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31/10/2022 14:08 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFERM… 1/2 PROCESSO DE CUIDAR EM ENFERMAGEM Bruna Zemella Collaço CONHECENDO A DISCIPLINA Seja bem-vindo à disciplina Processo de Cuidar em Enfermagem! Nós somos os responsáveis pelo cuidado e proteção à vida humana, nós estudamos a ciência do cuidar, portanto não teria como você passar pela graduação sem estudar esse processo. Em sua atuação pro ssional, você estará em contato direto com a sistematização da assistência e com o planejamento das ações por meio das evidências que encontrará no seu dia a dia. Dessa forma, você será capaz de demonstrar entendimento crítico sobre o processo do cuidar, conhecendo e identi cando as necessidades relacionadas a pacientes, ambiente, educação e biossegurança. Além disso, você se tornará apto a atrelar suas anotações a diversos tipos de prontuário, com as respectivas responsabilidades éticas. O senso crítico para reconhecer e explicar as principais técnicas relativas ao bem- estar do paciente permearão a sua assistência do cuidado, as quais devem estar embasadas na humanização e no relacionamento empático e terapêutico. Para tanto, ao longo da disciplina, você caminhará pela Unidade 1, na qual veremos os documentos necessários para a assistência, a forma de relatar o cuidado e como isso se organiza nos serviços de enfermagem. Na Unidade 2, tomaremos como temas centrais a biossegurança, a higienização de materiais, a separação adequada das áreas e o controle de infecções, que são aspectos capazes de orientar o seu cuidado. A Unidade 3 será a sua forma de se relacionar com os pacientes, fundamentando seu cuidado por meio de uma anamnese que 31/10/2022 14:08 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFERM… 2/2 respeite a ética. Com os dados da Unidade, você coloca á a Unidade em prática por meio dos processos básicos de bem-estar, veri cação e interpretação de sinais vitais. Como você pode perceber, esta é uma caminhada crítica entre a teoria e a prática do cuidado em enfermagem, temas com os quais você estará em contato o tempo todo após a sua formação. Portanto, convido você a mergulhar neste universo do cuidar, que embasa toda a sua futura prossão! Divirta-se e bons estudos! 31/10/2022 14:08 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 1/11 NÃO PODE FALTAR PRONTUÁRIOS Bruna Zemella Collaço CONVITE AO ESTUDO Futuro enfermeiro, você já parou para pensar no quanto a documentação e os registros das suas ações são importantes para a continuidade do cuidado prestado e para respeitar os direitos legais do paciente (além de protegerem, legalmente, o pro ssional, é claro)? Imagine a seguinte situação: você chega para receber o plantão e tudo parece um caos. Acabou a energia durante o período da manhã e os computadores não funcionaram. Os técnicos de enfermagem utilizaram folhas de rascunhos para anotar os cuidados e as deixaram à beira do leito dos pacientes. As anotações eram rabiscos com o primeiro nome dos pacientes, nomes de remédios e valores aleatórios. Você precisa dar continuidade a isso. O sistema voltou, mas você e sua equipe não conseguem identi car quais ações foram realizadas. O prontuário do paciente é um comprovante de tudo o que foi realizado e não realizado com relação à assistência a uma determinada pessoa, portanto se trata de um instrumento obrigatório na assistência à saúde, assim como a escrita e ciente, com termos técnico-cientí cos em ordem cronológica. Atrelado a isso, não há como estudarmos sobre cuidados sem falar sobre loso a do cuidar, ou seja, sobre quais os objetivos que cada instituição de saúde tem ao oferecer seus serviços à comunidade/paciente. Após esta unidade de ensino, você será capaz de demonstrar entendimento crítico sobre o processo do cuidar, conhecendo e desenvolvendo anotações, prescrições e evoluções no prontuário com as respectivas responsabilidades éticas da equipe de V e r a n o ta ç õ e s 0 31/10/2022 14:08 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 2/11 Imprimir enfermagem e multidisciplinar, além de reconhecer as formas de cuidar das organizações dos serviços de enfermagem. O senso crítico adquirido com seus estudos auxiliará você em suas futuras atividades pro ssionais como egresso da área da saúde. PRATICAR PARA APRENDER Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Nunc semper venenatis libero a fringilla. Nam blandit pellentesque neque, non vulputate dolor dapibus vitae. Nulla fermentum cursus sem, ullamcorper dapibus leo mollis vulputate. Quisque scelerisque, ex sit amet posuere commodo, leo dui tempus dui, nec facilisis est dolor non lorem. Mauris non tincidunt lorem, non pulvinar turpis. Aliquam pretium, metus et lobortis suscipit, tellus nunc tempus arcu, sit amet hendrerit mi dolor et enim. CONCEITO-CHAVE Como já mencionado anteriormente, os cuidados de enfermagem exigem o correto registro. Faz parte do Processo de Enfermagem (PE) a sistematização do cuidado, ou seja, as atividades de coletar dados, diagnosticar, planejar a assistência, implementar o cuidado e avaliar. Todas essas etapas da prática do enfermeiro exigem anotações precisas em locais especí cos dos prontuários de saúde para expor a continuidade do cuidado e a qualidade da assistência prestada (BARROS et al., 2020). Já imaginou se você chegasse para trabalhar e, ao receber o plantão, o seu colega dissesse: “Oi, colega! Boa tarde! Espero que você esteja bem. Tenha um ótimo plantão!”, virasse de costas e fosse embora? Como você entenderia o que estava acontecendo na unidade? Como você saberia se os pacientes tiveram intercorrências? Como você saberia se os medicamentos foram ou não V e r a n o ta ç õ e s 0 31/10/2022 14:08 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 3/11 administrados? Correria o risco e administraria duas vezes? Como você daria continuidade aos cuidados prestados sem ler sobre o que está dando certo ou não em determinado cuidado? De acordo com a Resolução Cofen nº 0514, de 5 de maio de 2016, prontuário é de nido pelo Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo como: “o acervo documental padronizado, organizado e conciso referente ao registro dos cuidados prestados ao paciente por todos os pro ssionais envolvidos na assistência” (COFEN, 2016, [s. p.]). Já a Resolução CFM nº 1.638, de 10 de julho de 2002, do Conselho Federal de Medicina, de ne prontuário como: documento único constituído de um conjunto de informações, sinais e imagens registradas, geradas a partir de fatos, acontecimentos e situações sobre a saúde do paciente e a assistência a ele prestada, de caráter legal, sigiloso e cientí co, que possibilita a comunicação entre os membros da equipe multipro ssional e a continuidade da assistência prestada ao indivíduo. — (CFM, 2002, [s. p.]). O termo prontuário deriva da palavra promptuarium, em latim, que signi ca lugar onde se guarda aquilo que deve estar à mão ou o que pode ser necessário a qualquer momento. No dicionário, é descrito comoa cha com todos os antecedentes de uma pessoa (DICIONÁRIO MICHAELIS ONLINE, 2021). É inegável a importância desse instrumento para a qualidade da assistência e, principalmente, para a continuidade do cuidado oferecido, independentemente do tipo de serviço de saúde ao qual nos referimos (hospitalar, saúde pública, clínicas privadas, serviços autônomos, entre outros). Entretanto, ainda é comum encontrarmos subnoti cações, informações incompletas e ausência de dados pelos mais variados motivos: ausência de recursos humanos, empecilhos burocráticos, falta de conhecimento e capacitação, V e r a n o ta ç õ e s 0 “ 31/10/2022 14:08 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 4/11 problemas econômico- nanceiros, entre outras complicações (GARRITANO et al., 2020). Atualmente, temos dois tipos de prontuários para a assistência à saúde: 1. Prontuário Físico do Paciente, em papel. 2. Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP). Ambos são compostos, de maneira geral, por: identi cação do paciente, anamnese, exame físico, hipótese diagnóstica, diagnósticos, tratamento, evolução diária, procedimentos realizados e exames. Dentro de um mesmo serviço de saúde, nós podemos encontrar os dois tipos de prontuário, de modo que um não é excludente ao outro. Além disso, cada pro ssão – enfermeiro, médico, sioterapeuta, fonoaudiólogo e outros – possui as suas particularidades na composição, estruturação e desenvolvimento do prontuário, respeitando a sistematização do cuidado de acordo com a loso a do cargo exercido e da instituição em questão. REFLITA Mas qual a diferença entre esses tipos de prontuários, já que a estruturação é a mesma? E qual a melhor maneira de optar por um deles? Obviamente, se os prontuários são documentos que registram a assistência prestada, então eles possuem, também, aspectos legais que devem ser respeitados. De acordo com o Código de Ética dos Pro ssionais de Enfermagem, aprovado pela Resolução Cofen nº 564, de 6 de novembro de 2017: É responsabilidade ética o registro em prontuário e outros documentos das informações indispensáveis ao processo de cuidar de forma clara, objetiva, cronológica, legível, completa e sem rasuras. V e r a n o ta ç õ e s 0 31/10/2022 14:08 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 5/11 Documentar formalmente as etapas do processo de enfermagem, em consonância com sua competência legal. Ou seja, todas as categorias de enfermagem devem fazer o registro. É permitido recusar-se a executar prescrição de enfermagem e médica na qual não constem assinatura e número de registro do pro ssional prescritor, exceto em situação de urgência e emergência. É permitido recusar-se a executar prescrição de enfermagem e médica em caso de identi cação de erro e/ou ilegibilidade, devendo-se buscar esclarecimento com o prescritor ou outro pro ssional, registrando no prontuário. É vedado ao pro ssional de enfermagem o cumprimento de prescrição a distância, exceto em casos de urgência, emergência e regulação, conforme Resolução vigente. É proibido que um pro ssional registre e assine as ações de enfermagem que não executou, bem como permita que suas ações sejam assinadas por outro colaborador. Apesar de estarmos falando sobre o Conselho de Enfermagem, essas orientações, assim como o sigilo de todas as informações presentes no prontuário, competem a toda equipe de saúde que tem contato e/ou preenche esse documento. Contudo, cada conselho pro ssional pode e deve acrescentar vedações, direitos e proibições inerentes à sua categoria. Por estarmos abordando um material de aspetos legais, além das questões cíveis e criminais que engloba, esse instrumento também é utilizado para ns nanceiros, ou seja, para o pagamento referente aos serviços prestados e materiais utilizados. Imagine que você seja o dono do convênio Absoluto (nome ctício) e que possua 450 clientes internados, pelos mais diversos motivos, em diferentes serviços de saúde pela cidade. A conta de um deles chega para ser paga por você ao serviço de internação, no valor de R$ 45.000,00 (quarenta e cinco mil reais) por 1 dia de V e r a n o ta ç õ e s 0 31/10/2022 14:08 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 6/11 0 internação em clínica médica. Você solicita o prontuário para averiguação das despesas, mas não há nada anotado, apenas consta a informação de que o paciente foi internado com dores abdominais. Você pagaria essa quantia ao serviço de saúde? Comprovar a assistência prestada, os materiais utilizados e fornecer subsídios nanceiros é outra função dos prontuários do paciente, e é responsabilidade da enfermeira da auditoria ler todo o prontuário em busca das anotações e dos materiais que foram ou não usados na assistência, a m de validar o pagamento ou questioná-lo, solicitando comprovações. ASSIMILE Além de todos os aspectos assistenciais e legais que o prontuário oferece, ele também é uma excelente fonte de pesquisa, uma vez que, se bem preenchido, conduz o raciocínio crítico para a análise e evolução da assistência prestada, oferecendo oportunidades de melhorias contínuas. O prontuário de enfermagem é composto de: identi cação do paciente, anamnese, exame físico, diagnósticos de enfermagem, intervenções, prescrições, anotações, evoluções e avaliações. Algumas etapas, como a identi cação, são realizadas apenas uma vez durante todo o acompanhamento. Outras são feitas diariamente e sempre que for necessário documentar ações, ausências e modi cações. Existem alguns termos na área da saúde que vêm evoluindo na tentativa de expandir o cuidado e as melhorias na continuidade da assistência. Há algum tempo, ouvíamos falar sobre multidisciplinaridade, isto é, o conceito de várias disciplinas juntas abordando um mesmo assunto. Esse termo evoluiu para interdisciplinaridade, quando há pontos de interseções entre as diferentes disciplinas (ALVES et al., 2019). Mais recentemente, integrou-se ao debate o termo transdisciplinaridade, com o objetivo de sobrepor, e não apenas seccionar as disciplinas. V e r a n o ta ç õ e s 31/10/2022 14:08 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 7/11 V e r a n o ta ç õ e s Essas questões de multi, inter e trans também estão presentes na forma de atuação dos pro ssionais. Há algum tempo, falava-se sobre as equipes multipro ssionais na saúde, ou seja, diferentes categorias pro ssionais trabalhando em determinado local ou setor, mas não necessariamente juntos. Nos tempos mais atuais, começamos a ouvir o termo interpro ssionais ou equipe interpro ssional, que faz referência a vários pro ssionais da saúde criando intencionalidade na qualidade da assistência, ou seja, trabalhando em conjunto em prol do paciente, mas cada um na sua área de atuação (ALVES et al., 2019). Hoje, temos ouvido falar, então, em transpro ssionalidade, o mais alto nível de comprometimento e relação entre os pro ssionais envolvidos em um cuidado, de maneira que ca difícil distinguir onde esse cuidado se secciona (MARTINEZ; FERREIRA, 2021). Por exemplo: as atuações de médicos, enfermeiros e sioterapeutas se completam, complementam-se sem distinção de quem fez mais ou melhor, mas com total diferençano cuidado ao paciente, a ponto de este relatar o quanto essa integração, que beira uma fusão, fez a diferença para a melhoria e qualidade do cuidado. Para facilitar a compreensão dos termos, podemos visualizar as três situações – multipro ssional, interpro ssional e transpro ssional – nos esquemas apresentados pelas guras a seguir. Figura 1.1 | Multipro ssional 0 31/10/2022 14:08 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 8/11 Fonte: elaborada pela autora. Figura 1.2 | Interpro ssional Fonte: elaborada pela autora. Figura 1.3 | Transpro ssional V e r a n o ta ç õ e s 0 31/10/2022 14:08 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 9/11 Fonte: elaborada pela autora. EXEMPLIFICANDO Multipro ssional: o paciente chega a uma Unidade Básica de Saúde (UBS) com dor na perna, passa pela triagem com enfermeira e é encaminhado ao médico, o qual, por sua vez, encaminha o paciente ao sioterapeuta fora da unidade com uma guia. Interpro ssional: o paciente chega a uma Unidade Básica de Saúde (UBS) com dor na perna, passa pela triagem com enfermeira, que o encaminha até o médico com suas percepções. O médico retoma o atendimento a partir dessas percepções e telefona para o sioterapeuta ao qual o paciente será encaminhado. Transpro ssional: o paciente chega a uma Unidade Básica de Saúde (UBS) com dor na perna e passa pela triagem com enfermeira, que solicita a presença do sioterapeuta. Após a discussão, os pro ssionais encaminham o paciente ao médico para certi car que não há comprometimento médico. Ambos chegam à conclusão de que não há necessidade de sioterapia motora, mas sim de sioterapia manual. V e r a n o ta ç õ e s 0 31/10/2022 14:08 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 10/11 V e r a n o ta ç õ e s 0 Quando temos conhecimento sobre a importância e a responsabilidade da nossa assistência, dos relatos dos nossos cuidados e da forma como podemos e devemos atuar em equipe, não só dentro do time de enfermagem, mas também integrando a equipe de saúde, ca evidente que essa documentação não é apenas burocrática, mas serve como uma etapa essencial nos processos exigidos para a qualidade assistencial e o direito legal de todos os envolvidos. REFERÊNCIAS ALVES, F. A. P. et al. A interdisciplinaridade como estratégia de ensino e aprendizagem. Revista de Enfermagem UFPE, v. 13, ago. 2019. Disponível em: https://bityli.com/QC0dtI. Acesso em: 15 maio 2021. BARROS, M. M. O. et al. Utilização do prontuário eletrônico do paciente pela equipe de enfermagem. Revista de Enfermagem UFPE, v. 14, jan. 2020. Disponível em: https://bityli.com/gr7F1X. Acesso em: 16 maio 2021. BIANCHI, M.; GURGUEIRA, G. P. Sistematização da assistência de enfermagem. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2018. Disponível em: https://bityli.com/cK9C23. Acesso em: 16 maio 2021. CAVEIÃO, C. et al. Sistematização da assistência e processo de enfermagem: conhecimento de estudantes de enfermagem. Revista Online de Pesquisa UFRJ, v. 12, p. 1093-1098, jan./dez. 2020. Disponível em: https://bityli.com/0NvbPM. Acesso em: 16 maio 2021. CFM. Conselho Federal de Medicina. Resolução CFM nº 1.638, de 10 de julho de 2002. De ne prontuário médico. Brasília, DF: CFM, 2002. Disponível em: https://bityli.com/vYsopKr. Acesso em: 17 maio 2021. COFEN. Conselho Federal de Enfermagem. Resolução Cofen nº 0514, de 5 de maio de 2016. Considera a necessidade de nortear os Pro ssionais de Enfermagem para a prática dos registros de enfermagem no prontuário do https://bityli.com/QC0dtI https://bityli.com/gr7F1X https://bityli.com/cK9C23 https://bityli.com/0NvbPM https://bityli.com/vYsopKr 31/10/2022 14:08 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 11/11 V e r a n o ta ç õ e s paciente, garantindo a qualidade das informações que serão utilizadas por toda equipe de Saúde da Instituição. Brasília, DF: Cofen, 2016. Disponível em: https://bityli.com/FXYI27. Acesso em: 15 maio 2021. CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SÃO PAULO. Resolução Cofen nº 564/2017, de 6 de novembro de 2017. Aprova o novo Código de Ética dos Pro ssionais de Enfermagem. Brasília, DF: Coren-SP, 2017. Disponível em: https://bityli.com/wIej0r. Acesso em: 15 maio 2021. GARRITANO, C. R. de O. et al. Avaliação do prontuário médico de um hospital universitário. Revista Brasileira de Educação Médica, v. 44, n. 1, 2020. Disponível em: https://bityli.com/OPjFMz. Acesso em: 16 maio 2021. MARTINEZ, S. A. O. C.; FERREIRA, A. C. Hermêutica simbólica, Jung e transdisciplinaridade: luzes e sombras na educação. Psicologia USP, v. 32, 2021. Disponível em: https://bityli.com/gjIjfO. Acesso em: 15 maio 2021. PRONTUÁRIO. Dicionário Michaelis Online, [s. d.]. Disponível em: https://bityli.com/RI56vH. Acesso em: 17 maio 2021. 0 https://bityli.com/FXYI27 https://bityli.com/wIej0r https://bityli.com/OPjFMz https://bityli.com/gjIjfO https://bityli.com/RI56vH 31/10/2022 14:09 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFERM… 1/2 Imprimir FOCO NO MERCADO DE TRABALHO PRONTUÁRIOS Bruna Zemella Collaço SEM MEDO DE ERRAR Agora, vamos solucionar a situação-problema apresentada no início da seção: as anotações da enfermeira obstétrica estarão organizadas de acordo com o Processo de Enfermagem e serão compostas por anamnese, exame físico, diagnósticos de enfermagem, prescrição e evolução. Portanto, essas informações podem ser úteis para as outras três pro ssionais envolvidas no processo médico: obstetra, sioterapeuta e pediatra, caso estejam alinhadas com o foco de atendimento e atuação das demais pro ssionais. Por exemplo, a enfermeira obstétrica vai querer saber sobre os pródomos (sangramento e involução uterina) da cliente. Essa mesma informação será útil à obstetra e à sioterapeuta, porém, para a pediatra, será aproveitada com foco direcionado a outro aspecto, que é a amamentação, visto que há correlação entre “ocitocina-amamentação-sangramento-útero”. Como a clínica tem um sistema todo informatizado, é possível que os diversos atendimentos sejam compartilhados entre a equipe de saúde. Não podemos esquecer que respeitar o sigilo das informações é um dever. Diante disso, pode haver compartilhamento entre equipe de saúde, mas não pode existir compartilhamento com a equipe administrativa. V e r a n o ta ç õ e s 0 31/10/2022 14:09 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFERM… 2/2 É preciso considerar que você possui um bebê de 25 dias, passará em consulta com quatro pro ssionais no mesmo dia e com abordagens muito similares. Portanto, seria interessante que não repetissem as mesmas perguntas, seria respeitoso não ser tocada três vezes nas mesmas regiões, seria humano não refazer asmesmas histórias. Em resumo, uma assistência incrível, transpro ssional, seria alcançada caso esses pro ssionais conversassem e chegassem a cuidados integrativos. Menos tempo e mais qualidade são essenciais nessa situação. RESOLUÇÃO Obviamente que esse compartilhamento será feito desde que haja motivação em prol da assistência. Se formos considerar a atuação transpro ssional, então faz sentido que essas informações estejam interligadas e expostas a todos. Contudo, se for uma atuação multipro ssional, não há motivos para tal. AVANÇANDO NA PRÁTICA VIVENCIANDO O CUIDADO COMO PUÉRPERA Imagine que você seja a CSJ, 35 anos, puérpera com bebê de 25 dias. Você passará em consulta na clínica mencionada com as seguintes pro ssionais: obstetra, enfermeira obstétrica, sioterapeuta e pediatra. A primeira a te atender é a enfermeira, em seguida, a obstetra, a sioterapeuta e, por último, a pediatra. Como você gostaria que fossem esses atendimentos? Multi ou transpro ssionais? Justi que sua resposta. V e r a n o ta ç õ e s 0 31/10/2022 14:09 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 1/13 NÃO PODE FALTAR Imprimir DOCUMENTAÇÃO E ANOTAÇÃO DE ENFERMAGEM Bruna Zemella Collaço PRATICAR PARA APRENDER Que bom ter você aqui novamente! É um sinal de que você continua interessado em aprender a cuidar! Nesta seção, daremos continuidade ao tema documentação, estudando mais especi camente o prontuário, porém com enfoque nas competências da enfermagem. Como já foi mencionado anteriormente, o prontuário é um documento que registra as nossas ações, que organiza a nossa assistência e que dá cienti cidade ao cuidado. Portanto, vamos começar a direcionar nosso olhar a esses aspectos. Além da documentação, a linguagem e o modo de expressar as ações e cuidados precisam ser universais, de modo que todos os pro ssionais da saúde compreendam o que foi dito, feito e não realizado. Para que você consiga entender de maneira mais efetiva o conteúdo desta seção de ensino, quero convidá-lo a se imaginar na seguinte situação: uma paciente dá entrada no pronto-socorro pela emergência. Ela foi trazida pela sua família, sangrando, gritando de dor, uma ferida profunda em abdome e com frequência cardíaca de 120 bpm e pressão de 100/60. Então: Você registra essa admissão da seguinte forma: “mulher, admitida no pronto- socorro (PS) às 19h, encaminhada ao centro cirúrgico”. Seu colega de trabalho registra a mesma admissão da seguinte forma: “mulher, trazida pela família, em carro particular, sangrando e gritando”. V e r a n o ta ç õ e s 0 31/10/2022 14:09 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 2/13 Outra enfermeira do centro cirúrgico registra: “recebo mulher advinda do pronto-socorro, acompanhada da família e equipe, em maca, com sangramento ativo em região abdominal em decorrência de arma branca, ferida profunda com bordas irregulares, sem sinais de evisceração, sinais vitais instáveis, encaminhada para sala cirúrgica 11”. Ao ler essas anotações, qual plantão você gostaria de receber, o seu, do seu colega ou da enfermeira do centro cirúrgico? Seguindo esse raciocínio, pense na situação a seguir: “a enfermeira obstétrica que atendeu a CSJ em sua consulta de retorno após acompanhar o parto evidenciou laceração de segundo grau em períneo, sem sinais de sangramento, lesão mamilar bilateral em região supramamilar, com hiperemia em região areolar. Paciente refere ter calafrios no m da tarde e estar perdendo urina com facilidade”. Em que local a enfermeira deve colocar essas informações? Quais as evidências de enfermagem apresentadas na situação descrita? Algum outro pro ssional da clínica deveria ser acionado? É imprescindível que haja comunicação. Além disso, deve existir continuidade no raciocínio, documentação que comprove a assistência e linguagem padronizada, a m de que todos os que lerão o prontuário compreendam o que foi realizado. É exatamente isso que você fará após esta seção. Vamos aprender sobre termos, documentação e formas de registrar suas ações? É hora de estimular nosso pensamento crítico em formação! Vamos juntos! CONCEITO-CHAVE Reforçando o que já foi exposto na seção anterior, a documentação de enfermagem é um instrumento legal, cientí co, aditável e que deve demonstrar todas as ações ou a ausência delas, de maneira organizada, ordenada e clara. V e r a n o ta ç õ e s 0 31/10/2022 14:09 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 3/13 EXEMPLIFICANDO Abreviações que confundem: DPP: descolamento prematuro de placenta. DPP: data provável do parto. AVC: acesso venoso central. AVC: acidente vascular cerebral. Utilização do nome da marca, e não do produto: Cotonete = haste exível. Jelco/Abocath = cateter sobre agulha. Cavilon = protetor cutâneo. O prontuário eletrônico vem sendo um grande aliado nessa luta, pois facilita o processo de organização e ordenação (um aspecto que você mesmo deve ter respondido no campo Re ita da Seção 1.1). No entanto, ainda falta abordar alguns aspectos de uni cação do cuidado de enfermagem, como o vocabulário e os termos técnicos utilizados. Devemos usar termos simples, de fácil codi cação e que sejam compreensíveis a todos os pro ssionais de saúde. Entretanto, existem, somente na enfermagem, treze tipos de modalidades linguísticas empregadas. As mais adotadas, no Brasil, são os diagnósticos da Associação Norte-Americana de Diagnósticos de Enfermagem (NANDA), a Classi cação das Intervenções de Enfermagem (NIC), a Classi cação dos Resultados de Enfermagem (NOC) e a Classi cação Internacional para a Prática de Enfermagem (CIPE) (MARIN, 2009; AZEVEDO et al., 2019). Além disso, outros fatores complicadores são a falta de padronização nas abreviações e a utilização do nome das marcas de produtos, em vez de fazer menção apenas ao produto. V e r a n o ta ç õ e s 0 31/10/2022 14:09 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 4/13 A padronização é importante para facilitar a comunicação entre a equipe de saúde, otimizar a integração de sistemas, melhorar a assistência com continuidade do cuidado de maneira uni cada e com qualidade (GOMES et al., 2016). Nesse sentido surgiu a Norma ISO 18104. A sigla ISO signi ca Organização Internacional de Padronização, que representa uma tentativa de padronizar um modelo de terminologia de referência para a enfermagem (MARIN, 2009). A verdade é que todas as tentativas de padronização ainda não chegaram a uma conclusão exata. Na sua prática de atuação, isso funciona da seguinte forma: o seu local de trabalho terá de nido qual modelo de assistência vocês seguirão e, dessa forma, será possível conhecer as terminologias mais empregadas. Contudo, é sua obrigação saber as terminologias básicas de enfermagem, como: Xixi = diurese. Cocô = fezes. Vômito = êmese. Temperatura, pressão arterial, dor, frequência cardíaca, frequência respiratória = sinais vitais. ASSIMILE É importante que você tenha conhecimento sobre as sugestões de padronização, principalmente as internacionais, que ditam as regras no Brasil. Para isso, consulte a Classi cação Internacional para a Prática de Enfermagem,na versão de 2019, cujo link de acesso está disponível nas Referências desta seção. CONSELHO INTERNACIONAL DE ENFERMEIROS. Classi cação Internacional para a Prática de Enfermagem, 4 set. 2019. V e r a n o ta ç õ e s 0 31/10/2022 14:09 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 5/13 EXEMPLIFICANDO Bradicardia é a lentidão cardíaca, lentidão dos batimentos cardíacos. Cistite é a in amação da bexiga. Dando continuidade às terminologias de enfermagem, vale destacar que é preciso car atento às regras da língua portuguesa, bem como às regras cirúrgicas para uso de su xos e pre xos, pois elas são comumente empregadas nos relatos. Pré (pre xo) é tudo o que vem antes do que está xo, ou seja, antes da raiz da palavra, antes da essência. Um ótimo exemplo é a palavra preconceito (pré- conceito, isto é, tudo o que vem antes do conceito). Su (su xo) é tudo o que se encontra após o que está xo, após a raiz da palavra, podendo gerar derivações. Assim, ao observar a raiz do termo, seus pre xos e su xos, temos informações sobre procedimentos, partes do corpo, in amações, posição, ritmo. Quadro 1.1 | Pre xos e su xos em terminologias de enfermagem Pre xos Conhecidos Su xos Conhecidos Angio = vaso Ostomia = abertura Adeno = glândula Ra a = sutura Cisto = bexiga Ectomia = retirada Bradi = lentidão Centese = punção Abdomino = abdome Ite = in amação Antero = posição à frente Plastia = correção Fonte: elaborado pela autora. V e r a n o ta ç õ e s 0 31/10/2022 14:09 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 6/13 Abdominoplastia é a correção no abdome. Colostomia é a abertura no cólon. Na prática, temos um órgão ou uma posição (pre xo) somado com algum procedimento (su xo). E por que isso é importante? Novamente, essa metodologia é relevante para igualar a linguagem entre os pro ssionais e os procedimentos. Imagine-se lendo o prontuário de uma paciente no qual existam as seguintes informações anotadas por três técnicos de enfermagem diferentes: 1. Paciente encaminhada ao centro cirúrgico para procedimento na barriga. 2. Paciente encaminhada ao centro cirúrgico para plástica na barriga. 3. Paciente encaminhada ao centro cirúrgico para abdominorra a após deiscência. REFLITA Qual das três anotações apresentadas anteriormente sinaliza corretamente o procedimento a ser feito? A qual cuidado você deverá dar sequência? Qual técnico de enfermagem você gostaria que estivesse em sua equipe? Dando continuidade ao assunto e re etindo sobre os registros de enfermagem, é importante, e função do enfermeiro, conhecer a diferenciação entre as etapas do Processo de Enfermagem (PE). A principal confusão entre os estudantes está na distinção entre anotação e evolução de enfermagem, mas antes de analisarmos essa questão inicial, vamos abrir parênteses para esclarecer uma confusão que precede o PE. A Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) organiza o trabalho pro ssional quanto a metodologia, recursos humanos e protocolos, favorecendo a viabilização do Processo de Enfermagem. Portanto, SAE e PE não são sinônimos (OLIVEIRA et al., 2019; SANTOS et al., 2016). V e r a n o ta ç õ e s 0 31/10/2022 14:09 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 7/13 Figura 1.4 | Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) Fonte: elaborada pela autora. Agora que você já compreendeu que o PE é uma etapa da sistematização, vamos deixar esse processo mais visual. Observe a Figura 1.5, a seguir. Figura 1.5 | Processo de Enfermagem (PE) Fonte: elaborada pela autora. V e r a n o ta ç õ e s 0 31/10/2022 14:09 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 8/13 Os registros de enfermagem serão importantes para as etapas da intervenção e avaliação. É a partir desses tópicos que se inicia a diferenciação entre anotação e evolução de enfermagem. Nas anotações de enfermagem, escreve-se tudo o que foi ou não realizado com o paciente, de maneira pontual (hora) e objetiva. Apenas o que é anotado pode ser considerado como realizado, e toda a equipe (auxiliares, técnicos, enfermeiros) registra. Assim, o material serve de base para a evolução. A anotação pode ser feita em forma de dados tabulares ou escrita descritiva, como mostra a Tabela 1.1, a seguir. Tabela 1.1 | Exemplo de anotação Hora FC PA Tº FR Assinatura e Carimbo 17h 80 120/80 36,5º 20 Maria Faria Coren/SP AE187524 20h 78 120/70 36,6º 23 Roberto Cruz Coren/SP TE54781 Fonte: elaborada pela autora. Os dados checados em prescrição de enfermagem e médica devem vir acompanhados de anotações descritivas e rubricas junto às checagens, como mostra a Tabela 1.2, a seguir. Tabela 1.2 | Exemplo de checagem Prescrição Médica Prescrição de Enfermagem Horários Ibuprofeno VO 8/8 h --------------- V e r a n o ta ç õ e s 0 31/10/2022 14:09 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 9/13 EXEMPLIFICANDO Prescrição Médica Prescrição de Enfermagem Horários --------------- Anotar características das eliminações urinárias 06h: administrado ibuprofeno via oral com 200 ml de água. 06h: paciente refere melhora da dor após medicação. 