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_TCC_para_a_FOBIA_SOCIAL_e_TREINO

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01/05/2017
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TCC para a FOBIA SOCIAL e 
TREINO DE HABILIDADES 
SOCIAIS
ESPECIALIZAÇÃO EM TCC
Módulo 7 – Cuiabá
Profª. Ma. Renata Gomes Netto
01/05/2017
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Leahy, 2011
A essência do TAS é o medo de ser avaliado
negativamente pelos outros. Esse medo é o que
torna quase todo encontro social repleto de
ansiedade: falar em público, pedir informações em
geral, sair para jantar, se aproximar de pessoas do
sexo oposto, fazer pedidos, usar banheiros ou
vestiários públicos, falar em sala de aula, fazer
ligações telefônicas, ser apresentado a pessoas
novas, submeter-se a uma entrevista de emprego,
reuniões, apresentações e festas.
O medo é de como os outros vão avaliá-lo.
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FOBIA SOCIAL
Psicopatologia do Transtorno de
Ansiedade Social
Modelos Explicativos do Transtorno de
Ansiedade Social
Estratégias e técnicas cognitivas e
comportamentais no Transtorno de
Ansiedade Social
TRANSTORNO DE 
ANSIEDADE SOCIAL
Psicopatologia do Transtorno 
de Ansiedade Social
Modelos Explicativos do 
Transtorno de Ansiedade 
Social
Estratégias e técnicas 
cognitivas e 
comportamentais no 
Transtorno de Ansiedade 
Social
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Transtornos de 
Ansiedade
 Incluem transtornos que compartilham
características de medo e ansiedade excessivos
e perturbações comportamentais relacionadas.
Medo
- Resposta emocional a
ameaça iminente real ou
percebida.
- Associado a períodos de
excitabilidade autonômica
aumentada, necessária para
luta ou fuga.
Ansiedade
- Antecipação de ameaça
futura.
- Associada a tensão muscular
e vigilância em preparação
para perigo futuro e
comportamentos de cautela
ou esquiva. APA, 2014
“O medo sempre está disposto a 
ver as coisas piores do que são.” 
Tito Lívio
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Transtornos de 
Ansiedade
Medo
- Estado neurofisiológico
automático primitivo de
alarme envolvendo a
avaliação cognitiva de
ameaça ou perigo iminente à
segurança e integridade de
um indivíduo.
Ansiedade
- Sistema de resposta cognitiva,
afetiva, fisiológica e
comportamental complexo
(isto é, modo de ameaça) que
é avaliado quando eventos ou
circunstâncias antecipadas
são consideradas altamente
aversivas porque são
percebidas como eventos
imprevisíveis, incontroláveis
que poderiam potencialmente
ameaçar os interesses vitais
de um indivíduo.
Clark e Beck, 2012
 É consenso entre os estudiosos do comportamento
humano que ansiedade e medo têm função adaptativa
e desempenham um importante papel na evolução e na
preservação da espécie. Mas, tanto um como outro,
quando muito intensos e desproporcionais aos
estímulos que evocam, deixam de ter essa função
adaptativa no sentido filogenético e passam a
comprometer o desempenho comportamental do
indivíduo nas áreas de interação social, trabalho,
estudo, relacionamento familiar e saúde, entre outros.
Otero et al., 2012
Transtornos de 
Ansiedade
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Critérios para diferenciar estados anormais de medo e ansiedade:
 O medo ou ansiedade é baseado em uma suposição falsa ou raciocínio
falho sobre o potencial para ameaça ou perigo em situações
relevantes? (Cognição disfuncional)
 O medo ou ansiedade realmente interfere na capacidade do indivíduo
de enfrentar circunstâncias aversivas ou difíceis? (Funcionamento
prejudicado)
 A ansiedade está presente durante um período de tempo prolongado?
(Manutenção)
 O indivíduo vivencia alarmes falsos de ataques de pânico? (Alarmes
Falsos)
 O medo ou ansiedade é ativado por uma variedade razoavelmente
ampla de situações envolvendo perigo potencial relativamente leve?
(Hipersensibilidade a estímulos)
Transtornos de 
Ansiedade
Clark e Beck, 2012
SINTOMAS 
FISIOLÓGICOS
SINTOMAS COGNITIVOS SINTOMAS 
COMPORTAMENTAIS
SINTOMAS 
AFETIVOS
1- Aumento da frequência 
cardíaca, palpitações;
2- Falta de ar, respiração 
rápida, boca seca;
3- Dor ou pressão no 
peito;
4- Sensação de sufocação;
5- Tontura, sensação de 
“cabeça vazia”;
6- Sudorese, ondas de 
calor, calafrios;
7- Náusea, dor de 
estômago, diarreia;
8- Tremor, agitação; 
rigidez;
9- Formigamento ou 
dormência nos braços, nas 
pernas; Tensão muscular;
10- Fraqueza, sem 
equilíbrio, desmaio.
1- Medo de perder o controle, 
de ser incapaz de enfrentar;
2- Medo de ferimento físico 
ou morte;
3- Medo de “ficar louco”;
4- Medo da avaliação 
negativa pelos outros;
5- Pensamentos, imagens ou 
recordações aterrorizantes;
6- Percepções de irrealidade 
ou afastamento;
7- Concentração deficiente, 
confusão, distração;
8- Estreitamento da atenção, 
hipervigilância para ameaça;
9- Memória deficiente;
10- Dificuldade de raciocínio, 
perda de objetividade.
1- Evitação de sinais ou 
situações de ameaça;
2- Esquiva, fuga;
3- Busca de segurança, 
reasseguramento;
4- Inquietação, 
agitação, movimentos 
rítmicos;
5- Hiperventilação;
6- Congelamento, 
imobilidade;
7- Dificuldade para 
falar.
1- Nervoso, tenso, 
excitado;
2- Assustado, 
temeroso, aterrorizado;
3- Irritável, nervoso, 
irrequieto;
4- Impaciente,
frustrado.
Transtornos de 
Ansiedade
Clark e Beck, 2012
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Transtornos de 
Ansiedade – DSM 5
 Transtorno de Ansiedade de Separação
 Mutismo Seletivo
 Fobia Específica
 Transtorno de Pânico
 Transtorno de Ansiedade Generalizada
(TAG)
 Transtorno de Ansiedade Social (TAS) ou
Fobia Social
 Agorafobia
APA, 2014
Transtornos de 
Ansiedade – DSM 5
 Transtorno de Ansiedade de Separação
 Mutismo Seletivo
 Fobia Específica
 Transtorno de Pânico
 Transtorno de Ansiedade Generalizada
(TAG)
 Transtorno de Ansiedade Social (TAS) ou
Fobia Social
 Agorafobia
APA, 2014
Diferem entre si nos tipos de 
objetos ou situações que 
induzem medo, ansiedade ou 
comportamento de esquiva e na 
ideação cognitiva associada. 
São comórbidos entre si, porém, 
podem ser diferenciados em um 
exame detalhado dos tipos de 
situações que são temidas ou 
evitadas e pelo conteúdo dos 
pensamentos ou crenças 
associadas.
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Transtornos de 
Ansiedade – CID 10
Transtornos Neuróticos, Transtornos
Relacionados com o “Stress” e Transtornos
Somatoformes (F40-F48)
 Transtornos Fóbico-ansiosos (F40)
 Agorafobia (F40.0)
 Fobias sociais (F40.1)
 Fobias específicas (F40.2)
 Outros transtornos fóbico-ansiosos (F40.8)
 Transtorno fóbico-ansioso, não especificado
(F40.9) OMS, 2007
Transtornos de 
Ansiedade
Muitos se desenvolvem na infância e
tendem a persistir se não forem tratados.
Maior frequência: mulheres (proporção
2:1).
APA, 2014
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Transtornos de 
Ansiedade
 A ansiedade pode ser uma doença
incapacitante.
Pode levar ao uso de substâncias.
Pode levar à depressão.
Limita as pessoas em diversas áreas da vida: 
incapacidade de trabalhar de modo eficaz.
Doença real e duradoura.
Condição psicológica mais comum pela 
qual passamos.
Leahy, 2011
Transtornos de 
Ansiedade
 A ansiedade pode ser uma doença
incapacitante.
Pode levar ao uso de substâncias.
Pode levar à depressão.
Limita as pessoas em diversas áreas da vida: 
incapacidade de trabalhar de modo eficaz.
Doença real e duradoura.
Condição psicológica mais comum pela 
qual passamos.
Leahy, 2011
Achamos que precisamos prestar atenção ao que 
nossa mente está nos dizendo, de modo que 
possamos evitar catástrofes e aproveitar melhor o 
lado bom da vida. Infelizmente, essa ideia parece ser, 
em grande parte, uma ilusão. Nossasansiedades 
nunca parecem nos conduzir a uma existência melhor 
e mais compensadora. Nunca são o sistema de 
navegação confiável que queremos que seja.
- Tornam nosso comportamento menos adequado;
- Interrompem nosso sono;
- Colocam-nos em conflito com os outros;
- Limitar nossas opções de vida;
- Obscurecem nossas perspectivas;
- Nos fazem sofrer. 
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Transtornos de 
Ansiedade
 Por que a ansiedade está aumentando
sendo que temos melhores condições de vida
na atualidade?
 Não basta conforto 
material e 
segurança.
 Nível de conexão social 
experimentado ao longo 
da vida: nossos laços 
com outras pessoas 
estão menos estáveis e 
previsíveis.
Leahy, 2011
Transtornos de 
Ansiedade
 Por que a ansiedade está aumentando
sendo que temos melhores condições de vida
na atualidade?
 Não basta conforto 
material e 
segurança.
 Nível de conexão social 
experimentado ao longo 
da vida: nossos laços 
com outras pessoas 
estão menos estáveis e 
previsíveis.
Leahy, 2011
Como vivem as pessoas hoje? Como se 
organizam? Com que frequência você 
vê a sua família? E os seus amigos?
Diversos fatores sociais que promovem 
a insegurança e consequentemente a 
ansiedade: a vida não é mais tão 
segura quanto já foi. O apoio da 
“tribo”, de que a evolução nos 
acostumou a ser dependente, não está 
disponível como antes.
