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Aula 2 - Endosso - Direito Empresarial II

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Direito Empresarial II – Títulos de Crédito
Bruno Costa
bfabricio_costa@yahoo.com.br
ENDOSSO: 
É instituto tipicamente cambial, por meio do qual ocorre a
transferência do título de crédito (direito nele mencionado)
do endossante (credor) ao endossatário (terceiro). Trata-se de
ato cambiário formal, decorrente da declaração unilateral de
vontade do credor manifestada no próprio título.
Efeitos do Endosso: 
A) transfere todos os direitos emergentes do título, do
endossante para o endossatário (titularidade do crédito).
B) o endossante assume a responsabilidade solidária pelo
pagamento do título na qualidade de co-devedor.
A transferência não é só do crédito, mas também da garantia.
Atenção ao art. 914 – CC 
“Ressalvada cláusula expressa em contrário,
constante do endosso, não responde o
endossante pelo cumprimento da prestação
constante do título.”
Tal estitpulação não tem o condão de revogar
a lei especial sobre o assunto. O endossante é
devedor indireto, solidário e de regresso.
O endosso deve ser feito no verso do título,
bastando, para tanto, a assinatura do
endossante.
Caso o endosso seja feito no anverso da cártula,
deve conter, além da assinatura do endossante,
menção expressa de que se trata de endosso.
 Cláusula “sem garantia” – Transmissão do título
sem garantir o cumprimento da obrigação – Art. 15
da LUG.
 Proibição de novo endosso – O endossante
continua garantindo o título até então. Caso
ocorram novos endossos, ele não garantirá o
pagamento aos outros endossatários – Art. 15 da
LUG.
O endosso parcial é nulo – Art. 12 da LUG.
Modalidades:
• Endosso em Branco: é aquele dado sem a identificação do
beneficiário (endossatário).
Nesse caso, mesmo vedado por lei o pagamento sem
identificação, pode o título circular livremente em branco, desde
que, no instante de seu pagamento, seja preenchido.
• Endosso em Preto: identifica expressamente a quem está
sendo transferida a titularidade do crédito.
Espécies de Endosso:
*Próprio: tenha como função a efetiva transferência dos direitos
emergentes do título de crédito.
Poderá ser em branco ou em preto.
*Impróprio: o endossante transfere tão somente o exercício
dos direitos inerentes ao título, sem que se opere a
transferência dos direitos inerentes ao título.
Essa espécie de endosso apenas legitima a posse do
detentor do título.
Tipos de endosso impróprio:
1- Endosso-Mandato: O endossante constitui o
endossatário como seu procurador, que passa a ter poderes
para a prática de todos os atos necessários para o efetivo
recebimento da quantia descrita no título. Poderá cobrar,
protestar e executar.
Expressão que poderá ser escrita no título: “para cobrança”,
“valor a cobrar” ou “por procuração”.
2- Endosso Caução/Pignoratício/Garantia: Espécie
por meio do qual o endossante transfere ao
endossatário o título apenas como forma de
garantir outra obrigação contraída perante o
endossatário.
Com o pagamento da dívida o título deverá ser
resgatado.
*ENDOSSO TARDIO OU PÓSTUMO
O endosso pode ser dado após o vencimento do título, caso em que produzirá seus
efeitos de transferência do crédito e de responsabilização do endossante
normalmente.
Contudo, caso o endosso seja posterior ao protesto por falta de pagamento, ou
após o prazo expirado para o protesto, produz-se apenas os efeitos de uma
cessão ordinária de crédito.
O endosso feito sem data presume-se feito antes de expirado o prazo de protesto.
Nesses termos o art. 20 da LUG, dispõe:
Art. 20. O endosso posterior ao vencimento tem os mesmos efeitos que o endosso anterior.
Todavia, o endosso posterior ao protesto por falta de pagamento, ou feito depois de
expirado o prazo fixado para se fazer o protesto, produz apenas os efeitos de uma cessão
ordinária de créditos.
Salvo prova em contrário, presume-se que um endosso sem data foi feito antes de
expirado o prazo fixado para se fazer o protesto.
ENDOSSO CESSÃO CIVIL
*Regime Jurídico Civil 
*Negócio bilateral.
*Cessão ocorre por contrato
O cedente somente
responde pela existência do crédito. 
Art. 294 CC – O devedor pode argüir 
matérias atinentes à sua relação com o 
cessionário.
* Regime Jurídico Cambial
*Ato unilateral 
*Endosso se faz no verso 
do título.
O endossante responde 
pela existência de crédito 
e solvência do devedor
Aplicação do princípio da 
autonomia e da 
inoponibilidade dos 
terceiros de boa fé 
Vencimento:
Vencimento é a data a partir da qual o direito consubstanciado no
título passa a ser exigível dos seus obrigados. O vencimento, assim,
define o momento final de circulação da obrigação cambial, bem
como o momento a partir do qual passa a ser exigível a prestação.
Portanto, vencido o título de crédito e apresentado ao obrigado,
deve ser ele pago.
O título que tiver vencimentos diferentes será nulo.
O título pode ser emitido:
 Em dia fixo: seu vencimento ocorre na data determinada.
Se não consta o vencimento presume ser à vista.
O vencimento ocorrerá de acordo com o calendário do lugar do
pagamento quando ele for diverso do calendário do lugar da emissão
- Art. 37 da LUG
Utilizamos o calendário gregoriano no Brasil.