08h: paciente apresenta diurese turva e com cheiro metálico. Comunicado médico X e enfermeira Y. 14h: não administrado ibuprofeno, pois paciente recusou medicação. Comunicado médico X. Fonte: elaborada pela autora. Ao nal de toda a anotação, deve estar registrado o nome e número do conselho de classe de quem realizou o cuidado e a anotação. Um detalhe muito importante: quem realiza e administra é quem registra! As prescrições de enfermagem são realizadas com a nalidade de fazer intervenções nos cuidados para atingir um determinado resultado. Ou seja, o enfermeiro prescreve com base no histórico, diagnóstico e planejamento de enfermagem para alcançar o melhor resultado possível. Por isso, há um certo grau de imperatividade e ordem nos verbos utilizados para a prescrição: realize, faça, observe, anote, comunique. Na evolução de enfermagem, os dados são analisados criticamente, interpretados a partir das anotações dos cuidados, do exame físico e das observações iniciais ou nais de um processo, como admissão e alta, respectivamente. Portanto, apenas os enfermeiros fazem a evolução a cada 24 horas ou sempre que alguma situação nova exigir estruturação ou reestruturação de cuidados (BIANCHI; GURGUEIRA 2018). V e r a n o ta ç õ e s 0 31/10/2022 14:09 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 10/13 Anotações: registros de pontuações de execução e não execução. Todos da equipe de enfermagem registram. Evolução: registro crítico, analisado a partir das anotações, exame físico e anamnese. Apenas enfermeiros realizam. Na prática, nós temos alguns tipos deevolução: diária, admissão, alta, transferência e óbito. Vamos analisá-las de forma mais detalhada a seguir. 1. Diária: Realizada a cada 24 horas ou sempre que necessário após alterações de quadros clínicos e intercorrências por meio da análise dos cuidados prestados, anotações médicas e de enfermagem. Exemplo: MRJ, 23º dia de internação, mantendo sinais vitais estáveis, com uso de drogas vasoativas e sedação contínua. Piora do quadro de distensão abdominal após punção para drenagem de coágulo, retirados 25 ml. Diminuído coagulante após procedimento. Eliminações permanecem sem aspectos de sangramento, porém com diminuição do volume urinário. Percebe-se que há interpretação dos dados e que existe continuidade nos cuidados pelos termos utilizados para descrever as situações, como: mantido/permanecem, piora, melhorado, diminuído. 2. Admissão: Realizada sempre que um paciente/cliente é admitido na unidade de saúde. Não há acesso aos dados anteriores àquele momento, portanto a admissão baseia-se em exame físico, anamnese e motivo da internação. Exemplo: JKS, admitido no setor de internação com suspeita de Covid-19, trazido pela equipe do pronto-socorro acompanhado da família, que foi orientada a retornar para a residência e permanecer em quarentena. Acomodado em leito, orientado quanto aos procedimentos de isolamento e equipamentos que foram instalados. Sinais vitais estão sem alterações e V e r a n o ta ç õ e s 0 31/10/2022 14:09 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 11/13 estáveis. Não foi necessário instalar oxigenoterapia. Aguarda resultados de exames e visita médica. Como não há mais dados além dos pontuais encontrados no momento da admissão, essas informações servem de base para demonstrar como e por qual motivo o paciente chegou ao setor. 3. Alta: Realizada sempre que o paciente pedir ou receber alta. Encerram-se os planos de cuidados no serviço de saúde, mas orienta-se sobre os cuidados que permanecerão. Exemplo: MJH, encaminhado de alta para residência. Após 4 dias de internação por apendicectomia, sua esposa assina retirada dos exames e acompanha as orientações sobre o antibiótico, que permanecerá sendo utilizando por mais 6 dias a cada 8 horas. Esposa realizou o curativo oclusivo, com acompanhamento da técnica de enfermagem Lucélia. Região suprailíaca direita limpa e seca, sem sinais ogísticos, com bordas aproximadas por sutura. Encaminhado à recepção em cadeiras de rodas pelo técnico de enfermagem Jair. 4. Transferência: Realizada sempre que o paciente for encaminhado a outro local de internação, centro cirúrgico ou local de exames. Ou seja, sempre que paciente é movimentado, faz-se a evolução de transferência para que o enfermeiro responsável por recebê-lo possa visualizar de maneira rápida a quais cuidados precisa dar continuidade. Exemplo: PWSX, transferido para UTI adulto após apresentar pico hipertensivo acompanhado de perda de memória, desvio de rima à direita e paresia de membro inferior esquerdo. Família foi avisada. 5. Óbito: Quando o paciente falece, precisamos fazer o registro do que houve durante os últimos momentos que culminaram no óbito e do desfecho nal dos cuidados. V e r a n o ta ç õ e s 0 31/10/2022 14:09 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 12/13 V e r a n o ta ç õ e s 0 Exemplo: MFRK, declarado óbito pelo doutor F, após parada cardiorrespiratória sem reanimação devido a cuidados paliativos de câncer com metástase cerebral, óssea e pulmonar. Família esteve presente durante os procedimentos. Corpo encaminhado ao subsolo. Comunicado à funerária via família. Pertences entregues ao lho T. É de extrema importância que a comunicação escrita seja clara, bem elaborada, realizada com terminologias e informações corretas, nos locais designados para tal, pois a continuidade do cuidado ou o encerramento adequado da vida é o foco principal. REFERÊNCIAS ALMEIDA, M. de A. et al. Estudos clínicos sobre processo e diagnóstico de enfermagem em um hospital universitário: relato de experiência. Clinical and Biomedical Research, v. 27, n. 2, p. 65-68, nov. 2007. Disponível em: https://bityli.com/qCrTA5. Acesso em: 28 maio 2021. AZEVEDO, O. A. et al. Documentação do processo de enfermagem em instituições públicas de saúde. Revista da Escola de Enfermagem da USP, v. 53, 2019. Disponível em: https://bityli.com/LpDNt0. Acesso em: 28 maio 2021. BIANCHI, M.; GURGUEIRA, G. P. Sistematização da assistência de enfermagem. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2018. Disponível em: https://bityli.com/cK9C23. Acesso em: 29 maio 2021. CONSELHO INTERNACIONAL DE ENFERMEIROS. Classi cação Internacional para a Prática de Enfermagem, 4 set. 2019. Disponível em: https://bityli.com/vamZwi. Acesso em: 29 maio 2021. MARIN, H. de F. Terminologia de referência em enfermagem: a Norma ISSO 18104. Acta Paulista de Enfermagem, v. 22, n. 4, p. 445-448, 2009. Disponível em: https://bityli.com/Nc4Fc4. Acesso em: 28 maio 2021. https://bityli.com/qCrTA5 https://bityli.com/LpDNt0 https://bityli.com/cK9C23 https://bityli.com/vamZwi https://bityli.com/Nc4Fc4 31/10/2022 14:09 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 13/13 V e r a n o ta ç õ e s GOMES, D. C. et al. Termos utilizados por enfermeiros em registros de evolução do paciente. Revista Gaúcha de Enfermagem, v. 37, n. 1, mar. 2016. Disponível em: https://bityli.com/cLBFsj. Acesso em: 28 maio 2021. OLIVEIRA, M. R. et al. Sistematização da assistência de enfermagem: percepção e conhecimento da enfermagem brasileira. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 72, n. 6, p. 1625-1631, 2019. Disponível em: https://bityli.com/1VNXiV. Acesso em: 29 maio 2021. SANTOS, I. M. F. et al. Sistematização da assistência de enfermagem: um guia para a prática. Salvador: Coren-BA, 2016. 0 https://bityli.com/1VNXiV 31/10/2022 14:09 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFERM… 1/3 FOCO NO MERCADO DE TRABALHO DOCUMENTAÇÃO E ANOTAÇÃO DE ENFERMAGEM Bruna Zemella Collaço SEM MEDO DE ERRAR Pensando no foco dos estudos desta seção, na qual foram abordadas as diferenciações sobre os registros de enfermagem e terminologias. A resolução da situação-problema apresentada deve ser iniciada pela distinção entre anotar um cuidado e realizar uma evolução. As informações levantadas, em consulta, pela enfermeira provêm de exame físico e anamnese. Ela já conhecia a paciente CSJ, pois acompanhou seu parto. Dessa forma, podemos pensar que esses cuidados estão em continuidade, concorda? Portanto, as informações devem estar anotadas na evolução da paciente, porém tudo o que foi realizado no dia deve estar registrado pontualmente nas anotações. Evidências de enfermagem são os antigos problemas de enfermagem. Logo, temos como evidências: Laceração de segundo grau. Lesão mamilar bilateral supramamilar. Hiperemia em região areolar. Calafrios. Perda de urina. V e r a n o ta ç õ e s 0 31/10/2022 14:09 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFERM… 2/3 ImprimirV e r a n o ta ç õ e s Você, como enfermeiro, conseguiria resolver todas essas evidências de enfermagem? Você seria capaz de prescrever cuidados de forma que sua equipe pudesse segui-los para todas as evidências? A questão é se esse enfermeiro tem conhecimento ou não sobre algumas questões apresentadas, por exemplo: se for um enfermeiro obstétrico com experiência em amamentação, ele poderá auxiliar nas quatro primeiras evidências, porém se for alguém sem experiência com amamentação, necessitará de encaminhamento para as questões mamilares, areolares e calafrios. A perda de urina está atrelada à musculatura perineal, que foge do escopo da enfermagem, mas é da alçada da sioterapia pélvica. Portanto, nesse aspecto, com certeza faríamos um trabalho transdisciplinar com a sioterapia. AVANÇANDO NA PRÁTICA INVERSÃO DE PAPÉIS Considerando uma inversão de papéis, agora você é comandado por uma enfermeira recém-formada, que ainda está desenvolvendo suas atribuições como pro ssional neste setor de internação hospitalar. Ao checar as prescrições de enfermagem do paciente que está sob seus cuidados, você percebe uma prescrição para anotar o balanço hídrico três vezes ao dia, sendo o paciente hipertenso e diabético. No entanto, você não entendeu um termo especí co abreviado: apalpar QSD três vezes ao dia. Qual a sua postura em relação à prescrição de enfermagem? Como você deverá anotar os cuidados solicitados? 0 31/10/2022 14:09 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFERM… 3/3 RESOLUÇÃO Por se tratar de um paciente hipertenso e diabético, o controle hídrico desse indivíduo deve ser mais rigoroso. É preciso observar tudo o que ele ingere e tudo o que ele elimina. A condição básica do balanço hídrico não pode ser mensurada adequadamente apenas uma vez na manhã, uma vez à tarde e uma vez à noite. Portanto, a sua postura deveria ser a de con rmar com a enfermeira o que ela deseja com essa prescrição, lembrando a ela sobre o quadro clínico do paciente. Em relação à segunda prescrição, apalpar é um termo que descreve a realização de exame físico, cuja execução não é responsabilidade da equipe técnica. Logo, essa prescrição não caberia a você. No entanto, você poderia perguntar a que termo a enfermeira quis fazer referência ao abreviar QSD e à qual região ela fez menção, uma vez que não especi cou essa informação. Seria quadrante superior direito? De qual região? V e r a n o ta ç õ e s 0 31/10/2022 14:09 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 1/10 NÃO PODE FALTAR ORGANIZAÇÃO DO SERVIÇO DE ENFERMAGEM Bruna Zemella Collaço PRATICAR PARA APRENDER Prezado aluno, estamos nos aproximando do encerramento desta unidade. Para nalizar com chave de ouro, vamos falar sobre a organização do serviço de enfermagem. Você já parou para pensar em todos os componentes da equipe de enfermagem que atua nos serviços de saúde? Normalmente, ela representa mais da metade do grupo de pro ssionais que trabalham em serviços de saúde e respondem a che as, isto é, a superiores que organizam o local de acordo com aspectos técnicos, modelo gerencial, modelo assistencial, objetivo da instituição, jornada de trabalho, entre outros fatores envolvidos. Além disso, precisa haver uma organização de pessoas (clientes, colaboradores, terceiros) e materiais (produtos, equipamentos, resíduos) para que tudo funcione em harmonia e em prol do cuidado, da recuperação e da prevenção. Diante disso, nesta seção você será capaz de compreender as divisões de trabalho, as segmentações de equipes e os uxos existentes nos serviços de saúde. Agora vamos retomar a situação-problema do parto analisado nas seções anteriores? Em uma clínica privada de saúde acontecem, em média, 25 atendimentos diários de baixa e média complexidade para os mais diferentes casos de enfermidades, manutenção e promoção da saúde, com atuação de enfermeiros, médicos, sioterapeutas, nutricionistas, psicólogos e equipe administrativa. Todo o sistema da clínica é informatizado. V e r a n o ta ç õ e s 0 31/10/2022 14:09 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 2/10 CSJ, 35 anos, puérpera com bebê de 25 dias, chega para a consulta de retorno com obstetra, enfermeira obstétrica e sioterapeuta. Além disso, a pediatra que fez a recepção da bebê em sala de parto também fará sua consulta. Dando continuidade ao contexto apresentado, imagine a seguinte situação: No atendimento ao parto da CSJ e seu bebê, foram utilizados materiais estéreis e materiais não estéreis, considerados insumos básicos. Ela ainda tinha algumas pendências nanceiras para resolver em relação ao parto e pediu auxílio à enfermeira que a atendia. Esta, por sua vez, encaminhou a paciente ao local responsável pelas cobranças e, em seguida, levou os materiais utilizados nos procedimentos para os devidos processos de descarte e higienização. Você saberia responder para qual local a enfermeira encaminhou CSJ? Qual o uxo que materiais estéreis e não estéreis devem seguir em clínicas de saúde? Conseguiu perceber a importância de saber como os serviços de saúde estão organizados e estruturados? É por meio desse conhecimento que você será o pro ssional de referência para solucionar problemas. Por estarmos próximos dos clientes, os quais con am em nosso trabalho e atuação, nós servimos como uma referência a esses pacientes. Dessa forma, inspire-se pela con ança que o paciente tem em você e na sua expertise para aprofundar seus conhecimentos neste assunto gerencial tão importante de nossa competência! CONCEITO-CHAVE Como você pode perceber, é de suma importância a compreensão sobre a forma de se estruturar um serviço de enfermagem e conhecer como os serviços se organizam. Portanto, é relevante mencionar que, dentre as competências e habilidades esperadas dos alunos de enfermagem, por meio das Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) do Curso de Graduação de Enfermagem, estão, em V e r a n o ta ç õ e s 0 31/10/2022 14:09 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 3/10 sua maioria, diretrizes de caráter gerencial, ou seja, relacionadas à capacidade de gerir equipes, pessoas, serviços e materiais (CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO, 2001). As outras competências não se dissociam das capacidades gerenciais. Em vez disso, elas se complementam e estão relacionadas a habilidades interpessoais, como liderança, comunicação e interação, além das tomadas de decisão em todos os aspectos envolvidos com assistência à saúde e força de trabalho (SOUZA et al., 2020). Portanto, para compreender a organização dos serviços de enfermagem, na intenção de atuar nesse sistema, será necessário colocar em prática as competências anteriormente mencionadas. A organização dos serviços de enfermagem pode estar mais avançada atualmente, porém tudo foi iniciado há 200 anos. A enfermagem surgiu com Florence Nightingale, na Inglaterra, durante a Guerra da Crimeia, e a partir disso organizou- se em três direções: 1. O cuidado do paciente: por meio da sistematização das técnicas de enfermagem. 2. O cuidado com o ambiente: ventilação dos ambientes, higiene de materiais e equipamentos. 3. O cuidado com os cuidadores(agentes de enfermagem), por meio do treinamento, utilizando técnicas e mecanismos disciplinares (FELLI; PEDUZZI, 2010). Essas três direções permanecem presentes atualmente quando um serviço de saúde se organiza para estruturar seu serviço de enfermagem, além das crenças e valores de seus fundadores e dirigentes, que estão integrados à condução gerencial de processos, pessoas e objetivos assistenciais (JERICÓ, 1998 apud KURCGANT, 2010, p. 4). V e r a n o ta ç õ e s 0 31/10/2022 14:09 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 4/10 EXEMPLIFICANDO Toda estrutura organizacional de saúde (aqui, entendemos como hospitais, unidades de saúde e clínicas privadas) possui uma estrutura hierarquizada de acordo com os objetivos gerenciais e assistenciais para os quais foi criada. Um hospital privado de grande porte, por exemplo, construído para ns lucrativos, organiza-se para tratar e recuperar pacientes com o objetivo de estar entre os melhores hospitais do Estado ao qual pertence e ter grandes A estruturação do serviço de enfermagem começa com alguns aspectos bem especí cos (COFEN, 2017): Aspectos técnicos, cientí cos e administrativos: quais tipos de serviços estarão presentes. Modelo gerencial: como gerir esse serviço? Metas racionais, relações humanas, unidades de negócio. Modelo assistencial: qual teoria da enfermagem condiz com o serviço? Teoria do Autocuidado, Teoria das Necessidades Humanas Básicas. Método de trabalho: trata-se de enfermeiros assistenciais? Há apenas equipe técnica, sem auxiliares? Jornada de trabalho: qual o período de atuação? 12x36, 4, 6, 8 ou 12 horas. Índice de segurança técnica: quantos por cento serão acrescidos à equipe de enfermagem para substituição em casos de ausências (faltas, atestados, férias). Indicadores de qualidade: acidentes de trabalho, satisfação do cliente, taxa de infecção, perda de acesso a cateteres. Percebe-se que pensar em estruturar um serviço de enfermagem pode ser bem complexo se não houver um objetivo a ser atingido, seja ele qualidade assistencial, gerencial ou ambos. V e r a n o ta ç õ e s 0 31/10/2022 14:09 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 5/10 lucros com isso. Então, pensando diretamente na organização da estrutura dos serviços de enfermagem, temos três tipos, os quais não são excludentes, ou seja, um mesmo serviço pode contar com os três tipos distintos de organização. Entretanto, esses modelos também podem ser independentes. Figura 1.6 | Tipos de organização da estrutura dos serviços de enfermagem Fonte: elaborada pela autora. E essa estrutura de enfermagem estará dentro de outra organização maior, que é o serviço de saúde, representado hipoteticamente pela Figura 1.7, a seguir. Figura 1.7 | Estrutura do serviço de saúde V e r a n o ta ç õ e s 0 31/10/2022 14:09 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 6/10 Fonte: elaborada pela autora. Inserindo os três tipos de organização dos serviços de enfermagem dentro dessa organização maior, representada anteriormente pela Figura 1.7, teríamos a seguinte con guração: 1. Tipo gerencial: a diretoria de enfermagem e as supervisões de enfermagem. 2. Tipo assistencial: as enfermeiras dos setores, técnicos e auxiliares de enfermagem. 3. Tipo educacional: educação contínua. Para que todas essas estruturas funcionem adequadamente, é necessário um uxo correto de pessoas e materiais que supram as demandas de atendimento. Entender como funciona a entrada e saída de pessoas (clientes, colaboradores e terceiros) no serviço de saúde é importantíssimo para os aspectos de melhorias contínuas e direcionamento das ações assistenciais e gerenciais. REFLITA Uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) evidenciou que, dentro de um mês, tiveram 20 óbitos de pacientes. Ao analisar os dados retroativos, perceberam que todos esses pacientes foram trazidos pela mesma equipe de socorristas e que estes, por sua vez, não tinham os relatos de atendimentos. Portanto, a UPA estava ciente do atendimento nal dos pacientes que vieram a óbito, mas não sabia como eles haviam sido inicialmente atendidos. Como os agentes da UPA saberiam quais processos precisavam ser revistos? Como saberiam quais pessoas deveriam receber treinamento? Qual tipo de treinamento seria o ideal? E se houvesse materiais contaminados por mal uso no trabalho da equipe de socorristas? V e r a n o ta ç õ e s 0 31/10/2022 14:09 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 7/10 Atualmente, temos presenciado uma intensa preocupação com o uxo de pessoas em função da pandemia do Coronavírus. Veri ca-se por onde esse paciente chega, quem o atende, onde ele aguarda atendimento, para qual serviço é encaminhado (MOREIRA et al., 2020). No entanto, esses cuidados não são exclusivos do período pandêmico. O caminho percorrido pelas pessoas antes de chegarem e até a sua saída do serviço de saúde deve ser muito bem desenhado de acordo com o per l de cada serviço em questão. Infelizmente, não é raro termos problemas na condução do cliente ao longo desse trajeto, seja por quebra nos uxos de atendimentos, falta de comunicação ou erro na interpretação da mensagem, escassez de recursos humanos ou excesso de clientes (PAIXÃO et al., 2019). Contudo, quando há um desenho bem feito do uxo estabelecido, ca mais fácil atuar em suas melhorias posteriormente, pois é possível rastrear as informações. Então, ao estabelecer o uxo de pessoas dentro do serviço de saúde, pergunta-se: 1. De quem estamos falando? Cliente, colaborador ou terceiro? 2. Qual será o caminho percorrido? Como entra, circula e como sai? Há quem associe, ainda, um terceiro tópico: qual foi a satisfação da pessoa durante o percurso? Figura 1.8 | Fluxo de pessoas e materiais no serviço de saúde Fonte: elaborada pela autora. V e r a n o ta ç õ e s 0 31/10/2022 14:09 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 8/10 Imprimir Assim também ocorre a análise do percurso de colaboradores e terceiros, veri cando por onde entram, qual caminho percorrem e por onde saem dentro da instituição. Com o início da globalização, por volta da década de 1970, e da transformação do mercado de trabalho, a saúde passa a ser vista como um bem privado que deve ser adquirido individualmente, como produto, em decorrência de um serviço público ine ciente, com escassez de recursos humanos, materiais e nanceiros (FELLI; PEDUZZI, 2018). Raciocinar sobre o uxo de materiais contribui de diversas formas para a assistência, porém também tem grande importância no equilíbrio nanceiro dos serviços de saúde. Instituições pagadoras, como o Sistema Único de Saúde (SUS), ao perceberem o aumento nos gastos, exigem e ciência como resposta à gestão assistencial e nanceira (BOGO et al., 2015). Em virtude disso, instituições têm formado comissões com pro ssionais operacionais de diversas áreas para realizar a avaliação de materiais e auxiliar na tomada de decisão, consequentemente reduzindocustos. Obviamente que o enfermeiro, por sua atuação como gestor de unidade e pelo conhecimento técnico em que provê e prevê a utilização de insumos, está diretamente atrelado às comissões de controle. EXEMPLIFICANDO Imagine que haja a necessidade de comprar cateter sobre agulha número 20. Abre-se concorrência e duas empresas selecionadas enviam seu produto para teste. Após trinta dias de uso, a equipe dá o seu parecer em relação às questões práticas dos produtos. A comissão faz a análise de e ciência versus custos e adquire o melhor produto. V e r a n o ta ç õ e s 0 31/10/2022 14:09 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 9/10 Dentro dessa lógica, insere-se também a gestão de estoque, almoxarifado, farmácia e equipe de enfermagem, que está diretamente atrelada a esse controle de materiais e insumos. Para a assistência ser contínua, a quantidade de material não pode oscilar; precisa haver equilíbrio. Assim, percebe-se que os processos internos das instituições precisam visar melhorias ininterruptas para que a instituição tenha baixo custo, alta qualidade, constância na oferta de serviço e agilidade (RAMOS; SPIEGEL; ASSAD, 2018). ASSIMILE A organização do serviço de enfermagem está diretamente atrelada ao modelo gerencial e assistencial do serviço de saúde. Temos, basicamente, três tipos de serviço de enfermagem: gerencial, assistencial e de ensino. A qualidade da assistência e a saúde nanceira do serviço de enfermagem dependem da gestão assertiva de recursos humanos e materiais. Cuidar da saúde do cliente é competência do enfermeiro, assim como cuidar da saúde nanceira da instituição de saúde. REFERÊNCIAS BOGO, P. C. et al. O enfermeiro no gerenciamento de materiais em hospitais de ensino. Revista da Escola de Enfermagem da USP, v. 49, n. 4, p. 632-639. 2015. Disponível em: https://bityli.com/5rBra8. Acesso em: 8 jun. 2021. COFEN. Conselho Federal De Enfermagem. Resolução Cofen nº 527/2016, de 3 de novembro de 2016 – Revogada pela nº 543/20017. Brasília, DF: Cofen, 2017. Disponível em: https://bityli.com/DZwc2Y. Acesso em: 8 jun. 2021. CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO. Câmara de Educação Superior. Resolução CNE/CES nº 3, de 7 de novembro de 2001. Institui Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Enfermagem. Diário O cial da União, Brasília, 9 nov. V e r a n o ta ç õ e s 0 https://bityli.com/5rBra8 https://bityli.com/DZwc2Y 31/10/2022 14:09 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 10/10 V e r a n o ta ç õ e s 0 2001. Seção 1, p. 37. Disponível em: https://bityli.com/p5b2rx. Acesso em: 9 jun. 2021. FELLI, V. E. A.; PEDUZZI, M. O trabalho gerencial em enfermagem. In: KURCGANT, P. Gerenciamento em enfermagem. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010. KURCGANT, P. Gerenciamento em enfermagem. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010. MOREIRA, A. D. et al. Orientações para organização e uxos nas unidades básicas de saúde em tempo de coronavírus. Minas Gerais: Departamento de Enfermagem Materno Infantil e Saúde Pública, 2020. Disponível em: https://bityli.com/52gSB8. Acesso em: 7 jun. 2021. PAIXÃO, T. M. et al. Coordenação da atenção primária: limites e possibilidades para a integração do cuidado. Revista Enfermagem UERJ, Rio de Janeiro, v. 27, out. 2019. Disponível em: https://bityli.com/P4Kz1Vc. Acesso em: 7 jun. 2021. PAULINA Kurcgant, Professora Doutora da USP. [S. l.]: Katia Stancato, 12 maio 2020. 1 vídeo (9min25s). Disponível em: https://bityli.com/pYGUbE. Acesso em: 10 jun. 2021. RAMOS, L. C. F.; SPIEGEL, T.; ASSAD, D. B. N. Gestão de materiais hospitalares: uma proposta de melhoria de processos aplicada em hospital universitário. Revista de Administração em Saúde, v. 18, n. 70, jan./mar. 2018. Disponível em: https://bityli.com/P4F43p. Acesso em: 8 jun. 2021. SOUZA, D. F. et al. Ensino-aprendizagem na disciplina de Gerência de Enfermagem no contexto hospitalar. Enfermagem em Foco, v. 11, n. 5, p. 86-91. 2020. Disponível em: https://bityli.com/GzxuX8. Acesso em: 7 jun. 2021. https://bityli.com/p5b2rx https://bityli.com/52gSB8 https://bityli.com/P4Kz1Vc https://bityli.com/pYGUbE https://bityli.com/P4F43p https://bityli.com/GzxuX8 31/10/2022 14:10 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFERM… 1/3 FOCO NO MERCADO DE TRABALHO ORGANIZAÇÃO DO SERVIÇO DE ENFERMAGEM Bruna Zemella Collaço SEM MEDO DE ERRAR Na situação-problema de atendimento ao parto da CSJ e seu bebê, abordamos a utilização materiais estéreis e não estéreis para a realização do processo e os cuidados assistenciais. Veri camos, também, a necessidade que a paciente CSJ tem de resolver pendências nanceiras relativas ao seu atendimento. O primeiro questionamento feito sobre essa situação foi: você, estudante, conseguiria indicar para qual local a enfermeira encaminhou CSJ? Você precisaria conhecer o uxo de atendimento ao cliente da instituição em questão para responder a essa questão. Ela poderia ter sido encaminhada para o setor de pagamento, para o setor nanceiro, ou seja, para o local em que questões administrativas fossem resolvidas. Dentro das instituições acreditadas, isto é, aquelas com maior grau de qualidade em processos, existe um setor chamado Concierge, o qual é responsável por solucionar todas as dúvidas do cliente. Portanto, como última alternativa, caso você não soubesse para onde encaminhar CSJ, você poderia acionar esse serviço. A segunda pergunta da situação-problema estava relacionada ao uxo de materiais estéreis e não estéreis utilizados no atendimento. Cada instituição possui o seu processo de acordo com a dinâmica de atendimento, porém todos os materiais V e r a n o ta ç õ e s 0 31/10/2022 14:10 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFERM… 2/3 Imprimir estéreis devem ser limpos no expurgo e encaminhados para a central de material, a m de serem novamente esterilizados. Já os demais materiais podem ser descartados em lixo infectante, visto que entraram em contato com a paciente. Você conseguiu perceber o quanto a assistência envolve processos, uxos e gastos? Notou que o enfermeiro tem uma assistência gerencial e que sua equipe deve estar alinhada com essa gestão e com a política da instituição de saúde? AVANÇANDO NA PRÁTICA ENFERMEIRO JUSTIFICANDO A ASSISTÊNCIA O setor nanceiro para o qual você encaminhou CSJ solicitou sua presença, pois nos registros de enfermagem não continham as descrições dos materiais utilizados, porém a planilha de cobrança estava checada. A administradora não conseguia saber quais serviços e materiais cobrar, mesmo com CSJ relatando um parto vaginal. Como você deve proceder? RESOLUÇÃO Para auxiliar o setor nanceiro, você teria de recorrer a todos os pro ssionais que atenderam CSJ no dia do parto para que explicassem a falta de anotação no prontuário. Posteriormente, a equipe precisaria se lembrar de tudo o que foi utilizado para o parto: campo estéril, gaze, compressa, luvas, máscara, gorro, entre outros itens. Além disso, seria necessário recordar como o procedimento ocorreu, que horas a paciente entrou em trabalho de parto, que horas entrou em trabalho de parto ativo, que horas aconteceu o nascimento, quem recepcionouo bebê. Por m, seria preciso investigar os materiais que foram usados no bebê, como compressas, clamp de umbigo, fralda, entre outros instrumentos. Com certeza, um treinamento de reciclagem deverá ser feito nessa equipe sobre a importância do adequado registro das informações como obrigação V e r a n o ta ç õ e s 0 31/10/2022 14:10 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFERM… 3/3 legal e como fonte de informações nanceiras a essa instituição. V e r a n o ta ç õ e s 0 31/10/2022 14:11 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 1/12 NÃO PODE FALTAR INTRODUÇÃO À BIOSSEGURANÇA Nome do Autor CONVITE AO ESTUDO Caro aluno, como é bom ver seu empenho nos estudos e saber que você chegou à segunda unidade de aprendizagem. Nesta unidade, abordaremos um assunto importantíssimo para a sua formação: segurança! Você percorrerá um caminho que perpassará pelos seguintes temas: os trilhos da biossegurança, o que esse termo representa para a enfermagem e como isso nos afeta diretamente, quais são as normativas que nos sustentam e nos orientam a ser pro ssionais melhores e autoconscientes dos riscos que vivemos na pro ssão. Certamente você já viu alguém que estava costurando espetar o dedo com uma agulha, agora imagine a quantidade de riscos pelos quais um pro ssional está cercado dentro das instituições de saúde. Embora haja riscos, também existe proteção, controle de resíduos, medidas de higiene e redução de infecções. Você conhecerá e identi cará as necessidades relacionadas a ambiente terapêutico, educação, biossegurança e controle de infecções, além de se tornar apto a reconhecer a classi cação das áreas, os artigos médico-hospitalares e os procedimentos de higienização. Dessa forma, terá como resultado a articulação de conhecimentos que permitam compreender a importância da biossegurança, os procedimentos de higienização e o controle de infecções, identi cando e caracterizando a prática que servirá de base para a atuação pro ssional na área da saúde. V e r a n o ta ç õ e s 0 31/10/2022 14:11 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 2/12 Chega de prosear e vamos continuar evoluindo. Hora de estudar! PRATICAR PARA APRENDER Querido aluno, vamos falar sobre Florence Nightingale? Não faça “cara feia” pensando: “Lá vem ela novamente falar de Florence!”