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Estágio Supervisionado I Enfermagem (Unidade 4) - SER

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UNIDADE IV
ESTÁGIO SUPERVISIONADO I
ENFERMAGEM
2
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste material poderá ser reproduzida ou transmitida de 
qualquer modo ou por qualquer outro meio, eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação ou 
qualquer outro tipo de sistema de armazenamento e transmissão de informação, sem prévia autorização, 
por escrito, do Grupo Ser Educacional.
Edição, revisão e diagramação: 
Equipe de Desenvolvimento de Material Didático EaD 
 
_______________________________________________________________________
SILVA, Jadiane da. 
Estágio Supervisionado I – Enfermagem: Unidade 4
Recife: Grupo Ser Educacional, 2022.
 _______________________________________________________________________
Grupo Ser Educacional
Rua Treze de Maio, 254 - Santo Amaro
CEP: 50100-160, Recife - PE
PABX: (81) 3413-4611
ESTÁGIO SUPERVISIONADO 1
ENFERMAGEM
UNIDADE 4
3
SUMÁRIO
PARA INÍCIO DE CONVERSA .......................................................................................................... 4 
ORIENTAÇÕES DA DISCIPLINA ..................................................................................................... 4
ATRIBUIÇÕES DO ENFERMEIRO NA ATENÇÃO ..................................................................... 5
Consulta de pré-natal ................................................................................................................. 5
Visita puerperal .......................................................................................................................... 6
Consulta de Puericultura ........................................................................................................... 6
Acolhimento de demandas espontâneas .............................................................................. 10
Atenção domiciliar em saúde ................................................................................................. 10
Vigilância epidemiológica na Atenção Básica .................................................................... 11
PALAVRAS FINAIS ........................................................................................................................ 13
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................................ 14
4
PARA INÍCIO DE CONVERSA
Olá, querido(a) aluno(a)!
No nosso encontro anterior, no Guia de Estudos da Unidade III, falamos sobre a 
importância da Atenção Básica e as atribuições do enfermeiro nessa área.
No Guia de Estudos IV, você vai mergulhar um pouco mais nas funções que o enfermeiro 
pode desempenhar na Atenção Básica, como a assistência ao pré-natal de baixo risco, 
a visita puerperal, a consulta de puericultura, a visita domiciliar, a coleta do exame 
citopatológico do colo do útero, a atenção domiciliar e a vigilância epidemiológica.
Nesta unidade, trataremos desses temas tão importantes. Conhecer um pouco mais 
sobre cada um deles fará muita diferença no seu período de prática de estágio, de 
modo que você estará mais preparado(a) e seguro(a) para executar cada uma dessas 
atribuições do enfermeiro. 
Está pronto(a)? 
Então vamos lá!
ORIENTAÇÕES DA DISCIPLINA
A disciplina de Estágio Supervisionado em Enfermagem tem o objetivo de proporcionar 
instruções para que você possa ter a melhor vivência desse período de prática 
profissional. Aqui, você terá conteúdo teórico daquilo que encontrará no seu dia a dia 
de estagiário, relacionando a teoria e a prática. Nesse Guia de Estudos IV, abordaremos 
a Unidade IV, que é composta por temas que descrevem as atuações do enfermeiro na 
Atenção Básica. Ao longo do seu estudo com o Guia, você poderá visualizar e estudar 
por meio de textos, sites, vídeos e todo material de apoio. Ao final desta unidade, 
você estará pronto para usar os conhecimentos alcançados em suas atividades como 
estagiário e aprimorar sua prática.
5
ATRIBUIÇÕES DO ENFERMEIRO NA ATENÇÃO 
CONSULTA DE PRÉ-NATAL 
A avaliação e a estratificação de risco da gestação devem acontecer na primeira e nas demais 
consultas do pré-natal, possibilitando a orientação e os encaminhamentos adequados durante todo 
período gravídico. Deve ser assegurado o acesso da gestante aos serviços de atenção especializada 
à gestação de risco. Ressalta-se que, mesmo encaminhando a gestante a outro nível de atenção, a 
equipe de saúde da UBS deve permanecer responsável pelo cuidado da gestante. 
