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UNIDADE IV ESTÁGIO SUPERVISIONADO I ENFERMAGEM 2 Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste material poderá ser reproduzida ou transmitida de qualquer modo ou por qualquer outro meio, eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação ou qualquer outro tipo de sistema de armazenamento e transmissão de informação, sem prévia autorização, por escrito, do Grupo Ser Educacional. Edição, revisão e diagramação: Equipe de Desenvolvimento de Material Didático EaD _______________________________________________________________________ SILVA, Jadiane da. Estágio Supervisionado I – Enfermagem: Unidade 4 Recife: Grupo Ser Educacional, 2022. _______________________________________________________________________ Grupo Ser Educacional Rua Treze de Maio, 254 - Santo Amaro CEP: 50100-160, Recife - PE PABX: (81) 3413-4611 ESTÁGIO SUPERVISIONADO 1 ENFERMAGEM UNIDADE 4 3 SUMÁRIO PARA INÍCIO DE CONVERSA .......................................................................................................... 4 ORIENTAÇÕES DA DISCIPLINA ..................................................................................................... 4 ATRIBUIÇÕES DO ENFERMEIRO NA ATENÇÃO ..................................................................... 5 Consulta de pré-natal ................................................................................................................. 5 Visita puerperal .......................................................................................................................... 6 Consulta de Puericultura ........................................................................................................... 6 Acolhimento de demandas espontâneas .............................................................................. 10 Atenção domiciliar em saúde ................................................................................................. 10 Vigilância epidemiológica na Atenção Básica .................................................................... 11 PALAVRAS FINAIS ........................................................................................................................ 13 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................................ 14 4 PARA INÍCIO DE CONVERSA Olá, querido(a) aluno(a)! No nosso encontro anterior, no Guia de Estudos da Unidade III, falamos sobre a importância da Atenção Básica e as atribuições do enfermeiro nessa área. No Guia de Estudos IV, você vai mergulhar um pouco mais nas funções que o enfermeiro pode desempenhar na Atenção Básica, como a assistência ao pré-natal de baixo risco, a visita puerperal, a consulta de puericultura, a visita domiciliar, a coleta do exame citopatológico do colo do útero, a atenção domiciliar e a vigilância epidemiológica. Nesta unidade, trataremos desses temas tão importantes. Conhecer um pouco mais sobre cada um deles fará muita diferença no seu período de prática de estágio, de modo que você estará mais preparado(a) e seguro(a) para executar cada uma dessas atribuições do enfermeiro. Está pronto(a)? Então vamos lá! ORIENTAÇÕES DA DISCIPLINA A disciplina de Estágio Supervisionado em Enfermagem tem o objetivo de proporcionar instruções para que você possa ter a melhor vivência desse período de prática profissional. Aqui, você terá conteúdo teórico daquilo que encontrará no seu dia a dia de estagiário, relacionando a teoria e a prática. Nesse Guia de Estudos IV, abordaremos a Unidade IV, que é composta por temas que descrevem as atuações do enfermeiro na Atenção Básica. Ao longo do seu estudo com o Guia, você poderá visualizar e estudar por meio de textos, sites, vídeos e todo material de apoio. Ao final desta unidade, você estará pronto para usar os conhecimentos alcançados em suas atividades como estagiário e aprimorar sua prática. 