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31/10/2022 14:08 lddkls221_pro_cui_enf 
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PROCESSO DE CUIDAR EM ENFERMAGEM 
 
Bruna Zemella Collaço 
 
 
 
 
 
CONHECENDO A DISCIPLINA 
 
Seja bem-vindo à disciplina Processo de Cuidar em Enfermagem! Nós somos os 
responsáveis pelo cuidado e proteção à vida humana, nós estudamos a ciência do 
cuidar, portanto não teria como você passar pela graduação sem estudar esse 
processo. Em sua atuação pro ssional, você estará em contato direto com a 
sistematização da assistência e com o planejamento das ações por meio das 
evidências que encontrará no seu dia a dia. 
Dessa forma, você será capaz de demonstrar entendimento crítico sobre o 
processo do cuidar, conhecendo e identi cando as necessidades relacionadas a 
pacientes, ambiente, educação e biossegurança. Além disso, você se tornará apto a 
atrelar suas anotações a diversos tipos de prontuário, com as respectivas 
responsabilidades éticas. 
O senso crítico para reconhecer e explicar as principais técnicas relativas ao bem- 
estar do paciente permearão a sua assistência do cuidado, as quais devem estar 
embasadas na humanização e no relacionamento empático e terapêutico. 
Para tanto, ao longo da disciplina, você caminhará pela Unidade 1, na qual 
veremos os documentos necessários para a assistência, a forma de relatar o 
cuidado e como isso se organiza nos serviços de enfermagem. Na Unidade 2, 
tomaremos como temas centrais a biossegurança, a higienização de materiais, a 
separação adequada das áreas e o controle de infecções, que são aspectos 
capazes de orientar o seu cuidado. A Unidade 3 será a sua forma de se relacionar 
com os pacientes, fundamentando seu cuidado por meio de uma anamnese que 
 
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respeite a ética. Com os dados da Unidade, você coloca á a Unidade em prática por meio dos 
processos básicos de bem-estar, veri cação e interpretação de sinais 
 vitais. 
 
Como você pode perceber, esta é uma caminhada crítica entre a teoria e a prática do cuidado 
em enfermagem, temas com os quais você estará em contato o tempo todo após a sua 
formação. Portanto, convido você a mergulhar neste universo do cuidar, que embasa toda a sua 
futura prossão! 
Divirta-se e bons estudos!
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NÃO PODE FALTAR 
PRONTUÁRIOS 
Bruna Zemella Collaço 
 
 
CONVITE AO ESTUDO 
 
Futuro enfermeiro, você já parou para pensar no quanto a documentação e os 
registros das suas ações são importantes para a continuidade do cuidado prestado 
e para respeitar os direitos legais do paciente (além de protegerem, legalmente, o 
pro ssional, é claro)? 
Imagine a seguinte situação: você chega para receber o plantão e tudo parece um 
caos. Acabou a energia durante o período da manhã e os computadores não 
funcionaram. Os técnicos de enfermagem utilizaram folhas de rascunhos para 
anotar os cuidados e as deixaram à beira do leito dos pacientes. As anotações 
eram rabiscos com o primeiro nome dos pacientes, nomes de remédios e valores 
aleatórios. Você precisa dar continuidade a isso. O sistema voltou, mas você e sua 
equipe não conseguem identi car quais ações foram realizadas. 
O prontuário do paciente é um comprovante de tudo o que foi realizado e não 
realizado com relação à assistência a uma determinada pessoa, portanto se trata 
de um instrumento obrigatório na assistência à saúde, assim como a escrita 
e ciente, com termos técnico-cientí cos em ordem cronológica. Atrelado a isso, 
não há como estudarmos sobre cuidados sem falar sobre loso a do cuidar, ou 
seja, sobre quais os objetivos que cada instituição de saúde tem ao oferecer seus 
serviços à comunidade/paciente. 
Após esta unidade de ensino, você será capaz de demonstrar entendimento crítico 
sobre o processo do cuidar, conhecendo e desenvolvendo anotações, prescrições e 
evoluções no prontuário com as respectivas responsabilidades éticas da equipe de 
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enfermagem e multidisciplinar, além de reconhecer as formas de cuidar das 
organizações dos serviços de enfermagem. 
O senso crítico adquirido com seus estudos auxiliará você em suas futuras 
atividades pro ssionais como egresso da área da saúde. 
 
PRATICAR PARA APRENDER 
 
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hendrerit mi dolor et enim. 
 
CONCEITO-CHAVE 
 
Como já mencionado anteriormente, os cuidados de enfermagem exigem o 
correto registro. Faz parte do Processo de Enfermagem (PE) a sistematização do 
cuidado, ou seja, as atividades de coletar dados, diagnosticar, planejar a 
assistência, implementar o cuidado e avaliar. Todas essas etapas da prática do 
enfermeiro exigem anotações precisas em locais especí cos dos prontuários de 
saúde para expor a continuidade do cuidado e a qualidade da assistência prestada 
(BARROS et al., 2020). 
Já imaginou se você chegasse para trabalhar e, ao receber o plantão, o seu colega 
dissesse: “Oi, colega! Boa tarde! Espero que você esteja bem. Tenha um ótimo 
plantão!”, virasse de costas e fosse embora? Como você entenderia o que estava 
acontecendo na unidade? Como você saberia se os pacientes tiveram 
intercorrências? Como você saberia se os medicamentos foram ou não 
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administrados? Correria o risco e administraria duas vezes? Como você daria 
continuidade aos cuidados prestados sem ler sobre o que está dando certo ou não 
em determinado cuidado? 
De acordo com a Resolução Cofen nº 0514, de 5 de maio de 2016, prontuário é 
de nido pelo Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo como: “o acervo 
documental padronizado, organizado e conciso referente ao registro dos cuidados 
prestados ao paciente por todos os pro ssionais envolvidos na assistência” 
(COFEN, 2016, [s. p.]). 
Já a Resolução CFM nº 1.638, de 10 de julho de 2002, do Conselho Federal de 
Medicina, de ne prontuário como: 
 
 
 
documento único constituído de um conjunto de informações, sinais e imagens 
registradas, geradas a partir de fatos, acontecimentos e situações sobre a saúde do 
paciente e a assistência a ele prestada, de caráter legal, sigiloso e cientí co, que 
possibilita a comunicação entre os membros da equipe multipro ssional e a 
continuidade da assistência prestada ao indivíduo. 
 
— (CFM, 2002, [s. p.]). 
 
 
 
O termo prontuário deriva da palavra promptuarium, em latim, que signi ca lugar 
onde se guarda aquilo que deve estar à mão ou o que pode ser necessário a 
qualquer momento. No dicionário, é descrito comoa cha com todos os 
antecedentes de uma pessoa (DICIONÁRIO MICHAELIS ONLINE, 2021). 
É inegável a importância desse instrumento para a qualidade da assistência e, 
principalmente, para a continuidade do cuidado oferecido, independentemente do 
tipo de serviço de saúde ao qual nos referimos (hospitalar, saúde pública, clínicas 
privadas, serviços autônomos, entre outros). 
Entretanto, ainda é comum encontrarmos subnoti cações, informações 
incompletas e ausência de dados pelos mais variados motivos: ausência de 
recursos humanos, empecilhos burocráticos, falta de conhecimento e capacitação, 
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problemas econômico- nanceiros, entre outras complicações (GARRITANO et al., 
2020). 
Atualmente, temos dois tipos de prontuários para a assistência à saúde: 
 
1. Prontuário Físico do Paciente, em papel. 
 
2. Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP). 
 
Ambos são compostos, de maneira geral, por: identi cação do paciente, 
anamnese, exame físico, hipótese diagnóstica, diagnósticos, tratamento, evolução 
diária, procedimentos realizados e exames. 
Dentro de um mesmo serviço de saúde, nós podemos encontrar os dois tipos de 
prontuário, de modo que um não é excludente ao outro. Além disso, cada 
pro ssão – enfermeiro, médico, sioterapeuta, fonoaudiólogo e outros – possui as 
suas particularidades na composição, estruturação e desenvolvimento do 
prontuário, respeitando a sistematização do cuidado de acordo com a loso a do 
cargo exercido e da instituição em questão. 
 
REFLITA 
 
Mas qual a diferença entre esses tipos de prontuários, já que a estruturação 
é a mesma? E qual a melhor maneira de optar por um deles? 
 
Obviamente, se os prontuários são documentos que registram a assistência 
prestada, então eles possuem, também, aspectos legais que devem ser 
respeitados. De acordo com o Código de Ética dos Pro ssionais de Enfermagem, 
aprovado pela Resolução Cofen nº 564, de 6 de novembro de 2017: 
 
É responsabilidade ética o registro em prontuário e outros documentos das 
informações indispensáveis ao processo de cuidar de forma clara, objetiva, 
cronológica, legível, completa e sem rasuras. 
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Documentar formalmente as etapas do processo de enfermagem, em 
consonância com sua competência legal. Ou seja, todas as categorias de 
enfermagem devem fazer o registro. 
 
É permitido recusar-se a executar prescrição de enfermagem e médica na qual 
não constem assinatura e número de registro do pro ssional prescritor, exceto 
em situação de urgência e emergência. 
 
É permitido recusar-se a executar prescrição de enfermagem e médica em caso 
de identi cação de erro e/ou ilegibilidade, devendo-se buscar esclarecimento 
com o prescritor ou outro pro ssional, registrando no prontuário. 
 
É vedado ao pro ssional de enfermagem o cumprimento de prescrição a 
distância, exceto em casos de urgência, emergência e regulação, conforme 
Resolução vigente. 
 
É proibido que um pro ssional registre e assine as ações de enfermagem que 
não executou, bem como permita que suas ações sejam assinadas por outro 
colaborador. 
 
Apesar de estarmos falando sobre o Conselho de Enfermagem, essas orientações, 
assim como o sigilo de todas as informações presentes no prontuário, competem a 
toda equipe de saúde que tem contato e/ou preenche esse documento. Contudo, 
cada conselho pro ssional pode e deve acrescentar vedações, direitos e proibições 
inerentes à sua categoria. 
Por estarmos abordando um material de aspetos legais, além das questões cíveis e 
criminais que engloba, esse instrumento também é utilizado para ns nanceiros, 
ou seja, para o pagamento referente aos serviços prestados e materiais utilizados. 
Imagine que você seja o dono do convênio Absoluto (nome ctício) e que possua 
450 clientes internados, pelos mais diversos motivos, em diferentes serviços de 
saúde pela cidade. A conta de um deles chega para ser paga por você ao serviço de 
 internação, no valor de R$ 45.000,00 (quarenta e cinco mil reais) por 1 dia de 
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internação em clínica médica. Você solicita o prontuário para averiguação das 
despesas, mas não há nada anotado, apenas consta a informação de que o 
paciente foi internado com dores abdominais. Você pagaria essa quantia ao serviço 
de saúde? 
Comprovar a assistência prestada, os materiais utilizados e fornecer subsídios 
 nanceiros é outra função dos prontuários do paciente, e é responsabilidade da 
enfermeira da auditoria ler todo o prontuário em busca das anotações e dos 
materiais que foram ou não usados na assistência, a m de validar o pagamento 
ou questioná-lo, solicitando comprovações. 
 
ASSIMILE 
 
Além de todos os aspectos assistenciais e legais que o prontuário oferece, 
ele também é uma excelente fonte de pesquisa, uma vez que, se bem 
preenchido, conduz o raciocínio crítico para a análise e evolução da 
assistência prestada, oferecendo oportunidades de melhorias contínuas. 
 
O prontuário de enfermagem é composto de: identi cação do paciente, anamnese, 
exame físico, diagnósticos de enfermagem, intervenções, prescrições, anotações, 
evoluções e avaliações. Algumas etapas, como a identi cação, são realizadas 
apenas uma vez durante todo o acompanhamento. Outras são feitas diariamente e 
sempre que for necessário documentar ações, ausências e modi cações. 
Existem alguns termos na área da saúde que vêm evoluindo na tentativa de 
expandir o cuidado e as melhorias na continuidade da assistência. Há algum 
tempo, ouvíamos falar sobre multidisciplinaridade, isto é, o conceito de várias 
disciplinas juntas abordando um mesmo assunto. Esse termo evoluiu para 
interdisciplinaridade, quando há pontos de interseções entre as diferentes 
disciplinas (ALVES et al., 2019). 
Mais recentemente, integrou-se ao debate o termo transdisciplinaridade, com o 
objetivo de sobrepor, e não apenas seccionar as disciplinas. 
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Essas questões de multi, inter e trans também estão presentes na forma de 
atuação dos pro ssionais. Há algum tempo, falava-se sobre as equipes 
multipro ssionais na saúde, ou seja, diferentes categorias pro ssionais 
trabalhando em determinado local ou setor, mas não necessariamente juntos. 
Nos tempos mais atuais, começamos a ouvir o termo interpro ssionais ou equipe 
interpro ssional, que faz referência a vários pro ssionais da saúde criando 
intencionalidade na qualidade da assistência, ou seja, trabalhando em conjunto em 
prol do paciente, mas cada um na sua área de atuação (ALVES et al., 2019). 
Hoje, temos ouvido falar, então, em transpro ssionalidade, o mais alto nível de 
comprometimento e relação entre os pro ssionais envolvidos em um cuidado, de 
maneira que ca difícil distinguir onde esse cuidado se secciona (MARTINEZ; 
FERREIRA, 2021). Por exemplo: as atuações de médicos, enfermeiros e 
 sioterapeutas se completam, complementam-se sem distinção de quem fez mais 
ou melhor, mas com total diferençano cuidado ao paciente, a ponto de este 
relatar o quanto essa integração, que beira uma fusão, fez a diferença para a 
melhoria e qualidade do cuidado. 
Para facilitar a compreensão dos termos, podemos visualizar as três situações – 
multipro ssional, interpro ssional e transpro ssional – nos esquemas 
apresentados pelas guras a seguir. 
 
 
Figura 1.1 | Multipro ssional 
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Fonte: elaborada pela autora. 
 
 
Figura 1.2 | Interpro ssional 
 
 
Fonte: elaborada pela autora. 
 
 
Figura 1.3 | Transpro ssional 
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Fonte: elaborada pela autora. 
 
 
 
EXEMPLIFICANDO 
 
Multipro ssional: o paciente chega a uma Unidade Básica de Saúde (UBS) 
com dor na perna, passa pela triagem com enfermeira e é encaminhado ao 
médico, o qual, por sua vez, encaminha o paciente ao sioterapeuta fora da 
unidade com uma guia. 
Interpro ssional: o paciente chega a uma Unidade Básica de Saúde (UBS) 
com dor na perna, passa pela triagem com enfermeira, que o encaminha 
até o médico com suas percepções. O médico retoma o atendimento a 
partir dessas percepções e telefona para o sioterapeuta ao qual o paciente 
será encaminhado. 
Transpro ssional: o paciente chega a uma Unidade Básica de Saúde (UBS) 
com dor na perna e passa pela triagem com enfermeira, que solicita a 
presença do sioterapeuta. Após a discussão, os pro ssionais encaminham 
o paciente ao médico para certi car que não há comprometimento médico. 
Ambos chegam à conclusão de que não há necessidade de sioterapia 
motora, mas sim de sioterapia manual. 
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Quando temos conhecimento sobre a importância e a responsabilidade da nossa 
assistência, dos relatos dos nossos cuidados e da forma como podemos e devemos 
atuar em equipe, não só dentro do time de enfermagem, mas também integrando 
a equipe de saúde, ca evidente que essa documentação não é apenas 
burocrática, mas serve como uma etapa essencial nos processos exigidos para a 
qualidade assistencial e o direito legal de todos os envolvidos. 
 
REFERÊNCIAS 
 
ALVES, F. A. P. et al. A interdisciplinaridade como estratégia de ensino e 
aprendizagem. Revista de Enfermagem UFPE, v. 13, ago. 2019. Disponível em: 
https://bityli.com/QC0dtI. Acesso em: 15 maio 2021. 
BARROS, M. M. O. et al. Utilização do prontuário eletrônico do paciente pela equipe 
de enfermagem. Revista de Enfermagem UFPE, v. 14, jan. 2020. Disponível em: 
https://bityli.com/gr7F1X. Acesso em: 16 maio 2021. 
BIANCHI, M.; GURGUEIRA, G. P. Sistematização da assistência de enfermagem. 
Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2018. Disponível em: 
https://bityli.com/cK9C23. Acesso em: 16 maio 2021. 
CAVEIÃO, C. et al. Sistematização da assistência e processo de enfermagem: 
conhecimento de estudantes de enfermagem. Revista Online de Pesquisa UFRJ, 
v. 12, p. 1093-1098, jan./dez. 2020. Disponível em: https://bityli.com/0NvbPM. 
Acesso em: 16 maio 2021. 
 
CFM. Conselho Federal de Medicina. Resolução CFM nº 1.638, de 10 de julho de 
2002. De ne prontuário médico. Brasília, DF: CFM, 2002. Disponível em: 
https://bityli.com/vYsopKr. Acesso em: 17 maio 2021. 
 
COFEN. Conselho Federal de Enfermagem. Resolução Cofen nº 0514, de 5 de 
maio de 2016. Considera a necessidade de nortear os Pro ssionais de 
Enfermagem para a prática dos registros de enfermagem no prontuário do 
https://bityli.com/QC0dtI
https://bityli.com/gr7F1X
https://bityli.com/cK9C23
https://bityli.com/0NvbPM
https://bityli.com/vYsopKr
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paciente, garantindo a qualidade das informações que serão utilizadas por toda 
equipe de Saúde da Instituição. Brasília, DF: Cofen, 2016. Disponível em: 
https://bityli.com/FXYI27. Acesso em: 15 maio 2021. 
CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SÃO PAULO. Resolução Cofen nº 
564/2017, de 6 de novembro de 2017. Aprova o novo Código de Ética dos 
Pro ssionais de Enfermagem. Brasília, DF: Coren-SP, 2017. Disponível em: 
https://bityli.com/wIej0r. Acesso em: 15 maio 2021. 
GARRITANO, C. R. de O. et al. Avaliação do prontuário médico de um hospital 
universitário. Revista Brasileira de Educação Médica, v. 44, n. 1, 2020. Disponível 
em: https://bityli.com/OPjFMz. Acesso em: 16 maio 2021. 
MARTINEZ, S. A. O. C.; FERREIRA, A. C. Hermêutica simbólica, Jung e 
transdisciplinaridade: luzes e sombras na educação. Psicologia USP, v. 32, 2021. 
Disponível em: https://bityli.com/gjIjfO. Acesso em: 15 maio 2021. 
PRONTUÁRIO. Dicionário Michaelis Online, [s. d.]. Disponível em: 
https://bityli.com/RI56vH. Acesso em: 17 maio 2021. 
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https://bityli.com/FXYI27
https://bityli.com/wIej0r
https://bityli.com/OPjFMz
https://bityli.com/gjIjfO
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FOCO NO MERCADO DE TRABALHO 
PRONTUÁRIOS 
Bruna Zemella Collaço 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SEM MEDO DE ERRAR 
Agora, vamos solucionar a situação-problema apresentada no início da seção: as 
anotações da enfermeira obstétrica estarão organizadas de acordo com o Processo 
de Enfermagem e serão compostas por anamnese, exame físico, diagnósticos de 
enfermagem, prescrição e evolução. Portanto, essas informações podem ser úteis 
para as outras três pro ssionais envolvidas no processo médico: obstetra, 
 sioterapeuta e pediatra, caso estejam alinhadas com o foco de atendimento e 
atuação das demais pro ssionais. 
Por exemplo, a enfermeira obstétrica vai querer saber sobre os pródomos 
(sangramento e involução uterina) da cliente. Essa mesma informação será útil à 
obstetra e à sioterapeuta, porém, para a pediatra, será aproveitada com foco 
direcionado a outro aspecto, que é a amamentação, visto que há correlação entre 
“ocitocina-amamentação-sangramento-útero”. 
Como a clínica tem um sistema todo informatizado, é possível que os diversos 
atendimentos sejam compartilhados entre a equipe de saúde. Não podemos 
esquecer que respeitar o sigilo das informações é um dever. Diante disso, pode 
haver compartilhamento entre equipe de saúde, mas não pode existir 
compartilhamento com a equipe administrativa. 
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É preciso considerar que você possui um bebê de 25 dias, passará em 
consulta com quatro pro ssionais no mesmo dia e com abordagens muito 
similares. Portanto, seria interessante que não repetissem as mesmas 
perguntas, seria respeitoso não ser tocada três vezes nas mesmas regiões, 
seria humano não refazer asmesmas histórias. Em resumo, uma assistência 
incrível, transpro ssional, seria alcançada caso esses pro ssionais 
conversassem e chegassem a cuidados integrativos. Menos tempo e mais 
qualidade são essenciais nessa situação. 
RESOLUÇÃO 
 
Obviamente que esse compartilhamento será feito desde que haja motivação em 
prol da assistência. Se formos considerar a atuação transpro ssional, então faz 
sentido que essas informações estejam interligadas e expostas a todos. Contudo, 
se for uma atuação multipro ssional, não há motivos para tal. 
 
AVANÇANDO NA PRÁTICA 
 
VIVENCIANDO O CUIDADO COMO PUÉRPERA 
Imagine que você seja a CSJ, 35 anos, puérpera com bebê de 25 dias. Você passará 
em consulta na clínica mencionada com as seguintes pro ssionais: obstetra, 
enfermeira obstétrica, sioterapeuta e pediatra. 
A primeira a te atender é a enfermeira, em seguida, a obstetra, a sioterapeuta e, 
por último, a pediatra. Como você gostaria que fossem esses atendimentos? Multi 
ou transpro ssionais? Justi que sua resposta. 
 
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NÃO PODE FALTAR 
 
 
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DOCUMENTAÇÃO E ANOTAÇÃO DE ENFERMAGEM 
Bruna Zemella Collaço 
 
 
 
 
PRATICAR PARA APRENDER 
 
Que bom ter você aqui novamente! É um sinal de que você continua interessado 
em aprender a cuidar! Nesta seção, daremos continuidade ao tema documentação, 
estudando mais especi camente o prontuário, porém com enfoque nas 
competências da enfermagem. 
Como já foi mencionado anteriormente, o prontuário é um documento que 
registra as nossas ações, que organiza a nossa assistência e que dá cienti cidade 
ao cuidado. Portanto, vamos começar a direcionar nosso olhar a esses aspectos. 
Além da documentação, a linguagem e o modo de expressar as ações e cuidados 
precisam ser universais, de modo que todos os pro ssionais da saúde 
compreendam o que foi dito, feito e não realizado. 
Para que você consiga entender de maneira mais efetiva o conteúdo desta seção 
de ensino, quero convidá-lo a se imaginar na seguinte situação: uma paciente dá 
entrada no pronto-socorro pela emergência. Ela foi trazida pela sua família, 
sangrando, gritando de dor, uma ferida profunda em abdome e com frequência 
cardíaca de 120 bpm e pressão de 100/60. Então: 
 
Você registra essa admissão da seguinte forma: “mulher, admitida no pronto- 
socorro (PS) às 19h, encaminhada ao centro cirúrgico”. 
 
Seu colega de trabalho registra a mesma admissão da seguinte forma: “mulher, 
trazida pela família, em carro particular, sangrando e gritando”. 
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Outra enfermeira do centro cirúrgico registra: “recebo mulher advinda do 
pronto-socorro, acompanhada da família e equipe, em maca, com 
sangramento ativo em região abdominal em decorrência de arma branca, 
ferida profunda com bordas irregulares, sem sinais de evisceração, sinais vitais 
instáveis, encaminhada para sala cirúrgica 11”. 
 
Ao ler essas anotações, qual plantão você gostaria de receber, o seu, do seu colega 
ou da enfermeira do centro cirúrgico? 
Seguindo esse raciocínio, pense na situação a seguir: “a enfermeira obstétrica que 
atendeu a CSJ em sua consulta de retorno após acompanhar o parto evidenciou 
laceração de segundo grau em períneo, sem sinais de sangramento, lesão mamilar 
bilateral em região supramamilar, com hiperemia em região areolar. Paciente 
refere ter calafrios no m da tarde e estar perdendo urina com facilidade”. Em que 
local a enfermeira deve colocar essas informações? Quais as evidências de 
enfermagem apresentadas na situação descrita? Algum outro pro ssional da 
clínica deveria ser acionado? 
É imprescindível que haja comunicação. Além disso, deve existir continuidade no 
raciocínio, documentação que comprove a assistência e linguagem padronizada, a 
 m de que todos os que lerão o prontuário compreendam o que foi realizado. É 
exatamente isso que você fará após esta seção. 
Vamos aprender sobre termos, documentação e formas de registrar suas ações? É 
hora de estimular nosso pensamento crítico em formação! Vamos juntos! 
 
CONCEITO-CHAVE 
 
Reforçando o que já foi exposto na seção anterior, a documentação de 
enfermagem é um instrumento legal, cientí co, aditável e que deve demonstrar 
todas as ações ou a ausência delas, de maneira organizada, ordenada e clara. 
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EXEMPLIFICANDO 
Abreviações que confundem: 
DPP: descolamento prematuro de placenta. 
DPP: data provável do parto. 
AVC: acesso venoso central. 
AVC: acidente vascular cerebral. 
Utilização do nome da marca, e não do produto: 
Cotonete = haste exível. 
Jelco/Abocath = cateter sobre agulha. 
Cavilon = protetor cutâneo. 
 
