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Aula 3 - Diagnostico clinico da gestacao e modificacoes no organismo materno - 1 Ciclo

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RLVS – BETA T2 
SAÚDE INTEGRAL DA MULHER I – 1° Ciclo 
AULA 3 (22/02) 
Prof.ª: Dra. Laura 
 
Ref.: Caps. 7 e 8 - Obstetrícia Fundamental – Rezende 
 
DIAGNÓSTICO CLINICO DA GESTAÇÃO E MODIFICAÇÕES NO ORGANISMO MATERNO 
 
MODIFICAÇÕES FISIOLÓGICAS DO ORGANISMO MATERNO NA GESTAÇÃO 
O organismo feminino sofre mudanças anatômicas e funcionais durante a gestação, adaptando-se para a 
presença do feto em desenvolvimento. 
 
POSTURA E DEAMBULAÇÃO 
Uma das primeiras coisas que são alteradas é a postura e a deambulação. 
• Isso decorre da alteração do centro de gravidade da mulher (o centro de gravidade é desviado para 
frente, com projeção do corpo para trás). 
o O aumento do volume abdominal e das mamas desvia anteriormente o centro de gravidade 
materno. 
• Para ter equilíbrio, a gestante inclina o ventre (empina o ventre p/ frente), provoca uma lordose da 
coluna lombar, afasta os pés e joga os ombros para trás → marcha anserina (passos mais curtos e 
oscilantes que lembram a deambulação dos gansos). 
o A gestante direciona o corpo posteriormente, com intuito de compensar e encontrar um 
novo eixo de equilíbrio. Como consequência, surgem hiperlordose e hipercifose da coluna 
vertebral, aumento da base de sustentação, com afastamento dos pés e diminuição da 
amplitude dos passos durante a deambulação (marcha anserina). 
As articulações, de modo geral, sofrem um processo de relaxamento durante a gravidez. As articulações 
da bacia óssea (sínfise púbica, sacrococcígea e sinostoses sacroilíacas) se apresentam com maior 
elasticidade, aumentando a capacidade pélvica e modificando a postura e a deambulação da gestante, 
preparando-a para o parto. 
 
RLVS – BETA T2 
 
ALTERAÇÕES HEMATOLÓGICAS 
O volume sanguíneo aumenta consideravelmente: 
• Aumento de 50% do volume sanguíneo (sendo a maior parte do volume plasmático). 
o Aumento de 45 a 50% do volume plasmático; 
o Aumento de 33% do volume células vermelhas. 
• Isso carreta hemodiluição fisiológica, por isso a concentração de Hb da gestante é mais baixa 
(menor concentração), o que causa uma “anemia fisiológica”. Assim, se considera anemia na 
gestante valores de Hb inferiores a 11 g/dL (anemia na gestante = Hb < 11 g/dL). 
o Dessa forma, há uma diminuição da viscosidade plasmática, diminuindo também o trabalho 
cardíaco. 
• O aumento de volume sanguíneo (hipervolemia) se deve devido ao surgimento de novos tecidos 
(p/ irrigar útero, placenta e passar pela circulação fetal) – necessidade de suprimento sanguíneo 
nos órgãos genitais, principalmente no território uterino, cuja vascularização encontra-se 
aumentada na gestação. Além disso, é uma preparação p/ o parto (que pode ter perda sanguínea). 
Ocorre leucocitose fisiológica: em torno de 14 – 16.000. 
Devido a hemodiluição, ocorre redução da concentração de plaquetas. Nesse sentido, na gestante só se 
considera plaquetopenia < 100 mil. 
• Se fosse em um indivíduo normal, considera plaquetopenia < 150 mil. 
• A contagem de plaquetas volta a aumentar logo depois do parto e atinge valores basais após 4 
semanas, aproximadamente. 
Praticamente todos os fatores de coagulação apresentam-se elevados na gestação, com exceção dos 
fatores XI e XIII. As alterações na coagulação sanguínea durante a gravidez caracterizam um estado de 
hipercoagulabilidade. 
• Ocorre aumento significante de diversos fatores da coagulação, notadamente do fibrinogênio, e 
redução da atividade fibrinolítica. Essas modificações são responsáveis pela hemostasia fisiológica 
ao tempo da separação da placenta no secundamento. 
• Os níveis de Fibrinogênio e Dímero-D aumentam em até 50% durante a gestação 
• Por isso, NÃO PEDE dímero-D pra COVID em gestantes, pois ele já está aumentado na gestação (não 
adianta pedir, o aumento não é específico da COVID). 
• Essa hipercoagulabilidade fisiológica da gravidez, todavia, é responsável pelo risco aumentado de 
trombose que a grávida apresenta. 
Como aumenta o n° de células vermelhas (eritrócitos), a necessidade de ferro aumenta p/ a síntese de 
Hb. 
• As necessidades de ferro durante o ciclo gravídico-puerperal aumentam consideravelmente devido 
ao consumo e à perda que ocorrem nessa fase. Por esse motivo, a maioria das gestantes 
apresentará anemia ferropriva, a não ser que haja uma suplementação adequada. 
• Portanto, deve-se suplementar ferro na gestação desde o segundo trimestre – 1000 mg/dia. 
 
