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Biologia - Livro 3-0059

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Considerando que esse quadro retrata as condições
encontradas em outros países industrializados, res
ponda:
a) Que tendência pode ser observada quando se
comparam as taxas de mortalidade por doenças
contagiosas e por doenças degenerativas (tam
bém chamadas “doenças da velhice”) no início e
no final do século XX?
b) Cite dois fatores que podem explicar as mudanças
observadas nas taxas de mortalidade por doenças
contagiosas.
17 Cefet-MG Uma lesão na pele pode infeccionar quan-
do aparecem células de defesa que atravessam os
capilares e caem no tecido conjuntivo, protegendo o
organismo. Os termos destacados referem-se, respecti
vamente, aos:
A trombócitos e fagocitose.
B euritrócitos e pinocitose
 leucócitos e diapedese
 neutrófilos e clasmocitose
18 UEG O termo inflamação pode ser definido como:
A o processo de instalação, multiplicação e dano teci-
dual pela ação de um determinado patógeno.
B a resposta do organismo contra diversos tipos de
agentes lesivos, na tentativa de combatê-los e rege-
nerar o tecido.
 a produção de anticorpos específicos contra micror-
ganismos invasores no organismo hospedeiro.
 o estabelecimento de células tumorais em determina-
dos tecidos, que originam o câncer
 a reação da memória imunitária a uma exposição an-
tigênica subsequente
Imunidade natural contra HIV
Quando alguém é infectado com o vírus HIV, é
geralmente uma questão de tempo até que desenvolva aids 
período que pode ser ampliado com a introdução de trata-
mento medicamentoso, especialmente nos estágios iniciais
da infecção.
Mas há um pequeno número de indivíduos que, mesmo
exposto ao vírus, leva muito tempo para apresentar sinto-
mas E, em alguns casos, a doença simplesmente não se
desenvolve.
Na década de 1990, pesquisadores mostraram que,
entre aqueles que são naturalmente imunes ao HIV – que
representam 1 em cada 200 infectados , uma grande parte
carregava um gene específico, denominado HLA B57. Agora,
um grupo de pesquisadores nos Estados Unidos revelou um
novo fator que contribui para a capacidade desse gene em
conferir imunidade
O grupo, liderado pelos professores Arup Chakraborty,
do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, e Bruce Wal-
ker, do Instituto Médico Howard Hughes, descobriu que a
presença do HLA B57 faz com que o organismo produza
mais linfócitos T – glóbulos brancos que atuam na proteção
contra infecções
Pessoas com o gene têm um número maior de linfócitos
T, que se grudam fortemente com mais pedaços do HIV do
que aqueles que não têm o gene. Isso aumenta as chances
de os linfócitos reconhecerem células que expressam as
proteínas do vírus, incluindo versões mutantes que surgiram
durante a infecção
Esse efeito contribui para o controle maior da infecção
pelo HIV (e por qualquer outro tipo de vírus que evolua
rapidamente), mas também torna as pessoas mais suscetíveis
a doenças autoimunes, nas quais os linfócitos T atacam as
próprias células do organismo.
“A descoberta poderá ajudar pesquisadores a desen-
volver vacinas que provoquem a mesma resposta ao HIV
que ocorre naqueles que têm o gene HLA B57. O HIV está
se revelando lentamente. Essa descoberta representa outro
ponto em nosso favor na luta contra o vírus, mas ainda temos
um caminho muito longo pela frente”, disse Walker.
“Esse é um estudo notável que começou com uma ob-
servação clínica, integrou observações experimentais, gerou
um modelo valioso e derivou desse modelo um conheci-
mento profundo do comportamento do sistema imunológico
humano. Raramente alguém tem a oportunidade de ler um
artigo que expande tão grandemente o conhecimento hu-
mano”, disse David Baltimore, professor de Biologia do
Instituto de Tecnologia da Califórnia e ganhador do Nobel
de Medicina e Fisiologia em 1975.
Agência FAPESP, 6 maio 2010 Disponível em: <https://agencia fapesp br/
imunidade natural-contra-hiv/12140/>.
Lidando com as picadas de cobras
Se uma cobra picou você e há a suspeita de que seja
venenosa, vá para o pronto-socorro mais próximo. Algumas
picadas de cobras, principalmente aquelas que têm guizo (ou
chocalho), como a cascavel, podem ser fatais. No entanto,
o PS de um hospital costuma ter soros muito eficazes para
combater o veneno.
Caso você esteja distante de um posto médico, há
algumas dicas que você pode seguir enquanto procura
ajuda:
� peça para alguém capturar a cobra e matá-la (mas só se
isso puder ser feito sem colocar a outra pessoa em risco).
Coloque a cobra em um saco e leve-a ao hospital com
você, pois isso vai permitir que a equipe médica identifi-
que a cobra corretamente e use o soro correto.