O prontuário eletrônico vem sendo um grande aliado nessa luta, pois facilita o 
processo de organização e ordenação (um aspecto que você mesmo deve ter 
respondido no campo Re ita da Seção 1.1). No entanto, ainda falta abordar alguns 
aspectos de uni cação do cuidado de enfermagem, como o vocabulário e os 
termos técnicos utilizados. 
Devemos usar termos simples, de fácil codi cação e que sejam compreensíveis a 
todos os pro ssionais de saúde. Entretanto, existem, somente na enfermagem, 
treze tipos de modalidades linguísticas empregadas. As mais adotadas, no Brasil, 
são os diagnósticos da Associação Norte-Americana de Diagnósticos de 
Enfermagem (NANDA), a Classi cação das Intervenções de Enfermagem (NIC), a 
Classi cação dos Resultados de Enfermagem (NOC) e a Classi cação Internacional 
para a Prática de Enfermagem (CIPE) (MARIN, 2009; AZEVEDO et al., 2019). Além 
disso, outros fatores complicadores são a falta de padronização nas abreviações e 
a utilização do nome das marcas de produtos, em vez de fazer menção apenas ao 
produto. 
 
 
 
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A padronização é importante para facilitar a comunicação entre a equipe de saúde, 
otimizar a integração de sistemas, melhorar a assistência com continuidade do 
cuidado de maneira uni cada e com qualidade (GOMES et al., 2016). 
Nesse sentido surgiu a Norma ISO 18104. A sigla ISO signi ca Organização 
Internacional de Padronização, que representa uma tentativa de padronizar um 
modelo de terminologia de referência para a enfermagem (MARIN, 2009). 
A verdade é que todas as tentativas de padronização ainda não chegaram a uma 
conclusão exata. Na sua prática de atuação, isso funciona da seguinte forma: o seu 
local de trabalho terá de nido qual modelo de assistência vocês seguirão e, dessa 
forma, será possível conhecer as terminologias mais empregadas. Contudo, é sua 
obrigação saber as terminologias básicas de enfermagem, como: 
 
Xixi = diurese. 
 
 
Cocô = fezes. 
 
 
Vômito = êmese. 
 
 
Temperatura, pressão arterial, dor, frequência cardíaca, frequência respiratória 
= sinais vitais. 
 
 
ASSIMILE 
 
É importante que você tenha conhecimento sobre as sugestões de 
padronização, principalmente as internacionais, que ditam as regras no 
Brasil. Para isso, consulte a Classi cação Internacional para a Prática de 
Enfermagem,na versão de 2019, cujo link de acesso está disponível nas 
Referências desta seção. 
CONSELHO INTERNACIONAL DE ENFERMEIROS. Classi cação 
Internacional para a Prática de Enfermagem, 4 set. 2019. 
 
 
 
 
 
 
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EXEMPLIFICANDO 
Bradicardia é a lentidão cardíaca, lentidão dos batimentos cardíacos. 
Cistite é a in amação da bexiga. 
 
Dando continuidade às terminologias de enfermagem, vale destacar que é preciso 
 car atento às regras da língua portuguesa, bem como às regras cirúrgicas para 
uso de su xos e pre xos, pois elas são comumente empregadas nos relatos. 
 
Pré (pre xo) é tudo o que vem antes do que está xo, ou seja, antes da raiz da 
palavra, antes da essência. Um ótimo exemplo é a palavra preconceito (pré- 
conceito, isto é, tudo o que vem antes do conceito). 
 
Su (su xo) é tudo o que se encontra após o que está xo, após a raiz da 
palavra, podendo gerar derivações. 
 
Assim, ao observar a raiz do termo, seus pre xos e su xos, temos informações 
sobre procedimentos, partes do corpo, in amações, posição, ritmo. 
 
 
Quadro 1.1 | Pre xos e su xos em terminologias de enfermagem 
 
Pre xos Conhecidos Su xos Conhecidos 
Angio = vaso Ostomia = abertura 
Adeno = glândula Ra a = sutura 
Cisto = bexiga Ectomia = retirada 
Bradi = lentidão Centese = punção 
Abdomino = abdome Ite = in amação 
Antero = posição à frente Plastia = correção 
Fonte: elaborado pela autora. 
 
 
 
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Abdominoplastia é a correção no abdome. 
Colostomia é a abertura no cólon. 
 
Na prática, temos um órgão ou uma posição (pre xo) somado com algum 
procedimento (su xo). E por que isso é importante? Novamente, essa metodologia 
é relevante para igualar a linguagem entre os pro ssionais e os procedimentos. 
Imagine-se lendo o prontuário de uma paciente no qual existam as seguintes 
informações anotadas por três técnicos de enfermagem diferentes: 
1. Paciente encaminhada ao centro cirúrgico para procedimento na barriga. 
 
2. Paciente encaminhada ao centro cirúrgico para plástica na barriga. 
 
3. Paciente encaminhada ao centro cirúrgico para abdominorra a após 
deiscência. 
 
REFLITA 
 
Qual das três anotações apresentadas anteriormente sinaliza corretamente 
o procedimento a ser feito? A qual cuidado você deverá dar sequência? 
Qual técnico de enfermagem você gostaria que estivesse em sua equipe? 
 
 
Dando continuidade ao assunto e re etindo sobre os registros de enfermagem, é 
importante, e função do enfermeiro, conhecer a diferenciação entre as etapas do 
Processo de Enfermagem (PE). 
A principal confusão entre os estudantes está na distinção entre anotação e 
evolução de enfermagem, mas antes de analisarmos essa questão inicial, vamos 
abrir parênteses para esclarecer uma confusão que precede o PE. 
A Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) organiza o trabalho 
pro ssional quanto a metodologia, recursos humanos e protocolos, favorecendo a 
viabilização do Processo de Enfermagem. Portanto, SAE e PE não são sinônimos 
(OLIVEIRA et al., 2019; SANTOS et al., 2016). 
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Figura 1.4 | Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: elaborada pela autora. 
 
 
Agora que você já compreendeu que o PE é uma etapa da sistematização, vamos 
deixar esse processo mais visual. Observe a Figura 1.5, a seguir. 
 
 
Figura 1.5 | Processo de Enfermagem (PE) 
 
Fonte: elaborada pela autora. 
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Os registros de enfermagem serão importantes para as etapas da intervenção e 
avaliação. É a partir desses tópicos que se inicia a diferenciação entre anotação e 
evolução de enfermagem. 
Nas anotações de enfermagem, escreve-se tudo o que foi ou não realizado com o 
paciente, de maneira pontual (hora) e objetiva. Apenas o que é anotado pode ser 
considerado como realizado, e toda a equipe (auxiliares, técnicos, enfermeiros) 
registra. Assim, o material serve de base para a evolução. 
A anotação pode ser feita em forma de dados tabulares ou escrita descritiva, como 
mostra a Tabela 1.1, a seguir. 
 
 
Tabela 1.1 | Exemplo de anotação 
 
 
Hora FC PA Tº FR Assinatura e Carimbo 
17h 80 120/80 36,5º 20 Maria Faria Coren/SP AE187524 
20h 78 120/70 36,6º 23 Roberto Cruz Coren/SP TE54781 
 
 
Fonte: elaborada pela autora. 
 
 
Os dados checados em prescrição de enfermagem e médica devem vir 
acompanhados de anotações descritivas e rubricas junto às checagens, como 
mostra a Tabela 1.2, a seguir. 
 
 
Tabela 1.2 | Exemplo de checagem 
 
 
Prescrição 
Médica Prescrição de Enfermagem Horários 
 
 
Ibuprofeno VO 
8/8 h 
--------------- 
 
 
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EXEMPLIFICANDO 
 
 
 
Prescrição 
Médica Prescrição de Enfermagem Horários 
 
--------------- Anotar características das eliminações 
urinárias 
 
 
06h: administrado ibuprofeno via oral com 200 ml de água. 
 
06h: paciente refere melhora da dor após medicação. 
 
08h: paciente apresenta diurese turva e com cheiro metálico. Comunicado médico X e enfermeira Y. 
 
14h: não administrado ibuprofeno, pois paciente recusou medicação. Comunicado médico X. 
Fonte: elaborada pela autora. 
 
Ao nal de toda a anotação, deve estar registrado o nome e número do conselho 
de classe de quem realizou o cuidado e a anotação. Um detalhe muito importante: 
quem realiza e administra é quem registra! 
As prescrições de enfermagem são realizadas com a nalidade de fazer 
intervenções nos cuidados para atingir um determinado resultado. Ou seja, o 
enfermeiro prescreve com base no histórico, diagnóstico e planejamento de 
enfermagem para alcançar o melhor resultado possível. Por isso, há um certo grau 
de imperatividade e ordem nos verbos utilizados para a prescrição: realize, faça, 
observe, anote, comunique. 
Na evolução de enfermagem, os dados são analisados criticamente, interpretados 
a partir das anotações dos cuidados, do exame físico e das observações iniciais ou 
 nais de um processo, como admissão e alta, respectivamente. Portanto, apenas 
os enfermeiros fazem a evolução a cada 24 horas ou sempre que alguma situação 
nova exigir estruturação ou reestruturação de cuidados (BIANCHI; GURGUEIRA 
2018). 
 
 
 
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Anotações: registros de pontuações de execução e não execução. Todos da 
equipe de enfermagem registram. 
Evolução: registro crítico, analisado a partir das anotações, exame físico e 
anamnese. Apenas enfermeiros realizam. 
 
Na prática, nós temos alguns tipos deevolução: diária, admissão, alta, 
transferência e óbito. Vamos analisá-las de forma mais detalhada a seguir. 
1. Diária: 
Realizada a cada 24 horas ou sempre que necessário após alterações de 
quadros clínicos e intercorrências por meio da análise dos cuidados prestados, 
anotações médicas e de enfermagem. 
Exemplo: MRJ, 23º dia de internação, mantendo sinais vitais estáveis, com uso 
de drogas vasoativas e sedação contínua. Piora do quadro de distensão 
abdominal após punção para drenagem de coágulo, retirados 25 ml. Diminuído 
coagulante após procedimento. Eliminações permanecem sem aspectos de 
sangramento, porém com diminuição do volume urinário. 
Percebe-se que há interpretação dos dados e que existe continuidade nos 
cuidados pelos termos utilizados para descrever as situações, como: 
mantido/permanecem, piora, melhorado, diminuído. 
2. Admissão: 
Realizada sempre que um paciente/cliente é admitido na unidade de saúde. 
Não há acesso aos dados anteriores àquele momento, portanto a admissão 
baseia-se em exame físico, anamnese e motivo da internação. 
Exemplo: JKS, admitido no setor de internação com suspeita de Covid-19, 
trazido pela equipe do pronto-socorro acompanhado da família, que foi 
orientada a retornar para a residência e permanecer em quarentena. 
Acomodado em leito, orientado quanto aos procedimentos de isolamento e 
equipamentos que foram instalados. Sinais vitais estão sem alterações e 
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estáveis. Não foi necessário instalar oxigenoterapia. Aguarda resultados de 
exames e visita médica. 
Como não há mais dados além dos pontuais encontrados no momento da 
admissão, essas informações servem de base para demonstrar como e por 
qual motivo o paciente chegou ao setor. 
3. Alta: 
Realizada sempre que o paciente pedir ou receber alta. Encerram-se os planos 
de cuidados no serviço de saúde, mas orienta-se sobre os cuidados que 
permanecerão. 
Exemplo: MJH, encaminhado de alta para residência. Após 4 dias de internação 
por apendicectomia, sua esposa assina retirada dos exames e acompanha as 
orientações sobre o antibiótico, que permanecerá sendo utilizando por mais 6 
dias a cada 8 horas. Esposa realizou o curativo oclusivo, com acompanhamento 
da técnica de enfermagem Lucélia. Região suprailíaca direita limpa e seca, sem 
sinais ogísticos, com bordas aproximadas por sutura. Encaminhado à 
recepção em cadeiras de rodas pelo técnico de enfermagem Jair. 
4. Transferência: 
Realizada sempre que o paciente for encaminhado a outro local de internação, 
centro cirúrgico ou local de exames. Ou seja, sempre que paciente é 
movimentado, faz-se a evolução de transferência para que o enfermeiro 
responsável por recebê-lo possa visualizar de maneira rápida a quais cuidados 
precisa dar continuidade. 
Exemplo: PWSX, transferido para UTI adulto após apresentar pico hipertensivo 
acompanhado de perda de memória, desvio de rima à direita e paresia de 
membro inferior esquerdo. Família foi avisada. 
5. Óbito: 
Quando o paciente falece, precisamos fazer o registro do que houve durante os 
últimos momentos que culminaram no óbito e do desfecho nal dos cuidados. 
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Exemplo: MFRK, declarado óbito pelo doutor F, após parada cardiorrespiratória 
sem reanimação devido a cuidados paliativos de câncer com metástase 
cerebral, óssea e pulmonar. Família esteve presente durante os procedimentos. 
Corpo encaminhado ao subsolo. Comunicado à funerária via família. Pertences 
entregues ao lho T. 
É de extrema importância que a comunicação escrita seja clara, bem elaborada, 
realizada com terminologias e informações corretas, nos locais designados para 
tal, pois a continuidade do cuidado ou o encerramento adequado da vida é o foco 
principal. 
 
REFERÊNCIAS 
 
ALMEIDA, M. de A. et al. Estudos clínicos sobre processo e diagnóstico de 
enfermagem em um hospital universitário: relato de experiência. Clinical and 
Biomedical Research, v. 27, n. 2, p. 65-68, nov. 2007. Disponível em: 
https://bityli.com/qCrTA5. Acesso em: 28 maio 2021. 
 
AZEVEDO, O. A. et al. Documentação do processo de enfermagem em instituições 
públicas de saúde. Revista da Escola de Enfermagem da USP, v. 53, 2019. 
Disponível em: https://bityli.com/LpDNt0. Acesso em: 28 maio 2021. 
BIANCHI, M.; GURGUEIRA, G. P. Sistematização da assistência de enfermagem. 
Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2018. Disponível em: 
https://bityli.com/cK9C23. Acesso em: 29 maio 2021. 
CONSELHO INTERNACIONAL DE ENFERMEIROS. Classi cação Internacional para a 
Prática de Enfermagem, 4 set. 2019. Disponível em: https://bityli.com/vamZwi. 
Acesso em: 29 maio 2021. 
MARIN, H. de F. Terminologia de referência em enfermagem: a Norma ISSO 18104. 
Acta Paulista de Enfermagem, v. 22, n. 4, p. 445-448, 2009. Disponível em: 
https://bityli.com/Nc4Fc4. Acesso em: 28 maio 2021. 
https://bityli.com/qCrTA5
https://bityli.com/LpDNt0
https://bityli.com/cK9C23
https://bityli.com/vamZwi
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GOMES, D. C. et al. Termos utilizados por enfermeiros em registros de evolução do 
paciente. Revista Gaúcha de Enfermagem, v. 37, n. 1, mar. 2016. Disponível em: 
https://bityli.com/cLBFsj. Acesso em: 28 maio 2021. 
OLIVEIRA, M. R. et al. Sistematização da assistência de enfermagem: percepção e 
conhecimento da enfermagem brasileira. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 
72, n. 6, p. 1625-1631, 2019. Disponível em: https://bityli.com/1VNXiV. Acesso em: 
29 maio 2021. 
 
SANTOS, I. M. F. et al. Sistematização da assistência de enfermagem: um guia 
para a prática. Salvador: Coren-BA, 2016. 
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FOCO NO MERCADO DE TRABALHO 
DOCUMENTAÇÃO E ANOTAÇÃO DE ENFERMAGEM 
Bruna Zemella Collaço 
 
 
 
 
 
SEM MEDO DE ERRAR 
Pensando no foco dos estudos desta seção, na qual foram abordadas as 
diferenciações sobre os registros de enfermagem e terminologias. A resolução da 
situação-problema apresentada deve ser iniciada pela distinção entre anotar um 
cuidado e realizar uma evolução. 
As informações levantadas, em consulta, pela enfermeira provêm de exame físico e 
anamnese. Ela já conhecia a paciente CSJ, pois acompanhou seu parto. Dessa 
forma, podemos pensar que esses cuidados estão em continuidade, concorda? 
Portanto, as informações devem estar anotadas na evolução da paciente, porém 
tudo o que foi realizado no dia deve estar registrado pontualmente nas anotações. 
Evidências de enfermagem são os antigos problemas de enfermagem. Logo, temos 
como evidências: 
 
Laceração de segundo grau. 
 
 
Lesão mamilar bilateral supramamilar. 
 
 
Hiperemia em região areolar. 
 
 
Calafrios. 
 
 
 Perda de urina. 
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Você, como enfermeiro, conseguiria resolver todas essas evidências de 
enfermagem? Você seria capaz de prescrever cuidados de forma que sua equipe 
pudesse segui-los para todas as evidências? 
A questão é se esse enfermeiro tem conhecimento ou não sobre algumas questões 
apresentadas, por exemplo: se for um enfermeiro obstétrico com experiência em 
amamentação, ele poderá auxiliar nas quatro primeiras evidências, porém se for 
alguém sem experiência com amamentação, necessitará de encaminhamento para 
as questões mamilares, areolares e calafrios. 
A perda de urina está atrelada à musculatura perineal, que foge do escopo da 
enfermagem, mas é da alçada da sioterapia pélvica. Portanto, nesse aspecto, com 
certeza faríamos um trabalho transdisciplinar com a sioterapia. 
 
AVANÇANDO NA PRÁTICA 
 
INVERSÃO DE PAPÉIS 
Considerando uma inversão de papéis, agora você é comandado por uma 
enfermeira recém-formada, que ainda está desenvolvendo suas atribuições como 
pro ssional neste setor de internação hospitalar. Ao checar as prescrições de 
enfermagem do paciente que está sob seus cuidados, você percebe uma 
prescrição para anotar o balanço hídrico três vezes ao dia, sendo o paciente 
hipertenso e diabético. No entanto, você não entendeu um termo especí co 
abreviado: apalpar QSD três vezes ao dia. 
Qual a sua postura em relação à prescrição de enfermagem? Como você deverá 
anotar os cuidados solicitados? 
 
 
 
 
 
 
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RESOLUÇÃO 
 
Por se tratar de um paciente hipertenso e diabético, o controle hídrico desse 
indivíduo deve ser mais rigoroso. É preciso observar tudo o que ele ingere e 
 tudo o que ele elimina. A condição básica do balanço hídrico não pode ser 
mensurada adequadamente apenas uma vez na manhã, uma vez à tarde e 
 
uma vez à noite. Portanto, a sua postura deveria ser a de con rmar com a 
enfermeira o que ela deseja com essa prescrição, lembrando a ela sobre o 
quadro clínico do paciente. 
Em relação à segunda prescrição, apalpar é um termo que descreve a 
realização de exame físico, cuja execução não é responsabilidade da equipe 
técnica. Logo, essa prescrição não caberia a você. No entanto, você poderia 
perguntar a que termo a enfermeira quis fazer referência ao abreviar QSD e à 
qual região ela fez menção, uma vez que não especi cou essa informação. 
Seria quadrante superior direito? De qual região? 
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NÃO PODE FALTAR 
ORGANIZAÇÃO DO SERVIÇO DE ENFERMAGEM 
Bruna Zemella Collaço 
 
 
PRATICAR PARA APRENDER 
 
Prezado aluno, estamos nos aproximando do encerramento desta unidade. Para 
 nalizar com chave de ouro, vamos falar sobre a organização do serviço de 
enfermagem. Você já parou para pensar em todos os componentes da equipe de 
enfermagem que atua nos serviços de saúde? Normalmente, ela representa mais 
da metade do grupo de pro ssionais que trabalham em serviços de saúde e 
respondem a che as, isto é, a superiores que organizam o local de acordo com 
aspectos técnicos, modelo gerencial, modelo assistencial, objetivo da instituição, 
jornada de trabalho, entre outros fatores envolvidos. 
Além disso, precisa haver uma organização de pessoas (clientes, colaboradores, 
terceiros) e materiais (produtos, equipamentos, resíduos) para que tudo funcione 
em harmonia e em prol do cuidado, da recuperação e da prevenção. 
Diante disso, nesta seção você será capaz de compreender as divisões de trabalho, 
as segmentações de equipes e os uxos existentes nos serviços de saúde. 
Agora vamos retomar a situação-problema do parto analisado nas seções 
anteriores? 
Em uma clínica privada de saúde acontecem, em média, 25 atendimentos diários 
de baixa e média complexidade para os mais diferentes casos de enfermidades, 
manutenção e promoção da saúde, com atuação de enfermeiros, médicos, 
 sioterapeutas, nutricionistas, psicólogos e equipe administrativa. Todo o sistema 
 da clínica é informatizado. 
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CSJ, 35 anos, puérpera com bebê de 25 dias, chega para a consulta de retorno com 
obstetra, enfermeira obstétrica e sioterapeuta. Além disso, a pediatra que fez a 
recepção da bebê em sala de parto também fará sua consulta. 
Dando continuidade ao contexto apresentado, imagine a seguinte situação: 
 
No atendimento ao parto da CSJ e seu bebê, foram utilizados materiais estéreis e 
materiais não estéreis, considerados insumos básicos. Ela ainda tinha algumas 
pendências nanceiras para resolver em relação ao parto e pediu auxílio à 
enfermeira que a atendia. Esta, por sua vez, encaminhou a paciente ao local 
responsável pelas cobranças e, em seguida, levou os materiais utilizados nos 
procedimentos para os devidos processos de descarte e higienização. 
Você saberia responder para qual local a enfermeira encaminhou CSJ? Qual o uxo 
que materiais estéreis e não estéreis devem seguir em clínicas de saúde? 
Conseguiu perceber a importância de saber como os serviços de saúde estão 
organizados e estruturados? É por meio desse conhecimento que você será o 
pro ssional de referência para solucionar problemas. 
Por estarmos próximos dos clientes, os quais con am em nosso trabalho e 
atuação, nós servimos como uma referência a esses pacientes. Dessa forma, 
inspire-se pela con ança que o paciente tem em você e na sua expertise para 
aprofundar seus conhecimentos neste assunto gerencial tão importante de nossa 
competência! 
 
CONCEITO-CHAVE 
 
Como você pode perceber, é de suma importância a compreensão sobre a forma 
de se estruturar um serviço de enfermagem e conhecer como os serviços se 
organizam. Portanto, é relevante mencionar que, dentre as competências e 
habilidades esperadas dos alunos de enfermagem, por meio das Diretrizes 
Curriculares Nacionais (DCN) do Curso de Graduação de Enfermagem, estão, em 
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sua maioria, diretrizes de caráter gerencial, ou seja, relacionadas à capacidade de 
gerir equipes, pessoas, serviços e materiais (CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO, 
2001). 
As outras competências não se dissociam das capacidades gerenciais. Em vez 
disso, elas se complementam e estão relacionadas a habilidades interpessoais, 
como liderança, comunicação e interação, além das tomadas de decisão em todos 
os aspectos envolvidos com assistência à saúde e força de trabalho (SOUZA et al., 
2020). 
Portanto, para compreender a organização dos serviços de enfermagem, na 
intenção de atuar nesse sistema, será necessário colocar em prática as 
competências anteriormente mencionadas. 
A organização dos serviços de enfermagem pode estar mais avançada atualmente, 
porém tudo foi iniciado há 200 anos. A enfermagem surgiu com Florence 
Nightingale, na Inglaterra, durante a Guerra da Crimeia, e a partir disso organizou- 
se em três direções: 
1. O cuidado do paciente: por meio da sistematização das técnicas de 
enfermagem. 
2. O cuidado com o ambiente: ventilação dos ambientes, higiene de materiais e 
equipamentos. 
3. O cuidado com os cuidadores(agentes de enfermagem), por meio do 
treinamento, utilizando técnicas e mecanismos disciplinares (FELLI; PEDUZZI, 
2010). 
Essas três direções permanecem presentes atualmente quando um serviço de 
saúde se organiza para estruturar seu serviço de enfermagem, além das crenças e 
valores de seus fundadores e dirigentes, que estão integrados à condução 
gerencial de processos, pessoas e objetivos assistenciais (JERICÓ, 1998 apud 
 KURCGANT, 2010, p. 4). 
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EXEMPLIFICANDO 
Toda estrutura organizacional de saúde (aqui, entendemos como hospitais, 
unidades de saúde e clínicas privadas) possui uma estrutura hierarquizada 
de acordo com os objetivos gerenciais e assistenciais para os quais foi 
criada. 
Um hospital privado de grande porte, por exemplo, construído para ns 
lucrativos, organiza-se para tratar e recuperar pacientes com o objetivo de 
estar entre os melhores hospitais do Estado ao qual pertence e ter grandes 
 
A estruturação do serviço de enfermagem começa com alguns aspectos bem 
especí cos (COFEN, 2017): 
 
Aspectos técnicos, cientí cos e administrativos: quais tipos de serviços 
estarão presentes. 
 
Modelo gerencial: como gerir esse serviço? Metas racionais, relações 
humanas, unidades de negócio. 
 
Modelo assistencial: qual teoria da enfermagem condiz com o serviço? Teoria 
do Autocuidado, Teoria das Necessidades Humanas Básicas. 
 
Método de trabalho: trata-se de enfermeiros assistenciais? Há apenas equipe 
técnica, sem auxiliares? 
 
Jornada de trabalho: qual o período de atuação? 12x36, 4, 6, 8 ou 12 horas. 
 