ADAPTAÇÕES HEMODINÂMICAS 
RLVS – BETA T2 
Aumento da frequência cardíaca (FC) já ocorre no 1° trimestre. O aumento da FC junto com o aumento do 
volume sistólico (VS) faz com que o Débito Cardíaco (DC) aumente em 50%. 
• Há um aumento no débito cardíaco, devido ao aumento da frequência cardíaca (em torno de 15 a 
20 bpm) e a elevação do volume sistólico. 
• O aumento do DC se inicia na 5ª semana, estabiliza com 24 semanas e atinge o pico no pós-parto 
imediato, chegando a 80%. 
• No pós-parto ocorre redistribuição do volume sanguíneo materno, por isso pode ocorrer edema 
agudo, anasarca. 
O acréscimo significativo da frequência cardíaca já pode ser observado na gestação de 5 semanas, e isso 
contribui para a elevação do débito cardíaco (débito cardíaco = volume sistólico × frequência cardíaca). 
Todavia, a elevação do volume sistólico apenas é observada várias semanas depois, possivelmente pela 
expansão do volume plasmático. 
Aumento do óxido nítrico (fator vasoativo, relaxante, elaborado pelo endotélio vascular) → vasodilatação 
sistêmica. 
• Devido à vasodilatação, ocorre redução da resistência vascular periférica, e a PA diminui. A PA 
reduzida causa tontura, mal-estar, astenia comuns no início da gravidez. 
• Observa-se uma redução da resistência vascular periférica extremamente acentuada, devido à 
vasodilatação periférica e ao surgimento da circulação uteroplacentária (de baixa resistência). 
Devido a isso, há uma queda também na pressão arterial sistêmica, apesar do aumento do DC. 
o A pressão arterial sistólica e a diastólica estão diminuídas de 5 a 10 mmHg no 2º trimestre, 
atingindo valores médios de 105/60 mmHg. 
o No 3º trimestre, a pressão se eleva e se normaliza no termo. 
Compressão uterina dos vasos causa reflexo vagal → hipotensão → bradicardia → lipotimia (desmaio). 
• A partir de 20 semanas de gestação, o útero gravídico impede o retorno venoso ao coração, 
quando a gestante assume a posição supina. Muitas mulheres experimentam, em consequência, a 
chamada síndrome de hipotensão supina, às vezes apresentando até perda da consciência. 
Adotando o decúbito lateral esquerdo, o débito cardíaco é restaurado quase automaticamente. 
• A hipotensão e a bradicardia ocorrem no decúbito dorsal (com a barriga p/ cima) devido a essa 
ativação vagal – por isso, muitas vezes, as gestantes não conseguem deitar com a barriga p/ cima 
sem sentir desconforto. 
A pressão venosa nos membros inferiores aumenta cerca de três vezes, em virtude da compressão que o 
útero determina nas veias pélvicas, em particular na posição de pé, parada, quando há maior 
aprisionamento de sangue nas pernas e nas coxas. Há, na gravidez, tendência à hipotensão, lipotimia, 
ortostática, edema dos membros inferiores, varicosidades e hemorroidas. 
 
CORAÇÃO 
Desvio do coração para cima e para a esquerda – devido a elevação da cúpula diafragmática. 
Aumento do volume global do órgão – decorre do aumento do n° de céls. miocárdicas, p/ maior força na 
bomba. 
Sopro sistólico (leve) – presente em cerca de 90% das gestantes. 
RLVS – BETA T2 
• O sopro cardíaco sistólico é comum devido à redução da viscosidade sanguínea e do aumento do 
DC. 
 
ALTERAÇÕES METABÓLICAS 
As alterações endócrinas e metabólicas do organismo materno visam garantir o aporte nutricional para o 
desenvolvimento do feto (suprir as exigências suscitadas pelo rápido crescimento e desenvolvimento do 
concepto durante a gravidez) 
 
Metabolismo Glicídico: 
• Feto age como um parasita verdadeiro, extraindo a glicose da mãe – feto éconsumidor de glicose 
e por isso a mãe tem a demanda constante de glicose. 
o Período prolongado de jejum materno - feto continua a extrair glicose e aminoácidos da 
gestante de forma constante (igual à quando há alimentação). 
o Transporte de glicose pela placenta é realizado por difusão facilitada – sendo o gradiente 
de concentração pequeno ((os níveis fetais de glicose são cerca de 20 mg/dℓ inferiores aos 
da mãe). 
• Diminuição do consumo de glicose + diminuição do uso periférico da glicose visando maior 
suprimento de glicose e aminoácidos p/ o feto – devido aos hormônios contrainsulínicos da 
placenta. 
• Aumento da resistência à insulina no final do 2ª trimestre ocorre devido ao aumento hormônio 
lactogênio placentário (hPL), hormônio do crescimento placentário humano (hPGH), adipocinas 
(leptina, adiponectina, TNF-alfa, IL-6). 
• Na gravidez avançada, ocorre preservação de glicose às custas de uso de lipídios + liberação de 
ácidos graxos (contribui na redução da utilização da glicose materna). 
 