O enfermeiro realiza a assistência ao pré-natal de baixo risco na Atenção Básica de saúde. Recomenda-
se que a primeira consulta seja realizada o mais precocemente possível. Além disso, orienta-se 
que o total de consultas seja de no mínimo seis, com acompanhamento intercalado entre médico e 
enfermeiro. Também deve ser ofertada a consulta odontológica e de outros profissionais caso a mulher 
precise (BRASIL, 2012a). 
Preconiza-se que as consultas sejam realizadas de acordo com o cronograma abaixo:
Mensalmente: até a 28ª semana; 
Quinzenalmente: da 28ª até a 36ª semana;
Semanalmente: da 36ª até a 41ª semana.
PALAVRAS DO PROFESSOR
Querido(a) aluno(a), 
Agora que você já conhece melhor a disciplina de Estágio Supervisionado I - Enfermagem, 
vamos caminhar um pouco mais? 
Chegou a hora de ampliar seus conhecimentos sobre aquelas diversas ações que mencionei 
acima, as quais o enfermeiro realiza na Atenção Básica, em diferentes programas e com 
diferentes públicos. 
Está pronto(a) para adquirir novos conhecimentos? 
Então, bons estudos!
6
Durante as consultas, recomenda-se realizar a anamnese, que é a história clínica (geral e obstétrica) e a 
identificação das condições e do estilo de vida da mulher; analisar a situação vacinal; executar o exame 
físico (geral e ginecológico/obstétrico); preencher o prontuário e a Caderneta da Gestante; solicitar os 
exames de rotina do pré-natal; e orientar sobre a importância da alimentação saudável e da preparação 
para o parto e amamentação, lembrando sempre de respeitar a individualidade de cada mulher, para 
melhor atendê-la de acordo com suas necessidades (BRASIL, 2012a).
VISITA PUERPERAL
Recomenda-se uma visita domiciliar na primeira semana após a alta do RN. Contudo, se ele tiver sido 
classificado como de risco, orienta-se que a visita ocorra nos primeiros 3 dias após a alta.
Nesse sentido, durante a visita, recomenda-se orientar a mulher quanto a alimentação, atividades físicas 
e retorno da atividade sexual, informando-a a respeito de prevenção de IST/Aids, do planejamento familiar 
e da utilização de método contraceptivo. Além disso, reforçam-se os cuidados com as mamas, destacando 
a importância do aleitamento (respeitando a situação das mulheres que não puderem amamentar), os 
cuidados com o RN e os direitos da mulher (BRASIL, 2012a).
Em relação ao RN, é importante verificar a existência da Caderneta de Saúde da Criança e, caso não 
haja, providenciar imediatamente. Se o RN tem a caderneta, precisa ser observado se a Caderneta de 
Saúde da Criança está preenchida com os dados da maternidade. Caso não esteja, deve-se verificar se há 
alguma informação sobre o peso, o comprimento, o teste de Apgar, a idade gestacional e as condições de 
vitalidade do RN ao nascer (BRASIL, 2012a).
Também é importante verificar quais as condições de alta da mulher e do RN. Além disso, se for possível, 
deve observar a mamada, reforçando as orientações dadas durante o pré-natal e na maternidade, destacando 
a necessidade do aleitamento materno exclusivo até o sexto mês de vida da criança (BRASIL, 2012a).
A criança precisa ser examinada em seu estado geral, avaliando o peso, o perímetro cefálico, a atividade 
espontânea, a respiração, as eliminações e o aleitamento materno, as características da pele (palidez, 
icterícia e cianose), o abdômen (as condições do coto umbilical), a genitália, as extremidades e a coluna 
vertebral. Ademais, verifique se as vacinas BCG e de hepatite B foram aplicadas na maternidade. Caso 
não tenham sido, encaminhe para o serviçode saúde mais próximo para que sejam realizadas. Por fim, 
agende a primeira consulta de puericultura para o RN (BRASIL, 2012a).
CONSULTA DE PUERICULTURA 
Puericultura é a consulta de acompanhamento da criança, realizada para avaliar seu crescimento e 
desenvolvimento. Além disso, são feitas orientações educativas e ações de promoção da saúde e 
relacionadas à prevenção de doenças. Nesse contexto, o enfermeiro deve se atentar a todos os conteúdos 
7
estudados em sua formação sobre o crescimento e o desenvolvimento de uma criança, visando a um 
cuidado individualizado, que tenha como prioridade o bem-estar da criança, em função das condições de 
vida da sua família e da sociedade na qual está inserida (COFEN, 2020).