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 Phobos, palavra grega que dá origem à
palavra fobia, era fruto da união entre os
deuses Ares e Afrodite. Ele
acompanhava Ares nos campos de
batalha provocando medo e covardia nos
inimigos, o que os fazia fugir. Esse
padrão comportamental descrito pelo
mito é o que caracteriza, basicamente, o
comportamento das pessoas que vivem
experiências de intenso temor e buscam
fugir e/ou esquivar-se das situações que
as atemorizam, sejam essas reais ou
imaginárias.
Otero et al., 2012
Fobia social
 Os transtornos de ansiedade eram todos
classificados numa mesma categoria de acordo com
as descrições nosológicas dos transtornos mentais.
Somente em 1960, o psiquiatra inglês Isaac Marks
propôs que a fobia social deveria ser descrita como
uma categoria diagnóstica distinta.
 Em 1980 o termo é oficialmente incluído como uma
categoria específica na edição do DSM-III (APA,
1980).
Pereira, 2012
Fobia social
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 Os transtornos de ansiedade eram todos
classificados numa mesma categoria de acordo com
as descrições nosológicas dos transtornos mentais.
Somente em 1960, o psiquiatra inglês Isaac Marks
propôs que a fobia social deveria ser descrita como
uma categoria diagnóstica distinta.
 Em 1980 o termo é oficialmente incluído como uma
categoria específica na edição do DSM-III (APA,
1980).
Pereira, 2012
Fobia social
 O DSM-III descrevia a fobia social como medo
circunscrito a situação de desempenho como: falar,
comer ou urinar na frente de outras pessoas,
causando um sofrimento significativo. Nesta
classificação a FS ocasiona uma ansiedade
excessiva em diversos ambientes sociais, como
conversas informais e situações de interação social.
Pereira, 2012
Fobia social
01/05/2017
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 O DSM-IV é apresentado em 1994, destacando a
interferência significativa da fobia social na vida do
sujeito, seja no trabalho, vida social, atividades
acadêmicas e lazer (Barros Neto, 2000); aspectos
estes não expostos no DSM-III-R.
 Nota-se também, que as edições realizadas passam
a acomodar as crianças com diagnóstico de fobia
social, além de utilizar mais o termo Transtorno de
Ansiedade Social (TAS).
Pereira, 2012
Fobia social
 Essa nova terminologia (TAS) enfatiza os prejuízos
relacionados a esse transtorno, destacando o medo
acentuado de uma ou mais situações de interação e
avaliação negativa por outras pessoas, além do
medo de comportar-se de forma embaraçosa.
 O termo transtorno de ansiedade social descreve de
forma mais clara esse distúrbio e engloba situações
em que o sujeito não apresenta o comportamento de
esquiva durante a situação social, mas ao vivenciá-la
provoca um desconforto considerável.
Pereira, 2012
Fobia social
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PSICOPATOLOGIA DO TAS
Modelos Classificatórios 
do TAS
Subtipos do TAS
Aspectos Epidemiológicos 
do TAS
Comorbidades associadas 
ao TAS
 Possuem critérios operacionais para classificar e
diagnosticar as condições mentais.
 Uso funcional: advêm de anos de pesquisas e
experiência clínica acumuladas, são úteis para
uma padronização internacional de diagnósticos
apropriados à comunicação, pesquisa, além de
codificarem atestados, laudos e perícias.
CID-10 e DSM-5
Rosa, 2015
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CID-10 e DSM-5
DIAGNÓSTICO X CLASSIFICAÇÃO
“diagnóstico”
• atividade de discriminação de 
entidades clínicas
• o que se passa com o paciente? 
É preciso entender sua 
singularidade, particularidades e 
circunstâncias.
• O que este paciente tem em 
comum com os demais 
indivíduos incluídos sob a 
mesma rubrica?
“classificação” 
• ordenação das entidades 
clínicas em grupos ou 
categorias, com base em 
suas relações 
compartilhadas ou 
diferenciais
• Serve ao diagnóstico: deve 
ser um instrumento a serviço 
do clínico e, em última 
instância, do paciente.
ABP, 2005
 As classificações diagnósticas devem ser
entendidas como hipóteses de trabalho que
permitem manipular mais facilmente conjuntos
de informações, para diversos fins.
 As classificações privilegiam os aspectos
psicopatológicos mais facilmente verificáveis e
menos inferenciais.
 Nenhuma classificação serve igualmente bem
para todos os propósitos.
CID-10 e DSM-5
ABP, 2005
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 Os fenômenos psiquiátricos não são simples objetos
naturais estáveis. As formas de sofrimento mental se
modificam ao longo do tempo e dependem em larga
medida da matriz cultural utilizada para descrever e
elaborar a experiência (vale lembrar que a
nomenclatura profissional termina por ser assimilada
pela cultura). Este é um dos fatores que explica porque
alguns diagnósticos se tornam tão importantes em
determinados períodos. Não se trata de meros
modismos diagnósticos, mas de processos culturais
dinâmicos que se retroalimentam.
CID-10 e DSM-5
ABP, 2005
 CID-10 e DSM-5, são baseadas em regras e
critérios explícitos estipulativos (de inclusão e de
exclusão), que definem as categorias
diagnósticas. O diagnóstico é fundamentalmente
clínico.
 Os critérios diagnósticos existentes são
convencionais: se baseiam nas evidências
científicas disponíveis. São provisórios e sujeitos
a revisão de acordo com os resultados dos
estudos empíricos.
CID-10 e DSM-5
ABP, 2005
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FOBIAS SOCIAIS (F40.10)
 Medo de ficar exposto à observação atenta de outrem e
que leva a evitar situações sociais. As fobias sociais
graves se acompanham habitualmente de perda da
autoestima e de medo de ser criticado. As fobias sociais
podem se manifestar por rubor, tremor das mãos,
náuseas ou desejo urgente de urinar, sendo que o
paciente por vezes está convencido de que uma ou
outra destas manifestações secundárias constitui seu
problema primário. Os sintomas podem evoluir para um
ataque de pânico.
 Antropofobia
 Neurose Social
CID-10
OMS, 2007
 Medo do escrutínio por outras pessoas em grupos
pequenos, e não de estar junto a muitas pessoas
como em outros transtornos de ansiedade: provoca
no sujeito a esquiva da situação social.
 Associa a fobia social à baixa autoestima e ao medo
de críticas.
 No tocante a sintomatologia ansiosa, essa
classificação especifica o tipo e o número de
sintomas, como por exemplo, a presençade pelo
menos um dos sintomas físicos de ansiedade social
– rubor facial, tremores e náusea.
Pereira, 2012
CID-10
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 A diferença entre a CID-10 e o DSM-5, reflete
nos estudos de prevalência da fobia social, já
que os resultados ao utilizar esses manuais
são bastante controversos e distintos entre
eles. Os critérios utilizados pela CID são mais
restritivos e os do DSM são amplos e possuem
uma maior sensibilidade para a FS, já que
valoriza o prejuízo e as limitações causadas
pelo medo social; além disso, inclui critérios
para crianças.
DSM-5 X CID-10
FOBIAS SOCIAIS
Pereira, 2012
 Outra divergência é em relação ao aspecto
temporal, uma vez que a CID-10 não estipula
um tempo da presença dos sintomas como
visto no item F da tabela do DSM-IV (DSM 5
mantém).
 A CID-10 não considera o medo de falar em
audiências como uma situação de fobia social.
Em contrapartida, o DSM-IV não especifica os
sintomas somáticos ocasionados por este
transtorno.
DSM-5 X CID-10
FOBIAS SOCIAIS
Pereira, 2012
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O DSM-5 requer medo persistente de situações
sociais, medo de humilhação e evitação; já para a
CID-10, é necessária apenas a presença de um
desses critérios. A CID-10 não considera o medo de
falar diante de grandes audiências uma condição
fóbica patológica, especificando que o medo do
escrutínio seja relacionado a pequenos grupos de
indivíduos.
DSM-5 X CID-10
FOBIAS SOCIAIS
Mochcovitck, 2014
A. Medo ou ansiedade acentuados acerca
de uma ou mais situações sociais em que
o indivíduo é exposto a possível avaliação
por outras pessoas. Exemplos incluem
interações sociais (p. ex., manter uma
conversa, encontrar pessoas que não são
familiares), ser observado (p. ex.,
comendo ou bebendo) e situações de
desempenho diante de outros (p. ex.,
proferir palestras).
Nota: Em crianças, a ansiedade deve ocorrer
em contextos que envolvem seus pares, e não
apenas em interações com adultos.
DSM-5
Critérios diagnósticos
APA, 2014
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B. O indivíduo teme agir de forma a demonstrar sintomas de
ansiedade que serão avaliados negativamente (i.e., será
humilhante ou constrangedor; provocará a rejeição ou
ofenderá a outros).
C. As situações sociais quase sempre provocam medo ou
ansiedade.
Nota: Em crianças, o medo ou ansiedade pode ser expresso
chorando, com ataques de raiva, imobilidade,
comportamento de agarrar-se, encolhendo-se ou
fracassando em falar em situações sociais.
DSM-5
Critérios diagnósticos
APA, 2014
D. As situações sociais são evitadas ou suportadas com intenso
medo ou ansiedade.
E. O medo ou ansiedade é desproporcional à ameaça real
apresentada pela situação social e o contexto sociocultural.
F. O medo, ansiedade ou esquiva é persistente, geralmente
durando mais de seis meses.
DSM-5
Critérios diagnósticos
APA, 2014
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D. As situações sociais são evitadas ou suportadas com intenso
medo ou ansiedade.
E. O medo ou ansiedade é desproporcional à ameaça real
apresentada pela situação social e o contexto sociocultural.
F. O medo, ansiedade ou esquiva é persistente, geralmente
durando mais de seis meses.
DSM-5
Critérios diagnósticos
APA, 2014
Pessoas com Fobia Social 
não são apenas um pouco 
nervosas em situações. 
Suas vidas são ditadas 
pela necessidade de evitar 
situações sociais ou 
suportá-las com extrema 
ansiedade.
G. O medo, ansiedade ou esquiva causa sofrimento
clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento
social, profissional ou em outras áreas importantes da vida
do indivíduo.
