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Universidade da Amazônia Faculdade de Farmácia Disciplina: Farmacognosia aplicada Belém – PA 2022 Célula vegetal: citologia e histologia Prof. Dr. Ivaldo Belém Filho CÉLULA VEGETAL CÉLULA VEGETAL As células vegetais formam os tecidos das plantas. São semelhantes às células animais, uma vez que possuem muitas organelas em comum, mas diferem delas por possuírem parede celular, cloroplastos e vacúolos, adequadas ao modo de vida das plantas Organela Célula Vegetal Célula Animal Função Mitocôndrias Presente Presente Respiração celular Retículo endoplasmático liso Presente Presente Síntese de lipídios Retículo endoplasmático rugoso Presente Presente Síntese de proteínas Ribossomos Presente Presente Síntese de proteínas Aparelho de Golgi Presente Presente Modificar, armazenar e exportar proteínas Lisossomos Presente Presente Digestão de moléculas orgânicas Peroxissomos Presente Presente Digestão de substâncias Vacúolos Presente Ausente Armazenamento de substâncias Plastos Presente Ausente Armazenamento de substâncias e pigmentos Glioxissomos Presente Ausente Transformação de ácidos graxos em açúcares Centríolos Variável Presente Divisão celular. Só ocorre em células vegetais de briófitas e pteridófitas. CÉLULA VEGETAL X CÉLULA ANIMAL Existem leucoplastos, sem cor, que fazem reserva de amido e cromoplastos coloridos, que possuem pigmentos. Um plasto pode se transformar no outro. Os cloroplastos são as organelas responsáveis pela realização da fotossíntese. Elas contém o pigmento clorofila, que lhes confere a cor verde e absorve a luz solar, permitindo que o processo ocorra. PLASTOS São organelas membranosas, que possuem DNA e são capazes de se autoduplicar. Têm estrutura semelhante a das mitocôndrias, o que é explicado pelos cientistas como um mecanismo evolutivo de simbiose entre procariontes e eucariontes (teoria endossimbiótica). apresentam um envoltório constituído por duas membranas lipoproteicas, contendo uma matriz denominada estroma, onde se observa um grupamento de membranas chamadas de tilacoides e que abriga a clorofila. A parede celular ou parede celulósica é exterior à membrana plasmática que envolve a célula. É um envoltório mais ou menos espesso, composto por um polissacarídeo chamado celulose. PAREDE CELULAR Sua função é dar sustentação à planta, sendo por isso também chamada de membrana esquelética de celulose. Existem poros nas paredes celulósicas, através dos quais passam pontes de citoplasma muito finas, chamadas plasmodesmos. Por meio dos plasmodesmos há comunicação entre o citoplasma das células vizinhas. A parede celular das plantas medicinais é uma estrutura que deve ser compreendida, visto que para qualquer composto ativo ser liberado da célula vegetal é necessário que ela seja rompida. A obra Anatomia vegetal, de Appezzato-da-Glória e Carmello-Guerreiro (2006) explica que a parede celular é resistente devido a sua composição e estrutura, formada por microfibrilas de celulose imersas em uma matriz contendo polissacarídeos não celulósicos: hemiceluloses e pectinas. Os vacúolos são espaços, envolvidos por membrana, em cujo interior podem ser armazenadas substâncias como a seiva, além disso, tem como função regular o pH e a entrada de água, através do controle osmótico. Com isso, os vacúolos controlam a turgidez da célula. Nas plantas jovens há vários vacúolos menores que se juntam e formam um grande vacúolo único à medida que a planta se desenvolve. VACÚOLOS A partir da união de células de origem comum, igualmente diferenciadas para desempenhar uma função fisiológica, formam-se os tecidos vegetais. HISTOLOGIA VEGETAL Crescimento Meristema Sustentação e preenchimento Parênquima, colênquima e esclerênquima Condução de seiva bruta e elaborada Floema e xilema Revestimento Epiderme e periderme Os tecidos vegetais são divididos em: Tecidos meristemáticos ou de formação Tecidos adultos ou permanentes, com funções específicas. O tecido meristemático primário promove o crescimento em altura da planta. É abundante nas gemas apicais, da raiz e do caule, e nas gemas laterais do caule. TECIDO MERISTEMÁTICO PRIMÁRIO OS TECIDOS MERISTEMÁTICOS PRIMÁRIOS