. Note que ela discursava sobre higiene, melhorias nos cuidados de enfermagem e combate à contaminação já em 1820. Logo, as contribuições dessa britânica pioneira no cuidado de feridos são muito pertinentes para a atuação do pro ssional de enfermagem. E hoje, como estamos? Mais do que nunca o mundo está preocupado com segurança. A propagação do Coronavírus foi um evento pandêmico que modi cou toda uma sociedade e estremeceu o mundo. Na área da saúde não é diferente. Os pro ssionais estão preocupados, exaustos com tanta contaminação. Além disso, a falta de perspectiva assombra ainda mais. Um dos juramentos que você fará quando se formar será o de não causar dano, ou seja, de não prejudicar o paciente. Para que você não seja um evento adverso na vida das pessoas para as quais prestará os cuidados, é de suma importância que a sua assistência esteja pautada na biossegurança. Dessa forma, é necessário que você conheça o ambiente terapêutico, o controle infecções, aja de acordo com as normas de segurança, faça o descarte adequado de materiais e resíduos e realize procedimentos com normas assépticas, prezando sempre pelo bem-estar e segurança do paciente, bem como pela sua própria proteção. Portanto, são aspectos imprescindíveis para graduandos de enfermagem os estudos sobre biossegurança, higiene, meios de contaminação e métodos de proteção individual. Se anteriormente esse já era um assunto importante, atualmente ele é uma exigência. Para que você compreenda as situações com as quais poderá se deparar ao longo da sua atuação pro ssional, re ita e se imagine na seguinte situação-problema: V e r a n o ta ç õ e s 0 31/10/2022 14:11 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 3/12 Margareth, 47 anos, acabou de ser contratada como enfermeira da UTI adulto de um hospital escola. Com uma experiência de mais de 20 anos, Margareth se surpreendeu ao perceber que alguns instrumentos de trabalho não estavam disponíveis, como óculos de proteção individual e luvas no tamanho adequado para utilização da enfermeira. Por causa da urgência na coleta de uma gasometria arterial, acabou realizando o procedimento sem higienizar as mãos, sem luvas e sem óculos de proteção, a nal o paciente vem em primeiro lugar. Você concorda com essa atitude? Como você justi caria a sua resposta? Tenho certeza de que você quer fazer a diferença na vida de todos os seus pacientes e na sua também, por isso se comprometerá em oferecer o seu melhor nesta unidade. Mãos à obra! CONCEITO-CHAVE É de conhecimento geral que algumas pro ssões oferecem maior ou menor risco laboral, ou seja, o trabalhador fornece sua mão de obra, porém corre o risco de se acidentar ao longo da atuação. Como exemplos de pro ssionais que lidam com atividades de alto risco, podemos citar policial, bombeiro, piloto de avião, trabalhador de plataforma de petróleo, enfermeiro, entre outras ocupações. O termo biossegurança ganhou atenção por volta da década de 1990, porém passou a mais ser utilizado recentemente. O Ministério da Saúde instituiu, por meio da Portaria nº 1.683, de 28 de agosto de 2003, a Comissão de Biossegurança em Saúde, com o objetivo de implementar estratégias de atuação, avaliação e acompanhamento das ações ligadas à biossegurança em saúde. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é a responsável por proteger a saúde da população a partir de ações que submetem produções e serviços à vigilância sanitária. De acordo com esse órgão, o termo biossegurança refere-se ao “conjunto de medidas destinadas a prevenir riscos inerentes às atividades dos V e r a n o ta ç õ e s 0 31/10/2022 14:11 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 4/12 REFLITA laboratórios de assistência, ensino, pesquisa e desenvolvimento tecnológico, que possam comprometer a saúde dos pro ssionais e o meio ambiente” (BRASIL, 2013, p. 7). Figura 2.1 | Proteção oferecida pela biossegurança Fonte: elaborada pela autora. A enfermagem, como estudamos anteriormente, é uma pro ssão que envolve assistência, gerência e ensino, portanto não podemos atuar de maneira que comprometa a nossa saúde, a da equipe e a de quem cuidamos. O desenvolvimento desse tipo de sensibilização e conhecimento inicia-se agora, na graduação (SILVA et al., 2020). Na dicotomia entre teoria e prática, é comum que, ao longo dos anos, o pro ssional da saúde, por causa da experiência adquirida, negligencie o cuidado consigo mesmo e ignore a biossegurança. Contudo, não podemos esquecer que o ambiente de trabalho da equipe de enfermagem normalmente envolve riscos biológicos, insalubridade, estresse e excesso de atividades (ANDRADE et al., 2018). Os pro ssionais dasaúde estão expostos a riscos constantes, como os biológicos, físicos, químicos e ergonômicos. Diante disso, as instituições de saúde vêm investindo cada vez mais na prevenção e capacitação da sua equipe, a m de reduzir riscos e problemas decorrentes de acidentes. V e r a n o ta ç õ e s 0 31/10/2022 14:11 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 5/12 Quantas vezes, em laboratórios de coleta, nos deparamos com técnicos de enfermagem utilizando apenas uma luva. E a outra mão? Não precisa estar protegida? Em unidades de tratamento intensivo ou emergência, em decorrência da agilidade e rapidez com que os pacientes precisam ser tratados, também não é incomum que a equipe puncione acesso venoso sem o equipamento de proteção adequado. Os acidentes geralmente ocorrem com materiais perfurocortantes, uidos corpóreos, inalação de aerossóis ou contato direto com microrganismos contaminantes. Os materiais biológicos põem os pro ssionais da saúde em risco constante de adquirir, por exemplo, o Vírus da Imunode ciência Humana (HIV), o Vírus da Hepatite B e C (VHB ou VHC, respectivamente) e, atualmente, o Coronavírus (Covid- 19), entre outros tipos de vírus, bactérias e protozoários (MAGRI et al., 2020). É natural que a equipe de enfermagem seja a mais propensa a se acidentar e sofrer contaminações em virtude dos cuidados diretos e constantes que oferecem para os pacientes ao longo das 24 horas do dia (LOPES, 2017). Como principais fatores de risco associados a acidentes com material biológico, podemos citar: Contato constante com materiais perfurocortantes e uidos corporais. Baixa adesão às medidas de segurança. Desconhecimento das medidas de proteção. Excesso de trabalho e desatenção em razão de esgotamento mental. Escassez de recurso humanos. V e r a n o ta ç õ e s 0 31/10/2022 14:11 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 6/12 Justamente por esses motivos, a equipe de enfermagem deveria ser a maior bene ciada por programas que tenham o objetivo de evitar e corrigir danos, bem como pela atualização constante sobre o uso correto de equipamentos de proteção individual (EPI) e de materiais com dispositivos de segurança, como cateter sobre agulha. ASSIMILE Biossegurança: é a segurança alcançada por intermédio de ações de prevenção, controle, redução ou eliminação de riscos inerentes às atividades ocupacionais da saúde. Riscos aos quais pro ssionais da saúde são expostos: biológicos, físicos, químicos, mecânicos, ergonômicos e de acidentes. Medidas para evitar contágios: prevenção, proteção e treinamento. Os fatores de prevenção que envolvem os riscos aos quais pro ssionais estão expostos são de extrema importância para evitar acidentes de trabalho. A maior quantidade de acidentes, na área da saúde, ocorre com materiais perfurocortantes, portanto o ensino e as capacitações devem ser intensas nesse âmbito, sem excluir as demais possibilidades. As simulações práticas associadas à teoria são fundamentais para treinar e capacitar equipes e estudantes da área da saúde. É preciso noti car o acidente e as ações posteriores, como higienizar a lesão, identi car a pessoa-fonte, realizar sorologias, fazer uso de quimiopro laxia, entre outras medidas. Além disso, todas as etapas pós-exposição devem ser de conhecimento de che as e colaboradores (CARDOSO et al., 2019). Não podemos esquecer que o acidente de trabalho com material biológico pode afetar não só o bem-estar físico do acidentado, como também o psicológico, principalmente enquanto aguarda o resultado dos exames. Não se deve banalizar V e r a n o ta ç õ e s 0 31/10/2022 14:11 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 7/12 esse fato, e os gestores devem estar atentos ao comportamento do colaborador, oferecendo-lhe encaminhamento e apoio psicológico sempre que necessário (PEREIRA et al., 2018). O Centers for Disease Control and Prevention (CDC), em 1996, estabeleceu o Guideline com as medidas de precaução-padrão (PP) para todos os tipos de paciente. Ou seja, independentemente do diagnóstico médico, todos os pro ssionais da saúde deveriam utilizar-se de PP. Esse documento foi revisto em 2007 e atualizado em 2019. Nele, consta que a precaução-padrão envolve: O uso correto de equipamentos de proteção individual em todos os atendimentos (luva, avental, máscara e óculos). Higienização das mãos antes e após os procedimentos (SIEGEL et al., 2019; MENDES et al., 2019). Figura 2.2 | Pro ssional utilizando equipamentos de proteção individual Fonte: Shutterstock. V e r a n o ta ç õ e s 0 31/10/2022 14:11 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 8/12 Higienizar as mãos com técnica asséptica, ou seja, com um método que contribua para a diminuição de microrganismos patogênicos, é um importante mecanismo no controle de infecções. É uma ação que tem grande enfoque na proteção ao paciente, evitando contaminações, porém também é uma barreira protetiva importante à saúde do pro ssional (MELLO, 2019). Pensando na proteção dos pro ssionais, o Ministério do Trabalho (MT) começou a formular normas regulamentadoras em 1978. Em 1990, representantes sindicais da área da saúde de São Paulo promoveram eventos para a discussão das condições de segurança e saúde laborais, o que chamou a atenção do governo federal. Em 2002, foi formado o Grupo Técnico (GT) com a nalidade de, em conjunto com a sociedade, elaborar um texto com normas de segurança para os trabalhadores da saúde. É a partir desse projeto que nasce, em 2005, a Norma Regulamentadora 32 (NR 32) (BRASIL, 2020). EXEMPLIFICANDO A NR 32 tem a nalidade de proteger a saúde dos pro ssionais, principalmente daqueles que têm sua ocupação relacionada a riscos biológicos (exposição a agentes biológicos). Alguns dos itens protetores da NR 32 são: Identi car riscos biológicos prováveis. Avaliar o local de atuação do trabalhador. Conduzir casos de exposição acidental a agentes biológicos. Orientar o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional. Reavaliar anualmente o trabalho e o trabalhador. Acompanhar o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais. V e r a n o ta ç õ e s 0 31/10/2022 14:11 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 9/12 Imprimir Elaborar medidas de proteção que envolvam: vestimentas, adornos, calçados, entre outros. Instituir os equipamentos de proteção individual (EPI). Capacitar constantemente e vacinar. Identi car os riscos químicos. ASSIMILE Para conferir o texto de aprovação da Norma Regulamentadora nº 32 na íntegra, acesse o link disponível nas Referências desta seção. BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Portaria nº 485, de 11 de novembro de 2005. Aprova a Norma Regulamentadora nº 32 (Segurança e Saúde no Trabalho em Estabelecimentos de Saúde). Diário O cial da União, Brasília: DF, Poder Legislativo, 11 nov. 2005. Um dos itens da NR 32 que mais repercutiu foi o vetamento da utilização de adornos, determinaçãoque, muito provavelmente, se deu pelo fato de esses itens estarem atrelados ao autoconceito, à demonstração de autoconhecimento e ao status social que eles representam, como no caso da aliança de casamento (CAVALHEIRO et al., 2019). Diante disso, houve uma certa resistência ao cumprimento da normativa por parte dos pro ssionais, com a qual a educação continuada das instituições teve que lidar. A educação continuada tem grande importância nesse contexto por melhorar, atualizar e otimizar o desenvolvimento do colaborador dentro da instituição e de acordo com as especi cações das normativas (CUNHA; MAURO, 2010). Como mencionado anteriormente, a banalização dos riscos di culta a ampliação da percepção de perigo por parte dos pro ssionais que infelizmente, em alguns casos, só modi cam seu comportamento frente às normas de segurança após se V e r a n o ta ç õ e s 0 31/10/2022 14:11 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 10/12 V e r a n o ta ç õ e s acidentarem (PEREIRA et al., 2018). Treinar, orientar, capacitar e respeitar o limite dos pro ssionais envolvidos no cuidado é a melhor forma de manter a segurança dos colaboradores e, consequentemente, dos pacientes. REFERÊNCIAS ANDRADE, G. B. et al. Biossegurança: fatores de risco vivenciados pelo enfermeiro no contexto de seu trabalho. Journal of Research Fundamental Care Online, v. 10, n. 2, p. 565-571, 2018. Disponível em: https://bityli.com/i2lQRF. Acesso em: 15 jun. 2021. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Microbiologia clínica para o controle de infecção relacionada à assistência à saúde. Módulo 1: biossegurança e manutenção de equipamentos em laboratório de microbiologia clínica. Brasília: Anvisa, 2013. Disponível em: https://bityli.com/alUM0n. Acesso em: 16 jun. 2021. BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Portaria nº 485, de 11 de novembro de 2005. Aprova a Norma Regulamentadora nº 32 (Segurança e Saúde no Trabalho em Estabelecimentos de Saúde). Diário O cial da União, Brasília: DF, Poder Legislativo, 11 nov. 2005. Disponível em: https://bityli.com/QIWbkL. Acesso em: 22 out. 2021. BRASIL. Ministério do Trabalho e Previdência. Norma Regulamentadora No. 32 (NR- 32). Gov.br, 22 out. 2020. Disponível em: https://bityli.com/j49Udq. Acesso em: 18 jun. 2021. BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 1683/GM/MS, de 28 de agosto de 2003. Disponível em: https://bityli.com/8ocgHR. Brasília, DF: Presidência da República, 2003. Acesso em: 16 jun. 2021. 0 https://bityli.com/i2lQRF https://bityli.com/alUM0n https://bityli.com/QIWbkL https://bityli.com/j49Udq https://bityli.com/8ocgHR 31/10/2022 14:11 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 11/12 V e r a n o ta ç õ e s BIOSSEGURANÇA na Assistência de Enfermagem ao Covid-19 na Atenção Básica. [S. l.]: Coren SP, 19 mar. 2020. 1 vídeo (24min20s). Disponível em: https://bityli.com/TcGLU0. Acesso em: 22 jun. 2021. CARDOSO, N. Q. et al. Acidente com material biológico sob a ótica dos estudantes de enfermagem: re exões para o ensino. Enfermagem em Foco, v. 10, n. 3, p. 2-8, set. 2019. Disponível em: https://bityli.com/nr1UMq. Acesso em: 18 jun. 2021. CAVALHEIRO, A. C. et al. Proibição do uso de adornos pela Norma Regulamentadora 32 e autoconceito pro ssional da equipe de enfermagem. Revista Brasileira de Medicina do Trabalho, v. 17, n. 2, p. 219-227, 2019. Disponível em: https://bityli.com/avJ3UE. Acesso em: 15 jun. 2021. CUNHA, A. C.; MAURO, M. Y. C. Educação Continuada e a Norma Regulamentadora 32: utopia ou realidade na enfermagem? Revista Brasileira de Saúde Ocupacional, São Paulo, v. 35, n. 122, p. 305-313, 2010. Disponível em: https://bityli.com/rLn5nH. Acesso em: 15 jun. 2021. LA-ROTTA, E. I. G. et al. Conhecimento e adesão como fatores associados a acidentes com agulhas contaminadas com material biológico: Brasil e Colômbia. Ciência & Saúde Coletiva, v. 25, n. 2, p. 715-727, 2020. Disponível em: https://bityli.com/sXbNZO. Acesso em: 20 jun. 2021. LOPES, D. de P. Intervenção prevencionista para acidentes de trabalho com agentes biológicos em enfermagem. 2017. 167 f. Dissertação (Mestrado em Enfermagem) – Escola de Enfermagem Anna Nery, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro. Disponível em: https://bityli.com/19EfdN. Acesso em: 18 jun. 2021. MAGRI, M. A. et al. Conhecimento dos acadêmicos de enfermagem sobre acidentes com material biológico. CuidArte Enfermagem, v. 14, n. 2, p. 233-240, 2020. Disponível em: https://bityli.com/t1aEBA. Acesso em: 15 jun. 2021. 0 https://bityli.com/TcGLU0 https://bityli.com/nr1UMq https://bityli.com/avJ3UE https://bityli.com/rLn5nH https://bityli.com/sXbNZO https://bityli.com/19EfdN https://bityli.com/t1aEBA 31/10/2022 14:11 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 12/12 V e r a n o ta ç õ e s 0 MELLO, M. S. de. Ações para a prevenção e controle da resistência bacteriana em hospitais de grande porte de Minas Gerais. 2019. 158 f. Dissertação (Mestrado em Saúde e Enfermagem) – Escola de Enfermagem, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, MG. Disponível em: https://bityli.com/EX4ua2. Acesso em: 19 jun. 2021. MENDES, A. M. V. et al. Adesão às medidas de precaução padrão entre os pro ssionais de enfermagem da emergência pré e intra-hospitalar de um município do nordeste. Revista Brasileira de Medicina do Trabalho, v. 17, n. 4, p. 573-581, 2019. Disponível em: https://bityli.com/twClk3. Acesso em: 15 jun. 2021. PEREIRA, É. A. A. et al. Motivações para mudança nas ações dos pro ssionais de enfermagem após exposição acidental a material biológico. Journal of Research Fundamental Care Online, v. 10, n. 2, p. 534-541, abr./jun. 2018. Disponível em: https://bityli.com/0nZ2i8. Acesso em: 14 jun. 2021. SIEGEL, J. D. et al. Guideline for isolation precautions: preventing transmission of infectious agents in healthcare settings. EUA: Centers for Disease Control and Prevention, 2019. Disponível em: https://bityli.com/upWqfu. Acesso em: 19 jun. 2021. SILVA, T. A; ARAGÃO, S. A; ANDRADE, M. B; RIBEIRO, B. S. Importância do ensino de biossegurança na formação de técnicos em enfermagem: relato de experiência. Revista Uruguaya de Enfermería, v. 15, n. 1, p. 1-10, 2020. Disponível em: https://bityli.com/FCuQDD. Acesso em: 26 out. 2021. https://bityli.com/EX4ua2 https://bityli.com/twClk3 https://bityli.com/0nZ2i8 https://bityli.com/upWqfu https://bityli.com/FCuQDD 31/10/2022 14:11 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFERM… 1/3 FOCO NO MERCADO DE TRABALHO INTRODUÇÃO À BIOSSEGURANÇA Bruna Zemella Collaço SEM MEDO DE ERRAR Retomando a situação-problema que você viu ao iniciar esta seção, vamos pensar na Margareth. Margareth, 47 anos, acabou de ser contratada como enfermeira da UTI adulto de um hospital escola. Com uma experiência de mais de 20 anos, Margareth se surpreendeu ao perceber que alguns instrumentos de trabalho não estavam disponíveis, como óculos de proteção individual e luvas no tamanho adequado para utilização da enfermeira. Por causa da urgência na coleta de uma gasometria arterial, acabou realizando o procedimento sem higienizar as mãos, sem luvas e sem óculos de proteção,a nal o paciente vem em primeiro lugar. Você concorda com essa atitude? Como você justi caria a sua resposta? É óbvio que o paciente é importante, contudo é preciso analisar se essa necessidade de agir prontamente para garantir urgência no atendimento comprometerá a saúde tanto da pessoa atendida quanto dos pro ssionais de enfermagem, que também são importantes. Então, vamos partir dessa premissa e continuar a re etir sobre a situação descrita. Margareth se surpreendeu com a ausência de equipamento de proteção individual (EPI), e nós vimos, no conteúdo apresentado nesta seção, que é obrigatório ao empregador fornecer esse material. Outro ponto alarmante é que, como foi descrito, a enfermeira realizou o procedimento médico “sem higienizar as mãos”. Não causar danos foi um dos V e r a n o ta ç õ e s 0 31/10/2022 14:11 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFERM… 2/3 Imprimir juramentos que Margareth fez ao concluir sua formação. Está correto coletar exame sem higienizar as mãos e sem adotar o método de barreira para risco biológico? Será que Margareth esteve exposta somente a riscos biológicos? Diante da obrigatoriedade que o empregador tem de fornecer os aparatos necessários ao trabalho, o que Margareth deveria ter feito ao perceber a de ciência de materiais? Consegue perceber que a situação-problema faz com que você re ita sobre aspectos que vão além de uma simples coleta de exames? Você é capaz de notar que suas responsabilidades e os riscos inerentes à sua pro ssão exigirão muito das suas ações e re exões diárias? Não se esqueça de justi car todas as suas ações, pois elas auxiliarão você no desenvolvimento do pensamento crítico e na busca por embasamentos cientí cos. AVANÇANDO NA PRÁTICA O PROFISSIONAL DA SAÚDE CONTAMINA O PACIENTE HRTO, 37 anos, enfermeiro do pronto-socorro, é um pro ssional extremamente ágil, dinâmico e rápido. Acredita que quanto melhor for o treinamento do pro ssional, menor será o tempo de resposta e maiores serão as chances de o paciente obter êxito no atendimento. Há alguns anos, HRTO sofreu dois acidentes de trabalho, um com material perfurocortante e outro com material biológico, que espirrou na mucosa ocular. Como resultado do acidente, ele adquiriu hepatite C. Mais recentemente, o pronto-socorro recebeu uma emergência envolvendo dois acidentados na colisão de uma moto contra um caminhão. Tratava-se de um casal de jovens, ambos com 25 anos, um deles com uma fratura exposta no membro inferior esquerdo e o outro com um corte profundo no membro superior esquerdo. HRTO estava oferecendo atendimento ao casal quando, novamente, cortou-se com o bisturi, de modo que seu sangue pingou na ferida aberta do paciente. V e r a n o ta ç õ e s 0 31/10/2022 14:11 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFERM… 3/3 Qual deve ser a conduta de HRTO? Justi que. RESOLUÇÃO Parece que a rotina agitada do pronto-socorro e o dinamismo exigido para salvar vidas servem como uma falsa justi cativa a HRTO para agir de forma imprudente. Ele já teve dois acidentes de trabalho e, agora, sofreu mais um, colocando em risco a saúde do paciente. Como já foi mencionado anteriormente, enfermeiros fazem o juramento de não causar danos aos pacientes. Essa é nossa responsabilidade ética. A partir do momento em que o acidente de trabalho acontece, HRTO deve se retirar da assistência, solicitando que um colega o substitua. Em seguida, precisa higienizar o local acidentado, abrir uma documentação exigida pela instituição e cuidar do paciente, que pode ter sido contaminado (colher exames, comunicar à equipe médica para que realize a pro laxia, uma vez que HRTO tem hepatite C). V e r a n o ta ç õ e s 0 31/10/2022 14:11 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 1/11 0 NÃO PODE FALTAR Imprimir CLASSIFICAÇÃO DAS ÁREAS E ARTIGOS MÉDICO- HOSPITALARES: PROCEDIMENTO DE HIGIENIZAÇÃO Bruna Zemella Collaço PRATICAR PARA APRENDER Querido aluno, espero que você e sua família estejam bem! O assunto que abordaremos nesta seção é mais do que atual se considerarmos a situação vivida no mundo, isto é, a pandemia de Coronavírus. Há um risco de contágio sempre iminente e a necessidade de se preocupar com a higienização de ambientes, produtos e superfícies. Nós falamos sobre a biossegurança, e ela permeará todas as próximas seções de estudo, inclusive esta. Novamente, é importante lembrar que você fará um juramento ao se formar, que é o de não causar dano, ou seja, de não prejudicar o paciente. Para que você não seja um evento adverso na vida das pessoas às quais prestará cuidados, é de suma importância que a sua assistência esteja pautada na biossegurança. Dessa forma, é necessário que você conheça o ambiente terapêutico, controle infecções, aja de acordo com as normas de segurança, faça o descarte adequado de materiais e resíduos e realize procedimentos com normas assépticas, prezando pelo bem-estar e segurança do paciente e, também, pela sua segurança. É responsabilidade do enfermeiro cuidar da higiene e adequação climática do ambiente, da esterilização dos materiais, dos processos de desinfecção, dos sanitizantes aprovados, entre outras funções. V e r a n o ta ç õ e s 31/10/2022 14:11 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 2/11 V e r a n o ta ç õ e s Portanto, para re etir, compreender e colocar em prática os conhecimentos que serão apresentados em nossos estudos, imagine-se no lugar de Margareth na seguinte situação-problema: Margareth, recém-admitida na UTI adulto de um hospital escola, foi chamada pela equipe médica ao leito de um paciente para auxiliar na drenagem de tórax e retirada de dreno de mediastino. Ao questionar a equipe médica sobre quais materiais seriam necessários para o procedimento, eles relacionaram: dreno de tórax valvulado, campo fenestrado, luva estéril número 8 e caixa de drenagem de tórax. Após o tórax ser drenado, o médico usou os mesmos materiais para retirar o dreno de mediastino, e Margareth não se opôs. Você concorda com a conduta de Margareth? Justi que. Qual seria sua atitude? Acredito que você já esteja percebendo como o processo de cuidar é complexo e quanta responsabilidade ele envolve, certo? Mas não se preocupe, você está no caminho e na pro ssão certa. Vamos continuar! CONCEITO-CHAVE Como visto na seção de estudos anterior, a Norma Regulamentadora 32 (NR 32) protege o trabalhador, o paciente e o ambiente laboral. Hoje, mais do que nunca, o mundo se preocupa com sustentabilidade, preservação ambiental, energias sustentáveis e ambientes seguros à saúde. Por conta disso, os resíduos dos serviços de saúde (RSS) têm sido foco de bons gestores, políticas públicas e legislações, pois o gerenciamento incorreto desses elementos pode comprometer solo, ar, lenções freáticos, favorecer a proliferação de microrganismos nocivos e, consequentemente, oferecer prejuízos à saúde humana (ATAÍDE; FERREIRA, 2020). Duas resoluções de nem a gestão dos RSS, uma relacionada ao processamento interno (segregação, acondicionamento, identi cação, transporte interno, armazenamento temporário, tratamento e armazenamento externo), que é a 0 31/10/2022 14:11lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 3/11 Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 222, de 8 de março de 2018, aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), e outra referente aos processos externos (coleta, transporte e destinação), que é a Resolução nº 358 do Conselho Nacional do Meio Ambiente, de 29 de abril de 2005. Normalmente, 75% a 90% dos resíduos gerados pelos serviços de saúde são muito semelhantes aos resíduos domiciliares, porém o restante pode ser perigoso ao meio ambiente e à saúde (NOGUEIRA et al., 2020). Diante disso, os resíduos são classi cados em A, B, C, D, e E, de acordo com a RDC nº 222, de 8 de março de 2018 (BRASIL, 2018). Vamos veri car, a seguir, as principais características de cada um desses grupos. Grupo A: possível presença de agente biológico e identi cado como resíduo infectante. Indicado pelo símbolo de risco biológico com fundo branco. Figura 2.3 | Símbolo de risco de grupo A Fonte: Brasil (2018). Grupo B: substância química identi cada por meio de símbolo e frase de periculosidade. Figura 2.4 | Símbolo de risco de grupo B V e r a n o ta ç õ e s 0 31/10/2022 14:11 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 4/11 Fonte: Brasil (2018). Grupo C: substâncias radioativas identi cadas pelo símbolo internacional de material ionizante. Figura 2.5 | Símbolo de risco de grupo C Fonte: Brasil (2018). Grupo D: resíduos comuns, recicláveis e não recicláveis, identi cados de acordo com o órgão de limpeza urbana. Grupo E: perfurocortantes, identi cados com o símbolo do risco biológico acrescido de escrita de identi cação. Figura 2.6 | Símbolo de risco de grupo E V e r a n o ta ç õ e s 0 31/10/2022 14:11 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 5/11 Fonte: Brasil (2018). Apenas a sinalização educativa com placas, contêineres e equipamentos não garante a boa gestão dos RSS. É necessário conhecer os tipos de resíduos, suas classi cações e ter consciência dos riscos relacionados a todos os envolvidos: pro ssionais, sociedade e ambiente. Portanto, a correta gestão abrange a elaboração do Plano de Gerenciamento de Resíduos dos Serviços de Saúde (PGRSS) (BARBOSA; CABRAL, 2019). ASSIMILE Ter conhecimento sobre a classi cação dos resíduos de saúde favorece a assistência, a boa gestão e protege todos os recursos humanos e ambientais envolvidos. O enfermeiro tem sido o pro ssional de destaque na elaboração e implementação do PGRSS. Desde 2005, o Conselho Federal de Enfermagem respalda essa atuação por meio da Resolução nº 303, de 23 de junho de 2005. Com visão ampla, gestão nanceira, análise com foco direcionado à melhoria de processos e apresentando possibilidades de melhorias, os enfermeiros tornam-se responsáveis técnicos do PGRSS (NOGUEIRA et al., 2020). A gestão dos resíduos dos serviços de saúde também contribui para manter higienizado o ambiente dos referidos serviços. Alguns fatores estimulam a contaminação e proliferação de microrganismos patogênicos, como: mãos dos V e r a n o ta ç õ e s 0 31/10/2022 14:11 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 6/11 REFLITA pro ssionais da saúde, superfícies com sujidade visível ou não, superfícies úmidas, ausência de proteção-padrão, más condições de revestimentos e manutenção da matéria orgânica. É inadmissível que um ambiente que vise à saúde seja antagônico a esse processo, portanto mantê-lo limpo faz parte do processo de gestão assistencial. O serviço de limpeza e desinfecção de superfícies dos serviços de saúde compreende a “limpeza, desinfecção e conservação das superfícies e equipamentos permanentes das diferentes áreas” (BRASIL, 2010, p. 24). Manter as superfícies limpas coopera com a redução do risco de contaminação (microrganismos) e, consequentemente, com a diminuição de custos (gastos com tratamento, internação). Por de nição, temos que: Descontaminação é o processo que torna o objeto em questão limpo, porém não necessariamente seguro para uso no paciente. Limpeza é a remoção de sujidade por meio físico (temperatura), mecânico (fricção) ou químico (saneante). Desinfecção é o procedimento de limpeza que elimina a maior parte dos microrganismos, exceto esporos. Esterilização é o processo que destrói todas as formas de vida, inclusive esporos. O tipo de limpeza a ser realizado depende da superfície, do material a ser limpo, da quantidade e do tipo de matéria orgânica presente (ASSAD et al., 2010). Os produtos saneantes utilizados em alguns processos devem ser validados pela equipe do Serviço do Controle de Infecção Hospitalar (SCIH), pois precisam ser e cazes contra infecções, mas sem causar danos às equipes envolvidas. V e r a n o ta ç õ e s 0 31/10/2022 14:11 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 7/11 O SCIH faz uma análise mensal do controle de infecção do serviço de saúde. É esse núcleo que evidencia quais os microrganismos presentes em maior ou menor porcentagem no ambiente e quais os fármacos que foram utilizados com sucesso para combatê-los. Ou seja, o SCIH conhece todos os elementos que devem ser extinguidos e evitados. Por esse motivo, os saneantes passam pelo crivo desse setor. Não é e ciente que o serviço de limpeza use um saneante contra bactérias se somente for necessário combater vírus, por exemplo. Se a higiene do ambiente é algo extremamente essencial aos serviços de saúde, mais importante ainda é a higiene dos instrumentos que entram em contato com os pacientes. De acordo com a Resolução RDC nº 15, de 15 de março de 2012, classi camos os artigos utilizados na assistência ao paciente em: críticos, semicríticos e não críticos. Vamos entender mais detalhes sobre essa categorização a seguir. Artigos críticos entram em contato direto com o sítio cirúrgico, como em procedimentos invasivos, quando penetram pele, mucosas e tecido vascular. Portanto, necessitam de um processo completo de eliminação de vida: limpeza, desinfecção e esterilização. Artigos semicríticos entram em contato com pele não íntegra ou mucosas íntegras contaminadas. Devem ser submetidos, minimamente, à desinfecção de alto nível após limpeza. Artigos não críticos entram em contato com pele íntegra ou não entram em contato com o paciente. Devem ser submetidos, minimamente, à limpeza. Todas as etapas de monitoramento de processos são fundamentais para garantir a segurança do paciente. Não basta apenas higienizar e esterilizar. A validação da esterilização e o acondicionamento (estocagem, empilhamento, validade) dos produtos também fazem parte do processo. V e r a n o ta ç õ e s 0 31/10/2022 14:11 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 8/11 V e r a n o ta ç õ e s EXEMPLIFICANDO Tintas termocrômicas do papel grau cirúrgico ou de tas adesivas são umindicador químico de processos, porém apenas uma alteração de temperatura não pode garantir a esterilização do material. Utilizam-se os indicadores biológicos, esporos de bactérias, para veri car a e cácia da esterilização (SILVA et al., 2019). Após garantir que os materiais estão seguros em seus processos de limpeza, desinfecção e esterilização, também devemos pensar no ambiente de saúde. Assim como os artigos, as áreas também são classi cadas de acordo com seu risco. De acordo com o Ministério da Saúde, a partir da Portaria nº 3.012, de 1º de dezembro de 2009, as áreas podem ser divididas e classi cadas de três formas: Críticas: alto risco de infecção relacionada à saúde, seja por envolver artigos críticos, material biológico, procedimentos invasivos, susceptibilidade do paciente ou paciente já contaminado. Exemplos: Unidades de Terapia Intensiva (UTI), Central de Material e Esterilização (CME), Centro Cirúrgico (CC). Semicríticas: risco de moderado a baixo para adquirir infecções relacionadas à saúde, seja por procedimentos com artigos críticos e semicríticos, procedimentos não invasivos em pacientes não críticos sem prévia infecção ou colonização por microrganismos. Exemplo: consultórios de atendimentos, apartamentos/enfermarias. Não críticas: quando o risco de adquirir infecções relacionadas à saúde é mínimo ou inexistente, seja por não realizar atividades assistenciais ou pela ausência de procedimentos com artigos críticos ou semicríticos. Exemplos: áreas administrativas, cozinha, almoxarifado. Com a nalidade de bloquear, principalmente, o acesso às áreas críticas, os serviços de saúde têm se preocupado em realizar barreiras físicas que impeçam a livre circulação nesses ambientes. 