H. O medo, ansiedade ou esquiva não é consequência dos
efeitos fisiológicos de uma substância (p. ex., droga de
abuso, medicamento) ou de outra condição médica.
DSM-5
Critérios diagnósticos
APA, 2014
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I. O medo, ansiedade ou esquiva não é mais bem explicado
pelos sintomas de outro transtorno mental, como transtorno
de pânico, transtorno dismórfico corporal ou transtorno do
espectro autista.
J. Se outra condição médica (p. ex., doença de Parkinson,
obesidade, desfiguração por queimaduras ou ferimentos)
está presente, o medo, ansiedade ou esquiva é claramente
não relacionado ou é excessivo.
Especificar se:
Somente desempenho: Se o medo está restrito à fala ou ao
desempenhar em público.
DSM-5
Critérios diagnósticos
APA, 2014
FOBIA SOCIAL
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DSM-5
Caracterísitcas diagnósticas
• Medo ou ansiedade 
acentuados ou intensos de 
situações sociais nas quais 
o indivíduo pode ser 
avaliado pelos outros.
• Medo de ser avaliado 
negativamente.
APA, 2014
“
“Nada nos impede mais de ser 
naturais do que o desejo de o 
parecermos.”
François, Duque de la Rochefoucauld
(Escritor e aristocrata francês, 1613-1680)
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DSM-5
Caracterísitcas diagnósticas
• Ser julgado como: louco, 
ansioso, débil, estúpido, 
amedrontado, 
desagradável.
• Teme demonstrar 
sintomas de ansiedade: 
rubor, tremor, 
transpiração, tropeçar nas 
palavras.
APA, 2014
DSM-5
Caracterísitcas diagnósticas
• O grau e o tipo de medo e ansiedade podem variar (p.
ex., ansiedade antecipatória, ataque de pânico) em
diferentes ocasiões.
• A ansiedade antecipatória pode ocorrer às vezes muito
antes das próximas situações (p. ex., preocupar-se
todos os dias durante semanas antes de participar de
um evento social, repetir antecipadamente um discurso
por dias).
APA, 2014
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DSM-5
Caracterísitcas diagnósticas
• Em crianças, o medo ou
ansiedade pode ser
expresso por choro,
ataques de raiva,
imobilização,
comportamento de
agarrar-se ou encolher-
se em situações sociais.
APA, 2014
DSM-5
Caracterísitcas diagnósticas
• A esquiva pode ser abrangente (p. ex., não ir a festas,
recusar a escola) ou sutil (p. ex., preparando
excessivamente o texto de um discurso, desviando a
atenção para os outros, limitando o contato visual).
• Indivíduos com transtorno de ansiedade social com
frequência superestimam as consequências negativas
das situações sociais o julgamento quanto a ser
desproporcional deve ser feito pelo clínico.
APA, 2014
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DSM-5
Caracterísitcas diagnósticas
• O contexto sociocultural precisa ser
considerado, pois em certas culturas um
comportamento que seria julgado ansioso, em
outra pode ser considerado apropriado em
determinadas situações sociais, como um sinal
de respeito.
APA, 2014
DSM-5
Caracterísitcas diagnósticas
• Taijin Kyofusho: transtorno caracterizado por
medo de ser observado em diversas situações
sociais, mas em vez de se preocupar em fazer
algo que o envergonhe, como ocorre em culturas
ocidentais o indivíduo se preocupa em fazer algo
que ofenda ou envergonhe o outro.
Mochcovitch, 2014
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DSM-5
Inadequadamente assertivos.
Muito submissos ou muito 
controladores da conversa.
Podem mostrar postura corporal 
excessivamente rígida ou contato visual 
inadequado.
Falar com voz extremamente suave.
Podem ser tímidos ou retraídos e ser menos abertos em 
conversas e revelar pouco a seu respeito.
APA, 2014
Caracterísitcas diagnósticas
Automedicação com substâncias é 
comum.
DSM-5
Curso e desenvolvimento
- Idade média de início: 13 anos.
- Pode começar na infância, raramente na
idade adulta.
- Pode diminuir depois que um indivíduo com
medo de encontros se casa e pode ressurgir
após o divórcio.
- Tende a ser particularmente persistente.
- Adultos mais velhos: ansiedade social em
níveis mais baixos, mas dentro de uma
variedade mais ampla de situações.
- Adultos mais jovens: níveis mais altos de
ansiedadesocial para situações específicas.
APA, 2014
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DSM-5
Consequências funcionais
- O TAS está associado a taxas elevadas de
evasão escolar e prejuízos no bem-estar, no
emprego, na produtividade no ambiente de
trabalho, no status socioeconômico e na
qualidade de vida.
- Impede atividades de lazer.
- Apenas cerca da metade dos indivíduos
busca tratamento, e eles tendem a fazer
isso somente depois de 15 a 20 anos com
sintomas.
- Não estar empregado é um forte preditor
para a persistência do transtorno.
APA, 2014
epidemiologia
▷Estudo publicado em 2005 por Vocano e col. Em
uma comunidade brasileira pouco favorecida:
▷9,1% de prevalência em um ano
▷11,8% de prevalência ao longo da vida
Prevalência de TAS maior ou semelhante à
encontrada em países desenvolvidos.
Mochcovitch, 2014
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epidemiologia
▷Em 2012 foi publicado um estudo de prevalência
das doenças psiquiátricas em São Paulo, e a
prevalência de FS ao longo da vida foi de 5,6%.
▷A FS é mais comum em mulheres do que em
homens, inclusive em estudos brasileiros
(prevalência de 6,7 a 4,2% respectivamente).
Mochcovitch, 2014
epidemiologia
Mochcovitch, 2014
01/05/2017
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epidemiologia
▷Embora as mulheres recebam o diagnóstico de
TAS com mais frequência, mais homens procuram
por tratamento, estando dessa forma, presentes
em uma frequência igual ou maior que as
mulheres em amostras clínicas, diferentemente do
que é descrito em relação a outros transtornos de
ansiedade.
Mochcovitch, 2014
epidemiologia
▷Acomete mais indivíduos de baixo poder aquisitivo,
com menor nível educacional, com dificuldades de
desempenho escolar e problemas de conduta no
ambiente acadêmico, apresentando altas taxas de
comorbidade.
▷O dado mais relevante é que o TAS,
independentemente dos critérios utilizados para
identificação de casos, continua sendo um transtorno
psiquiátrico muito prevalente, potencialmente
incapacitante e que merece atenção.
Picon, 2011
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DSM-5
subtipos?
▷Pessoas com TAS compõem um grupo
heterogêneo em termos de penetração e
gravidade dos seus medos.
▷Muitas pessoas têm um leque de medos sociais,
incluindo medos relacionados a interação social
(p. ex. namorar, participar de uma conversa, ser
assertivo), medos relacionados a desempenho (p.
ex. falar em público, tocar um instrumento musical
na frente dos outros) e medos relacionados a
observação (p. ex. trabalhar na frente dos outros,
andar na rua).
Heimberg e Magee, 2016
DSM-5
subtipos?
▷O manual atual não
classifica mais em subtipos:
generalizado e circunscrito
(restrito), inclui um subtipo
relacionado apenas a
desempenho, refletindo
indivíduos para os quais o
medo se restringe a falar ou
atuar em público.
Heimberg e Magee, 2016
01/05/2017
34
DSM-5
subtipos?
▷Em relação ao subtipo relacionado apenas a
desempenho do DSM-5, ter ansiedade social em
muitas situações foi associado a idade precoce
para início do problema, ao desempenho
educacional inferior, a índices mais altos de
desemprego e a uma probabilidade maior de não
ser casado.
Heimberg e Magee, 2016
DSM-5
subtipos?
▷Esse grupo também experimentou mais
depressão, ansiedade social, evitação, medo de
avaliação negativa e prejuízos funcionais
▷Após a TCC, os pacientes que têm medo de muitas
situações sociais melhoram tanto quanto os que
têm medo apenas de situações de desempenho.
▷Contudo, os paciente com vários medos sociais
permanecem com maior prejuízo após receber o
mesmo número de sessões de tratamento.
Heimberg e Magee, 2016
01/05/2017
35
DSM-5
subtipos?
▷Com exceção do subtipo apenas de desempenho, o
TAS tem muitas características em comum com o
transtorno de personalidade evitativo (TPE).
▷No atual sistema de diagnóstico, o TPE é caracterizado
por um longo padrão “de inibição social, sentimentos
de inadequação e hipersensibilidade à avaliação
negativa”.
▷Muitos indivíduos que cumprem os critérios para o
TAS também cumprem os critérios de TPE: mais
deprimidos e demonstram maior dificuldade funcional
e pior qualidade de vida.
Heimberg e Magee, 2016
IMPACTO FUNCIONAL DA FOBIA 
SOCIAL
- Abandono escolar e menor nível 
educacional
- Piores colocações no mercado de 
trabalho
- Maior risco de desemprego
- Mais gastos com saúde
- Maior dependência financeira de 
familiares e do estado Mochcovitch, 2014
01/05/2017
36
DSM-5
APA, 2014
Diagnóstico diferencial
Timidez 
normal
Agorafobia
Transtorno 
de pânico
Transtorno 
de ansiedade 
generalizada
Fobias 
específicas
Transtorno 
de ansiedade 
de separação
Mutismo 
seletivo
Transtorno 
depressivo 
maior
Transtorno 
dismórfico 
corporal
Transtorno 
delirante
Transtorno 
do espectro 
autista
Transtorno 
delirante
DSM-5
Comorbidade
▷Os diagnósticos comórbidos mais frequentes são a
fobia simples (59%), a agorafobia (44,9%), o
alcoolismo (18,8%), a depressão maior (16,6%) e o
abuso de drogas (13%).
▷Adolescentes portadores de FS apresentam maior
probabilidade de dificuldades escolares devido a
problemas de atenção relacionados à ansiedade
social, transtornno de conduta e uso de álcool ou
drogas.
Picon, 2011
01/05/2017
37
DSM-5
Comorbidade
▷Substâncias podem ser usadas como
automedicação para medos sociais; porém, os
sintomas de intoxicação ou abstinência, como
tremor, também podem ser fonte de mais medo
social.