Portanto, a atuação do enfermeiro é de fundamental importância, visto que é por meio da puericultura 
que ele tem condições de identificar de forma precoce variadas alterações em relação ao crescimento, à 
nutrição e ao desenvolvimento neuropsicomotor da criança.
No início, as consultas são realizadas com maior frequência, por causa do processo de crescimento e 
desenvolvimento ser mais intenso. Logo, recomenda-se que, no primeiro ano de vida, sejam realizadas no 
mínimo de 7 consultas de rotina; no segundo ano, pelo menos 2 consultas de rotina; já depois dos 2 anos 
de idade, as consultas podem ser anuais (BRASIL, 2012c).
Para a avaliação da criança, recomenda-se uma anamnese completa, visando a buscar os antecedentes 
pessoais da criança, com informações desde a sua concepção, ressaltando os antecedentes patológicos 
e alimentares, além de questionar acerca da gestação, do nascimento e do período neonatal. Ademais, é 
importante coletar informações sobre o desenvolvimento neuropsicomotor, por meio da conversa com a 
família sobre o surgimento de habilidades motoras e de novas habilidades na fala e nos gestos e sobre o 
desenvolvimento socioafetivo (BRASIL, 2012c).
Identificar a moradia é um ponto importante para a compreensão acerca das condições de vida e de saúde 
da criança e da sua família, de modo a conseguir entender a existência de fatores de risco para doenças 
respiratórias, infecto parasitárias e/ou dermatológicas. Por fim, na anamnese também são investigados os 
atuais hábitos alimentares, intestinais, urinários, de sono, de higiene corporal e bucal e de lazer da criança. 
Além disso, observam-se os antecedentes vacinais, realizam-se os registros das vacinas tomadas e os períodos 
em que foram realizadas e anotam-se os eventos adversos, caso tenham acontecido (BRASIL, 2012b). 
No exame físico, torna-se necessário uma relação de confiança com a criança para conseguir realizá-lo, 
pois estar em contato com uma pessoa desconhecida como o enfermeiro, muitas vezes, pode causar 
estresse para a criança. Nesse sentido, muitas vezes não será possível realizar o exame físico na sequência 
craniocaudal, como é recomendado, portanto, pode-se iniciar com a criança ainda no colo de um dos seus 
familiares e prosseguir colocando a criança na maca no consultório, de modo que a ela seja examinada 
para verificação de possíveis alterações ou melhor compreensão de queixas trazidas pela família ou pelos 
cuidadores (BRASIL, 2012b). 
O modo como os enfermeiros atuam nas UBS em relação às ações específicas de puericultura reforça 
que prestar assistência a crianças requer promoção de um acolhimento, escuta qualificada da família e 
estabelecimento de diálogo, de vínculo e de responsabilização (ASSIS, 2011).
8
VISITE A PÁGINA
Você sabe como é registrada a puericultura?
Na puericultura, existem instrumentos específicos, como a Caderneta de Saúde da Criança, 
que permite o registro de informações importantes relacionadas à saúde da criança. 
Entretanto, a relevância da utilização da Caderneta não deve desvalorizar a precisão do 
uso do prontuário da criança, visto que é nele que são realizados os registros da situação 
de saúde da criança por parte dos profissionais de saúde, bem como da assistência 
prestada por cada um durante todo o processo de cuidado e assistência (COFEN, 2021).
Veja a nova edição da Caderneta de Saúde da Criança nos links abaixo:
Caderneta da Criança – Menina: 
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderneta_crianca_
menina_passaporte_cidadania_3ed.pdf 
Caderneta da Criança – Menino:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderneta_crianca_
menino_passaporte_cidadania_3ed.pdf
Em seguida, aprenda mais sobre a importância dos registros de 
enfermagem na puericultura, acessando o link abaixo:
Registros de enfermagem nas consultas em puericultura: 
http://biblioteca.cofen.gov.br/wp-content/uploads/2021/09/registros-
enfermagem-consultas-puericultura.pdf
VOCÊ SABIA?
Que o enfermeiro da Atenção Básica (AB) realiza o exame citopatológico do colo do útero?
É um exame realizado para detectar alterações nas células do colo do útero. Ficou 
conhecido popularmente pelo nome de “Papanicolaou”, sendo uma homenagem ao 
patologista grego Georges Papanicolaou, que criou o método. Atualmente, configura-
se como a estratégia mais utilizada para detectar lesões e realizar o diagnóstico 
precocemente, até mesmo antes do aparecimento dos sintomas. 