� mantenha-se calmo, imóvel e aquecido. Tente não en-
trar em pânico, pois o nervosismo estimula o coração a
bombear mais sangue, o que só vai ajudar a aumentar
a velocidade com que o veneno é espalhado pelo seu
corpo. Procure respirar profunda e vagarosamente.
eTextos complementares
BIOLOGIA Capítulo 13 Sistema imunitário176
� se a picada foi nas pernas ou nos braços, retire anéis,
pulseiras, sapatos ou meias, pois as extremidades po-
dem inchar. Se possível, fique deitado e imobilize os
membros, elevando-os a uma posição acima do restante
do corpo.
� caso tenha um kit extrator de veneno, aplique o aparelho
de sucção por um período de 30 a 40 minutos ou até você
chegar ao hospital.
� não aplique gelo, não corte o local da picada com uma
faca e não tente chupar o veneno da ferida. Esses méto-
dos ultrapassados de tratamento não ajudam em caso de
mordida de cobra. Peça ajuda. Se você for envenenado,
pode ser que comece a se sentir tonto. Não tente ir so-
zinho ao hospital.
Fique longe das cobras
É possível reduzir as chances de ser picado por uma cobra
seguindo as instruções abaixo:
� Mantenha a grama aparada, os arbustos cortados e reti-
re os galhos do jardim e de terrenos próximos. Isso irá
reduzir o número de lugares onde as cobras podem se
abrigar e se esconder.
� Avise as crianças para não brincarem em terrenos baldios
e infestados por ervas.
� Use varas para mexer em lenha, galhos ou tábuas.
� Use botas e calças longas ao trabalhar ou andar em áreas
onde possam existir cobras.
� Nunca mexa em cobras, mesmo se estiverem mortas
� Durma em uma cama portátil ao acampar em áreas in-
festadas por cobras.
[...]
“Como tratar picadas e mordidas.” How Stuff Works. Disponível em:
<http://saude.hsw.uol.com.br/como-tratar-mordidas-e-picadas2.htm>.
Detalhes sobre a resposta imune
Quando o organismo entra em contato com antígenos, os linfócitos
B começam a se dividir e a se diferenciar, formando os plasmócitos e
também as células de memória imunológica (que guardarão as caracte-
rísticas do antígeno invasor). Os plasmócitos são células que produzem
e secretam grandes quantidades de anticorpos que posteriormente se
ligarão aos antígenos.
Os anticorpos eliminam os antígenos invasores com o auxílio de outras
células de defesa. Podem neutralizar o invasor, impedindo-o de se ligar
às células do organismo, por exemplo, podem atrair macrófagos para
fagocitá-los e podem também estimular as células citotóxicas (linfócitos
T8) para destruí-los. A questão é que o complexo formado pelo antígeno
e anticorpo torna-se alvo fácil para as outras células de defesa.
Os macrófagos são responsáveis por detectar a presença dos antígenos
marcados e fagocitá-los. O reconhecimento do antígeno é uma fase
fundamental no processo de defesa imunitária, por isso, os macrófagos
são considerados como “células apresentadoras de antígenos”. Essas
células isolam os antígenos e os expõem na superfície de sua membrana.
Macrófagos reconhecem, fagocitam e expõem antígenos em sua superfície.
Macrófago Patógeno
Receptor de
reconhecimento
do patógeno
Linfócito T4 auxiliar
(ativado)
Mediante de um complexo processo de interações mediadas por
substâncias conhecidas por interleucinas, os macrófagos transmitem
informações a linfócitos T4. Essas células se dividem, originando clones
com dois destinos: convertem-se em células de memória imunológica e
atuam influenciando mais linfócitos B e linfócitosT8 no ataque.
Os linfócitos T8, conhecidos como linfócitos citotóxicos, são responsáveis
pela destruição de células cancerosas e atacadas por vírus Liberam
substâncias conhecidas como perforinas que promovem a ruptura das
células atacadas. Alguns linfócitos T8 e linfócitos B convertem-se em
células de memória imunológica.
Outros linfócitos são conhecidos como linfócitos auxiliadores. Dentre
eles, podem ser citados os linfócitos T4 que constituem células centrais
na elaboração da resposta imune. Essas células podem ser atacadas
pelos vírus da Aids, por exemplo, gerando efeitos devastadores na de-
fesa do organismo.
Linfócitos T passam por um processo de maturação no timo (daí vem a
designação de “T”). Já os linfócitos B não têm essa maturação no timo
– a designação desses linfócitos como sendo do tipo “B” refere-se à
maturação na estrutura conhecida como “Bursa de Fabricius”, presente
em aves Mamíferos não possuem essa estrutura; sua maturação se dá
na própria medula óssea.
Quanto à manutenção do sistema imune, há a possibilidade de ocorrer
vários tipos de desequilíbrio (causados por doenças ou não), o que pode
ocasionar a imunodeficiência (resposta imune ineficiente) e a hipersen-
sibilidade (resposta imune exagerada).