5 ATRIBUIÇÕES DO ENFERMEIRO NA ATENÇÃO CONSULTA DE PRÉ-NATAL A avaliação e a estratificação de risco da gestação devem acontecer na primeira e nas demais consultas do pré-natal, possibilitando a orientação e os encaminhamentos adequados durante todo período gravídico. Deve ser assegurado o acesso da gestante aos serviços de atenção especializada à gestação de risco. Ressalta-se que, mesmo encaminhando a gestante a outro nível de atenção, a equipe de saúde da UBS deve permanecer responsável pelo cuidado da gestante. O enfermeiro realiza a assistência ao pré-natal de baixo risco na Atenção Básica de saúde. Recomenda- se que a primeira consulta seja realizada o mais precocemente possível. Além disso, orienta-se que o total de consultas seja de no mínimo seis, com acompanhamento intercalado entre médico e enfermeiro. Também deve ser ofertada a consulta odontológica e de outros profissionais caso a mulher precise (BRASIL, 2012a). Preconiza-se que as consultas sejam realizadas de acordo com o cronograma abaixo: Mensalmente: até a 28ª semana; Quinzenalmente: da 28ª até a 36ª semana; Semanalmente: da 36ª até a 41ª semana. PALAVRAS DO PROFESSOR Querido(a) aluno(a), Agora que você já conhece melhor a disciplina de Estágio Supervisionado I - Enfermagem, vamos caminhar um pouco mais? Chegou a hora de ampliar seus conhecimentos sobre aquelas diversas ações que mencionei acima, as quais o enfermeiro realiza na Atenção Básica, em diferentes programas e com diferentes públicos. Está pronto(a) para adquirir novos conhecimentos? Então, bons estudos! 6 Durante as consultas, recomenda-se realizar a anamnese, que é a história clínica (geral e obstétrica) e a identificação das condições e do estilo de vida da mulher; analisar a situação vacinal; executar o exame físico (geral e ginecológico/obstétrico); preencher o prontuário e a Caderneta da Gestante; solicitar os exames de rotina do pré-natal; e orientar sobre a importância da alimentação saudável e da preparação para o parto e amamentação, lembrando sempre de respeitar a individualidade de cada mulher, para melhor atendê-la de acordo com suas necessidades (BRASIL, 2012a). VISITA PUERPERAL Recomenda-se uma visita domiciliar na primeira semana após a alta do RN. Contudo, se ele tiver sido classificado como de risco, orienta-se que a visita ocorra nos primeiros 3 dias após a alta. Nesse sentido, durante a visita, recomenda-se orientar a mulher quanto a alimentação, atividades físicas e retorno da atividade sexual, informando-a a respeito de prevenção de IST/Aids, do planejamento familiar e da utilização de método contraceptivo. Além disso, reforçam-se os cuidados com as mamas, destacando a importância do aleitamento (respeitando a situação das mulheres que não puderem amamentar), os cuidados com o RN e os direitos da mulher (BRASIL, 2012a). Em relação ao RN, é importante verificar a existência da Caderneta de Saúde da Criança e, caso não haja, providenciar imediatamente. Se o RN tem a caderneta, precisa ser observado se a Caderneta de Saúde da Criança está preenchida com os dados da maternidade. Caso não esteja, deve-se verificar se há alguma informação sobre o peso, o comprimento, o teste de Apgar, a idade gestacional e as condições de vitalidade do RN ao nascer (BRASIL, 2012a). Também é importante verificar quais as condições de alta da mulher e do RN. Além disso, se for possível, deve observar a mamada, reforçando as orientações dadas durante o pré-natal e na maternidade, destacando a necessidade do aleitamento materno exclusivo até o sexto mês de vida da criança (BRASIL, 2012a). A criança precisa ser examinada em seu estado geral, avaliando o peso, o perímetro cefálico, a atividade espontânea, a respiração, as eliminações e o aleitamento materno, as características da pele (palidez, icterícia e cianose), o abdômen (as condições do coto umbilical), a genitália, as extremidades e a coluna vertebral. Ademais, verifique se as vacinas BCG e de hepatite B foram aplicadas na maternidade. Caso não tenham sido, encaminhe para o serviçode saúde mais próximo para que sejam realizadas. Por fim, agende a primeira consulta de puericultura para o RN (BRASIL, 2012a). CONSULTA DE PUERICULTURA Puericultura é a consulta de acompanhamento da criança, realizada para avaliar seu crescimento e desenvolvimento. Além disso, são feitas orientações educativas e ações de promoção da saúde e relacionadas à prevenção de doenças. Nesse contexto, o enfermeiro deve se atentar a todos os conteúdos 7 estudados em sua formação sobre o crescimento e o desenvolvimento de uma criança, visando a um cuidado individualizado, que tenha como prioridade o bem-estar da criança, em função das condições de vida da sua família e da sociedade na qual está inserida (COFEN, 2020). Portanto, a atuação do enfermeiro é de fundamental importância, visto que é por