SÃO: Protoderme Procâmbio Meristema fundamental É o tecido que reveste externamente o embrião e dará origem a epiderme, o primeiro tecido de revestimento da planta. Dá origem aos tecidos vasculares, xilema e floema primários. Se forma logo abaixo da protoderme e dará origem ao córtex, constituído pelo parênquima e os tecidos de sustentação, colênquima e esclerênquima. O tecido meristemático secundário promove o crescimento em espessura da planta (crescimento secundário). TECIDO MERISTEMÁTICO SECUNDÁRIO Câmbio Felogênio Origina o xilema e floema secundários. Dá origem ao súber e a feloderme. Os tecidos adultos ou permanentes são diferenciados e classificam-se conforme a função que desempenham. TECIDOS ADULTOS Revestimento Preenchimento Sustentação Condução As plantas apresentam os tecidos de revestimento para a proteção de folhas, raízes e caules. TECIDOS DE REVESTIMENTO Epiderme Periderme Súber Felogênio Feloderme É constituída por uma camada de células vivas intimamente ligadas e clorofiladas Nas folhas, as células da epiderme secretam a substância cutina, que forma uma cutícula de lipídios e impede a perda de água excessiva por transpiração EPIDERME Estômatos: Hidatódios: Tricomas: Pêlos absorventes: Acúleos: permite a troca gasosa com o ambiente durante a fotossíntese e respiração. estruturas localizadas nas bordas das folhas que eliminam o excesso de água da planta. Presentes em plantas xerófitas, reduzem a perda de água pelos estômatos, quando se abrem para realizar as trocas gasosas. Encontrados na zona pilífera da raiz, auxiliam na absorção de água e sais minerais. Estruturas pontiagudas e rígidas, muitas vezes confundidas com espinhos, que conferem proteção à planta. A periderme é um tecido vivo. Representa o revestimento das raízes com crescimento secundário. É constituída pelos tecidos dérmicos súber, felogênio e feloderme. PERIDERME Lenticelas Ritidoma são aberturas na periderme que permitem a circulação do ar constituem as camadas mais superficiais da periderme, que quando morta, se destaca do caule da planta. São tecidos formados por células que preenchem os espaços entre os tecidos de revestimento e os tecidos condutores. Os tecidos de preenchimento são representados pelos parênquimas, encontrados em todos os órgãos da planta. TECIDOS DE PREENCHIMENTO O parênquima é formado por células vivas com grande capacidade de diferenciação e podem ter variados tipos: Parênquima de Preenchimento Parênquima Clorofiliano Parênquima de Reserva Realiza o preenchimento entre os tecidos. Exemplo: Córtex e medula do caule. Auxilia no processo de fotossíntese. É encontrado nas folhas e pode ser de dois tipos, o paliçádico e o esponjoso. Armazena substâncias, como amido, óleos e proteínas. De acordo, com a substância armazenada, têm-se denominações diferenciadas: Parênquima amilífero Parênquima aquífero Parênquima aerífero Quando armazena amido. Exemplo: tubérculos. Quando armazena água. Esse tecido é comum em plantas xerófitas. Quando armazena ar, são as plantas aquáticas. Originados do meristema fundamental, esses tecidos são encontrados nas folhas, frutos, caule e raiz. TECIDOS DE SUSTENTAÇÃO Colênquima Esclerênquima é constituído por células vivas, alongadas e ricas em celulose. Estão presentes nas partes mais jovens das plantas, logo abaixo da epiderme. Confere flexibilidade aos órgãos vegetais. é constituído por células mortas, lignificadas e alongadas. Estão presentes nas partes mais antigas das plantas. Os tecidos condutores são responsáveis pelo transporte e distribuição de água e substâncias pelo corpo da planta. TECIDOS DE CONDUÇÃO Xilema FloemaO xilema O floema Também chamado de lenho É constituído por células mortas e com parede celular reforçada por lignina. Responsável por conduzir a seiva bruta (água e sais minerais) das raízes até as folhas. Suas principais células são as traqueides e os elementos do vaso. Também chamado de liber É constituído por células vivas. Transporta a seiva elaborada (matéria orgânica) das folhas até o caule e raízes. Suas principais células são os tubos crivados e as células companheiras. TIPOS DE RAIZES TIPOS DE CAULES TIPOS DE FOLHAS TIPOS DE FLORES TIPOS DE FRUTOS