 
Índice de segurança técnica: quantos por cento serão acrescidos à equipe de 
enfermagem para substituição em casos de ausências (faltas, atestados, férias). 
 
Indicadores de qualidade: acidentes de trabalho, satisfação do cliente, taxa de 
infecção, perda de acesso a cateteres. 
 
Percebe-se que pensar em estruturar um serviço de enfermagem pode ser bem 
complexo se não houver um objetivo a ser atingido, seja ele qualidade assistencial, 
gerencial ou ambos. 
 
 
 
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lucros com isso. 
 
 
Então, pensando diretamente na organização da estrutura dos serviços de 
enfermagem, temos três tipos, os quais não são excludentes, ou seja, um mesmo 
serviço pode contar com os três tipos distintos de organização. Entretanto, esses 
modelos também podem ser independentes. 
 
 
Figura 1.6 | Tipos de organização da estrutura dos serviços de enfermagem 
 
Fonte: elaborada pela autora. 
 
 
 
E essa estrutura de enfermagem estará dentro de outra organização maior, que é 
o serviço de saúde, representado hipoteticamente pela Figura 1.7, a seguir. 
 
 
Figura 1.7 | Estrutura do serviço de saúde 
 
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Fonte: elaborada pela autora. 
 
 
 
Inserindo os três tipos de organização dos serviços de enfermagem dentro dessa 
organização maior, representada anteriormente pela Figura 1.7, teríamos a 
seguinte con guração: 
1. Tipo gerencial: a diretoria de enfermagem e as supervisões de enfermagem. 
 
2. Tipo assistencial: as enfermeiras dos setores, técnicos e auxiliares de 
enfermagem. 
3. Tipo educacional: educação contínua. 
 
Para que todas essas estruturas funcionem adequadamente, é necessário um 
 uxo correto de pessoas e materiais que supram as demandas de atendimento. 
Entender como funciona a entrada e saída de pessoas (clientes, colaboradores e 
terceiros) no serviço de saúde é importantíssimo para os aspectos de melhorias 
contínuas e direcionamento das ações assistenciais e gerenciais. 
 
REFLITA 
 
Uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) evidenciou que, dentro de um 
mês, tiveram 20 óbitos de pacientes. Ao analisar os dados retroativos, 
perceberam que todos esses pacientes foram trazidos pela mesma equipe 
de socorristas e que estes, por sua vez, não tinham os relatos de 
atendimentos. Portanto, a UPA estava ciente do atendimento nal dos 
pacientes que vieram a óbito, mas não sabia como eles haviam sido 
inicialmente atendidos. Como os agentes da UPA saberiam quais processos 
precisavam ser revistos? Como saberiam quais pessoas deveriam receber 
treinamento? Qual tipo de treinamento seria o ideal? E se houvesse 
materiais contaminados por mal uso no trabalho da equipe de socorristas? 
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Atualmente, temos presenciado uma intensa preocupação com o uxo de pessoas 
em função da pandemia do Coronavírus. Veri ca-se por onde esse paciente chega, 
quem o atende, onde ele aguarda atendimento, para qual serviço é encaminhado 
(MOREIRA et al., 2020). No entanto, esses cuidados não são exclusivos do período 
pandêmico. O caminho percorrido pelas pessoas antes de chegarem e até a sua 
saída do serviço de saúde deve ser muito bem desenhado de acordo com o per l 
de cada serviço em questão. 
Infelizmente, não é raro termos problemas na condução do cliente ao longo desse 
trajeto, seja por quebra nos uxos de atendimentos, falta de comunicação ou erro 
na interpretação da mensagem, escassez de recursos humanos ou excesso de 
clientes (PAIXÃO et al., 2019). 
Contudo, quando há um desenho bem feito do uxo estabelecido, ca mais fácil 
atuar em suas melhorias posteriormente, pois é possível rastrear as informações. 
Então, ao estabelecer o uxo de pessoas dentro do serviço de saúde, pergunta-se: 
1. De quem estamos falando? Cliente, colaborador ou terceiro? 
 
2. Qual será o caminho percorrido? Como entra, circula e como sai? 
 
Há quem associe, ainda, um terceiro tópico: qual foi a satisfação da pessoa durante 
o percurso? 
 
 
Figura 1.8 | Fluxo de pessoas e materiais no serviço de saúde 
 
 
Fonte: elaborada pela autora. 
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Assim também ocorre a análise do percurso de colaboradores e terceiros, 
veri cando por onde entram, qual caminho percorrem e por onde saem dentro da 
instituição. 
Com o início da globalização, por volta da década de 1970, e da transformação do 
mercado de trabalho, a saúde passa a ser vista como um bem privado que deve 
ser adquirido individualmente, como produto, em decorrência de um serviço 
público ine ciente, com escassez de recursos humanos, materiais e nanceiros 
(FELLI; PEDUZZI, 2018). 
Raciocinar sobre o uxo de materiais contribui de diversas formas para a 
assistência, porém também tem grande importância no equilíbrio nanceiro dos 
serviços de saúde. 
Instituições pagadoras, como o Sistema Único de Saúde (SUS), ao perceberem o 
aumento nos gastos, exigem e ciência como resposta à gestão assistencial e 
 nanceira (BOGO et al., 2015). 
 
Em virtude disso, instituições têm formado comissões com pro ssionais 
operacionais de diversas áreas para realizar a avaliação de materiais e auxiliar na 
tomada de decisão, consequentemente reduzindocustos. 
Obviamente que o enfermeiro, por sua atuação como gestor de unidade e pelo 
conhecimento técnico em que provê e prevê a utilização de insumos, está 
diretamente atrelado às comissões de controle. 
 
EXEMPLIFICANDO 
 
Imagine que haja a necessidade de comprar cateter sobre agulha número 
20. Abre-se concorrência e duas empresas selecionadas enviam seu 
produto para teste. Após trinta dias de uso, a equipe dá o seu parecer em 
relação às questões práticas dos produtos. A comissão faz a análise de 
e ciência versus custos e adquire o melhor produto. 
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Dentro dessa lógica, insere-se também a gestão de estoque, almoxarifado, 
farmácia e equipe de enfermagem, que está diretamente atrelada a esse controle 
de materiais e insumos. Para a assistência ser contínua, a quantidade de material 
não pode oscilar; precisa haver equilíbrio. 
Assim, percebe-se que os processos internos das instituições precisam visar 
melhorias ininterruptas para que a instituição tenha baixo custo, alta qualidade, 
constância na oferta de serviço e agilidade (RAMOS; SPIEGEL; ASSAD, 2018). 
 
ASSIMILE 
 
A organização do serviço de enfermagem está diretamente atrelada ao 
modelo gerencial e assistencial do serviço de saúde. Temos, basicamente, 
três tipos de serviço de enfermagem: gerencial, assistencial e de ensino. 
A qualidade da assistência e a saúde nanceira do serviço de enfermagem 
dependem da gestão assertiva de recursos humanos e materiais. 
 
Cuidar da saúde do cliente é competência do enfermeiro, assim como cuidar da 
saúde nanceira da instituição de saúde. 
 
REFERÊNCIAS 
 
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ensino. Revista da Escola de Enfermagem da USP, v. 49, n. 4, p. 632-639. 2015. 
Disponível em: https://bityli.com/5rBra8. Acesso em: 8 jun. 2021. 
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novembro de 2016 – Revogada pela nº 543/20017. Brasília, DF: Cofen, 2017. 
Disponível em: https://bityli.com/DZwc2Y. Acesso em: 8 jun. 2021. 
CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO. Câmara de Educação Superior. Resolução 
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 do Curso de Graduação em Enfermagem. Diário O cial da União, Brasília, 9 nov. 
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SOUZA, D. F. et al. Ensino-aprendizagem na disciplina de Gerência de Enfermagem 
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https://bityli.com/52gSB8
https://bityli.com/P4Kz1Vc
https://bityli.com/pYGUbE
https://bityli.com/P4F43p
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https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFERM… 1/3 
 
 
 
 
 
 
 
FOCO NO MERCADO DE TRABALHO 
ORGANIZAÇÃO DO SERVIÇO DE ENFERMAGEM 
Bruna Zemella Collaço 
 
 
 
 
 
SEM MEDO DE ERRAR 
Na situação-problema de atendimento ao parto da CSJ e seu bebê, abordamos a 
utilização materiais estéreis e não estéreis para a realização do processo e os 
cuidados assistenciais. Veri camos, também, a necessidade que a paciente CSJ tem 
de resolver pendências nanceiras relativas ao seu atendimento. 
O primeiro questionamento feito sobre essa situação foi: você, estudante, 
conseguiria indicar para qual local a enfermeira encaminhou CSJ? 
Você precisaria conhecer o uxo de atendimento ao cliente da instituição em 
questão para responder a essa questão. Ela poderia ter sido encaminhada para o 
setor de pagamento, para o setor nanceiro, ou seja, para o local em que questões 
administrativas fossem resolvidas. 
Dentro das instituições acreditadas, isto é, aquelas com maior grau de qualidade 
em processos, existe um setor chamado Concierge, o qual é responsável por 
solucionar todas as dúvidas do cliente. Portanto, como última alternativa, caso 
você não soubesse para onde encaminhar CSJ, você poderia acionar esse serviço. 
A segunda pergunta da situação-problema estava relacionada ao uxo de materiais 
estéreis e não estéreis utilizados no atendimento. Cada instituição possui o seu 
processo de acordo com a dinâmica de atendimento, porém todos os materiais 
 
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estéreis devem ser limpos no expurgo e encaminhados para a central de material, 
a m de serem novamente esterilizados. Já os demais materiais podem ser 
descartados em lixo infectante, visto que entraram em contato com a paciente. 
Você conseguiu perceber o quanto a assistência envolve processos, uxos e 
gastos? Notou que o enfermeiro tem uma assistência gerencial e que sua equipe 
deve estar alinhada com essa gestão e com a política da instituição de saúde? 
 
AVANÇANDO NA PRÁTICA 
 
ENFERMEIRO JUSTIFICANDO A ASSISTÊNCIA 
O setor nanceiro para o qual você encaminhou CSJ solicitou sua presença, pois 
nos registros de enfermagem não continham as descrições dos materiais 
utilizados, porém a planilha de cobrança estava checada. 
A administradora não conseguia saber quais serviços e materiais cobrar, mesmo 
com CSJ relatando um parto vaginal. Como você deve proceder? 
 
 
RESOLUÇÃO 
 
 
Para auxiliar o setor nanceiro, você teria de recorrer a todos os pro ssionais 
que atenderam CSJ no dia do parto para que explicassem a falta de anotação 
no prontuário. Posteriormente, a equipe precisaria se lembrar de tudo o que 
foi utilizado para o parto: campo estéril, gaze, compressa, luvas, máscara, 
gorro, entre outros itens. Além disso, seria necessário recordar como o 
procedimento ocorreu, que horas a paciente entrou em trabalho de parto, 
que horas entrou em trabalho de parto ativo, que horas aconteceu o 
nascimento, quem recepcionouo bebê. Por m, seria preciso investigar os 
materiais que foram usados no bebê, como compressas, clamp de umbigo, 
fralda, entre outros instrumentos. 
Com certeza, um treinamento de reciclagem deverá ser feito nessa equipe 
 
sobre a importância do adequado registro das informações como obrigação 
 
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legal e como fonte de informações nanceiras a essa instituição. 
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NÃO PODE FALTAR 
INTRODUÇÃO À BIOSSEGURANÇA 
 
Nome do Autor 
 
 
 
CONVITE AO ESTUDO 
 
Caro aluno, como é bom ver seu empenho nos estudos e saber que você chegou à 
segunda unidade de aprendizagem. 
Nesta unidade, abordaremos um assunto importantíssimo para a sua formação: 
segurança! Você percorrerá um caminho que perpassará pelos seguintes temas: os 
trilhos da biossegurança, o que esse termo representa para a enfermagem e como 
isso nos afeta diretamente, quais são as normativas que nos sustentam e nos 
orientam a ser pro ssionais melhores e autoconscientes dos riscos que vivemos na 
pro ssão. 
Certamente você já viu alguém que estava costurando espetar o dedo com uma 
agulha, agora imagine a quantidade de riscos pelos quais um pro ssional está 
cercado dentro das instituições de saúde. Embora haja riscos, também existe 
proteção, controle de resíduos, medidas de higiene e redução de infecções. 
Você conhecerá e identi cará as necessidades relacionadas a ambiente 
terapêutico, educação, biossegurança e controle de infecções, além de se tornar 
apto a reconhecer a classi cação das áreas, os artigos médico-hospitalares e os 
procedimentos de higienização. 
Dessa forma, terá como resultado a articulação de conhecimentos que permitam 
compreender a importância da biossegurança, os procedimentos de higienização e 
o controle de infecções, identi cando e caracterizando a prática que servirá de 
 base para a atuação pro ssional na área da saúde. 
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Chega de prosear e vamos continuar evoluindo. Hora de estudar! 
 
 
PRATICAR PARA APRENDER 
 
Querido aluno, vamos falar sobre Florence Nightingale? Não faça “cara feia” 
pensando: “Lá vem ela novamente falar de Florence!”. Note que ela discursava 
sobre higiene, melhorias nos cuidados de enfermagem e combate à contaminação 
já em 1820. Logo, as contribuições dessa britânica pioneira no cuidado de feridos 
são muito pertinentes para a atuação do pro ssional de enfermagem. 
E hoje, como estamos? Mais do que nunca o mundo está preocupado com 
segurança. A propagação do Coronavírus foi um evento pandêmico que modi cou 
toda uma sociedade e estremeceu o mundo. 
Na área da saúde não é diferente. Os pro ssionais estão preocupados, exaustos 
com tanta contaminação. Além disso, a falta de perspectiva assombra ainda mais. 
Um dos juramentos que você fará quando se formar será o de não causar dano, ou 
seja, de não prejudicar o paciente. Para que você não seja um evento adverso na 
vida das pessoas para as quais prestará os cuidados, é de suma importância que a 
sua assistência esteja pautada na biossegurança. Dessa forma, é necessário que 
você conheça o ambiente terapêutico, o controle infecções, aja de acordo com as 
normas de segurança, faça o descarte adequado de materiais e resíduos e realize 
procedimentos com normas assépticas, prezando sempre pelo bem-estar e 
segurança do paciente, bem como pela sua própria proteção. 
Portanto, são aspectos imprescindíveis para graduandos de enfermagem os 
estudos sobre biossegurança, higiene, meios de contaminação e métodos de 
proteção individual. Se anteriormente esse já era um assunto importante, 
atualmente ele é uma exigência. 
Para que você compreenda as situações com as quais poderá se deparar ao longo 
da sua atuação pro ssional, re ita e se imagine na seguinte situação-problema: 
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Margareth, 47 anos, acabou de ser contratada como enfermeira da UTI adulto de 
um hospital escola. Com uma experiência de mais de 20 anos, Margareth se 
surpreendeu ao perceber que alguns instrumentos de trabalho não estavam 
disponíveis, como óculos de proteção individual e luvas no tamanho adequado 
para utilização da enfermeira. Por causa da urgência na coleta de uma gasometria 
arterial, acabou realizando o procedimento sem higienizar as mãos, sem luvas e 
sem óculos de proteção, a nal o paciente vem em primeiro lugar. Você concorda 
com essa atitude? Como você justi caria a sua resposta? 
Tenho certeza de que você quer fazer a diferença na vida de todos os seus 
pacientes e na sua também, por isso se comprometerá em oferecer o seu melhor 
nesta unidade. Mãos à obra! 
 
CONCEITO-CHAVE 
 
É de conhecimento geral que algumas pro ssões oferecem maior ou menor risco 
laboral, ou seja, o trabalhador fornece sua mão de obra, porém corre o risco de se 
acidentar ao longo da atuação. Como exemplos de pro ssionais que lidam com 
atividades de alto risco, podemos citar policial, bombeiro, piloto de avião, 
trabalhador de plataforma de petróleo, enfermeiro, entre outras ocupações. 
O termo biossegurança ganhou atenção por volta da década de 1990, porém 
passou a mais ser utilizado recentemente. O Ministério da Saúde instituiu, por 
meio da Portaria nº 1.683, de 28 de agosto de 2003, a Comissão de Biossegurança 
em Saúde, com o objetivo de implementar estratégias de atuação, avaliação e 
acompanhamento das ações ligadas à biossegurança em saúde. 
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é a responsável por proteger a 
saúde da população a partir de ações que submetem produções e serviços à 
vigilância sanitária. De acordo com esse órgão, o termo biossegurança refere-se ao 
“conjunto de medidas destinadas a prevenir riscos inerentes às atividades dos 
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REFLITA 
 
laboratórios de assistência, ensino, pesquisa e desenvolvimento tecnológico, que 
possam comprometer a saúde dos pro ssionais e o meio ambiente” (BRASIL, 2013, 
p. 7). 
 
 
Figura 2.1 | Proteção oferecida pela biossegurança 
 
Fonte: elaborada pela autora. 
 
 
A enfermagem, como estudamos anteriormente, é uma pro ssão que envolve 
assistência, gerência e ensino, portanto não podemos atuar de maneira que 
comprometa a nossa saúde, a da equipe e a de quem cuidamos. O 
desenvolvimento desse tipo de sensibilização e conhecimento inicia-se agora, na 
graduação (SILVA et al., 2020). 
Na dicotomia entre teoria e prática, é comum que, ao longo dos anos, o 
pro ssional da saúde, por causa da experiência adquirida, negligencie o cuidado 
consigo mesmo e ignore a biossegurança. Contudo, não podemos esquecer que o 
ambiente de trabalho da equipe de enfermagem normalmente envolve riscos 
biológicos, insalubridade, estresse e excesso de atividades (ANDRADE et al., 2018). 
Os pro ssionais dasaúde estão expostos a riscos constantes, como os biológicos, 
físicos, químicos e ergonômicos. 
Diante disso, as instituições de saúde vêm investindo cada vez mais na prevenção e 
capacitação da sua equipe, a m de reduzir riscos e problemas decorrentes de 
acidentes. 
 
 
 
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Quantas vezes, em laboratórios de coleta, nos deparamos com técnicos de 
enfermagem utilizando apenas uma luva. E a outra mão? Não precisa estar 
protegida? 
Em unidades de tratamento intensivo ou emergência, em decorrência da 
agilidade e rapidez com que os pacientes precisam ser tratados, também 
não é incomum que a equipe puncione acesso venoso sem o equipamento 
de proteção adequado. 
 
Os acidentes geralmente ocorrem com materiais perfurocortantes, uidos 
corpóreos, inalação de aerossóis ou contato direto com microrganismos 
contaminantes. 
Os materiais biológicos põem os pro ssionais da saúde em risco constante de 
adquirir, por exemplo, o Vírus da Imunode ciência Humana (HIV), o Vírus da 
Hepatite B e C (VHB ou VHC, respectivamente) e, atualmente, o Coronavírus (Covid- 
19), entre outros tipos de vírus, bactérias e protozoários (MAGRI et al., 2020). 
É natural que a equipe de enfermagem seja a mais propensa a se acidentar e 
sofrer contaminações em virtude dos cuidados diretos e constantes que oferecem 
para os pacientes ao longo das 24 horas do dia (LOPES, 2017). Como principais 
fatores de risco associados a acidentes com material biológico, podemos citar: 
 
Contato constante com materiais perfurocortantes e uidos corporais. 
 
 
Baixa adesão às medidas de segurança. 
 
 
Desconhecimento das medidas de proteção. 
 
 
Excesso de trabalho e desatenção em razão de esgotamento mental. 
 
 
Escassez de recurso humanos. 
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Justamente por esses motivos, a equipe de enfermagem deveria ser a maior bene 
ciada por programas que tenham o objetivo de evitar e corrigir danos, bem como 
pela atualização constante sobre o uso correto de equipamentos de proteção 
individual (EPI) e de materiais com dispositivos de segurança, como cateter sobre 
agulha. 
 
ASSIMILE 
 
Biossegurança: é a segurança alcançada por intermédio de ações de 
prevenção, controle, redução ou eliminação de riscos inerentes às 
atividades ocupacionais da saúde. 
Riscos aos quais pro ssionais da saúde são expostos: biológicos, físicos, 
químicos, mecânicos, ergonômicos e de acidentes. 
 
Medidas para evitar contágios: prevenção, proteção e treinamento. 
 
 
Os fatores de prevenção que envolvem os riscos aos quais pro ssionais estão 
expostos são de extrema importância para evitar acidentes de trabalho. A maior 
quantidade de acidentes, na área da saúde, ocorre com materiais 
perfurocortantes, portanto o ensino e as capacitações devem ser intensas nesse 
âmbito, sem excluir as demais possibilidades. 
As simulações práticas associadas à teoria são fundamentais para treinar e 
capacitar equipes e estudantes da área da saúde. 
É preciso noti car o acidente e as ações posteriores, como higienizar a lesão, 
identi car a pessoa-fonte, realizar sorologias, fazer uso de quimiopro laxia, entre 
outras medidas. Além disso, todas as etapas pós-exposição devem ser de 
conhecimento de che as e colaboradores (CARDOSO et al., 2019). 
Não podemos esquecer que o acidente de trabalho com material biológico pode 
afetar não só o bem-estar físico do acidentado, como também o psicológico, 
principalmente enquanto aguarda o resultado dos exames. Não se deve banalizar 
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esse fato, e os gestores devem estar atentos ao comportamento do colaborador, 
oferecendo-lhe encaminhamento e apoio psicológico sempre que necessário 
(PEREIRA et al., 2018). 
O Centers for Disease Control and Prevention (CDC), em 1996, estabeleceu o 
Guideline com as medidas de precaução-padrão (PP) para todos os tipos de 
paciente. Ou seja, independentemente do diagnóstico médico, todos os 
pro ssionais da saúde deveriam utilizar-se de PP. Esse documento foi revisto em 
2007 e atualizado em 2019. Nele, consta que a precaução-padrão envolve: 
 
O uso correto de equipamentos de proteção individual em todos os 
atendimentos (luva, avental, máscara e óculos). 
 
Higienização das mãos antes e após os procedimentos (SIEGEL et al., 2019; 
MENDES et al., 2019). 
 
 
Figura 2.2 | Pro ssional utilizando equipamentos de proteção individual 
 
Fonte: Shutterstock. 
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Higienizar as mãos com técnica asséptica, ou seja, com um método que contribua 
para a diminuição de microrganismos patogênicos, é um importante mecanismo 
no controle de infecções. É uma ação que tem grande enfoque na proteção ao 
paciente, evitando contaminações, porém também é uma barreira protetiva 
importante à saúde do pro ssional (MELLO, 2019). 
Pensando na proteção dos pro ssionais, o Ministério do Trabalho (MT) começou a 
formular normas regulamentadoras em 1978. Em 1990, representantes sindicais 
da área da saúde de São Paulo promoveram eventos para a discussão das 
condições de segurança e saúde laborais, o que chamou a atenção do governo 
federal. Em 2002, foi formado o Grupo Técnico (GT) com a nalidade de, em 
conjunto com a sociedade, elaborar um texto com normas de segurança para os 
trabalhadores da saúde. É a partir desse projeto que nasce, em 2005, a Norma 
Regulamentadora 32 (NR 32) (BRASIL, 2020). 
 
EXEMPLIFICANDO 
 
A NR 32 tem a nalidade de proteger a saúde dos pro ssionais, 
principalmente daqueles que têm sua ocupação relacionada a riscos 
biológicos (exposição a agentes biológicos). 
 
Alguns dos itens protetores da NR 32 são: 
 
 
Identi car riscos biológicos prováveis. 
 
 
Avaliar o local de atuação do trabalhador. 
 
 
Conduzir casos de exposição acidental a agentes biológicos. 
 
 
Orientar o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional. 
 
 
Reavaliar anualmente o trabalho e o trabalhador. 
 
 
Acompanhar o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais. 
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Elaborar medidas de proteção que envolvam: vestimentas, adornos, calçados, 
entre outros. 
 
Instituir os equipamentos de proteção individual (EPI). 
 
 
Capacitar constantemente e vacinar. 
 
 
Identi car os riscos químicos. 
 
 
ASSIMILE 
 
Para conferir o texto de aprovação da Norma Regulamentadora nº 32 na 
íntegra, acesse o link disponível nas Referências desta seção. 
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Portaria nº 485, de 11 de 
novembro de 2005. Aprova a Norma Regulamentadora nº 32 (Segurança e 
Saúde no Trabalho em Estabelecimentos de Saúde). Diário O cial da 
União, Brasília: DF, Poder Legislativo, 11 nov. 2005. 
 
 
Um dos itens da NR 32 que mais repercutiu foi o vetamento da utilização de 
adornos, determinaçãoque, muito provavelmente, se deu pelo fato de esses itens 
estarem atrelados ao autoconceito, à demonstração de autoconhecimento e ao 
status social que eles representam, como no caso da aliança de casamento 
(CAVALHEIRO et al., 2019). 
Diante disso, houve uma certa resistência ao cumprimento da normativa por parte 
dos pro ssionais, com a qual a educação continuada das instituições teve que 
lidar. A educação continuada tem grande importância nesse contexto por 
melhorar, atualizar e otimizar o desenvolvimento do colaborador dentro da 
instituição e de acordo com as especi cações das normativas (CUNHA; MAURO, 
2010). 
Como mencionado anteriormente, a banalização dos riscos di culta a ampliação 
da percepção de perigo por parte dos pro ssionais que infelizmente, em alguns 
casos, só modi cam seu comportamento frente às normas de segurança após se 
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acidentarem (PEREIRA et al., 2018). 
 