meio da puericultura que ele tem condições de identificar de forma precoce variadas alterações em relação ao crescimento, à nutrição e ao desenvolvimento neuropsicomotor da criança. No início, as consultas são realizadas com maior frequência, por causa do processo de crescimento e desenvolvimento ser mais intenso. Logo, recomenda-se que, no primeiro ano de vida, sejam realizadas no mínimo de 7 consultas de rotina; no segundo ano, pelo menos 2 consultas de rotina; já depois dos 2 anos de idade, as consultas podem ser anuais (BRASIL, 2012c). Para a avaliação da criança, recomenda-se uma anamnese completa, visando a buscar os antecedentes pessoais da criança, com informações desde a sua concepção, ressaltando os antecedentes patológicos e alimentares, além de questionar acerca da gestação, do nascimento e do período neonatal. Ademais, é importante coletar informações sobre o desenvolvimento neuropsicomotor, por meio da conversa com a família sobre o surgimento de habilidades motoras e de novas habilidades na fala e nos gestos e sobre o desenvolvimento socioafetivo (BRASIL, 2012c). Identificar a moradia é um ponto importante para a compreensão acerca das condições de vida e de saúde da criança e da sua família, de modo a conseguir entender a existência de fatores de risco para doenças respiratórias, infecto parasitárias e/ou dermatológicas. Por fim, na anamnese também são investigados os atuais hábitos alimentares, intestinais, urinários, de sono, de higiene corporal e bucal e de lazer da criança. Além disso, observam-se os antecedentes vacinais, realizam-se os registros das vacinas tomadas e os períodos em que foram realizadas e anotam-se os eventos adversos, caso tenham acontecido (BRASIL, 2012b). No exame físico, torna-se necessário uma relação de confiança com a criança para conseguir realizá-lo, pois estar em contato com uma pessoa desconhecida como o enfermeiro, muitas vezes, pode causar estresse para a criança. Nesse sentido, muitas vezes não será possível realizar o exame físico na sequência craniocaudal, como é recomendado, portanto, pode-se iniciar com a criança ainda no colo de um dos seus familiares e prosseguir colocando a criança na maca no consultório, de modo que a ela seja examinada para verificação de possíveis alterações ou melhor compreensão de queixas trazidas pela família ou pelos cuidadores (BRASIL, 2012b). O modo como os enfermeiros atuam nas UBS em relação às ações específicas de puericultura reforça que prestar assistência a crianças requer promoção de um acolhimento, escuta qualificada da família e estabelecimento de diálogo, de vínculo e de responsabilização (ASSIS, 2011). 8 VISITE A PÁGINA Você sabe como é registrada a puericultura? Na puericultura, existem instrumentos específicos, como a Caderneta de Saúde da Criança, que permite o registro de informações importantes relacionadas à saúde da criança. Entretanto, a relevância da utilização da Caderneta não deve desvalorizar a precisão do uso do prontuário da criança, visto que é nele que são realizados os registros da situação de saúde da criança por parte dos profissionais de saúde, bem como da assistência prestada por cada um durante todo o processo de cuidado e assistência (COFEN, 2021). Veja a nova edição da Caderneta de Saúde da Criança nos links abaixo: Caderneta da Criança – Menina: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderneta_crianca_ menina_passaporte_cidadania_3ed.pdf Caderneta da Criança – Menino: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderneta_crianca_ menino_passaporte_cidadania_3ed.pdf Em seguida, aprenda mais sobre a importância dos registros de enfermagem na puericultura, acessando o link abaixo: Registros de enfermagem nas consultas em puericultura: http://biblioteca.cofen.gov.br/wp-content/uploads/2021/09/registros- enfermagem-consultas-puericultura.pdf VOCÊ SABIA? Que o enfermeiro da Atenção Básica (AB) realiza o exame citopatológico do colo do útero? É um exame realizado para detectar alterações nas células do colo do útero. Ficou conhecido popularmente pelo nome de “Papanicolaou”, sendo uma homenagem ao patologista grego Georges Papanicolaou, que criou o método. Atualmente, configura- se como a estratégia mais utilizada para detectar lesões e realizar o diagnóstico precocemente, até mesmo antes do aparecimento dos