???
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderneta_crianca_menina_passaporte_cidadania_3ed.pdf%20%20%20
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderneta_crianca_menina_passaporte_cidadania_3ed.pdf%20%20%20
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderneta_crianca_menino_passaporte_cidadania_3ed.pdf
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderneta_crianca_menino_passaporte_cidadania_3ed.pdf
http://biblioteca.cofen.gov.br/wp-content/uploads/2021/09/registros-enfermagem-consultas-puericultura.pdf
http://biblioteca.cofen.gov.br/wp-content/uploads/2021/09/registros-enfermagem-consultas-puericultura.pdf
9
PRATICANDO
Você sabe como realizar a coleta do exame citopatológico do colo do útero?
Ela deve ser feita seguindo um protocolo específico, garantindo a qualidade do exame.
Vamos ver como é realizada essa coleta?
Antes da coleta:
Coleta:
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Explique o propósito do exame citopatológico e as etapas do procedimento;
Investigue a história clínica;
Preencha formulários para requisição de exame citopatológico do colo do útero;
Identifique a lâmina com as iniciais do nome da mulher e com a data de nascimento, 
a lápis, na extremidade fosca. O frasco ou a caixa porta-lâmina devem, também, ser 
identificados a lápis;
Solicite que a mulher esvazie a bexiga e troque de roupa, em local reservado.
Lave as mãos com água e sabão antes e após o atendimento; 
Oriente a mulher a ficar na posição ginecológica adequada, o mais confortável possível;
Cubra-a com o lençol;
Posicione o foco de luz;
Coloque as luvas descartáveis;
Inspecione os órgãos genitais externos;
Introduza o espéculo suavemente, em posição vertical e ligeiramente inclinada, de 
maneira que o colo do útero fique exposto completamente;
Realize inspeção visual da vagina e do colo do útero;
Para coleta na ectocérvice com a espátula de Ayre, posicione a ponta maior da 
espátula no orifício do colo, fazendo uma raspagem em movimento rotativo de 360° 
em torno de todo o orifício. Em seguida, faça esfregaço único na lâmina, no sentido 
transversal, na região fosca;
Para coleta na endocérvice com a escova endocervical, recolha o material 
introduzindo a escova endocervical, faça um movimento giratório de 360° e coloque 
o material retirado na metade inferior da lâmina, na direção longitudinal;
Fixe imediatamente o material colhido e colocado na lâmina, para evitar o 
ressecamento, com o spray fixador, a uma distância de 20 cm.
Faça a retirada do espéculo de forma delicada e informe à mulher que o exame acabou;
Registre no prontuário da paciente as informações e/ou em caderno específico para 
o controle de coletas, resultados e seguimento das mulheres;
Realize a higienização das mãos.
10
Por fim, ressalta-se que o exame tem baixo custo e é efetivo para a detecção precoce de neoplasiasdo colo 
do útero; contudo, podem ocorrer erros durante coleta e preparo das lâminas. Portanto, é importante que, 
durante o estágio na Atenção Básica, você possa executar a coleta deste exame, para aprender todas as 
etapas (antes, durante e após a coleta).
ACOLHIMENTO DE DEMANDAS ESPONTÂNEAS
A Atenção Básica como organizadora da rede de cuidados tem como objetivo atuar de forma 
resolutiva em mais de 85% dos casos. Por isso, as vinculações das demandas de saúde dos usuários 
devem ser realizadas, primeiramente, em sua porta de entrada, no sentido de que os atendimentos 
para essas demandas devem ser iniciados a partir das orientações e das demais ações coordenadas 
pela Atenção Básica.
Tendo em vista a resolutividade de suas ações, a Atenção Básica (AB) desenvolve a estratégia de 
acolhimento de demandas espontâneas, o que significa dizer que os usuários do sistema único de saúde 
e suas demandas de atendimento devem ser direcionados às unidades de AB ao atendimento domiciliar 
para que sejam contemplados em suas necessidades.
A palavra acolhimento significa fazer sentir acolhido e atendido na resolução de problemas em saúde, 
apesar de não haver uma definição fechada para o termo no âmbito da saúde pública. Portanto, a 
estratégia de acolhimento nos proporciona a ideia de resolubilidade, seja por meio de uma escuta ativa 
ao usuário ou por um atendimento de pequenas urgências comunitárias, por orientações diversas, por 
encaminhamentos à rede de atenção adequada etc.
