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01/05/2017 1 TCC para a FOBIA SOCIAL e TREINO DE HABILIDADES SOCIAIS ESPECIALIZAÇÃO EM TCC Módulo 7 – Cuiabá Profª. Ma. Renata Gomes Netto 01/05/2017 2 Leahy, 2011 A essência do TAS é o medo de ser avaliado negativamente pelos outros. Esse medo é o que torna quase todo encontro social repleto de ansiedade: falar em público, pedir informações em geral, sair para jantar, se aproximar de pessoas do sexo oposto, fazer pedidos, usar banheiros ou vestiários públicos, falar em sala de aula, fazer ligações telefônicas, ser apresentado a pessoas novas, submeter-se a uma entrevista de emprego, reuniões, apresentações e festas. O medo é de como os outros vão avaliá-lo. 01/05/2017 3 01/05/2017 4 01/05/2017 5 FOBIA SOCIAL Psicopatologia do Transtorno de Ansiedade Social Modelos Explicativos do Transtorno de Ansiedade Social Estratégias e técnicas cognitivas e comportamentais no Transtorno de Ansiedade Social TRANSTORNO DE ANSIEDADE SOCIAL Psicopatologia do Transtorno de Ansiedade Social Modelos Explicativos do Transtorno de Ansiedade Social Estratégias e técnicas cognitivas e comportamentais no Transtorno de Ansiedade Social 01/05/2017 6 Transtornos de Ansiedade Incluem transtornos que compartilham características de medo e ansiedade excessivos e perturbações comportamentais relacionadas. Medo - Resposta emocional a ameaça iminente real ou percebida. - Associado a períodos de excitabilidade autonômica aumentada, necessária para luta ou fuga. Ansiedade - Antecipação de ameaça futura. - Associada a tensão muscular e vigilância em preparação para perigo futuro e comportamentos de cautela ou esquiva. APA, 2014 “O medo sempre está disposto a ver as coisas piores do que são.” Tito Lívio 01/05/2017 7 Transtornos de Ansiedade Medo - Estado neurofisiológico automático primitivo de alarme envolvendo a avaliação cognitiva de ameaça ou perigo iminente à segurança e integridade de um indivíduo. Ansiedade - Sistema de resposta cognitiva, afetiva, fisiológica e comportamental complexo (isto é, modo de ameaça) que é avaliado quando eventos ou circunstâncias antecipadas são consideradas altamente aversivas porque são percebidas como eventos imprevisíveis, incontroláveis que poderiam potencialmente ameaçar os interesses vitais de um indivíduo. Clark e Beck, 2012 É consenso entre os estudiosos do comportamento humano que ansiedade e medo têm função adaptativa e desempenham um importante papel na evolução e na preservação da espécie. Mas, tanto um como outro, quando muito intensos e desproporcionais aos estímulos que evocam, deixam de ter essa função adaptativa no sentido filogenético e passam a comprometer o desempenho comportamental do indivíduo nas áreas de interação social, trabalho, estudo, relacionamento familiar e saúde, entre outros. Otero et al., 2012 Transtornos de Ansiedade 01/05/2017 8 Critérios para diferenciar estados anormais de medo e ansiedade: O medo ou ansiedade é baseado em uma suposição falsa ou raciocínio falho sobre o potencial para ameaça ou perigo em situações relevantes? (Cognição disfuncional) O medo ou ansiedade realmente interfere na capacidade do indivíduo de enfrentar circunstâncias aversivas ou difíceis? (Funcionamento prejudicado) A ansiedade está presente durante um período de tempo prolongado? (Manutenção) O indivíduo vivencia alarmes falsos de ataques de pânico? (Alarmes Falsos) O medo ou ansiedade é ativado por uma variedade razoavelmente ampla de situações envolvendo perigo potencial relativamente leve? (Hipersensibilidade a estímulos) Transtornos de Ansiedade Clark e Beck, 2012 SINTOMAS FISIOLÓGICOS SINTOMAS COGNITIVOS SINTOMAS COMPORTAMENTAIS SINTOMAS AFETIVOS 1- Aumento da frequência cardíaca, palpitações; 2- Falta de ar, respiração rápida, boca seca; 3- Dor ou pressão no peito; 4- Sensação de sufocação; 5- Tontura, sensação de “cabeça vazia”; 6- Sudorese, ondas de calor, calafrios; 7- Náusea, dor de estômago, diarreia; 8- Tremor, agitação; rigidez; 9- Formigamento ou dormência nos braços, nas pernas; Tensão muscular; 10- Fraqueza, sem equilíbrio, desmaio. 1- Medo de perder o controle, de ser incapaz de enfrentar; 2- Medo de ferimento físico ou morte; 3- Medo de “ficar louco”; 4- Medo da avaliação negativa pelos outros; 5- Pensamentos, imagens ou recordações aterrorizantes; 6- Percepções de irrealidade ou afastamento; 7- Concentração deficiente, confusão, distração; 8- Estreitamento da atenção, hipervigilância para ameaça; 9- Memória deficiente; 10- Dificuldade de raciocínio, perda de objetividade. 1- Evitação de sinais ou situações de ameaça; 2- Esquiva, fuga; 3- Busca de segurança, reasseguramento; 4- Inquietação, agitação, movimentos rítmicos; 5- Hiperventilação; 6- Congelamento, imobilidade; 7- Dificuldade para falar. 1- Nervoso, tenso, excitado; 2- Assustado, temeroso, aterrorizado; 3- Irritável, nervoso, irrequieto; 4- Impaciente, frustrado. Transtornos de Ansiedade Clark e Beck, 2012 01/05/2017 9 Transtornos de Ansiedade – DSM 5 Transtorno de Ansiedade de Separação Mutismo Seletivo Fobia Específica Transtorno de Pânico Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG) Transtorno de Ansiedade Social (TAS) ou Fobia Social Agorafobia APA, 2014 Transtornos de Ansiedade – DSM 5 Transtorno de Ansiedade de Separação Mutismo Seletivo Fobia Específica Transtorno de Pânico Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG) Transtorno de Ansiedade Social (TAS) ou Fobia Social Agorafobia APA, 2014 Diferem entre si nos tipos de objetos ou situações que induzem medo, ansiedade ou comportamento de esquiva e na ideação cognitiva associada. São comórbidos entre si, porém, podem ser diferenciados em um exame detalhado dos tipos de situações que são temidas ou evitadas e pelo conteúdo dos pensamentos ou crenças associadas. 01/05/2017 10 Transtornos de Ansiedade – CID 10 Transtornos Neuróticos, Transtornos Relacionados com o “Stress” e Transtornos Somatoformes (F40-F48) Transtornos Fóbico-ansiosos (F40) Agorafobia (F40.0) Fobias sociais (F40.1) Fobias específicas (F40.2) Outros transtornos fóbico-ansiosos (F40.8) Transtorno fóbico-ansioso, não especificado (F40.9) OMS, 2007 Transtornos de Ansiedade Muitos se desenvolvem na infância e tendem a persistir se não forem tratados. Maior frequência: mulheres (proporção 2:1). APA, 2014 01/05/2017 11 Transtornos de Ansiedade A ansiedade pode ser uma doença incapacitante. Pode levar ao uso de substâncias. Pode levar à depressão. Limita as pessoas em diversas áreas da vida: incapacidade de trabalhar de modo eficaz. Doença real e duradoura. Condição psicológica mais comum pela qual passamos. Leahy, 2011 Transtornos de Ansiedade A ansiedade pode ser uma doença incapacitante. Pode levar ao uso de substâncias. Pode levar à depressão. Limita as pessoas em diversas áreas da vida: incapacidade de trabalhar de modo eficaz. Doença real e duradoura. Condição psicológica mais comum pela qual passamos. Leahy, 2011 Achamos que precisamos prestar atenção ao que nossa mente está nos dizendo, de modo que possamos evitar catástrofes e aproveitar melhor o lado bom da vida. Infelizmente, essa ideia parece ser, em grande parte, uma ilusão. Nossasansiedades nunca parecem nos conduzir a uma existência melhor e mais compensadora. Nunca são o sistema de navegação confiável que queremos que seja. - Tornam nosso comportamento menos adequado; - Interrompem nosso sono; - Colocam-nos em conflito com os outros; - Limitar nossas opções de vida; - Obscurecem nossas perspectivas; - Nos fazem sofrer. 01/05/2017 12 Transtornos de Ansiedade Por que a ansiedade está aumentando sendo que temos melhores condições de vida na atualidade? Não basta conforto material e segurança. Nível de conexão social experimentado ao longo da vida: nossos laços com outras pessoas estão menos estáveis e previsíveis. Leahy, 2011 Transtornos de Ansiedade Por que a ansiedade está aumentando sendo que temos melhores condições de vida na atualidade? Não basta conforto material e segurança. Nível de conexão social experimentado ao longo da vida: nossos laços com outras pessoas estão menos estáveis e previsíveis. Leahy, 2011 Como vivem as pessoas hoje? Como se organizam? Com que frequência você vê a sua família? E os seus amigos? Diversos fatores sociais que promovem a insegurança e consequentemente a ansiedade: a vida não é mais tão segura quanto já foi. O apoio da “tribo”, de que a evolução nos acostumou a ser dependente, não está disponível como antes. 