sintomas. ??? https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderneta_crianca_menina_passaporte_cidadania_3ed.pdf%20%20%20 https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderneta_crianca_menina_passaporte_cidadania_3ed.pdf%20%20%20 https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderneta_crianca_menino_passaporte_cidadania_3ed.pdf https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderneta_crianca_menino_passaporte_cidadania_3ed.pdf http://biblioteca.cofen.gov.br/wp-content/uploads/2021/09/registros-enfermagem-consultas-puericultura.pdf http://biblioteca.cofen.gov.br/wp-content/uploads/2021/09/registros-enfermagem-consultas-puericultura.pdf 9 PRATICANDO Você sabe como realizar a coleta do exame citopatológico do colo do útero? Ela deve ser feita seguindo um protocolo específico, garantindo a qualidade do exame. Vamos ver como é realizada essa coleta? Antes da coleta: Coleta: • • • • • • • • • • • • • • • • • • • Explique o propósito do exame citopatológico e as etapas do procedimento; Investigue a história clínica; Preencha formulários para requisição de exame citopatológico do colo do útero; Identifique a lâmina com as iniciais do nome da mulher e com a data de nascimento, a lápis, na extremidade fosca. O frasco ou a caixa porta-lâmina devem, também, ser identificados a lápis; Solicite que a mulher esvazie a bexiga e troque de roupa, em local reservado. Lave as mãos com água e sabão antes e após o atendimento; Oriente a mulher a ficar na posição ginecológica adequada, o mais confortável possível; Cubra-a com o lençol; Posicione o foco de luz; Coloque as luvas descartáveis; Inspecione os órgãos genitais externos; Introduza o espéculo suavemente, em posição vertical e ligeiramente inclinada, de maneira que o colo do útero fique exposto completamente; Realize inspeção visual da vagina e do colo do útero; Para coleta na ectocérvice com a espátula de Ayre, posicione a ponta maior da espátula no orifício do colo, fazendo uma raspagem em movimento rotativo de 360° em torno de todo o orifício. Em seguida, faça esfregaço único na lâmina, no sentido transversal, na região fosca; Para coleta na endocérvice com a escova endocervical, recolha o material introduzindo a escova endocervical, faça um movimento giratório de 360° e coloque o material retirado na metade inferior da lâmina, na direção longitudinal; Fixe imediatamente o material colhido e colocado na lâmina, para evitar o ressecamento, com o spray fixador, a uma distância de 20 cm. Faça a retirada do espéculo de forma delicada e informe à mulher que o exame acabou; Registre no prontuário da paciente as informações e/ou em caderno específico para o controle de coletas, resultados e seguimento das mulheres; Realize a higienização das mãos. 10 Por fim, ressalta-se que o exame tem baixo custo e é efetivo para a detecção precoce de neoplasiasdo colo do útero; contudo, podem ocorrer erros durante coleta e preparo das lâminas. Portanto, é importante que, durante o estágio na Atenção Básica, você possa executar a coleta deste exame, para aprender todas as etapas (antes, durante e após a coleta). ACOLHIMENTO DE DEMANDAS ESPONTÂNEAS A Atenção Básica como organizadora da rede de cuidados tem como objetivo atuar de forma resolutiva em mais de 85% dos casos. Por isso, as vinculações das demandas de saúde dos usuários devem ser realizadas, primeiramente, em sua porta de entrada, no sentido de que os atendimentos para essas demandas devem ser iniciados a partir das orientações e das demais ações coordenadas pela Atenção Básica. Tendo em vista a resolutividade de suas ações, a Atenção Básica (AB) desenvolve a estratégia de acolhimento de demandas espontâneas, o que significa dizer que os usuários do sistema único de saúde e suas demandas de atendimento devem ser direcionados às unidades de AB ao atendimento domiciliar para que sejam contemplados em suas necessidades. A palavra acolhimento significa fazer sentir acolhido e atendido na resolução de problemas em saúde, apesar de não haver uma definição fechada para o termo no âmbito da saúde pública. Portanto, a estratégia de acolhimento nos proporciona a ideia de resolubilidade, seja por meio de uma escuta ativa ao usuário ou por um atendimento de pequenas urgências comunitárias, por orientações diversas, por encaminhamentos à rede de atenção adequada etc. ATENÇÃO DOMICILIAR EM SAÚDE O cuidado em sua forma mais ampla deve