▷ Transtorno dismórfico corporal: preocupação com
uma leve irregularidade no nariz e devido a um
medo grave de parecer pouco inteligente.
APA, 2014
DSM-5
Comorbidade
▷Forma mais generalizada
de TAS comorbidade com
transtorno de
personalidade evitativa.
▷ Em crianças, as
comorbidades com
autismo de alto
funcionamento e
mutismo seletivo são
comuns.
APA, 2014
01/05/2017
38
DSM-5
Comorbidade
▷Outros transtornos de ansiedade, transtorno
depressivo maior e transtornos por uso de
substâncias.
▷Seu início geralmente precede o de outros
transtornos, exceto a fobia específica e o
transtorno de ansiedade de separação.
▷O isolamento social crônico no curso de um
transtorno de ansiedade social pode resultar em
transtorno depressivo maior.
APA, 2014
DSM-5
Comorbidade
▷Quando em comorbidade, a FS provoca piora no
prognóstico de outros transtornos mentais,
aumentando sua cronicidade e gravidade e, no
caso específico da depressão, elvando o risco de
suicídio.
▷A apresentação “pura” da doença pode ser
considerada a exceção e não a regra.
Mochcovitch, 2014
01/05/2017
39
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MODELOS EXPLICATIVOS 
DO TAS
Modelo de Geração e 
Manutenção de Ansiedade em 
situações socioavaliativas
Distorções Cognitivas
Atenção seletiva (Atenção 
autofocada)
Hiperventilação e demais 
reações fisiológicas
01/05/2017
40
Situações sociais mais 
temidas
▷ Iniciar ou manter conversações▷ Ficar (marcar um encontro) com alguém
▷ Ir a uma festa
▷ Comportar-se assertivamente (expressar desacordo ou rejeitar um pedido)
▷ Telefonar (especialmente para pessoas que não conhece muito bem)
▷ Falar com pessoas com autoridade
▷ Devolver um produto à loja onde o comprou
▷ Fazer contato ocular com pessoas que não conhece
▷ Fazer e receber elogios
▷ Participar de reuniões, congressos
▷ Falar em público (diante de grupos grandes ou pequenos)
▷ Atuar diante de outras pessoas
▷ Ser o centro das atenções (entrar em uma sala quando as pessoas já estão
sentadas)
▷ Comer/beber em público
▷ Escrever/trabalhar enquanto está sendo observado
▷ Utilizar banheiros públicos Caballo et. al., 2011
Sintomas somáticos
▷Palpitações – 79%
▷Tremores – 75%
▷Sudorese – 74%
▷Tensão muscular – 64%
▷Sensação de vazo no estômago – 63%
▷Boca seca – 61%
▷Sentir frio/calor – 57%
▷Ruborizar-se – 51%
▷Tensão/dores de cabeça – 46%
Caballo et. al., 2011
01/05/2017
41
Sintomas somáticos
▷Hiperventilação
▷ Acontece quando uma pessoa está com a
respiração mais rápida e mais profunda do que
o normal, podendo provocar uma sensação
assustadora: seu coração bate mais rápido,
provocando palpitação e a sensação de que lhe
falta ar.
Sintomas somáticos
▷Hiperventilação
▷Consequentemente o nível de gás carbônico
no sangue e no cérebro cai, provocando os
seguintes sintomas: palpitação, sensação de
falta de ar, formigamento e dormência em
pernas, braços e lábios, sensação de morte
iminente e, algumas vezes, perda de
consciência (desmaio). Os sintomas geralmente
duram de 20 a 30 minutos, mas para a pessoa
a sensação é de horas.
01/05/2017
42
Sintomas somáticos
▷Hiperventilação
▷Estão dispostos a tolerar
um nível moderado de
desconforto? (dor lombar,
gravidez, hipotensão
postural, doença pulmonar
obstrutiva crônica, asma
grave ou doença cardíaca)
Clark e Beck, 2012
Sintomas somáticos
▷Hiperventilação
▷Você vai hiperventilar a frequência de 30
respirações por minuto durante 2 minutos ou
até que se torne muito difícil continuar. Respire
entre as mãos fechadas, de forma a inspirar
novamente o CO2 expirado.
▷Foque nas sensações físicas produzidas pela
hiperventilação.
Clark e Beck, 2012
01/05/2017
43
Sintomas somáticos
▷Hiperventilação
▷O que você experienciou?
▷Quais foram as sensações físicas?
▷Quais os pensamentos presentes?
Clark e Beck, 2012
Sintomas somáticos
▷Hiperventilação
▷Provoca uma queda abrupta no CO2 arterial
que causa sensações físicas desconfortáveis.
▷Quando esses sintomas são interpretados
erroneamente como indicando uma ameaça à
vida como um ataque cardíaco, ficar louco ou
sufocação, o pânico se instala.
Clark e Beck, 2012
01/05/2017
44
Sintomas somáticos
▷Hiperventilação
▷Aprender a anular a hiperventilação com uma
frequência respiratória mais lenta e moderada
reduzirá a intensidade das sensações físicas e
fornecerá nova evidência de que as sensações
se devem à hiperventilação e não a uma
ameaça catastrófica à saúde.
▷Respiração diafragmática.
Clark e Beck, 2012
Sintomas somáticos
01/05/2017
45
Sintoma 
comportamental
▷Evitação das situações
temidas: por definição,
os sujeitos com fobia
social temem ou evitam
situações nas quais é
possível a observação
por parte dos demais.
▷Dificuldade de falar
com clareza;
▷ Intenso incômodo,
vontade de sair de
onde se está.
Caballo et. al., 2011
Aspectos cognitivos
▷Manutenção ou agravamento da fobia social:
▷Supervalorização dos aspectos negativos do
seu comportamento;
▷Excessiva consciência de si mesmo;
▷Temor à avaliação negativa;
▷Padrões excessivamente elevados para a
avaliação da sua atuação;
▷Percepção da falta de controle sobre seu
próprio comportamento, etc.
Caballo et. al., 2011
01/05/2017
46
Causas 
do TAS
Leahy, 2011
Modelo cognitivo-
comportamental
▷Modelo de geração e manutenção da
ansiedade em situações socioavaliativas:
Rapee e Heimberg (1997):
▷Como os indivíduos com TAS processam a
informação ao se deparar com uma
situação com potencial para avaliação
negativa
Turk, Heimberg e Magee, 2009
01/05/2017
47
Modelo cognitivo-
comportamental
Turk, Heimberg e Magee, 2009
Modelo cognitivo-
comportamental
Turk, Heimberg e Magee, 2009
Sensação de 
estar “no palco” 
na presença de 
outras pessoas: 
ser observado 
por outras.
01/05/2017
48
Modelo cognitivo-
comportamental
Turk, Heimberg e Magee, 2009
Como me pareço 
para as outras 
pessoas?
- Representação 
mental com 
imagens negativas 
e distorcidas na 
qual se vê da 
perspectiva de um 
observador
Modelo cognitivo-
comportamental
Turk, Heimberg e Magee, 2009
Sensações 
somáticas de 
perspiração 
podem produzir 
imagens de suor 
pingando no 
rosto da pessoa
01/05/2017
49
Modelo cognitivo-
comportamental
Turk, Heimberg e Magee, 2009
Reações dos 
outros: franzir 
a testa, 
bocejar
Modelo cognitivo-
comportamental
Turk, Heimberg e Magee, 2009
A divisão dos 
recursos de 
atenção entre 
ameaças sociais 
externas, a 
representação 
mental (distorcida) 
de si aos olhos dos 
outros e as 
demandas da atual 
tarefa social podem 
resultar em déficits 
reais de 
desempenho (os 
quais por sua vez, 
podem gerar 
avaliação social 
negativa)
01/05/2017
50
Modelo cognitivo-
comportamental
Turk, Heimberg e Magee, 2009
Tentam prever os 
padrões que o 
público vai aplicar 
a elas na situação 
em questão. As 
características do 
público 
(importância, 
atratividade) e da 
situação (informal 
ou formal) 
influenciam os 
padrões projetados 
no público.
Tentam julgar até 
onde sua 
representação 
mental atual sobre 
seu 
comportamento e 
sua aparência 
corresponde aos 
padrões do público.
Modelo cognitivo-
comportamental
▷Modelo de geração e manutenção da ansiedade em
situações socioavaliativas: Rapee e Heimberg
(2010):
▷Uma recente mudança importante no modelo
aborda o que se considera o medo central no TAS,
geralmente caracterizado como medo de
avaliação negativa. No entanto, pesquisas
recentes sugerem que indivíduos socialmente
ansiosos temem qualquer avaliação, seja ela
negativa ou positiva.
Heimberg e Magee, 2016
01/05/2017
51
Modelo cognitivo-
comportamental
Heimberg e Magee, 2016
Modelo cognitivo-
comportamental
▷O medo de avaliação positiva pode surgir
quando o desempenho social bem sucedido
ativa a crença de que os outros esperarão
sucesso continuado em futuras interações
sociais, mas a pessoa duvida da sua capacidade
de atender a essas expectativas elevadas.
Heimberg e Magee, 2016
01/05/2017
52
Modelo cognitivo-
comportamental
▷ Indivíduos socialmente ansiosos trabalham para
manter seu (baixo) status social ao não chamar a
atenção para si.
▷Dessa forma, não arriscam perder o status, nem
têm que se envolver em conflito com outros mais
poderosos para defender qualquer status social
elevado que possam ter alcançado.
Heimberg e Magee, 2016
Modelo cognitivo-
comportamental
▷O modelo atual de Rapee-Heimberg reflete a
linha de pensamento em que agora postula
que as pessoas socialmente ansiosas temem e
atendem a sinais de avaliação,
independentemente da valência.
Heimberg e Magee, 2016
01/05/2017
53
Leahy, 2011
Modelo cognitivo-
comportamental
▷Clark e Wells (1995)
▷O aspecto central da FS é a preocupação em causar
uma impressão favorável nos outros e uma
insegurança grande em relação à própria capacidade
em alcançar esseobjetivo.