Metabolismo Lipídico: 
Quantitativamente, a glicose e os aminoácidos são os nutrientes mais abundantes que atravessam a 
placenta, e a dependência do feto a essas substâncias é bem conhecida. Todavia, a placenta é 
praticamente impermeável aos lipídios, exceto aos AGL e aos corpos cetônicos. 
Duas alterações consistentes no metabolismo materno durante a gestação são o acúmulo de lipídios nos 
tecidos da gestante e a hiperlipidemia gestacional. 
Os lipídios vão sendo liberados ou armazenados conforme a fase da gestação. 
• 1ª metade da gestação: fase anabólica = armazenamento de gordura, glicogênese hepática, 
transferência de glicose para o feto. 
o A tendência de acumular gordura cessa durante o último trimestre da gravidez, quando o 
metabolismo lipídico se transmuda para estado catabólico (ocorre aumento da atividade 
lipogênica diminui rapidamente e a atividade lipolítica torna-se exaltada – provavelmente 
comandada pelo hPL). 
 
• 2ª metade – fase catabólica = lipólise, neoglicogênese e aumento da resistência periférica à 
insulina. 
o Visando aumento do aporte de glicose p/ o feto p/ o seu crescimento. 
RLVS – BETA T2 
o O aumento da atividade lipolítica do tecido adiposo eleva a liberação de AGLe de glicerol na 
circulação materna. 
• hPL (hormônio lactogênio placentário) – estimula tanto o anabolismo e o catabolismo. 
o O hPL promove a lipólise + liberação de ácidos graxos, causando resistência à insulina. 
*Muito embora os triglicerídios não cruzem a barreira placentária, o feto se beneficia da 
hipertrigliceridemia materna: 
• Sob condições de jejum, o fígado materno mostra aumento da atividade da LPL, tornando-se órgão 
receptor de triglicerídios circulantes que são usados como substrato para a síntese de corpos 
cetônicos, e esses compostos rapidamente se difundem pela placenta e são utilizados pelo feto. 
• A atividade da lipase na placenta torna ácidos graxos essenciais provenientes dos triglicerídios 
maternos disponíveis para o feto. A lipase da placenta hidrolisa os triglicerídios maternos, e os AGL 
liberados podem alcançar o feto para serem reconvertidos em triglicerídios. 
• A indução da LPL nas mamas por volta do parto dirige triglicerídios circulantes para essa glândula, 
visando à produção de leite. 
 
Metabolismo hidroeletrolítico: 
Uma das alterações sistêmicas mais notáveis observadas na gravidez é a retenção de líquido (8 a 10 ℓ), 
intra e extracelular, mas especialmente responsável pelo aumento do volume plasmático. 
• Essa alteração hidreletrolítica é decisiva para que ocorram outras modificações importantes, tais 
como o aumento do débito cardíaco e o do fluxo plasmático renal. 
• Fatores responsáveis pela retenção de líquido: retenção de sódio, novo nível de osmolaridade, 
diminuição do limiar da sede, redução da pressão oncótica. 
• Consequências: da redução na concentração de hemoglobina; redução do hematócrito; diminuição 
da concentração de albumina; aumento do débito cardíaco; elevação do fluxo plasmático renal; 
edema periférico. 
No final do 2° trimestre, faz-se o rastreio de diabetes gestacional. Decorre da hiperglicemia, da 
resistência insulínica periférica e da alteração do metabolismo do pâncreas. 
Diabetes gestacional – entre 92 e 126 mg/dl. 
A partir de 126 mg/dl, considerar diabetes pré-gestacional (já possuía diabetes antes mesmo da gestação 
e o diagnóstico foi feito na gestação). 
 
ALTERAÇÕES NO SISTEMA RENAL 
Os rins deslocam-se para cima (devido ao aumento do volume uterino) e aumentam cerca de 1 cm de 
tamanho (ocorre aumento do volume vascular renal e do espaço intersticial). 
Presença de Hidronefrose fisiológica – ocorre devido à compressão uterina, e à inibição da musculatura 
lisa pela progesterona (ou seja, causada tanto por fatores hormonais quanto mecânicos). 
• O útero expandido, além de comprimir os vasos sanguíneos, também comprime os ureteres, o que 
causa fluxo retrógrado de urina p/ os rins. 
• A inibição da contração da musculatura lisa ureteral pela progesterona faz com que ocorre dilatação 
do ureter pela urina acumulada (ureterectasia). 
RLVS – BETA T2 
• Dilatação ureteral mais pronunciada à direita – ocorre devido dextrorrotação uterina (o útero faz 
uma rotação para a direita e por isso a hidronefrose é mais proeminente à D). 
• A dilatação do sistema urinário superior pode aumentar a estase urinária, predispondo à 
ocorrência de infecções urinárias, pielonefrite e nefrolitíase. 
A bexiga é deslocada anteriormente c/ expansão lateral – a bexiga sofre compressão direta pelo útero que 
cresce p/ frente. A frequência urinária decorre da compressão do útero gravídico na bexiga. 
• Por isso ocorre polaciúria (micções frequentes em pequenas quantidades). Isso começa nas 
primeiras semanas de gestação, depois dá uma estabilizada e volta a acontecer ao final da gestação 
devido ao aumento mais proeminente do útero. 
Aumento do fluxo plasmático e da taxa de filtração glomerular devido ao aumento do DC (maior fluxo 
sanguíneo p/ os rins). 
• Por isso, há glicosúria fisiológica e proteinúria (< 300mg) também fisiológica – diminuição da 
reabsorção tubular de glicose em virtude do alto fluxo (o aumento da TFG excede o limite da 
reabsorção tubular tanto da glicose quanto de proteínas). 
o Assim, presença de proteína (microalbuminúria de até 300 mg) e glicose na urina são 
normais. Acima de 300 mg de proteína, já começar a pensar em pré-eclampsia (depois de 
20 semanas), acometimento renal. 
• O aumento da TFG também causa diminuição da creatinina plasmática (é muito filtrada). 
O aumento da volemia, em associação com a redução da resistência vascular periférica, provoca elevação 
do fluxo plasmático glomerular, com consequente aceleração do ritmo de filtração glomerular. O fluxo 
plasmático glomerular pode ter um acréscimo de 50 a 80%, enquanto o ritmo de filtração glomerular 
aumenta entre 40 e 50% já no final do primeiro trimestre de gestação. 
 