ser visto como a forma de atendimento das necessidades e suas tecnologias, devendo dispor e prover as ações para alcançar níveis satisfatórios do bem-estar holístico. Na perspectiva do cuidado integral e respeitando as necessidades individuais de cada usuário, a AB traz em suas tecnologias de cuidado o atendimento domiciliar em saúde, ou seja, o atendimento às necessidades de indivíduos impossibilitados ou em contextos que os privem do acesso à unidade básica de saúde. Nesse sentido, algumas situações são especificamente mais comuns e, por isso, são atendidas com mais frequência pelas equipes da AB. Entre elas, podemos citar usuários idosos em condições de moradias insalubres ou em localidades remotas, pessoas em situação de rua no território, idosos acamados impossibilitados de locomoção, pessoas com agravos limitantes, famílias em vulnerabilidade socioeconômica, pessoas que vivem com doenças graves, entre outras situações que impeçam o acesso à unidade de saúde. 11 Para que o cuidado domiciliar seja realizado de forma eficaz, é necessário chamar atenção para alguns pontos importantes: o acolhimento deve ser realizado de forma a entender as demandas de saúde do indivíduo, tornando-o autônomo e participante do seu processo de cuidar. Outro ponto a ser considerado é a lógica de clínica ampliada. Nessa estratégia, visa-se à expansão das ferramentas da AB ao coordenar o atendimento para além da capacidade da equipe de atendimento. Nesse caso, a equipe responsável pelo atendimento fará as devidas orientações de encaminhamento, além de solicitar atendimento domiciliar de especialistas, exames de complexidades variadas, assim como transporte para possíveis tratamentos fora do domicílio e todo o equipamento e a tecnologia necessários para a resolução das demandas. Por último, considera-se o apoio matricial como alternativa e ferramenta indispensável no atendimento domiciliar, quando as necessidades do usuário ultrapassarem a capacidade técnica da equipe de referência. Nesses casos, a equipe da AB responsável pelo atendimento solicitará o apoio matricial. O apoio matricial se coloca como alternativa para que a equipe de referência não necessite realizar encaminhamentos desnecessários quando houver um contexto que ultrapasse a capacidade técnica ou tecnológica. Na equipe de apoio matricial, encontram-se profissionais de diversas áreas do conhecimento, sobretudo da área da saúde e de diversas especialidades. Dessa forma, a atenção domiciliar nos mostra o quão amplos e integrais podemos ser na Atenção Básica, respeitando as individualidades e atuando de forma holística para o atendimento aos usuários, baseados nos princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde. VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA NA ATENÇÃO BÁSICA Como vimos na unidade III, a atenção básica concentra em suas ferramentas de trabalho grandes responsabilidades sanitárias para com o território em que se situa. Para lidar com essas responsabilidades, existem mecanismos de promoção de saúde e prevenção e vigilância de agravos e de adoecimentos. Enquanto a promoção da saúde visa a identificar mecanismos que possam colocar em risco a saúde da população, trazendo alternativas para mudança do panorama, a vigilância, por sua vez, tem como objetivo prevenir riscos e atuar nos problemas sanitários locais. Nesse sentido, a identificação e o controle de casos de doenças, principalmente as classificadas como de notificações obrigatórias, devem ser acompanhados rigorosamente e seus impactos na comunidade devem ser investigados para melhor controle. Dentre os agravos e as doenças de notificação obrigatória, ou seja, aquelas que o profissional deve notificar ao seu distrito sanitário (gerência sanitária), seja em casos suspeitos ou confirmados, estão: dengue, esquistossomose, hanseníase, malária, tracoma e tuberculose. 