0 31/10/2022 14:11 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 9/11 No ambiente hospitalar, di cilmente você conseguirá entrar em uma Unidade de Terapia Intensiva sem que alguém libere uma porta por meio de um pedido de autorização. Em contrapartida, você será capaz de conversar facilmente com a equipe de recepção. Unidades de internação também não costumam oferecer barreiras de acesso. Por meio do conteúdo apresentado, pudemos ver como é importante a atuação do enfermeiro não só na assistência, mas também nos processos que envolvem toda a saúde. É imprescindível que o enfermeiro tenha consciência dos riscos aos quais pode expor toda uma comunidade caso não execute a gestão dos resíduos dos serviços de saúde com qualidade e responsabilidade. REFERÊNCIAS ASSAD, C. et al. In: BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Segurança do paciente em serviços de saúde: limpeza e desinfecção de superfícies. Brasília: Anvisa, 2010, p. 61-77. Disponível em: https://bityli.com/WSMXuX. Acesso em: 23 jun. 2021. ATAÍDE, J. M.; FERREIRA, C. E. F. Conhecimento sobre Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS) dos alunos do curso de Farmácia e de colaboradores do setor de hotelaria em uma instituição de ensino superior (IES). Revista Brasileira de Análises Clínicas, v. 52, n. 4, p. 389-394, 2020. Disponível em: https://bityli.com/GdbZ2y. Acesso em: 23 jun. 2021. BARBOSA, R. G. P.; CABRAL, I. B. O papel do enfermeiro no gerenciamento de resíduos de saúde: revisão da literatura. Revista Cientí ca da Escola Estadual de Saúde Pública de Goiás ―Cândido Santiago‖, v. 5, n. 3, p. 51-64, 2019. Disponível em: https://bityli.com/UvmoF6. Acesso em: 24 jun. 2021. V e r a n o ta ç õ e s 0 https://bityli.com/WSMXuX https://bityli.com/GdbZ2y https://bityli.com/UvmoF6 31/10/2022 14:11 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 10/11 V e r a n o ta ç õ e s BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Segurança do paciente em serviços de saúde: limpeza e desinfecção de superfícies. Brasília: Anvisa, 2010. Disponível em: https://bityli.com/WSMXuX. Acesso em: 23 jun. 2021. BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução da Diretoria Colegiada - RDC nº 222, de 28 de março de 2018. Regulamenta Boas Práticas de Gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde e dá outras providências. Brasília, DF: Anvisa, 2018. Disponível em: https://bityli.com/cjH0zI. Acesso em: jun. 2021. BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução - RDC nº 15, de 15 de março de 2012. Dispõe sobre requisitos de boas práticas para o processamento de produtos para saúde e dá outras providências. Brasília, DF: Anvisa, 2012. Disponível em: https://bityli.com/7SWCUH. Acesso em: 28 jun. 2021. RESÍDUOS de serviços de saúde | FSP/USP. [S. l.]: Faculdade de Saúde Pública da USP, 30 out. 2019. 1 vídeo (12min16s). Disponível em: https://bityli.com/QrScyc. Acesso em: 29 jun. 2021. BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 3.012, de 1º de dezembro de 2009. Torna pública a proposta de Projeto de Resolução "Regulamento Técnico Mercosul para Produtos com Ação Antimicrobiana Utilizados em Artigos Críticos e Semi-críticos, Áreas Críticas e Semi-Críticas e Esterilizantes" e dá outras providências. Brasília, DF: Presidência da República, 2009. Disponível em: https://bityli.com/jknO3n. Acesso em: 25 jun. 2021. BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Resolução CONAMA nº 358, de 29 de abril de 2005. Dispõe sobre o tratamento e a disposição nal dos resíduos dos serviços de saúde e dá outras providências. Brasília, DF: Presidência da República, 2005. Disponível em: https://bityli.com/bWwAiU. Acesso em: 23 jun. 2021. COFEN. Conselho Federal de Enfermagem. Resolução Cofen nº 303 de 23 de junho de 2005. Brasília, DF: Cofen, 2005. Disponível em: https://bityli.com/fT9GN0. Acesso em: 23 jun. 2021. 0 https://bityli.com/WSMXuX https://bityli.com/cjH0zI https://bityli.com/7SWCUH https://bityli.com/QrScyc https://bityli.com/jknO3n https://bityli.com/bWwAiU https://bityli.com/fT9GN0 31/10/2022 14:11 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 11/11 V e r a n o ta ç õ e s MALAGI, I. et al. Qualidade físico-química e per s de resistência de Escherichia coli em águas super ciais urbanas. Brazilian Journal of Biology, v. 80, n. 3, p. 661-668, 2020. Disponível em: https://bityli.com/TaMLPS. Acesso em: 29 jun. 2021. NOGUEIRA, D. N. G. et al. Resíduos de serviços de saúde: per l e análise de custos em um centro cirúrgico. Revista SOBECC, v. 25, n. 3, p. 151-158, out. 2020. Disponível em: https://bityli.com/XjcpMU. Acesso em: 23 jun. 2021. SILVA, G. W. S. et al. Monitoramento e rastreabilidade de artigos esterilizados no bloco operatório. Revista de Enfermagem UFPE Online, Recife, v. 13, n. 4, p. 1064-1070, abr. 2019. 0 https://bityli.com/TaMLPS https://bityli.com/XjcpMU 31/10/2022 14:12 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFERM… 1/3 V e r a n o ta ç õ e s 0 FOCO NO MERCADO DE TRABALHO Imprimir CLASSIFICAÇÃO DAS ÁREAS E ARTIGOS MÉDICO- HOSPITALARES: PROCEDIMENTO DE HIGIENIZAÇÃO Bruna Zemella Collaço SEM MEDO DE ERRAR Agora que você aprofundou seus conhecimentos sobre classi cação de artigos, áreas e gerenciamento dos resíduos de saúde, é hora de retomarmos a situação- problema na qual você assumiu o papel de Margareth. Lembra dela? Margareth, recém-admitida na UTI adultode um hospital escola, foi chamada pela equipe médica ao leito de um paciente para auxiliar na drenagem de tórax e retirada de dreno de mediastino. Ao questionar a equipe médica sobre quais materiais seriam necessários para o procedimento, eles relacionaram: dreno de tórax valvulado, campo fenestrado, luva estéril número 8 e caixa de drenagem de tórax. Após o tórax ser drenado, o médico usou os mesmos materiais para retirar o dreno de mediastino, e Margareth não se opôs. Você concorda com a conduta de Margareth? Justi que. Qual seria sua atitude? Após ler a primeira frase da sentença que relata qual procedimento será realizado, é possível que você já tenha se perguntado quais tecidos (pele, mucosa, órgãos) serão acometidos e se o processo será invasivo ou não. Chega-se à conclusão de que se trata de um procedimento invasivo com risco biológico, visto que o médico deverá romper a pele e chegar com o dreno ao pulmão do paciente. O segundo 31/10/2022 14:12 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFERM… 2/3 V e r a n o ta ç õ e s procedimento é a retirada do dreno de mediastino, um processo relativamente não invasivo, porém com risco biológico, uma vez que o dreno desempenha a função de remover sangue do local. A equipe utilizou os mesmos materiais para procedimentos diferentes em um mesmo paciente. Diante disso, Margareth não se opôs. Ela deveria ter oferecido outros instrumentos? Se sim, qual deveria ser seu argumento ao fornecer novos materiais, visto que o paciente é o mesmo? Será que ela poderia argumentar sobre infecção em sítios? Será que ela poderia propor a ideia de ir de um local mais contaminado para um menos contaminado? Devemos sempre ter em mente os processos assistenciais e gerenciais que permeiam nossos cuidados. Lembre-se constantemente de que você não pode ser o efeito adverso na saúde do seu cliente. Você está a serviço dele e com ele, não contra ele. AVANÇANDO NA PRÁTICA PARA ONDE ENCAMINHO OS MATERIAIS? Na situação-problema de Margareth que acabamos de analisar, foram utilizados alguns materiais para a instalação de dreno de tórax e para a retirada do dreno de mediastino. Então, como materiais usados no procedimento em questão, temos: dreno de tórax valvulado, campo fenestrado, luva estéril número 8 e caixa de drenagem de tórax. De acordo com seus conhecimentos sobre gerenciamento de resíduos dos serviços de saúde e classi cação de risco dos artigos, como os materiais utilizados devem ser descartados e/ou reprocessados? RESOLUÇÃO Vamos avaliar item por item a m de facilitar a dinâmica e a compreensão. O dreno de tórax foi instalado, mas após sua retirada, deve ser descartado. Esse material esteve em contato com o paciente de maneira 0 31/10/2022 14:12 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFERM… 3/3 invasiva, portanto possui alto risco biológico e deve ser descartado no resíduo infectante; O campo fenestrado pode estar sujo com sangue e, mesmo que não esteja, entrou em contato com paciente. Logo, deve ser descartado no hamper de roupa suja, que será encaminhado à lavanderia. Na lavanderia, farão o processo de remoção de material biológico e enviarão o tecido limpo à central de material para esterilização; A luva estéril deve ser descartada no lixo infectante imediatamente após o uso; A caixa de drenagem de tórax deve ser encaminhada ao expurgo. Dependendo do processo institucional, esse material será limpo e desinfetado no expurgo e, em seguida, enviado à central de material para nalização do processo. Em uma trajetória alternativa, o material vai ao expurgo, permanece sujo e, então, é direcionado à central de material, onde todo o processo de higienização, desinfecção e esterilização acontece, para nalmente retornar ao setor em questão. V e r a n o ta ç õ e s 0 31/10/2022 14:12 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 1/10 Imprimir 0 NÃO PODE FALTAR EDUCAÇÃO E BIOSSEGURANÇA NO CONTROLE DAS INFECÇÕES Bruna Zemella Collaço PRATICAR PARA APRENDER Caro aluno, ao longo desta disciplina, trilhamos um caminho que se iniciou na assistência à saúde e perpassou por medidas de segurança, resolução e normativas que protegem a sua atuação como enfermeiro, bem como todos os agentes aos quais seu cuidado é direcionado, como a comunidade e o meio ambiente. Compreendemos a importância de descartar os resíduos de maneira correta e de realizar toda a higienização dos ambientes e artigos médico-hospitalares. Tudo isso nos leva ao nosso objetivo inicial, que é não causar dano ao paciente. Se você não quer gerar prejuízos às pessoas que recebem seus cuidados, então deve compreender que as infecções inseridas no campo da assistência à saúde são intimamente combatidas por ações educativas para controle das infecções e uso correto dos equipamentos de segurança. Portanto, daremos destaque, mais uma vez, à importância da sua atuação como enfermeiro no controle de infecções e melhorias na assistência à saúde de maneira preventiva. Você se lembra da Margareth? Na seção de estudos anterior, nós apresentamos uma situação-problema vivenciada por ela durante uma assistência à equipe médica, que drenou um tórax e retirou um dreno utilizando os mesmos materiais. Agora a enfermeira está diante de outra impasse que teremos de resolver! V e r a n o ta ç õ e s 31/10/2022 14:12 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 2/10 V e r a n o ta ç õ e s Margareth foi convidada para acompanhar os estudantes de graduação de enfermagem em uma visita aos setores do hospital escola. Em um determinado momento, os alunos se empolgaram com a possibilidade de conhecer a Unidade de Terapia Intensiva Adulto (UTI), no entanto, para terem acesso ao local, deveriam higienizar as mãos e colocar a roupa privativa do setor. Como Margareth deve orientar esses alunos sobre tais procedimentos? Nesta seção, teremos muito contato com instruções para a atuação prática. Será uma aula muito divertida e elucidativa, como os ensinos devem ser. Então, sem mais delongas, vamos colocar as mãos na massa de maneira segura, higiênica e sem riscos de infecções. CONCEITO-CHAVE A qualidade da assistência, um assunto abordado anteriormente, acontece para além do cuidado direto ao paciente. Uma excelente gestão de pessoas, da biossegurança, do uxo de materiais e estoque, de resíduos e da limpeza compõe a assistência e as diretrizes de qualidade e segurança dos processos de esterilização. Além disso, outro ponto crucial é a redução das infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS), antigamente chamadas de infecções hospitalares (IH). As IRAS são eventos adversos adquiridos em decorrência de um atendimento à saúde que não se fez presente previamente, podendo, inclusive, aparecer após a alta (CAVALCANTE et al., 2019; ANVISA, 2004). Contudo, é importante frisar que grande parte dessas infecções poderiam ser evitadas. Os dados referentes às IRAS deveriam ser facilmente encontrados nos bancos de dados epidemiológicos do país para promover a análise e respectivos estudos, porém, em decorrência de escassez de recursos humanos, erro, falta e atraso nas noti cações, há di culdadesna tabulação dos dados. O último estudo de 0 31/10/2022 14:12 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 3/10 abrangência nacional data de 2013 a 2015, sendo publicado em 2018, e observa uma prevalência de 15% de IRAS em ambientes hospitalares (ALVIM; COUTO; GAZZINELLI, 2019; OMS, 2018). A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) lançou, no dia 5 de março de 2021, o Programa Nacional de Prevenção e Controle de Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (PNPCIRAS), com planejamento estratégico de atuação até 2025 para atingir 100% dos Estados com no mínimo 65% de conformidades na prevenção e controle de infecções. As infecções relacionadas à assistência à saúde representam um problema de saúde pública, pois prolongam internações, aumentando os custos com assistência, além de colocar trabalhadores e comunidade em risco. O Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) opera diretamente com ações de controle e prevenção de IRAS por meio da atuação de enfermeiros que rotineiramente inspecionam as unidades, coletando dados e desenvolvendo procedimentos operacionais (SOARES; JESUS, 2020). Pensando na segurança do paciente, o Ministério da Saúde, em 25 de julho de 2013, instituiu a Resolução de Diretoria Colegiada nº 36 com o objetivo de direcionar as ações de melhorias em prol da premissa de não causar dano e obrigar a implementação do Núcleo de Segurança do Paciente (NSP). Anualmente, alguns serviços de saúde são convidados pelo Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS) a relatarem, em formulário próprio, suas práticas de segurança do paciente. Com essa ação, o SNVS pretende promover a cultura de prevenção e gestão dos riscos à saúde do paciente (BRASIL, 2021). Em prol da segurança do paciente, os estudos iniciais de IRAS foram direcionados às ações para tratamento com antimicrobianos, os quais evidenciaram que metade dos gastos esteve relacionada à utilização desses fármacos de forma empírica, o que consequentemente contribui para que aproximadamente 70% das IRAS estivessem associadas a bactérias resistentes (MELLO, 2019). V e r a n o ta ç õ e s 0 31/10/2022 14:12 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 4/10 EXEMPLIFICANDO No início dos estudos sobre as infecções relacionadas à assistência à saúde, o foco era descobrir como eliminar as infecções com o uso de antibióticos, porém a utilização era aleatória e empírica. Ou seja, na maioria das vezes, utilizava-se um antibiótico de alto espectro (que matasse a maior parte das bactérias), mas sem especi cidade, isto é, sem saber se aquele antibiótico era realmente bom para a bactéria em questão, para aqueles problemas diagnosticados. Em decorrência disso, houve um aumento de bactérias multirresistentes. A preocupação com as bactérias multirresistentes se dá pelo fato de elas serem mais letais e de rápida disseminação. Logo, há uma imensa di culdade para que sejam erradicadas (SANCHES et al., 2020). Após parceria com diversos países, a Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou, em janeiro de 2018, um estudo com orientação para conter e prevenir a disseminação de bactérias resistentes (OMS, 2018). As principais medidas foram: monitorar o uso e consumo de antibióticos, mensurando-os, e continuar aprimorando pesquisas com integração de conhecimento das diversas áreas de atuação, como nutrição e farmacologia (DE MELO et al., 2019). A próxima etapa dos estudos da OMS envolveu o aprofundamento em bactérias β- lactamases de espectro estendido (ESBLs), especialmente a enterobactéria Escherichia coli, por ter apresentado alta incidência hospitalar e mortalidade. Percebe-se que estudos e ações educativas na área de IRAS são fundamentais e essenciais para a prevenção desse evento adverso. De maneira transdisciplinar, o SCIH e a educação continuada dos serviços de saúde atuam nas unidades promovendo ações que reforcem a prevenção, por meio de lavagem das mãos, uso adequado dos equipamentos de proteção individual (EPI) e correta limpeza de ambientes, materiais e superfícies. V e r a n o ta ç õ e s 0 31/10/2022 14:12 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 5/10 O que mais se discute na atualidade, em decorrência do Coronavírus, é o uso obrigatório de EPIs. A utilização correta dos EPIs deve seguir, minimamente, a precaução-padrão, porém é de extrema importância que os pro ssionais da saúde reconheçam os riscos presentes na sua assistência para usarem a proteção de forma adequada, visto que a utilização e o descarte apropriados constituem a qualidade da assistência. REFLITA Um enfermeiro vai fazer uma aspiração traqueal em um paciente entubado sem sistema fechado de aspiração. Ele opta por utilizar apenas luva de procedimento. Ele não deveria usar outros EPIs? Será que esse enfermeiro colocou apenas ele mesmo em risco? Quais as chances de contaminação com material biológico? Quais as chances de o enfermeiro contaminar o paciente? Como estamos abordando medidas educativas e de proteção às IRAS, devemos destacar um dos principais veículos de microrganismos: as mãos. Recentemente, o termo “lavagem das mãos” foi substituído por “higienização das mãos” por ser mais abrangente, englobando desde a higienização simples até a antissepsia cirúrgica. Água e sabão são os itens básicos necessários para essa prática simples que pode salvar vidas. A Anvisa, em 2020, estabeleceu 11 passos para a lavagem das mãos, como mostra a Figura 2.7, a seguir. Figura 2.7 | Higienização das mãos V e r a n o ta ç õ e s 0 31/10/2022 14:12 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 6/10 Fonte: Brasil (2020). A diferença entre a lavagem simples, apresentada pela imagem anterior, e a cirúrgica está na utilização da escova com antisséptico e no tempo de escovação, que deve durar de três a cinco minutos (SILVEIRA et al., 2015). De acordo com a Anvisa e com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o primeiro desa o mundial para a segurança do paciente é assegurar uma assistência limpa. Outra técnica simples, mas não menos importante, é o calçamento correto de luvas, bem como a sua retirada e descarte. Escolhe-se o tamanho das luvas de acordo com as recomendações do fabricante, que, normalmente, envolvem o comprimento e a circunferência da mão. Figura 2.8 | Recomendações para tamanho de luvas V e r a n o ta ç õ e s 0 31/10/2022 14:12 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 7/10 Fonte: elaborada pela autora. Após escolher o tamanho da luva, é necessário higienizar as mãos e obedecer ao passo a passo a seguir para calçar as luvas estéreis: 1. Abra a embalagem, mantendo a técnica asséptica, ou seja, sem contaminar o conteúdo do pacote. 2. Desdobre o pacote e identi que as luvas da mão direita e esquerda pelo desenho. 3. Introduza o polegar e os primeiros dedos da mão dominante, pegue a borda do punho com a mão não dominante, tocando somente a superfície interna da luva. 4. Puxe cuidadosamentea luva sobre a mão dominante, assegurando-se de que o punho não se enrole no braço. 5. Com a mão dominante enluvada, coloque os dedos suavemente sob o punho da segunda luva, tocando somente na superfície externa da luva. 6. Puxe cuidadosamente a segunda luva sobre a mão não dominante. Tenha cuidado para não tocar a superfície estéril com a não estéril. 7. Uma vez que a segunda luva já tenha sido calçada, entrelace os dedos das duas mãos e corrija a posição das luvas. Para retirar as luvas, deve-se seguir o mesmo procedimento para luvas estéreis e não estéreis: 1. Com a mão dominante, segure e retire a luva da mão não dominante, puxando- a pelo punho próximo à palma da mão, para que a superfície contaminada por secreção não toque na pele. 2. Coloque a luva retirada da mão não dominante na palma da mão direita. V e r a n o ta ç õ e s 0 31/10/2022 14:12 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 8/10 3. Coloque o dedo indicador e o polegar da mão não dominante dentro do punho da luva (parte interna, não contaminada) na mão dominante e puxe a luva com um movimento rme, tendo o cuidado de não rasgá-la. 4. Descarte as luvas no resíduo adequado. ASSIMILE O descarte adequado também faz parte da sua assistência, portanto todo e qualquer risco biológico deve ser descartado no resíduo infectante ou perfurocortante, conforme orienta a gestão dos resíduos dos serviços de saúde. Para calçar as luvas de procedimento, você pode seguir as regras do calçamento estéril, porém considerando menos etapas. Contudo, para a retirada, as etapas são obrigatoriamente as mesmas. Mesmo com medidas relativamente simples para conter as IRAS, empregar esforços de maneira assertiva ainda é um desa o nacional e mundial. A diversidade de condições econômicas di culta uma padronização de alta qualidade (JUREMA; CAVALCANTE; BUGES, 2021). Cabe a nós enfermeiros, mais uma vez, honrar nosso juramento pro ssional de não causar dano, prezar pela assistência cientí ca de alta qualidade e cumprir com as ações transdisciplinares para promover o controle de IRAS e a não propagação de bactérias multirresistentes. REFERÊNCIAS ALVIM, A. L. S.; COUTO, B. R. G. M.; GAZZINELLI, A. Per l epidemiológico das infecções relacionadas à assistência à saúde causadas por Enterobactérias produtoras de Carbapenemase. Revista da Escola de Enfermagem da USP, v. 53, 2019. Disponível em: https://bityli.com/zkZX1b. Acesso em: 5 jul. 2021. V e r a n o ta ç õ e s 0 https://bityli.com/zkZX1b 31/10/2022 14:12 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 9/10 V e r a n o ta ç õ e s ANVISA. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Curso de infecção relacionadas à assistência à saúde. São Paulo: Anvisa; Unifesp, 2004. Disponível em: https://bityli.com/2xOSJz. Acesso em: 5 jul. 2021. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Cartaz Higienização Simples das Mãos. Brasília, DF: Anvisa, 2020. Disponível em: https://bityli.com/tIO7jk. Acesso em: 5 jul. 2021. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Programa Nacional de Prevenção e Controle de Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (PNPCIRAS) 2021 a 2025. Brasília: Anvisa, 2021. Disponível em: https://bityli.com/c1jc0n. Acesso em: 5 jul. 2021. BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução de Diretoria Colegiada - RDC nº 36, de 25 de julho de 2013. Institui ações para a segurança do paciente em serviços de saúde e dá outras providências. Brasília, DF: Presidência da República, 2013. Disponível em: https://bityli.com/F1WzUm. Acesso em: 6 jul. 2021. CAVALCANTE, E. F. de O. et al. Implementação dos núcleos de segurança do paciente e as infecções relacionadas à assistência à saúde. Revista Gaúcha de Enfermagem, v. 40, 2019. Disponível em: https://bityli.com/9xXroe. Acesso em: 2 jul. 2021. DE MELO, F. da S. et al. Uso racional de antimicrobianos na unidade de terapia intensiva. Revista de Enfermagem UFPE Online, Recife, v. 13, n. 5, p. 1475-84, maio 2019. Disponível em: https://bityli.com/w8AmBs. Acesso em: 2 jul. 2021. JUREMA, H. C.; CAVALCANTE, L. L.; BUGES, N. M. Prevenção e controle de infecções relacionadas à assistência à saúde em unidades neonatais. Revista Online de Pesquisa Cuidado é Fundamental, v. 13, p. 403-409, jan./dez. 2021. Disponível em: https://bityli.com/XaxJoo. Acesso em 2 jul. 2021. 0 https://bityli.com/2xOSJz https://bityli.com/tIO7jk https://bityli.com/c1jc0n https://bityli.com/F1WzUm https://bityli.com/9xXroe https://bityli.com/w8AmBs https://bityli.com/XaxJoo 31/10/2022 14:12 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 10/10 V e r a n o ta ç õ e s 0 MELLO, M. S. de. Ações para a prevenção e controle da resistência bacteriana em hospitais de grande porte de Minas Gerais. 2019. 158 f. Dissertação (Mestrado em Saúde e Enfermagem) – Escola de Enfermagem, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, MG. Disponível em: https://bityli.com/EX4ua2. Acesso em: 2 jul. 2021. OMS. Organização Mundial da Saúde. Global antimicrobial resistance surveillance system (GLASS) report: early implementation 2017-2018. França: World Health Organization, 2018. Disponível em: https://bityli.com/lPQxEy. Acesso em 5 jul. 2021. SANCHES, B. et al. A Era da multirresistência: incidência em dez anos numa unidade de cuidados intensivos neonatais. Acta Médica Portuguesa, v. 33, n. 3, p. 183-190, mar. 2020. Disponível em: https://bityli.com/ihjFKH. Acesso em: 2 jul. 2021. SILVEIRA, R. C. C. P. et al. Antissepsia cirúrgica das mãos. In: FONSECA. L. M. M.; RODRIGUES, R. A. P.; MISHIMA, S. M. Aprender para cuidar em enfermagem: situações especí cas de aprendizagem. Ribeirão Preto: USP/EERP, 2015. Disponível em: https://bityli.com/PoOutP. Acesso em: 8 jul. 2021. SOARES, G. M.; JESUS, I. S. In uência da infraestrutura na incidência de infecções relacionadas à assistência em um hospital universitário. Revista de Epidemiologia e Controle de Infecção, Santa Cruz do Sul, v. 10, n. 1, p. 46-51, 2020. Disponível em: https://bityli.com/AEHjsd. Acesso em: 2 jul. 2021. https://bityli.com/EX4ua2 https://bityli.com/lPQxEy https://bityli.com/ihjFKH https://bityli.com/PoOutP https://bityli.com/AEHjsd 31/10/2022 14:13 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFERM… 1/3 V e r a n o ta ç õ e s 0 FOCO NO MERCADO DE TRABALHO Imprimir EDUCAÇÃO E BIOSSEGURANÇA NO CONTROLE DAS INFECÇÕES Bruna Zemella Collaço SEM MEDO DE ERRAR Agora que você compreendeu a importância do controle de infecções relacionadas à assistência à saúde, estudando sobre seu papel como enfermeiro educador da saúde e atuante na prevenção de danos aos pacientes, vamos retomar a situação- problema apresentada no início desta seção de estudos. Você se lembra da Margareth? Na seção de estudos anterior, nós apresentamos uma situação-problema vivenciada por ela durante uma assistência à equipe médica, que drenou um tórax e retirou um dreno utilizando os mesmos materiais. Agora a enfermeira está diante de outra impasse que teremos de resolver! Margareth foi convidada para acompanhar os estudantes de graduação de enfermagem em uma visita aos setores do hospitalescola. Em um determinado momento, os alunos se empolgaram com a possibilidade de conhecer a Unidade de Terapia Intensiva Adulto (UTI), no entanto, para terem acesso ao local, deveriam higienizar as mãos e colocar a roupa privativa do setor. Como Margareth deve orientar esses alunos sobre tais procedimentos? Em sua opinião, Margareth deve pedir que os alunos primeiramente vistam a roupa privativa e depois higienizem as mãos ou tanto faz? A higienização das mãos deve ser com sabonete ou antisséptico? 