▷Veem a situações sociais como perigosas e ativam o
modo de vulnerabilidade – esse modo desencadeia
mudanças cognitivas, fisiológicas, afetivas e
comportamentais que têm o objetivo de proteger o
indivíduo.
Picon e Penido, 2011
01/05/2017
54
Modelo cognitivo-
comportamental
▷Clark e Wells (1995) – quatro processos impedem os
fóbicos sociais de desconfirmar suas crenças negativas
sobre os perigos sociais:
1- A atenção autofocada e a construção de uma impressão de si
mesmo como objeto social (autoprocessamento).
Isso ocorre nas situações sociais em que o indivíduo fóbico social
teme estar correndo risco de ser avaliado negativamente. Nesse
momento, sua atenção se dirige para uma auto-observação
detalhada, que aumenta a ansiedade e interfere no
processamento da situação. Assim gera uma impressão negativa
de si mesmo, e acredita que essa impressão reflete a visão dos
outros sobre ele mesmo.
Picon e Penido, 2011
Modelo cognitivo-
comportamental
▷Clark e Wells (1995) – quatro processos impedem os
fóbicos sociais de desconfirmar suas crenças negativas
sobre os perigos sociais:
2- A influência dos comportamentos de segurança na
manutenção das crenças negativas e de ansiedade.
são tentativas sutis de evitar as situações que possam
desconfirmar crenças distorcidas, além de favorecer o
aumento dos comportamentos temidos.
Picon e Penido, 2011
01/05/2017
55
Modelo cognitivo-
comportamental
▷Comportamento de segurança: (Clark e Wells, 1995)
▷Realizados para tentar evitar os resultados negativos
que a pessoa teme. Ex.: tremor e xícara.
▷Esses atos compensatórios são considerados úteis
pela pessoa que tem TAS, mas tais comportamentos
muitas vezes aumentam a probabilidade de que
aconteça o comportamento temido.
▷Aumentam a probabilidade de que as pessoas com
TAS venham a concluir que não são capazes de dar
conta da situação social sem a presença do
comportamentos de segurança.
Turk, Heimberg e Magee, 2009
Modelo cognitivo-
comportamental
▷Clark e Wells (1995) – quatro processos impedem os
fóbicos sociais de desconfirmar suas crenças negativas
sobre os perigos sociais:
3- O efeito do comportamento dos fóbicos sociais sobre o
comportamento das outras pessoas.
A preocupação com a monitoração da própria ansiedade e do
desempenho, aliada aos comportamentos de segurança, pode
dar uma impressão pouco amigável. Essas deficiências de
interação comprometem a relação, fazendo com que as outras
pessoas se distanciem, produzindo um padrão negativo de
interação que contribui para a manutenção da fobia social.
Picon e Penido, 2011
01/05/2017
56
Modelo cognitivo-
comportamental
▷Clark e Wells (1995) – quatro processos impedem os
fóbicos sociais de desconfirmar suas crenças negativas
sobre os perigos sociais:
4- Os processamentos antecipatórios e pós-eventos.
O processamento antecipatório é um processo no qual os fóbicos
sociais, ao pensarem sobre a situação social que irão enfrentar,
sentem-se muito ansiosos, lembram-se de falhas passadas e de
sua autoimagem negativa, avaliando antecipadamente seu
desempenho como negativo. Por isso, tendem a evitar ao máximo
as situações em que possam vir a falhar e, quando se encontram
nessas situações temidas, ativam o modo de processamento
autofocado, gerando expectativas de falha e de desvalorização.
Picon e Penido, 2011
Modelo cognitivo-
comportamental
▷Clark e Wells (1995) – quatro processos impedem os
fóbicos sociais de desconfirmar suas crenças negativas
sobre os perigos sociais:
4- Os processamentos antecipatórios e pós-eventos.
Após uma situação de interação social, esses indivíduos
conduzem um “pós-morte” do evento, em que a situação é
revista em detalhes. Nesse pós-evento, ocorre o processamento
da autopercepção negativa e dos sentimentos de ansiedade que
passam a ficar fortemente codificados na memória. Dessa forma,
a situação é avaliada como muito mais negativa do que
realmente foi, e um sentimento de vergonha tende a aparecer,
permanecendo após a redução da ansiedade.
Picon e Penido, 2011
01/05/2017
57
Modelo cognitivo-
comportamental
▷Clark e Wells (1995)
▷O modelo cognitivo explica a origem da fobia social
segundo o modo como as crenças desenvolveram-se
e interagiram no início do transtorno.
▷As crenças centrais ou os esquemas característicos
da fobia social tornam o indivíduo vulnerável a
vários fatores cognitivos e comportamentais que
mantêm o transtorno.
Picon e Penido, 2011
Modelo cognitivo-
comportamental
▷Clark e Wells (1995)
▷O modelo cognitivo explica a origem da fobia social
segundo o modo como as crenças desenvolveram-se
e interagiram no início do transtorno.
▷As crenças centrais ou os esquemas característicos
da fobia social tornam o indivíduo vulnerável a
vários fatores cognitivos e comportamentais que
mantêm o transtorno.
Picon e Penido, 2011
01/05/2017
58
ESTRATÉGIAS E TÉCNICAS 
COGNITIVAS E 
COMPORTAMENTAIS NO TAS
Psicoeducação
Reestruturação Cognitiva
Exposição Gradual
Treino de Habilidades Sociais
Técnicas de Conversação
Ensaio Comportamental
- Reduzir a ansiedade antecipatória corrigindo o viés de interpretação de ameaça
social e evitando a esquiva de situações sociais provocadoras de ansiedade.
- Contrapor constrangimento excessivo durante a exposição social redirecionando o
processamento de informação para sinais sociais externos positivos.
- Eliminar estratégias de segurança empregadas para encobrir e reduzir a ansiedade.
- Fortalecer a tolerância à ansiedade e uma perspectiva de enfrentamento mais
adaptativa.
- Reduzir a inibição, melhorar as habilidades sociais, encorajar um padrão de
desempenho mais realista e desenvolver uma autoavaliação equilibrada do
desempenho social.
- Eliminar ruminação pós-evento e encorajar reavaliações mais adaptativas de
desempenho social passado e seus efeitos.
- Modificar crenças centrais sobre vulnerabilidade pessoal na interação social, a
ameaça de avaliação negativa pelos outros e a percepção de si mesmo como um objeto
social.
TRATAMENTO
▷Metas do tratamento na terapia cognitiva
Clark e Beck, 2012
01/05/2017
59
psicoeducação
▷As primeiras sessões
se focalizam em
educar o paciente no
modelo cognitivo da
fobia social.
▷Qual a versão pessoal
do modelo cognitivo do
paciente?
Clark e Beck, 2012
psicoeducação
▷É importante que os indivíduos aprendam
sobre as três fases da ansiedade social e o
papel que avaliações superestimadas da
probabilidade e consequências da ameaça
social desempenham durante as fases de
antecipação, exposição e lembrança pós-
evento de situações sociais.
Clark e Beck, 2012
01/05/2017
60
psicoeducação
Clark e Beck, 2012
▷Modelo Cognitivo de Fobia Social
psicoeducação
▷Explicar efeitos: atenção autocentrada, erro de
processamento de informação, efeitos
maladaptativos de comportamentos de segurança.
▷Discutir como uma interpretação e lembrança
abertamente negativas do próprio desempenho
social, bem como suposições sobre dar uma
impressão negativa aos outros aumentarão os
sentimentos de ansiedade em contextos sociais.
Clark e Beck, 2012
01/05/2017
61
psicoeducação
▷Explicar que crenças e
suposições negativas
mantidas há muito
tempo sobre a própria
capacidade e
efetividade em se
relacionar com os
outros podem aumentar
a vulnerabilidade à
ansiedade social.
Clark e Beck, 2012
psicoeducação
▷ Justificativa lógica do tratamento:
▷A prática na identificação e correção de
pensamento errôneo, a adoção de abordagens à
ansiedade mais positivas e a exposição gradual,
mas repetida, a situações sociais temidas são
elementos fundamentaisdo tratamento.
▷Com prática repetida no processamento forçado
de informação social positiva, a tendência a avaliar
seletivamente situações sociais de uma maneira
ameaçadora é enfraquecida e a ansiedade social
reduzida.
Clark e Beck, 2012
01/05/2017
62
psicoeducação
▷Escrever:
▷Como a ansiedade social afetou seus
relacionamentos, trabalho ou educação e
funcionamento diário?
▷Custos de superar a ansiedade social.
▷Benefícios de superar a ansiedade social.
▷Metas de mudança a serem alcançadas: 1 mês, 1
ano.
▷“Invista sua ansiedade em um futuro mais calmo”
Clark e Beck, 2012
psicoeducação
▷Hierarquia de ansiedade social deve ser construída
baseada em uma variedade de situações
provocadoras de ansiedade.
▷Hierarquia de Exposição pode ser útil para organizar
hierarquicamente as situações sociais da menos à
mais provocadora de ansiedade.
▷É importante gerar uma variedade de 15 a 20
situações sociais que ocorrem com razoável
frequência, com uma maior proporção de situações
na variação de ansiedade moderada a alta.
Clark e Beck, 2012
01/05/2017
63
Clark e Beck, 2012
psicoeducação
▷A educação dos pacientes no modelo cognitivo da
fobia social enfatiza que a redução na ansiedade
social será alcançada:
1- Corrigindo julgamentos exagerados de ameaça social;
2- Mudando o foco atencional de sinais de ansiedade
interna para estímulos sociais externos positivos;
3- Empregando uma avaliação realista do próprio
desempenho social e tendência a ser inibido(a);
4- Adotando uma perspectiva mais construtiva sobre a
tolerância à ansiedade;
5- Adotando suposições mais realísticas de como o
indivíduo parece aos outros em situações sociais.
Clark e Beck, 2012
01/05/2017
64
REESTRUTURAÇÃO 
COGNITIVA
Hope, Heimberg e Turk, 2012
▷É um conjunto de procedimentos que
permitem atacar diretamente o pensamento
disfuncional, analisando sistematicamente as
coisas que se diz para si mesmo quando
ansioso.