Na imunodeficiência, o resultado é a susceptibilidade a infecções opor-
tunistas e a alguns tipos de câncer. O HIV (imunodeficiência adquirida)
é um caso de doença que ataca o sistema imune da pessoa Alguns
medicamentos também podem reduzir a resposta imune do organismo,
buscando, por exemplo, a aceitação de um órgão transplantado.
Existe também a resposta imune exagerada (normalmente de causa
genética) que resulta em alergias a antígenos muito comuns no ambiente
ou mesmo no desenvolvimento de doenças autoimunes que consistem
em uma resposta imune contra as células e tecidos do próprio organis-
mo. É o caso do lúpus, da diabetes tipo 1 (que cria anticorpos contra as
células do pâncreas), do vitiligo e da artrite reumatoide.
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Quer saber mais?
Site
� Vacina contra Aids desenvolvida por pesquisadores da USP e testada em camundongos induz maior resposta imunológica se comparada com
similares. Disponível em: <https://cienciahoje.org.br/hiv-na-mira-de-vacina-brasileira/>.
O organismo está exposto a muitos agentes potencialmente perigosos do ambiente, mas possui barreiras que evitam a entrada de invasores. Dentre
elas, podem ser citadas a pele, as mucosas, a saliva, a lágrima, os cílios e pelos e as enzimas digestivas
O sistema imunitário protege o organismo dos agentes que conseguem ultrapassar as barreiras anteriores. Esse sistema realiza a defesa por meio de
células especializadas (como leucócitos e macrófagos) e possui órgãos primários e órgãos secundários.
� Órgãos primários: neles há a produção e a maturação de células de defesa.
– Medula óssea: conhecida como tutano. É um tecido esponjoso localizado no interior de alguns ossos.
– Timo: órgão pequeno localizado atrás do osso esterno. Diminui ao longo da vida.
� Órgãos secundários: recebem células dos órgãos primários e as transportam e proliferam.
– Linfonodos: chamados de gânglios linfáticos. Distribuídos pelo corpo, encontram-se ligados a vasos linfáticos. Dilatam quando em processo de combate
aos agentes invasores, formando as ínguas
 Vasos linfáticos: responsáveis pelo transporte da linfa.
– Baço: nele são produzidos os anticorpos.
– Tonsilas (amígdalas e adenoides): aglomerados de tecido linfoide, sem contato com os vasos linfáticos.
� Resposta inflamatória: reação de defesa do organismo contra agentes invasores O tecido infectado é envolvido por uma rede de fibrina (dificultando
a dispersão das bactérias infectantes para outras partes do organismo). O local apresenta quatro sinais:
– Calor: resultado do maior fluxo sanguíneo.
 Rubor: resultado do maior fluxo sanguíneo.
 Tumor: resultado do aumento da permeabilidade dos capilares, havendo liberação de líquido para o fluido intersticial
– Dor: resultado da liberação de substâncias como as bradicininas.
– Diapedese: passagem de neutrófilos e monócitos pela parede dos capilares.
– Pus: resultado da morte de vários tipos de células: bactérias, leucócitos e células do tecido atingido.
� Resposta imune: processo de combate aos antígenos invasores, promovendo a defesa/imunização do organismo.
– Imunização humoral: envolve a produção de anticorpos.
– Imunização celular: envolve a atuação das células de defesa.
A resposta imune é iniciada com a invasão por antígenos, ativando o sistema imunitário
 Linfócitos B: são responsáveis pelo reconhecimento dos invasores São estimulados a se dividirem e a se diferenciarem em plasmócitos.
– Plasmócitos: realizam a síntese de anticorpos.
– Linfócitos T4 (ou CD4), linfócitos T8 e linfócitos B: conhecidos como auxiliadores, podem se converter em linfócitos de memória.
Anticorpos: atacam os antígenos
� Resposta imunitária primária: resposta à primeira exposição ao antígeno. Demora alguns dias para iniciar a síntese de anticorpos. Concentração
de anticorpos final baixa.
� Resposta imunitária secundária: resposta à segunda exposição ao antígeno. Síntese de anticorpos mais rápida e concentração plasmática elevada.
Combate eficaz ao antígeno. Consequência das células de memória.
� Imunização passiva: realizada com soro com anticorpos prontos. Pode ser artificial, como no caso de soro antiofídico e anticrotálico, ou natural, no
caso da amamentação. Não há desenvolvimento de memória imunológica.
� Imunização ativa: realizada com vacina que possui antígenos (vivos enfraquecidos ou mortos) ou pelo contato com a doença. Prepara o organismo para o
contato com um antígeno, isolando-o e introduzindo-o no organismo. É artificial (no caso da vacina) ou natural (no caso de haver o contato com a doença).
Resumindo

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