31/10/2022 14:13 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFERM… 2/3 V e r a n o ta ç õ e s 0 Vamos re etir juntos! Se os alunos primeiramente vestirem a roupa privativa para entrar em um setor fechado (UTI) que utiliza barreira física, inclusive para diminuir o acesso em decorrência da gravidade dos pacientes e evitar aumento do risco de infecções, será que as mãos ―sujas‖ dos estudantes, quando tocarem na roupa privativa limpa ao se vestirem, não poderiam causar impactos negativos de alguma forma? Se os alunos realizarem a higiene das mãos antes de tocar na roupa privativa, será que eles estariam isentos de levar para dentro da UTI microrganismos carregados em suas mãos? Será que existe uma ordem mais adequada para realizar processos nesse ambiente? O melhor seria higienizar as mãos primeiro e depois se vestir? Essa higienização deve se dar com sabonete ou com antisséptico? Será que esse hospital possui as orientações do SICH para auxiliar nessas recomendações aos estudantes visitantes? Se o hospital não possuir um critério a ser seguido, o mais recomendado é que as mãos sejam lavadas de qualquer forma, seja com sabonete ou antisséptico? Margareth precisará ser capaz de responder a todas as questões que os alunos possam apresentar, e esses estudantes deverão re etir sobre o cuidado que precisam oferecer aos pacientes dentro da UTI. AVANÇANDO NA PRÁTICA A ENFERMEIRA DO SERVIÇO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR (SCIH) Ao entrarem na UTI com Margareth, os alunos visitantes encontraram Sandra, a enfermeira responsável pelo SCIH do hospital. Ela estava fazendo uma busca ativa por pacientes e coletando dados para a análise mensal do controle de infecção e segurança do paciente. Dentre as informações pelas quais ela pesquisava, estavam: sinais de febre, pacientes com cateteres, utilização de antibióticos e tempo de uso. 31/10/2022 14:13 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFERM… 3/3 Um dos alunos perguntou à Sandra por que ela buscava por esses dados. Com os conhecimentos que você adquiriu em seus estudos, você conseguiria responder à dúvida desse estudante? RESOLUÇÃO Será que os dados pesquisados por Sandra (febre, cateter, uso e tempo de antibióticos) estão relacionados a infecções? O uso de cateteres, o tempo de troca de curativos e os tipos de drogas que são infundidas podem contribuir para infecções relacionadas a cateteres, portanto os SCIHs costumam fazer um acompanhamento dessas informações. Será que uma avaliação dos antibióticos empregados auxiliaria nas análises para combater bactérias resistentes e diminuiria o uso desses fármacos de maneira empírica, associando os microrganismos existentes a antibióticos especí cos e efetivos? Sim, é comum que essas análises mensais aconteçam para reconhecer a efetividade dos antibióticos com relação à morte dos microrganismos e veri car quais desses organismos têm sido mais prevalentes. Re etir e interpretar dados faz parte da capacidade crítica do enfermeiro. V e r a n o ta ç õ e s 0 31/10/2022 14:13 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 1/11 NÃO PODE FALTAR Imprimir ASPECTOS ÉTICOS E ABORDAGEM NO RELACIONAMENTO TERAPÊUTICO Bruna Zemella Collaço CONVITE AO ESTUDO Com certeza você já passou por uma situação como a que descreverei: o professor solicita uma atividade, que pode ser realizada em dupla ou individualmente, para a próxima aula. Na semana seguinte, um colega pergunta se você já conclui essa atividade e se poderia colocar o nome dele junto ao seu, pois ele estava na praia e não teve tempo de realizá-la. É uma situação bem corriqueira, mas você já parou para pensar que esse comportamento não tem nada de ético? Em todo o mundo, não existe uma única pro ssão que não possua um código de conduta, ou seja, um documento que oriente as formas de agir do pro ssional. Algumas áreas de atuação podem até não ter um documento escrito, mas contam com um código de status quo, o qual orienta há anos as atitudes adequadas ao fazer laboral. Obviamente que com a enfermagem não seria diferente. O Código de Ética da pro ssão foi elaborado pelo Conselho Federal, constituindo-se como um instrumento composto por todas as obrigações e direitos do enfermeiro. Como você perceberá ao longo desta unidade de ensino, ter orientações sobre comportamentos e condutas aceitáveis facilita a criação de vínculo com os pacientes, principalmente ao longo da anamnese e exame físico, e evita que a atuação do enfermeiro sofra más interpretações. V e r a n o ta ç õ e s 0 31/10/2022 14:13 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 2/11 A enfermagem não representa apenas a execução de cuidados. É um setor de trabalho que envolve técnica pro ssional, sim, mas também relacionamento interpessoal, humanização, escuta ativa e toque terapêutico. Portanto, é imprescindível que você saiba fundamentar seu cuidado e que suas ações estejam pautadas na ética, na ciência, na humanização e no relacionamento interpessoal. Fazer o que é correto quando ninguém está te observando será um dos seus principais diferenciais ao longo da pro ssão! PRATICAR PARA APRENDER Parabéns! Você segue rme em seu propósito de estudos para ser um enfermeiro de excelência. Esta seção contribuirá muito para isso, pois fará você re etir sobre suas ações, sobre o certo e o errado e sobre o que deveria ou não fazer. Aspectos éticos, morais e legais da sua atuação também regem a maneira de cuidar, de agir e de pensar. Já pensou se cada um agisse de acordo com suas vontades? Muito provavelmente teríamos uma anarquia. Justamente por isso existe o Código de Ética Pro ssional. Conhecer e se aprofundar na deontologia da sua pro ssão é uma etapa obrigatória não só em sua trajetória como estudante, mas ao longo de toda a sua carreira pro ssional. Dessa forma, utilize a situação-problema a seguir para guiar seus estudos e suas análises críticas sobre o que será exposto durante esta seção. Josefa atua como técnica de enfermagem há 15 anos no setor de internação da maternidade de um hospital privado de grande porte. Estava no quarto de uma paciente para recepcioná-la em sua vinda do centro obstétrico e se apresentar quando leu, em seu prontuário, que a pessoa em questão era soropositiva. Diante disso, foi checar a prescrição médica do bebê e con rmou que havia prescrição de zidovudina (AZT) para ser administrada naquele momento. V e r a n o ta ç õ e s 0 31/10/2022 14:13 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 3/11ASSIMILE Dessa forma, resumidamente, temos que: a enfermagem, enquanto pro ssão, segue uma deontologia própria, baseada na ética e na moral que orientam o nosso comportamento em relação aos nossos colegas da área da saúde, pacientes e familiares. Ao retornar ao quarto com a medicação, percebeu os olhares desesperados da paciente, que a chamou discretamente dizendo: “Meus pais não sabem de nada.”. Josefa avisou que administraria a prescrição médica, mas não informou do que se tratava. Mesmo assim, foi questionada pela avó da paciente, que disse: “O que você está dando para minha neta? Ela só pode tomar leite materno!”. Josefa reforçou que estava seguindo a prescrição médica e se retirou. Você concorda com a conduta de Josefa? Faria algo diferente? Justi que. Já deu para perceber como seus estudos serão conduzidos nesta seção, não é mesmo? Então vamos continuar te proporcionando qualidade. Hora de se aprofundar no tema! CONCEITO-CHAVE Quando pensamos em ética, moral e deontologia, é comum tentarmos dissociá-las, porém essa é uma tarefa difícil, pois todas remetem ao comportamento humano. Ética, de acordo com os verbetes de dicionário, é parte da loso a responsável por orientar o comportamento humano. Deontologia é a loso a que integra a ética e estabelece um conjunto de deveres pro ssionais por categorias. Moral são os preceitos e regras aceitos pela sociedade, os quais estão em conformidade com a ética. V e r a n o ta ç õ e s 0 31/10/2022 14:13 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 4/11 V e r a n o ta ç õ e s Nosso Código de Ética está categorizado em assuntos de grande relevância: princípios, direitos, deveres, proibições, infrações e penalidades. Esses temas levam em consideração o cuidado centrado na pessoa, família e coletividade, pressupondo que o pro ssional da enfermagem lute por uma assistência sem eventos adversos e que seja acessível a todos (COFEN, 2017). Analisando cada capítulo do Código, percebemos que os princípios dispõem sobre a forma de atuação dos enfermeiros na promoção, prevenção, recuperação e reabilitação da saúde. Em direitos, apresentam-se as ações de: exercer a pro ssão com liberdade e autonomia, seguindo a ética, as leis, respeitando os direitos humanos e sendo tratado sem discriminação; aprimorar conhecimentos, apoiar eventos que aprimorem pro ssionais e obter desagravo (reparação) público em caso de ofensas; negar-se a ser lmado e exposto em mídias sociais, bem como recusar-se a executar atividade fora da sua competência técnica. Como responsabilidades e deveres, estão: exercer a pro ssão nos princípios da equidade, resolutividade, responsabilidade, sinceridade e competência; fundamentar suas relações no respeito, na diversidade de opinião e posição ideológica, comunicando órgãos competentes sempre que houver infração legal no exercício pro ssional; conhecer e cumprir com o Código de Ética Pro ssional. É proibido: promover e ser conivente com injúria, calúnia e difamação; praticar e/ou ser conivente com crime ou qualquer ato que infrinja aspectos éticos legais; receber vantagens em troca de assistência. As infrações e penalidades serão avaliadas pelo Código de Ética pro ssional e outros dispositivos legais levando em consideração a gravidade dos atos praticados e a responsabilidade dos envolvidos, podendo o pro ssional receber: advertência, multa, censura, suspensão ou cassação dos direitos de exercer a pro ssão (COFEN, 2017). 0 31/10/2022 14:13 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 5/11 Os processos éticos, instaurados quando um pro ssional da enfermagem infringe preceitos éticos, morais e legais, começa por meio de uma análise disciplinar feita pelo Conselho Regional de Enfermagem (Coren) do Estado em que o pro ssional tem seu registro. O Coren recebe denúncia, ofício ou ele mesmo atua em suas vistorias. É importante ressaltar que situações que ocasionem dano ou lesão ao paciente também podem sofrer ações penais e/ou civis. Ou seja, além de responsabilizar-se por suas ações éticas, o pro ssional deverá responder ao judiciário (SILVA et al., 2020). Neste percurso pro ssional, é importante ressaltar algumas terminologias que fazem parte dessas conexões legais do Código de Ética, assim como integram os valores morais do setor de enfermagem, as quais você deve conhecer e dominar: Negligência: executar ações sem atenção, sem cuidado. Como dizem popularmente, “fazer nas coxas”. Imperícia: falta de habilidade ou experiência. Isso ocorre, por exemplo, quando o pro ssional diz: “Não sei como faz, mas vou tentar mesmo assim”. Imprudência: ato de má-fé ao não se tomar os cuidados que normalmente deveriam ser considerados. Um exemplo clássico é a ação de dirigir embriagado. Já na área da saúde, isso acontece, por exemplo, quando o enfermeiro diz: “Sei que a dose máxima no fármaco permitida é de 1 mg, mas vou administrar 1,5 mg para garantir”. A realidade enfrentada por muitos enfermeiros pode contribuir para vários dilemas éticos, como: falta de leito, escolha entre pacientes para viver ou morrer, ausência de recursos humanos adequados. Alguns optam, mesmo que de forma inconsciente, por se tornar máquinas repetitivas no cuidar, de maneira apenas técnica, sem re etir sobre as condições impostas. Percebe-se que conhecer as normas que regem nossa pro ssão é importante para que a atuação esteja em consonância com a ética e a bioética (multidisciplinaridade que limita a ação do homem sobre a vida) (JUNQUEIRA, V e r a n o ta ç õ e s 0 31/10/2022 14:13 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 6/11 REFLITA Há alguns anos, saiu a notícia de que uma técnica de enfermagem havia matado uma criança ao instalar vaselina em vez de soro nas veias da paciente. A pro ssional foi extremamente julgada e oprimida por seus atos, sendo demitida logo em seguida. Após o processo de cassação ser encerrado, ela ofereceu uma entrevista a uma emissora de televisão 2012). No entanto, esses assuntos só passaram a ser discutidos nos cursos de graduação após 1994, quando a Portaria nº 1712, de 15 de dezembro do mesmo ano, estabeleceu novas diretrizes para os cursos de Enfermagem. Ainda assim, parecia que se os pro ssionais apenas tivessem o conhecimento das regras, eles estariam excluídos de suas obrigações morais (SANTIAGO; PALÁCIOS, 2006). De maneira contrária à perspectiva mencionada, a ética do cuidado pressupõe relações humanas que compreendam o agir ético, a atenção moral e a consciência das relações com abertura igualitária para a construção de consensos por meio de situações concretas, nas quais dilemas morais apareçam. Ao pesquisar por artigos éticos na enfermagem, é difícil encontrar esses aspectos em discussões para a nalidade do crescimento pro ssional. Provavelmente, questões éticas, que promoveriam análise crítica e crescimento, estão cerradas internamente nas instituições, o que não impede, contudo, que essas diretrizes sejam expostas em meios de comunicação (GERMANO; BRITO; TEODÓSIO, 1998; MATTOZINHO; FREITAS, 2021). Independentemente da familiaridade do pro ssional com as questões éticas, essa pessoa, muito provavelmente, enfrentará o distresse moral, de nido como um constrangimento gerado ao perceber que suas ações não condizem com seus valores pessoais e pro ssionais, ou seja, que sua participação moral é inadequada,de modo que sua consciência o perturba (RAMOS et al., 2020). V e r a n o ta ç õ e s 0 31/10/2022 14:13 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 7/11 contando o quanto a sua própria consciência trazia uma dor pior do que todos os julgamentos e xingamentos externos. Algum tempo depois, ela cometeu suicídio, mesmo sendo absolvida do caso. Você consegue imaginar o distresse dessa técnica, o tamanho do sofrimento que leva alguém tirar a própria vida? Os avanços cientí cos e tecnológicos já disponibilizaram dispositivos integrados capazes de medir, identi car e alterar problemas no organismo humano por meio de dispositivos, sensores, biomarcadores e softwares. Dessa forma, ca fácil perceber que, em um futuro próximo, as quali cações pro ssionais serão outras. Mas e a ética das relações? Relações interpessoais são características da enfermagem por essência (FERNANDES et al., 2018). Será que estamos fadados a relações mediadas por emojis? É óbvio que a tecnologia é imperativa na saúde, porém não pode servir como um recurso de substituição das interações humanas. REFLITA A relação de um ser humano com o outro é uma necessidade intrínseca, pode-se dizer, até mesmo, que é uma necessidade humana básica. Portanto, é preciso garantir respeito mútuo e ética nas relações. Nossa sociedade está em constante transformação e evolução. Consequentemente, a ciência, a vida e o comportamento humano também passam por esse processo de desenvolvimento. Portanto, o evoluir ético da saúde deveria ser um aspecto em acompanhamento contínuo, inclusive de maneira transdisciplinar com a loso a e as ciências políticas, por exemplo. De acordo com Dalcin et al. (2020), utilizar-se de referenciais teóricos pode ser extremamente útil para ultrapassar os desa os éticos pro ssionais da modernidade, visto que foi por meio dessas pesquisas que a assistência de V e r a n o ta ç õ e s 0 31/10/2022 14:13 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 8/11 enfermagem evoluiu. Estudos brasileiros demonstram que colaboradores vivenciam dilemas éticos em decorrência da estrutura organizacional do ambiente de trabalho e das relações interpessoais, e a combinação desses fatores pode gerar um extremo sofrimento psíquico (RAMOS et al., 2020). Clima ético é o termo utilizado para esses aspectos da percepção pro ssional sobre a assistência e as relações empregatícias, podendo ser classi cado como: negativo, moderado ou positivo, de acordo com a qualidade das relações e da ética das partes envolvidas (LANES et al., 2020). O que antecede o distresse moral é a sensibilidade moral, quando se age por meio de decisões prudentes e com consciência sobre as consequências dos atos ao se deparar com problemas éticos. Na ausência de re exões sobre atos e ações, o mal se torna banal (TOMASCHEWISK et al., 2020; DALCIN et al., 2020). Se para os enfermeiros a sensibilidade moral é importante, discutir esse assunto com estudantes de enfermagem promove a oportunidade de desenvolver a habilidade de enfrentamento ético nos mais variados cenários, desenvolvendo um comportamento respeitoso, pautado nos valores do cuidado e da ética, sem julgamento e em prol do paciente, da família, da comunidade e dos colegas que atuam na área da saúde. EXEMPLIFICANDO Temos, em nosso país, uma cultura punitiva sobre as ações entendidas como erros ou eventos adversos. Por esse motivo, pode ser difícil descobrir infrações se não houver repercussão no paciente. Há grandes chances de que o pro ssional responsável pelo atendimento omita que errou, com receio de sofrer punições quando deveria receber orientação educativa para rastrear o erro e não cometê-lo novamente. V e r a n o ta ç õ e s 0 31/10/2022 14:13 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 9/11 A conscientização da qualidade da assistência e satisfação dos clientes e pro ssionais é uma responsabilidade ética e moral, por isso é tão imperativo que se fale, estude e aprimore a humanização no atendimento, objetivando, principalmente, equidade, universalidade e integralidade (LARA, 2018). Para processos de trabalho menos primitivos e mais educativos, faz-se necessária uma atuação forte dos pro ssionais da enfermagem em parceria com a educação permanente em saúde. REFERÊNCIAS COFEN. Conselho Federal de Enfermagem. Resolução Cofen nº 311, de 9 de fevereiro de 2007. Aprova a Reformulação do Código de Ética dos Pro ssionais de Enfermagem. Brasília, DF: Cofen, 2007. Disponível em: https://bityli.com/UA1R8t. Acesso em: 14 jul. 2021. COFEN. Conselho Federal de Enfermagem. Resolução Cofen nº 564, 6 de novembro de 2017. Aprova o novo Código de Ética dos Pro ssionais de Enfermagem. Brasília, DF: Cofen, 2017. Disponível em: https://bityli.com/wIej0r. Acesso em: 14 jul. 2021. DALCIN, C. B. et al. Ética no fazer pro ssional da enfermagem: re exões à luz do pensamento de Hannah Arendt. Revista Baiana de Enfermagem, v. 33, e29654, 2019. Disponível em: https://bityli.com/SaoHmE. Acesso em: 19 jul. 2021. ENFERMAGEM Revista. Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo, 16 out. 2018. Disponível em: https://bityli.com/8zm5yb. Acesso em: 20 jul. 2021. FERNANDES, M. N. de F. et al. O presente e o futuro da Enfermagem no Admirável Mundo Novo. Revista da Escola de Enfermagem da USP, v. 52, e03356 2018. Disponível em: https://bityli.com/5txCit. Acesso em: 19 jul. 2021. GERMANO, R. M.; BRITO, R. S.; TEODÓSIO, S. S. O comportamento ético dos enfermeiros dos hospitais universitários. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 51, n. 3, p. 369-378, jul./set., 1998. Disponível em: https://bityli.com/KpVh8S. Acesso V e r a n o ta ç õ e s 0 https://bityli.com/UA1R8t https://bityli.com/wIej0r https://bityli.com/SaoHmE https://bityli.com/8zm5yb https://bityli.com/5txCit https://bityli.com/KpVh8S 31/10/2022 14:13 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 10/11 V e r a n o ta ç õ e s 0 em: 14 jul. 2021. JUNQUEIRA, C. R. Bioética. São Paulo: Unifesp, 2012. Disponível em: https://bityli.com/QoMjyU. Acesso em: 15 jul. 2021. LANES, T. C. et al. Avaliação do clima ético nos serviços de saúde: revisão sistemática. Bioética, v. 28, n. 4, p. 718-729, 2020. Disponível em: https://bityli.com/osxyQR. Acesso em: 19 jul. 2021. LARA, M. O. et al. Percepção da equipe de enfermagem quanto à assistência provida em uma unidade de internação. Revista Brasileira de Ciências da Saúde, v. 22, n. 3, p. 195-202, 2018. Disponível em: https://bityli.com/e4df5U. Acesso em: 29 out. 2021. MATTOZINHO, F. de C. B.; FREITAS, G. F. Tipos penais no exercício pro ssional de enfermagem: abordagem quantitativa. Acta Paulista de Enfermagem, v. 34, eAPE00221; 2021. Disponível em: https://bityli.com/BeY81N. Acesso em: 14 jul. 2021. RAMOS, F. R. S. et al. Associação entre distresse moral e elementos apoiadores da deliberação moral em enfermeiros. Revista Latino-Americana de Enfermagem, v. 28, e33322020, 2020. Disponível em: https://bityli.com/W6uIur. Acesso em: 14 jul. 2021. SANTIAGO, M. M. de A.; PALÁCIOS, M. Temas éticos e bioéticos que inquietaram a Enfermagem: publicações da REBEn de 1970-2000. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 59, n. 3, p. 349-353, maio/jun. 2006.Disponível em: https://bityli.com/N2GcPV. Acesso em: 14 jul. 2021. SILVA, A. L. N. V. et al. Caracterização de processos éticos instaurados contra pro ssionais de Enfermagem. Nursing, Santana do Parnaíba, SP, v. 23, n. 263, p. 3698-3704, abr. 2020. Disponível em: https://bityli.com/NmcVFV. Acesso em: 14 jul. 2021. https://bityli.com/QoMjyU https://bityli.com/osxyQR https://bityli.com/e4df5U https://bityli.com/BeY81N https://bityli.com/W6uIur https://bityli.com/N2GcPV https://bityli.com/NmcVFV 31/10/2022 14:13 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 11/11 0 TOMASCHEWISK-BARLEM, J. G. et al. Estratégias para o desenvolvimento da sensibilidade moral: perspectiva dos enfermeiros de unidades de terapia intensiva. Escola Anna Nery, v. 24, n. 3, e20190311, 2020. Disponível em: https://bityli.com/8EO7WV. Acesso em: 14 jul. 2021. V e r a n o ta ç õ e s https://bityli.com/8EO7WV 31/10/2022 14:13 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFERM… 1/4 FOCO NO MERCADO DE TRABALHO Imprimir ASPECTOS ÉTICOS E ABORDAGEM NO RELACIONAMENTO TERAPÊUTICO Bruna Zemella Collaço SEM MEDO DE ERRAR Tenho certeza de que você está com a cabeça “fervilhando” diante de tantas re exões sobre as questões expostas neste material. Por meio do conteúdo apresentado, percebemos como é importante falar sobre responsabilidade ética, cuidado ético e ações técnicas realizadas de maneira embasada não somente em ciência e raciocínio clínico, mas também em respeito, humanização e responsabilidade. Você se lembra da situação-problema que analisamos no início desta seção? Vamos retomá-la e aplicar as discussões pertinentes agora que você as conhece. Josefa atua como técnica de enfermagem há 15 anos no setor de internação da maternidade de um hospital privado de grande porte. Estava no quarto de uma paciente para recepcioná-la em sua vinda do centro obstétrico e se apresentar quando leu, em seu prontuário, que a pessoa em questão era soropositiva. Diante disso, foi checar a prescrição médica do bebê e con rmou que havia prescrição de zidovudina (AZT) para ser administrada naquele momento. Ao retornar ao quarto com a medicação, percebeu os olhares desesperados da paciente, que a chamou discretamente dizendo: “Meus pais não sabem de nada.”. V e r a n o ta ç õ e s 0 31/10/2022 14:13 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFERM… 2/4 Josefa avisou que administraria a prescrição médica, mas não informou do que se tratava. Mesmo assim, foi questionada pela avó da paciente, que disse: “O que você está dando para minha neta? Ela só pode tomar leite materno!”. Josefa reforçou que estava seguindo a prescrição médica e se retirou. Você concorda com a conduta de Josefa? Faria algo diferente? Justi que. Se formos pensar no sigilo das informações, a conduta da técnica de enfermagem está correta? Realizar a administração de fármacos na presença dos pais e explicando todo o processo é uma ação adequada? Josefa, após ter recebido a informação, por meio da própria paciente, de que seus pais não sabiam sobre sua condição de saúde, poderia ter se retirado do quarto com a medicação? Ela poderia atrasar a medicação? Ou ela teria que fazer a administração do fármaco, mas em outro local? Será que o mais adequado, nesse caso, seria solicitar a presença do pai no posto de enfermagem, em um setor distante dos outros familiares? Os cuidados são extensivos a pacientes e famílias. Diante disso, Josefa deveria ter respondido de outra forma ao questionamento feito pela mãe da paciente? Ao ser perguntada sobre o que estava ofertando para o bebê, se Josefa tivesse respondido que se tratava de uma vitamina, por exemplo, ela teria infringido algum aspecto ético? Conseguiu perceber que, muitas vezes, mesmo a melhor das intenções, como mentir para um familiar na intenção de proteger a paciente, pode acarretar infrações do Código de Ética? Por esses motivos, é muito importante discutir sobre situações vividas na prática pro ssional da área de enfermagem, a m de que tais exemplos possam auxiliar a construção de uma conduta que não desrespeite aspectos éticos e legais. V e r a n o ta ç õ e s 0 31/10/2022 14:13 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFERM… 3/4 V e r a n o ta ç õ e s 0 AVANÇANDO NA PRÁTICA AVÓ EXIGE INFORMAÇÕES Ao ser questionada sobre o procedimento médico em execução, a técnica de enfermagem Josefa disse para a avó materna de uma paciente que estava administrando uma prescrição médica. No entanto, a resposta parece não ter sido satisfatória. Diante disso, você, o enfermeiro da unidade, foi acionado para explicar o que estava descrito na prescrição médica e como o medicamento foi administrado. Depois de acomodar a avó em um local mais reservado, como você explicaria esse procedimento? RESOLUÇÃO Você conhece as diretrizes sobre sigilo das informações e sabe (visto que Josefa já lhe informou) que os avós não estão cientes da condição de saúde da paciente (soropositiva) que acaba de dar à luz um lho. Portanto, você precisará ser muito diplomático ao explicar sobre o sigilo das informações, deixando claro que o prontuário pertence à paciente e que somente ela pode contar o que o bebê está recebendo. Contudo, você pode tranquilizar a avó explicando quais são todos os protocolos da instituição. Por exemplo: bebês recebem vitamina K oral quando os pais não permitem que o processo seja realizado de forma intramuscular; também podem receber ampolas de glicose ou colostroterapia para ajudá-los a não ingerir fórmula láctea e manter a glicemia. Dessa forma, você mostraria para a avó que existem muitas alternativas para que um bebê receba algo além do leite materno e que essas substâncias não necessariamente seriam coisas ruins. Você manteria o sigilo das informações e prestaria os cuidados que a componente do grupo familiar da paciente exigia no momento, concorda? 31/10/2022 14:13 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFERM… 4/4 V e r a n o ta ç õ e s 0 31/10/2022 14:13 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 1/10 NÃO PODE FALTAR Imprimir FUNDAMENTOS DO CUIDADO Bruna Zemella Collaço PRATICAR PARA APRENDER Querido aluno, estamos novamente juntos para abordar a essência da pro ssão que você escolheu para chamar de sua: o cuidado! Já há muito tempo, o cuidar deixou de ser apenas algo benevolente e caridoso para ser algo cientí co e crítico. Nesta etapa da disciplina, você estudará sobre o cuidado na prática da enfermagem, sobre como as teorias de enfermagem embasam essa atuação e como os pacientes percebem essa prática pro ssional. Relacionar-se com o paciente é uma das atividades que mais exige atenção e dedicação do enfermeiro, pois tal interação deve vir acompanhada de uma conduta pro ssional pautada na ética, na moral e na qualidade da assistênciacientí ca. Portanto, deve-se ter conhecimento sobre as legislações que vigoram na pro ssão e sobre as teorias que conduzem o ato de cuidar, respeitar e integrar paciente e família à assistência, tudo isso de maneira aditiva, e não excludente. É a partir desse cenário que a construção das condutas pro ssionais será elaborada e lapidada. Para isso, vou apresentar a você uma situação-problema que servirá como elemento norteador na construção do conhecimento. Seja crítico, use os porquês, indague, questione, não aceite tudo que te digo. Vá sempre em busca de mais! V e r a n o ta ç õ e s 0 31/10/2022 14:13 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 2/10 Martim e Cláudia são pais de Joaquina, um bebê de 45 dias de vida que nasceu depois de 30 semanas de gestação. Joaquina vem evoluindo bem. Já foi extubada, saiu do CPAP nasal e, agora, mantém cateter nasal, cateter central para infusão de medicações vesicantes e sonda orogástrica para infusão de dieta. Jacira é a enfermeira responsável pelo leito em que Joaquina está internada, e os pais se dirigiram a ela para fazer um pedido especial. Gostariam de trocar a fralda da sua lha. Jacira imediatamente respondeu que não poderiam, visto que a responsabilidade pelos cuidados era da equipe de enfermagem. Qual a sua opinião sobre a conduta da enfermeira Jacira? Justi que. Não se esqueça: caminhe pelo conteúdo da disciplina sem desconsiderar a situação apresentada e deixe sempre um questionamento na manga. Isso fará com que seu pensamento crítico se desenvolva! Então, vamos seguir? CONCEITO-CHAVE É impossível falar de cuidar sem mencionar a evolução da enfermagem a partir da atuação e contribuição que Florence Nightingale nos deixou como legado há 200 anos. Ainda que muitos anos já tenham se passado, as orientações dessa britânica pioneira nos cuidados com feridos nunca deixam de ser relevantes em decorrência dos seus pensamentos críticos holísticos (RIEGEL et al., 2021). Figura 3.1 | Florence visitando pacientes na Guerra da Crimeia V e r a n o ta ç õ e s 0 31/10/2022 14:13 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 3/10 Fonte: Shutterstock. Retorne 200 anos e imagine-se na Guerra da Crimeia, andando entre diversos enfermos, alguns gemendo de dor. Pense no odor de sangue misturado com infecção, na baixa iluminação gerada por uma vela e em seu ímpeto para subverter aquelas condições e favorecer o melhor aos doentes. Florence via o cuidado sem dissociar o homem daquilo que o compunha: mente, corpo e espírito. Dizia que o ambiente poderia contribuir para a terapêutica, a qual, em sua concepção, distinguia-se da cura. Terapêutica podia e devia ser utilizada sempre, abrangendo o cuidado, o ambiente, o plano espiritual. Já a cura nem sempre seria possível (THORNTON, 2021). Atualmente, diversos outros setores de atuação utilizam-se de ambientes terapêuticos para favorecer seus colaboradores e contribuir com a prevenção de morbidades. Por exemplo, é comum que grandes centros comerciais tenham espaços arborizados, centros recreativos; é o ambiente contribuindo para que a mente, o corpo e o espírito das pessoas estejam alinhados. V e r a n o ta ç õ e s 0 31/10/2022 14:13 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 4/10 EXEMPLIFICANDO Os cuidados requerem embasamento. Por exemplo, você faz a higiene da área mais limpa para a mais suja, a m de não levar contaminação para o ambiente limpo. Você executa o cuidado dessa forma porque a sua meta é Mas o ambiente não “faz verão” por si só. Você já ouviu alguém dizer que para cuidar de uma pessoa precisamos, primeiramente, cuidar de nós mesmos? Então, a teoria holística do cuidar fala sobre isso. Não há como o enfermeiro olhar para o paciente em todas as suas características/necessidades se ele mesmo não estiver bem. Há evidências de que olhar e cuidar de si próprio gera in uências positivas sobre a atuação e o desempenho no trabalho dos enfermeiros, o que produz segurança no paciente e deixa o enfermeiro mais con ante, in uenciando bene camente a sua liderança e a harmonia no ambiente de trabalho (SILVA; BALSANELLI; NEVES, 2021). Estar com alguém signi ca estar emocionalmente presente, e esse compartilhamento faz toda a diferença para os envolvidos no cuidado. Dessa forma, a enfermagem, mais do que nunca, vem embasando o conhecimento cientí co na associação do pensamento crítico e holístico. A enfermagem passou de uma pro ssão focada nos aspectos siológicos para uma atividade especialmente direcionada à ciência, ao cuidado, à cura, sendo permeada pelos aspectos culturais, morais, valores e crenças que evoluem o ato de cuidar (RIEGEL et al., 2021; DIOGO et al., 2021). Muitos desses embasamentos da pro ssão são decorrentes das teorias de enfermagem, que fundamentam a prática, sistematizam o cuidar e respaldam a pro ssão (CARVALHO et al., 2021). Mas ainda há uma certa di culdade, por parte dos enfermeiros, de entender essa correlação entre cuidados prestados e teorias da enfermagem. V e r a n o ta ç õ e s 0 31/10/2022 14:13 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 5/10 V e r a n o ta ç õ e s manter o paciente limpo e sem infecção. É isso que as teorias de enfermagem fazem com as ações de cuidar; elas estabelecem metas para orientar a prática. De maneira geral, as teorias de enfermagem possuem uma evolução na visão do ser humano como um ser não só biológico (como a rmava a visão biomédica), mas também biopsicossocial e espiritual. Dessa forma, os cuidados de enfermagem objetivam curar ou cuidar (terapêutico) de todos esses aspectos que compõem o ser. Atreladas a essa perspectiva, as Práticas Integrativas do Cuidado (PIC) vêm ganhando força e destaque, inclusive no Sistema Único de Saúde (SUS), por meio da publicação da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) a partir de 2006, a qual foi reformulada em 2015 (BRASIL, 2015). Tais práticas vêm sendo utilizadas, inclusive, durante a formação dos enfermeiros, na intenção de despertar o olhar dos graduandos para as possibilidades terapêuticas, como massagem, ioga, acupuntura, entre outras alternativas (SOUSA et al., 2021). Dentro da área de pesquisa e extensão, tais práticas já estão sendo associadas às teorias de enfermagem com a nalidade de melhorar as formas de cuidar. Se para os enfermeiros é difícil fazer essa interseção entre a teoria e o cuidar, que dirá para a sociedade, mais especi camente para o paciente. Não é incomum encontrarmos relatos nos quais enfermeiros descrevem sua ótima atuação com o paciente X, mas a pessoa atendida não dá testemunho desse “ótimo cuidar”. Essas diferenças subjetivas se dão por divergências nas óticas estabelecidas. Ou seja, se o paciente valorizar mais a técnica e o uso de instrumentação, porém seus cuidados exigirem escuta e diálogo, pode ser que esse indivíduo atendido não se sinta cuidado (JESUS et al., 2021). 