REESTRUTURAÇÃO 
COGNITIVA
Hope, Heimberg e Turk, 2012
▷Não significa pegar os
maus pensamento e
substituí-los por bons
pensamentos. Porém,
também não é apenas
ter pensamentos
positivos cegamente.
01/05/2017
65
REESTRUTURAÇÃO 
COGNITIVA
Hope, Heimberg e Turk, 2012
▷As técnicas de reestruturação cognitiva ensinam a
questionar suas crenças, seus pressupostos e suas
expectativas para ver se eles realmente fazem sentido
ou são proveitosos.
REESTRUTURAÇÃO 
COGNITIVA
Hope, Heimberg e Turk, 2012
▷Aborda o componente cognitivo da ansiedade
social, mas surpreende porque também
colabora com os componentes fisiológico e
comportamental.
▷Por meio da reestruturação cognitiva é
possível aprender a fazer uma avaliação mais
realista do perigo em determinada situação e
consequentemente ter menos sintomas físicos.
01/05/2017
66
REESTRUTURAÇÃO 
COGNITIVA
Hope, Heimberg e Turk, 2012
▷Se o pensamento se torna menos disfuncional
haverá maior capacidade mental para se concentrar
na situação, em vez de se concentrar tanto na reação
ansiosa a ela.
▷Mudar as crenças disfuncionais ajuda a diminuir a
sua evitação que, por sua vez, proporciona uma
oportunidade de vivenciar mais experiências positivas.
▷Ao avaliar as experiências de maneira mais realista,
muda-se as crenças disfuncionais para melhor.
Reestruturação 
cognitiva AA
▷Vem contrapor a interpretação de ameaça tendenciosa
quando antecipa uma situação social provocadora de
ansiedade.
▷Envolve a correção da interpretação exagerada da
probabilidade e gravidade de ameaça social (isto é,
avaliação negativa pelos outros) por meio da avaliação
das evidências confirmatória e desconfirmatória,
consideração de consequências realistas, preparação
para o pior resultado e reavaliação à luz de uma
interpretação alternativa mais provável da situação
social e do desempenho social inibido do indivíduo.
Clark e Beck, 2012
01/05/2017
67
Reestruturação 
cognitiva AA
▷Por que iniciar o tratamento aqui?
1- A maioria dos indivíduos com TAS experimenta forte
ansiedade antecipatória que leva a esquiva;
2- Alguma variação de ansiedade antecipatória pode
ser mais prontamente gerada na sessão;
3- Essa parte da terapia tende a ser menos
ameaçadora para os pacientes.
Clark e Beck, 2012
Reestruturação 
cognitiva AA
Clark e Beck, 2012
01/05/2017
68
Reestruturação 
cognitiva AA
▷Questões pertinentes:
▷Com o que você estava preocupado(a) que pudesse
acontecer nessa situação?
▷Você estava pensando em alguma consequência
ou resultado negativo nessa situação?
▷Você estava pensando nas reações das pessoas a
você naquela situação? Eles reagiriam negativa ou
positivamente a você?
▷Você estava pensando sobre o quanto se sentiria
ansioso(a) na situação? Há alguma maneira
particular de sua ansiedade ser evidente aos
outros? Clark e Beck, 2012
Reestruturação 
cognitiva AA
▷Questões pertinentes:
▷ Você teve uma imagem ou poderia imaginar como você
ficaria na situação? Você estava pensando sobre o
quanto seria difícil ocultar sua ansiedade dos outros? O
que aconteceria se as pessoas soubessem que você
estava ansioso?
▷ Você estava pensando sobre como seria seu
desempenho naquela situação ou que ficaria bastante
inibido(a)? Nesse caso, como você imagina que seria
encontrar outras pessoas; em que comportamentos
eles se focalizariam? Como você acha que poderia se
constranger? Nesse caso, como você agiria de uma
forma constrangedora?
Clark e Beck, 2012
01/05/2017
69
Reestruturação 
cognitiva AA
▷Questões pertinentes:
▷Quando você pensa sobre esse evento antecipado,
qual é o pior resultado que você pode imaginar? Isto
aconteceu a você no passado? Nesse caso, como foi?
▷ Você está pensando sobre a impressão que
provavelmente causa no outros? O que você imagina
que as outras pessoas naquela situação acabariam
pensando sobre você? Como você parecerá a eles?
Clark e Beck, 2012
Reestruturação 
cognitiva AA
▷O Questionamento Socrático sobre a ameaça social
antecipada produzirá informação sobre:
1- Intolerância percebida à ansiedade na situação;
2- Como o paciente se constrangerá ou se humilhará na
frente dos outros;
3- Como ele acha que será percebido pelos outros.
Clark e Beck, 2012
01/05/2017
70
Reestruturação 
cognitiva AA
▷O Questionamento Socrático sobre a ameaça social
antecipada produzirá informação sobre:
1- Intolerância percebida à ansiedade na situação;
2- Como o paciente se constrangerá ou se humilhará na
frente dos outros;
3- Como ele acha que será percebido pelos outros.
Clark e Beck, 2012
Qual a probabilidade 
e gravidade de cada 
aspecto dos 
julgamentos de 
ameaça social?
Reestruturação 
cognitiva AA
▷O Questionamento Socrático sobre a ameaça social
antecipada produzirá informação sobre:
1- Intolerância percebida à ansiedade na situação;
2- Como o paciente se constrangerá ou se humilhará na
frente dos outros;
3- Como ele acha que será percebido pelos outros.
Clark e Beck, 2012
Uma vez especificada a 
interpretação da ameaça social 
central, busca de evidências, 
análise de custo-benefício e 
descatastrofização podem ser 
usadas para contestar o 
pensamento antecipatório 
errôneo do paciente.
01/05/2017
71
Reestruturação 
cognitiva
Clark e Beck, 2012
Reestruturação 
cognitiva
Clark e Beck, 2012
01/05/2017
72
Reestruturação 
cognitiva AA
▷Após gerar o pior cenário de caso, pode ser
perguntado ao paciente:
1- Seria realmente tão terrível quanto você pensa?
2- Qual é o impacto imediato e de longo prazo mais
provável sobre você?
3- O que você faria para minimizar o impacto negativodo constrangimento?
4- Com que frequência as pessoas se constrangem na
frente dos outros e, de algum modo, sobrevivem sem
efeitos negativos sobre a vida?
Clark e Beck, 2012
Clark e Beck, 2012
01/05/2017
73
Reestruturação 
cognitiva AA
▷Normalmente termina com a prescrição de um
experimento comportamental.
▷Na maioria dos casos, isso envolve alguma forma de
exposição a uma variante da situação ansiosa
antecipada a fim de coletar evidências que
desconfirmem a avaliação de ameaça social
exagerada.
Clark e Beck, 2012
Reestruturação 
cognitiva
Clark e Beck, 2012
▷Antes de iniciar a exposição a situações
socialmente ameaçadoras na sessão e entre
sessões, é importante que o terapeuta cognitivo
corrija interpretações de ameaça tendenciosas,
atenção autocentrada excessiva e raciocínio
emocional, completando registros de
reestruturação cognitiva do pensamento em
situações de ansiedade moderada e alta
hierarquia. (mesmo protocolo de ansiedade
antecipatória)
01/05/2017
74
Reestruturação 
cognitiva
Clark e Beck, 2012
▷Durante todo o tratamento, a reestruturação
cognitiva é rotineiramente aplicada aos
pensamentos, imagens e interpretações
tendenciosos associados com várias situações na
hierarquia de ansiedade social na tentativa de
alcançar mudança crucial nos esquemas sociais
maladaptativos subjacentes à fobia social.
EXPOSIÇÃO GRADUAL
Clark e Beck, 2012
▷A exposição a situações sociais ansiosas é
fundamental para o tratamento efetivo da fobia
social.
▷A forma mais efetiva de corrigir as interpretações
e crenças maladaptativas da ansiedade social é
por meio de experimentos comportamentais
baseados em exposição.
01/05/2017
75
EXPOSIÇÃO GRADUAL
Clark e Beck, 2012
▷Os exercícios de exposição permitem aos
pacientes:
1- Praticar desvio da atenção de estados internos
para estímulos sociais externos;
2- Aprender a tolerar melhor níveis moderados de
ansiedade;
3- Interpretar seu desempenho social e inibições mais
positivamente;
4- Obter evidência desconfirmatória crítica de suas
interpretações de ameaça social tendenciosas.
EXPOSIÇÃO GRADUAL
Clark e Beck, 2012
▷O terapeuta deve começar a exposição com as
situações sociais de menos a moderadamente
provocadoras de ansiedade na hierarquia da
ansiedade social. É preferível primeiro encenar a
situação na sessão antes de prescrevê-la como uma
tarefa de casa entre sessões in vivo.
▷A exposição repetida a situações de ansiedade
social é crítica para fornecer evidência que
desconfirme as avaliações e crenças errôneas de
ameaça e vulnerabilidade que mantêm a ansiedade
social.
01/05/2017
76
EXPOSIÇÃO GRADUAL
Clark e Beck, 2012
▷Possíveis situações sociais:
- Iniciar uma conversa com
um conhecido
- Falar com um colega de
classe antes ou após a aula
- Apresentar-se a um
estranho
- Dar um telefonema para
alguém que você gosta
- Fazer um discurso - Fazer uma pergunta na aula
- Comer na frente de outras
pessoas
Fazer uma entrevista de
emprego
EXPOSIÇÃO GRADUAL
Hope, Heimberg e Turk, 2012
▷Sabedoria popular: Para superar o medo,
enfrente-o de frente O mesmo acontece
com a ansiedade social.
▷A exposição refere-se ao enfrentamento dos
próprios medos de maneira terapêutica, fazendo
as coisas que provocam ansiedade.
▷O objetivo final é se sentir mais confortável nas
situações que lhe causam medo.
01/05/2017
77
EXPOSIÇÃO GRADUAL
Hope, Heimberg e Turk, 2012
▷A exposição começa dentro da sessão de
tratamento, proporcionando um ambiente seguro,
no qual o paciente possa confrontar as dificuldade
que tem enfrentado sozinho.
▷Oportunidade de experimentar coisas novas em
um ambiente controlado e receber feedback.