ALTERAÇÕES DO SISTEMA RESPIRATÓRIO 
A expansão de volume sanguíneo + vasodilatação acarreta hiperemia e edema da mucosa do sist. 
respiratório superior, principalmente da mucosa nasal (o que causa congestão nasal, epistaxe, rinite 
durante a gestação); 
• Ocorre ingurgitamento e edema da mucosa nasal; isso ocorre em todas as mucosas do corpo. 
• A congestão nasal pode deixar a gestante com a voz anasalada. 
Aumento dos diâmetros do tórax → expansão da caixa torácica → aumento volume corrente; 
• Útero causa compressão pulmonar, diminuindo a expansibilidade. A expansão da caixa torácica visa 
corrigir isso. 
• Observa-se elevação do diafragma de aproximadamente 4 cm e maior capacidade de excursão do 
mesmo, em torno de 2 cm. A caixa torácica apresenta aumento de 5 a 7 cm em sua circunferência e 
2 cm em seu diâmetro anteroposterior, com consequente ampliação dos ângulos costofrênicos, de 
até 35°. 
• A amplitude do movimento do diafragma se reduz ao longo da gestação devidoao aumento do 
volume abdominal que ocorre com o crescimento uterino. A capacidade pulmonar total está 
reduzida em aproximadamente 200 mL devido à elevação do diafragma em razão da redução do 
volume residual. 
RLVS – BETA T2 
 
 
*Alterações fisiológicas respiratórias na gravidez. Pela elevação da cúpula do diafragma no final da gravidez 
estão diminuídos o volume residual e o volume de reserva expiratório, o que reflete na capacidade residual 
funcional. O aumento do volume-corrente (tidal volume) eleva o volume-minuto, mas a frequência 
respiratória não se altera. Essa hiperventilação é fisiológica desde o início da gravidez, provavelmente por 
causa da ação da progesterona no centro respiratório. 
*Volume-corrente e volume-minuto aumentados cerca de 30 a 40% e a capacidade residual funcional 
diminui 20%. 
Hiperventilação → facilita as trocas gasosas nos pulmões; ocorre aumento do consumo de O2 em 15 a 20% 
e diminuição da pressão de CO2. 
• A respiração da gestante é mais curta e frequente. 
• A hiperventilação da gravidez ocasiona alcalose respiratória compensada. 
• A progesterona parece desempenhar papel fundamental no estímulo do centro respiratório no 
sistema nervoso central. 
Dispneia (em 60 a 70% das gestantes) – consiste na percepção da hiperventilação pela gestante. 
• A dispneia ocorre principal. ao final da gravidez (devido ao tamanho avantajado do útero). 
 
RLVS – BETA T2 
ALTERAÇÕES DO SISTEMA DIGESTIVO 
Náuseas e vômitos são ocorrências muito prevalentes no 1º trimestre (ocorrem em 50-90% das gestantes): 
o Mais frequentes pela manhã; 
o Relacionados com os níveis crescentes de hCG e estrogênios. 
o Levam, geralmente, à anorexia. 
A progesterona tem uma potente ação relaxante sobre as fibras musculares lisa levando a uma série de 
alterações no sistema digestório como: relaxamento do esfíncter esofágico inferior, redução do 
peristaltismo, diminuição da contratilidade da musculatura lisa do intestino. Como consequência, são 
frequentes as queixas de pirose e constipação durante a gestação. 
O sistema gastrintestinal (esôfago, estômago, vesícula, intestino) permanece atônico durante toda a 
gestação. 
Pirose: 
• Ocorre devido ao relaxamento do esfíncter gastroesofágico + aumento da pressão intra-
abdominal + aumenta da secreção de HCl (devido ao estímulo da progesterona). 
Obs.: durante os dois primeiros trimestres há redução na secreção gástrica de ácidos. 
Vesícula Biliar: 
• Hipotonia, seguida de distensão devido ao relaxamento da musculatura, havendo maior chance de 
formar cálculos pela estase biliar. Por isso, é comum que ocorra cólica biliar na gestação. 
• O relaxamento da musculatura lisa é provocado pela progesterona. 
Com o aumento do volume uterino, ocorrem alterações anatômicas que desviam o estômago e o apêndice 
para cima e para a direita e os intestinos para a esquerda. O apêndice cecal pode ocupar o flanco direito, 
dificultando o diagnóstico clínico de apendicite na gravidez. 
 
