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Farmacologia Por Gabriela Borges • A farmacologia é uma ciência que estuda as ações e os efeitos dos fármacos no nosso organismo. Existem duas porções da farmacologia que são de extrema importância a farmacocinética e a farma- codinâmica. a. Farmacocinética – qual caminho a droga percorre no nosso organismo para alcançar seu local de ação. b. farmacodinâmica – estuda-se o mecanismo de ação da droga, o que ela faz no seu local de ação para proporcionar o efeito terapêutico. é pode ser uma substância química ativa uma matéria prima ou ainda uma droga – a qual pode ser tanto um fármaco quanto um agente tóxico. E para serem consideradas fármacos, precisam neces- sariamente apresentar propriedades farmacológicas. são toda e qualquer ferramenta/estratégia que lançamos mão para aliviar sintomas, doenças, sensações de desconforto ou mal-estar. são produtos tecnicamente produ- zidos e elaborados, que passam por um rígido con- trole de qualidade e atendem as especificações da ANVISA, tendo sua eficiência, segurança e qualidade assegurados. Os medicamentos podem ser utilizados como estratégia de prevenção de doenças, alívio de sintomas, tratamento e cura. é a quantidade que prescrevemos ao paciente, e existem diferentes tipos de dose, tais como: a. Mínima – corresponde a menor dose que pode- mos administrar para observar efeito terapêutico. b. Máxima – corresponde a maior dose que pode- mos administrar para observarmos o efeito tera- pêutico sem, no entanto, observar efeitos tóxi- cos. c. Tóxica – corresponde a uma dose acima da dose máxima, que quando administrada já podemos observar os efeitos tóxicos. d. Letal – corresponde a dose em que já podemos observar a morte letal do indivíduo. É calculada a partir de experimentos em animais. – corresponde a dose de um me- dicamento capaz de elevar rapidamente a [fármaco] na corrente sanguínea, a fim de que se obtenha o re- sultado terapêutico mais rapidamente. – corresponde a dose admi- nistrada em intervalos regulares capaz de manter a [fármaco] na qtde desejada para que seja alcançado o efeito terapêutico. é o ato de dosar, é a medição da qtde/con- centração de um determinado componente em uma substância (p.ex., a dosagem de glicose no nosso san- gue). Os remédios podem apresentar , adversos e tóxicos. a. Colaterais – nós podemos observar, mas não ne- cessariamente irão acontecer. Podem ser maléfi- cos (adversos ou tóxicos) ou benéficos (p.ex. o que aconteceu com a aspirina e o viagra). b. Adversos – independem da dose. c. Tóxicos – dependentes do aumento da dose (overdose). – a aplicação de medicamen- tos pode ser feita, basicamente, por três vias, quais sejam: oral, sublingual e parenteral. Para cada uma, existem critérios específicos para sua indicação que estão relacionados ao medicamento e à condição fi- siológica do paciente. A via de administração deve ser confortável ao paciente e deve favorecer a adesão ao tratamento. – como o medicamento se apre- senta. a. Sólidas – comprimidos, cápsulas, drágeas e pós. b. Semissólidas – pomadas, cremes, géis e pastas. c. Líquidas – soluções, suspensões e xaropes. – diz respeito a composição do medicamento (princípio ativo + excipiente). • Os medicamentos são utilizados para diversas fi- nalidades, dentre elas: 1. Preventiva (p.ex., as vacinas). 2. Curativa (já existe um processo fisiopatológico em curso). 3. Paliativa (melhora dos sintomas, melhora da qua- lidade de vida, aumentar a expectativa de vida). 4. Diagnóstica (p.ex., os contrastes utilizados nos exames de imagem). a. Referência (“de marca”): é o medicamento inova- dor, foi o primeiro a ser produzido, foi investido muito dinheiro na sua produção. b. Genérico: é igual ao medicamento de referência (mesmo princípio ativo, mesma dosagem, mesmo mecanismo de ação), sua eficácia e segurança são iguais aos medicamentos de referência. É reco- nhecido pelo nome do fármaco. c. Similares: também possuem um nome comercial. Atualmente d. Fitoterápicos: obtidos exclusivamente de uma fonte vegetal, as plantas medicinais. e. Homeopáticos: obedecem a cura pelo seme- lhante, utilizam como princípio ativo a própria substância que causou o sintoma no paciente. f. Alopáticos: obedecem a lógica da cura pelo con- trário. a. Animal b. Vegetal c. Mineral d. Sintética • Os fármacos são ditos xenobióticos, ou seja, não são produzidos pelo nosso organismo. Não existe origem endógena dos fármacos. a. Sólido (p.ex., ácido salicílico) b. Líquido (p.ex., nicotina) c. Gasoso (p.ex., óxido nitroso) a. Orgânicos: − Ácidos orgânicos fracos − Bases orgânicas fracas b. Inorgânicos Peso molecular: até 500g/mol. Isomeria dos fármacos (p.ex., talidomida) – a iso- meria ocorre quando dois ou mais compostos apresentam a mesma forma molecular, mas diferen- tes formas estruturais. • A farmacocinética estuda o movimento do fár- maco no nosso organismo. – é a transferência do fármaco do seu local de administração para o compartimento central (cir- culação sanguínea) e a amplitude (velocidade e ex- tensão) com que isto ocorre. Fatores inerentes ao indivíduo: TGI: motilidade do trato gastrointestinal, tempo e velocidade de esvaziamento gástrico, pH. Vascularização: quanto maior a vascularização do local de administração, maior é o processo absortivo. Doenças preexistentes Fatores relacionados ao fármaco: Peso molecular Grau de ionização (ácidos ou bases fracas, forma ionizada ou não ionizada de acordo com o meio). A forma não ionizada favorece a absorção!!! Meio ácido + fármaco ácido = forma não ionizada (apolar). Meio ácido + fármaco básico = forma ionizada (polar). Meio básico + fármaco ácido = forma ionizada. Meio básico +fármaco básico = forma não ionizada. Lipossolubilidade: quanto mais lipossolúvel, maior a absorção, entretanto, uma desvantagem da droga lipossolúvel é a capacidade de ultrapassar a barreira hematoencefálica, sendo capaz de agir nos receptores do SNC, tendo assim uma maior quanti- dade de efeitos adversos. Drogas hidrossolúveis também conseguem ser absorvi- das, no entanto, essas drogas necessitam de “meios” (transportadores ou canais) para alcançar seu alvo. Fár- macos que precisam ser injetados na veia, precisam ne- cessariamente ser hidrossolúveis. Fatores relacionados ao transporte: Transporte passivo (p.ex.: difusão simples, difu- são facilitada, transporte paracelular). A difusão leva em consideração três aspectos, são eles: (1) amplitude e gradiente de concentração; (2) coeficiente de partição lipídeo-água; e (3) área da membrana exposta ao fármaco. Transporte ativo (p.ex.: transporte ativo primário e secundário). – as vias de administração do fár- maco, a velocidade e a extensão do fármaco delimi- tam o parâmetro de biodisponibilidade. Corresponde a fração (concentração) do fármaco, inalterada, que alcança a circulação sanguínea, após ter sido adminis- trada no organismo. – os medicamentos podem induzir ou inibir as enzimas que metabolizam as drogas. Indução enzimática: é uma importante causa de interação entre fármacos, induzindo enzimas e, Medicamento Desintegração Desagregação Dissolução Fase biofarmacêutica Absorção Distribuição Metabolização Excreção Interação fármaco-receptor Fase farmacocinética Fase farmacodinâmica consequentemente, diminuindo a atividade farmaco- lógica de vários outros fármacos. Inibição enzimática: diminui o metabolismo e, consequentemente, aumenta a ação de outros fár- macos metabolizados pela enzima. – é um fenômeno do metabolismo dos fármacos no qual a concentra- ção do fármaco é significativamente reduzida – e ina- tivada– pelo fígado antes de atingir a circulação san- guínea. Isso pode ser evitado através da escolha de outras vias de administração, tais como a via subcu- tânea, transdérmica e intravenosa que alcançam di- retamente circulação sistêmica. – os principais mecanismos pelos quais um fármaco pode afetar a taxa de eliminação renal de outros são: Alteração do fluxo da urina e/ou pH Inibição da secreção tubular Alteração da ligação com a proteína e, em conse- quência, a filtração. • A ligação entre o fármaco e o receptor deve pos- suir um encaixe perfeito (chave-fechadura)e, entretanto, não os fármacos não seguem isso 100% ao pé da letra, não é algo tão especifico as- sim, por isso o risco de efeitos adversos. • Na corrente sanguínea existe uma proteína, a al- bumina, existem fármacos que apresentam uma ligação muito forte a ela. E quando ligados, o fár- maco fica incapacitado de se ligar ao seu recep- tor. E essa ligação deve ser conveniente, ao ponto de que em um determinado momento esse fár- maco irá se desprender da albumina para desem- penhar seu papel. E quando o fármaco se liga a albumina, dizemos que ele forma um complexo e não consegue se encaixar perfeitamente. • Existem alguns casos que mesmo aumentando a [fármaco], vamos chegar em um limite de efeito. Vamos atingir o potencial máximo do fármaco, ao ponto de que podemos aumentar a dose, mas não conseguiremos aumentar o efeito. A resposta de efeito é SIGNIFICATIVAMENTE menor. • Para ter efeito, o fármaco PRECISA se encaixar ao seu receptor. E pode acontecer uma saturação do receptor, a ponto de que podemos aumentar a concentração do fármaco que não conseguire- mos aumentar o efeito. O que podemos fazer é a associação de terapias. – estimula e faz o receptor funcionar. – bloqueia/reduzem a ação do receptor. – estamos dando algo para estimular, mas existe algo fisiológico ou estamos ad- ministrando alguma coisa para bloquear. (p.ex.: quando usamos diuréticos o pcte perde volume, e o SRAA entende que o pcte está hipovolêmico e inicia a reabsorção de sódio e água. Antagonista competitivo – realmente compete contra o agonista pelo receptor. Ganha quem estiver em maior concentração. Antagonista não competitivo – não competem, in- dependente da concentração. Não consegue deslo- car o agonista. Não resolve de nada aumentar a [an- tagonista não competitivo].
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