EXPOSIÇÃO GRADUAL
Hope, Heimberg e Turk, 2012
▷Como funciona:
▷Habituação: depois de experimentar a habituação
algumas vezes, aprende-se a confiar que ela
acontecerá, fato que ajuda a sentir mais relaxado antes
sequer de entrar na situação temida.
▷Praticar exatamente o que deve ser feito.
Oportunidade de experimentar coisas novas em um
ambiente controlado e receber feedback Permite
praticar as habilidades comportamentais .
▷Propicia uma oportunidade para testar a base de
realidade das suas crenças disfuncionais. Ajuda a
enxergar como os outros respondem se a ansiedade
aparecer um pouco.
01/05/2017
78
EXPOSIÇÃO GRADUAL
Magee, Heimberg e Turk, 2009
▷Tarefa de casa:
▷É essencial fazer
mudanças na vida real, fora
da terapia.
▷Possibilitam que o paciente
entre em situações
semelhantes às que foram
vivenciadas nas exposições
em sessão.
EXPOSIÇÃO GRADUAL
Magee, Heimberg e Turk, 2009
▷Tarefa de casa:
▷É possível usar formulários para ajudar nas
tarefas. Após completar a exposição em
casa, o formulário ajuda os pacientes a
realizar uma análise cognitiva e consolidar a
aprendizagem que aconteceu durante e
após a experiência com a tarefa de casa.
01/05/2017
79
Treino de 
habilidades sociais
▷“As habilidades sociais têm sido relacionadas à
melhor qualidade de vida, a relações
interpessoais mais gratificantes, à maior
realização pessoal e ao sucesso profissional”.
(Falcone,2001)
Treino de 
habilidades sociais
▷ Para Caballo (1997):
[...] conjunto de comportamentos emitidos por um
indivíduo no contexto interpessoal, que expressa
sentimentos, atitudes, desejos, opiniões ou
direitos desse indivíduo de um modo adequado à
situação respeitando esses comportamentos nos
demais, e que geralmente resolvem uma situação
ao mesmo tempo em que minimizam a
probabilidade de problemas futuros [...].
01/05/2017
80
Treino de 
habilidades sociais
▷ Del Prette e Del Prette (2003):
[...] o termo Habilidades Sociais aplica-se à noção de
existência de diferentes classes de comportamentos sociais
no repertório do indivíduo para lidar com as demandas das
situações interpessoais. A competência social tem sentido
avaliativo que remete aos efeitos do desempenho das
habilidades sociais nas situações vividas pelo indivíduo [...] A
competência social qualifica a proficiência desse
desempenho e se refere à capacidade do indivíduo de
organizar pensamentos, sentimentos e ações em função de
seus objetivos e valores, articulando-os às demandas
imediatas e mediatas do ambiente.
Treino de 
habilidades sociais
▷ Não existe o comportamento socialmente competente
em si. As habilidades sociais e a competência social
variam de indivíduo para indivíduo, e podem variar,
num mesmo indivíduo, em função de fatores tais como
idade, contexto social, papéis desempenhados em um
dado contexto, dentre outros. A competência social,
para ser atingida, exige que se considerem valores e
normas socioculturais que, em certos momentos,
podem estar em discordância com aqueles
apresentados pelo indivíduo.
01/05/2017
81
Treino de habilidades 
sociais
Principais dimensões das habilidades 
sociais:
▷ Falar em público
▷ Iniciar e manter conversas
▷ Defesa dos próprios direitos
▷ Expressão justificada de
desconforto, desagrado ou
irritação
▷ Expressão de amor, agrado e
afeto
▷ Fazer pedidos
▷ Rejeitar pedidos
▷ Fazer agrados
▷ Aceitar agrados
▷ Expressão de opiniões
pessoais, inclusive a
discordância
▷ Pedido de mudança de
comportamento do outro
▷ Desculpar-se ou admitir
ignorância
▷ Enfrentar as críticas
Caballo et a., 2012
Técnicas de 
conversação
Del Prette, 2008
01/05/2017
82
Treino de 
habilidades sociais
▷ Componentes das Habilidades Sociais
1- Comportamental
2- Cognitivo
3- Fisiológico
4- Ambientais
Del Prette, 2011
Treino de 
habilidades sociais
▷ Componentes das Habilidades Sociais:
Comportamental Elementos não-verbais (Olhar-contato visual;
Expressão facial; Postura corporal; Gestos;
Distância/Proximidade; Aparência física).
 Elementos paralinguísticos (latência; volume da
voz; entonação; fluência/perturbações da fala;
tempo de fala; clareza, velocidade)
 Elementos verbais
Del Prette, 2011
01/05/2017
83
Treino de 
habilidades sociais
▷O objetivo é oferecer ao paciente um repertório
comportamental mais amplo e socialmente
ajustado, devendo ser planejado de forma
específica para cada caso.
▷Implica exposição repetida a situações sociais
temidas com reavaliação cognitiva subsequente,
conforme a ansiedade social diminua e a
atuação social melhore.
Penido, 2011
Treino de 
habilidades sociais
▷Implicará frequentemente elementos de
redução da ansiedade social, reestruturação
cognitiva e ensaio de comportamento.
▷Envolve diferentes componentes:
psicoeducação, exposição gradual e sistemática
imaginária e ao vivo, dentro e fora do ambiente
terapêutico e experimentos comportamentais.
Penido, 2011
01/05/2017
84
Treino de 
habilidades sociais
▷O THS pode ser realizado em formato individual e
grupal, de forma geral, ambos usam as mesmas
técnicas, modificando alguns procedimentos.
▷É geralmente desenvolvido em duas fases: a
fase de planejamento, em que se realiza a
avaliação das habilidades sociais, e a fase de
aplicação do treinamento.
Picon e Penido, 2011
Treino de 
habilidades sociais
▷Na fase de planejamento, procura-se através de
entrevistas, instrumentos de avaliação,
autorrelato, observação e desempenho de
papéis, avaliar o grupo, buscando identificar as
dificuldades para desenvolver o programa de
treinamento mais adequado.
Picon e Penido, 2011
01/05/2017
85
Treino de 
habilidades sociais
▷ Componentes das Habilidades Sociais:
Cognitivo
 As cognições do indivíduo podem ajudar ou
impedir sua atuação social.
 Apesar de parecer clara a importância das
cognições em boa parte dos problemas de
interação social, é necessário o desenvolvimento
de procedimentos para avaliar autoverbalizações,
expectativas, crenças e conhecimentos de regras
sociais.
Del Prette, 2011
Treino de 
habilidades sociais
▷ Componentes das Habilidades Sociais:
Cognitivo
 Conhecimento do comportamento habilidosos
apropriado; dos costumes sociais; dos diferentes
sinais de resposta
 Saber se colocar no lugar de outra pessoa
 Capacidade de solução de problemas
 Percepção social ou interpessoal adequada
 Expectativas de autoeficácia
 Auto-observação apropriada
 Expectativas positivas sobre as possíveis
consequências do comportamento
Del Prette, 2011
01/05/2017
86
Treino de 
habilidades sociais
▷Autoconsciência (identificação dos próprios
sentimentos, expectativas e desejos):
componente cognitivo da assertividade.
▷Consciência do outro (identifica sentimentos,
expectativas e desejo da outra pessoa):
componente cognitivo da empatia.
▷Consciência do outro e autoconsciência:
componentes cognitivos da capacidade de
solucionar problemas interpessoais.
Picon e Penido, 2011
Treino de 
habilidades sociais
▷As habilidades assertiva,
empática e de solução de
problemas se complementam
na obtenção de satisfação
pessoal e na manutenção da
qualidade de interação.
Picon e Penido, 2011
01/05/2017
87
Treino de 
habilidades sociais
▷Destaca-se a importância dos componentes cognitivos
das habilidades sociais. O conhecimento prévio de um
indivíduo formado ao longo de sua trajetória sobre a
cultura, o ambiente, os papéis sociais e sobre si próprio,
além das crenças e das expectativas que incluem
valores, planos, metas, estilos de atribuição e as
estratégias e habilidades de processamento que já
tenha adquirido são os principais componentes
cognitivos que influenciam o repertório de habilidades
sociais de cada um.
Picon e Penido, 2011
Treino de 
habilidades sociais
▷ Componentes das Habilidades Sociais:
Fisiológico
 Taxa cardíaca
 Pressão sanguínea
 Fluxo sanguíneo
 Respostas eletrodermais
 Respostas eletromiográficas
 respiração
Del Prette, 2011
01/05/2017
88
Treino de 
habilidades sociais
▷ Componentes das Habilidades Sociais:
Ambientais
 O comportamento interpessoal ocorre em u
ambiente físico, ambiente que muitas vezes
tem uma influência determinante.
 Há uma grande categoria potencial de fatores
psicológicos, socioculturais, arquitetônicos,
geográficos, etc. que afetam as relações de
uma pessoa com seu ambiente.
Del Prette, 2011
Treino de 
habilidades sociais
▷ Componentes das Habilidades Sociais:
Ambientais
 Físicas
 Sociodemográficas
 Organizacionais
 Interpessoais ou psicossociais
 comportamentais
Del Prette, 2011
01/05/2017
89
Treino de 
habilidades sociais
▷O comportamento socialmente hábil é um conjunto
de comportamentos emitidos por um indivíduo em
um contexto interpessoal que expressa
sentimentos, atitudes, desejos, opiniões ou
direitos desse indivíduo de modo adequado à
situação, respeitando esses comportamentos nos
demais, e que geralmente resolve os problemas
imediatos da situação, enquanto minimiza a
probabilidade de futuros problemas.
Picon e Penido, 2011
Treino de 
habilidades sociais
▷Um comportamento socialmente habilidoso
deve incluir a especificação de três elementos:
▷Um elemento comportamental
relacionado ao tipo de habilidade;
▷Um elemento cognitivo das variáveis do
indivíduo;
▷Um elemento situacional referente ao
contexto em que se está inserido.
Picon e Penido, 2011
01/05/2017
90
Treino de 
habilidades sociais
▷O THS visa a desenvolver habilidades que
permitam um convívio social mais adaptativo,
diminuindo a ansiedade de desempenho e
promovendo uma interação verbal mais efetiva.