TIREOIDE 
As alterações fisiológicas da gravidez determinam aumento de 40 a 100% na produção dos hormônios 
tireoidianos para atender às necessidades maternas e fetais. 
A tireoide sofre um aumento de volume de até 30% no 3º trimestre. 
TSH diminui no 1º trimestre → em virtude da menor estimulação de receptores de TSH devido ao hCG. 
o O hCG é análogo ao LH, e atua sobre a hipófise anterior reduzindo a produção de TSH. 
o Por isso, p/ se considerar Hipotireoidismo gestacional – TSH > 4,5. 
 
PELE E FÂNEROS 
A produção placentária de estrógenos leva à proliferação da microvasculatura de todo o tegumento 
(angiogênese). Devido ao estado hiperprogestogênico, ocorre vasodilatação de toda a periferia do 
organismo, levando a eventos vasculares da pele e anexos como eritema palmar, teleangectasias, 
aumento da secreção sebácea e da sudorese, entre outros. 
Presença de estrias violáceas (estrias gravídicas ou víbices) – devido a distensão do abdome; nas mamas 
ocorrem pelo aumento da vascularização (mamas túrgidas). 
RLVS – BETA T2 
• A distensão da pele do abdome, das mamas e do quadril pode provocar o aparecimento de estrias 
nestas regiões. Os fatores de risco são história familiar e, principalmente, ganho de peso excessivo 
na gestação. 
Aumento da pigmentação da pele: Linha nigra (aumento da pigmentação da linha alba) e cloasma 
(pigmentação principalmente em região malar e fronte); também ocorre formação da aréola secundária 
no mamilo, por hiperpigmentação (depósito de melanina). 
• A hiperpigmentação da pele da gestante também está relacionada aos altos níveis de 
PROGESTERONA, que parecem aumentar a produção e secreção do hormônio melanotrófico da 
hipófise. Este hormônio induz a produção excessiva de melanina, levando ao aparecimento de 
máculas hipercrômicas, conhecidas como cloasma ou melasma. Os locais de maior incidência são: 
face, fronte, projeção cutânea da linha alba (que passa a ser chamada de linha nigra), aréola 
mamária e regiões de dobra. Podem piorar com a exposição solar e costumam desaparecer após a 
gestação. 
Pode ocorrer Hipertricose (surgimento de pelos na face e em outras regiões), unhas quebradiças, eritema 
palmar (pela vasodilatação) e hipertrofia das glândulas sudoríparas e sebáceas. É fisiológico durante a 
gravidez. 
 
 
VULVA E VAGINA 
Espessamento do epitélio vaginal com aumento da descamação, consequentemente, havendo aumento 
da secreção vaginal. 
• Gestantes apresentam um volume maior de secreção vaginal. 
RLVS – BETA T2 
• A secreção vaginal fica mais ácida (pH de 3 a 5) de modo a prevenir infecções; porém há mais 
probabilidade de candidíase (prolifera em ambiente mais ácido). 
Tumefação vaginal e vulvar, com amolecimento e mudança de coloração: 
• Vulva de coloração vermelho vinhosa – Sinal de Jacquemeier. 
• Vagina com coloração violácea – Sinal de Kludge. 
• Isso ocorre devido ao aumento da vascularização. 
 
 
ÚTERO 
Amolecimento do colo e istmo – Sinal de Hegar. 
• Percebido ao toque vaginal. 
• A consistência na gestante fica mais labial (mais mole), enquanto em não gestantes a consistência 
é mais nasal (mais duro). 
 
Crescimento desigual do útero, fazendo assimetria no local de implantação do ovo – Sinal de Piskacek. 
• No local que houver a implantação do ovo, o útero estará mais aumentado, o que pode ser 
percebido durante o toque vaginal. 
 