Treinar, orientar, capacitar e respeitar o limite dos pro ssionais envolvidos no 
cuidado é a melhor forma de manter a segurança dos colaboradores e, 
consequentemente, dos pacientes. 
 
REFERÊNCIAS 
 
ANDRADE, G. B. et al. Biossegurança: fatores de risco vivenciados pelo enfermeiro 
no contexto de seu trabalho. Journal of Research Fundamental Care Online, v. 
10, n. 2, p. 565-571, 2018. Disponível em: https://bityli.com/i2lQRF. Acesso em: 15 
jun. 2021. 
 
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Microbiologia clínica para o 
controle de infecção relacionada à assistência à saúde. Módulo 1: 
biossegurança e manutenção de equipamentos em laboratório de microbiologia 
clínica. Brasília: Anvisa, 2013. Disponível em: https://bityli.com/alUM0n. Acesso em: 
16 jun. 2021. 
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Portaria nº 485, de 11 de novembro de 
2005. Aprova a Norma Regulamentadora nº 32 (Segurança e Saúde no Trabalho em 
Estabelecimentos de Saúde). Diário O cial da União, Brasília: DF, Poder 
Legislativo, 11 nov. 2005. Disponível em: https://bityli.com/QIWbkL. Acesso em: 22 
out. 2021. 
 
BRASIL. Ministério do Trabalho e Previdência. Norma Regulamentadora No. 32 (NR- 
32). Gov.br, 22 out. 2020. Disponível em: https://bityli.com/j49Udq. Acesso em: 18 
jun. 2021. 
 
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 1683/GM/MS, de 28 de agosto de 2003. 
Disponível em: https://bityli.com/8ocgHR. Brasília, DF: Presidência da República, 
2003. Acesso em: 16 jun. 2021. 
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https://bityli.com/i2lQRF
https://bityli.com/alUM0n
https://bityli.com/QIWbkL
https://bityli.com/j49Udq
https://bityli.com/8ocgHR
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BIOSSEGURANÇA na Assistência de Enfermagem ao Covid-19 na Atenção Básica. [S. 
l.]: Coren SP, 19 mar. 2020. 1 vídeo (24min20s). Disponível em: 
https://bityli.com/TcGLU0. Acesso em: 22 jun. 2021. 
CARDOSO, N. Q. et al. Acidente com material biológico sob a ótica dos estudantes 
de enfermagem: re exões para o ensino. Enfermagem em Foco, v. 10, n. 3, p. 2-8, 
set. 2019. Disponível em: https://bityli.com/nr1UMq. Acesso em: 18 jun. 2021. 
CAVALHEIRO, A. C. et al. Proibição do uso de adornos pela Norma 
Regulamentadora 32 e autoconceito pro ssional da equipe de enfermagem. 
Revista Brasileira de Medicina do Trabalho, v. 17, n. 2, p. 219-227, 2019. 
Disponível em: https://bityli.com/avJ3UE. Acesso em: 15 jun. 2021. 
 
CUNHA, A. C.; MAURO, M. Y. C. Educação Continuada e a Norma Regulamentadora 
32: utopia ou realidade na enfermagem? Revista Brasileira de Saúde 
Ocupacional, São Paulo, v. 35, n. 122, p. 305-313, 2010. Disponível em: 
https://bityli.com/rLn5nH. Acesso em: 15 jun. 2021. 
 
LA-ROTTA, E. I. G. et al. Conhecimento e adesão como fatores associados a 
acidentes com agulhas contaminadas com material biológico: Brasil e Colômbia. 
Ciência & Saúde Coletiva, v. 25, n. 2, p. 715-727, 2020. Disponível em: 
https://bityli.com/sXbNZO. Acesso em: 20 jun. 2021. 
 
LOPES, D. de P. Intervenção prevencionista para acidentes de trabalho com 
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MAGRI, M. A. et al. Conhecimento dos acadêmicos de enfermagem sobre acidentes 
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Disponível em: https://bityli.com/t1aEBA. Acesso em: 15 jun. 2021. 
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https://bityli.com/TcGLU0
https://bityli.com/nr1UMq
https://bityli.com/avJ3UE
https://bityli.com/rLn5nH
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MELLO, M. S. de. Ações para a prevenção e controle da resistência bacteriana 
em hospitais de grande porte de Minas Gerais. 2019. 158 f. Dissertação 
(Mestrado em Saúde e Enfermagem) – Escola de Enfermagem, Universidade 
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https://bityli.com/EX4ua2. Acesso em: 19 jun. 2021. 
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pro ssionais de enfermagem da emergência pré e intra-hospitalar de um 
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enfermagem após exposição acidental a material biológico. Journal of Research 
Fundamental Care Online, v. 10, n. 2, p. 534-541, abr./jun. 2018. Disponível em: 
https://bityli.com/0nZ2i8. Acesso em: 14 jun. 2021. 
SIEGEL, J. D. et al. Guideline for isolation precautions: preventing transmission of 
infectious agents in healthcare settings. EUA: Centers for Disease Control and 
Prevention, 2019. Disponível em: https://bityli.com/upWqfu. Acesso em: 19 jun. 
2021. 
 
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biossegurança na formação de técnicos em enfermagem: relato de experiência. 
Revista Uruguaya de Enfermería, v. 15, n. 1, p. 1-10, 2020. Disponível em: 
https://bityli.com/FCuQDD. Acesso em: 26 out. 2021. 
https://bityli.com/EX4ua2
https://bityli.com/twClk3
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FOCO NO MERCADO DE TRABALHO 
INTRODUÇÃO À BIOSSEGURANÇA 
Bruna Zemella Collaço 
 
 
 
 
 
SEM MEDO DE ERRAR 
Retomando a situação-problema que você viu ao iniciar esta seção, vamos pensar 
na Margareth. 
Margareth, 47 anos, acabou de ser contratada como enfermeira da UTI adulto de 
um hospital escola. Com uma experiência de mais de 20 anos, Margareth se 
surpreendeu ao perceber que alguns instrumentos de trabalho não estavam 
disponíveis, como óculos de proteção individual e luvas no tamanho adequado 
para utilização da enfermeira. Por causa da urgência na coleta de uma gasometria 
arterial, acabou realizando o procedimento sem higienizar as mãos, sem luvas e 
sem óculos de proteção,a nal o paciente vem em primeiro lugar. Você concorda 
com essa atitude? Como você justi caria a sua resposta? 
É óbvio que o paciente é importante, contudo é preciso analisar se essa 
necessidade de agir prontamente para garantir urgência no atendimento 
comprometerá a saúde tanto da pessoa atendida quanto dos pro ssionais de 
enfermagem, que também são importantes. Então, vamos partir dessa premissa e 
continuar a re etir sobre a situação descrita. Margareth se surpreendeu com a 
ausência de equipamento de proteção individual (EPI), e nós vimos, no conteúdo 
apresentado nesta seção, que é obrigatório ao empregador fornecer esse material. 
Outro ponto alarmante é que, como foi descrito, a enfermeira realizou o 
procedimento médico “sem higienizar as mãos”. Não causar danos foi um dos 
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juramentos que Margareth fez ao concluir sua formação. Está correto coletar 
exame sem higienizar as mãos e sem adotar o método de barreira para risco 
biológico? Será que Margareth esteve exposta somente a riscos biológicos? Diante 
da obrigatoriedade que o empregador tem de fornecer os aparatos necessários ao 
trabalho, o que Margareth deveria ter feito ao perceber a de ciência de materiais? 
Consegue perceber que a situação-problema faz com que você re ita sobre 
aspectos que vão além de uma simples coleta de exames? Você é capaz de notar 
que suas responsabilidades e os riscos inerentes à sua pro ssão exigirão muito 
das suas ações e re exões diárias? 
Não se esqueça de justi car todas as suas ações, pois elas auxiliarão você no 
desenvolvimento do pensamento crítico e na busca por embasamentos cientí cos. 
 
AVANÇANDO NA PRÁTICA 
 
O PROFISSIONAL DA SAÚDE CONTAMINA O PACIENTE 
HRTO, 37 anos, enfermeiro do pronto-socorro, é um pro ssional extremamente 
ágil, dinâmico e rápido. Acredita que quanto melhor for o treinamento do 
pro ssional, menor será o tempo de resposta e maiores serão as chances de o 
paciente obter êxito no atendimento. Há alguns anos, HRTO sofreu dois acidentes 
de trabalho, um com material perfurocortante e outro com material biológico, que 
espirrou na mucosa ocular. Como resultado do acidente, ele adquiriu hepatite C. 
Mais recentemente, o pronto-socorro recebeu uma emergência envolvendo dois 
acidentados na colisão de uma moto contra um caminhão. Tratava-se de um casal 
de jovens, ambos com 25 anos, um deles com uma fratura exposta no membro 
inferior esquerdo e o outro com um corte profundo no membro superior 
esquerdo. HRTO estava oferecendo atendimento ao casal quando, novamente, 
cortou-se com o bisturi, de modo que seu sangue pingou na ferida aberta do 
paciente. 
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Qual deve ser a conduta de HRTO? Justi que. 
 
 
RESOLUÇÃO 
 
Parece que a rotina agitada do pronto-socorro e o dinamismo exigido para 
salvar vidas servem como uma falsa justi cativa a HRTO para agir de forma 
imprudente. Ele já teve dois acidentes de trabalho e, agora, sofreu mais um, 
colocando em risco a saúde do paciente. Como já foi mencionado 
anteriormente, enfermeiros fazem o juramento de não causar danos aos 
pacientes. Essa é nossa responsabilidade ética. 
A partir do momento em que o acidente de trabalho acontece, HRTO deve se 
retirar da assistência, solicitando que um colega o substitua. Em seguida, 
precisa higienizar o local acidentado, abrir uma documentação exigida pela 
instituição e cuidar do paciente, que pode ter sido contaminado (colher 
exames, comunicar à equipe médica para que realize a pro laxia, uma vez 
que HRTO tem hepatite C). 
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NÃO PODE FALTAR 
 
 
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CLASSIFICAÇÃO DAS ÁREAS E ARTIGOS MÉDICO- 
HOSPITALARES: PROCEDIMENTO DE HIGIENIZAÇÃO 
Bruna Zemella Collaço 
 
 
 
 
PRATICAR PARA APRENDER 
 
Querido aluno, espero que você e sua família estejam bem! O assunto que 
abordaremos nesta seção é mais do que atual se considerarmos a situação vivida 
no mundo, isto é, a pandemia de Coronavírus. Há um risco de contágio sempre 
iminente e a necessidade de se preocupar com a higienização de ambientes, 
produtos e superfícies. 
Nós falamos sobre a biossegurança, e ela permeará todas as próximas seções de 
estudo, inclusive esta. Novamente, é importante lembrar que você fará um 
juramento ao se formar, que é o de não causar dano, ou seja, de não prejudicar o 
paciente. Para que você não seja um evento adverso na vida das pessoas às quais 
prestará cuidados, é de suma importância que a sua assistência esteja pautada na 
biossegurança. Dessa forma, é necessário que você conheça o ambiente 
terapêutico, controle infecções, aja de acordo com as normas de segurança, faça o 
descarte adequado de materiais e resíduos e realize procedimentos com normas 
assépticas, prezando pelo bem-estar e segurança do paciente e, também, pela sua 
segurança. 
É responsabilidade do enfermeiro cuidar da higiene e adequação climática do 
ambiente, da esterilização dos materiais, dos processos de desinfecção, dos 
sanitizantes aprovados, entre outras funções. 
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Portanto, para re etir, compreender e colocar em prática os conhecimentos que 
serão apresentados em nossos estudos, imagine-se no lugar de Margareth na 
seguinte situação-problema: 
Margareth, recém-admitida na UTI adulto de um hospital escola, foi chamada pela 
equipe médica ao leito de um paciente para auxiliar na drenagem de tórax e 
retirada de dreno de mediastino. Ao questionar a equipe médica sobre quais 
materiais seriam necessários para o procedimento, eles relacionaram: dreno de 
tórax valvulado, campo fenestrado, luva estéril número 8 e caixa de drenagem de 
tórax. Após o tórax ser drenado, o médico usou os mesmos materiais para retirar o 
dreno de mediastino, e Margareth não se opôs. 
Você concorda com a conduta de Margareth? Justi que. Qual seria sua atitude? 
 
Acredito que você já esteja percebendo como o processo de cuidar é complexo e 
quanta responsabilidade ele envolve, certo? Mas não se preocupe, você está no 
caminho e na pro ssão certa. Vamos continuar! 
 
CONCEITO-CHAVE 
 
Como visto na seção de estudos anterior, a Norma Regulamentadora 32 (NR 32) 
protege o trabalhador, o paciente e o ambiente laboral. 
Hoje, mais do que nunca, o mundo se preocupa com sustentabilidade, preservação 
ambiental, energias sustentáveis e ambientes seguros à saúde. Por conta disso, os 
resíduos dos serviços de saúde (RSS) têm sido foco de bons gestores, políticas 
públicas e legislações, pois o gerenciamento incorreto desses elementos pode 
comprometer solo, ar, lenções freáticos, favorecer a proliferação de 
microrganismos nocivos e, consequentemente, oferecer prejuízos à saúde humana 
(ATAÍDE; FERREIRA, 2020). 
Duas resoluções de nem a gestão dos RSS, uma relacionada ao processamento 
interno (segregação, acondicionamento, identi cação, transporte interno, 
armazenamento temporário, tratamento e armazenamento externo), que é a 
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Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 222, de 8 de março de 2018, aprovada 
pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), e outra referente aos 
processos externos (coleta, transporte e destinação), que é a Resolução nº 358 do 
Conselho Nacional do Meio Ambiente, de 29 de abril de 2005. 
Normalmente, 75% a 90% dos resíduos gerados pelos serviços de saúde são muito 
semelhantes aos resíduos domiciliares, porém o restante pode ser perigoso ao 
meio ambiente e à saúde (NOGUEIRA et al., 2020). 
Diante disso, os resíduos são classi cados em A, B, C, D, e E, de acordo com a RDC 
nº 222, de 8 de março de 2018 (BRASIL, 2018). Vamos veri car, a seguir, as 
principais características de cada um desses grupos. 
 
Grupo A: possível presença de agente biológico e identi cado como resíduo 
infectante. Indicado pelo símbolo de risco biológico com fundo branco. 
 
 
Figura 2.3 | Símbolo de risco de grupo A 
 
 
Fonte: Brasil (2018). 
 
 
 
Grupo B: substância química identi cada por meio de símbolo e frase de 
periculosidade. 
 
 
Figura 2.4 | Símbolo de risco de grupo B 
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Fonte: Brasil (2018). 
 
 
 
Grupo C: substâncias radioativas identi cadas pelo símbolo internacional de 
material ionizante. 
 
 
Figura 2.5 | Símbolo de risco de grupo C 
 
Fonte: Brasil (2018). 
 
 
 
Grupo D: resíduos comuns, recicláveis e não recicláveis, identi cados de acordo 
com o órgão de limpeza urbana. 
 
Grupo E: perfurocortantes, identi cados com o símbolo do risco biológico 
acrescido de escrita de identi cação. 
 
 
Figura 2.6 | Símbolo de risco de grupo E 
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Fonte: Brasil (2018). 
 
 
Apenas a sinalização educativa com placas, contêineres e equipamentos não 
garante a boa gestão dos RSS. É necessário conhecer os tipos de resíduos, suas 
classi cações e ter consciência dos riscos relacionados a todos os envolvidos: 
pro ssionais, sociedade e ambiente. Portanto, a correta gestão abrange a 
elaboração do Plano de Gerenciamento de Resíduos dos Serviços de Saúde 
(PGRSS) (BARBOSA; CABRAL, 2019). 
 
ASSIMILE 
 
Ter conhecimento sobre a classi cação dos resíduos de saúde favorece a 
assistência, a boa gestão e protege todos os recursos humanos e 
ambientais envolvidos. 
 
O enfermeiro tem sido o pro ssional de destaque na elaboração e implementação 
do PGRSS. Desde 2005, o Conselho Federal de Enfermagem respalda essa atuação 
por meio da Resolução nº 303, de 23 de junho de 2005. 
Com visão ampla, gestão nanceira, análise com foco direcionado à melhoria de 
processos e apresentando possibilidades de melhorias, os enfermeiros tornam-se 
responsáveis técnicos do PGRSS (NOGUEIRA et al., 2020). 
A gestão dos resíduos dos serviços de saúde também contribui para manter 
higienizado o ambiente dos referidos serviços. Alguns fatores estimulam a 
contaminação e proliferação de microrganismos patogênicos, como: mãos dos 
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REFLITA 
 
pro ssionais da saúde, superfícies com sujidade visível ou não, superfícies úmidas, 
ausência de proteção-padrão, más condições de revestimentos e manutenção da 
matéria orgânica. É inadmissível que um ambiente que vise à saúde seja 
antagônico a esse processo, portanto mantê-lo limpo faz parte do processo de 
gestão assistencial. 
O serviço de limpeza e desinfecção de superfícies dos serviços de saúde 
compreende a “limpeza, desinfecção e conservação das superfícies e 
equipamentos permanentes das diferentes áreas” (BRASIL, 2010, p. 24). 
Manter as superfícies limpas coopera com a redução do risco de contaminação 
(microrganismos) e, consequentemente, com a diminuição de custos (gastos com 
tratamento, internação). Por de nição, temos que: 
 
Descontaminação é o processo que torna o objeto em questão limpo, porém 
não necessariamente seguro para uso no paciente. 
 
Limpeza é a remoção de sujidade por meio físico (temperatura), mecânico 
(fricção) ou químico (saneante). 
 
Desinfecção é o procedimento de limpeza que elimina a maior parte dos 
microrganismos, exceto esporos. 
 
Esterilização é o processo que destrói todas as formas de vida, inclusive 
esporos. 
 
O tipo de limpeza a ser realizado depende da superfície, do material a ser limpo, 
da quantidade e do tipo de matéria orgânica presente (ASSAD et al., 2010). 
Os produtos saneantes utilizados em alguns processos devem ser validados pela 
equipe do Serviço do Controle de Infecção Hospitalar (SCIH), pois precisam ser 
e cazes contra infecções, mas sem causar danos às equipes envolvidas. 
 
 
 
 
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O SCIH faz uma análise mensal do controle de infecção do serviço de saúde. 
É esse núcleo que evidencia quais os microrganismos presentes em maior 
ou menor porcentagem no ambiente e quais os fármacos que foram 
utilizados com sucesso para combatê-los. Ou seja, o SCIH conhece todos os 
elementos que devem ser extinguidos e evitados. Por esse motivo, os 
saneantes passam pelo crivo desse setor. Não é e ciente que o serviço de 
limpeza use um saneante contra bactérias se somente for necessário 
combater vírus, por exemplo. 
 
Se a higiene do ambiente é algo extremamente essencial aos serviços de saúde, 
mais importante ainda é a higiene dos instrumentos que entram em contato com 
os pacientes. De acordo com a Resolução RDC nº 15, de 15 de março de 2012, 
classi camos os artigos utilizados na assistência ao paciente em: críticos, 
semicríticos e não críticos. Vamos entender mais detalhes sobre essa categorização 
a seguir. 
 
Artigos críticos entram em contato direto com o sítio cirúrgico, como em 
procedimentos invasivos, quando penetram pele, mucosas e tecido vascular. 
Portanto, necessitam de um processo completo de eliminação de vida: limpeza, 
desinfecção e esterilização. 
 
Artigos semicríticos entram em contato com pele não íntegra ou mucosas 
íntegras contaminadas. Devem ser submetidos, minimamente, à desinfecção 
de alto nível após limpeza. 
 
Artigos não críticos entram em contato com pele íntegra ou não entram em 
contato com o paciente. Devem ser submetidos, minimamente, à limpeza. 
 
Todas as etapas de monitoramento de processos são fundamentais para garantir a 
segurança do paciente. Não basta apenas higienizar e esterilizar. A validação da 
esterilização e o acondicionamento (estocagem, empilhamento, validade) dos 
produtos também fazem parte do processo. 
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EXEMPLIFICANDO 
 
Tintas termocrômicas do papel grau cirúrgico ou de tas adesivas são umindicador químico de processos, porém apenas uma alteração de temperatura não 
pode garantir a esterilização do material. Utilizam-se os indicadores biológicos, 
esporos de bactérias, para veri car a e cácia da esterilização (SILVA et al., 2019). 
Após garantir que os materiais estão seguros em seus processos de limpeza, 
desinfecção e esterilização, também devemos pensar no ambiente de saúde. Assim 
como os artigos, as áreas também são classi cadas de acordo com seu risco. 
De acordo com o Ministério da Saúde, a partir da Portaria nº 3.012, de 1º de 
dezembro de 2009, as áreas podem ser divididas e classi cadas de três formas: 
 
Críticas: alto risco de infecção relacionada à saúde, seja por envolver artigos 
críticos, material biológico, procedimentos invasivos, susceptibilidade do 
paciente ou paciente já contaminado. Exemplos: Unidades de Terapia Intensiva 
(UTI), Central de Material e Esterilização (CME), Centro Cirúrgico (CC). 
 
 
Semicríticas: risco de moderado a baixo para adquirir infecções relacionadas à 
saúde, seja por procedimentos com artigos críticos e semicríticos, 
procedimentos não invasivos em pacientes não críticos sem prévia infecção ou 
colonização por microrganismos. Exemplo: consultórios de atendimentos, 
apartamentos/enfermarias. 
 
Não críticas: quando o risco de adquirir infecções relacionadas à saúde é 
mínimo ou inexistente, seja por não realizar atividades assistenciais ou pela 
ausência de procedimentos com artigos críticos ou semicríticos. Exemplos: 
áreas administrativas, cozinha, almoxarifado. 
 
 
Com a nalidade de bloquear, principalmente, o acesso às áreas críticas, os 
serviços de saúde têm se preocupado em realizar barreiras físicas que impeçam a 
livre circulação nesses ambientes. 
 
 
 
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No ambiente hospitalar, di cilmente você conseguirá entrar em uma 
Unidade de Terapia Intensiva sem que alguém libere uma porta por meio 
de um pedido de autorização. 
Em contrapartida, você será capaz de conversar facilmente com a equipe de 
recepção. Unidades de internação também não costumam oferecer 
barreiras de acesso. 
 
Por meio do conteúdo apresentado, pudemos ver como é importante a atuação do 
enfermeiro não só na assistência, mas também nos processos que envolvem toda 
a saúde. É imprescindível que o enfermeiro tenha consciência dos riscos aos quais 
pode expor toda uma comunidade caso não execute a gestão dos resíduos dos 
serviços de saúde com qualidade e responsabilidade. 
 
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paciente em serviços de saúde: limpeza e desinfecção de superfícies. Brasília: 
Anvisa, 2010, p. 61-77. Disponível em: https://bityli.com/WSMXuX. Acesso em: 23 
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ATAÍDE, J. M.; FERREIRA, C. E. F. Conhecimento sobre Plano de Gerenciamento de 
Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS) dos alunos do curso de Farmácia e de 
colaboradores do setor de hotelaria em uma instituição de ensino superior (IES). 
Revista Brasileira de Análises Clínicas, v. 52, n. 4, p. 389-394, 2020. Disponível 
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BARBOSA, R. G. P.; CABRAL, I. B. O papel do enfermeiro no gerenciamento de 
resíduos de saúde: revisão da literatura. Revista Cientí ca da Escola Estadual de 
Saúde Pública de Goiás ―Cândido Santiago‖, v. 5, n. 3, p. 51-64, 2019. Disponível 
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https://bityli.com/WSMXuX
https://bityli.com/GdbZ2y
https://bityli.com/UvmoF6
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https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=jeovane.jcf%40gmail.com&usuarioNome=JEOVANE+CHARÃO+FERREIRA&disciplinaDescricao=PROCESSO+DE+CUIDAR+EM+ENFER… 10/11 
 
 
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BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Segurança do paciente em 
serviços de saúde: limpeza e desinfecção de superfícies. Brasília: Anvisa, 2010. 
Disponível em: https://bityli.com/WSMXuX. Acesso em: 23 jun. 2021. 
 
BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução 
da Diretoria Colegiada - RDC nº 222, de 28 de março de 2018. Regulamenta Boas 
Práticas de Gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde e dá outras 
providências. Brasília, DF: Anvisa, 2018. Disponível em: https://bityli.com/cjH0zI. 
Acesso em: jun. 2021. 
BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução - 
RDC nº 15, de 15 de março de 2012. Dispõe sobre requisitos de boas práticas para 
o processamento de produtos para saúde e dá outras providências. Brasília, DF: 
Anvisa, 2012. Disponível em: https://bityli.com/7SWCUH. Acesso em: 28 jun. 2021. 
 