0 31/10/2022 14:13 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER…6/10 É justamente por isso que o enfermeiro precisa deixar claros os objetivos de sua assistência. É importante salientar, contudo, que não adianta o enfermeiro falar que se embasa na teoria humanística de Paterson ou na teoria de Wanda Horta. O paciente continuará sem saber qual é o objetivo da assistência. Além disso, o pro ssional de enfermagem deve alinhar as expectativas e os objetivos do paciente, visto que o cuidado é, ou deveria ser, centrado nele e em sua família. Se o cuidado é direcionado ao paciente, deve haver abertura para o diálogo e discussão sobre como o procedimento será executado e sobre o que o paciente autoriza ou não. Comportamentos paternalistas, por parte dos enfermeiros, e a negação da autonomia do paciente podem gerar sentimentos de desrespeito e desvalorização. REFLITA O descontentamento dos pro ssionais da enfermagem por excesso de atividades, baixa remuneração, di culdades técnicas e operacionais por escassez de materiais e ausência de recursos humanos pode contribuir para a má percepção da assistência, concorda? ASSIMILE As teorias da enfermagem são embasadas em conceitos que orientam o cuidar e direcionam as ações cientí cas e críticas do cuidado. Para aprofundar seus conhecimentos sobre esse tema, faça a leitura do artigo Conceitos e teorias na enfermagem, de Bousso, Poles e Cruz (2014), cujo link está disponível nas Referências desta seção. BOUSSO, R. S.; POLES, K.; CRUZ, D. de A. L. M. da. Conceitos e teorias na enfermagem. Revista da Escola de Enfermagem da USP, 2014, v. 48, n. 1, p. 141-145. V e r a n o ta ç õ e s 0 31/10/2022 14:13 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 7/10 Não se pode esquecer dos preceitos éticos do cuidado. Nessa relação, minimamente a dois, todos devem saber os seus direitos e deveres para que os laços de cumplicidade e respeito se unam (JESUS et al., 2021). Fica claro que há uma necessidade de que a prática do cuidar transcenda a mecânica, visto que as relações interpessoais são exigidas para a qualidade da assistência (DIOGO et al., 2021). As práticas de olhar e estar com a pessoa fortalecem a crença que há nela e na sua capacidade de superação (HENRIQUES; BOTELHO; CATARINO, 2021). ASSIMILE O paciente é um ser humano que possui relação com o mundo, ou seja, ele tem família, amigos, emprego. E o enfermeiro é outro ser humano que também tem um tipo de relação com o mundo. Diante disso, ambos deverão interagir, carregando consigo a bagagem das experiências vividas. Figura 3.2 | Enfermeira compartilhando resultado de exames com paciente Fonte: Shutterstock. V e r a n o ta ç õ e s 0 31/10/2022 14:13 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 8/10 V e r a n o ta ç õ e s Toda boa interação, toda criação de vínculo começa pela troca de olhares, pela conversa com a escuta empática. Não é por mero acaso que possuímos dois ouvidos e uma boca. Uma pessoa deve dar liberdade para o outro falar enquanto escuta atentamente, como a rmou Carnegie, em 1936, no livro Como fazer amigos e in uenciar pessoas. Depois vem o toque, depois vem a tecnologia. A enfermagem, inclusive, é sistematizada nesta sequência: anamnese (entrevistar e escutar), exame físico (tocar, mexer), diagnóstico, prescrição e evolução. Associar a prática do cuidar com as concepções teóricas da enfermagem favorece o ensino, integra seres humanos, promove o avanço da pro ssão e satisfaz o paciente (LOUREIRO; ANTUNES; CHAREPE, 2021). Nós já vimos, em seções anteriores, que o conhecimento do uxo de pessoas dentro dos serviços de saúde coopera para a percepção elevada da satisfação do cliente. Na assistência, o paciente identi cará o cuidado de maneira satisfatória se as dimensões do seu ser tiverem suas necessidades atendidas conforme as expectativas (BRITO et al., 2021). Ou seja, o desejo de receber o cuidado e o quanto desse cuidado foi recebido darão origem à satisfação gerada com o serviço de saúde. A cada dia que passa, mais instituições de saúde implementam esse indicador de qualidade. Portanto, é importante que enfermeiros saibam o que se espera de sua atuação e da consequente percepção, por parte da pessoa atendida, de sua assistência. Para que isso aconteça, temos que partir da premissa de que o paciente também é detentor do saber e não está à margem do seu próprio cuidado. Dessa forma, os anseios do paciente/cliente são notados, respeitados para além dos aspectos meramente biológicos (BRITO et al., 2021). Vale reforçar a noção de que o enfermeiro é o líder da equipe e o comandante das prescrições e da evolução do cuidado, portanto toda a sua equipe deve estar alinhada entre expectativa e realidade, assim como o enfermeiro precisa, 0 31/10/2022 14:13 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 9/10 frequentemente, acompanhar os cuidados prescritos para a sinalização de melhorias. Não há prática do cuidar sem o enfermeiro, não há qualidade na assistência sem o olhar do enfermeiro, não há satisfação do cliente sem a satisfação própria do enfermeiro. Ou seja, nada se faz sem o enfermeiro! REFERÊNCIAS BALBINO, F. S.; BALIEIRO, M. M. F. G.; MANDETTA, M. A. Avaliação da percepção do cuidado centrado na família e do estresse parental em unidade neonatal. Revista Latino-Americana de Enfermagem, v. 24, e2753, 2016. 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Esse tema desperta tanta curiosidade, tanta vontade de estar com o paciente, concorda? Vamos, agora, relembrar a situação-problema apresentada no início desta seção? O contexto descrito envolvia Cláudia, Martim e a enfermeira Jacira. Martim e Cláudia são pais de Joaquina, um bebê de 45 dias de vida que nasceu depois de 30 semanas de gestação. Joaquina vem evoluindo bem. Já foi extubada, saiu do CPAP nasal e, agora, mantém cateter nasal, cateter central para infusão de medicações vesicantes e sonda orogástrica para infusão de dieta. Jacira é a enfermeira responsável pelo leito em que Joaquina está internada, e os pais se dirigiram a ela para fazer um pedido especial. Gostariam de trocar a fralda da sua lha. Jacira imediatamente respondeu que não poderiam, visto que a responsabilidade pelos cuidados era da equipe de enfermagem. Qual a sua opinião sobre a conduta da enfermeira Jacira? Justi que. Vamos evoluir o raciocínio crítico sobre a situação apresentada. A bebê (Joaquina) está em situação estável? A equipe de enfermagem tem conseguido realizar as trocas de fraldas dela normalmente ou ela é um bebê de cuidados mínimos, isto é, que exige que a manipulação seja feita por toda a equipe V e r a n o ta ç õ e s 0 31/10/2022 14:15 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFERM… 2/4 de uma única vez? Acredito que, pelo quadro apresentado, ela esteja evoluindo bem e as trocas aconteçam normalmente. Se existe uma técnica para efetuar a troca de fraldas e não há escassez de recursos humanos, será que Jacira não poderia pelo menos acompanhar o procedimento realizado pelos pais? Além disso, considerando a a rmação de Jacira (―a responsabilidade pelos cuidados era da equipe‖), será que os pais perdem a responsabilidade sobre os lhos a partir do momento em que este está internado? Será que uma troca de fralda causaria danos à saúde de Joaquina apenas se fosse realizada pelos pais? Se decisões, prognósticos e resultados são compartilhados com os pais (ao menos deveriam ser), visto que os cuidados são centrados no paciente e na família, uma troca de fralda seria excluída desse cuidado? AVANÇANDO NA PRÁTICA JOAQUINA QUASE CAI DA INCUBADORA Jacira autorizou os pais da pequena Joaquina a trocarem a fralda da bebê. Ela deu as orientações para o procedimento e explicou sobre as portas da incubadora: uma servia para a entrada limpa dos materiais e outra, para os materiais sujos, por onde eles deveriam sair após o uso. Além disso, Jacira solicitou que a técnica de enfermagem Fernanda acompanhasse os pais e fornecesse os materiais necessários, como algodão, água morna e fralda. Figura 3.3 | Bebê dentro da incubadora V e r a n o ta ç õ e s 0 31/10/2022 14:15 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFERM… 3/4 Fonte: Shutterstock. Os pais realizaram a troca da fralda e choraram de emoção. Ao término, a mãe Cláudia estava tão feliz que tremia e só agradecia. Os pais estavam abraçados ao lado da incubadora quando Fernanda arregalou os olhos e se jogou sobre o equipamento. Joaquina estava quase caindo da incubadora pela portinha que havia cado aberta. Jac RESOLUÇÃO Jacira culpabilizou os pais pela quase queda de Joaquina. Ela agiu corretamente? O domínio de tecnologias é função dos pais ou da equipe de saúde? Se a criança tivesse caído, a responsabilidade seria dos pais, por não terem fechado a portinhola, ou da equipe, considerando que a supervisão da internação é do hospital? Em caso de cuidados compartilhados a quem se atribui a responsabilidade? V e r a n o ta ç õ e s 0 31/10/2022 14:15 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFERM… 4/4 Você percebeu que esse assunto estimula o pensamento crítico e exige conhecimento ético, legal e prático? Portanto, a conduta do pro ssional deve seguir o código de ética da pro ssão e o código de conduta da instituição. V e r a n o ta ç õ e s 0 31/10/2022 14:15 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 1/12 NÃO PODE FALTAR ANAMNESE Bruna Zemella Collaço Imprimir PRATICAR PARA APRENDER Caro aluno, mesmo que a distância, já estamos nos relacionando há algum tempo. Mantemos um diálogo por meio dos estudos, dos questionamentos que faço a você e dos convites às re exões. Nesta seção não será diferente, porém nossa dinâmica será ainda melhor, pois o aprendizado será direcionado à sua relação com o seu objeto de estudo, ou seja, seu cliente, seu paciente. Será a sua vez de estabelecer uma comunicação e interação com ele. Relacionar-se com o paciente é uma das atividades que mais exige atenção e dedicação do enfermeiro, pois essa interação deve vir acompanhada de uma conduta e uma postura pro ssional, pautada na ética, na moral e na qualidade da assistência cientí ca. Portanto, deve-se ter conhecimento sobre as legislações que vigoram na pro ssão e sobre as teorias que conduzem o ato de cuidar, respeitar e integrar paciente e família à assistência, tudo isso de maneira aditiva, e não excludente. É a partir desse cenário que a construção das condutaspro ssionais será elaborada e lapidada. Então, vamos re etir sobre a seguinte situação-problema: Cássia é enfermeira da unidade básica de saúde de um bairro rural, localizado em uma cidade de 250 mil habitantes. Ela chamou pelo nome de uma paciente, Fernanda Fernandes, que se levantou e estava acompanhada de uma moça que V e r a n o ta ç õ e s 0 31/10/2022 14:15 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 2/12 V e r a n o ta ç õ e s parecia ser sua mãe. Fernanda se mostrava um pouco agitada. As duas mulheres entraram na sala de atendimento, e Cássia, após se apresentar, perguntou como poderia ajudar. Fernanda não parava de balançar a perna. A acompanhante respondeu que Fernanda estava gorda e precisava de orientações nutricionais. Cássia perguntou a idade de Fernanda, a qual respondeu dizendo que tinha 18 anos. A enfermeira, então, perguntou se ela gostaria de realizar a consulta sozinha, visto que era maior de idade e não precisava de acompanhante. Fernanda apenas balançou a cabeça positivamente. Cássia acomodou a senhora do lado de fora, na sala de espera, e retornou à consulta. Quais aspectos foram importantes para a conduta da enfermeira Cássia? Você faria algo diferente ou complementaria esse atendimento? Justi que. Mantenha essa situação-problema na condução dos seus pensamentos durante a aula e em seu processo de aprendizagem. Vamos interagir? É hora de começar! CONCEITO-CHAVE De acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais (DNC), o per l do egresso de enfermagem deve contemplar competências e habilidades do saber e do fazer para diagnosticar e solucionar problemas de saúde (CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO, 2001). No artigo 5º, inciso VIII, temos que: o enfermeiro deve “ser capaz de diagnosticar e solucionar problemas de saúde, de comunicar-se, de tomar decisões, de intervir no processo de trabalho, de trabalhar em equipe e de enfrentar situações em constante mudança” (CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO, 2001, [s. p.]). Então, vamos partir da premissa de que não há diagnóstico e solução de problemas sem comunicação e não há solução de problemas sem estabelecer o Processo de Enfermagem. 0 31/10/2022 14:15 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 3/12 V e r a n o ta ç õ e s 0 Como já estudamos anteriormente, é importante saber a diferença entre as etapas do Processo de Enfermagem (PE), bem como compreender que a Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) organiza o trabalho pro ssional quanto a metodologia, recursos humanos e protocolos, favorecendo a viabilização do Processo de Enfermagem. Dessa forma, SAE e PE não são sinônimos (OLIVEIRA et al., 2019; SANTOS et al., 2016). ASSIMILE O Processo de Enfermagem (PE) é o instrumento intelectual e a Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) é o método utilizado para desenvolver o trabalho. O PE é uma etapa fundamental da SAE para dar visibilidade ao raciocínio do cuidar e quali car a assistência, contribuindo para documentar a prática (ADAMY et al., 2020; PENDON et al., 2020). Figura 3.4 | Demonstração da correlação entre PE e SAE Fonte: elaborada pela autora. Desde 2009, com a Resolução nº 358 do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), de 15 de outubro do ano mencionado, existe a obrigatoriedade de implantação e implementação da sistematização da assistência de enfermagem em todas as 31/10/2022 14:15 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 4/12 instituições de saúde no Brasil. Contudo, sabemos que, mesmo com mais de uma década para a adequação das instituições, ainda há locais que não conseguem fazer tal implementação por falta de recursos humanos, capacitação pro ssional e recursos materiais. A Resolução nº 358 de ne, também, que o Processo de Enfermagem é composto por cinco etapas que se relacionam entre si (CAVEIÃO et al., 2020), como mostra a Figura 3.5, a seguir. Figura 3.5 | As cinco etapas do Processo de Enfermagem Fonte: elaborada pela autora. Vamos direcionar nosso foco à primeira etapa do PE, Histórico de Enfermagem, que é composta pela entrevista com o cliente, também conhecida como anamnese, e pelo exame físico. Esse é o momento em que ocorre a primeira interação entre cliente e enfermeiro. É a consulta de enfermagem por meio de conversa, observação e análise de dados objetivos e subjetivos (ADAMY et al., 2016). Quando enfermeiros são questionados sobre essa etapa do PE, eles geralmente relatam que, além de conhecimento cientí co, é preciso alinhar os aspectos humanos das relações interpessoais, ou seja, olhar nos olhos, estabelecer uma relação de con ança, respeitar e entender que o outro vem de um meio com suas respectivas culturas, valores e características, ouvir e considerar o que não é dito. Resumidamente, é importante considerar linguagem corporal, tom de voz e expressões (ADAMY et al., 2016). V e r a n o ta ç õ e s 0 31/10/2022 14:15 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 5/12 V e r a n o ta ç õ e s Os enfermeiros têm se utilizado de outros conhecimentos para as melhorias desse período de interação. A Programação Neurolinguística (PNL) pode auxiliá-los na interpretação dos comportamentos que o paciente demonstra ao longo da sua fala, pois se trata de uma ciência que estuda a comunicação em sua estrutura subjetiva. Quando interagimos com alguém ao longo de um bate-papo, de uma conversa, observamos os gestos e os olhares que essa pessoa nos oferece. De acordo com a PNL, conseguimos identi car se o orador é uma pessoa mais visual, mais auditiva e até se está mentindo, por meio das interpretações que a programação nos oferece (SOUZA, 2008). As pessoas que costumam olhar para o lado em direção aos ouvidos costumam ser mais auditivas e as que olham para baixo, de forma lateralizada, mais verbais. Quando olhamos de forma lateralizada para cima, estamos buscando alguma informação na nossa memória. Figura 3.6 | Demonstração da utilização PNL – olhando para a lateral em direção aos ouvidos 0 31/10/2022 14:15 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 6/12 Fonte: Shutterstock. Figura 3.7 | Demonstração da utilização PNL – buscando lembrar de alguma informação Fonte: Shutterstock. Fazer essas interpretações facilitam a condução e a interação com o paciente quando precisamos colher dados sobre sua saúde. Você pode otimizar a interação adotando recursos que promovam maiores respostas. EXEMPLIFICANDO Para o paciente que é visual e não auditivo, você pode oferecer imagens a m de que ele demonstre alguma parte do corpo que dói. Para os auditivos, pode-se trabalhar com um som: respiração, batimentos cardíacos, entre outros. V e r a n o ta ç õ e s 0 31/10/2022 14:15 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 7/12 Umacondução bem feita estabelece um vínculo entre enfermeiro e paciente que fará total diferença nas próximas etapas do PE, como o exame físico. Consequentemente, como já visto anteriormente, essa metodologia produz satisfação tanto em quem oferece como em quem recebe o cuidado. A forma de estabelecer e iniciar a comunicação é um elemento imprescindível no início da interação interpessoal. Nesse caso, a primeira impressão pode e vai fazer diferença. Certamente você já entrou em uma loja na qual o vendedor parecia não estar muito satisfeito com seu dia de trabalho; ele não dava atenção aos seus pedidos, respondia de qualquer jeito, o que provavelmente gerou em você irritação e desgosto com a loja/produto. Outro exemplo comum de falha na comunicação pode ter acontecido quando você era mais jovem e estava apaixonado por uma pessoa em especial, mas ela nem sequer te dirigia o olhar. A forma de interação e comunicação começa assim: pelo olhar que enxerga, ou seja, que observa e presta atenção ao que está sendo visto. Seu paciente não quer ser ignorado ou maltratado, como aconteceu com você ao não ser bem atendido pelo vendedor da loja. Ele não quer ser invisível, como no caso da pessoa apaixonada cujo sentimento não é correspondido. REFLITA Muitas vezes, as demandas técnicas e operacionais nos limitam a proporcionar interações verdadeiras, mas não se esqueça de que não existe cuidado sem interação humana. Não cuidamos de peças, de órgãos ou de partes isoladas, cuidamos de pessoas! Para melhorar a assistência, viabilizar o processo de comunicação e tornar visível o que nunca deveria ser invisível, cada vez mais o cuidado vem utilizando a loso a do Cuidado Centrado no Paciente e Família (CCPF), que apresenta quatro pilares principais: Dignidade e respeito. V e r a n o ta ç õ e s 0 31/10/2022 14:15 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 8/12 EXEMPLIFICANDO Figura 3.8 | Símbolo de paz e amor ou, em alguns países, de vitória Fonte: Shutterstock. Informação compartilhada. Participação. Colaboração. Nenhum desses itens pode existir sem comunicação e interação pessoal. Talvez no início da graduação e da prática clínica, essas interações, conversas e entrevistas tenham que ser guiadas por meio de um roteiro semiestruturado, para auxiliar o desenvolvimento das habilidades verbais e não verbais (WENCESLAU et al., 2020). A expressão verbal tentará traduzir o pensamento em palavras e, desde que não haja ruído (físico, siológico, psicológico ou semântico) entre comunicador e receptor, essa mensagem será transmitida e compreendida (ROMANO et al., 2011). Quando nos referimos à expressão não verbal, precisamos lembrar que, na comunicação, existem mais do que palavras, existem gestos, olhares, expressões, subjetividade e, inclusive, pedidos de auxílio sem uma única expressão verbal. É a exteriorização do ser psicológico, o qual é multissensorial (SILVA et al., 2000). Cinésica é o estudo da linguagem corporal usado para decodi car mensagens subliminares nas relações interpessoais. Quem a utiliza relata não haver gestos universais, mas sempre um comportamento associado a um contexto, a uma cultura. Os gestos são percebidos de maneiras diferentes pelas culturas, portanto não podemos interpretá-los de maneira isolada (SILVA et al., 2000). V e r a n o ta ç õ e s 0 31/10/2022 14:15 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 9/12 Figura 3.9 | Símbolo de ―joia‖, ―tudo bem‖ ou, em alguns países, o número 1 Fonte: Shutterstock. Figura 3.10 | Símbolo de sorte ou, em alguns países, um xingamento Fonte: FlatIcon. Durante a entrevista com o paciente, o primeiro tópico do qual devemos nos lembrar é que tal processo compreende, no mínimo, duas pessoas interagindo e estabelecendo um diálogo. Portanto, é preciso manter uma prática pautada no respeito, na humanização e se abster de julgamentos (ROCHA; LUCENA, 2018). Em sua prática pro ssional, é interessante sempre carregar consigo as seguintes orientações: Apresente-se. Esteja confortável. Quanto menos objetos houver entre você e o paciente (computadores, enfeites, mobiliários), melhor. Olhe e escute. Aguarde a sua vez de falar. Não faça julgamentos. Sinalize sua compreensão. V e r a n o ta ç õ e s 0 31/10/2022 14:15 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 10/12 Reforce positivamente o que compreendeu e tire dúvidas sobre o que está incompreensível. Valide sentimentos. Peça permissão para tocar. Agradeça. Como ensina a pesquisadora americana Brené Brown, permita-se ser vulnerável e seja empático. Ser empático não é se colocar no lugar do outro nem fazer o que gostaria que zessem para você. Ser empático é “sentir com as pessoas” e realizar o que ela gostaria que fosse feito por ela. Logo, você só saberá o que o outro quer se interagir, ouvir e aprender com ele! Justamente por essa interação ser tão difícil e, ao mesmo tempo, tão importante, é que a primeira etapa do Processo de Enfermagem é primordial para a continuidade do cuidado. Compreender e executar a anamnese em prol da pessoa atendida, e não apenas em benefício do pro ssional, faz com que a assistência esteja organizada de maneira pautada no paciente, respeitando-o como ser humano digno e como parte principal do seu processo de recuperação. REFERÊNCIAS ADAMY, E. K. et al. Ensino do processo de enfermagem: o que as produções cientí cas proferem. Revista Online de Pesquisa Cuidado é Fundamental, v. 12, p. 800-807, jan./dez. 2020. Disponível em: https://bityli.com/G9j04S. Acesso em: 4 ago. 2021. ADAMY, E. K. et al. Formação de enfermeiros sobre anamnese e exame físico. Journal of Nursing and Health, v. 6, n. 2, p. 334-345, 2016. Disponível em: https://bityli.com/JkAlxa. Acesso em: 4 ago. 2021. V e r a n o ta ç õ e s 0 https://bityli.com/G9j04S https://bityli.com/JkAlxa 31/10/2022 14:15 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 11/12 CAVEIÃO, C. et al. Sistematização da assistência e processo de enfermagem: conhecimento de estudantes de enfermagem. Revista Online de Pesquisa Cuidado é Fundamental, v. 12, p. 1093-1098, jan./dez. 2020. Disponível em: https://bityli.com/bxvMlm. Acesso em: 4 ago. 2021. COFEN. Conselho Federal de Enfermagem. Resolução Cofen nº 358, de 15 de outubro de 2009. Brasília, DF: Cofen, 2009. Disponível em: https://bityli.com/UYBG7. Acesso em: 8 ago. 2021. CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO. Câmara de Educação Superior. Resolução CNE/CES nº 3, de 7 de novembro de 2001. Institui Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Enfermagem. Diário O cial da União, Brasília, 9 nov. 2001. 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Disponível em: https://bityli.com/PKNRxL. Acesso em: 4 ago. 2021. V e r a n o ta ç õ e s 0 https://bityli.com/bxvMlm https://bityli.com/UYBG7 https://bityli.com/7hAItB https://bityli.com/nhSYZ9 https://bityli.com/1VNXiV https://bityli.com/LKn4Rd https://bityli.com/PKNRxL 31/10/2022 14:15 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 12/12 ROMANO, C. C. et al. A expressividade do docente universitário durante sua atuação na sala de aula: análise dos recursos verbais utilizados e suas implicações para a enfermagem. Revista Latino-Americana de Enfermagem, v. 19, n. 5, p. 1188-1196, 2011. Disponível em: https://bityli.com/AZ1H3k. Acesso em: 7 ago. 2021. SANTOS, I. M. F. (Org.). et al. Sistematização da assistência de enfermagem: um guia para a prática. Salvador: Coren-BA, 2016. SILVA, L. M. G. et al. 