Fundos de saco tornam-se globosos (redondo), assim como todo o útero – Sinal de Nobile-Budin. 
• Percebido ao toque vaginal. 
RLVS – BETA T2 
 
A partir de 12 semanas, o útero começa a ser palpado na parede abdominal. 
• Em pacientes mais magras. 
• Nos primeiros 2 meses o útero é órgão exclusivamente pélvico; com 12 semanas torna-se 
perceptível ao palpar abdominal, o que depende do panículo adiposo e da musculatura da parede. 
Aumento de peso e volume do útero, com hiperplasia das células endometriais e hipertrofia das células 
miometriais. 
• Útero pesa 50 g fora do período gravídico (4 a 70 g); 1100 a 1200g no final do 3° trimestre. 
• Volume – de 10 ml p/ 5 L. 
• O número de células miometriais aumenta no início da gestação (hiperplasia) e, depois, permanece 
estável. O crescimento miometrial na segunda metade da gestação resulta primariamente do 
aumento no tamanho da célula (hipertrofia) que ocorre sob a influência dos hormônios esteroides, 
principalmente os estrogênios. 
2ª metade da gestação: ocorre o afinamento do istmo, formando o segmento (quase uma separação do 
corpo e istmo). 
• O corte da cesária é feito no segmento – local mais fino e de menor vascularização (desencadeia 
um menor sangramento). 
o O segmento inferior contém menos músculos e vasos sanguíneos, é fino. 
• O segmento é a parte que dilata durante o parto normal. 
• O segmento apresenta até mesmo uma mudança de coloração em comparação ao corpo do útero –
segmento é mais branco. 
 
RLVS – BETA T2 
 
o E - Istmo menor e corpo maior – em paciente multípara. 
o G - útero gravídico– fica globoso com o istmo bem formado; progressivamente o istmo se afina, 
formando o segmento. 
 
Miométrio 
Possui 3 camadas musculares: 
• Uma fina, interna, de fibras musculares circulares. 
• Uma fina, externa, de fibras musculares longitudinais. 
• Uma central, mais grossa, de fibras musculares que se entrelaçam – vêm das tubas uterinas. 
 
O aumento da massa do miométrio, na gravidez, decorre de: 
• Hipertrofia dos elementos musculares: aumento de volume dos preexistentes. É a hipertrofia 
menos nítida na cérvice. 
RLVS – BETA T2 
• Hiperplasia dos elementos musculares: aumento quantitativo de miócitos, atribuído 
primeiramente à divisão das miocélulas, mas, na realidade, proveniente da metaplasia de 
elementos indiferenciados. 
• Aumento do tecido conectivo (ou conjuntivo), assim das células como das fibras, e dos líquidos 
intersticiais (embebição gravídica). É também muito maior a vascularização. 
Crescimento das células musculares → inicia o aparecimento de conexões especializadas: Junções 
comunicantes. 
• Potencial de membrana se espalha mais rápido, facilitando a despolarização das céls. conjuntas 
→ e, por fim, a contração (começam indolores, e as mais generalizadas são denominadas de 
Braxton-Hicks; posteriormente a atividade do marca-passo localizado ao fundo uterino promove as 
contrações coordenadas com dominância fúndica). 
• As junções comunicantes possibilitam a comunicação elétrica e metabólica entre grande grupo de 
células. 
• A sequência da contração é do fundo uterino p/ istmo. Tríplice gradiente descendente. 
• Após a dequitação placentária ocorre contração muscular uterina, visando oclusão dos vasos 
sanguíneos que nutriam a placenta → p/ redução do sangramento. 
 
Colo do útero 
Amolecimento precoce notado pelo toque: Sinal de Hegar. 
Conforme o útero vai crescendo o colo fica em posição mais posterior – direcionado ao côncavo sacro. 
• É mais difícil de identificar o colo do útero ao exame especular e ao toque vaginal por essa razão. 
O colo fica azulado na gravidez em razão da sua maior vascularização. 
A posição do colo vai ficando mais centralizada conforme a insinuação da cabeça do feto – o colo é 
trazido p/ a frente, centralizando-se no eixo vaginal. 
Apagamento do colo (colo vai afinando) → liberação de tampão mucoso. 
• O canal cervical é obliterado por secreção mucosa espessada – tampão mucoso –, dito de proteção 
ao ovo. O tampão mucoso tem a função de prevenir infecções. 
• O apagamento do colo é consequência da remodelação cervical, reação inflamatória mediada por 
citocinas e prostaglandinas, mas também da ação exercida pelas contrações de Braxton-Hicks do 
final da gravidez e dos ligamentos redondos (fazem pressão mecânica na cérvice). 
• O apagamento do colo é mais perceptível nas primíparas. Isso porque os ligamentos uterossacros 
que fixam o útero à pelve estão firmes e tensos na primeira gravidez. Nas multíparas os ligamentos 
uterinos estão mais relaxados, frouxos (as contrações uterinas fracas da gravidez já não 
pressionam mais a apresentação o suficiente para o apagamento do colo), não sendo perceptível a 
liberação do tampão mucoso. 
• Significa que o parto está próximo (em breve). 
• A liberação é feita de forma gradativa. 
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DIAGNÓSTICO DA GESTAÇÃO 
A gestação pode ser diagnosticada por meio de: 
➢ Diagnóstico laboratorial (hormonal)– dosagem de beta-hCG. 
➢ Diagnóstico Clínico – por meio de sinais e sintomas. 
➢ Diagnóstico Ultrassonográfico. 
 