RESÍDUOS de serviços de saúde | FSP/USP. [S. l.]: Faculdade de Saúde Pública da 
USP, 30 out. 2019. 1 vídeo (12min16s). Disponível em: https://bityli.com/QrScyc. 
Acesso em: 29 jun. 2021. 
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 3.012, de 1º de dezembro de 2009. Torna 
pública a proposta de Projeto de Resolução "Regulamento Técnico Mercosul para 
Produtos com Ação Antimicrobiana Utilizados em Artigos Críticos e Semi-críticos, 
Áreas Críticas e Semi-Críticas e Esterilizantes" e dá outras providências. Brasília, DF: 
Presidência da República, 2009. Disponível em: https://bityli.com/jknO3n. Acesso 
em: 25 jun. 2021. 
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Resolução CONAMA nº 358, de 29 de abril 
de 2005. Dispõe sobre o tratamento e a disposição nal dos resíduos dos serviços 
de saúde e dá outras providências. Brasília, DF: Presidência da República, 2005. 
Disponível em: https://bityli.com/bWwAiU. Acesso em: 23 jun. 2021. 
COFEN. Conselho Federal de Enfermagem. Resolução Cofen nº 303 de 23 de 
junho de 2005. Brasília, DF: Cofen, 2005. Disponível em: https://bityli.com/fT9GN0. 
Acesso em: 23 jun. 2021. 
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https://bityli.com/WSMXuX
https://bityli.com/cjH0zI
https://bityli.com/7SWCUH
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https://bityli.com/jknO3n
https://bityli.com/bWwAiU
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MALAGI, I. et al. Qualidade físico-química e per s de resistência de Escherichia coli 
em águas super ciais urbanas. Brazilian Journal of Biology, v. 80, n. 3, p. 661-668, 
2020. Disponível em: https://bityli.com/TaMLPS. Acesso em: 29 jun. 2021. 
NOGUEIRA, D. N. G. et al. Resíduos de serviços de saúde: per l e análise de custos 
em um centro cirúrgico. Revista SOBECC, v. 25, n. 3, p. 151-158, out. 2020. 
Disponível em: https://bityli.com/XjcpMU. Acesso em: 23 jun. 2021. 
SILVA, G. W. S. et al. Monitoramento e rastreabilidade de artigos esterilizados no 
bloco operatório. Revista de Enfermagem UFPE Online, Recife, v. 13, n. 4, p. 
1064-1070, abr. 2019. 
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https://bityli.com/TaMLPS
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FOCO NO MERCADO DE TRABALHO 
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CLASSIFICAÇÃO DAS ÁREAS E ARTIGOS MÉDICO- 
HOSPITALARES: PROCEDIMENTO DE HIGIENIZAÇÃO 
Bruna Zemella Collaço 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SEM MEDO DE ERRAR 
Agora que você aprofundou seus conhecimentos sobre classi cação de artigos, 
áreas e gerenciamento dos resíduos de saúde, é hora de retomarmos a situação- 
problema na qual você assumiu o papel de Margareth. Lembra dela? 
Margareth, recém-admitida na UTI adultode um hospital escola, foi chamada pela 
equipe médica ao leito de um paciente para auxiliar na drenagem de tórax e 
retirada de dreno de mediastino. Ao questionar a equipe médica sobre quais 
materiais seriam necessários para o procedimento, eles relacionaram: dreno de 
tórax valvulado, campo fenestrado, luva estéril número 8 e caixa de drenagem de 
tórax. Após o tórax ser drenado, o médico usou os mesmos materiais para retirar o 
dreno de mediastino, e Margareth não se opôs. 
Você concorda com a conduta de Margareth? Justi que. Qual seria sua atitude? 
 
Após ler a primeira frase da sentença que relata qual procedimento será realizado, 
é possível que você já tenha se perguntado quais tecidos (pele, mucosa, órgãos) 
serão acometidos e se o processo será invasivo ou não. Chega-se à conclusão de 
que se trata de um procedimento invasivo com risco biológico, visto que o médico 
deverá romper a pele e chegar com o dreno ao pulmão do paciente. O segundo 
 
 
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procedimento é a retirada do dreno de mediastino, um processo relativamente 
não invasivo, porém com risco biológico, uma vez que o dreno desempenha a 
função de remover sangue do local. 
A equipe utilizou os mesmos materiais para procedimentos diferentes em um 
mesmo paciente. Diante disso, Margareth não se opôs. Ela deveria ter oferecido 
outros instrumentos? Se sim, qual deveria ser seu argumento ao fornecer novos 
materiais, visto que o paciente é o mesmo? Será que ela poderia argumentar sobre 
infecção em sítios? Será que ela poderia propor a ideia de ir de um local mais 
contaminado para um menos contaminado? 
Devemos sempre ter em mente os processos assistenciais e gerenciais que 
permeiam nossos cuidados. Lembre-se constantemente de que você não pode ser 
o efeito adverso na saúde do seu cliente. Você está a serviço dele e com ele, não 
contra ele. 
 
AVANÇANDO NA PRÁTICA 
 
PARA ONDE ENCAMINHO OS MATERIAIS? 
 
Na situação-problema de Margareth que acabamos de analisar, foram utilizados 
alguns materiais para a instalação de dreno de tórax e para a retirada do dreno de 
mediastino. Então, como materiais usados no procedimento em questão, temos: 
dreno de tórax valvulado, campo fenestrado, luva estéril número 8 e caixa de 
drenagem de tórax. De acordo com seus conhecimentos sobre gerenciamento de 
resíduos dos serviços de saúde e classi cação de risco dos artigos, como os 
materiais utilizados devem ser descartados e/ou reprocessados? 
 
 
RESOLUÇÃO 
 
 
Vamos avaliar item por item a m de facilitar a dinâmica e a compreensão. 
 
O dreno de tórax foi instalado, mas após sua retirada, deve ser 
 
descartado. Esse material esteve em contato com o paciente de maneira 
 
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invasiva, portanto possui alto risco biológico e deve ser descartado no 
resíduo infectante; 
 
O campo fenestrado pode estar sujo com sangue e, mesmo que não 
esteja, entrou em contato com paciente. Logo, deve ser descartado no 
hamper de roupa suja, que será encaminhado à lavanderia. Na lavanderia, 
farão o processo de remoção de material biológico e enviarão o tecido 
limpo à central de material para esterilização; 
 
A luva estéril deve ser descartada no lixo infectante imediatamente após o 
uso; 
 
A caixa de drenagem de tórax deve ser encaminhada ao expurgo. 
Dependendo do processo institucional, esse material será limpo e 
desinfetado no expurgo e, em seguida, enviado à central de material para 
 nalização do processo. Em uma trajetória alternativa, o material vai ao 
expurgo, permanece sujo e, então, é direcionado à central de material, 
onde todo o processo de higienização, desinfecção e esterilização 
acontece, para nalmente retornar ao setor em questão. 
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NÃO PODE FALTAR 
EDUCAÇÃO E BIOSSEGURANÇA NO CONTROLE DAS 
INFECÇÕES 
Bruna Zemella Collaço 
 
 
 
 
PRATICAR PARA APRENDER 
 
Caro aluno, ao longo desta disciplina, trilhamos um caminho que se iniciou na 
assistência à saúde e perpassou por medidas de segurança, resolução e 
normativas que protegem a sua atuação como enfermeiro, bem como todos os 
agentes aos quais seu cuidado é direcionado, como a comunidade e o meio 
ambiente. 
Compreendemos a importância de descartar os resíduos de maneira correta e de 
realizar toda a higienização dos ambientes e artigos médico-hospitalares. Tudo isso 
nos leva ao nosso objetivo inicial, que é não causar dano ao paciente. 
Se você não quer gerar prejuízos às pessoas que recebem seus cuidados, então 
deve compreender que as infecções inseridas no campo da assistência à saúde são 
intimamente combatidas por ações educativas para controle das infecções e uso 
correto dos equipamentos de segurança. 
Portanto, daremos destaque, mais uma vez, à importância da sua atuação como 
enfermeiro no controle de infecções e melhorias na assistência à saúde de maneira 
preventiva. 
Você se lembra da Margareth? Na seção de estudos anterior, nós apresentamos 
uma situação-problema vivenciada por ela durante uma assistência à equipe 
médica, que drenou um tórax e retirou um dreno utilizando os mesmos materiais. 
Agora a enfermeira está diante de outra impasse que teremos de resolver! 
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Margareth foi convidada para acompanhar os estudantes de graduação de 
enfermagem em uma visita aos setores do hospital escola. Em um determinado 
momento, os alunos se empolgaram com a possibilidade de conhecer a Unidade 
de Terapia Intensiva Adulto (UTI), no entanto, para terem acesso ao local, deveriam 
higienizar as mãos e colocar a roupa privativa do setor. Como Margareth deve 
orientar esses alunos sobre tais procedimentos? 
Nesta seção, teremos muito contato com instruções para a atuação prática. Será 
uma aula muito divertida e elucidativa, como os ensinos devem ser. Então, sem 
mais delongas, vamos colocar as mãos na massa de maneira segura, higiênica e 
sem riscos de infecções. 
 
CONCEITO-CHAVE 
 
A qualidade da assistência, um assunto abordado anteriormente, acontece para 
além do cuidado direto ao paciente. Uma excelente gestão de pessoas, da 
biossegurança, do uxo de materiais e estoque, de resíduos e da limpeza compõe 
a assistência e as diretrizes de qualidade e segurança dos processos de 
esterilização. Além disso, outro ponto crucial é a redução das infecções 
relacionadas à assistência à saúde (IRAS), antigamente chamadas de infecções 
hospitalares (IH). 
As IRAS são eventos adversos adquiridos em decorrência de um atendimento à 
saúde que não se fez presente previamente, podendo, inclusive, aparecer após a 
alta (CAVALCANTE et al., 2019; ANVISA, 2004). Contudo, é importante frisar que 
grande parte dessas infecções poderiam ser evitadas. 
Os dados referentes às IRAS deveriam ser facilmente encontrados nos bancos de 
dados epidemiológicos do país para promover a análise e respectivos estudos, 
porém, em decorrência de escassez de recursos humanos, erro, falta e atraso nas 
noti cações, há di culdadesna tabulação dos dados. O último estudo de 
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abrangência nacional data de 2013 a 2015, sendo publicado em 2018, e observa 
uma prevalência de 15% de IRAS em ambientes hospitalares (ALVIM; COUTO; 
GAZZINELLI, 2019; OMS, 2018). 
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) lançou, no dia 5 de março de 
2021, o Programa Nacional de Prevenção e Controle de Infecções Relacionadas à 
Assistência à Saúde (PNPCIRAS), com planejamento estratégico de atuação até 
2025 para atingir 100% dos Estados com no mínimo 65% de conformidades na 
prevenção e controle de infecções. 
As infecções relacionadas à assistência à saúde representam um problema de 
saúde pública, pois prolongam internações, aumentando os custos com 
assistência, além de colocar trabalhadores e comunidade em risco. 
O Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) opera diretamente com ações 
de controle e prevenção de IRAS por meio da atuação de enfermeiros que 
rotineiramente inspecionam as unidades, coletando dados e desenvolvendo 
procedimentos operacionais (SOARES; JESUS, 2020). 
Pensando na segurança do paciente, o Ministério da Saúde, em 25 de julho de 
2013, instituiu a Resolução de Diretoria Colegiada nº 36 com o objetivo de 
direcionar as ações de melhorias em prol da premissa de não causar dano e 
obrigar a implementação do Núcleo de Segurança do Paciente (NSP). 
Anualmente, alguns serviços de saúde são convidados pelo Sistema Nacional de 
Vigilância Sanitária (SNVS) a relatarem, em formulário próprio, suas práticas de 
segurança do paciente. Com essa ação, o SNVS pretende promover a cultura de 
prevenção e gestão dos riscos à saúde do paciente (BRASIL, 2021). 
Em prol da segurança do paciente, os estudos iniciais de IRAS foram direcionados 
às ações para tratamento com antimicrobianos, os quais evidenciaram que metade 
dos gastos esteve relacionada à utilização desses fármacos de forma empírica, o 
que consequentemente contribui para que aproximadamente 70% das IRAS 
estivessem associadas a bactérias resistentes (MELLO, 2019). 
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EXEMPLIFICANDO 
 
No início dos estudos sobre as infecções relacionadas à assistência à saúde, 
o foco era descobrir como eliminar as infecções com o uso de antibióticos, 
porém a utilização era aleatória e empírica. Ou seja, na maioria das vezes, 
utilizava-se um antibiótico de alto espectro (que matasse a maior parte das 
bactérias), mas sem especi cidade, isto é, sem saber se aquele antibiótico 
era realmente bom para a bactéria em questão, para aqueles problemas 
diagnosticados. Em decorrência disso, houve um aumento de bactérias 
multirresistentes. 
 
A preocupação com as bactérias multirresistentes se dá pelo fato de elas serem 
mais letais e de rápida disseminação. Logo, há uma imensa di culdade para que 
sejam erradicadas (SANCHES et al., 2020). 
Após parceria com diversos países, a Organização Mundial da Saúde (OMS) 
divulgou, em janeiro de 2018, um estudo com orientação para conter e prevenir a 
disseminação de bactérias resistentes (OMS, 2018). As principais medidas foram: 
monitorar o uso e consumo de antibióticos, mensurando-os, e continuar 
aprimorando pesquisas com integração de conhecimento das diversas áreas de 
atuação, como nutrição e farmacologia (DE MELO et al., 2019). 
A próxima etapa dos estudos da OMS envolveu o aprofundamento em bactérias β- 
lactamases de espectro estendido (ESBLs), especialmente a enterobactéria 
Escherichia coli, por ter apresentado alta incidência hospitalar e mortalidade. 
Percebe-se que estudos e ações educativas na área de IRAS são fundamentais e 
essenciais para a prevenção desse evento adverso. 
De maneira transdisciplinar, o SCIH e a educação continuada dos serviços de saúde 
atuam nas unidades promovendo ações que reforcem a prevenção, por meio de 
lavagem das mãos, uso adequado dos equipamentos de proteção individual (EPI) e 
correta limpeza de ambientes, materiais e superfícies. 
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O que mais se discute na atualidade, em decorrência do Coronavírus, é o uso 
obrigatório de EPIs. A utilização correta dos EPIs deve seguir, minimamente, a 
precaução-padrão, porém é de extrema importância que os pro ssionais da saúde 
reconheçam os riscos presentes na sua assistência para usarem a proteção de 
forma adequada, visto que a utilização e o descarte apropriados constituem a 
qualidade da assistência. 
 
REFLITA 
 
Um enfermeiro vai fazer uma aspiração traqueal em um paciente entubado 
sem sistema fechado de aspiração. Ele opta por utilizar apenas luva de 
procedimento. Ele não deveria usar outros EPIs? Será que esse enfermeiro 
colocou apenas ele mesmo em risco? Quais as chances de contaminação 
com material biológico? Quais as chances de o enfermeiro contaminar o 
paciente? 
 
Como estamos abordando medidas educativas e de proteção às IRAS, devemos 
destacar um dos principais veículos de microrganismos: as mãos. Recentemente, o 
termo “lavagem das mãos” foi substituído por “higienização das mãos” por ser mais 
abrangente, englobando desde a higienização simples até a antissepsia cirúrgica. 
Água e sabão são os itens básicos necessários para essa prática simples que pode 
salvar vidas. 
A Anvisa, em 2020, estabeleceu 11 passos para a lavagem das mãos, como mostra 
a Figura 2.7, a seguir. 
 
 
Figura 2.7 | Higienização das mãos 
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Fonte: Brasil (2020). 
 
 
A diferença entre a lavagem simples, apresentada pela imagem anterior, e a 
cirúrgica está na utilização da escova com antisséptico e no tempo de escovação, 
que deve durar de três a cinco minutos (SILVEIRA et al., 2015). De acordo com a 
Anvisa e com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o primeiro desa o mundial 
para a segurança do paciente é assegurar uma assistência limpa. 
Outra técnica simples, mas não menos importante, é o calçamento correto de 
luvas, bem como a sua retirada e descarte. Escolhe-se o tamanho das luvas de 
acordo com as recomendações do fabricante, que, normalmente, envolvem o 
comprimento e a circunferência da mão. 
 
 
Figura 2.8 | Recomendações para tamanho de luvas 
 
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Fonte: elaborada pela autora. 
 
 
Após escolher o tamanho da luva, é necessário higienizar as mãos e obedecer ao 
passo a passo a seguir para calçar as luvas estéreis: 
1. Abra a embalagem, mantendo a técnica asséptica, ou seja, sem contaminar o 
conteúdo do pacote. 
2. Desdobre o pacote e identi que as luvas da mão direita e esquerda pelo 
desenho. 
3. Introduza o polegar e os primeiros dedos da mão dominante, pegue a borda do 
punho com a mão não dominante, tocando somente a superfície interna da 
luva. 
4. Puxe cuidadosamentea luva sobre a mão dominante, assegurando-se de que o 
punho não se enrole no braço. 
5. Com a mão dominante enluvada, coloque os dedos suavemente sob o punho 
da segunda luva, tocando somente na superfície externa da luva. 
6. Puxe cuidadosamente a segunda luva sobre a mão não dominante. Tenha 
cuidado para não tocar a superfície estéril com a não estéril. 
7. Uma vez que a segunda luva já tenha sido calçada, entrelace os dedos das duas 
mãos e corrija a posição das luvas. 
Para retirar as luvas, deve-se seguir o mesmo procedimento para luvas estéreis e 
não estéreis: 
1. Com a mão dominante, segure e retire a luva da mão não dominante, puxando- 
a pelo punho próximo à palma da mão, para que a superfície contaminada por 
secreção não toque na pele. 
2. Coloque a luva retirada da mão não dominante na palma da mão direita. 
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3. Coloque o dedo indicador e o polegar da mão não dominante dentro do punho 
da luva (parte interna, não contaminada) na mão dominante e puxe a luva com 
um movimento rme, tendo o cuidado de não rasgá-la. 
4. Descarte as luvas no resíduo adequado. 
 
 
ASSIMILE 
 
O descarte adequado também faz parte da sua assistência, portanto todo e 
qualquer risco biológico deve ser descartado no resíduo infectante ou 
perfurocortante, conforme orienta a gestão dos resíduos dos serviços de 
saúde. 
Para calçar as luvas de procedimento, você pode seguir as regras do 
calçamento estéril, porém considerando menos etapas. Contudo, para a 
retirada, as etapas são obrigatoriamente as mesmas. 
 
Mesmo com medidas relativamente simples para conter as IRAS, empregar 
esforços de maneira assertiva ainda é um desa o nacional e mundial. A 
diversidade de condições econômicas di culta uma padronização de alta qualidade 
(JUREMA; CAVALCANTE; BUGES, 2021). 
Cabe a nós enfermeiros, mais uma vez, honrar nosso juramento pro ssional de 
não causar dano, prezar pela assistência cientí ca de alta qualidade e cumprir com 
as ações transdisciplinares para promover o controle de IRAS e a não propagação 
de bactérias multirresistentes. 
 
REFERÊNCIAS 
ALVIM, A. L. S.; COUTO, B. R. G. M.; GAZZINELLI, A. Per l epidemiológico das 
infecções relacionadas à assistência à saúde causadas por Enterobactérias 
produtoras de Carbapenemase. Revista da Escola de Enfermagem da USP, v. 53, 
2019. Disponível em: https://bityli.com/zkZX1b. Acesso em: 5 jul. 2021. 
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ANVISA. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Curso de infecção relacionadas 
à assistência à saúde. São Paulo: Anvisa; Unifesp, 2004. Disponível em: 
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BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Cartaz Higienização Simples das 
Mãos. Brasília, DF: Anvisa, 2020. Disponível em: https://bityli.com/tIO7jk. Acesso 
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BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Programa Nacional de 
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https://bityli.com/c1jc0n. Acesso em: 5 jul. 2021. 
 
BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução 
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https://bityli.com/c1jc0n
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MELLO, M. S. de. Ações para a prevenção e controle da resistência bacteriana 
em hospitais de grande porte de Minas Gerais. 2019. 158 f. Dissertação 
(Mestrado em Saúde e Enfermagem) – Escola de Enfermagem, Universidade 
Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, MG. Disponível em: 
https://bityli.com/EX4ua2. Acesso em: 2 jul. 2021. 
OMS. Organização Mundial da Saúde. Global antimicrobial resistance 
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SANCHES, B. et al. A Era da multirresistência: incidência em dez anos numa 
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2021. 
SILVEIRA, R. C. C. P. et al. Antissepsia cirúrgica das mãos. In: FONSECA. L. M. M.; 
RODRIGUES, R. A. P.; MISHIMA, S. M. Aprender para cuidar em enfermagem: 
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em: https://bityli.com/PoOutP. Acesso em: 8 jul. 2021. 
SOARES, G. M.; JESUS, I. S. In uência da infraestrutura na incidência de infecções 
relacionadas à assistência em um hospital universitário. Revista de Epidemiologia 
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em: https://bityli.com/AEHjsd. Acesso em: 2 jul. 2021. 
https://bityli.com/EX4ua2
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https://bityli.com/ihjFKH
https://bityli.com/PoOutP
https://bityli.com/AEHjsd
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FOCO NO MERCADO DE TRABALHO 
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EDUCAÇÃO E BIOSSEGURANÇA NO CONTROLE DAS 
INFECÇÕES 
Bruna Zemella Collaço 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SEM MEDO DE ERRAR 
Agora que você compreendeu a importância do controle de infecções relacionadas 
à assistência à saúde, estudando sobre seu papel como enfermeiro educador da 
saúde e atuante na prevenção de danos aos pacientes, vamos retomar a situação- 
problema apresentada no início desta seção de estudos. 
Você se lembra da Margareth? Na seção de estudos anterior, nós apresentamos 
uma situação-problema vivenciada por ela durante uma assistência à equipe 
médica, que drenou um tórax e retirou um dreno utilizando os mesmos materiais. 
Agora a enfermeira está diante de outra impasse que teremos de resolver! 
Margareth foi convidada para acompanhar os estudantes de graduação de 
enfermagem em uma visita aos setores do hospitalescola. Em um determinado 
momento, os alunos se empolgaram com a possibilidade de conhecer a Unidade 
de Terapia Intensiva Adulto (UTI), no entanto, para terem acesso ao local, deveriam 
higienizar as mãos e colocar a roupa privativa do setor. Como Margareth deve 
orientar esses alunos sobre tais procedimentos? 
Em sua opinião, Margareth deve pedir que os alunos primeiramente vistam a 
roupa privativa e depois higienizem as mãos ou tanto faz? A higienização das mãos 
deve ser com sabonete ou antisséptico? 
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Vamos re etir juntos! Se os alunos primeiramente vestirem a roupa privativa para 
entrar em um setor fechado (UTI) que utiliza barreira física, inclusive para diminuir 
o acesso em decorrência da gravidade dos pacientes e evitar aumento do risco de 
infecções, será que as mãos ―sujas‖ dos estudantes, quando tocarem na roupa 
privativa limpa ao se vestirem, não poderiam causar impactos negativos de alguma 
forma? 
Se os alunos realizarem a higiene das mãos antes de tocar na roupa privativa, será 
que eles estariam isentos de levar para dentro da UTI microrganismos carregados 
em suas mãos? Será que existe uma ordem mais adequada para realizar processos 
nesse ambiente? O melhor seria higienizar as mãos primeiro e depois se vestir? 
Essa higienização deve se dar com sabonete ou com antisséptico? Será que esse 
hospital possui as orientações do SICH para auxiliar nessas recomendações aos 
estudantes visitantes? Se o hospital não possuir um critério a ser seguido, o mais 
recomendado é que as mãos sejam lavadas de qualquer forma, seja com sabonete 
ou antisséptico? 
Margareth precisará ser capaz de responder a todas as questões que os alunos 
possam apresentar, e esses estudantes deverão re etir sobre o cuidado que 
precisam oferecer aos pacientes dentro da UTI. 
 
AVANÇANDO NA PRÁTICA 
 
A ENFERMEIRA DO SERVIÇO DE CONTROLE DE 
INFECÇÃO HOSPITALAR (SCIH) 
Ao entrarem na UTI com Margareth, os alunos visitantes encontraram Sandra, a 
enfermeira responsável pelo SCIH do hospital. Ela estava fazendo uma busca ativa 
por pacientes e coletando dados para a análise mensal do controle de infecção e 
segurança do paciente. 
Dentre as informações pelas quais ela pesquisava, estavam: sinais de febre, 
pacientes com cateteres, utilização de antibióticos e tempo de uso. 
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Um dos alunos perguntou à Sandra por que ela buscava por esses dados. 
 
Com os conhecimentos que você adquiriu em seus estudos, você conseguiria 
responder à dúvida desse estudante? 
 