01/05/2017 13 Phobos, palavra grega que dá origem à palavra fobia, era fruto da união entre os deuses Ares e Afrodite. Ele acompanhava Ares nos campos de batalha provocando medo e covardia nos inimigos, o que os fazia fugir. Esse padrão comportamental descrito pelo mito é o que caracteriza, basicamente, o comportamento das pessoas que vivem experiências de intenso temor e buscam fugir e/ou esquivar-se das situações que as atemorizam, sejam essas reais ou imaginárias. Otero et al., 2012 Fobia social Os transtornos de ansiedade eram todos classificados numa mesma categoria de acordo com as descrições nosológicas dos transtornos mentais. Somente em 1960, o psiquiatra inglês Isaac Marks propôs que a fobia social deveria ser descrita como uma categoria diagnóstica distinta. Em 1980 o termo é oficialmente incluído como uma categoria específica na edição do DSM-III (APA, 1980). Pereira, 2012 Fobia social 01/05/2017 14 Os transtornos de ansiedade eram todos classificados numa mesma categoria de acordo com as descrições nosológicas dos transtornos mentais. Somente em 1960, o psiquiatra inglês Isaac Marks propôs que a fobia social deveria ser descrita como uma categoria diagnóstica distinta. Em 1980 o termo é oficialmente incluído como uma categoria específica na edição do DSM-III (APA, 1980). Pereira, 2012 Fobia social O DSM-III descrevia a fobia social como medo circunscrito a situação de desempenho como: falar, comer ou urinar na frente de outras pessoas, causando um sofrimento significativo. Nesta classificação a FS ocasiona uma ansiedade excessiva em diversos ambientes sociais, como conversas informais e situações de interação social. Pereira, 2012 Fobia social 01/05/2017 15 O DSM-IV é apresentado em 1994, destacando a interferência significativa da fobia social na vida do sujeito, seja no trabalho, vida social, atividades acadêmicas e lazer (Barros Neto, 2000); aspectos estes não expostos no DSM-III-R. Nota-se também, que as edições realizadas passam a acomodar as crianças com diagnóstico de fobia social, além de utilizar mais o termo Transtorno de Ansiedade Social (TAS). Pereira, 2012 Fobia social Essa nova terminologia (TAS) enfatiza os prejuízos relacionados a esse transtorno, destacando o medo acentuado de uma ou mais situações de interação e avaliação negativa por outras pessoas, além do medo de comportar-se de forma embaraçosa. O termo transtorno de ansiedade social descreve de forma mais clara esse distúrbio e engloba situações em que o sujeito não apresenta o comportamento de esquiva durante a situação social, mas ao vivenciá-la provoca um desconforto considerável. Pereira, 2012 Fobia social 01/05/2017 16 PSICOPATOLOGIA DO TAS Modelos Classificatórios do TAS Subtipos do TAS Aspectos Epidemiológicos do TAS Comorbidades associadas ao TAS Possuem critérios operacionais para classificar e diagnosticar as condições mentais. Uso funcional: advêm de anos de pesquisas e experiência clínica acumuladas, são úteis para uma padronização internacional de diagnósticos apropriados à comunicação, pesquisa, além de codificarem atestados, laudos e perícias. CID-10 e DSM-5 Rosa, 2015 01/05/2017 17 CID-10 e DSM-5 DIAGNÓSTICO X CLASSIFICAÇÃO “diagnóstico” • atividade de discriminação de entidades clínicas • o que se passa com o paciente? É preciso entender sua singularidade, particularidades e circunstâncias. • O que este paciente tem em comum com os demais indivíduos incluídos sob a mesma rubrica? “classificação” • ordenação das entidades clínicas em grupos ou categorias, com base em suas relações compartilhadas ou diferenciais • Serve ao diagnóstico: deve ser um instrumento a serviço do clínico e, em última instância, do paciente. ABP, 2005 As classificações diagnósticas devem ser entendidas como hipóteses de trabalho que permitem manipular mais facilmente conjuntos de informações, para diversos fins. As classificações privilegiam os aspectos psicopatológicos mais facilmente verificáveis e menos inferenciais. Nenhuma classificação serve igualmente bem para todos os propósitos. CID-10 e DSM-5 ABP, 2005 01/05/2017 18 Os fenômenos psiquiátricos não são simples objetos naturais estáveis. As formas de sofrimento mental se modificam ao longo do tempo e dependem em larga medida da matriz cultural utilizada para descrever e elaborar a experiência (vale lembrar que a nomenclatura profissional termina por ser assimilada pela cultura). Este é um dos fatores que explica porque alguns diagnósticos se tornam tão importantes em determinados períodos. Não se trata de meros modismos diagnósticos, mas de processos culturais dinâmicos que se retroalimentam. CID-10 e DSM-5 ABP, 2005 CID-10 e DSM-5, são baseadas em regras e critérios explícitos estipulativos (de inclusão e de exclusão), que definem as categorias diagnósticas. O diagnóstico é fundamentalmente clínico. Os critérios diagnósticos existentes são convencionais: se baseiam nas evidências científicas disponíveis. São provisórios e sujeitos a revisão de acordo com os resultados dos estudos empíricos. CID-10 e DSM-5 ABP, 2005 01/05/2017 19 FOBIAS SOCIAIS (F40.10) Medo de ficar exposto à observação atenta de outrem e que leva a evitar situações sociais. As fobias sociais graves se acompanham habitualmente de perda da autoestima e de medo de ser criticado. As fobias sociais podem se manifestar por rubor, tremor das mãos, náuseas ou desejo urgente de urinar, sendo que o paciente por vezes está convencido de que uma ou outra destas manifestações secundárias constitui seu problema primário. Os sintomas podem evoluir para um ataque de pânico. Antropofobia Neurose Social CID-10 OMS, 2007 Medo do escrutínio por outras pessoas em grupos pequenos, e não de estar junto a muitas pessoas como em outros transtornos de ansiedade: provoca no sujeito a esquiva da situação social. Associa a fobia social à baixa autoestima e ao medo de críticas. No tocante a sintomatologia ansiosa, essa classificação especifica o tipo e o número de sintomas, como por exemplo, a presençade pelo menos um dos sintomas físicos de ansiedade social – rubor facial, tremores e náusea. Pereira, 2012 CID-10 01/05/2017 20 A diferença entre a CID-10 e o DSM-5, reflete nos estudos de prevalência da fobia social, já que os resultados ao utilizar esses manuais são bastante controversos e distintos entre eles. Os critérios utilizados pela CID são mais restritivos e os do DSM são amplos e possuem uma maior sensibilidade para a FS, já que valoriza o prejuízo e as limitações causadas pelo medo social; além disso, inclui critérios para crianças. DSM-5 X CID-10 FOBIAS SOCIAIS Pereira, 2012 Outra divergência é em relação ao aspecto temporal, uma vez que a CID-10 não estipula um tempo da presença dos sintomas como visto no item F da tabela do DSM-IV (DSM 5 mantém). A CID-10 não considera o medo de falar em audiências como uma situação de fobia social. Em contrapartida, o DSM-IV não especifica os sintomas somáticos ocasionados por este transtorno. DSM-5 X CID-10 FOBIAS SOCIAIS Pereira, 2012 01/05/2017 21 O DSM-5 requer medo persistente de situações sociais, medo de humilhação e evitação; já para a CID-10, é necessária apenas a presença de um desses critérios. A CID-10 não considera o medo de falar diante de grandes audiências uma condição fóbica patológica, especificando que o medo do escrutínio seja relacionado a pequenos grupos de indivíduos. DSM-5 X CID-10 FOBIAS SOCIAIS Mochcovitck, 2014 A. Medo ou ansiedade acentuados acerca de uma ou mais situações sociais em que o indivíduo é exposto a possível avaliação por outras pessoas. Exemplos incluem interações sociais (p. ex., manter uma conversa, encontrar pessoas que não são familiares), ser observado (p. ex., comendo ou bebendo) e situações de desempenho diante de outros (p. ex., proferir palestras). Nota: Em crianças, a ansiedade deve ocorrer em contextos que envolvem seus pares, e não apenas em interações com adultos. DSM-5 Critérios diagnósticos APA, 2014 01/05/2017 22 B. O indivíduo teme agir de forma a demonstrar sintomas de ansiedade que serão avaliados negativamente (i.e., será humilhante ou constrangedor; provocará a rejeição ou ofenderá a outros). C. As situações sociais quase sempre provocam medo ou ansiedade. Nota: Em crianças, o medo ou ansiedade pode ser expresso chorando, com ataques de raiva, imobilidade, comportamento de agarrar-se, encolhendo-se ou fracassando em falar em situações sociais. DSM-5 Critérios diagnósticos APA, 2014 D. As situações sociais são evitadas ou suportadas com intenso medo ou ansiedade. E. O medo ou ansiedade é desproporcional à ameaça real apresentada pela situação social e o contexto sociocultural. F. O medo, ansiedade ou esquiva é persistente, geralmente durando mais de seis meses. DSM-5 Critérios diagnósticos APA, 2014 01/05/2017 23 D. As situações sociais são evitadas ou suportadas com intenso medo ou ansiedade. E. O medo ou ansiedade é desproporcional à ameaça real apresentada pela situação social e o contexto sociocultural. F. O medo, ansiedade ou esquiva é persistente, geralmente durando mais de seis meses. DSM-5 Critérios diagnósticos APA, 2014 Pessoas com Fobia Social não são apenas um pouco nervosas em situações. Suas vidas são ditadas pela necessidade de evitar situações sociais ou suportá-las com extrema ansiedade. G. O medo, ansiedade ou esquiva causa sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo. H. O medo, ansiedade ou esquiva não é consequência dos efeitos fisiológicos de uma substância (p. ex., droga de abuso, medicamento) ou de outra condição médica. DSM-5 Critérios diagnósticos APA, 2014 01/05/2017 24 I. O medo, ansiedade ou esquiva não é mais bem explicado pelos sintomas de outro transtorno mental, como transtorno de