É uma espécie indicada para a arborização de pastos. Não é utilizada para alimentação animal, pois suas folhas são tóxicas. Na medicina é utilizado como antidiarreico e também nas afecções pulmonares e das vias respiratórias. A casca, de sabor amargo, apresenta propriedade adstringente, depurativa, hemostática, além de ser útil nas doenças sexuais, com ação sobre as fibras do útero (Lopes, 1986; Rodrigues, 1996). É uma espécie recomendada para a recuperação de áreas esgotadas e erodidas, bem drenadas, e para a reposição da mata ciliar em terrenos com inundação (Durigan & Nogueira, 1990).
Figura 9 - Anadenanthera colubrina (3.2)
3.3 – A Croton sonderianus, da família Euphorbiaceas é conhecido popularmente como Marmeleiro, apresenta baixa importância econômica, é recomendado a sua erradicação em áreas de produção agropecuária. Entretanto, é uma das principais fontes de néctar da caatinga para a produção de mel em apiários comerciais. É uma ótima fonte alimentar para insetos. O seu fruto apresenta cápsulas de deiscência explosiva, com sementes oleaginosas. Na medicina é conhecida pelas suas propriedades antimicrobianas e tem função gastroprotetora.
Figura 10 - Croton sonderianus (3.3)
4.0 – Da família Capparaceae, o feijão-bravo (Capparis flexuosa L.) é uma espécie forrageira de porte arbustivo-arbóreo com folhas perenes e que se desenvolve em muitas áreas da região semiárida brasileira, apresentando produção biológica, de modo relativamente dissonante com o ciclo das chuvas. No período da seca, o feijão-bravo é bastante apreciado pelos animais que ramoneiam a caatinga, pois normalmente não há disponibilidade de outra forragem verde para alimentação (Silva et al., 2001).
Figura 11 - Capparis flexuosa L. (4.0)
4.1 – Pilosocereus gounellei, da família Cactaceae, conhecido popularmente como Xique-xique. É um cacto endêmico do semiárido brasileiro e tem o caule suculento e macio, adaptação para a reserva de água durante a escassez, protegido por espinhos. Os frutos são arredondados e com sabor adocicado, serve de alimento para pássaros e outros animais da caatinga, inclusive o homem.
Figura 12 - Pilosocereus gounellei (4.1)
4.2 – Combretum leprosum, da família Bromeliaceae, conhecida como Mufumbo, é um arbusto comum no nordeste do Brasil. O mufumbo é uma planta extremamente importante como forrageira, medicinal, apícola e para a recuperação de áreas degradadas (principalmente de matas ciliares) (MAIA, 2004). Esta planta tem sido apontada pelo Projeto Plantas para o Futuro como espécie prioritária para pesquisa, pois tem importante uso na medicina popular e apicultura (PAREYN, 2010). Em ambientes antropizados, o mufumbo tem apresentado altos índices populacionais (MOREIRA et al., 2007, SANTOS et al., 2008), aumentando cada vez mais sua disposição de regenerar a cobertura vegetal de áreas degradadas.
Figura 13 - Combretum leprosum (4.2)
4.3 – A Faveleira (Cnidoscolus phyllacanthus (Muell. Arg.) Pax et K. Hoffman), pertencente à família das Euforbiáceas, é uma árvore tipicamente xerófila, podendo atingir até 4,0 m de altura, irregularmente esgalhada, lactescente; floresce durante um longo período do ano; suas folhas são longas, grossas, lanceoladas, recortadas, com pequenos acúleos no limbo (DRUMOND et al., 2007), dotada ou não de espinhos urticantes (CAVALCANTI et al., 2011). É considerada como forrageira e os animais, principalmente durante a seca, consomem as folhas que estão ao seu alcance ou as folhas secas caídas (OLIVEIRA et al., 2008). De acordo com Arriel et al. (2006), a Faveleira é uma das forrageiras de fundamental importância na região do semiárido por apresentar alta resistência às adversidades do ambiente e constituir importante fonte alimentar para a fauna. Além disso, também pode ser empregada para recuperação de áreas degradadas, alimentação animal e humana, medicina, serraria e energia, dentre outros usos (ARRIEL et al., 2006).
Figura 14 - Cnidoscolus quercifolius (4.3)
4.4 – A Bauhinia cheilanth, popularmente conhecida como Mororó, pertence à família Fabaceae (Souza & Lorenzi, 2005). Seu fruto é do tipo legume, é uma espécie forrageira arbustiva que desempenha um importante papel na manutenção dos rebanhos em época de seca, devido ao seu alto teor protéico. Na medicina é utilizado, em forma de chá, como tentativa da diminuição dos teores de glicose no sangue.
Figura 15 - Bauhinia cheilantha (4.4)
5.0 – Cereus jamacaru, da família Cactaceae, popularmente conhecido como mandacaru, é um cacto característico da região semiárida do Brasil. Essa espécie tem capacidade para armazenar cerca de 15% de água. Muito utilizada na alimentação de gado. As raízes, além de serem diuréticas, são utilizadas nas doenças respiratórias e renais. (Agra et al., 2007 e Agra et al., 2008).
Figura 16 - Cereus jamacaru (5.0)
5.1 – Aspidosperma Pyrifolium, da família Apocynaceae, conhecida popularmente como Pereiro, é uma espécie de planta natural da região do Semiárido do Nordeste do Brasil e é frequentemente utilizada pela medicina popular no tratamento de doenças e enfermidades. Essas propriedades terapêuticas são provenientes de compostos orgânicos, bem como os flavonóides presentes na casca do Pereiro (Renata et al,. 2011) que de acordo com Ricardo (2011, p.50) agem no combate de inflamações do trato urinário.
Figura 17 - Aspidosperma pyrifolium - (5.1)
5.2 – Encholirium spectabilis, da família das Bromeliaceae, é conhecida popularmente por Macambira, situada nas regiões mais quentes e secas das caatingas brasileiras. Sua raiz é bastante ramificada, as folhas são fibrosas e reservam água. É uma bromélia destacada pela sua adaptação em áreas de solo raso e sobreviver a estiagens prolongadas.
Figura 18 – Encholirium spectabilis (5.2)
REFERÊNCIAS
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