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V e r a n o ta ç õ e s 0 https://bityli.com/AZ1H3k https://bityli.com/JR9Cs0 https://bityli.com/KZZgU0 https://bityli.com/FsDC26 31/10/2022 14:15 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFERM… 1/4 FOCO NO MERCADO DE TRABALHO ANAMNESE Bruna Zemella Collaço Imprimir SEM MEDO DE ERRAR Estudos sobre as interações humanas são sempre muito ricos para promover re exões relativas aos nossos comportamentos e ao modo como queremos ser vistos pelo outro. As formas de comunicação e interação são in nitas, mas muitas vezes nos esquecemos dela quando estamos afogados no mecanicismo da pro ssão. Vamos conversar sobre a atuação da Cássia, a enfermeira da situação-problema apresentada no início desta seção? Tenho certeza de que você não esqueceu dela, mas vamos relembrar o contexto: Cássia é enfermeira da unidade básica de saúde de um bairro rural, localizado em uma cidade de 250 mil habitantes. Ela chamou pelo nome de uma paciente, Fernanda Fernandes, que se levantou e estava acompanhada de uma moça que parecia ser sua mãe. Fernanda se mostrava um pouco agitada. As duas mulheres entraram na sala de atendimento, e Cássia, após se apresentar, perguntou como poderia ajudar. Fernanda não parava de balançar a perna. A acompanhante respondeu que Fernanda estava gorda e precisava de orientações nutricionais. Cássia perguntou a idade de Fernanda, que respondeu dizendo ter 18 anos. A enfermeira, então, perguntou se ela gostaria de realizar a consulta sozinha, visto que era maior de idade e não precisava de acompanhante. V e r a n o ta ç õ e s 0 31/10/2022 14:15 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFERM… 2/4 0 Fernanda apenas balançou a cabeça positivamente. Cássia acomodou a senhora do lado de fora, na sala de espera, e retornou à consulta. Quais aspectos foram importantes para a conduta da enfermeira Cássia? Você faria algo diferente ou complementaria esse atendimento? Justi que. Sobre os aspectos que conduziram Cássia ao raciocínio de retirar a acompanhante do local de atendimento, será que a enfermeira decodi cou uma linguagem verbal de ansiedade, caracterizada pela aparência agitada, pelo balançar das pernas e pelo consentimento com cabeça sem expressão verbal por parte da paciente? A fala da acompanhante referente ao peso de Fernanda pode ter sido uma expressão verbal agressiva que gerou na enfermeira Cássia outro gatilho para solicitar a saída da acompanhante? Você tomaria mais alguma atitude? Teria ―corrigido‖ o comportamento agressivo da acompanhante? Faria as orientações sobre o suposto sobrepeso e, posteriormente, pediria que a acompanhante se retirasse? Seria interessante desenvolver um atendimento multipro ssional entre enfermeira, nutricionista e psicóloga? Por qual motivo? Consegue perceber que se não houver um olhar atento e disposto a estabelecer uma relação, esses dados subjetivos e não verbais podem passar despercebidos e, consequentemente, comprometer a efetividade da consulta e do cuidado? Mantenha-se presente! Esqueça o mecanicismo e busque a relação interpessoal. AVANÇANDO NA PRÁTICA ATENDIMENTO DE CÁSSIA A UMA MENOR DE IDADE. Cássia é enfermeira da unidade básica de saúde de um bairro rural, localizado em uma cidade de 250 mil habitantes. Ela chamou pelo nome de uma paciente, Cíntia Rodrigues, que se levantou e estava acompanhada de uma moça que parecia ser V e r a n o ta ç õ e s 31/10/2022 14:15 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFERM… 3/4 sua mãe. Cíntia se mostrava um pouco agitada. As duas mulheres entraram na sala de atendimento, e Cássia, após se apresentar, perguntou como poderia ajudar. Cíntia não parava de balançar a perna. A acompanhante respondeu que Cíntia estava gorda e precisava de orientações nutricionais. Cássia perguntou a idade de Cíntia, que respondeu dizendo ter 16 anos. A enfermeira, então, perguntou se ela gostaria de realizar a consulta sozinha, mas a acompanhante não permitiu por ser a responsável pela menor. Cíntia apenas abaixou a cabeça e Cássia deu sequência à consulta. Quais aspectos foram importantes para a conduta da enfermeira Cássia? Você faria algo diferente ou complementaria esse atendimento? Justi que. RESOLUÇÃO Temos uma situação parecida com a apresentada no início desta seção de estudos, porém agora envolvendo uma paciente menor de idade para a qual a acompanhante se recusa a dar privacidade. De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente, a paciente Cíntia tem o direito de contar com uma acompanhante, mas até onde vai o direito e começa o desejo? Uma menina de 16 anos, aparentemente incomodada com a presença da acompanhante, não teria o direito de estar sozinha em uma consulta? Como podemos atuar respeitando a privacidade da paciente, e não indo contra seus direitos? A paciente tem o direito de recusar acompanhantes, mas ela teria condições psíquicas de assumir essa responsabilidade? Assim como nos perguntamos na situação anterior, seria interessante ter um atendimento multipro ssional? Por quê? Esses pro ssionais poderiam, inclusive, auxiliar nessa questão com a acompanhanteou isso causaria ainda mais desconforto? V e r a n o ta ç õ e s 0 31/10/2022 14:15 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFERM… 4/4 Não existe resposta certa, mas sim soluções que podem ser pensadas para cada tipo de situação e comportamento, sempre respeitando o paciente, as legislações e os valores morais envolvidos. V e r a n o ta ç õ e s 0 31/10/2022 14:16 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 1/14 0 NÃO PODE FALTAR Imprimir TÉCNICAS RELATIVAS AO BEM-ESTAR DO PACIENTE Bruna Zemella Collaço CONVITE AO ESTUDO Querido aluno, estou com muito orgulho de você por chegar à última unidade desta disciplina. Tenho certeza de que você não entrou nesta etapa nal como aquela pessoa que era no início dos seus estudos. Muita coisa foi apreendida e, para encerrar com chave de ouro, vamos falar sobre condições que favorecem o cuidado de higiene e bem-estar do paciente, como também sobre a veri cação dos sinais vitais, uma etapa importantíssima do exame físico que, por vezes, é banalizada. É fundamental que o enfermeiro desenvolva o senso crítico para reconhecer e explicar as principais técnicas relativas ao bem-estar do paciente e interpretar os sinais vitais. Portanto, por meio do conteúdo que será apresentado, você se tornará capaz de entender e aplicar as técnicas de bem-estar, a prescrição, o registro de dados, os sinais vitais e correlacioná-los às condições clínicas do paciente. Para isso, é necessário que, ao longo desta unidade, você estude sobre como o bem-estar do paciente está relacionado à higienização e ao autocuidado, entendendo como o ambiente pode facilitar ou prejudicar os cuidados prestados pela equipe de enfermagem. Além disso, você aprenderá a realizar o planejamento para veri cação dos sinais vitais atrelado ao objetivo da assistência, o qual deve estar em conformidade com a estratégia de tratamento e com a associação ao risco de piora que o paciente V e r a n o ta ç õ e s 31/10/2022 14:16 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 2/14 possa vir a ter. Isso signi ca que aquela história de veri car sinais vitais a cada três horas só será uma boa prescrição se o processo de enfermagem desse paciente evidenciar essa necessidade. Tudo o que é veri cado precisa ser relatado e anotado, portanto você reforçará os estudos sobre documentação que aprendeu na Unidade 1 desta disciplina, correlacionando a veri cação e o registro correto com a análise e interpretação dos sinais apresentados pelo paciente. PRATICAR PARA APRENDER Caro aluno, quando estudamos enfermagem, desenvolvemos o, desejo ao longo do curso, de trabalhar em áreas que aquecem o nosso coração. Passamos a olhar com mais carinho e atenção para determinados campos de atuação. Entretanto, nós não sabemos exatamente em que local iniciaremos nossa jornada pro ssional futuramente. Pode ser na nossa cidade, em outro Estado e até em outro país. Diante disso, devemos estar atentos a possíveis sinais de melhorias ou de di culdades que teremos em nossa prática diária. Espero que você nunca tenha precisado de um serviço de saúde no qual não havia leito, faltava toalha para banho, lençol para a cama e o chão e os móveis estavam sempre sujos; ou de uma unidade médica na qual a triagem e o próprio momento de interação no exame físico tenham sido banalizados quando você estava com febre, dispneico ou taquicárdico. Como já compreendido anteriormente nesta disciplina, no Processo de Enfermagem (PE) a primeira etapa se relaciona à entrevista e ao exame físico, que são os meios pelos quais o enfermeiro obterá as primeiras evidências de enfermagem para planejar sua assistência com enfoque nos resultados esperados das ações a serem implementadas. Dessa forma, pensar no bem-estar do paciente, veri car os sinais vitais e correlacioná-los com a clínica, interpretando e agindo cienti camente, faz parte da função privativa do enfermeiro. V e r a n o ta ç õ e s 0 31/10/2022 14:16 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 3/14 Para contribuir com o seu conhecimento e pensamento crítico, como de praxe, vamos re etir, ao longo do conteúdo, sobre a seguinte situação-problema: PHJL, 58 anos, foi internado para realizar uma cirurgia de correção de aneurisma em aorta abdominal. A cirurgia demorou em torno de cinco horas e não pôde ser realizada por vídeo, como pretendiam inicialmente, pois os cirurgiões não conseguiram acesso seguro ao aneurisma. O paciente foi encaminhado ao quarto após o procedimento para período de observação e recuperação de aproximadamente 48 horas. Durante a recepção do paciente, Jair, enfermeiro do setor, percebeu que o leito do indivíduo atendido estava fechado, sem transverso e que o quarto não possuía re l de álcool na porta nem saco de lixo nos cestos. Jair solicitou a presença da hotelaria e da equipe de enfermagem. Qual foi a instrução que ele possivelmente relatou? Não perca essa situação de vista, ou melhor, da mente. Vamos fundamentar nosso conhecimento sobre o tema. Mãos e mente à obra! CONCEITO-CHAVE Evento adverso é uma ocorrência indesejável que pode ser danosa ou perigosa ao paciente, porém evitável. Quando pensamos em eventos adversos como situações evitáveis, colocamos em ação medidas de capacitação e treinamento constantes, principalmente porque um dos juramentos do enfermeiro ao se formar é não causar dano. Um fato que pode ser entendido como um evento adverso, se não for evitado, é a infeção relacionada ao ambiente de saúde (IRAS). Tais infecções estão muito atreladas à contaminação cruzada por meio das mãos dos pro ssionais, contudo o ambiente pode se tornar um potencial reservatório de patógenos. Além disso, V e r a n o ta ç õ e s 0 31/10/2022 14:16 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 4/14 quando se trata de ambiente de saúde, a preocupação aumenta em relação a possíveis microrganismos multirresistentes, como vimos em seções de estudo anteriores (OLIVEIRA; VIANA; DAMASCENO, 2013). Portanto, o ambiente de saúde e, principalmente, objetos e superfícies merecem atenção exclusiva durante a limpeza e desinfecção, a m de que não contribuam para a transmissão secundária de patógenos, ou seja, que não sirvam como veículos de transmissão. Em seções anteriores, vimos que existem ambientes não críticos dentro dos serviços de saúde. O leito do paciente poderia ser um deles, porém se o paciente estiver acamado, com secreções e uidos corpóreos extravasando, esse local passa a ser potencialmente contaminado e, consequentemente, se torna um reservatório de microrganismos. Dessa forma, a desinfecção diária do leito e dos pacientes pode contribuir para a diminuição das IRAS (CARREIRO, 2012). Para que a desinfecção aconteça de maneira correta e segura, as equipes de limpeza, hotelaria e enfermagem devem estar alinhadas e treinadas de acordo com as recomendações do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) com relação ao produto a ser utilizado e à melhor forma de usá-lo. Pela falta de regularizaçãosobre quem deve executar a higienização dos leitos, cada instituição atribui essa tarefa à equipe que julgar mais e ciente ou que tenha maior número de componentes, a m de suprir tal necessidade. Artigos vêm apontando para a importância de oferecer atenção especial à contaminação de pacientes por bactérias multirresistentes em decorrência da má higienização de colchões ou da má conservação da capa impermeabilizante. Furos e rasgos favorecem o crescimento e a disseminação de patógenos dentro dos colchões e, consequentemente, a colonização e contaminação do paciente (OLIVEIRA; VIANA; DAMASCENO, 2013). V e r a n o ta ç õ e s 0 31/10/2022 14:16 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 5/14 EXEMPLIFICANDO Quanto mais organizada for a instituição de saúde e as unidades de atendimento (clínica, UTI, cirúrgica), com protocolos de cuidados bem descritos e treinamentos recorrentes, no mínimo a cada três meses, melhor Se não houver uma constante atualização e scalização dos procedimentos de higienização para conscientizar sobre a importância de prevenir IRAS, estas continuarão a aparecer em alta escala, com perpetuação e multiplicação de bactérias multirresistentes. Além desse fator de contaminação, a higiene do leito contribui para a sensação de bem-estar do paciente. Se já temos uma ótima impressão de qualidade quando chegamos em casa e a encontramos limpa, que dirá no ambiente de saúde, em que normalmente o paciente se sente vulnerável e debilitado. Logo, procedimentos que causam bem-estar ao paciente estão relacionados ao ambiente, fato que Florence Nightingale evidenciou há 200 anos atrás, como estudamos em aulas passadas. Para além do ambiente, o bem-estar está relacionado ao corpo, quando sentimos o frescor da higiene, seja ela oral ou corporal. A higiene oral é importante para diminuir risco de infecções, principalmente no caso de vítimas de acidentes graves e intubados. Pneumonias relacionadas à ventilação mecânica sofrem redução de incidência quando possuem boa higiene oral associada, tanto que esse cuidado já é considerado como padrão ouro de atendimento (FELIX et al., 2021). No entanto, os pro ssionais da enfermagem ainda encaram esse procedimento apenas como uma medida de conforto, embora apresentem conhecimento sobra a importância da prática. A diferença na atuação e melhoria no cuidado está no treinamento oferecido e na qualidade dos protocolos de cuidados institucionais (FELIX et al., 2021). V e r a n o ta ç õ e s 0 31/10/2022 14:16 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 6/14 será a compreensão dos pro ssionais e a atuação no cuidado (FELIX et al., 2021). Acredito que você já tenha ouvido alguém reclamar do período de internação ou do atendimento clínico à saúde com a seguinte fala: “Nossa, foi um pouco difícil! Me senti perdido, pois cada pro ssional dava um tipo de informação diferente.”. Isso acontece porque o pro ssional se baseia em sua prática diária ou em sua experiência de vida em vez de utilizar os protocolos assistenciais institucionais, o que acaba gerando uma assistência sem embasamento cientí co e insegurança ao paciente. REFLITA Uma vez que garantir a segurança do paciente é comprometimento de gestão e consta na Lei do Exercício Pro ssional, não colocar em prática conhecimentos cientí cos sobre higiene bucal, por exemplo, pode sugerir uma fragilidade na cultura de organização da instituição? (BRASIL, 2013). Outra prática de bem-estar, segurança e prevenção de danos é a de banho no leito para pacientes acamados, com dé cit de autocuidado. É uma prática não muito querida por quem a executa, mas que traz benefícios ao envolvidos. Quadro 4.1 | Benefícios do banho no leito Paciente Equipe de Enfermagem Bem-estar Aumenta a interação com o cliente Diminui risco de lesão de pele Facilita a realização do exame físico Diminui colonização de microrganismos Diminui risco de IRAS V e r a n o ta ç õ e s 0 31/10/2022 14:16 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 7/14 V e r a n o ta ç õ e s ASSIMILE Você deve estar se perguntando: “então qual é o método que devo utilizar?”. Provavelmente, você, como gestor de uma unidade médica, fará um estudo em seu local de trabalho analisando os dois tipos de assistência. Fonte: elaborado pela autora. Obviamente, esses benefícios só serão garantidos para ambas as partes quando a prática for executada para além do improviso e da obrigatoriedade, aspectos que geram insatisfação na equipe e nos pacientes (BASTOS et al., 2019). Recentemente, as questões do banho no leito e higiene voltaram à discussão em decorrência da pandemia da Covid-19, tendo em vista a gravidade dos casos e a incapacidade do paciente de executar seus cuidados, o que afetou a necessidade humana básica de cuidado corporal (TOLEDO; SALGADO; ERCOLE, 2020). Esse vírus extremamente agressivo estimulou a retomada dos estudos cientí cos sobre qual seria a melhor forma de executar o banho no leito: o método tradicional, com água e sabonete, ou o método a seco, com toalhas descartáveis pré-umedecidas. Alguns estudos apontam o banho com água como a alternativa mais satisfatória para o paciente, pois favorece a eliminação de microrganismos da pele da pessoa atendida. No entanto, se a técnica de banho não for adequada e o pro ssional não estender os cuidados ao leito, esse procedimento pode estimular a colonização de patógenos, de modo que a pele úmida cará mais friável para lesões. O banho a seco talvez não traga tanto bem-estar ao paciente, porém evita o excesso de manipulação, visto que não necessita de enxágue e secagem. Além disso, a solução das toalhas já possui hidratante com vitamina E. As toalhas são embaladas individualmente em uma embalagem que contém oito unidades para cada área do corpo (cabeça, rosto, tórax, membros superiores, abdome, membros inferiores, genitais e costas) e são descartadas no resíduo infectante após o uso (TOLEDO; SALGADO; ERCOLE, 2020). 0 31/10/2022 14:16 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 8/14 Por meio dos resultados obtidos, você poderá identi car a alternativa mais econômica e que seja capaz de trazer mais benefícios ao binômio paciente- pro ssional. Essa será a técnica a ser implementada (TOLEDO; SALGADO; ERCOLE, 2020). Isso não signi ca que a equipe não precise de treinamento contínuo, que a assistência não deva estar nos protocolos institucionais e que seu Processo de Enfermagem (PE) não tenha que ser claro e objetivo quanto à forma de execução do procedimento (STADLER et al., 2019). Durante esses treinamentos, é importante rever alguns processos que, muitas vezes, em decorrência da terceirização de serviços, acabam sendo esquecidos, como a arrumação do leito do paciente. Já falamos sobre o quanto é prazeroso entrar em um ambiente limpo, com frescor, cheiro de limpeza e aspecto de higiene. Organizar o leito e, principalmente, a cama do paciente gera esse bem-estar, além de ajudar a equipe de enfermagem a não manipular o paciente sem que haja necessidade. EXEMPLIFICANDO Imagine-se como um paciente que acabou de sair de cirurgia e será encaminhado ao leito. Ao chegar no quarto,acomodam você no leito por cima do lençol. Por causa disso, você começa a sentir frio. Logo, a equipe de enfermagem terá que manipulá-lo para acessar o lençol e cobri-lo, o que causará desconforto e aumentará o risco de sangramento. Esse é um procedimento totalmente evitável se conhecermos os tipos de arrumação de cama. Há quatro tipos de arrumação de cama. Vamos conhecê-los de forma mais detalhada a seguir. 1. Cama fechada: aguarda um novo paciente. V e r a n o ta ç õ e s 0 31/10/2022 14:16 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 9/14 Figura 4.1 | Cama fechada Fonte: Shutterstock. 2. Cama aberta: cama que aguarda o paciente que se locomove retornar ao leito. Figura 4.2 | Cama aberta V e r a n o ta ç õ e s 0 31/10/2022 14:16 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 10/14 Fonte: Pixabay. 3. Cama ocupada: preparo da cama com o paciente nela, acamado (primeiramente, troca-se metade da cama e, depois, a outra parte, lateralizando o paciente). Figura 4.3 | Cama ocupada V e r a n o ta ç õ e s 0 31/10/2022 14:16 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 11/14 Fonte: Shutterstock. 4. Cama de operado: aguarda o paciente cirúrgico ou que passou por exames com anestesia. Figura 4.4 | Cama de operado V e r a n o ta ç õ e s 0 31/10/2022 14:16 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 12/14 Fonte: Shutterstock. Para cada tipo de arrumação, utiliza-se uma técnica diferente, com alguns materiais a mais ou a menos, dependendo do caso do paciente. De maneira geral, os seguintes itens são utilizados: Luva de procedimento. Hamper ou saco de roupa suja. Lençol para o colchão. Lençol móvel. Cobertor. Impermeável ou oleado. Fronha. V e r a n o ta ç õ e s 0 31/10/2022 14:16 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 13/14 Esses materiais precisam estar organizados e ordenados de acordo com a sequência de utilização, portanto o lençol do colchão deve ser o último da pilha, já que será o primeiro a ser usado. A aula prática desse conteúdo servirá para treinar a arrumação dos tipos de cama e entender a importância de oferecer cuidados com excelência. Mesmo que essa prática não seja propriamente da enfermagem, ela faz parte do método de prevenção de IRAS e gera segurança e satisfação no cliente, portanto você deve saber como realizá-la e cobrar sua execução aos responsáveis por fazê-la. REFERÊNCIAS BASTOS, S. R. B. et al. Banho no leito: cuidados omitidos pela equipe de enfermagem. Revista Online de Pesquisa Cuidado é Fundamental, v. 11, n. 3, p. 627-633, abr./jun. 2019. Disponível em: https://bityli.com/skFY64. Acesso em: 16 ago. 2021. BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 36, de 25 de julho de 2013. Institui ações para a segurança do paciente em serviços de saúde e dá outras providências. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2013. Disponível em: https://bityli.com/Ngeyr1. Acesso em: 17 ago. 2021. CARREIRO, M. de A. Um estudo sobre a efetividade da higiene do leito do cliente: o cuidado de enfermagem para atividades preventivas relacionadas ao colchão. 2012. 221 f. Tese (Doutorado em Enfermagem) – Escola de Enfermagem Anna Nery, Universidade Federal do Rio de Janeiro. Disponível em: https://bityli.com/nH4OC5. Acesso em: 16 ago. 2021. FARIAS, I. P. et al. Construção de protocolo assistencial de enfermagem para o potencial doador de órgãos em morte encefálica. Revista de Enfermagem UFPE Online, v. 11, n. 9, p. 3492-3496, set. 2017. Disponível em: https://bityli.com/npd46Fr. Acesso em: 24 ago. 2021. V e r a n o ta ç õ e s 0 https://bityli.com/skFY64 https://bityli.com/Ngeyr1 https://bityli.com/nH4OC5 https://bityli.com/npd46Fr 31/10/2022 14:16 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 14/14 V e r a n o ta ç õ e s FELIX, A. M. da S. et al. Conhecimento e atitudes de pro ssionais de enfermagem sobre higiene bucal em pacientes críticos. Revista de Enfermagem da UFSM, Santa Maria, RS, v. 11, e18, p. 1-17,2021. Disponível em: https://bityli.com/8LP6tq. Acesso em: 16 ago. 2021. OLIVEIRA, A. C. de; VIANA, R. E. H.; DAMASCENO, Q. S. Contaminação de colchões hospitalares por microorganismos de relevância epidemiológica: uma revisão integrativa. Revista de Enfermagem UFPE Online, v. 7, n. 1, p. 236-245, jan. 2013. Disponível em: https://bityli.com/CsLPgL. Acesso em: 16 ago. 2021. STADLER, G. P. et al. Sistematização da assistência de enfermagem em unidade de terapia intensiva: implementação de protocolo de banho no leito para pacientes adultos críticos. Enfermagem em Foco, v. 10, n. 7, fev. 2019. Disponível em: https://bityli.com/PgJ0k0. Acesso em: 16 ago. 2021. TOLEDO, L. V.; SALGADO, P. de O.; ERCOLE, F. F. Banho no leito a seco em pacientes com dé cit no autocuidado para banho em decorrência da Covid-19. Reme – Revista Mineira de Enfermagem, Belo Horizonte, v. 24, e1313, 2020. Disponível em: https://bityli.com/sJCYzQ. Acesso em: 16 ago. 2021. UFJF. Universidade Federal de Juiz de Fora. POP Facenf nº 10: preparo da unidade e do leito. Juiz de Fora, MG: UFJF, 2014. Disponível em: https://bityli.com/2eYQhL. Acesso em: 20 ago. 2021. 0 https://bityli.com/8LP6tq https://bityli.com/CsLPgL https://bityli.com/PgJ0k0 https://bityli.com/sJCYzQ https://bityli.com/2eYQhL 31/10/2022 14:16 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFERM… 1/3 0 FOCO NO MERCADO DE TRABALHO Imprimir TÉCNICAS RELATIVAS AO BEM-ESTAR DO PACIENTE Bruna Zemella Collaço SEM MEDO DE ERRAR Querido aluno, depois de desenvolvermos o conteúdo desta seção, vamos retomar a situação-problema apresentada anteriormente na intenção de resolvê-la. Acredito que você não tenha se esquecido, conforme combinamos, de deixá-la sempre em mente ao longo do percurso teórico. Mas, caso não recorde muito bem o contexto, vou te ajudar a relembrar brevemente o caso: PHJL, 58 anos, foi internado para realizar uma cirurgia de correção de aneurisma em aorta abdominal. A cirurgia demorou em torno de cinco horas e não pôde ser realizada por vídeo, como pretendiam inicialmente, pois os cirurgiões não conseguiram acesso seguro ao aneurisma. O paciente foi encaminhado ao quarto após o procedimento para período de observação e recuperação de aproximadamente48 horas. Durante a recepção do paciente, Jair, enfermeiro do setor, percebeu que o leito do indivíduo atendido estava fechado, sem transverso e que o quarto não possuía re l de álcool na porta nem saco de lixo nos cestos. Jair solicitou a presença da hotelaria e da equipe de enfermagem. Qual foi a instrução que ele possivelmente relatou? V e r a n o ta ç õ e s 31/10/2022 14:16 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFERM… 2/3 Se Jair acionou a equipe de hotelaria, provavelmente eles estão envolvidos na organização do leito do paciente e na oferta de produtos, como lençol transverso, álcool, sacos de lixo. Portanto, Jair pode ter orientado essa equipe a solicitar a reposição de itens faltantes. A equipe de enfermagem, mesmo que não fosse responsável pela organização da cama, sabia que o paciente em questão chegaria ao local indicado, portanto deveria ter averiguado se o leito estava organizado. Se os enfermeiros tivessem entrado no quarto antes de o paciente chegar, certamente teriam notado tanto a ausência de determinados produtos como a inadequação da cama. Você concorda com esse posicionamento? Também acha que a cama estava com uma arrumação inadequada, já que o paciente era cirúrgico e a cama estava fechada? Qual a função do transverso que Jair solicitou? Caberia pedir mais algum um item que não constou na solicitação de Jair, como um impermeável? Por qual motivo? Compreender a magnitude da cirurgia, a forma como o paciente pode chegar do procedimento e antever todo o cuidado que será necessário, ou seja, organizar sua assistência com foco direcionado a resultados, são ações que fazem parte da sua atuação crítica e cientí ca. AVANÇANDO NA PRÁTICA O PACIENTE PHJL, DE 58 ANOS Nós acabamos de analisar uma situação na qual o enfermeiro Jair solicita os materiais que estão faltando para a admissão do paciente PHJL. Imagine, agora, que você seja esse paciente. Você acabou de chegar de uma cirurgia complexa e seu leito não está pronto. Diante disso, o enfermeiro pede que a equipe resolva o caso, enquanto você ca aguardando na maca de transporte. Como você se sentiria diante dessa situação? V e r a n o ta ç õ e s 0 31/10/2022 14:16 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFERM… 3/3 RESOLUÇÃO Não podemos prever como todas as pessoas se sentiriam diante dessa situação, mas, se nos colocássemos no lugar do paciente PHJL, talvez nossa mente fosse tomada pelos seguintes pensamentos: ―Não houve organização?‖ ―Será que esse leito foi realmente limpo?‖ ―Queria chegar na cama e car bem acomodado, pois sinto dor.‖ ―Queria ver minha família o mais rápido possível. Achei que estariam me aguardando no quarto.‖ ―Será que o restante do período de internação será assim, sempre faltando algo?‖ ―Espero que sejam rápidos.‖ Todos os sentimentos positivos que discutimos anteriormente em relação à arrumação do leito podem ser eliminados por uma simples falta de organização. Não esqueça que delegar também é averiguar e cobrar! V e r a n o ta ç õ e s 0 31/10/2022 14:16 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 1/11 NÃO PODE FALTAR Imprimir SINAIS VITAIS: VERIFICAÇÃO E REGISTRO Bruna Zemella Collaço PRATICAR PARA APRENDER Como você já pôde perceber pelo título desta seção de estudos, nosso tema central será a prática diária da atuação do enfermeiro, sem a qual não há continuidade no Processo de Enfermagem. Assim como já estudamos anteriormente nesta disciplina, a primeira etapa do Processo de Enfermagem relaciona-se à entrevista e ao exame físico, que são os meios pelos quais o enfermeiro conseguirá obter as primeiras evidências de enfermagem para planejar sua assistência, com enfoque nos resultados esperados das ações que serão implementadas. Dessa forma, pensar no bem-estar do paciente, veri car os sinais vitais e correlacioná-los com a clínica, interpretando e agindo cienti camente, são ações que fazem parte da função privativa do enfermeiro. Como de praxe, vamos aprofundar nossos conhecimentos sobre esses assuntos por meio da análise de uma situação-problema que nos guiará ao longo do conteúdo exposto: Rafael é enfermeiro da Unidade de Terapia Intensiva de um hospital de grande porte de direito privado. Durante avaliação e planejamento da assistência do paciente GRT, de 25 anos, internado por Covid-19, Rafael prescreveu que os sinais vitais deveriam ser veri cados e anotados a cada 1 hora, em decorrência das drogas vasoativas e da instabilidade do paciente. V e r a n o ta ç õ e s 0 31/10/2022 14:16 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 2/11 Fernanda é a técnica de enfermagem responsável pelos cuidados a esse e a outros dois pacientes. Ela conseguiu realizar a veri cação assim que assumiu o plantão e deu sequência rigorosamente. Às 15h, o paciente apresentou uma convulsão seguida de parada cardiorrespiratória. Após estabilizarem o paciente, Rafael foi checar as anotações e notou que desde as 13h não havia relatos. Fernanda foi chamada e mostrou todas as anotações e veri cações em seu bloco de notas. Qual deve ser a conduta de Rafael? Justi que. Que situação mais desa adora, não é mesmo? Será que existe alguma orientação bem simples, já escrita por algum órgão regulamentador da pro ssão, que possa auxiliar Rafael? Pode ser que você também vivencie esse contexto ao longo da sua prática pro ssional. Para auxiliá-lo em seu raciocínio e na condução desse caso, desenvolvemos o conteúdo teórico desta seção. Vamos nos preparar e aprender ainda mais? CONCEITO-CHAVE Apesar de ser uma pro ssão milenar, a enfermagem é reconhecida como uma ciência ainda em construção e desenvolvimento, pois a implementação do Processo de Enfermagem (PE), por meio da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE), é algo recente, que data de 2002. A SAE, por sua vez, passou a ser recorrente a partir de 2009, com a Resolução nº 358, de 15 de outubro do ano mencionado, do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen). Como visto anteriormente, fazem parte do Processo de Enfermagem as intervenções que representam as prescrições de cuidados. Ou seja, depois de realizar a entrevista, o exame físico (Histórico de Enfermagem), os Diagnósticos e o Planejamento, chega o momento de colocar as ideias em prática por meio da prescrição dos cuidados que você sugeriu para obter o resultado almejado. V e r a n o ta ç õ e s 0 31/10/2022 14:16 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 3/11 Figura 4.5 | Processo de Enfermagem (PE) Fonte: elaborada pela autora. Nas anotações de enfermagem, escreve-se tudo o que foi e não foi feito com o paciente, de maneira pontual (hora) e objetiva. Apenas o que é anotado pode ser considerado como realizado, e toda a equipe (auxiliares, técnicos, enfermeiros) deve fazer os registros. Essas informações servem de base para a evolução do tratamento. A anotação pode ser feita em forma de dados tabulares ou em escrita descritiva, como mostra a Tabela 4.1, a seguir.Tabela 4.1 | Exemplo de anotação Hora FC PA Tº FR Assinatura e Carimbo 17h 80 120/80 36,5º 20 Maria Faria Coren/SP AE187524 20h 78 120/70 36,6 23 Roberto Cruz Coren/SP TE54781 Fonte: elaborada pela autora. Os dados checados em prescrição de enfermagem e médica devem vir acompanhados de anotações descritivas e rubricas junto às checagens, como mostra a Tabela 4.2, a seguir. Tabela 4.2 | Exemplo de checagem Prescrição Médica Prescrição de Enfermagem Horários V e r a n o ta ç õ e s 0 31/10/2022 14:16 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 4/11 V e r a n o ta ç õ e s Prescrição Médica Prescrição de Enfermagem Horários Ibuprofeno VO 8/8 h --------------- --------------- Anotar características das eliminações urinárias 06h: administrado ibuprofeno via oral com 200 ml de água. 06h: paciente refere melhora da dor após medicação. 08h: paciente apresenta diurese turva e com cheiro metálico. Comunicado médico X e enfermeira Y. 14h: não administrado ibuprofeno, pois paciente recusou medicação. Comunicado médico X. Fonte: elaborada pela autora. Ao nal de toda a anotação, o nome e o número do conselho de classe de quem realizou o cuidado e a anotação devem estar registrados. Além disso, é preciso prestar atenção a um detalhe muito importante: quem realiza e administra é quem registra! Contudo, na rotina de cuidados diários, não há como você raciocinar criticamente e clinicamente sem acompanhar o que houve com o paciente nas últimas 24 horas, portanto é necessário observar todas as anotações anteriores. Talvez, até este momento de nossos estudos, você não tivesse se dado conta da importância das anotações de enfermagem, mas note que sem elas é impossível realizar a avaliação dos cuidados propostos. Figura 4.6 | Demonstração da avaliação das anotações 0 31/10/2022 14:16 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 5/11 Fonte: elaborada pela autora. ASSIMILE Não há como planejar a recuperação, a estabilização e a melhoria do paciente sem o correto registro dos sinais e sintomas apresentados por ele. Vale lembrar que sinais são todas as evidências objetivas, mensuráveis ou veri cáveis. Já sintomas são todas as evidências subjetivas referidas pelo cliente (DeCS – Descritores em Saúde). Recentemente, um estudo brasileiro com discentes de enfermagem demonstrou uma fragilidade na busca por informação e interpretação de achados biopsicossociais, o que indica uma lacuna no ensino holístico, que ainda tem foco direcionado a aspectos apenas biológicos e patológicos (NEVES; MELO; MARQUES, 2020). Se o PE é uma evolução contínua, em que as etapas são interdependentes, em algum momento algo falhará e, normalmente, esse erro acontece nas prescrições e na avaliação do cuidado, visto que alguma necessidade deixou de ser atendida. Outra situação que pode interferir negativamente nas avaliações do cuidado e interpretação dos cuidados oferecidos é a ausência de padronização na assistência e na linguagem (CALDEIRA et al., 2019). Anotações de enfermagem de boa qualidade, com dados concretos, subjetivos, letra legível e que contribuam para a continuidade do cuidado, favorecem a diminuição dos riscos de eventos adversos. V e r a n o ta ç õ e s 0 31/10/2022 14:16 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 6/11 Há um movimento das instituições de saúde para informatizar os registros de saúde, o que facilitaria e melhoria a comunicação e a continuidade dos cuidados, desde que haja capacitação e uni cação nas terminologias e ações (COSTA; LINCH, 2020). REFLITA A troca dos prontuários de papel pelo prontuário eletrônico vem se tornando uma realidade nas instituições de saúde, mesmo que a passos lentos. Uma das justi cativas para essa alteração é a economia de tempo que seria alcançada para realizar os registros. Alguns estudos internacionais já vêm mostrando que essa pauta será falha se não houver treinamento da equipe e capacitação para sistemas (VABO; SLETTEBØ; FOSSUM, 2016). E quanto à qualidade da assistência? Se continuarmos anotando como fazíamos no papel, sem criticidade e sem acompanhamento, não trocaremos seis por meia dúzia? Diante disso, as instituições de saúde vêm analisando seus documentos internos e aplicando treinamentos e validações de processos padronizados para o cuidado, ou seja, estão implementando ou aprimorando protocolos para a rotina de cuidados. O que deve ser anotado, como deve ser registrado e quando se deve comunicar informações a médicos e/ou enfermeiros são questões que fazem parte do dia a dia da equipe de saúde. Essas interpretações devem estar prontamente evidentes a todo o grupo. Isso signi ca que toda e qualquer alteração deve saltar aos olhos e ser encarada como uma possível complicação a ser evitada. No mundo todo, a principal di culdade relatada pelos discentes de enfermagem e recém-formados é colocar no papel o processo de raciocínio da avaliação do paciente, além de registrar os dados em linguagem padronizada e técnica (COSTA; V e r a n o ta ç õ e s 0 31/10/2022 14:16 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 7/11 LINCH, 2020). Sabendo da importância da qualidade dos registros e da di culdade dos pro ssionais, o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), em 2016, aprovou a Resolução nº 514, que auxilia os pro ssionais com relação a anotações essenciais. O Guia de recomendação para registros de enfermagem em prontuário do paciente apresenta tudo o que não pode deixar de ser anotado. EXEMPLIFICANDO Se você pesquisar, no Guia, sobre sinais vitais (item 9.62), encontrará uma recomendação para que os seguintes itens sejam registrados: Data e hora do procedimento. Registrar dados aferidos. Queixas. Estado geral do paciente. Intercorrências e providências adotadas. Nome completo e Coren do responsável pelo procedimento. Parte-se do princípio de que os pro ssionais de enfermagem seguirão os cuidados diários, obedecendo ao passo a passo que compreende o PE, cujas etapas são: 1. Checar as prescrições de enfermagem. 