pânico, transtorno dismórfico corporal ou transtorno do espectro autista. J. Se outra condição médica (p. ex., doença de Parkinson, obesidade, desfiguração por queimaduras ou ferimentos) está presente, o medo, ansiedade ou esquiva é claramente não relacionado ou é excessivo. Especificar se: Somente desempenho: Se o medo está restrito à fala ou ao desempenhar em público. DSM-5 Critérios diagnósticos APA, 2014 FOBIA SOCIAL 01/05/2017 25 DSM-5 Caracterísitcas diagnósticas • Medo ou ansiedade acentuados ou intensos de situações sociais nas quais o indivíduo pode ser avaliado pelos outros. • Medo de ser avaliado negativamente. APA, 2014 “ “Nada nos impede mais de ser naturais do que o desejo de o parecermos.” François, Duque de la Rochefoucauld (Escritor e aristocrata francês, 1613-1680) 01/05/2017 26 DSM-5 Caracterísitcas diagnósticas • Ser julgado como: louco, ansioso, débil, estúpido, amedrontado, desagradável. • Teme demonstrar sintomas de ansiedade: rubor, tremor, transpiração, tropeçar nas palavras. APA, 2014 DSM-5 Caracterísitcas diagnósticas • O grau e o tipo de medo e ansiedade podem variar (p. ex., ansiedade antecipatória, ataque de pânico) em diferentes ocasiões. • A ansiedade antecipatória pode ocorrer às vezes muito antes das próximas situações (p. ex., preocupar-se todos os dias durante semanas antes de participar de um evento social, repetir antecipadamente um discurso por dias). APA, 2014 01/05/2017 27 DSM-5 Caracterísitcas diagnósticas • Em crianças, o medo ou ansiedade pode ser expresso por choro, ataques de raiva, imobilização, comportamento de agarrar-se ou encolher- se em situações sociais. APA, 2014 DSM-5 Caracterísitcas diagnósticas • A esquiva pode ser abrangente (p. ex., não ir a festas, recusar a escola) ou sutil (p. ex., preparando excessivamente o texto de um discurso, desviando a atenção para os outros, limitando o contato visual). • Indivíduos com transtorno de ansiedade social com frequência superestimam as consequências negativas das situações sociais o julgamento quanto a ser desproporcional deve ser feito pelo clínico. APA, 2014 01/05/2017 28 DSM-5 Caracterísitcas diagnósticas • O contexto sociocultural precisa ser considerado, pois em certas culturas um comportamento que seria julgado ansioso, em outra pode ser considerado apropriado em determinadas situações sociais, como um sinal de respeito. APA, 2014 DSM-5 Caracterísitcas diagnósticas • Taijin Kyofusho: transtorno caracterizado por medo de ser observado em diversas situações sociais, mas em vez de se preocupar em fazer algo que o envergonhe, como ocorre em culturas ocidentais o indivíduo se preocupa em fazer algo que ofenda ou envergonhe o outro. Mochcovitch, 2014 01/05/2017 29 DSM-5 Inadequadamente assertivos. Muito submissos ou muito controladores da conversa. Podem mostrar postura corporal excessivamente rígida ou contato visual inadequado. Falar com voz extremamente suave. Podem ser tímidos ou retraídos e ser menos abertos em conversas e revelar pouco a seu respeito. APA, 2014 Caracterísitcas diagnósticas Automedicação com substâncias é comum. DSM-5 Curso e desenvolvimento - Idade média de início: 13 anos. - Pode começar na infância, raramente na idade adulta. - Pode diminuir depois que um indivíduo com medo de encontros se casa e pode ressurgir após o divórcio. - Tende a ser particularmente persistente. - Adultos mais velhos: ansiedade social em níveis mais baixos, mas dentro de uma variedade mais ampla de situações. - Adultos mais jovens: níveis mais altos de ansiedadesocial para situações específicas. APA, 2014 01/05/2017 30 DSM-5 Consequências funcionais - O TAS está associado a taxas elevadas de evasão escolar e prejuízos no bem-estar, no emprego, na produtividade no ambiente de trabalho, no status socioeconômico e na qualidade de vida. - Impede atividades de lazer. - Apenas cerca da metade dos indivíduos busca tratamento, e eles tendem a fazer isso somente depois de 15 a 20 anos com sintomas. - Não estar empregado é um forte preditor para a persistência do transtorno. APA, 2014 epidemiologia ▷Estudo publicado em 2005 por Vocano e col. Em uma comunidade brasileira pouco favorecida: ▷9,1% de prevalência em um ano ▷11,8% de prevalência ao longo da vida Prevalência de TAS maior ou semelhante à encontrada em países desenvolvidos. Mochcovitch, 2014 01/05/2017 31 epidemiologia ▷Em 2012 foi publicado um estudo de prevalência das doenças psiquiátricas em São Paulo, e a prevalência de FS ao longo da vida foi de 5,6%. ▷A FS é mais comum em mulheres do que em homens, inclusive em estudos brasileiros (prevalência de 6,7 a 4,2% respectivamente). Mochcovitch, 2014 epidemiologia Mochcovitch, 2014 01/05/2017 32 epidemiologia ▷Embora as mulheres recebam o diagnóstico de TAS com mais frequência, mais homens procuram por tratamento, estando dessa forma, presentes em uma frequência igual ou maior que as mulheres em amostras clínicas, diferentemente do que é descrito em relação a outros transtornos de ansiedade. Mochcovitch, 2014 epidemiologia ▷Acomete mais indivíduos de baixo poder aquisitivo, com menor nível educacional, com dificuldades de desempenho escolar e problemas de conduta no ambiente acadêmico, apresentando altas taxas de comorbidade. ▷O dado mais relevante é que o TAS, independentemente dos critérios utilizados para identificação de casos, continua sendo um transtorno psiquiátrico muito prevalente, potencialmente incapacitante e que merece atenção. Picon, 2011 01/05/2017 33 DSM-5 subtipos? ▷Pessoas com TAS compõem um grupo heterogêneo em termos de penetração e gravidade dos seus medos. ▷Muitas pessoas têm um leque de medos sociais, incluindo medos relacionados a interação social (p. ex. namorar, participar de uma conversa, ser assertivo), medos relacionados a desempenho (p. ex. falar em público, tocar um instrumento musical na frente dos outros) e medos relacionados a observação (p. ex. trabalhar na frente dos outros, andar na rua). Heimberg e Magee, 2016 DSM-5 subtipos? ▷O manual atual não classifica mais em subtipos: generalizado e circunscrito (restrito), inclui um subtipo relacionado apenas a desempenho, refletindo indivíduos para os quais o medo se restringe a falar ou atuar em público. Heimberg e Magee, 2016 01/05/2017 34 DSM-5 subtipos? ▷Em relação ao subtipo relacionado apenas a desempenho do DSM-5, ter ansiedade social em muitas situações foi associado a idade precoce para início do problema, ao desempenho educacional inferior, a índices mais altos de desemprego e a uma probabilidade maior de não ser casado. Heimberg e Magee, 2016 DSM-5 subtipos? ▷Esse grupo também experimentou mais depressão, ansiedade social, evitação, medo de avaliação negativa e prejuízos funcionais ▷Após a TCC, os pacientes que têm medo de muitas situações sociais melhoram tanto quanto os que têm medo apenas de situações de desempenho. ▷Contudo, os paciente com vários medos sociais permanecem com maior prejuízo após receber o mesmo número de sessões de tratamento. Heimberg e Magee, 2016 01/05/2017 35 DSM-5 subtipos? ▷Com exceção do subtipo apenas de desempenho, o TAS tem muitas características em comum com o transtorno de personalidade evitativo (TPE). ▷No atual sistema de diagnóstico, o TPE é caracterizado por um longo padrão “de inibição social, sentimentos de inadequação e hipersensibilidade à avaliação negativa”. ▷Muitos indivíduos que cumprem os critérios para o TAS também cumprem os critérios de TPE: mais deprimidos e demonstram maior dificuldade funcional e pior qualidade de vida. Heimberg e Magee, 2016 IMPACTO FUNCIONAL DA FOBIA SOCIAL - Abandono escolar e menor nível educacional - Piores colocações no mercado de trabalho - Maior risco de desemprego - Mais gastos com saúde - Maior dependência financeira de familiares e do estado Mochcovitch, 2014 01/05/2017 36 DSM-5 APA, 2014 Diagnóstico diferencial Timidez normal Agorafobia Transtorno de pânico Transtorno de ansiedade generalizada Fobias específicas Transtorno de ansiedade de separação Mutismo seletivo Transtorno depressivo maior Transtorno dismórfico corporal Transtorno delirante Transtorno do espectro autista Transtorno delirante DSM-5 Comorbidade ▷Os diagnósticos comórbidos mais frequentes são a fobia simples (59%), a agorafobia (44,9%), o alcoolismo (18,8%), a depressão maior (16,6%) e o abuso de drogas (13%). ▷Adolescentes portadores de FS apresentam maior probabilidade de dificuldades escolares devido a problemas de atenção relacionados à ansiedade social, transtornno de conduta e uso de álcool ou drogas. Picon, 2011 01/05/2017 37 DSM-5 Comorbidade ▷Substâncias podem ser usadas como automedicação para medos sociais; porém, os sintomas de intoxicação ou abstinência, como tremor, também podem ser fonte de mais medo social. ▷ Transtorno dismórfico corporal: preocupação com uma leve irregularidade no nariz e devido a um medo grave de parecer pouco inteligente. APA, 2014 DSM-5 Comorbidade ▷Forma mais generalizada de TAS comorbidade com transtorno de personalidade evitativa. ▷ Em crianças, as comorbidades com autismo de alto funcionamento e mutismo seletivo são comuns. APA, 2014 01/05/2017 38 DSM-5 Comorbidade ▷Outros transtornos de ansiedade, transtorno depressivo maior e transtornos por uso de substâncias. ▷Seu início geralmente precede o de outros transtornos, exceto a fobia específica e o transtorno de ansiedade de separação. ▷O isolamento social crônico no curso de um transtorno de ansiedade social pode resultar em transtorno depressivo maior. APA, 2014 DSM-5 Comorbidade ▷Quando em comorbidade, a FS provoca piora no prognóstico de outros transtornos mentais, aumentando sua cronicidade e gravidade e, no caso específico da depressão, elvando o risco de suicídio. ▷A apresentação “pura” da doença pode ser considerada a exceção e não a regra. Mochcovitch, 2014 01/05/2017 39 EDIT IN GOOGLE SLIDES Go to the File menu and select Make a copy. You will get a copy of this document on your Google Drive and will be able to edit, add or delete slides. EDIT IN POWERPOINT® Go to the File menu and select Download as Microsoft PowerPoint. You will get a .pptx file that you can edit in PowerPoint. Remember to download and install the fonts used in this presentation (you’ll find the links to the font files needed in the Presentation design slide) More info on how to use this template at www.slidescarnival.com/help-use-presentation-template This template is free to use under Creative Commons Attribution license. 