Diagnóstico laboratorial 
Apoia-se na produção de gonadotrofina coriônica humana (hCG) pelo ovo. Uma semana após a fertilização, 
o trofoblasto, implantado no endométrio, começa a produzir a hCG em quantidades crescentes, que 
podem ser encontradas no plasma ou na urina maternos. 
Efetuado por meio da detecção do hCG no plasma ou na urina. 
• Beta-hCG pode ser detectado a partir de 8-11 dias a partir da concepção. 
• Pico entre 60-90 dias de gravidez. 
Porção Beta: 
• Menor relação cruzada com o LH – sendo, portanto, mais fácil de identificar. 
• Maior sensibilidade. 
• Quantificável. 
As dosagens de β-hCG dobram de quantidade a cada 48 horas. 
Há basicamente três tipos de testes para a identificação de hCG: imunológico, radioimunológico (RIA) e 
enzima-imunoensaio (ELISA). 
Testes imunológicos (principal. os de urina) – são testes qualitativos – devem ser solicitados só após 10-14 
dias de atraso menstrual (boa acurácia somente nesse período p/ detectar os níveis maiores de beta-hCG 
urinário). É o famoso “teste de farmácia”. 
Dosagem de beta-hCG igual a 1000 é preciso buscar sinais de gestação intrauterina no USG ou sinais de 
gestação ectópica (ex.: trompas). 
 
 
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Diagnóstico clínico 
• Náuseas – aparece entre a 6ª e 14ª semanas de gestação. 
o Ocorre principalmente no período da manhã. 
• Sialorreia – a progesterona causa aumento da secreção salivar. 
• Aumento da sensibilidade mamária – a vasodilatação causa a turgência mamária. 
• Polaciúria e Nictúria – devido ao fato de o útero comprimir a bexiga. 
• Distensão abdominal e Constipação intestinal – devido ao relaxamento da m. lisa. 
• Tontura 
• Sonolência e Fadiga 
• Atraso menstrual 
 
• Alterações cutâneas: 
o Cloasma gravídico – mais em face. 
o Linha nigra – pigmentação da linha alba. 
o Sinal de Halban (aumento da lanugem que aparece nos limites do couro cabeludo) 
 
• Alterações mamárias: 
o Tubérculos de Montgomery (glândulas sebáceas hipertrofiadas). 
o Rede de Haller (aumento da vascularização venosa). 
o Sinal de Hunter (aumento da pigmentação dos mamilos, formando uma aréola secundária 
com limites imprecisos). 
 
Sinais de presunção – são os sinais que a paciente percebe: 
• Amenorreia (4 semanas) – sinal mais precoce. 
• Náuseas (5 semanas) – mais de 50% das mulheres apresentam, geralmente pela manhã, associada a 
vômitos e anorexia. 
• Mamas congestas e doloridas (5 semanas). 
• Aréola primária e tubérculos de Montgomery (8 semanas). 
• Colostro (16 semanas) – secreção amarela que pode ser percebida à expressão papilar. 
• Rede de Haller (16 semanas) – aumento da circulação venosa. 
• Aréola secundária (aumento da pigmentação em volta do mamilo) – sinal de Hunter (20 semanas). 
Sinais de probabilidade – sinais que são percebidos durante o exame da paciente: 
• Amenorreia (10 a 14 dias de atraso) – provável sinal (nem sempre indica gravidez, pode ocorrer em 
diversas circunstâncias fisiológicas e patológicas). 
• Aumento do volume uterino ao toque (6 semanas) - toque combinado permite avaliar as 
alterações que a gravidez imprime ao útero. 
o Fora da gestação, o órgão é intrapélvico, localizado abaixo do estreito superior; 
o Na gravidez, expande-se; com 6 semanas, apresenta volume de tangerina; com 10 semanas, 
de uma laranja; e com 12 semanas, o tamanho da cabeça fetal a termo, sendo palpável logo 
acima da sínfise púbica. 
• Sinal de Hegar – Amolecimento do istmo e colo uterinos, que adquirem consistência cística (elástico 
pastosa/oral) (8 semanas). 
• Sinal de Nobile-Budin – Percepção globosa do fundo de saco de Douglas, ocupado pelo corpo 
uterino (8 semanas). 
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• Sinal de Osiander – Percepção do pulso da artéria vaginal no fundo de saco devido a hipertrofia do 
sist. vascular (8 semanas). 
• Sinal de Piskacek- Assimetria uterina no local de implantação do ovo (útero fica maior no local da 
implantação, apresentando abaulamento e amolecimento). 
• Sinal de Jacquemeier ou Chadwick – Coloração vermelho-vinhosa/violácea da vulva (devido ao 
aumento da vascularização) - (8 semanas). 
• Sinal de Kludge – Coloração violácea da mucosa vaginal (devido ao aumento da vascularização). 
Sinais de certeza: 
• Sinal de Puzos – percepção de rechaço fetal intrauterino (14 semanas). 
o Quando se faz o toque uterino e empurra o colo, impulsiona o feto com os dedos no fundode saco anterior. Como normalmente a apresentação é cefálica, a cabeça sobe e depois 
desce – se afasta e retorna (impressão de rechaço fetal). 
• Percepção de movimentos e partes fetais (18 a 20 semanas) – inicialmente são discretos e vão se 
tornando vigorosos com a progressão da gestação. 
• Ausculta de BCF (20 a 21 semanas) – mais fidedigno. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMINDO: 
➢ Sinais de Presunção: Sinais sistêmicos e percebidos pela mãe. 
o Amenorreia 
o Congestão Mamária (5 sem) – Tubérculos de Montgomery (8 sem) – Rede de Haller 
(16sem) – Sinal de Hunter (20 sem) 
 