12 Para um melhor desenvolvimento das ações, os profissionais devem, sempre que possível, atentar para a integralidade no cuidar, pois o cuidado com a pessoa envolve o reconhecimento do indivíduo como integrante de uma sociedade, sujeito histórico, social e político articulado a um núcleo familiar, ou seja, como um ser com diversas dimensões além da doença ou o agravo. Para o alcance dessa integralidade, a Atenção Básica deve agregar ao acompanhamento ações como: integração do indivíduo acometido com a população, articulação do tratamento, ações de promoção de saúde, prevenção de agravos, recuperação, reabilitação e manutenção, trabalhando em equipe multidisciplinar para garantir o acompanhamento e até, se necessário, encaminhamento para a rede de saúde de maior complexidade. LEITURA COMPLEMENTAR Em seu estágio, aproveite para colocar em prática tudo aquilo construído através dos anos durante seu curso e assim auxiliar na busca por mais conhecimento. Como últimas sugestões, indico para leitura e acompanhamento nas atividades do estágio os Cadernos de Atenção Básica produzidos pelo Ministério da Saúde do Brasil, que são materiais riquíssimos que poderão fomentar muitas descobertas e conhecimento. Nos links abaixo, você pode acessar os cadernos mais importantes para o seu estudo neste momento: Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica: hipertensão arterial sistêmica http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publ icacoes/ caderno_37.pdf Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica: diabetes mellitus http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publ icacoes/ caderno_36.pdf Rastreamento http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/cadernos_ab/ abcad29.pdf Saúde sexual e saúde reprodutiva http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/cadernos_ab/ abcad26.pdf http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publicacoes/caderno_37.pdf http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publicacoes/caderno_37.pdf http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publicacoes/caderno_36.pdf http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publicacoes/caderno_36.pdf http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/cadernos_ab/abcad29.pdf http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/cadernos_ab/abcad29.pdf http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/cadernos_ab/abcad26.pdf http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/cadernos_ab/abcad26.pdf 13 Controle dos cânceres do colo do útero e da mama http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publicacoes/cab13.pdf Saúde da criança: aleitamento materno e alimentação complementar http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publicacoes/saude_crianca_aleitamento_materno_cab23.pdf Saúde da criança: crescimento e desenvolvimento http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/cadernos_ab/ caderno_33.pdf Acolhimento à demanda espontânea http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/geral/miolo_CAP_28.pdf PALAVRAS FINAIS Após tantas explanações sobre a Atenção Básica e suas ferramentas, estratégias e ações, podemos afirmar que realmente temos, na atenção primária, nosso principal mecanismo de ordenação das redes de atenção, sendo claros os seus efeitos sobre as demandas de saúde da população. E não paramos por aqui: as especificidades continuam! Em cada território em que você será inserido, em cada atendimento, em cada escuta, você será capaz de aprofundar seus conhecimentos através de suas vivências. Vamos juntos trilhar esta caminhada de descobertas! Que seja uma jornada cheia de aprendizados! Bons estudos e bom estágio! http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publicacoes/cab13.pdf http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publicacoes/saude_crianca_aleitamento_materno_cab23.pdf http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publicacoes/saude_crianca_aleitamento_materno_cab23.pdf http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/cadernos_ab/caderno_33.pdf http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/cadernos_ab/caderno_33.pdf http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/geral/miolo_CAP_28.pdf 14 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ASSIS, Wesley Dantas et al. Processo de trabalho da enfermeira que atua em puericultura nas unidades de saúde da família. Revista Brasileira de Enfermagem, n. 64, v.1, p. 38-46, 2011. BRASIL. Ministério da Saúde. Atenção ao pré-natal de baixo risco. Brasília: Ministério da Saúde, 2012a. (Cadernos de Atenção Básica, no 32). BRASIL. Ministério da Saúde. Atenção Domiciliar em Saúde (Série A: Normas e Manuais Técnicos. Cadernos de Atenção Primária). Brasília, 2013. BRASIL. Ministério da Saúde. Caderneta da criança – Menina. Brasília: Ministério da Saúde, 2021. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/ caderneta_crianca_menina_passaporte_cidadania_3ed.pdf. Acesso em: 04 abr. 2022. BRASIL. Ministério da Saúde. Caderneta da criança – Menino. Brasília: Ministério da Saúde, 2021. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/ caderneta_crianca_menino_passaporte_cidadania_3ed.pdf. Acesso em: 04 abr. 2022. BRASIL. Ministério da Saúde. Controle dos cânceres do colo do útero e da mama. 2. ed. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2012b. (Cadernos de Atenção Básica, 13). Disponível em: http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publicacoes/cab13.pdf. Acesso em: 11 abr. 2022. BRASIL. Ministério da Saúde. Departamento de Atenção Básica. Vigilância Epidemiológica (Série A: Normas e Manuais Técnicos. (Cadernos de Atenção Primária). Brasília, 2008. BRASIL. Ministério da Saúde. Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica: diabetes mellitus. Brasília: Ministério da Saúde, 2013. (Cadernos de Atenção Básica, n. 36). Disponível em: http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publicacoes/ caderno_36.pdf. Acesso em: 11 abr. 2022. BRASIL. Ministério da Saúde. Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica: hipertensão arterial sistêmica. Brasília: Ministério da Saúde, 2013. (Cadernos de Atenção Básica, n. 37). Disponível em: http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/ publicacoes/caderno_37.pdf. Acesso em: 11 abr. 2022. https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderneta_crianca_menina_passaporte_cidadania_3ed.pdf https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderneta_crianca_menina_passaporte_cidadania_3ed.pdf https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderneta_crianca_menino_passaporte_cidadania_3ed.pdf https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderneta_crianca_menino_passaporte_cidadania_3ed.pdf http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publicacoes/cab13.pdf http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publicacoes/caderno_36.pdf http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publicacoes/caderno_36.pdf http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publicacoes/caderno_37.pdf http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publicacoes/caderno_37.pdf 15 BRASIL. Ministério da Saúde. Rastreamento. Brasília: Ministério da Saúde, 2010. (Série A. Normas e Manuais Técnicos) (Cadernos de Atenção Primária n. 29). Disponível em: http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/cadernos_ab/abcad29.pdf. Acesso em: 11 abr. 2022. BRASIL. Ministério da Saúde. Saúde sexual e saúde reprodutiva. Brasília: Ministério da Saúde, 2010. (Cadernos de Atenção Básica, n. 26) (Série A. Normas e Manuais Técnicos). Disponível em: http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/cadernos_ab/ abcad26.pdf. Acesso em: 11 abr. 2022. BRASIL. Ministério da Saúde. Saúde da criança: aleitamento materno e alimentação complementar / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. 2. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2015. Disponível em: http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publicacoes/saude_crianca_aleitamento_ materno_cab23.pdf. Acesso em: 11 abr. 2022. BRASIL. Ministério da Saúde. Saúde da criança: crescimento e desenvolvimento. Brasília: Ministério da Saúde, 2012c. (Cadernos de Atenção Básica, n. 33). Disponível em: http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/cadernos_ab/caderno_33.pdf. Acesso em: 11 abr. 2022. BRASIL. Ministério da Saúde. Acolhimento à demanda espontânea. v. 1. Brasília: Ministério da Saúde, 2011. (Série A. Normas e Manuais Técnicos) (Cadernos de Atenção Básica n. 28, Volume I). Disponível em: http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/ geral/miolo_CAP_28.pdf. Acesso em: 11 abr. 2022. SOARES, Felipe. Consulta de Puericultura Realizada Pelo Enfermeiro na Estratégia Saúde da Família. Biblioteca Virtual de Enfermagem – COFEN, 2020. Disponível em: http://biblioteca.cofen.gov.br/puericultura/. Acesso em: 30 de mar. 2022. SOARES, Felipe. Registros de Enfermagem nas Consultas em Puericultura. Biblioteca Virtual de Enfermagem – COFEN, 2021. Disponível em: http://biblioteca.cofen.gov. br/registros-enfermagem-consultas-puericultura/. 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