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MODELOS EXPLICATIVOS DO TAS Modelo de Geração e Manutenção de Ansiedade em situações socioavaliativas Distorções Cognitivas Atenção seletiva (Atenção autofocada) Hiperventilação e demais reações fisiológicas 01/05/2017 40 Situações sociais mais temidas ▷ Iniciar ou manter conversações▷ Ficar (marcar um encontro) com alguém ▷ Ir a uma festa ▷ Comportar-se assertivamente (expressar desacordo ou rejeitar um pedido) ▷ Telefonar (especialmente para pessoas que não conhece muito bem) ▷ Falar com pessoas com autoridade ▷ Devolver um produto à loja onde o comprou ▷ Fazer contato ocular com pessoas que não conhece ▷ Fazer e receber elogios ▷ Participar de reuniões, congressos ▷ Falar em público (diante de grupos grandes ou pequenos) ▷ Atuar diante de outras pessoas ▷ Ser o centro das atenções (entrar em uma sala quando as pessoas já estão sentadas) ▷ Comer/beber em público ▷ Escrever/trabalhar enquanto está sendo observado ▷ Utilizar banheiros públicos Caballo et. al., 2011 Sintomas somáticos ▷Palpitações – 79% ▷Tremores – 75% ▷Sudorese – 74% ▷Tensão muscular – 64% ▷Sensação de vazo no estômago – 63% ▷Boca seca – 61% ▷Sentir frio/calor – 57% ▷Ruborizar-se – 51% ▷Tensão/dores de cabeça – 46% Caballo et. al., 2011 01/05/2017 41 Sintomas somáticos ▷Hiperventilação ▷ Acontece quando uma pessoa está com a respiração mais rápida e mais profunda do que o normal, podendo provocar uma sensação assustadora: seu coração bate mais rápido, provocando palpitação e a sensação de que lhe falta ar. Sintomas somáticos ▷Hiperventilação ▷Consequentemente o nível de gás carbônico no sangue e no cérebro cai, provocando os seguintes sintomas: palpitação, sensação de falta de ar, formigamento e dormência em pernas, braços e lábios, sensação de morte iminente e, algumas vezes, perda de consciência (desmaio). Os sintomas geralmente duram de 20 a 30 minutos, mas para a pessoa a sensação é de horas. 01/05/2017 42 Sintomas somáticos ▷Hiperventilação ▷Estão dispostos a tolerar um nível moderado de desconforto? (dor lombar, gravidez, hipotensão postural, doença pulmonar obstrutiva crônica, asma grave ou doença cardíaca) Clark e Beck, 2012 Sintomas somáticos ▷Hiperventilação ▷Você vai hiperventilar a frequência de 30 respirações por minuto durante 2 minutos ou até que se torne muito difícil continuar. Respire entre as mãos fechadas, de forma a inspirar novamente o CO2 expirado. ▷Foque nas sensações físicas produzidas pela hiperventilação. Clark e Beck, 2012 01/05/2017 43 Sintomas somáticos ▷Hiperventilação ▷O que você experienciou? ▷Quais foram as sensações físicas? ▷Quais os pensamentos presentes? Clark e Beck, 2012 Sintomas somáticos ▷Hiperventilação ▷Provoca uma queda abrupta no CO2 arterial que causa sensações físicas desconfortáveis. ▷Quando esses sintomas são interpretados erroneamente como indicando uma ameaça à vida como um ataque cardíaco, ficar louco ou sufocação, o pânico se instala. Clark e Beck, 2012 01/05/2017 44 Sintomas somáticos ▷Hiperventilação ▷Aprender a anular a hiperventilação com uma frequência respiratória mais lenta e moderada reduzirá a intensidade das sensações físicas e fornecerá nova evidência de que as sensações se devem à hiperventilação e não a uma ameaça catastrófica à saúde. ▷Respiração diafragmática. Clark e Beck, 2012 Sintomas somáticos 01/05/2017 45 Sintoma comportamental ▷Evitação das situações temidas: por definição, os sujeitos com fobia social temem ou evitam situações nas quais é possível a observação por parte dos demais. ▷Dificuldade de falar com clareza; ▷ Intenso incômodo, vontade de sair de onde se está. Caballo et. al., 2011 Aspectos cognitivos ▷Manutenção ou agravamento da fobia social: ▷Supervalorização dos aspectos negativos do seu comportamento; ▷Excessiva consciência de si mesmo; ▷Temor à avaliação negativa; ▷Padrões excessivamente elevados para a avaliação da sua atuação; ▷Percepção da falta de controle sobre seu próprio comportamento, etc. Caballo et. al., 2011 01/05/2017 46 Causas do TAS Leahy, 2011 Modelo cognitivo- comportamental ▷Modelo de geração e manutenção da ansiedade em situações socioavaliativas: Rapee e Heimberg (1997): ▷Como os indivíduos com TAS processam a informação ao se deparar com uma situação com potencial para avaliação negativa Turk, Heimberg e Magee, 2009 01/05/2017 47 Modelo cognitivo- comportamental Turk, Heimberg e Magee, 2009 Modelo cognitivo- comportamental Turk, Heimberg e Magee, 2009 Sensação de estar “no palco” na presença de outras pessoas: ser observado por outras. 01/05/2017 48 Modelo cognitivo- comportamental Turk, Heimberg e Magee, 2009 Como me pareço para as outras pessoas? - Representação mental com imagens negativas e distorcidas na qual se vê da perspectiva de um observador Modelo cognitivo- comportamental Turk, Heimberg e Magee, 2009 Sensações somáticas de perspiração podem produzir imagens de suor pingando no rosto da pessoa 01/05/2017 49 Modelo cognitivo- comportamental Turk, Heimberg e Magee, 2009 Reações dos outros: franzir a testa, bocejar Modelo cognitivo- comportamental Turk, Heimberg e Magee, 2009 A divisão dos recursos de atenção entre ameaças sociais externas, a representação mental (distorcida) de si aos olhos dos outros e as demandas da atual tarefa social podem resultar em déficits reais de desempenho (os quais por sua vez, podem gerar avaliação social negativa) 01/05/2017 50 Modelo cognitivo- comportamental Turk, Heimberg e Magee, 2009 Tentam prever os padrões que o público vai aplicar a elas na situação em questão. As características do público (importância, atratividade) e da situação (informal ou formal) influenciam os padrões projetados no público. Tentam julgar até onde sua representação mental atual sobre seu comportamento e sua aparência corresponde aos padrões do público. Modelo cognitivo- comportamental ▷Modelo de geração e manutenção da ansiedade em situações socioavaliativas: Rapee e Heimberg (2010): ▷Uma recente mudança importante no modelo aborda o que se considera o medo central no TAS, geralmente caracterizado como medo de avaliação negativa. No entanto, pesquisas recentes sugerem que indivíduos socialmente ansiosos temem qualquer avaliação, seja ela negativa ou positiva. Heimberg e Magee, 2016 01/05/2017 51 Modelo cognitivo- comportamental Heimberg e Magee, 2016 Modelo cognitivo- comportamental ▷O medo de avaliação positiva pode surgir quando o desempenho social bem sucedido ativa a crença de que os outros esperarão sucesso continuado em futuras interações sociais, mas a pessoa duvida da sua capacidade de atender a essas expectativas elevadas. Heimberg e Magee, 2016 01/05/2017 52 Modelo cognitivo- comportamental ▷ Indivíduos socialmente ansiosos trabalham para manter seu (baixo) status social ao não chamar a atenção para si. ▷Dessa forma, não arriscam perder o status, nem têm que se envolver em conflito com outros mais poderosos para defender qualquer status social elevado que possam ter alcançado. Heimberg e Magee, 2016 Modelo cognitivo- comportamental ▷O modelo atual de Rapee-Heimberg reflete a linha de pensamento em que agora postula que as pessoas socialmente ansiosas temem e atendem a sinais de avaliação, independentemente da valência. Heimberg e Magee, 2016 01/05/2017 53 Leahy, 2011 Modelo cognitivo- comportamental ▷Clark e Wells (1995) ▷O aspecto central da FS é a preocupação em causar uma impressão favorável nos outros e uma insegurança grande em relação à própria capacidade em alcançar esseobjetivo. ▷Veem a situações sociais como perigosas e ativam o modo de vulnerabilidade – esse modo desencadeia mudanças cognitivas, fisiológicas, afetivas e comportamentais que têm o objetivo de proteger o indivíduo. Picon e Penido, 2011 