➢ Sinais de Probabilidade: modificações uterinas, vaginais e vulvares. 
o Sinais de Hegar, Piskacek, Nobile-Budin (6-8 sem) 
o Aumento do volume uterino (12 sem) 
 
➢ Sinais de Certeza: percepção de elementos do feto pelo examinador. 
o Ausculta de BCF, Sinal de Puzos (14 sem) 
o Percepção de movimentos e partes fetais (18-20 sem) 
 
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Diagnóstico ultrassonográfico 
Ultrassonografia transvaginal (padrão-ouro) – atualmente é obrigatória no primeiro trimestre da 
gravidez. 
• Primeiro trimestre da gestação – realizada até 12 semanas. 
• Medidas mais precisas e melhor identificação da idade gestacional. 
*A partir de 14 semanas de gestação – pede o obstétrico. 
 
Marcos importantes da ultrassonografia transvaginal no primeiro trimestre da gravidez: 
• Saco gestacional (4 semanas) 
• Vesícula vitelina (5-6 semanas) 
• Eco fetal com BCF (6-7 semanas) 
• Cabeça fetal (11-12 semanas) 
• Placenta (12 semanas) – a placenta apresenta estrutura definida com 16 semanas. 
 
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QUESTÕES: 
 
 
A resposta é letra C porque: 
• Fundos de saco ocupados pelo corpo 
uterino (fundo globoso), corresponde ao 
sinal de Nobile-Budin, que é um sinal de 
probabilidade. 
O sinal de Hegar também é um sinal de 
probabilidade (não de certeza), porém 
corresponde ao colo e istmo uterinos amolecidos 
ao toque. O sinal de Piskacek também é um sinal 
de probabilidade (não de presunção), que é o 
útero aumentado no local em que o ovo está 
implantado. O sinal de Puzos envolve o rechaço 
fetal, que não foi realizado no caso. 
 
 A resposta é letra C porque: 
• Na gestação ocorre diminuição da 
utilização periférica de glicose (poupa p/ o 
feto). 
Na gestação ocorre aumento tanto da liberação de 
AG’s livres e glicerol, aumento da concentração de 
TAG’s bem como aumento na síntese de corpos 
cetônicos (devido à liberação dos ácidos graxos). 
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A resposta é letra D porque: 
• Colo e istmo amolecidos = sinal de 
Hegar. 
• Ocupação dos fundos de saco vaginais = 
sinal de Nobile – Budin 
• Ambos esses sinais são sinais de 
probabilidade (ou seja, são sinais 
percebidos pelo médico ao exame 
físico/clínico). 
 
A resposta é letra D porque: 
• O volume sanguíneo aumenta, 
consequentemente havendo aumento 
na FC e no volume ejetado pelo coração 
(volume sistólico - VS). O aumento da 
FC e do VS causa aumento do débito 
cardíaco (DC). 
Ocorre vasodilatação durante a gestação, o que 
reduz a resistência vascular periférica e 
consequentemente diminui a PA. 
A resposta é letra C porque: 
• Durante a gestação ocorre resistência à 
insulina (perda da sensibilidade) pela 
atuação de alguns hormônios (como o 
aumento do hormônio lactogênio 
placentário). 
O aumento do volume sanguíneo causa aumento 
da TFG (filtração glomerular), e isso pode 
acarretar proteinúria fisiológica de até 300 
mg/dia. 
A progesterona causa relaxamento da 
musculatura lisa, logo há diminuição da contração 
da vesícula, que começa a acumular bile. 
Ocorre hiperlipidemia pelo aumento de ácidos 
graxos e triglicerídeos. 
RLVS – BETA T2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A resposta é letra C porque: 
• Durante a gestação ocorre redução do 
uso periférico de glicose pela atuação dos 
Hormônios contrainsulínicos da placenta. 
O aumento do volume sanguíneo causa aumento 
da TFG (filtração glomerular), e isso pode 
acarretar glicosúria fisiológica e até mesmo 
eliminar mais creatinina, reduzindo os níveis 
séricos desta. 
A progesterona causa relaxamento da 
musculatura lisa, logo há diminuição da 
peristalse, levando mais tempo p/ o 
esvaziamento do estômago. da vesícula, que 
começa a acumular bile. 
A concentração de Hb e plaquetas diminui devido 
à hemodiluição fisiológica causada pelo aumento 
principal. do plasma sanguíneo. 
A resposta é letra E porque: 
• Durante a gestação ocorre aumento do 
volume sanguíneo, sendo a maior parte 
um aumento do volume plasmático e não 
eritrócitos. 
A progesterona aumenta as secreções 
glandulares em todo o organismo. 
A resistência à insulina que ocorre na gestação 
pode sim causar diabetes gestacional ou agravar 
um diabetes pré-existente. 
Os angiomas/aranhas vasculares surgem devido 
ao aumento da vascularização.

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