 À vista: o vencimento ocorre mediante a apresentação do título ao
obrigado para pagamento;
 A um certo termo de vista: o vencimento ocorre a partir da
apresentação do título ao sacado, para aceite. “x dias (meses) de
vista” – Se o aceite não tiver datado, o título poderá ser protestado
para essa finalidade. O possuidor do título poderá datar o aceite.
 A um certo termo de data: o vencimento ocorre dentro de um
prazo contado a partir da data de emissão do título. “30 dias de
data” - “2 meses de data” – Se não houver a data correspondente,
o pagamento deve ser feito no último dia do mês de pagamento.
Juros moratórios – Art. 406 CC - §1º do art. 161, CTN 1% ao mês.
Calculados sobre o valor do título para compensar o atraso do
pagamento.
Diferença entre juros moratórios e juros compensatórios ou
remuneratórios.
Pagamento:
 Extintivo: Pagamento feito pelo obrigado (devedor) principal. Com
esse pagamento o título não poderá mais circular. Tal pagamento desonera
de responsabilidade os demais coobrigados do título.
 Recuperatório: Pagamento feito por qualquer obrigado de regresso
(endossantes, avalistas). Quem paga recupera o direito emergente,
podendo agir contra os obrigados anteriores.
 Por intervenção: Feito por terceiro para honrar o nome de alguém já
obrigado no título.
*O credor não pode recusar o pagamento no vencimento do título, ainda
que parcial.
AVAL
Conceito: Declaração cambiária autônoma pela qual o
signatário se obriga incondicionalmente a adimplir totalmente a
obrigação cambial.
Somente não haverá obrigação em caso de vício formal do título
– Ausência dos requisitos, falsidade de documento, etc...
Expressões: Avalista e Avalizado. Também pode ser em branco
ou em preto.
Se o avalista não indicar o avalizado, ele será equiparado ao
devedor principal.
No anverso do título basta a simples assinatura para
caracterização do aval.
O aval dado no verso deve ser indicado.
Expressões: Ex: “por aval”, “por aval de João” “em garantia de
José”
Se o aval não for datado presume-se ter sido dado antes do
vencimento.
Momento em que o aval pode ser passado: pode o aval ser
dado mesmo antes da constituição do título formal da
obrigação pelo avalizado, ou seja, antes do aceite.
AVAL ANTECIPADO.
Existem duas correntes doutrinárias:
 1ª Corrente: Se não existe a assinatura do avalizado do
avalista (pessoa indicada como aceitante – sacado), não existirá
obrigação.
Art. 32 - LUG
 2ª Corrente: A obrigação existirá em virtude da aplicação
do princípio da autonomia das relações cambiais.
AVAL PÓSTUMO: 
O aval dado em data posterior ao vencimento terá os mesmos efeitos se
tivesse sido anteriormente dado.
Avais Simultâneos e Sucessivos:
• SIMULTÂNEOS: avais dados em conjunto por 2 ou mais pessoas ao
mesmo avalizado. O portador do título poderá procurar qualquer dos co-
avalistas que assumiram a responsabilidade simultaneamentepelo
pagamento da dívida. – Súmula 189 STF
Solidariedade comum entre os avalistas – se um pagar, poderá exigir a cota
parte do outro (direito de regresso).
• SUCESSIVOS: ocorre quando um avalista se equipara expressamente a
outro avalista no mesmo título. (aval de aval).
ATENÇÃO: 
*O aval parcial é permitido pelo art. 30 da LUG e
vedado pelo art. 897 do Código Civil.
Art. 30. O pagamento de uma letra pode ser no todo ou em parte
garantido por aval.
Aval cancelado (riscado) considera-se não escrito,
assim como o endosso.
Se o avalista paga o título, fica sub-rogado nos
direitos emergentes da cambial.
AVAL x FIANÇA
AVAL
• Instituto típico de direito 
cambiário.
• Está sempre vinculado a um título 
de crédito.
• O avalista não pode opor exceções 
que aproveitam ao avalizado.
• É dado no próprio título – Não 
existe aval em contrato.
• Não existe benefício de ordem.
Fiança
• É contrato acessório a um
contrato principal. Assim, se for
nulo o contrato principal, nula
será também a fiança.
• O fiador pode opor ao credor as
exceções que lhe forem pessoais
e as extintivas da obrigação que
competem ao devedor principal.
• É dada em contrato acessório.
• Pode ser invocado o benefício de
ordem – Art. 827 - CC
Declarações cambiais:
Manifestação de vontade do signatário no sentido de criar,
completar, garantir ou transferir o título de crédito.
Declaração Necessária (originária): emissão ou saque –
Termos que identificam a criação do título.
*Saque - ato de criação do título de crédito, que se dá com a sua
assinatura pelo emitente.
Declarações eventuais ou sucessivas: Aceite, endosso, aval.
Emissão de títulos de crédito por analfabetos:
Analfabeto somente poderá emitir título de crédito desde
que esteja representado por pessoa com poderes
especiais, com procuração por instrumento público, tendo
em vista que em regra a assinatura deve ser de próprio
punho (Dec. Nº 2.044/1908).
Não poderá se realizada a impressão digital no título.
TEORIAS SOBRE A CONSTITUIÇÃO DA OBRIGAÇÃO 
CAMBIAL:
A partir de quando se constitui a obrigação cambial:
• Teoria da Criação: A obrigação cambial nasce a
partir da confecção material do título. Com sua
formação ele adquire valor próprio e torna-se fonte
de um direito de crédito.
Art. 896 e Art. 905 – Parágrafo Único do CC.
• Teoria da Emissão: a obrigação somente nasce
com a entrega voluntária do título ao beneficiário.

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