01/05/2017 54 Modelo cognitivo- comportamental ▷Clark e Wells (1995) – quatro processos impedem os fóbicos sociais de desconfirmar suas crenças negativas sobre os perigos sociais: 1- A atenção autofocada e a construção de uma impressão de si mesmo como objeto social (autoprocessamento). Isso ocorre nas situações sociais em que o indivíduo fóbico social teme estar correndo risco de ser avaliado negativamente. Nesse momento, sua atenção se dirige para uma auto-observação detalhada, que aumenta a ansiedade e interfere no processamento da situação. Assim gera uma impressão negativa de si mesmo, e acredita que essa impressão reflete a visão dos outros sobre ele mesmo. Picon e Penido, 2011 Modelo cognitivo- comportamental ▷Clark e Wells (1995) – quatro processos impedem os fóbicos sociais de desconfirmar suas crenças negativas sobre os perigos sociais: 2- A influência dos comportamentos de segurança na manutenção das crenças negativas e de ansiedade. são tentativas sutis de evitar as situações que possam desconfirmar crenças distorcidas, além de favorecer o aumento dos comportamentos temidos. Picon e Penido, 2011 01/05/2017 55 Modelo cognitivo- comportamental ▷Comportamento de segurança: (Clark e Wells, 1995) ▷Realizados para tentar evitar os resultados negativos que a pessoa teme. Ex.: tremor e xícara. ▷Esses atos compensatórios são considerados úteis pela pessoa que tem TAS, mas tais comportamentos muitas vezes aumentam a probabilidade de que aconteça o comportamento temido. ▷Aumentam a probabilidade de que as pessoas com TAS venham a concluir que não são capazes de dar conta da situação social sem a presença do comportamentos de segurança. Turk, Heimberg e Magee, 2009 Modelo cognitivo- comportamental ▷Clark e Wells (1995) – quatro processos impedem os fóbicos sociais de desconfirmar suas crenças negativas sobre os perigos sociais: 3- O efeito do comportamento dos fóbicos sociais sobre o comportamento das outras pessoas. A preocupação com a monitoração da própria ansiedade e do desempenho, aliada aos comportamentos de segurança, pode dar uma impressão pouco amigável. Essas deficiências de interação comprometem a relação, fazendo com que as outras pessoas se distanciem, produzindo um padrão negativo de interação que contribui para a manutenção da fobia social. Picon e Penido, 2011 01/05/2017 56 Modelo cognitivo- comportamental ▷Clark e Wells (1995) – quatro processos impedem os fóbicos sociais de desconfirmar suas crenças negativas sobre os perigos sociais: 4- Os processamentos antecipatórios e pós-eventos. O processamento antecipatório é um processo no qual os fóbicos sociais, ao pensarem sobre a situação social que irão enfrentar, sentem-se muito ansiosos, lembram-se de falhas passadas e de sua autoimagem negativa, avaliando antecipadamente seu desempenho como negativo. Por isso, tendem a evitar ao máximo as situações em que possam vir a falhar e, quando se encontram nessas situações temidas, ativam o modo de processamento autofocado, gerando expectativas de falha e de desvalorização. Picon e Penido, 2011 Modelo cognitivo- comportamental ▷Clark e Wells (1995) – quatro processos impedem os fóbicos sociais de desconfirmar suas crenças negativas sobre os perigos sociais: 4- Os processamentos antecipatórios e pós-eventos. Após uma situação de interação social, esses indivíduos conduzem um “pós-morte” do evento, em que a situação é revista em detalhes. Nesse pós-evento, ocorre o processamento da autopercepção negativa e dos sentimentos de ansiedade que passam a ficar fortemente codificados na memória. Dessa forma, a situação é avaliada como muito mais negativa do que realmente foi, e um sentimento de vergonha tende a aparecer, permanecendo após a redução da ansiedade. Picon e Penido, 2011 01/05/2017 57 Modelo cognitivo- comportamental ▷Clark e Wells (1995) ▷O modelo cognitivo explica a origem da fobia social segundo o modo como as crenças desenvolveram-se e interagiram no início do transtorno. ▷As crenças centrais ou os esquemas característicos da fobia social tornam o indivíduo vulnerável a vários fatores cognitivos e comportamentais que mantêm o transtorno. Picon e Penido, 2011 Modelo cognitivo- comportamental ▷Clark e Wells (1995) ▷O modelo cognitivo explica a origem da fobia social segundo o modo como as crenças desenvolveram-se e interagiram no início do transtorno. ▷As crenças centrais ou os esquemas característicos da fobia social tornam o indivíduo vulnerável a vários fatores cognitivos e comportamentais que mantêm o transtorno. Picon e Penido, 2011 01/05/2017 58 ESTRATÉGIAS E TÉCNICAS COGNITIVAS E COMPORTAMENTAIS NO TAS Psicoeducação Reestruturação Cognitiva Exposição Gradual Treino de Habilidades Sociais Técnicas de Conversação Ensaio Comportamental - Reduzir a ansiedade antecipatória corrigindo o viés de interpretação de ameaça social e evitando a esquiva de situações sociais provocadoras de ansiedade. - Contrapor constrangimento excessivo durante a exposição social redirecionando o processamento de informação para sinais sociais externos positivos. - Eliminar estratégias de segurança empregadas para encobrir e reduzir a ansiedade. - Fortalecer a tolerância à ansiedade e uma perspectiva de enfrentamento mais adaptativa. - Reduzir a inibição, melhorar as habilidades sociais, encorajar um padrão de desempenho mais realista e desenvolver uma autoavaliação equilibrada do desempenho social. - Eliminar ruminação pós-evento e encorajar reavaliações mais adaptativas de desempenho social passado e seus efeitos. - Modificar crenças centrais sobre vulnerabilidade pessoal na interação social, a ameaça de avaliação negativa pelos outros e a percepção de si mesmo como um objeto social. TRATAMENTO ▷Metas do tratamento na terapia cognitiva Clark e Beck, 2012 01/05/2017 59 psicoeducação ▷As primeiras sessões se focalizam em educar o paciente no modelo cognitivo da fobia social. ▷Qual a versão pessoal do modelo cognitivo do paciente? Clark e Beck, 2012 psicoeducação ▷É importante que os indivíduos aprendam sobre as três fases da ansiedade social e o papel que avaliações superestimadas da probabilidade e consequências da ameaça social desempenham durante as fases de antecipação, exposição e lembrança pós- evento de situações sociais. Clark e Beck, 2012 01/05/2017 60 psicoeducação Clark e Beck, 2012 ▷Modelo Cognitivo de Fobia Social psicoeducação ▷Explicar efeitos: atenção autocentrada, erro de processamento de informação, efeitos maladaptativos de comportamentos de segurança. ▷Discutir como uma interpretação e lembrança abertamente negativas do próprio desempenho social, bem como suposições sobre dar uma impressão negativa aos outros aumentarão os sentimentos de ansiedade em contextos sociais. Clark e Beck, 2012 01/05/2017 61 psicoeducação ▷Explicar que crenças e suposições negativas mantidas há muito tempo sobre a própria capacidade e efetividade em se relacionar com os outros podem aumentar a vulnerabilidade à ansiedade social. Clark e Beck, 2012 psicoeducação ▷ Justificativa lógica do tratamento: ▷A prática na identificação e correção de pensamento errôneo, a adoção de abordagens à ansiedade mais positivas e a exposição gradual, mas repetida, a situações sociais temidas são elementos fundamentaisdo tratamento. ▷Com prática repetida no processamento forçado de informação social positiva, a tendência a avaliar seletivamente situações sociais de uma maneira ameaçadora é enfraquecida e a ansiedade social reduzida. Clark e Beck, 2012 01/05/2017 62 psicoeducação ▷Escrever: ▷Como a ansiedade social afetou seus relacionamentos, trabalho ou educação e funcionamento diário? ▷Custos de superar a ansiedade social. ▷Benefícios de superar a ansiedade social. ▷Metas de mudança a serem alcançadas: 1 mês, 1 ano. ▷“Invista sua ansiedade em um futuro mais calmo” Clark e Beck, 2012 psicoeducação ▷Hierarquia de ansiedade social deve ser construída baseada em uma variedade de situações provocadoras de ansiedade. ▷Hierarquia de Exposição pode ser útil para organizar hierarquicamente as situações sociais da menos à mais provocadora de ansiedade. ▷É importante gerar uma variedade de 15 a 20 situações sociais que ocorrem com razoável frequência, com uma maior proporção de situações na variação de ansiedade moderada a alta. Clark e Beck, 2012 01/05/2017 63 Clark e Beck, 2012 psicoeducação ▷A educação dos pacientes no modelo cognitivo da fobia social enfatiza que a redução na ansiedade social será alcançada: 1- Corrigindo julgamentos exagerados de ameaça social; 2- Mudando o foco atencional de sinais de ansiedade interna para estímulos sociais externos positivos; 3- Empregando uma avaliação realista do próprio desempenho social e tendência a ser inibido(a); 4- Adotando uma perspectiva mais construtiva sobre a tolerância à ansiedade; 5- Adotando suposições mais realísticas de como o indivíduo parece aos outros em situações sociais. Clark e Beck, 2012 01/05/2017 64 REESTRUTURAÇÃO COGNITIVA Hope, Heimberg e Turk, 2012 ▷É um conjunto de procedimentos que permitem atacar diretamente o pensamento disfuncional, analisando sistematicamente as coisas que se diz para si mesmo quando ansioso. REESTRUTURAÇÃO COGNITIVA Hope, Heimberg e Turk, 2012 ▷Não significa pegar os maus pensamento e substituí-los por bons pensamentos. Porém, também não é apenas ter pensamentos positivos cegamente. 