▷Pode resultar em melhora do quadro por
direcionar a atenção autofocada do paciente.
Penido, 2011
Treino de 
habilidades sociais
▷A etapa da aplicação do programa consiste em
analisar por que o indivíduo não se comporta de
forma socialmente adequada e selecionar a
melhor intervenção para desenvolver um
repertório de habilidades sociais mais
diversificado e apropriado.
▷Aborda a reestruturação cognitiva dos modos de
pensar incorretos do indivíduo socialmente
inadequado.
Picon e Penido, 2011
01/05/2017
91
Treino de 
habilidades sociais
▷O objetivo de tais técnicas cognitivas consiste
em ajudar os pacientes a reconhecer como os
pensamentos influenciam os sentimentos e os
comportamentos.
▷Uma parte específica do THS é constituída pelo
ensaio comportamental das respostas
socialmente adequadas em situações
determinadas.
Picon e Penido, 2011
Treino de 
habilidades sociais
▷Os principais 
procedimentos 
empregados ao longo do 
THS são: o ensaio do 
comportamento, a 
modelação, as instruções, 
a retroalimentação/o 
reforçamento e as tarefas 
de casa.
Picon e Penido, 2011
01/05/2017
92
Treino de 
habilidades sociais
▷De forma geral o programas estruturados para
tratamento da fobia social incluem quatro
componentes:
1- Psicoeducativo
2- THS
3- Exposição
4- Tarefas de casa ou atividades entre as
sessões
Picon e Penido, 2011
Treino de 
habilidades sociais
▷De forma geral o programas estruturados para
tratamento da fobia social incluem quatro
componentes:
1- Psicoeducativo
Informar os participantes sobre a natureza da
ansiedade e dos temores sociais e o modelo
cognitivo da ansiedade social.
Picon e Penido, 2011
01/05/2017
93
Treino de 
habilidades sociais
▷De forma geral o programas estruturados para
tratamento da fobia social incluem quatro
componentes:2- THS
Ensina e/ou refina as habilidades sociais do
indivíduo e proporciona a prática das interações
sociais, além de focar nos componentes
cognitivos das habilidades sociais.
Picon e Penido, 2011
Treino de 
habilidades sociais
▷De forma geral o programas estruturados para
tratamento da fobia social incluem quatro
componentes:
3- Exposição
Consiste em expor, ao vivo ou na imaginação, o
sujeito à situações ansiogênicas.
Picon e Penido, 2011
01/05/2017
94
Treino de 
habilidades sociais
▷De forma geral o programas estruturados para
tratamento da fobia social incluem quatro
componentes:
4- Tarefas de casa ou atividades entre as
sessões
Programar atividades entre sessões para a
generalização dos comportamentos aprendidos
ao cotidiano de cada um.
Picon e Penido, 2011
Técnicas de 
conversação
▷A maneira exata com a qual se deve iniciar uma
conversação depende do contexto: a situação
material (o trabalho, o ônibus, uma festa), a hora
do dia (o café da manhã, o almoço, a saída do
trabalho), a pessoa em questão (homem,
mulher, subordinado, superior) etc.
Caballo, 2014
01/05/2017
95
Técnicas de 
conversação
▷Em uma conversação, as pessoas não sabem,
em geral, como iniciar ou entrar nela. Uma vez
iniciada a conversação, é importante saber como
mantê-la. Duas habilidades importantes são
mudar o conteúdo e mudar o tema da
conversação.
▷É importante, também, saber como terminar
uma conversação ou como passar de um nível
de conversação a outro.
Caballo, 2014
Técnicas de 
conversação
Caballo, 2014
Maneiras de iniciar conversações (Gambrill e 
Richey, 1985)
Fazer uma pergunta ou um comentário
sobre a situação ou uma atividade na qual
se está implicado.
Fazer elogios aos demais sobre algum
aspecto de seu comportamento, aparência
ou algum outro atributo.
Fazer uma observação ou uma pergunta
casual sobre o que alguém está fazendo.
Perguntar se pode juntar-se à outra
pessoa ou pedir à outra pessoa que se
junte a ele(a).
Pedir ajuda, conselho, opinião ou
informação a outra pessoa.
Oferecer algo a alguém.
Compartilhar experiências, sentimentos ou
opiniões pessoais.
Cumprimentar outra pessoa e apresentar-
se.
01/05/2017
96
Técnicas de 
conversação
Caballo, 2014
Regras básicas para iniciar conversações (Gambrill
e Richey, 1985)
Ser positivo Ser direto
Cultivar uma perspectiva dupla Antecipar uma reação positiva
Tirar proveito do humor Utilizar frases iniciais curtas
Perguntar a si mesmo como
responderia
Fazer perguntas com final aberto
Tirar proveito da livre informação Insistir
Cultivar a curiosidade Selecionar objetivos alcançáveis
Tirar proveito do estilo próprio Sorrir e olhar para as pessoas
Aproximar-se de pessoas que
parecem amigáveis
Aproximar-se de pessoas que
parecem livres para começar uma
conversa
Técnicas de 
conversação
Caballo, 2014
Algumas formas de manter a 
conversação
Discutir sentimentos, suposições ou
impressões mútuas.
Compartilhar pensamentos e
opiniões pessoais sobre um tema.
Intercâmbios mútuos de feitos,
compartilhar informação objetiva
sobre um tema.
Compartilhar fantasias, sonhos,
imagens, metas ou desejos.
Compartilhar atividades recentes. Compartilhar atividades passadas.
Compartilhar fatos engraçados,
contar histórias divertidas, rir de si
mesmo.
Compartilhar interesses.
01/05/2017
97
Técnicas de 
conversação
Caballo, 2014
Ensaio 
comportamental
 É o procedimento mais frequente empregado
no THS.
 Por meio dele representam-se maneiras
apropriadas e efetivas de enfrentar as
situações da vida real que são problemáticas
para o paciente.
Caballo, 2014
01/05/2017
98
Ensaio 
comportamental
 Seu objetivo consiste em aprender a modificar
modos de resposta não adaptativos,
substituindo-os por novas respostas.
 Diferencia-se de outras formas de
representação de papeis, como o psicodrama,
ao centrar-se na mudança de comportamento
como fim em si mesmo, e não como técnica
para identificar ou expressar supostos conflitos.
Caballo, 2014
Ensaio 
comportamental
 No ensaio de comportamento, o paciente
representa curtas cenas que simulam situações da
vida real.
 Pede-se ao “ator” principal que descreva
brevemente a situação-problema real.
 As perguntas que, quem, como, quando e onde
são úteis para emoldurar a cena, bem como para
determinar a maneira específica em que o
indivíduo quer atuar.
 A pergunta “por que” deve ser evitada.
Caballo, 2014
01/05/2017
99
Ensaio 
comportamental
 Algumas observações:
1- É preciso limitar-se a um problema em uma situação. Não se
deve tentar resolver tudo de uma vez.
2- É preciso limitar-se ao problema exposto no princípio.
3- Deve-se escolher uma situação recente ou uma que
provavelmente ocorra em um futuro próximo.
4- Não se de prolongar a parte da representação de papéis além
de um a três minutos.
5- As respostas devem ser tão curtas quanto possível.
6- É preciso lembrar que quem vai atuar é o principal conhecedor
do comportamento assertivo e de qual é a melhor resposta para a
pessoa nessa situação. Os que vão representar os outros papéis
devem ser escolhidos com base no que pensa o sujeito com
relação a quem representaria melhor as cenas.
Caballo, 2014
Aplicativo: Youper
01/05/2017
100
Aplicativo: Youper
Obrigada pela sua atenção!
Renata Gomes Netto
renatagnetto@gmail.com
renatagnetto@apsidesenvolvendopessoas.com.br😉
01/05/2017
101
Referências utilizadas
 APA. American Psychiatric Association (2014). Manual diagnóstico e estatístico dos transtornos
mentais – DSM-5. (5ª. Ed.). Porto Alegre: Artmed. (Original Publicado em 2013).
 Caballo, V. E. (2014). Manual de avaliação e Treinamento de Habilidades Sociais. São Paulo: Santos
Editora.
 Clark, D.A.; Beck, A.T. (2012). Terapia Cognitiva para os Transtornos de Ansiedade. Porto Alegre:
Artmed.
 Conceição, D. B.; Pontes, M. G. (2011)Treinamento em habilidades sociais: uma ferramenta útil
para atuar em ações afirmativas? In: SAMPAIO, S. M. R. (org). Observatório da vida estudantil:
primeiros estudos [online]. Salvador: EDUFBA, 2011, pp. 209-227. ISBN 978-85-232-1211-7.
 Hope, D. A.; Heimberg, R. G.; Turk, C. (2012) Vencendo a ansiedade social com a terapia cognitivo
comportamental. (2ª. Ed.) Porto Alegre; Artmed.
 Otero, V. R. L.; Rosa, H. H. F. da; Hetem, L. A. B. Fobias. In Hetem, L. A. B., & Graeff, F. G. (2012).
Transtornos de ansiedade. (2ª Ed.). São Paulo: Atheneu.
 Leahy, R.L. (2011). Livre de ansiedade. Porto Alegre: Artmed.
 Mochcovitch, M. D. Epidemiologia. In Nardi, A. E.; Quevedo, J.; Silva, A. G. (orgs.) (2014).Transtornos
de Ansiedade Social: teoria e clínica. Porto Alegre: Artmed.
 Picon, P. (2011) Modelo Cognitivo-comportamental da Fobia Social. In Oliveira, M. S.; Andretta, I.
(orgs.). Manual prático de terapia cognitivo-comportamental. São Paulo: Casa do Psicólogo.
 Picon, P.; Penido, M. A. (2011) Terapia Cognitivo-comportamental do Transtorno de Ansiedade
Social. In Rangé, B. (e col.). Psicoterapias cognitivo-comportamentais: um diálogo com a psiquiatria.
Porto Alegre: Artmed.
 Turk, C.; Heimberg, R. G.; Magee, L. (2009). Transtorno de Ansiedade Social. In Barlow, D. H. (e col.).
Transtornos psicológicos: tratamento passo a passo. Porto Alegre: Artmed.

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