RESOLUÇÃO 
 
Será que os dados pesquisados por Sandra (febre, cateter, uso e tempo de 
antibióticos) estão relacionados a infecções? 
O uso de cateteres, o tempo de troca de curativos e os tipos de drogas que 
são infundidas podem contribuir para infecções relacionadas a cateteres, 
portanto os SCIHs costumam fazer um acompanhamento dessas informações. 
Será que uma avaliação dos antibióticos empregados auxiliaria nas análises 
para combater bactérias resistentes e diminuiria o uso desses fármacos de 
maneira empírica, associando os microrganismos existentes a antibióticos 
especí cos e efetivos? Sim, é comum que essas análises mensais aconteçam 
para reconhecer a efetividade dos antibióticos com relação à morte dos 
microrganismos e veri car quais desses organismos têm sido mais 
prevalentes. 
Re etir e interpretar dados faz parte da capacidade crítica do enfermeiro. 
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NÃO PODE FALTAR 
 
 
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ASPECTOS ÉTICOS E ABORDAGEM NO 
RELACIONAMENTO TERAPÊUTICO 
Bruna Zemella Collaço 
 
 
 
 
CONVITE AO ESTUDO 
 
Com certeza você já passou por uma situação como a que descreverei: o professor 
solicita uma atividade, que pode ser realizada em dupla ou individualmente, para a 
próxima aula. Na semana seguinte, um colega pergunta se você já conclui essa 
atividade e se poderia colocar o nome dele junto ao seu, pois ele estava na praia e 
não teve tempo de realizá-la. 
É uma situação bem corriqueira, mas você já parou para pensar que esse 
comportamento não tem nada de ético? 
Em todo o mundo, não existe uma única pro ssão que não possua um código de 
conduta, ou seja, um documento que oriente as formas de agir do pro ssional. 
Algumas áreas de atuação podem até não ter um documento escrito, mas contam 
com um código de status quo, o qual orienta há anos as atitudes adequadas ao 
fazer laboral. 
Obviamente que com a enfermagem não seria diferente. O Código de Ética da 
pro ssão foi elaborado pelo Conselho Federal, constituindo-se como um 
instrumento composto por todas as obrigações e direitos do enfermeiro. 
Como você perceberá ao longo desta unidade de ensino, ter orientações sobre 
comportamentos e condutas aceitáveis facilita a criação de vínculo com os 
pacientes, principalmente ao longo da anamnese e exame físico, e evita que a 
 atuação do enfermeiro sofra más interpretações. 
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A enfermagem não representa apenas a execução de cuidados. É um setor de 
trabalho que envolve técnica pro ssional, sim, mas também relacionamento 
interpessoal, humanização, escuta ativa e toque terapêutico. 
Portanto, é imprescindível que você saiba fundamentar seu cuidado e que suas 
ações estejam pautadas na ética, na ciência, na humanização e no relacionamento 
interpessoal. 
Fazer o que é correto quando ninguém está te observando será um dos seus 
principais diferenciais ao longo da pro ssão! 
 
PRATICAR PARA APRENDER 
 
Parabéns! Você segue rme em seu propósito de estudos para ser um enfermeiro 
de excelência. Esta seção contribuirá muito para isso, pois fará você re etir sobre 
suas ações, sobre o certo e o errado e sobre o que deveria ou não fazer. 
Aspectos éticos, morais e legais da sua atuação também regem a maneira de 
cuidar, de agir e de pensar. Já pensou se cada um agisse de acordo com suas 
vontades? Muito provavelmente teríamos uma anarquia. Justamente por isso 
existe o Código de Ética Pro ssional. 
Conhecer e se aprofundar na deontologia da sua pro ssão é uma etapa obrigatória 
não só em sua trajetória como estudante, mas ao longo de toda a sua carreira 
pro ssional. 
 
Dessa forma, utilize a situação-problema a seguir para guiar seus estudos e suas 
análises críticas sobre o que será exposto durante esta seção. 
Josefa atua como técnica de enfermagem há 15 anos no setor de internação da 
maternidade de um hospital privado de grande porte. Estava no quarto de uma 
paciente para recepcioná-la em sua vinda do centro obstétrico e se apresentar 
quando leu, em seu prontuário, que a pessoa em questão era soropositiva. Diante 
disso, foi checar a prescrição médica do bebê e con rmou que havia prescrição de 
zidovudina (AZT) para ser administrada naquele momento. 
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Dessa forma, resumidamente, temos que: a enfermagem, enquanto 
pro ssão, segue uma deontologia própria, baseada na ética e na moral que 
orientam o nosso comportamento em relação aos nossos colegas da área 
da saúde, pacientes e familiares. 
 
Ao retornar ao quarto com a medicação, percebeu os olhares desesperados da 
paciente, que a chamou discretamente dizendo: “Meus pais não sabem de nada.”. 
Josefa avisou que administraria a prescrição médica, mas não informou do que se 
tratava. Mesmo assim, foi questionada pela avó da paciente, que disse: “O que 
você está dando para minha neta? Ela só pode tomar leite materno!”. Josefa 
reforçou que estava seguindo a prescrição médica e se retirou. 
Você concorda com a conduta de Josefa? Faria algo diferente? Justi que. 
 
Já deu para perceber como seus estudos serão conduzidos nesta seção, não é 
mesmo? 
Então vamos continuar te proporcionando qualidade. Hora de se aprofundar no 
tema! 
 
CONCEITO-CHAVE 
 
Quando pensamos em ética, moral e deontologia, é comum tentarmos dissociá-las, 
porém essa é uma tarefa difícil, pois todas remetem ao comportamento humano. 
Ética, de acordo com os verbetes de dicionário, é parte da loso a responsável por 
orientar o comportamento humano. 
Deontologia é a loso a que integra a ética e estabelece um conjunto de deveres 
pro ssionais por categorias. 
Moral são os preceitos e regras aceitos pela sociedade, os quais estão em 
conformidade com a ética. 
 
 
 
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Nosso Código de Ética está categorizado em assuntos de grande relevância: 
princípios, direitos, deveres, proibições, infrações e penalidades. Esses temas 
levam em consideração o cuidado centrado na pessoa, família e coletividade, 
pressupondo que o pro ssional da enfermagem lute por uma assistência sem 
eventos adversos e que seja acessível a todos (COFEN, 2017). 
Analisando cada capítulo do Código, percebemos que os princípios dispõem sobre 
a forma de atuação dos enfermeiros na promoção, prevenção, recuperação e 
reabilitação da saúde. Em direitos, apresentam-se as ações de: exercer a pro ssão 
com liberdade e autonomia, seguindo a ética, as leis, respeitando os direitos 
humanos e sendo tratado sem discriminação; aprimorar conhecimentos, apoiar 
eventos que aprimorem pro ssionais e obter desagravo (reparação) público em 
caso de ofensas; negar-se a ser lmado e exposto em mídias sociais, bem como 
recusar-se a executar atividade fora da sua competência técnica. 
Como responsabilidades e deveres, estão: exercer a pro ssão nos princípios da 
equidade, resolutividade, responsabilidade, sinceridade e competência; 
fundamentar suas relações no respeito, na diversidade de opinião e posição 
ideológica, comunicando órgãos competentes sempre que houver infração legal no 
exercício pro ssional; conhecer e cumprir com o Código de Ética Pro ssional. 
É proibido: promover e ser conivente com injúria, calúnia e difamação; praticar 
e/ou ser conivente com crime ou qualquer ato que infrinja aspectos éticos legais; 
receber vantagens em troca de assistência. 
As infrações e penalidades serão avaliadas pelo Código de Ética pro ssional e 
outros dispositivos legais levando em consideração a gravidade dos atos 
praticados e a responsabilidade dos envolvidos, podendo o pro ssional receber: 
advertência, multa, censura, suspensão ou cassação dos direitos de exercer a 
pro ssão (COFEN, 2017). 
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Os processos éticos, instaurados quando um pro ssional da enfermagem infringe 
preceitos éticos, morais e legais, começa por meio de uma análise disciplinar feita 
pelo Conselho Regional de Enfermagem (Coren) do Estado em que o pro ssional 
tem seu registro. O Coren recebe denúncia, ofício ou ele mesmo atua em suas 
vistorias. É importante ressaltar que situações que ocasionem dano ou lesão ao 
paciente também podem sofrer ações penais e/ou civis. Ou seja, além de 
responsabilizar-se por suas ações éticas, o pro ssional deverá responder ao 
judiciário (SILVA et al., 2020). 
Neste percurso pro ssional, é importante ressaltar algumas terminologias que 
fazem parte dessas conexões legais do Código de Ética, assim como integram os 
valores morais do setor de enfermagem, as quais você deve conhecer e dominar: 
 
Negligência: executar ações sem atenção, sem cuidado. Como dizem 
popularmente, “fazer nas coxas”. 
 
Imperícia: falta de habilidade ou experiência. Isso ocorre, por exemplo, quando 
o pro ssional diz: “Não sei como faz, mas vou tentar mesmo assim”. 
 
Imprudência: ato de má-fé ao não se tomar os cuidados que normalmente 
deveriam ser considerados. Um exemplo clássico é a ação de dirigir 
embriagado. Já na área da saúde, isso acontece, por exemplo, quando o 
enfermeiro diz: “Sei que a dose máxima no fármaco permitida é de 1 mg, mas 
vou administrar 1,5 mg para garantir”. 
 
A realidade enfrentada por muitos enfermeiros pode contribuir para vários 
dilemas éticos, como: falta de leito, escolha entre pacientes para viver ou morrer, 
ausência de recursos humanos adequados. Alguns optam, mesmo que de forma 
inconsciente, por se tornar máquinas repetitivas no cuidar, de maneira apenas 
técnica, sem re etir sobre as condições impostas. 
Percebe-se que conhecer as normas que regem nossa pro ssão é importante para 
que a atuação esteja em consonância com a ética e a bioética 
(multidisciplinaridade que limita a ação do homem sobre a vida) (JUNQUEIRA, 
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REFLITA 
Há alguns anos, saiu a notícia de que uma técnica de enfermagem havia 
matado uma criança ao instalar vaselina em vez de soro nas veias da 
paciente. A pro ssional foi extremamente julgada e oprimida por seus atos, 
sendo demitida logo em seguida. Após o processo de cassação ser 
encerrado, ela ofereceu uma entrevista a uma emissora de televisão 
 
2012). No entanto, esses assuntos só passaram a ser discutidos nos cursos de 
graduação após 1994, quando a Portaria nº 1712, de 15 de dezembro do mesmo 
ano, estabeleceu novas diretrizes para os cursos de Enfermagem. Ainda assim, 
parecia que se os pro ssionais apenas tivessem o conhecimento das regras, eles 
estariam excluídos de suas obrigações morais (SANTIAGO; PALÁCIOS, 2006). 
De maneira contrária à perspectiva mencionada, a ética do cuidado pressupõe 
relações humanas que compreendam o agir ético, a atenção moral e a consciência 
das relações com abertura igualitária para a construção de consensos por meio de 
situações concretas, nas quais dilemas morais apareçam. 
Ao pesquisar por artigos éticos na enfermagem, é difícil encontrar esses aspectos 
em discussões para a nalidade do crescimento pro ssional. Provavelmente, 
questões éticas, que promoveriam análise crítica e crescimento, estão cerradas 
internamente nas instituições, o que não impede, contudo, que essas diretrizes 
sejam expostas em meios de comunicação (GERMANO; BRITO; TEODÓSIO, 1998; 
MATTOZINHO; FREITAS, 2021). 
Independentemente da familiaridade do pro ssional com as questões éticas, essa 
pessoa, muito provavelmente, enfrentará o distresse moral, de nido como um 
constrangimento gerado ao perceber que suas ações não condizem com seus 
valores pessoais e pro ssionais, ou seja, que sua participação moral é inadequada,de modo que sua consciência o perturba (RAMOS et al., 2020). 
 
 
 
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contando o quanto a sua própria consciência trazia uma dor pior do que 
todos os julgamentos e xingamentos externos. Algum tempo depois, ela 
cometeu suicídio, mesmo sendo absolvida do caso. 
Você consegue imaginar o distresse dessa técnica, o tamanho do 
sofrimento que leva alguém tirar a própria vida? 
 
Os avanços cientí cos e tecnológicos já disponibilizaram dispositivos integrados 
capazes de medir, identi car e alterar problemas no organismo humano por meio 
de dispositivos, sensores, biomarcadores e softwares. Dessa forma, ca fácil 
perceber que, em um futuro próximo, as quali cações pro ssionais serão outras. 
Mas e a ética das relações? Relações interpessoais são características da 
enfermagem por essência (FERNANDES et al., 2018). 
Será que estamos fadados a relações mediadas por emojis? É óbvio que a 
tecnologia é imperativa na saúde, porém não pode servir como um recurso de 
substituição das interações humanas. 
 
REFLITA 
 
A relação de um ser humano com o outro é uma necessidade intrínseca, 
pode-se dizer, até mesmo, que é uma necessidade humana básica. 
Portanto, é preciso garantir respeito mútuo e ética nas relações. 
 
 
Nossa sociedade está em constante transformação e evolução. 
Consequentemente, a ciência, a vida e o comportamento humano também passam 
por esse processo de desenvolvimento. Portanto, o evoluir ético da saúde deveria 
ser um aspecto em acompanhamento contínuo, inclusive de maneira 
transdisciplinar com a loso a e as ciências políticas, por exemplo. 
De acordo com Dalcin et al. (2020), utilizar-se de referenciais teóricos pode ser 
extremamente útil para ultrapassar os desa os éticos pro ssionais da 
modernidade, visto que foi por meio dessas pesquisas que a assistência de 
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enfermagem evoluiu. 
 
Estudos brasileiros demonstram que colaboradores vivenciam dilemas éticos em 
decorrência da estrutura organizacional do ambiente de trabalho e das relações 
interpessoais, e a combinação desses fatores pode gerar um extremo sofrimento 
psíquico (RAMOS et al., 2020). Clima ético é o termo utilizado para esses aspectos 
da percepção pro ssional sobre a assistência e as relações empregatícias, 
podendo ser classi cado como: negativo, moderado ou positivo, de acordo com a 
qualidade das relações e da ética das partes envolvidas (LANES et al., 2020). 
O que antecede o distresse moral é a sensibilidade moral, quando se age por meio 
de decisões prudentes e com consciência sobre as consequências dos atos ao se 
deparar com problemas éticos. Na ausência de re exões sobre atos e ações, o mal 
se torna banal (TOMASCHEWISK et al., 2020; DALCIN et al., 2020). 
Se para os enfermeiros a sensibilidade moral é importante, discutir esse assunto 
com estudantes de enfermagem promove a oportunidade de desenvolver a 
habilidade de enfrentamento ético nos mais variados cenários, desenvolvendo um 
comportamento respeitoso, pautado nos valores do cuidado e da ética, sem 
julgamento e em prol do paciente, da família, da comunidade e dos colegas que 
atuam na área da saúde. 
 
EXEMPLIFICANDO 
 
Temos, em nosso país, uma cultura punitiva sobre as ações entendidas 
como erros ou eventos adversos. Por esse motivo, pode ser difícil descobrir 
infrações se não houver repercussão no paciente. Há grandes chances de 
que o pro ssional responsável pelo atendimento omita que errou, com 
receio de sofrer punições quando deveria receber orientação educativa 
para rastrear o erro e não cometê-lo novamente. 
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A conscientização da qualidade da assistência e satisfação dos clientes e 
pro ssionais é uma responsabilidade ética e moral, por isso é tão imperativo que 
se fale, estude e aprimore a humanização no atendimento, objetivando, 
principalmente, equidade, universalidade e integralidade (LARA, 2018). 
Para processos de trabalho menos primitivos e mais educativos, faz-se necessária 
uma atuação forte dos pro ssionais da enfermagem em parceria com a educação 
permanente em saúde. 
 
REFERÊNCIAS 
 
COFEN. Conselho Federal de Enfermagem. Resolução Cofen nº 311, de 9 de 
fevereiro de 2007. Aprova a Reformulação do Código de Ética dos Pro ssionais de 
Enfermagem. Brasília, DF: Cofen, 2007. Disponível em: https://bityli.com/UA1R8t. 
Acesso em: 14 jul. 2021. 
COFEN. Conselho Federal de Enfermagem. Resolução Cofen nº 564, 6 de 
novembro de 2017. Aprova o novo Código de Ética dos Pro ssionais de 
Enfermagem. Brasília, DF: Cofen, 2017. Disponível em: https://bityli.com/wIej0r. 
Acesso em: 14 jul. 2021. 
DALCIN, C. B. et al. Ética no fazer pro ssional da enfermagem: re exões à luz do 
pensamento de Hannah Arendt. Revista Baiana de Enfermagem, v. 33, e29654, 
2019. Disponível em: https://bityli.com/SaoHmE. Acesso em: 19 jul. 2021. 
ENFERMAGEM Revista. Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo, 16 out. 
2018. Disponível em: https://bityli.com/8zm5yb. Acesso em: 20 jul. 2021. 
FERNANDES, M. N. de F. et al. O presente e o futuro da Enfermagem no Admirável 
Mundo Novo. Revista da Escola de Enfermagem da USP, v. 52, e03356 2018. 
Disponível em: https://bityli.com/5txCit. Acesso em: 19 jul. 2021. 
GERMANO, R. M.; BRITO, R. S.; TEODÓSIO, S. S. O comportamento ético dos 
enfermeiros dos hospitais universitários. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 
51, n. 3, p. 369-378, jul./set., 1998. Disponível em: https://bityli.com/KpVh8S. Acesso 
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https://bityli.com/8zm5yb
https://bityli.com/5txCit
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em: 14 jul. 2021. 
 
JUNQUEIRA, C. R. Bioética. São Paulo: Unifesp, 2012. Disponível em: 
https://bityli.com/QoMjyU. Acesso em: 15 jul. 2021. 
LANES, T. C. et al. Avaliação do clima ético nos serviços de saúde: revisão 
sistemática. Bioética, v. 28, n. 4, p. 718-729, 2020. Disponível em: 
https://bityli.com/osxyQR. Acesso em: 19 jul. 2021. 
 
LARA, M. O. et al. Percepção da equipe de enfermagem quanto à assistência 
provida em uma unidade de internação. Revista Brasileira de Ciências da Saúde, 
v. 22, n. 3, p. 195-202, 2018. Disponível em: https://bityli.com/e4df5U. Acesso em: 
29 out. 2021. 
MATTOZINHO, F. de C. B.; FREITAS, G. F. Tipos penais no exercício pro ssional de 
enfermagem: abordagem quantitativa. Acta Paulista de Enfermagem, v. 34, 
eAPE00221; 2021. Disponível em: https://bityli.com/BeY81N. Acesso em: 14 jul. 
2021. 
RAMOS, F. R. S. et al. Associação entre distresse moral e elementos apoiadores da 
deliberação moral em enfermeiros. Revista Latino-Americana de Enfermagem, 
v. 28, e33322020, 2020. Disponível em: https://bityli.com/W6uIur. Acesso em: 14 jul. 
2021. 
SANTIAGO, M. M. de A.; PALÁCIOS, M. Temas éticos e bioéticos que inquietaram a 
Enfermagem: publicações da REBEn de 1970-2000. Revista Brasileira de 
Enfermagem, v. 59, n. 3, p. 349-353, maio/jun. 2006.Disponível em: 
https://bityli.com/N2GcPV. Acesso em: 14 jul. 2021. 
 
SILVA, A. L. N. V. et al. Caracterização de processos éticos instaurados contra 
pro ssionais de Enfermagem. Nursing, Santana do Parnaíba, SP, v. 23, n. 263, p. 
3698-3704, abr. 2020. Disponível em: https://bityli.com/NmcVFV. Acesso em: 14 jul. 
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TOMASCHEWISK-BARLEM, J. G. et al. Estratégias para o desenvolvimento da 
sensibilidade moral: perspectiva dos enfermeiros de unidades de terapia intensiva. 
Escola Anna Nery, v. 24, n. 3, e20190311, 2020. Disponível em: 
https://bityli.com/8EO7WV. Acesso em: 14 jul. 2021. 
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FOCO NO MERCADO DE TRABALHO 
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ASPECTOS ÉTICOS E ABORDAGEM NO 
RELACIONAMENTO TERAPÊUTICO 
 
Bruna Zemella Collaço 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SEM MEDO DE ERRAR 
Tenho certeza de que você está com a cabeça “fervilhando” diante de tantas 
re exões sobre as questões expostas neste material. Por meio do conteúdo 
apresentado, percebemos como é importante falar sobre responsabilidade ética, 
cuidado ético e ações técnicas realizadas de maneira embasada não somente em 
ciência e raciocínio clínico, mas também em respeito, humanização e 
responsabilidade. 
Você se lembra da situação-problema que analisamos no início desta seção? 
Vamos retomá-la e aplicar as discussões pertinentes agora que você as conhece. 
Josefa atua como técnica de enfermagem há 15 anos no setor de internação da 
maternidade de um hospital privado de grande porte. Estava no quarto de uma 
paciente para recepcioná-la em sua vinda do centro obstétrico e se apresentar 
quando leu, em seu prontuário, que a pessoa em questão era soropositiva. Diante 
disso, foi checar a prescrição médica do bebê e con rmou que havia prescrição de 
zidovudina (AZT) para ser administrada naquele momento. 
Ao retornar ao quarto com a medicação, percebeu os olhares desesperados da 
paciente, que a chamou discretamente dizendo: “Meus pais não sabem de nada.”. 
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Josefa avisou que administraria a prescrição médica, mas não informou do que se 
tratava. Mesmo assim, foi questionada pela avó da paciente, que disse: “O que 
você está dando para minha neta? Ela só pode tomar leite materno!”. Josefa 
reforçou que estava seguindo a prescrição médica e se retirou. 
Você concorda com a conduta de Josefa? Faria algo diferente? Justi que. 
 
Se formos pensar no sigilo das informações, a conduta da técnica de enfermagem 
está correta? 
Realizar a administração de fármacos na presença dos pais e explicando todo o 
processo é uma ação adequada? 
Josefa, após ter recebido a informação, por meio da própria paciente, de que seus 
pais não sabiam sobre sua condição de saúde, poderia ter se retirado do quarto 
com a medicação? 
Ela poderia atrasar a medicação? Ou ela teria que fazer a administração do 
fármaco, mas em outro local? Será que o mais adequado, nesse caso, seria solicitar 
a presença do pai no posto de enfermagem, em um setor distante dos outros 
familiares? 
Os cuidados são extensivos a pacientes e famílias. Diante disso, Josefa deveria ter 
respondido de outra forma ao questionamento feito pela mãe da paciente? Ao ser 
perguntada sobre o que estava ofertando para o bebê, se Josefa tivesse 
respondido que se tratava de uma vitamina, por exemplo, ela teria infringido 
algum aspecto ético? 
Conseguiu perceber que, muitas vezes, mesmo a melhor das intenções, como 
mentir para um familiar na intenção de proteger a paciente, pode acarretar 
infrações do Código de Ética? 
Por esses motivos, é muito importante discutir sobre situações vividas na prática 
pro ssional da área de enfermagem, a m de que tais exemplos possam auxiliar a 
construção de uma conduta que não desrespeite aspectos éticos e legais. 
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AVANÇANDO NA PRÁTICA 
 
AVÓ EXIGE INFORMAÇÕES 
Ao ser questionada sobre o procedimento médico em execução, a técnica de 
enfermagem Josefa disse para a avó materna de uma paciente que estava 
administrando uma prescrição médica. No entanto, a resposta parece não ter sido 
satisfatória. Diante disso, você, o enfermeiro da unidade, foi acionado para explicar 
o que estava descrito na prescrição médica e como o medicamento foi 
administrado. 
Depois de acomodar a avó em um local mais reservado, como você explicaria esse 
procedimento? 
 
 
RESOLUÇÃO 
 
 
Você conhece as diretrizes sobre sigilo das informações e sabe (visto que 
Josefa já lhe informou) que os avós não estão cientes da condição de saúde da 
paciente (soropositiva) que acaba de dar à luz um lho. 
Portanto, você precisará ser muito diplomático ao explicar sobre o sigilo das 
informações, deixando claro que o prontuário pertence à paciente e que 
somente ela pode contar o que o bebê está recebendo. Contudo, você pode 
tranquilizar a avó explicando quais são todos os protocolos da instituição. Por 
exemplo: bebês recebem vitamina K oral quando os pais não permitem que o 
processo seja realizado de forma intramuscular; também podem receber 
ampolas de glicose ou colostroterapia para ajudá-los a não ingerir fórmula 
láctea e manter a glicemia. 
Dessa forma, você mostraria para a avó que existem muitas alternativas para 
que um bebê receba algo além do leite materno e que essas substâncias não 
necessariamente seriam coisas ruins. 
Você manteria o sigilo das informações e prestaria os cuidados que a 
 
componente do grupo familiar da paciente exigia no momento, concorda? 
 
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NÃO PODE FALTAR 
 
 
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FUNDAMENTOS DO CUIDADO 
 
Bruna Zemella Collaço 
 
 
 
 
PRATICAR PARA APRENDER 
 
Querido aluno, estamos novamente juntos para abordar a essência da pro ssão 
que você escolheu para chamar de sua: o cuidado! 
Já há muito tempo, o cuidar deixou de ser apenas algo benevolente e caridoso para 
ser algo cientí co e crítico. Nesta etapa da disciplina, você estudará sobre o 
cuidado na prática da enfermagem, sobre como as teorias de enfermagem 
embasam essa atuação e como os pacientes percebem essa prática pro ssional. 
Relacionar-se com o paciente é uma das atividades que mais exige atenção e 
dedicação do enfermeiro, pois tal interação deve vir acompanhada de uma 
conduta pro ssional pautada na ética, na moral e na qualidade da assistênciacientí ca. 
Portanto, deve-se ter conhecimento sobre as legislações que vigoram na pro ssão 
e sobre as teorias que conduzem o ato de cuidar, respeitar e integrar paciente e 
família à assistência, tudo isso de maneira aditiva, e não excludente. 
É a partir desse cenário que a construção das condutas pro ssionais será 
elaborada e lapidada. 
Para isso, vou apresentar a você uma situação-problema que servirá como 
elemento norteador na construção do conhecimento. Seja crítico, use os porquês, 
indague, questione, não aceite tudo que te digo. Vá sempre em busca de mais! 
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Martim e Cláudia são pais de Joaquina, um bebê de 45 dias de vida que nasceu 
depois de 30 semanas de gestação. Joaquina vem evoluindo bem. Já foi extubada, 
saiu do CPAP nasal e, agora, mantém cateter nasal, cateter central para infusão de 
medicações vesicantes e sonda orogástrica para infusão de dieta. 
Jacira é a enfermeira responsável pelo leito em que Joaquina está internada, e os 
pais se dirigiram a ela para fazer um pedido especial. Gostariam de trocar a fralda 
da sua lha. Jacira imediatamente respondeu que não poderiam, visto que a 
responsabilidade pelos cuidados era da equipe de enfermagem. 
Qual a sua opinião sobre a conduta da enfermeira Jacira? Justi que. 
 