01/05/2017 65 REESTRUTURAÇÃO COGNITIVA Hope, Heimberg e Turk, 2012 ▷As técnicas de reestruturação cognitiva ensinam a questionar suas crenças, seus pressupostos e suas expectativas para ver se eles realmente fazem sentido ou são proveitosos. REESTRUTURAÇÃO COGNITIVA Hope, Heimberg e Turk, 2012 ▷Aborda o componente cognitivo da ansiedade social, mas surpreende porque também colabora com os componentes fisiológico e comportamental. ▷Por meio da reestruturação cognitiva é possível aprender a fazer uma avaliação mais realista do perigo em determinada situação e consequentemente ter menos sintomas físicos. 01/05/2017 66 REESTRUTURAÇÃO COGNITIVA Hope, Heimberg e Turk, 2012 ▷Se o pensamento se torna menos disfuncional haverá maior capacidade mental para se concentrar na situação, em vez de se concentrar tanto na reação ansiosa a ela. ▷Mudar as crenças disfuncionais ajuda a diminuir a sua evitação que, por sua vez, proporciona uma oportunidade de vivenciar mais experiências positivas. ▷Ao avaliar as experiências de maneira mais realista, muda-se as crenças disfuncionais para melhor. Reestruturação cognitiva AA ▷Vem contrapor a interpretação de ameaça tendenciosa quando antecipa uma situação social provocadora de ansiedade. ▷Envolve a correção da interpretação exagerada da probabilidade e gravidade de ameaça social (isto é, avaliação negativa pelos outros) por meio da avaliação das evidências confirmatória e desconfirmatória, consideração de consequências realistas, preparação para o pior resultado e reavaliação à luz de uma interpretação alternativa mais provável da situação social e do desempenho social inibido do indivíduo. Clark e Beck, 2012 01/05/2017 67 Reestruturação cognitiva AA ▷Por que iniciar o tratamento aqui? 1- A maioria dos indivíduos com TAS experimenta forte ansiedade antecipatória que leva a esquiva; 2- Alguma variação de ansiedade antecipatória pode ser mais prontamente gerada na sessão; 3- Essa parte da terapia tende a ser menos ameaçadora para os pacientes. Clark e Beck, 2012 Reestruturação cognitiva AA Clark e Beck, 2012 01/05/2017 68 Reestruturação cognitiva AA ▷Questões pertinentes: ▷Com o que você estava preocupado(a) que pudesse acontecer nessa situação? ▷Você estava pensando em alguma consequência ou resultado negativo nessa situação? ▷Você estava pensando nas reações das pessoas a você naquela situação? Eles reagiriam negativa ou positivamente a você? ▷Você estava pensando sobre o quanto se sentiria ansioso(a) na situação? Há alguma maneira particular de sua ansiedade ser evidente aos outros? Clark e Beck, 2012 Reestruturação cognitiva AA ▷Questões pertinentes: ▷ Você teve uma imagem ou poderia imaginar como você ficaria na situação? Você estava pensando sobre o quanto seria difícil ocultar sua ansiedade dos outros? O que aconteceria se as pessoas soubessem que você estava ansioso? ▷ Você estava pensando sobre como seria seu desempenho naquela situação ou que ficaria bastante inibido(a)? Nesse caso, como você imagina que seria encontrar outras pessoas; em que comportamentos eles se focalizariam? Como você acha que poderia se constranger? Nesse caso, como você agiria de uma forma constrangedora? Clark e Beck, 2012 01/05/2017 69 Reestruturação cognitiva AA ▷Questões pertinentes: ▷Quando você pensa sobre esse evento antecipado, qual é o pior resultado que você pode imaginar? Isto aconteceu a você no passado? Nesse caso, como foi? ▷ Você está pensando sobre a impressão que provavelmente causa no outros? O que você imagina que as outras pessoas naquela situação acabariam pensando sobre você? Como você parecerá a eles? Clark e Beck, 2012 Reestruturação cognitiva AA ▷O Questionamento Socrático sobre a ameaça social antecipada produzirá informação sobre: 1- Intolerância percebida à ansiedade na situação; 2- Como o paciente se constrangerá ou se humilhará na frente dos outros; 3- Como ele acha que será percebido pelos outros. Clark e Beck, 2012 01/05/2017 70 Reestruturação cognitiva AA ▷O Questionamento Socrático sobre a ameaça social antecipada produzirá informação sobre: 1- Intolerância percebida à ansiedade na situação; 2- Como o paciente se constrangerá ou se humilhará na frente dos outros; 3- Como ele acha que será percebido pelos outros. Clark e Beck, 2012 Qual a probabilidade e gravidade de cada aspecto dos julgamentos de ameaça social? Reestruturação cognitiva AA ▷O Questionamento Socrático sobre a ameaça social antecipada produzirá informação sobre: 1- Intolerância percebida à ansiedade na situação; 2- Como o paciente se constrangerá ou se humilhará na frente dos outros; 3- Como ele acha que será percebido pelos outros. Clark e Beck, 2012 Uma vez especificada a interpretação da ameaça social central, busca de evidências, análise de custo-benefício e descatastrofização podem ser usadas para contestar o pensamento antecipatório errôneo do paciente. 01/05/2017 71 Reestruturação cognitiva Clark e Beck, 2012 Reestruturação cognitiva Clark e Beck, 2012 01/05/2017 72 Reestruturação cognitiva AA ▷Após gerar o pior cenário de caso, pode ser perguntado ao paciente: 1- Seria realmente tão terrível quanto você pensa? 2- Qual é o impacto imediato e de longo prazo mais provável sobre você? 3- O que você faria para minimizar o impacto negativodo constrangimento? 4- Com que frequência as pessoas se constrangem na frente dos outros e, de algum modo, sobrevivem sem efeitos negativos sobre a vida? Clark e Beck, 2012 Clark e Beck, 2012 01/05/2017 73 Reestruturação cognitiva AA ▷Normalmente termina com a prescrição de um experimento comportamental. ▷Na maioria dos casos, isso envolve alguma forma de exposição a uma variante da situação ansiosa antecipada a fim de coletar evidências que desconfirmem a avaliação de ameaça social exagerada. Clark e Beck, 2012 Reestruturação cognitiva Clark e Beck, 2012 ▷Antes de iniciar a exposição a situações socialmente ameaçadoras na sessão e entre sessões, é importante que o terapeuta cognitivo corrija interpretações de ameaça tendenciosas, atenção autocentrada excessiva e raciocínio emocional, completando registros de reestruturação cognitiva do pensamento em situações de ansiedade moderada e alta hierarquia. (mesmo protocolo de ansiedade antecipatória) 01/05/2017 74 Reestruturação cognitiva Clark e Beck, 2012 ▷Durante todo o tratamento, a reestruturação cognitiva é rotineiramente aplicada aos pensamentos, imagens e interpretações tendenciosos associados com várias situações na hierarquia de ansiedade social na tentativa de alcançar mudança crucial nos esquemas sociais maladaptativos subjacentes à fobia social. EXPOSIÇÃO GRADUAL Clark e Beck, 2012 ▷A exposição a situações sociais ansiosas é fundamental para o tratamento efetivo da fobia social. ▷A forma mais efetiva de corrigir as interpretações e crenças maladaptativas da ansiedade social é por meio de experimentos comportamentais baseados em exposição. 01/05/2017 75 EXPOSIÇÃO GRADUAL Clark e Beck, 2012 ▷Os exercícios de exposição permitem aos pacientes: 1- Praticar desvio da atenção de estados internos para estímulos sociais externos; 2- Aprender a tolerar melhor níveis moderados de ansiedade; 3- Interpretar seu desempenho social e inibições mais positivamente; 4- Obter evidência desconfirmatória crítica de suas interpretações de ameaça social tendenciosas. EXPOSIÇÃO GRADUAL Clark e Beck, 2012 ▷O terapeuta deve começar a exposição com as situações sociais de menos a moderadamente provocadoras de ansiedade na hierarquia da ansiedade social. É preferível primeiro encenar a situação na sessão antes de prescrevê-la como uma tarefa de casa entre sessões in vivo. ▷A exposição repetida a situações de ansiedade social é crítica para fornecer evidência que desconfirme as avaliações e crenças errôneas de ameaça e vulnerabilidade que mantêm a ansiedade social. 01/05/2017 76 EXPOSIÇÃO GRADUAL Clark e Beck, 2012 ▷Possíveis situações sociais: - Iniciar uma conversa com um conhecido - Falar com um colega de classe antes ou após a aula - Apresentar-se a um estranho - Dar um telefonema para alguém que você gosta - Fazer um discurso - Fazer uma pergunta na aula - Comer na frente de outras pessoas Fazer uma entrevista de emprego EXPOSIÇÃO GRADUAL Hope, Heimberg e Turk, 2012 ▷Sabedoria popular: Para superar o medo, enfrente-o de frente O mesmo acontece com a ansiedade social. ▷A exposição refere-se ao enfrentamento dos próprios medos de maneira terapêutica, fazendo as coisas que provocam ansiedade. ▷O objetivo final é se sentir mais confortável nas situações que lhe causam medo. 01/05/2017 77 EXPOSIÇÃO GRADUAL Hope, Heimberg e Turk, 2012 ▷A exposição começa dentro da sessão de tratamento, proporcionando um ambiente seguro, no qual o paciente possa confrontar as dificuldade que tem enfrentado sozinho. ▷Oportunidade de experimentar coisas novas em um ambiente controlado e receber feedback. EXPOSIÇÃO GRADUAL Hope, Heimberg e Turk, 2012 ▷Como funciona: ▷Habituação: depois de experimentar a habituação algumas vezes, aprende-se a confiar que ela acontecerá, fato que ajuda a sentir mais relaxado antes sequer de entrar na situação temida. ▷Praticar exatamente o que deve ser feito. Oportunidade de experimentar coisas novas em um ambiente controlado e receber feedback Permite praticar as habilidades comportamentais . ▷Propicia uma oportunidade para testar a base de realidade das suas crenças disfuncionais. Ajuda a enxergar como os outros respondem se a ansiedade aparecer um pouco. 