ATENÇÃO DOMICILIAR EM SAÚDE
O cuidado em sua forma mais ampla deve ser visto como a forma de atendimento das necessidades e suas 
tecnologias, devendo dispor e prover as ações para alcançar níveis satisfatórios do bem-estar holístico. 
Na perspectiva do cuidado integral e respeitando as necessidades individuais de cada usuário, a AB 
traz em suas tecnologias de cuidado o atendimento domiciliar em saúde, ou seja, o atendimento às 
necessidades de indivíduos impossibilitados ou em contextos que os privem do acesso à unidade básica 
de saúde.
Nesse sentido, algumas situações são especificamente mais comuns e, por isso, são atendidas 
com mais frequência pelas equipes da AB. Entre elas, podemos citar usuários idosos em condições 
de moradias insalubres ou em localidades remotas, pessoas em situação de rua no território, idosos 
acamados impossibilitados de locomoção, pessoas com agravos limitantes, famílias em vulnerabilidade 
socioeconômica, pessoas que vivem com doenças graves, entre outras situações que impeçam o acesso 
à unidade de saúde. 
11
Para que o cuidado domiciliar seja realizado de forma eficaz, é necessário chamar atenção para alguns 
pontos importantes: o acolhimento deve ser realizado de forma a entender as demandas de saúde do 
indivíduo, tornando-o autônomo e participante do seu processo de cuidar. 
Outro ponto a ser considerado é a lógica de clínica ampliada. Nessa estratégia, visa-se à expansão das 
ferramentas da AB ao coordenar o atendimento para além da capacidade da equipe de atendimento. 
Nesse caso, a equipe responsável pelo atendimento fará as devidas orientações de encaminhamento, 
além de solicitar atendimento domiciliar de especialistas, exames de complexidades variadas, assim 
como transporte para possíveis tratamentos fora do domicílio e todo o equipamento e a tecnologia 
necessários para a resolução das demandas.
Por último, considera-se o apoio matricial como alternativa e ferramenta indispensável no atendimento 
domiciliar, quando as necessidades do usuário ultrapassarem a capacidade técnica da equipe de 
referência. Nesses casos, a equipe da AB responsável pelo atendimento solicitará o apoio matricial.
O apoio matricial se coloca como alternativa para que a equipe de referência não necessite realizar 
encaminhamentos desnecessários quando houver um contexto que ultrapasse a capacidade técnica ou 
tecnológica. Na equipe de apoio matricial, encontram-se profissionais de diversas áreas do conhecimento, 
sobretudo da área da saúde e de diversas especialidades.
Dessa forma, a atenção domiciliar nos mostra o quão amplos e integrais podemos ser na Atenção Básica, 
respeitando as individualidades e atuando de forma holística para o atendimento aos usuários, baseados 
nos princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde. 
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA NA ATENÇÃO BÁSICA
Como vimos na unidade III, a atenção básica concentra em suas ferramentas de trabalho grandes 
responsabilidades sanitárias para com o território em que se situa. Para lidar com essas responsabilidades, 
existem mecanismos de promoção de saúde e prevenção e vigilância de agravos e de adoecimentos.
Enquanto a promoção da saúde visa a identificar mecanismos que possam colocar em risco a saúde da 
população, trazendo alternativas para mudança do panorama, a vigilância, por sua vez, tem como objetivo 
prevenir riscos e atuar nos problemas sanitários locais.
Nesse sentido, a identificação e o controle de casos de doenças, principalmente as classificadas como 
de notificações obrigatórias, devem ser acompanhados rigorosamente e seus impactos na comunidade 
devem ser investigados para melhor controle.
Dentre os agravos e as doenças de notificação obrigatória, ou seja, aquelas que o profissional deve 
notificar ao seu distrito sanitário (gerência sanitária), seja em casos suspeitos ou confirmados, estão: 
dengue, esquistossomose, hanseníase, malária, tracoma e tuberculose.
12
Para um melhor desenvolvimento das ações, os profissionais devem, sempre que possível, atentar para 
a integralidade no cuidar, pois o cuidado com a pessoa envolve o reconhecimento do indivíduo como 
integrante de uma sociedade, sujeito histórico, social e político articulado a um núcleo familiar, ou seja, 
como um ser com diversas dimensões além da doença ou o agravo.