2. Realizar os cuidados prescritos. 3. Anotar tudo o que foi ou não realizado. 4. Comunicar tudo o que estiver alterado. V e r a n o ta ç õ e s 0 31/10/2022 14:16 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 8/11 Para que isso ocorra de maneira satisfatória, a interpretação dos achados, ou seja, dos sinais e sintomas, é fundamental, uma vez que eles servem como indicadores precoces da piora dos pacientes (OLIVEIRA et al., 2020). Se o pro ssional não souber quais são os sinais básicos da assistência, não será capaz de interpretar o que representa risco ao paciente. Portanto, vamos nos ater, primeiramente, à veri cação correta dos dados e sinais do paciente, com o objetivo de registrá-los de maneira cientí ca, utilizando-se das terminologias básicas. Para isso, vamos fazer um pequeno exercício: O paciente RobertoAlves, de 28 anos, procurou a Unidade Básica de Saúde (UBS) para consulta de rotina, pois a esposa e ele querem ter um lho e acham importante que ambos realizem alguns exames. Fabrícia, a enfermeira da unidade, se apresenta e explica que veri cará os sinais vitais, que são: temperatura, pressão, frequência respiratória, frequência cardíaca e dor. Fabrícia evidencia: Temperatura: 36,5 ºC. Frequência respiratória (FR): 22 rpm. Frequência cardíaca (FC): 80 bpm. Pressão arterial (PA): 120x70 mmHg. Dor: zero. Em seguida, a enfermeira realiza a seguinte anotação de enfermagem: “9h, veri co os sinais vitais do paciente, os quais estão estáveis, comunico o resultado ao paciente, sano as dúvidas e o encaminho ao consultório médico”. Fabrícia não precisa repetir, na anotação, os dados encontrados, pois no prontuário já existe uma tabela exclusiva para o preenchimento dos sinais vitais. Essas informações estarão visíveis ao próximo pro ssional incumbido de atender V e r a n o ta ç õ e s 0 31/10/2022 14:16 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 9/11 Roberto – no caso, o médico. Como Fabrícia é enfermeira, ela também precisa realizar a evolução de admissão do paciente. Nesse contexto, ela escreve: Roberto procurou assistência preventiva com a nalidade de gestação. Veri cados os sinais vitais, os quais estavam estáveis. Não refere queixas ou alterações de saúde. Conversado sobre ciclo de fertilidade e estruturação familiar, bem como nanceira. Encaminhado ao consultório médico para dar continuidade à assistência. Repare que a evolução oferece uma visão analítica da assistência, e não apenas dados brutos, como na anotação de enfermagem. Obviamente, partimos do princípio de que houve uma interpretação correta dos dados porque a enfermeira Fabrícia sabia quais eram os parâmetros basais dos sinais vitais para um adulto, os quais estão relacionados na Tabela 4.3, a seguir. Tabela 4.3 | Parâmetros de normalidade dos sinais vitais Parâmetro Normalidade Temperatura 35-37,4 ºC Frequência respiratória 12-20 rpm Frequência cardíaca 60-100 bpm Pressão arterial sistólica <120 mmHg Pressão arterial diastólica Fonte: Brasil (2019). <80 mmHg V e r a n o ta ç õ e s 0 31/10/2022 14:16 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 10/11 Os componentes centrais desse processo foram a interpretação e a análise dos sinais obtidos por Fabrícia. Ela soube interpretá-los, conduziu a assistência e relatou tudo de acordo com sua competência. Assim também será no seu dia a dia, quando você terá que lidar com a realização do exame físico do paciente e a interpretação dos dados, associando-os à clínica apresentada por ele. Na próxima seção de estudos, aprofundaremos nossos conhecimentos sobre a análise crítica desses sinais. REFERÊNCIAS BILIOTECA VIRTUAL EM SAÚDE. Ministério da Saúde. Página inicial, [s. d.]. Disponível em: https://bityli.com/9YVuxY. Acesso em: 9 set. 2021. BRASIL. Ministério da Saúde. Grupo Hospitalar Conceição. UPA Moacyr Scliar. Manual do técnico de enfermagem da UPA Moacyr Scliar. Porto Alegre: Hospital Nossa Senhora da Conceição, 2019. Disponível em: https://bityli.com/QBfJxp. Acesso em: 9 set. 2021. CALDEIRA, M. M. et al. Anotação da equipe de enfermagem: a (des)valorização do cuidado pelas informações fornecidas. Revista Online de Pesquisa Cuidado é Fundamental, v. 11, n. 1, p. 135-141, jan./mar. 2019. Disponível em: https://bityli.com/JugGN7. Acesso em: 6 set. 2021. COFEN. Conselho Federal de Enfermagem. Resolução Cofen nº 358, de 15 de outubro de 2009. Brasília, DF: Cofen, 2009. Disponível em: https://bityli.com/UYBG7. Acesso em: 6 set. 2021. COFEN. Conselho Federal de Enfermagem. Resolução nº 514, de 5 de maio de 2016. Brasília, DF: Cofen, 2016. Disponível em: https://bityli.com/FXYI27. Acesso em: 8 set. 2021. V e r a n o ta ç õ e s 0 https://bityli.com/9YVuxY https://bityli.com/QBfJxp https://bityli.com/JugGN7 https://bityli.com/UYBG7 https://bityli.com/FXYI27 31/10/2022 14:16 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 11/11 V e r a n o ta ç õ e s COSTA, C.; LINCH, G. F. C. A implementação dos registros eletrônicos relacionados ao processo de enfermagem: revisão integrativa. Revista Online de Pesquisa Cuidado é Fundamental, v. 12, p. 12-19, jan./dez. 2020. 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VABO, G.; SLETTEBØ, A.; FOSSUM, M. Nursing Documentation: an Evaluation of an Action Research Project. Nursing Informatics, v. 255, p. 842-843, 2016. Disponível em: https://bityli.com/aBI4wp. Acesso em: 8 set. 2021. 0 https://bityli.com/waVd6P https://bityli.com/XtY56w https://bityli.com/QcurYF https://bityli.com/rxqLOs https://bityli.com/lOtCNj 31/10/2022 14:16 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFERM… 1/4 FOCO NO MERCADO DE TRABALHO Imprimir SINAIS VITAIS: VERIFICAÇÃO E REGISTRO Bruna Zemella Collaço SEM MEDO DE ERRAR Você se lembra da situação-problema que serve como norteadora desta seção de estudos? Nela, o enfermeiro solicita à técnica de enfermagem as anotações de sinais vitais de um paciente que passou por uma reanimação cardiopulmonar. Vou refrescar sua memória: Rafael é enfermeiro da Unidade de Terapia Intensiva de um hospital de grande porte de direito privado. Durante avaliação e planejamento da assistência do paciente GRT, de 25 anos, internado por Covid-19, Rafael prescreveu que os sinais vitais deveriam ser veri cados e anotados a cada 1 hora, em decorrência das drogas vasoativas e da instabilidade do paciente. Fernanda é a técnica de enfermagem responsável pelos cuidados a esse e a outros dois pacientes. Ela conseguiu realizar a veri cação assim que assumiu o plantão e deu sequência rigorosamente. Às 15h, o paciente apresentou uma convulsão seguida de parada cardiorrespiratória. Após estabilizarem o paciente, Rafael foi checar as anotações e notou que desde as 13h não havia relatos. Fernanda foi chamada e mostrou todas as anotações e veri cações em seu bloco de notas. Qual deve ser a conduta de Rafael? Justi que. Ao receber as anotações da técnica Fernanda, Rafael pode se deparar com duas situações: V e r a n ota ç õ e s 0 31/10/2022 14:16 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFERM… 2/4 VERIFICAÇÃO DE SINAIS ALTERADOS 1ª situação: em algum momento durante as veri cações de Fernanda, houve alterações dos sinais vitais, as quais não foram interpretadas e/ou informadas, uma vez que o paciente apresentou convulsão e parada cardiorrespiratória. 2ª situação: todas as veri cações estavam dentro da normalidade, sem indicativos de qualquer intercorrência iminente. Contudo, há um procedimento que não depende de nenhuma dessas possíveis situações e que deveria ter sido realizado. Você consegue descobrir sobre o que estou falando? Os registros dos dados precisam estar em um documento visível e de fácil acesso a todos. As anotações de enfermagem são pontuais e feitas de acordo com a assistência prestada. Obviamente, é importante que Fernanda tenha cumprido com a prescrição de enfermagem, porém apenas ela detinha a informação e os valores dos sinais encontrados. Se o prontuário do paciente é o documento que registra a continuidade do cuidado e que oferece informações da saúde do paciente a todos os membros da equipe, Fernanda omitiu dados importantes sobre a assistência, podendo, inclusive, ser punida por esse ato. Valorizar o pro ssional, reconhecer a assistência prestada por ele e redirecioná-lo com orientações e treinamentos são ações que têm um efeito muito mais positivo para a melhoria da assistência do que medidas apenas punitivas. Claro que cada instituição possui as suas normativas e regras, porém você, como futuro enfermeiro e gestor de unidade, já pode começar a desenhar a forma pela qual acredita que será possível manter sua equipe motivada a prestar uma assistência de qualidade. AVANÇANDO NA PRÁTICA V e r a n o ta ç õ e s 0 31/10/2022 14:16 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFERM… 3/4 Janaína é técnica de enfermagem da Unidade de Terapia Intensiva e estava dando assistência a três pacientes, um com Covid-19, outro com suspeita de contaminação por esse vírus e o último recuperado dos sintomas do Conoravírus, aguardando a liberação para alta. De acordo com a prescrição de enfermagem, Janaína deveria veri car os sinais vitais de seus pacientes a cada 1 hora, exceto os do paciente que esperava a alta. Há computadores para registro dos cuidados à beira dos leitos e todos eles são individualizados nessa unidade. Após aproximadamente 4 horas desde o início do plantão, o paciente de Janaína com Covid-19 apresenta uma piora signi cativa e precisa ser entubado e pronado. Janaína percebe, em suas anotações de 20 minutos atrás, os seguintes dados: FC: 140 bpm. PA: 100x50 mmHg. Saturação de 89%. Ela vai até o enfermeiro e relato o caso. Você é o enfermeiro de Janaína. Qual seria a sua conduta? Justi que. RESOLUÇÃO Janaína acaba de mostrar a você que a situação vivenciada pelo paciente talvez pudesse ter sido evitada, uma vez que ela veri cou a alteração dos sinais vitais, porém não comunicou. Será que Janaína sabia interpretar as alterações e, no meio da sua rotina de trabalho, deixou os dados passarem despercebidos? Será que Janaína não conhece os parâmetros normais? Você prediria à Janaína que realizasse um plano de ação sobre esse paciente ou simplesmente a puniria com uma advertência, por exemplo? V e r a n o ta ç õ e s 0 31/10/2022 14:16 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFERM… 4/4 Quais medidas seriam interessantes para que esse erro não volte a acontecer, pensando em todas as facilidades que existem nessa assistência informatizada à beira do leito? V e r a n o ta ç õ e s 0 31/10/2022 14:16 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 1/10 NÃO PODE FALTAR Imprimir SINAIS VITAIS: INTERVENÇÕES Bruna Zemella Collaço PRATICAR PARA APRENDER Querido aluno, parabéns pelo seu empenho e dedicação. Você nalizará seus estudos nesta disciplina com um conteúdo-chave para sua vida pro ssional! Nesta seção, estudaremos sobre a interpretação dos sinais vitais e a importância de saber identi car as alterações que o paciente possa apresentar para atuar de maneira precisa e com qualidade, evitando todo e qualquer tipo de evento adverso decorrente de falhas em anotações e registros. Não se esqueça: em breve você estará em um cargo de liderança e com muitas responsabilidades. Logo, você deverá estar habilitado para treinar e orientar cada integrante da sua equipe, tornando-se responsável pelo grupo de auxiliares e técnicos com os quais estabelecerá um vínculo pro ssional. Como compreendemos anteriormente nesta disciplina, a primeira etapa do Processo de Enfermagem (PE) relaciona-se à entrevista e ao exame físico, que são os meios pelos quais o enfermeiro conseguirá obter as primeiras evidências de enfermagem para planejar sua assistência, com enfoque nos resultados esperados das ações que serão implementadas. Dessa forma, pensar no bem-estar do paciente, veri car os sinais vitais e correlacioná-los com a clínica, interpretando e agindo cienti camente, são ações que fazem parte da função privativa do enfermeiro. V e r a n o ta ç õ e s 0 31/10/2022 14:16 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 2/10 Para estimular sua criticidade e conduzir sua atuação nesse contexto, temos mais uma situação-problema que te acompanhará ao longo do conteúdo apresentado, permeando seu processo de aprendizagem para que, ao término, você seja capaz de solucioná-la. Margareth é a enfermeira da Unidade de Internação da maternidade de um hospital escola de grande porte. Durante o acompanhamento de rotina dos alunos de graduação em Enfermagem, um dos estudantes, ao veri car os sinais vitais de uma paciente, encontrou os seguintes dados: Temperatura: 36 ºC. Frequência respiratória (FR): 35 rpm. Frequência cardíaca (FC): 120 bpm. Pressão arterial (PA): 100/60. Margareth imediatamente conduziu o aluno até o quarto. Por quê? Tenho certeza de que você chegou até aqui com muito empenho e que está cada vez mais satisfeito com o que vem construindo em sua aprendizagem. Portanto, para você, essa situação-problema não será tão desa adora, mas encerrará um ciclo com muita clareza e estrutura de conhecimento. Foi um imenso prazer te acompanhar nessa jornada. Nós nos veremos em breve! Mãos à obra e capriche em seus estudos! CONCEITO-CHAVE De acordo com as Diretrizes Nacionais do Curso de Enfermagem, o enfermeiro deve ter como um de suas competências e habilidades a tomada de decisão, caracterizada, entre outros aspectos, pela capacidade de decidir sobre a prática clínica, avaliando, sistematizando e atuando de maneira efetiva (BRASIL, 2001). V e r a n o ta ç õ e s 0 31/10/2022 14:16 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 3/10 Quando há morte cerebral, o diagnóstico é feito pela ausência defunções do cérebro. Ou seja, a demonstração de que estamos vivos é realizada pelo funcionamento cerebral. É esse processo que mantém nossa máquina corpórea funcionando por intermédio das batidas do coração, da troca de gases feita pelos pulmões, da nossa respiração, da distribuição sanguínea administrada pela pressão arterial e da estabilização da temperatura do corpo. Não é à toa que esses sinais são chamados de vitais, pois deles dependem nossas vidas! Figura 4.7 | Demonstração de sinais vitais em aparelho multimétrico Fonte: Shutterstock. Obviamente, se eles são vitais, o enfermeiro precisa obrigatoriamente saber mensurá-los da forma correta e atuar adequadamente diante de possíveis alterações, além de priorizar esses atendimentos. A atuação precoce pode prevenir eventos adversos que piorem o quadro do paciente ou o levem à morte (OLIVEIRA et al., 2020). V e r a n o ta ç õ e s 0 31/10/2022 14:16 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 4/10 Na graduação, aprendemos a veri car os sinais vitais em disciplinas que trabalham com o exame físico do paciente, como Semiologia e Fundamentos Técnicos de Enfermagem. Para auxiliar no controle e veri cação dos sinais vitais, existem sistemas e escalas, como a Rapid Emergency Medicine Score (REMS), que podem ser implementados nos serviços de saúde para não deixar que os valores estejam sujeitos à subjetividade do avaliador. Tabela 4.4 | Parâmetros vitais normais, segundo a REMS Frequência Cardíaca Frequência Respiratória Pressão Arterial Média Saturação 70-109 bpm 12-24 pm 70-109 Hm >89% Fonte: Oliveira et al. (2020). Tabela 4.5 | Parâmetros de normalidade dos sinais vitais, segundo o Ministério da Saúde Temperatura FC FR Pressão Sistólica Pressão Diastólica 35-37,4ºC 60-100 bpm 12-20 rpm <120 mmHg <80 mmHg Fonte: Brasil (2019). REFLITA Percebe-se que há discretas oscilações entre os valores de normalidades utilizados pela REMS e pelo Ministério da Saúde. Quando há mecanismos, códigos, tabelas e estudos a serem seguidos, ca difícil dar margem a erros. V e r a n o ta ç õ e s 0 31/10/2022 14:16 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 5/10 V e r a n o ta ç õ e s 0 Apesar de ser um tema básico na atuação dos pro ssionais, a veri cação dos sinais vitais é, ao mesmo tempo, muito relevante, visto que é imprescindível para o Processo de Enfermagem (PE). Um estudo com discentes de Enfermagem demonstrou que 69,8% deles não perceberam alterações nos sinais vitais de pacientes que estavam próximos de apresentar uma parada cardiorrespiratória (MEDEIROS et al., 2021). Ou seja, esses estudantes não conheciam os limiares de normalidade dos parâmetros medidos nem sabiam que, a cada hora de atraso na atuação da equipe de enfermagem, o risco de morte do paciente aumenta em 4% (CORRÊA et al., 2019). Não podemos nos esquecer da importância de fazer as devidas e corretas anotações dos dados evidenciados, pois de nada adianta mensurar sem atuar e registrar. A prova das ações é documentada em prontuário, ou seja, se você veri cou, mas não anotou, é como se não tivesse feito nada! Estudos brasileiros demonstram que o nível de consciência ainda é pouco utilizado como um sinal vital a ser investigado. Como no país não há uma padronização para o intervalo das veri cações ou para quais sinais buscar, cada serviço de saúde implementa o que julgar importante para a qualidade da sua assistência (GUEDES et al., 2017; OLIVEIRA et al., 2020). Nesses mesmos serviços de saúde que utilizam monitorização multiparamétrica, vem sendo evidenciada a “fadiga de alarmes”, que é a indiferença da equipe em decorrência de não utilizarem os parâmetros adequados à individualização de cada paciente. Consequentemente, os alarmes disparam a todo momento sem necessidade, fazendo com que a equipe os silencie ou desligue (ASSIS et al., 2019). Frente à individualização da assistência, vamos estudar sobre os sinais vitais de maneira distinta. Temperatura é o principal parâmetro para evidenciar a sepse, uma desarranjo orgânico sistêmico de resposta in amatória a uma desordem infecciosa. Essa condição vem sempre acompanhada de, no mínimo, mais duas alterações sistêmicas, como frequência cardíaca e respiratória (ALVIM et al., 2020). 31/10/2022 14:16 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 6/10 ASSIMILE A alteração da temperatura corpórea para valores mais elevados, ou seja, a hipertermia, normalmente indica que houve invasão de algum microrganismo patogênico no corpo, e a primeira resposta do organismo é aumentar a atividade metabólica, enviando células de defesa, o que acarreta a elevação da temperatura. Apesar de a sepse também evidenciar hipotermia em alguns casos, essa situação é mais comum em pacientes que passaram por procedimentos cirúrgicos, compreendendo cerca de 60% a 90% dos casos, podendo ocasionar maiores chances de infecção no sítio cirúrgico, complicações cardíacas e riscos de sangramento (MARTINS et al., 2019). Fora de um ambiente hospitalar, a hipertensão arterial sistêmica faz parte das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), as quais são multifatoriais e podem levar à morte se não forem cuidadas, além de onerarem a saúde pública em decorrência das complicações geradas (PRATES et al., 2020). Por isso o acompanhamento e a atuação direta com esses pacientes é tão importante. A Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH) e a American Heart Association (AHA) assumem valores distintos para classi car a hipertensão, como mostra a Tabela 4.6, a seguir. Tabela 4.6 | Valores normais para hipertensão arterial sistêmica Academia Pressão Sistólica Pressão Diastólica Sociedade Brasileira de Hipertensão ≥140 mmHg ≥90 mmHg American Heart Association 130-139 mmHg 80-89 mmHg Fonte: Rêgo et al. (2021). V e r a n o ta ç õ e s 0 31/10/2022 14:16 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 7/10 Com esses parâmetros estabelecidos, torna-se mais fácil, inclusive, a atuação intra- hospitalar, pois o diagnóstico da hipertensão arterial sistêmica é difícil pelo fato de muitos pacientes serem assintomáticos. É importante abrir parênteses aqui para mencionar a síndrome do jaleco branco. Existem pacientes que, ao ver um pro ssional de saúde, cam muito nervosos, de modo que todos os sinais vitais que serão veri cados cam alterados. Em algumas instituições, inclusive, o jaleco branco não é mais utilizado em decorrência desse fator. Tem-se estimulado a automonitorização, com a correta educação do paciente a m de reduzir esses diagnósticos falso-positivos de hipertensão (RODRIGUES, 2019). A correta educação, tanto para o paciente quanto para os pro ssionais, envolve fatores como tempo de descanso antes de avaliar os sinais, posicionamento do paciente e elevação do membro na altura do coração para a veri cação da pressão arterial (PA), por exemplo. Na Figura 4.8, a seguir, podemos visualizar a maneira incorreta de veri car a pressão do paciente, visto que o membro não está adequadamente apoiado e não está na altura do coração. Figura 4.8 | Demonstração incorreta de veri cação de PA V e r a no ta ç õ e s 0 31/10/2022 14:16 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 8/10 EXEMPLIFICANDO Se um pro ssional for veri car a frequência respiratória e comunicar ao paciente, muito provavelmente teremos uma alteração nesse dado, pois a pessoa atendida passará a prestar atenção ao modo como respira e tentará modi cá-lo, se for possível, para mais ou para menos. Quando informamos sobre a veri cação dos sinais e, com a mão no pulso, como se estivéssemos fazendo uma contagem, prestarmos atenção na respiração do paciente, as chances de termos interferências serão menores. Fonte: Shutterstock. A frequência respiratória tem sido o parâmetro com maior divergência entre os avaliadores, não em relação aos dados de normalidade, mas sim à forma de veri cação. Talvez isso ocorra em virtude do método que cada pro ssional utiliza para a medição. V e r a n o ta ç õ e s 0 31/10/2022 14:16 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 9/10 A veri cação dos sinais vitais, a anotação correta, a interpretação dos dados e a atuação são procedimentos básicos da enfermagem. Representam a primeira etapa de toda e qualquer assistência por meio do Processo de Enfermagem. É nossa obrigação conhecer essa metodologia, agir para evitar complicações ao paciente e manter a qualidade da assistência. Portanto, não há como ser enfermeiro sem ter domínio sobre esses aspectos, os quais, reitero, são básicos. REFERÊNCIAS ALVIM, A. L. et al. Conhecimento da equipe de enfermagem em relação aos sinais e sintomas da sepse. Enfermagem em Foco, v. 11, n. 2, p. 133-138, jul. 2020. Disponível em: https://bityli.com/ChWoR7. Acesso em: 17 set. 2021. ASSIS, A. P. et al. Parametrização individualizada de alarmes de monitores multiparamétricos em pacientes infartados. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 72, n. 3, p. 609-616, 2019. Disponível em: https://bityli.com/srzscf. Acesso em: 17 set. 2021. BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educação Superior. Resolução CNE/CES nº 3, de 7 de novembro de 2001. Institui as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Enfermagem. Diário O cial União, Brasília, 9 nov. 2001. Disponível em: https://bityli.com/p5b2rx. Acesso em: 21 set. 2021. BRASIL. Ministério da Saúde. Grupo Hospitalar Conceição. UPA Moacyr Scliar. Manual do técnico de enfermagem da UPA Moacyr Scliar. Porto Alegre: Hospital Nossa Senhora da Conceição, 2019. Disponível em: https://bityli.com/QBfJxp. Acesso em: 9 set. 2021. CORRÊA, F. et al. Per l de termorregulaçâo e desfecho clínico em pacientes críticos com sepse. 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Acesso em: 17 set. 2021. MEDEIROS, A. B. et al. Conhecimento dos docentes e discentes de enfermagem sobre o suporte básico de vida. Revista de Enfermagem e Atenção à Saúde, v. 10, n. 1, e202102, 2021. Disponível em: https://bityli.com/QcurYF. Acesso em: 17 set. 2021. OLIVEIRA, G. N. et al. Alteração de sinais vitais e desfecho clínico de pacientes admitidos em unidade de emergência. Revista de Enfermagem da UFSM, Santa Maria, RS, v. 10, e81, p. 1-19, 2020. Disponível em: https://bityli.com/lOtCNj. Disponível em: https://bityli.com/HJaJAo. Acesso em: 17 set. 2021. PRATES, E. J. S. et al. Características clínicas de clientes com hipertensão arterial e diabetes mellitus. Revista de Enfermagem da UFPE Online, v. 14, e244110, p. 1- 10, abr. 2020. Disponível em: https://bityli.com/5puXtl. Acesso em: 17 set. 2021. RÊGO, A. da S. et al. Acessibilidade ao diagnóstico de hipertensão arterial na atenção primária à saúde. Revista Online de Pesquisa Cuidado é Fundamental, v. 13, p. 1129-1134, jan./dez. 2021. Disponível em: https://bityli.com/GMDbqz. Acesso em: 17 set. 2021. RODRIGUES, C. I. S. Automonitorização com ou sem telemonitorização: seria a nova era do diagnóstico e conduta da hipertensão? Arquivos Brasileiros de Cardiologia, v. 113, n. 5, p. 976-978, nov. 2019. Disponível em: https://bityli.com/Zm9Lbt. Acesso em: 21 set. 2021. 0 https://bityli.com/9JyjFb https://bityli.com/25UiCJ https://bityli.com/QcurYF https://bityli.com/lOtCNj https://bityli.com/HJaJAo https://bityli.com/5puXtl https://bityli.com/GMDbqz https://bityli.com/Zm9Lbt 31/10/2022 14:16 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFERM… 1/4 FOCO NO MERCADO DE TRABALHO Imprimir SINAIS VITAIS: INTERVENÇÕES Bruna Zemella Collaço SEM MEDO DE ERRAR Estamos aqui, novamente, para retomar a situação-problema que servirá como elemento norteador para seus estudos. Caso você tenha se perdido no meio do caminho, vou refrescar a sua memória apresentando, mais uma vez, o caso a ser analisado. Margareth é a enfermeira da Unidade de Internação da maternidade de um hospital escola de grande porte. Durante o acompanhamento de rotina dos alunos de graduação em Enfermagem, um dos estudantes, ao veri car os sinais vitais de uma paciente, encontrou os seguintes dados: Temperatura: 36 ºC. Frequência respiratória (FR): 35 rpm. Frequência cardíaca (FC): 120 bpm. Pressão arterial (PA): 100/60. Margareth imediatamente conduziu o aluno até o quarto. Por quê? Para resolver essa questão, você teria que saber quais são os parâmetros de normalidade esperados de uma mulher adulta, já que estamos falando sobre o atendimento de uma puérpera (mulher que teve bebê). V e r a n o ta ç õ e s 0 31/10/2022 14:16 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFERM… 2/4 Com base nos sinais veri cados pelo aluno, você pode perceber que a FR e a FC estão alteradas. Isso sugere que a PA está baixa? Se estamos analisando o caso de uma puérpera, ou seja, de uma mulher que acabou de parir, quais são os riscos que podem estar envolvidos no pós-parto? Provavelmente, Margareth retornou ao quarto com dois objetivos: 1. Conferir os sinais vitais veri cados. 2. Conferir o quadro clínico da paciente, especialmente os lóquios (perdas de sangue, muco e tecidos do interior do útero durante o período puerperal). Ou seja, há um risco de sangramento em puérperas, portanto os sinais vitais são importantes alertas para situaçõesde risco. O fato de o aluno ter evidenciado uma taquicardia acompanhada de taquipneia pode ser um indicativo de sangramento, visto que o corpo passa a bombear mais sangue para tentar manter tudo funcionando. Em decorrência disso, ou seja, de uma suposta perda de sangue, a pressão ainda se mantém teoricamente estável, porém pode estar diminuindo, uma vez que não temos dados anteriores para fazer essa comparação. Conseguiu chegar a essa conclusão e a esse raciocínio? Você também havia percebido essas alterações? Tenho absoluta certeza do seu potencial e, com todo o seu empenho, acredito que você também tenha conseguido chegar a essa resolução! AVANÇANDO NA PRÁTICA A CLÍNICA É SOBERANA V e r a n o ta ç õ e s 0 31/10/2022 14:16 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFERM… 3/4 A enfermeira Margareth continua com os alunos no andar da maternidade conduzindo as visitas, porém, agora, ela pede aos estudantes que, antes de entrar nos quartos, veri quem as anotações de enfermagem anteriores, na intenção de buscar alguma alteração ou melhorias dos quadros. Uma das estudantes, que é muito dedicada, vai ao encontro de Margareth com os seguintes resultados: Temperatura: 35,9 ºC (anterior 36,3 ºC). Frequência respiratória: 24 rpm (18 rpm). Frequência cardíaca: 88 bpm (anterior 50 bpm). Pressão arterial: 100/70 (anterior 110/70). A aluna refere que paciente está descorada. Qual deve ser a conduta de Margareth? Justi que. RESOLUÇÃO Provavelmente Margareth caminhará até o quarto com a aluna para checar as informações, mas o que os sinais dessa paciente demonstram? Será que se trata de outra paciente com risco de sangramento? Os sinais vitais indicam um leve agravo associado ao fato de ela estar descorada? Os dois casos apresentados nesta seção aconteceram no mesmo dia e em locais muito próximos. Será que Margareth deve investigar mais algum detalhe, como descobrir quem é a equipe médica dessas pacientes? Será que o mesmo grupo de enfermagem cuida de ambas as pacientes? O fato é que Margareth precisará agir, visto que a última paciente analisada está descorada e os sinais vitais indicam uma possível piora na estabilidade do quadro (período puerperal). É importante fazer as associações entre sinais, sintomas e o que o paciente refere. V e r a n o ta ç õ e s 0 31/10/2022 14:16 lddkls221_pro_cui_enf https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFERM… 4/4 V e r a n o ta ç õ e s 0