01/05/2017 78 EXPOSIÇÃO GRADUAL Magee, Heimberg e Turk, 2009 ▷Tarefa de casa: ▷É essencial fazer mudanças na vida real, fora da terapia. ▷Possibilitam que o paciente entre em situações semelhantes às que foram vivenciadas nas exposições em sessão. EXPOSIÇÃO GRADUAL Magee, Heimberg e Turk, 2009 ▷Tarefa de casa: ▷É possível usar formulários para ajudar nas tarefas. Após completar a exposição em casa, o formulário ajuda os pacientes a realizar uma análise cognitiva e consolidar a aprendizagem que aconteceu durante e após a experiência com a tarefa de casa. 01/05/2017 79 Treino de habilidades sociais ▷“As habilidades sociais têm sido relacionadas à melhor qualidade de vida, a relações interpessoais mais gratificantes, à maior realização pessoal e ao sucesso profissional”. (Falcone,2001) Treino de habilidades sociais ▷ Para Caballo (1997): [...] conjunto de comportamentos emitidos por um indivíduo no contexto interpessoal, que expressa sentimentos, atitudes, desejos, opiniões ou direitos desse indivíduo de um modo adequado à situação respeitando esses comportamentos nos demais, e que geralmente resolvem uma situação ao mesmo tempo em que minimizam a probabilidade de problemas futuros [...]. 01/05/2017 80 Treino de habilidades sociais ▷ Del Prette e Del Prette (2003): [...] o termo Habilidades Sociais aplica-se à noção de existência de diferentes classes de comportamentos sociais no repertório do indivíduo para lidar com as demandas das situações interpessoais. A competência social tem sentido avaliativo que remete aos efeitos do desempenho das habilidades sociais nas situações vividas pelo indivíduo [...] A competência social qualifica a proficiência desse desempenho e se refere à capacidade do indivíduo de organizar pensamentos, sentimentos e ações em função de seus objetivos e valores, articulando-os às demandas imediatas e mediatas do ambiente. Treino de habilidades sociais ▷ Não existe o comportamento socialmente competente em si. As habilidades sociais e a competência social variam de indivíduo para indivíduo, e podem variar, num mesmo indivíduo, em função de fatores tais como idade, contexto social, papéis desempenhados em um dado contexto, dentre outros. A competência social, para ser atingida, exige que se considerem valores e normas socioculturais que, em certos momentos, podem estar em discordância com aqueles apresentados pelo indivíduo. 01/05/2017 81 Treino de habilidades sociais Principais dimensões das habilidades sociais: ▷ Falar em público ▷ Iniciar e manter conversas ▷ Defesa dos próprios direitos ▷ Expressão justificada de desconforto, desagrado ou irritação ▷ Expressão de amor, agrado e afeto ▷ Fazer pedidos ▷ Rejeitar pedidos ▷ Fazer agrados ▷ Aceitar agrados ▷ Expressão de opiniões pessoais, inclusive a discordância ▷ Pedido de mudança de comportamento do outro ▷ Desculpar-se ou admitir ignorância ▷ Enfrentar as críticas Caballo et a., 2012 Técnicas de conversação Del Prette, 2008 01/05/2017 82 Treino de habilidades sociais ▷ Componentes das Habilidades Sociais 1- Comportamental 2- Cognitivo 3- Fisiológico 4- Ambientais Del Prette, 2011 Treino de habilidades sociais ▷ Componentes das Habilidades Sociais: Comportamental Elementos não-verbais (Olhar-contato visual; Expressão facial; Postura corporal; Gestos; Distância/Proximidade; Aparência física). Elementos paralinguísticos (latência; volume da voz; entonação; fluência/perturbações da fala; tempo de fala; clareza, velocidade) Elementos verbais Del Prette, 2011 01/05/2017 83 Treino de habilidades sociais ▷O objetivo é oferecer ao paciente um repertório comportamental mais amplo e socialmente ajustado, devendo ser planejado de forma específica para cada caso. ▷Implica exposição repetida a situações sociais temidas com reavaliação cognitiva subsequente, conforme a ansiedade social diminua e a atuação social melhore. Penido, 2011 Treino de habilidades sociais ▷Implicará frequentemente elementos de redução da ansiedade social, reestruturação cognitiva e ensaio de comportamento. ▷Envolve diferentes componentes: psicoeducação, exposição gradual e sistemática imaginária e ao vivo, dentro e fora do ambiente terapêutico e experimentos comportamentais. Penido, 2011 01/05/2017 84 Treino de habilidades sociais ▷O THS pode ser realizado em formato individual e grupal, de forma geral, ambos usam as mesmas técnicas, modificando alguns procedimentos. ▷É geralmente desenvolvido em duas fases: a fase de planejamento, em que se realiza a avaliação das habilidades sociais, e a fase de aplicação do treinamento. Picon e Penido, 2011 Treino de habilidades sociais ▷Na fase de planejamento, procura-se através de entrevistas, instrumentos de avaliação, autorrelato, observação e desempenho de papéis, avaliar o grupo, buscando identificar as dificuldades para desenvolver o programa de treinamento mais adequado. Picon e Penido, 2011 01/05/2017 85 Treino de habilidades sociais ▷ Componentes das Habilidades Sociais: Cognitivo As cognições do indivíduo podem ajudar ou impedir sua atuação social. Apesar de parecer clara a importância das cognições em boa parte dos problemas de interação social, é necessário o desenvolvimento de procedimentos para avaliar autoverbalizações, expectativas, crenças e conhecimentos de regras sociais. Del Prette, 2011 Treino de habilidades sociais ▷ Componentes das Habilidades Sociais: Cognitivo Conhecimento do comportamento habilidosos apropriado; dos costumes sociais; dos diferentes sinais de resposta Saber se colocar no lugar de outra pessoa Capacidade de solução de problemas Percepção social ou interpessoal adequada Expectativas de autoeficácia Auto-observação apropriada Expectativas positivas sobre as possíveis consequências do comportamento Del Prette, 2011 01/05/2017 86 Treino de habilidades sociais ▷Autoconsciência (identificação dos próprios sentimentos, expectativas e desejos): componente cognitivo da assertividade. ▷Consciência do outro (identifica sentimentos, expectativas e desejo da outra pessoa): componente cognitivo da empatia. ▷Consciência do outro e autoconsciência: componentes cognitivos da capacidade de solucionar problemas interpessoais. Picon e Penido, 2011 Treino de habilidades sociais ▷As habilidades assertiva, empática e de solução de problemas se complementam na obtenção de satisfação pessoal e na manutenção da qualidade de interação. Picon e Penido, 2011 01/05/2017 87 Treino de habilidades sociais ▷Destaca-se a importância dos componentes cognitivos das habilidades sociais. O conhecimento prévio de um indivíduo formado ao longo de sua trajetória sobre a cultura, o ambiente, os papéis sociais e sobre si próprio, além das crenças e das expectativas que incluem valores, planos, metas, estilos de atribuição e as estratégias e habilidades de processamento que já tenha adquirido são os principais componentes cognitivos que influenciam o repertório de habilidades sociais de cada um. Picon e Penido, 2011 Treino de habilidades sociais ▷ Componentes das Habilidades Sociais: Fisiológico Taxa cardíaca Pressão sanguínea Fluxo sanguíneo Respostas eletrodermais Respostas eletromiográficas respiração Del Prette, 2011 01/05/2017 88 Treino de habilidades sociais ▷ Componentes das Habilidades Sociais: Ambientais O comportamento interpessoal ocorre em u ambiente físico, ambiente que muitas vezes tem uma influência determinante. Há uma grande categoria potencial de fatores psicológicos, socioculturais, arquitetônicos, geográficos, etc. que afetam as relações de uma pessoa com seu ambiente. Del Prette, 2011 Treino de habilidades sociais ▷ Componentes das Habilidades Sociais: Ambientais Físicas Sociodemográficas Organizacionais Interpessoais ou psicossociais comportamentais Del Prette, 2011 01/05/2017 89 Treino de habilidades sociais ▷O comportamento socialmente hábil é um conjunto de comportamentos emitidos por um indivíduo em um contexto interpessoal que expressa sentimentos, atitudes, desejos, opiniões ou direitos desse indivíduo de modo adequado à situação, respeitando esses comportamentos nos demais, e que geralmente resolve os problemas imediatos da situação, enquanto minimiza a probabilidade de futuros problemas. Picon e Penido, 2011 Treino de habilidades sociais ▷Um comportamento socialmente habilidoso deve incluir a especificação de três elementos: ▷Um elemento comportamental relacionado ao tipo de habilidade; ▷Um elemento cognitivo das variáveis do indivíduo; ▷Um elemento situacional referente ao contexto em que se está inserido. Picon e Penido, 