Para o alcance dessa integralidade, a Atenção Básica deve agregar ao acompanhamento ações como: 
integração do indivíduo acometido com a população, articulação do tratamento, ações de promoção 
de saúde, prevenção de agravos, recuperação, reabilitação e manutenção, trabalhando em equipe 
multidisciplinar para garantir o acompanhamento e até, se necessário, encaminhamento para a rede de 
saúde de maior complexidade.
LEITURA COMPLEMENTAR
Em seu estágio, aproveite para colocar em prática tudo aquilo construído através dos 
anos durante seu curso e assim auxiliar na busca por mais conhecimento. Como últimas 
sugestões, indico para leitura e acompanhamento nas atividades do estágio os Cadernos 
de Atenção Básica produzidos pelo Ministério da Saúde do Brasil, que são materiais 
riquíssimos que poderão fomentar muitas descobertas e conhecimento. Nos links abaixo, 
você pode acessar os cadernos mais importantes para o seu estudo neste momento: 
Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica: 
hipertensão arterial sistêmica
http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publ icacoes/
caderno_37.pdf
 
Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica: diabetes mellitus 
http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publ icacoes/
caderno_36.pdf
 
Rastreamento
http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/cadernos_ab/
abcad29.pdf 
 
Saúde sexual e saúde reprodutiva 
http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/cadernos_ab/
abcad26.pdf
http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publicacoes/caderno_37.pdf
http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publicacoes/caderno_37.pdf
http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publicacoes/caderno_36.pdf
http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publicacoes/caderno_36.pdf
http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/cadernos_ab/abcad29.pdf
http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/cadernos_ab/abcad29.pdf
http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/cadernos_ab/abcad26.pdf
http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/cadernos_ab/abcad26.pdf
13
Controle dos cânceres do colo do útero 
e da mama 
http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publicacoes/cab13.pdf
 
Saúde da criança: aleitamento materno e alimentação complementar 
http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publicacoes/saude_crianca_aleitamento_materno_cab23.pdf
 
Saúde da criança: crescimento 
e desenvolvimento 
http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/cadernos_ab/
caderno_33.pdf
 
Acolhimento à demanda espontânea 
http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/geral/miolo_CAP_28.pdf
PALAVRAS FINAIS
Após tantas explanações sobre a Atenção Básica e suas ferramentas, estratégias e 
ações, podemos afirmar que realmente temos, na atenção primária, nosso principal 
mecanismo de ordenação das redes de atenção, sendo claros os seus efeitos sobre 
as demandas de saúde da população. E não paramos por aqui: as especificidades 
continuam! Em cada território em que você será inserido, em cada atendimento, 
em cada escuta, você será capaz de aprofundar seus conhecimentos através de 
suas vivências.
Vamos juntos trilhar esta caminhada de descobertas!
Que seja uma jornada cheia de aprendizados!
Bons estudos e bom estágio!
http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publicacoes/cab13.pdf
http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publicacoes/saude_crianca_aleitamento_materno_cab23.pdf
http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publicacoes/saude_crianca_aleitamento_materno_cab23.pdf
http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/cadernos_ab/caderno_33.pdf
http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/cadernos_ab/caderno_33.pdf
http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/geral/miolo_CAP_28.pdf
14
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ASSIS, Wesley Dantas et al. Processo de trabalho da enfermeira que atua em 
puericultura nas unidades de saúde da família. Revista Brasileira de Enfermagem, 
n. 64, v.1, p. 38-46, 2011.
BRASIL. Ministério da Saúde. Atenção ao pré-natal de baixo risco. Brasília: 
Ministério da Saúde, 2012a. (Cadernos de Atenção Básica, no 32).
BRASIL. Ministério da Saúde. Atenção Domiciliar em Saúde (Série A: Normas e 
Manuais Técnicos. Cadernos de Atenção Primária). Brasília, 2013.
BRASIL. Ministério da Saúde. Caderneta da criança – Menina. Brasília: Ministério 
da Saúde, 2021. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/
caderneta_crianca_menina_passaporte_cidadania_3ed.pdf. Acesso em: 04 abr. 2022.
BRASIL. Ministério da Saúde. Caderneta da criança – Menino. Brasília: Ministério 
da Saúde, 2021. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/
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