Não se esqueça: caminhe pelo conteúdo da disciplina sem desconsiderar a 
situação apresentada e deixe sempre um questionamento na manga. Isso fará com 
que seu pensamento crítico se desenvolva! 
Então, vamos seguir? 
 
 
CONCEITO-CHAVE 
 
É impossível falar de cuidar sem mencionar a evolução da enfermagem a partir da 
atuação e contribuição que Florence Nightingale nos deixou como legado há 200 
anos. Ainda que muitos anos já tenham se passado, as orientações dessa britânica 
pioneira nos cuidados com feridos nunca deixam de ser relevantes em decorrência 
dos seus pensamentos críticos holísticos (RIEGEL et al., 2021). 
 
 
Figura 3.1 | Florence visitando pacientes na Guerra da Crimeia 
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Fonte: Shutterstock. 
 
 
Retorne 200 anos e imagine-se na Guerra da Crimeia, andando entre diversos 
enfermos, alguns gemendo de dor. Pense no odor de sangue misturado com 
infecção, na baixa iluminação gerada por uma vela e em seu ímpeto para subverter 
aquelas condições e favorecer o melhor aos doentes. 
Florence via o cuidado sem dissociar o homem daquilo que o compunha: mente, 
corpo e espírito. Dizia que o ambiente poderia contribuir para a terapêutica, a qual, 
em sua concepção, distinguia-se da cura. Terapêutica podia e devia ser utilizada 
sempre, abrangendo o cuidado, o ambiente, o plano espiritual. Já a cura nem 
sempre seria possível (THORNTON, 2021). 
Atualmente, diversos outros setores de atuação utilizam-se de ambientes 
terapêuticos para favorecer seus colaboradores e contribuir com a prevenção de 
morbidades. Por exemplo, é comum que grandes centros comerciais tenham 
espaços arborizados, centros recreativos; é o ambiente contribuindo para que a 
 mente, o corpo e o espírito das pessoas estejam alinhados. 
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EXEMPLIFICANDO 
Os cuidados requerem embasamento. Por exemplo, você faz a higiene da 
área mais limpa para a mais suja, a m de não levar contaminação para o 
ambiente limpo. Você executa o cuidado dessa forma porque a sua meta é 
 
Mas o ambiente não “faz verão” por si só. Você já ouviu alguém dizer que para 
cuidar de uma pessoa precisamos, primeiramente, cuidar de nós mesmos? Então, 
a teoria holística do cuidar fala sobre isso. Não há como o enfermeiro olhar para o 
paciente em todas as suas características/necessidades se ele mesmo não estiver 
bem. Há evidências de que olhar e cuidar de si próprio gera in uências positivas 
sobre a atuação e o desempenho no trabalho dos enfermeiros, o que produz 
segurança no paciente e deixa o enfermeiro mais con ante, in uenciando 
bene camente a sua liderança e a harmonia no ambiente de trabalho (SILVA; 
BALSANELLI; NEVES, 2021). Estar com alguém signi ca estar emocionalmente 
presente, e esse compartilhamento faz toda a diferença para os envolvidos no 
cuidado. 
Dessa forma, a enfermagem, mais do que nunca, vem embasando o conhecimento 
cientí co na associação do pensamento crítico e holístico. A enfermagem passou 
de uma pro ssão focada nos aspectos siológicos para uma atividade 
especialmente direcionada à ciência, ao cuidado, à cura, sendo permeada pelos 
aspectos culturais, morais, valores e crenças que evoluem o ato de cuidar (RIEGEL 
et al., 2021; DIOGO et al., 2021). 
Muitos desses embasamentos da pro ssão são decorrentes das teorias de 
enfermagem, que fundamentam a prática, sistematizam o cuidar e respaldam a 
pro ssão (CARVALHO et al., 2021). 
Mas ainda há uma certa di culdade, por parte dos enfermeiros, de entender essa 
correlação entre cuidados prestados e teorias da enfermagem. 
 
 
 
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manter o paciente limpo e sem infecção. É isso que as teorias de 
enfermagem fazem com as ações de cuidar; elas estabelecem metas para 
orientar a prática. 
 
De maneira geral, as teorias de enfermagem possuem uma evolução na visão do 
ser humano como um ser não só biológico (como a rmava a visão biomédica), mas 
também biopsicossocial e espiritual. Dessa forma, os cuidados de enfermagem 
objetivam curar ou cuidar (terapêutico) de todos esses aspectos que compõem o 
ser. 
Atreladas a essa perspectiva, as Práticas Integrativas do Cuidado (PIC) vêm 
ganhando força e destaque, inclusive no Sistema Único de Saúde (SUS), por meio 
da publicação da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares 
(PNPIC) a partir de 2006, a qual foi reformulada em 2015 (BRASIL, 2015). Tais 
práticas vêm sendo utilizadas, inclusive, durante a formação dos enfermeiros, na 
intenção de despertar o olhar dos graduandos para as possibilidades terapêuticas, 
como massagem, ioga, acupuntura, entre outras alternativas (SOUSA et al., 2021). 
Dentro da área de pesquisa e extensão, tais práticas já estão sendo associadas às 
teorias de enfermagem com a nalidade de melhorar as formas de cuidar. 
Se para os enfermeiros é difícil fazer essa interseção entre a teoria e o cuidar, que 
dirá para a sociedade, mais especi camente para o paciente. Não é incomum 
encontrarmos relatos nos quais enfermeiros descrevem sua ótima atuação com o 
paciente X, mas a pessoa atendida não dá testemunho desse “ótimo cuidar”. 
Essas diferenças subjetivas se dão por divergências nas óticas estabelecidas. Ou 
seja, se o paciente valorizar mais a técnica e o uso de instrumentação, porém seus 
cuidados exigirem escuta e diálogo, pode ser que esse indivíduo atendido não se 
sinta cuidado (JESUS et al., 2021). 
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É justamente por isso que o enfermeiro precisa deixar claros os objetivos de sua 
assistência. É importante salientar, contudo, que não adianta o enfermeiro falar 
que se embasa na teoria humanística de Paterson ou na teoria de Wanda Horta. O 
paciente continuará sem saber qual é o objetivo da assistência. Além disso, o 
pro ssional de enfermagem deve alinhar as expectativas e os objetivos do 
paciente, visto que o cuidado é, ou deveria ser, centrado nele e em sua família. Se 
o cuidado é direcionado ao paciente, deve haver abertura para o diálogo e 
discussão sobre como o procedimento será executado e sobre o que o paciente 
autoriza ou não. Comportamentos paternalistas, por parte dos enfermeiros, e a 
negação da autonomia do paciente podem gerar sentimentos de desrespeito e 
desvalorização. 
 
REFLITA 
 
O descontentamento dos pro ssionais da enfermagem por excesso de 
atividades, baixa remuneração, di culdades técnicas e operacionais por 
escassez de materiais e ausência de recursos humanos pode contribuir 
para a má percepção da assistência, concorda? 
 
ASSIMILE 
 
As teorias da enfermagem são embasadas em conceitos que orientam o 
cuidar e direcionam as ações cientí cas e críticas do cuidado. Para 
aprofundar seus conhecimentos sobre esse tema, faça a leitura do artigo 
Conceitos e teorias na enfermagem, de Bousso, Poles e Cruz (2014), cujo 
link está disponível nas Referências desta seção. 
BOUSSO, R. S.; POLES, K.; CRUZ, D. de A. L. M. da. Conceitos e teorias na 
enfermagem. Revista da Escola de Enfermagem da USP, 2014, v. 48, n. 1, 
p. 141-145. 
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Não se pode esquecer dos preceitos éticos do cuidado. Nessa relação, 
minimamente a dois, todos devem saber os seus direitos e deveres para que os 
laços de cumplicidade e respeito se unam (JESUS et al., 2021). 
Fica claro que há uma necessidade de que a prática do cuidar transcenda a 
mecânica, visto que as relações interpessoais são exigidas para a qualidade da 
assistência (DIOGO et al., 2021). As práticas de olhar e estar com a pessoa 
fortalecem a crença que há nela e na sua capacidade de superação (HENRIQUES; 
BOTELHO; CATARINO, 2021). 
 
ASSIMILE 
 
O paciente é um ser humano que possui relação com o mundo, ou seja, ele 
tem família, amigos, emprego. E o enfermeiro é outro ser humano que 
também tem um tipo de relação com o mundo. Diante disso, ambos 
deverão interagir, carregando consigo a bagagem das experiências vividas. 
 
 
Figura 3.2 | Enfermeira compartilhando resultado de exames com paciente 
 
Fonte: Shutterstock. 
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Toda boa interação, toda criação de vínculo começa pela troca de olhares, pela 
conversa com a escuta empática. Não é por mero acaso que possuímos dois 
ouvidos e uma boca. Uma pessoa deve dar liberdade para o outro falar enquanto 
escuta atentamente, como a rmou Carnegie, em 1936, no livro Como fazer amigos 
e in uenciar pessoas. Depois vem o toque, depois vem a tecnologia. 
A enfermagem, inclusive, é sistematizada nesta sequência: anamnese (entrevistar e 
escutar), exame físico (tocar, mexer), diagnóstico, prescrição e evolução. 
Associar a prática do cuidar com as concepções teóricas da enfermagem favorece 
o ensino, integra seres humanos, promove o avanço da pro ssão e satisfaz o 
paciente (LOUREIRO; ANTUNES; CHAREPE, 2021). 
Nós já vimos, em seções anteriores, que o conhecimento do uxo de pessoas 
dentro dos serviços de saúde coopera para a percepção elevada da satisfação do 
cliente. Na assistência, o paciente identi cará o cuidado de maneira satisfatória se 
as dimensões do seu ser tiverem suas necessidades atendidas conforme as 
expectativas (BRITO et al., 2021). Ou seja, o desejo de receber o cuidado e o quanto 
desse cuidado foi recebido darão origem à satisfação gerada com o serviço de 
saúde. 
A cada dia que passa, mais instituições de saúde implementam esse indicador de 
qualidade. Portanto, é importante que enfermeiros saibam o que se espera de sua 
atuação e da consequente percepção, por parte da pessoa atendida, de sua 
assistência. 
Para que isso aconteça, temos que partir da premissa de que o paciente também é 
detentor do saber e não está à margem do seu próprio cuidado. Dessa forma, os 
anseios do paciente/cliente são notados, respeitados para além dos aspectos 
meramente biológicos (BRITO et al., 2021). 
Vale reforçar a noção de que o enfermeiro é o líder da equipe e o comandante das 
prescrições e da evolução do cuidado, portanto toda a sua equipe deve estar 
alinhada entre expectativa e realidade, assim como o enfermeiro precisa, 
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frequentemente, acompanhar os cuidados prescritos para a sinalização de 
melhorias. 
Não há prática do cuidar sem o enfermeiro, não há qualidade na assistência sem o 
olhar do enfermeiro, não há satisfação do cliente sem a satisfação própria do 
enfermeiro. Ou seja, nada se faz sem o enfermeiro! 
 
REFERÊNCIAS 
 
BALBINO, F. S.; BALIEIRO, M. M. F. G.; MANDETTA, M. A. Avaliação da percepção do 
cuidado centrado na família e do estresse parental em unidade neonatal. Revista 
Latino-Americana de Enfermagem, v. 24, e2753, 2016. Disponível em: 
https://bityli.com/WmlRPj. Acesso em: 30 jul. 2021. 
BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Práticas Integrativas e 
Complementares no SUS. 2. ed. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2015. Disponível 
em: https://bityli.com/5gmpcg. Acesso em: 30 jul. 2021. 
BOUSSO, R. S.; POLES, K.; CRUZ, D. de A. L. M. da. Conceitos e teorias na 
enfermagem. Revista da Escola de Enfermagem da USP, 2014, v. 48, n. 1, p. 141- 
145. Disponível em: https://bityli.com/Ozne4F. Acesso em: 2 ago. 2021. 
 
BRITO, L. C. dos S. et al. Satisfação dos usuários com os cuidados de enfermagem 
no ambiente hospitalar. Revista Online de Pesquisa Cuidado é Fundamental, v. 
13, p. 1068-1074, jan./dez. 2021. Disponível em: https://bityli.com/tga0YP. Acesso 
em: 26 jul. 2021. 
 
CARVALHO, D. V. P. et al. Publicações de teses e dissertações sobre a teoria do 
cuidado humano: estudo bibliométrico. Revista Online de Pesquisa Cuidado é 
Fundamental, v. 13, p. 822-828, 2021. Disponível em: https://bityli.com/x95nD8. 
Acesso em: 26 jul. 2021. 
 
DIOGO, P. M. J. et al. O cuidar em enfermagem pediátrica na perspectiva das 
emoções: de Nightingale à atualidade. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 74, 
n. 4, e20200377, 2021. Disponível em: https://bityli.com/p3lbWh. Acesso em: 26 jul. 
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2021. 
 
HENRIQUES, C. M. da G.; BOTELHO, M. A. R.; CATARINO, H. da C. P. A 
fenomenologia como método aplicado à ciência de enfermagem: estudo de 
investigação. Ciência & Saúde Coletiva, v. 26, n. 2, p. 511-519, 2021. Disponível 
em: https://bityli.com/YUOJCb. Acesso em: 26 jul. 2021. 
JESUS, S. C. de. et al. Honneth:Contribuições para o cuidar em enfermagem à luz 
do amor, direito e solidariedade. Cuidarte, v. 12, n. 1, e1201, 2021. Disponível em: 
https://bityli.com/d3NewD. Acesso em: 26 jul. 2021. 
LOUREIRO, F. M.; ANTUNES, A. V. dos R. A.; CHAREPE, Z. B. Concepções teóricas de 
enfermagem nos cuidados à criança hospitalizada: scoping review. Revista 
Brasileira de Enfermagem, v. 74, n. 3, e20200265, 2021. Disponível em: 
https://bityli.com/VELGvu. Acesso em: 26 jul. 2021. 
RIEGEL, F. et al. A teoria de Florence Nightingale e suas contribuições para o 
pensamento crítico holístico na enfermagem. Revista Brasileira de Enfermagem, 
v. 74, n. 2, e20200139, 2021. Disponível em: https://bityli.com/TTyv8X. Acesso em: 
26 jul. 2021. 
SILVA, E. J. J.; BALSANELLI, A. P.; NEVES, V. R. In uência do cuidado de si no trabalho 
de enfermeiros intensivistas. Revista da Escola de Enfermagem da USP, v. 55, 
e03701, 2021. Disponível em: https://bityli.com/fUO9M8. Acesso em: 30 jul. 2021. 
SOUSA, L. A. et al. Terapias complementares na educação, extensão comunitária e 
pesquisa em enfermagem. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 74, n. 2, 
e20200449, 2021. Disponível em: https://bityli.com/mDm6Fp. Acesso em: 30 jul. 
2021. 
THORNTON, L. Holistic Nursing: A Way of Being, a Way of Living, a Way of Practice! 
NSNA IMPRINT, n. 31, p. 32-39, 2019. Disponível em: https://bityli.com/MGJDTZ. 
Acesso em: 28 jul. 2021. 
https://bityli.com/YUOJCb
https://bityli.com/d3NewD
https://bityli.com/VELGvu
https://bityli.com/TTyv8X
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FOCO NO MERCADO DE TRABALHO 
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FUNDAMENTOS DO CUIDADO 
 
Bruna Zemella Collaço 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SEM MEDO DE ERRAR 
Como é bom falar e estudar sobre a prática do cuidar! Esse tema desperta tanta 
curiosidade, tanta vontade de estar com o paciente, concorda? 
Vamos, agora, relembrar a situação-problema apresentada no início desta seção? 
O contexto descrito envolvia Cláudia, Martim e a enfermeira Jacira. 
Martim e Cláudia são pais de Joaquina, um bebê de 45 dias de vida que nasceu 
depois de 30 semanas de gestação. Joaquina vem evoluindo bem. Já foi extubada, 
saiu do CPAP nasal e, agora, mantém cateter nasal, cateter central para infusão de 
medicações vesicantes e sonda orogástrica para infusão de dieta. 
Jacira é a enfermeira responsável pelo leito em que Joaquina está internada, e os 
pais se dirigiram a ela para fazer um pedido especial. Gostariam de trocar a fralda 
da sua lha. Jacira imediatamente respondeu que não poderiam, visto que a 
responsabilidade pelos cuidados era da equipe de enfermagem. 
Qual a sua opinião sobre a conduta da enfermeira Jacira? Justi que. 
Vamos evoluir o raciocínio crítico sobre a situação apresentada. 
A bebê (Joaquina) está em situação estável? A equipe de enfermagem tem 
conseguido realizar as trocas de fraldas dela normalmente ou ela é um bebê de 
 cuidados mínimos, isto é, que exige que a manipulação seja feita por toda a equipe 
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de uma única vez? 
 
Acredito que, pelo quadro apresentado, ela esteja evoluindo bem e as trocas 
aconteçam normalmente. Se existe uma técnica para efetuar a troca de fraldas e 
não há escassez de recursos humanos, será que Jacira não poderia pelo menos 
acompanhar o procedimento realizado pelos pais? 
Além disso, considerando a a rmação de Jacira (―a responsabilidade pelos 
cuidados era da equipe‖), será que os pais perdem a responsabilidade sobre os 
 lhos a partir do momento em que este está internado? Será que uma troca de 
fralda causaria danos à saúde de Joaquina apenas se fosse realizada pelos pais? 
Se decisões, prognósticos e resultados são compartilhados com os pais (ao menos 
deveriam ser), visto que os cuidados são centrados no paciente e na família, uma 
troca de fralda seria excluída desse cuidado? 
 
AVANÇANDO NA PRÁTICA 
 
JOAQUINA QUASE CAI DA INCUBADORA 
Jacira autorizou os pais da pequena Joaquina a trocarem a fralda da bebê. Ela deu 
as orientações para o procedimento e explicou sobre as portas da incubadora: 
uma servia para a entrada limpa dos materiais e outra, para os materiais sujos, por 
onde eles deveriam sair após o uso. Além disso, Jacira solicitou que a técnica de 
enfermagem Fernanda acompanhasse os pais e fornecesse os materiais 
necessários, como algodão, água morna e fralda. 
 
 
Figura 3.3 | Bebê dentro da incubadora 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Fonte: Shutterstock. 
 
 
Os pais realizaram a troca da fralda e choraram de emoção. Ao término, a mãe 
Cláudia estava tão feliz que tremia e só agradecia. 
Os pais estavam abraçados ao lado da incubadora quando Fernanda arregalou os 
olhos e se jogou sobre o equipamento. Joaquina estava quase caindo da 
incubadora pela portinha que havia cado aberta. Jac 
 
 
RESOLUÇÃO 
 
 
Jacira culpabilizou os pais pela quase queda de Joaquina. Ela agiu 
corretamente? 
O domínio de tecnologias é função dos pais ou da equipe de saúde? 
Se a criança tivesse caído, a responsabilidade seria dos pais, por não terem 
fechado a portinhola, ou da equipe, considerando que a supervisão da 
internação é do hospital? 
 
Em caso de cuidados compartilhados a quem se atribui a responsabilidade? 
 
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Você percebeu que esse assunto estimula o pensamento crítico e exige 
conhecimento ético, legal e prático? Portanto, a conduta do pro ssional deve 
seguir o código de ética da pro ssão e o código de conduta da instituição. 
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NÃO PODE FALTAR 
 
ANAMNESE 
 
Bruna Zemella Collaço 
 
 
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PRATICAR PARA APRENDER 
 
Caro aluno, mesmo que a distância, já estamos nos relacionando há algum tempo. 
 
Mantemos um diálogo por meio dos estudos, dos questionamentos que faço a 
você e dos convites às re exões. Nesta seção não será diferente, porém nossa 
dinâmica será ainda melhor, pois o aprendizado será direcionado à sua relação 
com o seu objeto de estudo, ou seja, seu cliente, seu paciente. 
Será a sua vez de estabelecer uma comunicação e interação com ele. 
 
Relacionar-se com o paciente é uma das atividades que mais exige atenção e 
dedicação do enfermeiro, pois essa interação deve vir acompanhada de uma 
conduta e uma postura pro ssional, pautada na ética, na moral e na qualidade da 
assistência cientí ca. 
Portanto, deve-se ter conhecimento sobre as legislações que vigoram na pro ssão 
e sobre as teorias que conduzem o ato de cuidar, respeitar e integrar paciente e 
família à assistência, tudo isso de maneira aditiva, e não excludente. 
É a partir desse cenário que a construção das condutaspro ssionais será 
elaborada e lapidada. 
Então, vamos re etir sobre a seguinte situação-problema: 
 
Cássia é enfermeira da unidade básica de saúde de um bairro rural, localizado em 
uma cidade de 250 mil habitantes. Ela chamou pelo nome de uma paciente, 
Fernanda Fernandes, que se levantou e estava acompanhada de uma moça que 
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parecia ser sua mãe. Fernanda se mostrava um pouco agitada. As duas mulheres 
entraram na sala de atendimento, e Cássia, após se apresentar, perguntou como 
poderia ajudar. Fernanda não parava de balançar a perna. A acompanhante 
respondeu que Fernanda estava gorda e precisava de orientações nutricionais. 
Cássia perguntou a idade de Fernanda, a qual respondeu dizendo que tinha 18 
anos. A enfermeira, então, perguntou se ela gostaria de realizar a consulta sozinha, 
visto que era maior de idade e não precisava de acompanhante. 
Fernanda apenas balançou a cabeça positivamente. Cássia acomodou a senhora 
do lado de fora, na sala de espera, e retornou à consulta. 
Quais aspectos foram importantes para a conduta da enfermeira Cássia? Você faria 
algo diferente ou complementaria esse atendimento? Justi que. 
Mantenha essa situação-problema na condução dos seus pensamentos durante a 
aula e em seu processo de aprendizagem. 
Vamos interagir? É hora de começar! 
 
 
CONCEITO-CHAVE 
 
De acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais (DNC), o per l do egresso de 
enfermagem deve contemplar competências e habilidades do saber e do fazer 
para diagnosticar e solucionar problemas de saúde (CONSELHO NACIONAL DE 
EDUCAÇÃO, 2001). 
No artigo 5º, inciso VIII, temos que: o enfermeiro deve “ser capaz de diagnosticar e 
solucionar problemas de saúde, de comunicar-se, de tomar decisões, de intervir no 
processo de trabalho, de trabalhar em equipe e de enfrentar situações em 
constante mudança” (CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO, 2001, [s. p.]). 
Então, vamos partir da premissa de que não há diagnóstico e solução de 
problemas sem comunicação e não há solução de problemas sem estabelecer o 
Processo de Enfermagem. 
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Como já estudamos anteriormente, é importante saber a diferença entre as etapas 
do Processo de Enfermagem (PE), bem como compreender que a Sistematização 
da Assistência de Enfermagem (SAE) organiza o trabalho pro ssional quanto a 
metodologia, recursos humanos e protocolos, favorecendo a viabilização do 
Processo de Enfermagem. Dessa forma, SAE e PE não 
são sinônimos (OLIVEIRA et al., 2019; SANTOS et al., 2016). 
 
 
ASSIMILE 
 
O Processo de Enfermagem (PE) é o instrumento intelectual e a 
Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) é o método utilizado 
para desenvolver o trabalho. 
 
O PE é uma etapa fundamental da SAE para dar visibilidade ao raciocínio do cuidar 
e quali car a assistência, contribuindo para documentar a prática (ADAMY et al., 
2020; PENDON et al., 2020). 
 
 
Figura 3.4 | Demonstração da correlação entre PE e SAE 
 
Fonte: elaborada pela autora. 
 
 
Desde 2009, com a Resolução nº 358 do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), 
de 15 de outubro do ano mencionado, existe a obrigatoriedade de implantação e 
 implementação da sistematização da assistência de enfermagem em todas as 
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instituições de saúde no Brasil. Contudo, sabemos que, mesmo com mais de uma 
década para a adequação das instituições, ainda há locais que não conseguem 
fazer tal implementação por falta de recursos humanos, capacitação pro ssional e 
recursos materiais. 
A Resolução nº 358 de ne, também, que o Processo de Enfermagem é composto 
por cinco etapas que se relacionam entre si (CAVEIÃO et al., 2020), como mostra a 
Figura 3.5, a seguir. 
 
 
Figura 3.5 | As cinco etapas do Processo de Enfermagem 
 
 
Fonte: elaborada pela autora. 
 
 
Vamos direcionar nosso foco à primeira etapa do PE, Histórico de Enfermagem, 
que é composta pela entrevista com o cliente, também conhecida como anamnese, 
e pelo exame físico. Esse é o momento em que ocorre a primeira interação entre 
cliente e enfermeiro. É a consulta de enfermagem por meio de conversa, 
observação e análise de dados objetivos e subjetivos (ADAMY et al., 2016). 
Quando enfermeiros são questionados sobre essa etapa do PE, eles geralmente 
relatam que, além de conhecimento cientí co, é preciso alinhar os aspectos 
humanos das relações interpessoais, ou seja, olhar nos olhos, estabelecer uma 
relação de con ança, respeitar e entender que o outro vem de um meio com suas 
respectivas culturas, valores e características, ouvir e considerar o que não é dito. 
Resumidamente, é importante considerar linguagem corporal, tom de voz e 
expressões (ADAMY et al., 2016). 
 