2011 01/05/2017 90 Treino de habilidades sociais ▷O THS visa a desenvolver habilidades que permitam um convívio social mais adaptativo, diminuindo a ansiedade de desempenho e promovendo uma interação verbal mais efetiva. ▷Pode resultar em melhora do quadro por direcionar a atenção autofocada do paciente. Penido, 2011 Treino de habilidades sociais ▷A etapa da aplicação do programa consiste em analisar por que o indivíduo não se comporta de forma socialmente adequada e selecionar a melhor intervenção para desenvolver um repertório de habilidades sociais mais diversificado e apropriado. ▷Aborda a reestruturação cognitiva dos modos de pensar incorretos do indivíduo socialmente inadequado. Picon e Penido, 2011 01/05/2017 91 Treino de habilidades sociais ▷O objetivo de tais técnicas cognitivas consiste em ajudar os pacientes a reconhecer como os pensamentos influenciam os sentimentos e os comportamentos. ▷Uma parte específica do THS é constituída pelo ensaio comportamental das respostas socialmente adequadas em situações determinadas. Picon e Penido, 2011 Treino de habilidades sociais ▷Os principais procedimentos empregados ao longo do THS são: o ensaio do comportamento, a modelação, as instruções, a retroalimentação/o reforçamento e as tarefas de casa. Picon e Penido, 2011 01/05/2017 92 Treino de habilidades sociais ▷De forma geral o programas estruturados para tratamento da fobia social incluem quatro componentes: 1- Psicoeducativo 2- THS 3- Exposição 4- Tarefas de casa ou atividades entre as sessões Picon e Penido, 2011 Treino de habilidades sociais ▷De forma geral o programas estruturados para tratamento da fobia social incluem quatro componentes: 1- Psicoeducativo Informar os participantes sobre a natureza da ansiedade e dos temores sociais e o modelo cognitivo da ansiedade social. Picon e Penido, 2011 01/05/2017 93 Treino de habilidades sociais ▷De forma geral o programas estruturados para tratamento da fobia social incluem quatro componentes:2- THS Ensina e/ou refina as habilidades sociais do indivíduo e proporciona a prática das interações sociais, além de focar nos componentes cognitivos das habilidades sociais. Picon e Penido, 2011 Treino de habilidades sociais ▷De forma geral o programas estruturados para tratamento da fobia social incluem quatro componentes: 3- Exposição Consiste em expor, ao vivo ou na imaginação, o sujeito à situações ansiogênicas. Picon e Penido, 2011 01/05/2017 94 Treino de habilidades sociais ▷De forma geral o programas estruturados para tratamento da fobia social incluem quatro componentes: 4- Tarefas de casa ou atividades entre as sessões Programar atividades entre sessões para a generalização dos comportamentos aprendidos ao cotidiano de cada um. Picon e Penido, 2011 Técnicas de conversação ▷A maneira exata com a qual se deve iniciar uma conversação depende do contexto: a situação material (o trabalho, o ônibus, uma festa), a hora do dia (o café da manhã, o almoço, a saída do trabalho), a pessoa em questão (homem, mulher, subordinado, superior) etc. Caballo, 2014 01/05/2017 95 Técnicas de conversação ▷Em uma conversação, as pessoas não sabem, em geral, como iniciar ou entrar nela. Uma vez iniciada a conversação, é importante saber como mantê-la. Duas habilidades importantes são mudar o conteúdo e mudar o tema da conversação. ▷É importante, também, saber como terminar uma conversação ou como passar de um nível de conversação a outro. Caballo, 2014 Técnicas de conversação Caballo, 2014 Maneiras de iniciar conversações (Gambrill e Richey, 1985) Fazer uma pergunta ou um comentário sobre a situação ou uma atividade na qual se está implicado. Fazer elogios aos demais sobre algum aspecto de seu comportamento, aparência ou algum outro atributo. Fazer uma observação ou uma pergunta casual sobre o que alguém está fazendo. Perguntar se pode juntar-se à outra pessoa ou pedir à outra pessoa que se junte a ele(a). Pedir ajuda, conselho, opinião ou informação a outra pessoa. Oferecer algo a alguém. Compartilhar experiências, sentimentos ou opiniões pessoais. Cumprimentar outra pessoa e apresentar- se. 01/05/2017 96 Técnicas de conversação Caballo, 2014 Regras básicas para iniciar conversações (Gambrill e Richey, 1985) Ser positivo Ser direto Cultivar uma perspectiva dupla Antecipar uma reação positiva Tirar proveito do humor Utilizar frases iniciais curtas Perguntar a si mesmo como responderia Fazer perguntas com final aberto Tirar proveito da livre informação Insistir Cultivar a curiosidade Selecionar objetivos alcançáveis Tirar proveito do estilo próprio Sorrir e olhar para as pessoas Aproximar-se de pessoas que parecem amigáveis Aproximar-se de pessoas que parecem livres para começar uma conversa Técnicas de conversação Caballo, 2014 Algumas formas de manter a conversação Discutir sentimentos, suposições ou impressões mútuas. Compartilhar pensamentos e opiniões pessoais sobre um tema. Intercâmbios mútuos de feitos, compartilhar informação objetiva sobre um tema. Compartilhar fantasias, sonhos, imagens, metas ou desejos. Compartilhar atividades recentes. Compartilhar atividades passadas. Compartilhar fatos engraçados, contar histórias divertidas, rir de si mesmo. Compartilhar interesses. 01/05/2017 97 Técnicas de conversação Caballo, 2014 Ensaio comportamental É o procedimento mais frequente empregado no THS. Por meio dele representam-se maneiras apropriadas e efetivas de enfrentar as situações da vida real que são problemáticas para o paciente. Caballo, 2014 01/05/2017 98 Ensaio comportamental Seu objetivo consiste em aprender a modificar modos de resposta não adaptativos, substituindo-os por novas respostas. Diferencia-se de outras formas de representação de papeis, como o psicodrama, ao centrar-se na mudança de comportamento como fim em si mesmo, e não como técnica para identificar ou expressar supostos conflitos. Caballo, 2014 Ensaio comportamental No ensaio de comportamento, o paciente representa curtas cenas que simulam situações da vida real. Pede-se ao “ator” principal que descreva brevemente a situação-problema real. As perguntas que, quem, como, quando e onde são úteis para emoldurar a cena, bem como para determinar a maneira específica em que o indivíduo quer atuar. A pergunta “por que” deve ser evitada. Caballo, 2014 01/05/2017 99 Ensaio comportamental Algumas observações: 1- É preciso limitar-se a um problema em uma situação. Não se deve tentar resolver tudo de uma vez. 2- É preciso limitar-se ao problema exposto no princípio. 3- Deve-se escolher uma situação recente ou uma que provavelmente ocorra em um futuro próximo. 4- Não se de prolongar a parte da representação de papéis além de um a três minutos. 5- As respostas devem ser tão curtas quanto possível. 6- É preciso lembrar que quem vai atuar é o principal conhecedor do comportamento assertivo e de qual é a melhor resposta para a pessoa nessa situação. Os que vão representar os outros papéis devem ser escolhidos com base no que pensa o sujeito com relação a quem representaria melhor as cenas. Caballo, 2014 Aplicativo: Youper 01/05/2017 100 Aplicativo: Youper Obrigada pela sua atenção! Renata Gomes Netto renatagnetto@gmail.com renatagnetto@apsidesenvolvendopessoas.com.br😉 01/05/2017 101 Referências utilizadas APA. American Psychiatric Association (2014). Manual diagnóstico e estatístico dos transtornos mentais – DSM-5. (5ª. Ed.). Porto Alegre: Artmed. (Original Publicado em 2013). Caballo, V. E. (2014). Manual de avaliação e Treinamento de Habilidades Sociais. São Paulo: Santos Editora. Clark, D.A.; Beck, A.T. (2012). Terapia Cognitiva para os Transtornos de Ansiedade. Porto Alegre: Artmed. Conceição, D. B.; Pontes, M. G. (2011)Treinamento em habilidades sociais: uma ferramenta útil para atuar em ações afirmativas? In: SAMPAIO, S. M. R. (org). Observatório da vida estudantil: primeiros estudos [online]. Salvador: EDUFBA, 2011, pp. 209-227. ISBN 978-85-232-1211-7. Hope, D. A.; Heimberg, R. G.; Turk, C. (2012) Vencendo a ansiedade social com a terapia cognitivo comportamental. (2ª. Ed.) Porto Alegre; Artmed. Otero, V. R. L.; Rosa, H. H. F. da; Hetem, L. A. B. Fobias. In Hetem, L. A. B., & Graeff, F. G. (2012). Transtornos de ansiedade. (2ª Ed.). São Paulo: Atheneu. Leahy, R.L. (2011). Livre de ansiedade. Porto Alegre: Artmed. Mochcovitch, M. D. Epidemiologia. In Nardi, A. E.; Quevedo, J.; Silva, A. G. (orgs.) (2014).Transtornos de Ansiedade Social: teoria e clínica. Porto Alegre: Artmed. Picon, P. (2011) Modelo Cognitivo-comportamental da Fobia Social. In Oliveira, M. S.; Andretta, I. (orgs.). Manual prático de terapia cognitivo-comportamental. São Paulo: Casa do Psicólogo. Picon, P.; Penido, M. A. (2011) Terapia Cognitivo-comportamental do Transtorno de Ansiedade Social. In Rangé, B. (e col.). Psicoterapias cognitivo-comportamentais: um diálogo com a psiquiatria. Porto Alegre: Artmed. Turk, C.; Heimberg, R. G.; Magee, L. (2009). Transtorno de Ansiedade Social. In Barlow, D. H. (e col.). Transtornos psicológicos: tratamento passo a passo. Porto Alegre: Artmed.
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