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Os enfermeiros têm se utilizado de outros conhecimentos para as melhorias desse 
período de interação. A Programação Neurolinguística (PNL) pode auxiliá-los na 
interpretação dos comportamentos que o paciente demonstra ao longo da sua 
fala, pois se trata de uma ciência que estuda a comunicação em sua estrutura 
subjetiva. 
Quando interagimos com alguém ao longo de um bate-papo, de uma conversa, 
observamos os gestos e os olhares que essa pessoa nos oferece. De acordo com a 
PNL, conseguimos identi car se o orador é uma pessoa mais visual, mais auditiva e 
até se está mentindo, por meio das interpretações que a programação nos oferece 
(SOUZA, 2008). 
As pessoas que costumam olhar para o lado em direção aos ouvidos costumam ser 
mais auditivas e as que olham para baixo, de forma lateralizada, mais verbais. 
Quando olhamos de forma lateralizada para cima, estamos buscando alguma 
informação na nossa memória. 
 
 
Figura 3.6 | Demonstração da utilização PNL – olhando para a lateral em direção aos ouvidos 
 
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Fonte: Shutterstock. 
 
 
Figura 3.7 | Demonstração da utilização PNL – buscando lembrar de alguma informação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Shutterstock. 
 
 
Fazer essas interpretações facilitam a condução e a interação com o paciente 
quando precisamos colher dados sobre sua saúde. Você pode otimizar a interação 
adotando recursos que promovam maiores respostas. 
 
EXEMPLIFICANDO 
 
Para o paciente que é visual e não auditivo, você pode oferecer imagens a 
 m de que ele demonstre alguma parte do corpo que dói. Para os auditivos, 
pode-se trabalhar com um som: respiração, batimentos cardíacos, entre 
outros. 
 
 
 
 
 
 
 
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Umacondução bem feita estabelece um vínculo entre enfermeiro e paciente que 
fará total diferença nas próximas etapas do PE, como o exame físico. 
Consequentemente, como já visto anteriormente, essa metodologia produz 
satisfação tanto em quem oferece como em quem recebe o cuidado. 
A forma de estabelecer e iniciar a comunicação é um elemento imprescindível no 
início da interação interpessoal. Nesse caso, a primeira impressão pode e vai fazer 
diferença. Certamente você já entrou em uma loja na qual o vendedor parecia não 
estar muito satisfeito com seu dia de trabalho; ele não dava atenção aos seus 
pedidos, respondia de qualquer jeito, o que provavelmente gerou em você 
irritação e desgosto com a loja/produto. Outro exemplo comum de falha na 
comunicação pode ter acontecido quando você era mais jovem e estava 
apaixonado por uma pessoa em especial, mas ela nem sequer te dirigia o olhar. 
A forma de interação e comunicação começa assim: pelo olhar que enxerga, ou 
seja, que observa e presta atenção ao que está sendo visto. Seu paciente não quer 
ser ignorado ou maltratado, como aconteceu com você ao não ser bem atendido 
pelo vendedor da loja. Ele não quer ser invisível, como no caso da pessoa 
apaixonada cujo sentimento não é correspondido. 
 
REFLITA 
 
Muitas vezes, as demandas técnicas e operacionais nos limitam a 
proporcionar interações verdadeiras, mas não se esqueça de que não 
existe cuidado sem interação humana. Não cuidamos de peças, de órgãos 
ou de partes isoladas, cuidamos de pessoas! 
 
Para melhorar a assistência, viabilizar o processo de comunicação e tornar visível o 
que nunca deveria ser invisível, cada vez mais o cuidado vem utilizando a loso a 
do Cuidado Centrado no Paciente e Família (CCPF), que apresenta quatro pilares 
principais: 
 
Dignidade e respeito. 
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EXEMPLIFICANDO 
Figura 3.8 | Símbolo de paz e amor ou, em alguns países, de vitória 
Fonte: Shutterstock. 
 
Informação compartilhada. 
 
 
Participação. 
 
 
Colaboração. 
 
 
Nenhum desses itens pode existir sem comunicação e interação pessoal. Talvez no 
início da graduação e da prática clínica, essas interações, conversas e entrevistas 
tenham que ser guiadas por meio de um roteiro semiestruturado, para auxiliar o 
desenvolvimento das habilidades verbais e não verbais (WENCESLAU et al., 2020). 
A expressão verbal tentará traduzir o pensamento em palavras e, desde que não 
haja ruído (físico, siológico, psicológico ou semântico) entre comunicador e 
receptor, essa mensagem será transmitida e compreendida (ROMANO et al., 2011). 
Quando nos referimos à expressão não verbal, precisamos lembrar que, na 
comunicação, existem mais do que palavras, existem gestos, olhares, expressões, 
subjetividade e, inclusive, pedidos de auxílio sem uma única expressão verbal. É a 
exteriorização do ser psicológico, o qual é multissensorial (SILVA et al., 2000). 
Cinésica é o estudo da linguagem corporal usado para decodi car mensagens 
subliminares nas relações interpessoais. Quem a utiliza relata não haver gestos 
universais, mas sempre um comportamento associado a um contexto, a uma 
cultura. Os gestos são percebidos de maneiras diferentes pelas culturas, portanto 
não podemos interpretá-los de maneira isolada (SILVA et al., 2000). 
 
 
 
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Figura 3.9 | Símbolo de ―joia‖, ―tudo bem‖ ou, em alguns países, o número 1 
 
 
Fonte: Shutterstock. 
 
 
Figura 3.10 | Símbolo de sorte ou, em alguns países, um xingamento 
 
 
Fonte: FlatIcon. 
 
 
Durante a entrevista com o paciente, o primeiro tópico do qual devemos nos 
lembrar é que tal processo compreende, no mínimo, duas pessoas interagindo e 
estabelecendo um diálogo. Portanto, é preciso manter uma prática pautada no 
respeito, na humanização e se abster de julgamentos (ROCHA; LUCENA, 2018). 
Em sua prática pro ssional, é interessante sempre carregar consigo as seguintes 
orientações: 
 
Apresente-se. 
 
 
Esteja confortável. 
 
 
Quanto menos objetos houver entre você e o paciente (computadores, 
enfeites, mobiliários), melhor. 
 
Olhe e escute. 
 
 
Aguarde a sua vez de falar. 
 
 
Não faça julgamentos. 
 
 
 Sinalize sua compreensão. 
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Reforce positivamente o que compreendeu e tire dúvidas sobre o que está 
incompreensível. 
 
Valide sentimentos. 
 
 
Peça permissão para tocar. 
 
 
Agradeça. 
 
 
Como ensina a pesquisadora americana Brené Brown, permita-se ser vulnerável e 
seja empático. Ser empático não é se colocar no lugar do outro nem fazer o que 
gostaria que zessem para você. Ser empático é “sentir com as pessoas” e realizar 
o que ela gostaria que fosse feito por ela. Logo, você só saberá o que o outro quer 
se interagir, ouvir e aprender com ele! 
Justamente por essa interação ser tão difícil e, ao mesmo tempo, tão importante, é 
que a primeira etapa do Processo de Enfermagem é primordial para a 
continuidade do cuidado. Compreender e executar a anamnese em prol da pessoa 
atendida, e não apenas em benefício do pro ssional, faz com que a assistência 
esteja organizada de maneira pautada no paciente, respeitando-o como ser 
humano digno e como parte principal do seu processo de recuperação. 
 
REFERÊNCIAS 
 
ADAMY, E. K. et al. Ensino do processo de enfermagem: o que as produções 
cientí cas proferem. Revista Online de Pesquisa Cuidado é Fundamental, v. 12, 
p. 800-807, jan./dez. 2020. Disponível em: https://bityli.com/G9j04S. Acesso em: 4 
ago. 2021. 
ADAMY, E. K. et al. Formação de enfermeiros sobre anamnese e exame físico. 
Journal of Nursing and Health, v. 6, n. 2, p. 334-345, 2016. Disponível em: 
https://bityli.com/JkAlxa. Acesso em: 4 ago. 2021. 
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https://bityli.com/G9j04S
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CAVEIÃO, C. et al. Sistematização da assistência e processo de enfermagem: 
conhecimento de estudantes de enfermagem. Revista Online de Pesquisa 
Cuidado é Fundamental, v. 12, p. 1093-1098, jan./dez. 2020. Disponível em: 
https://bityli.com/bxvMlm. Acesso em: 4 ago. 2021. 
 
COFEN. Conselho Federal de Enfermagem. Resolução Cofen nº 358, de 15 de 
outubro de 2009. Brasília, DF: Cofen, 2009. Disponível em: 
https://bityli.com/UYBG7. Acesso em: 8 ago. 2021. 
CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO. Câmara de Educação Superior. Resolução 
CNE/CES nº 3, de 7 de novembro de 2001. Institui Diretrizes Curriculares Nacionais 
do Curso de Graduação em Enfermagem. Diário O cial da União, Brasília, 9 nov. 
2001. Disponível em: https://bityli.com/7hAItB. Acesso em: 8 ago. 2021. 
 
O PODER da Empatia - Animação Legendado (Full HD) - RSA Short Clip. [S. l.]: IDEIA 
NA TELA, 27 abr. 2015. 1 vídeo (2min53s). Disponível em: https://bityli.com/nhSYZ9. 
Acesso em: 11 ago. 2021. 
OLIVEIRA, M. R. et al. Sistematização da assistência de enfermagem: percepção e 
conhecimento da enfermagem brasileira. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 
72, n. 6, p. 1547-1553, 2019. Disponível em: https://bityli.com/1VNXiV. Acessoem 
29 de maio de 2021. 
PENDON, R. et al. Avaliação de tecnologia cuidativa aplicada ao processo de 
enfermagem à luz das melhores práticas. RENE – Revista da Rede de 
Enfermagem do Nordeste, Fortaleza, v. 21, e44420, ago. 2020. Disponível em: 
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ROCHA, E. do N.; LUCENA, A. de F. Projeto Terapêutico Singular e Processo de 
Enfermagem em uma perspectiva de cuidado interdisciplinar. Revista de Gaúcha 
Enfermagem, v. 39, e2017-0057, 2018. Disponível em: https://bityli.com/PKNRxL. 
Acesso em: 4 ago. 2021. 
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https://bityli.com/UYBG7
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ROMANO, C. C. et al. A expressividade do docente universitário durante sua 
atuação na sala de aula: análise dos recursos verbais utilizados e suas implicações 
para a enfermagem. Revista Latino-Americana de Enfermagem, v. 19, n. 5, p. 
1188-1196, 2011. Disponível em: https://bityli.com/AZ1H3k. Acesso em: 7 ago. 
2021. 
 
SANTOS, I. M. F. (Org.). et al. Sistematização da assistência de enfermagem: um 
guia para a prática. Salvador: Coren-BA, 2016. 
 
SILVA, L. M. G. et al. Comunicação não-verbal: re exões acerca da linguagem 
corporal. Revista Latino-Americana de Enfermagem, v. 8, n. 4, p.52-58, 2000. 
Disponível em: https://bityli.com/JR9Cs0. Acesso em: 7 ago. 2021. 
SOUZA, E. B. M. O cuidado transdimensional na consulta de enfermagem com 
cuidadora familiar de pessoa idosa com Alzheimer. 2008. 132 f. Dissertação 
(Mestrado em Enfermagem) – Universidade Federal de Santa Catarina, 
Florianópolis, SC. Disponível em: https://bityli.com/KZZgU0. Acesso em: 16 ago. 
2021. 
 
WENCESLAU, L. D. et al. Um roteiro de entrevista clínica centrada na pessoa para a 
graduação médica. Revista Brasileira de Medicina de Família e Comunidade, v. 
15, n. 42, p. 2154, 2020. Disponível em: https://bityli.com/FsDC26. Acesso em: 4 
ago. 2021. 
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FOCO NO MERCADO DE TRABALHO 
ANAMNESE 
 
Bruna Zemella Collaço 
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SEM MEDO DE ERRAR 
Estudos sobre as interações humanas são sempre muito ricos para promover 
re exões relativas aos nossos comportamentos e ao modo como queremos ser 
vistos pelo outro. As formas de comunicação e interação são in nitas, mas muitas 
vezes nos esquecemos dela quando estamos afogados no mecanicismo da 
pro ssão. 
 
Vamos conversar sobre a atuação da Cássia, a enfermeira da situação-problema 
apresentada no início desta seção? Tenho certeza de que você não esqueceu dela, 
mas vamos relembrar o contexto: 
Cássia é enfermeira da unidade básica de saúde de um bairro rural, localizado em 
uma cidade de 250 mil habitantes. Ela chamou pelo nome de uma paciente, 
Fernanda Fernandes, que se levantou e estava acompanhada de uma moça que 
parecia ser sua mãe. Fernanda se mostrava um pouco agitada. As duas mulheres 
entraram na sala de atendimento, e Cássia, após se apresentar, perguntou como 
poderia ajudar. Fernanda não parava de balançar a perna. A acompanhante 
respondeu que Fernanda estava gorda e precisava de orientações nutricionais. 
Cássia perguntou a idade de Fernanda, que respondeu dizendo ter 18 anos. A 
enfermeira, então, perguntou se ela gostaria de realizar a consulta sozinha, visto 
que era maior de idade e não precisava de acompanhante. 
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Fernanda apenas balançou a cabeça positivamente. Cássia acomodou a senhora 
do lado de fora, na sala de espera, e retornou à consulta. 
 
Quais aspectos foram importantes para a conduta da enfermeira Cássia? Você faria 
algo diferente ou complementaria esse atendimento? Justi que. 
Sobre os aspectos que conduziram Cássia ao raciocínio de retirar a acompanhante 
do local de atendimento, será que a enfermeira decodi cou uma linguagem verbal 
de ansiedade, caracterizada pela aparência agitada, pelo balançar das pernas e 
pelo consentimento com cabeça sem expressão verbal por parte da paciente? 
A fala da acompanhante referente ao peso de Fernanda pode ter sido uma 
expressão verbal agressiva que gerou na enfermeira Cássia outro gatilho para 
solicitar a saída da acompanhante? 
Você tomaria mais alguma atitude? Teria ―corrigido‖ o comportamento agressivo da 
acompanhante? Faria as orientações sobre o suposto sobrepeso e, 
posteriormente, pediria que a acompanhante se retirasse? 
Seria interessante desenvolver um atendimento multipro ssional entre 
enfermeira, nutricionista e psicóloga? Por qual motivo? 
Consegue perceber que se não houver um olhar atento e disposto a estabelecer 
uma relação, esses dados subjetivos e não verbais podem passar despercebidos e, 
consequentemente, comprometer a efetividade da consulta e do cuidado? 
Mantenha-se presente! Esqueça o mecanicismo e busque a relação interpessoal. 
 
AVANÇANDO NA PRÁTICA 
 
ATENDIMENTO DE CÁSSIA A UMA MENOR DE IDADE. 
Cássia é enfermeira da unidade básica de saúde de um bairro rural, localizado em 
uma cidade de 250 mil habitantes. Ela chamou pelo nome de uma paciente, Cíntia 
Rodrigues, que se levantou e estava acompanhada de uma moça que parecia ser 
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sua mãe. Cíntia se mostrava um pouco agitada. As duas mulheres entraram na sala 
de atendimento, e Cássia, após se apresentar, perguntou como poderia ajudar. 
Cíntia não parava de balançar a perna. A acompanhante respondeu que Cíntia 
estava gorda e precisava de orientações nutricionais. 
Cássia perguntou a idade de Cíntia, que respondeu dizendo ter 16 anos. A 
enfermeira, então, perguntou se ela gostaria de realizar a consulta sozinha, mas a 
acompanhante não permitiu por ser a responsável pela menor. 
Cíntia apenas abaixou a cabeça e Cássia deu sequência à consulta. 
 
Quais aspectos foram importantes para a conduta da enfermeira Cássia? Você faria 
algo diferente ou complementaria esse atendimento? Justi que. 
 
 
RESOLUÇÃO 
 
 
Temos uma situação parecida com a apresentada no início desta seção de 
estudos, porém agora envolvendo uma paciente menor de idade para a qual a 
acompanhante se recusa a dar privacidade. 
De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente, a paciente Cíntia tem 
o direito de contar com uma acompanhante, mas até onde vai o direito e 
começa o desejo? Uma menina de 16 anos, aparentemente incomodada com 
a presença da acompanhante, não teria o direito de estar sozinha em uma 
consulta? 
Como podemos atuar respeitando a privacidade da paciente, e não indo 
contra seus direitos? A paciente tem o direito de recusar acompanhantes, mas 
ela teria condições psíquicas de assumir essa responsabilidade? 
Assim como nos perguntamos na situação anterior, seria interessante ter um 
atendimento multipro ssional? Por quê? Esses pro ssionais poderiam, 
inclusive, auxiliar nessa questão com a acompanhanteou isso causaria ainda 
mais desconforto? 
 
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Não existe resposta certa, mas sim soluções que podem ser pensadas para 
cada tipo de situação e comportamento, sempre respeitando o paciente, as 
legislações e os valores morais envolvidos. 
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NÃO PODE FALTAR 
 
 
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TÉCNICAS RELATIVAS AO BEM-ESTAR DO PACIENTE 
 
Bruna Zemella Collaço 
 
 
 
 
CONVITE AO ESTUDO 
 
Querido aluno, estou com muito orgulho de você por chegar à última unidade 
desta disciplina. Tenho certeza de que você não entrou nesta etapa nal como 
aquela pessoa que era no início dos seus estudos. Muita coisa foi apreendida e, 
para encerrar com chave de ouro, vamos falar sobre condições que favorecem o 
cuidado de higiene e bem-estar do paciente, como também sobre a veri cação dos 
sinais vitais, uma etapa importantíssima do exame físico que, por vezes, é 
banalizada. 
É fundamental que o enfermeiro desenvolva o senso crítico para reconhecer e 
explicar as principais técnicas relativas ao bem-estar do paciente e interpretar os 
sinais vitais. Portanto, por meio do conteúdo que será apresentado, você se 
tornará capaz de entender e aplicar as técnicas de bem-estar, a prescrição, o 
registro de dados, os sinais vitais e correlacioná-los às condições clínicas do 
paciente. 
Para isso, é necessário que, ao longo desta unidade, você estude sobre como o 
bem-estar do paciente está relacionado à higienização e ao autocuidado, 
entendendo como o ambiente pode facilitar ou prejudicar os cuidados prestados 
pela equipe de enfermagem. 
Além disso, você aprenderá a realizar o planejamento para veri cação dos sinais 
vitais atrelado ao objetivo da assistência, o qual deve estar em conformidade com 
a estratégia de tratamento e com a associação ao risco de piora que o paciente 
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possa vir a ter. Isso signi ca que aquela história de veri car sinais vitais a cada três 
horas só será uma boa prescrição se o processo de enfermagem desse paciente 
evidenciar essa necessidade. 
Tudo o que é veri cado precisa ser relatado e anotado, portanto você reforçará os 
estudos sobre documentação que aprendeu na Unidade 1 desta disciplina, 
correlacionando a veri cação e o registro correto com a análise e interpretação 
dos sinais apresentados pelo paciente. 
 
PRATICAR PARA APRENDER 
 
Caro aluno, quando estudamos enfermagem, desenvolvemos o, desejo ao longo 
do curso, de trabalhar em áreas que aquecem o nosso coração. Passamos a olhar 
com mais carinho e atenção para determinados campos de atuação. Entretanto, 
nós não sabemos exatamente em que local iniciaremos nossa jornada pro ssional 
futuramente. Pode ser na nossa cidade, em outro Estado e até em outro país. 
Diante disso, devemos estar atentos a possíveis sinais de melhorias ou de 
di culdades que teremos em nossa prática diária. 
Espero que você nunca tenha precisado de um serviço de saúde no qual não havia 
leito, faltava toalha para banho, lençol para a cama e o chão e os móveis estavam 
sempre sujos; ou de uma unidade médica na qual a triagem e o próprio momento 
de interação no exame físico tenham sido banalizados quando você estava com 
febre, dispneico ou taquicárdico. 
Como já compreendido anteriormente nesta disciplina, no Processo de 
Enfermagem (PE) a primeira etapa se relaciona à entrevista e ao exame físico, que 
são os meios pelos quais o enfermeiro obterá as primeiras evidências de 
enfermagem para planejar sua assistência com enfoque nos resultados esperados 
das ações a serem implementadas. Dessa forma, pensar no bem-estar do paciente, 
veri car os sinais vitais e correlacioná-los com a clínica, interpretando e agindo 
cienti camente, faz parte da função privativa do enfermeiro. 
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Para contribuir com o seu conhecimento e pensamento crítico, como de praxe, 
vamos re etir, ao longo do conteúdo, sobre a seguinte situação-problema: 
PHJL, 58 anos, foi internado para realizar uma cirurgia de correção de aneurisma 
em aorta abdominal. A cirurgia demorou em torno de cinco horas e não pôde ser 
realizada por vídeo, como pretendiam inicialmente, pois os cirurgiões não 
conseguiram acesso seguro ao aneurisma. O paciente foi encaminhado ao quarto 
após o procedimento para período de observação e recuperação de 
aproximadamente 48 horas. 
Durante a recepção do paciente, Jair, enfermeiro do setor, percebeu que o leito do 
indivíduo atendido estava fechado, sem transverso e que o quarto não possuía re l 
de álcool na porta nem saco de lixo nos cestos. 
Jair solicitou a presença da hotelaria e da equipe de enfermagem. Qual foi a 
instrução que ele possivelmente relatou? 
Não perca essa situação de vista, ou melhor, da mente. Vamos fundamentar nosso 
conhecimento sobre o tema. Mãos e mente à obra! 
 
CONCEITO-CHAVE 
 
Evento adverso é uma ocorrência indesejável que pode ser danosa ou perigosa ao 
paciente, porém evitável. Quando pensamos em eventos adversos como situações 
evitáveis, colocamos em ação medidas de capacitação e treinamento constantes, 
principalmente porque um dos juramentos do enfermeiro ao se formar é não 
causar dano. 
Um fato que pode ser entendido como um evento adverso, se não for evitado, é a 
infeção relacionada ao ambiente de saúde (IRAS). Tais infecções estão muito 
atreladas à contaminação cruzada por meio das mãos dos pro ssionais, contudo o 
ambiente pode se tornar um potencial reservatório de patógenos. Além disso, 
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quando se trata de ambiente de saúde, a preocupação aumenta em relação a 
possíveis microrganismos multirresistentes, como vimos em seções de estudo 
anteriores (OLIVEIRA; VIANA; DAMASCENO, 2013). 
Portanto, o ambiente de saúde e, principalmente, objetos e superfícies merecem 
atenção exclusiva durante a limpeza e desinfecção, a m de que não contribuam 
para a transmissão secundária de patógenos, ou seja, que não sirvam como 
veículos de transmissão. 
Em seções anteriores, vimos que existem ambientes não críticos dentro dos 
serviços de saúde. O leito do paciente poderia ser um deles, porém se o paciente 
estiver acamado, com secreções e uidos corpóreos extravasando, esse local passa 
a ser potencialmente contaminado e, consequentemente, se torna um reservatório 
de microrganismos. Dessa forma, a desinfecção diária do leito e dos pacientes 
pode contribuir para a diminuição das IRAS (CARREIRO, 2012). 
Para que a desinfecção aconteça de maneira correta e segura, as equipes de 
limpeza, hotelaria e enfermagem devem estar alinhadas e treinadas de acordo 
com as recomendações do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) com 
relação ao produto a ser utilizado e à melhor forma de usá-lo. 
Pela falta de regularizaçãosobre quem deve executar a higienização dos leitos, 
cada instituição atribui essa tarefa à equipe que julgar mais e ciente ou que tenha 
maior número de componentes, a m de suprir tal necessidade. 
Artigos vêm apontando para a importância de oferecer atenção especial à 
contaminação de pacientes por bactérias multirresistentes em decorrência da má 
higienização de colchões ou da má conservação da capa impermeabilizante. Furos 
e rasgos favorecem o crescimento e a disseminação de patógenos dentro dos 
colchões e, consequentemente, a colonização e contaminação do paciente 
(OLIVEIRA; VIANA; DAMASCENO, 2013). 
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EXEMPLIFICANDO 
Quanto mais organizada for a instituição de saúde e as unidades de 
atendimento (clínica, UTI, cirúrgica), com protocolos de cuidados bem 
descritos e treinamentos recorrentes, no mínimo a cada três meses, melhor 
 
Se não houver uma constante atualização e scalização dos procedimentos de 
higienização para conscientizar sobre a importância de prevenir IRAS, estas 
continuarão a aparecer em alta escala, com perpetuação e multiplicação de 
bactérias multirresistentes. 
Além desse fator de contaminação, a higiene do leito contribui para a sensação de 
bem-estar do paciente. Se já temos uma ótima impressão de qualidade quando 
chegamos em casa e a encontramos limpa, que dirá no ambiente de saúde, em 
que normalmente o paciente se sente vulnerável e debilitado. Logo, 
procedimentos que causam bem-estar ao paciente estão relacionados ao 
ambiente, fato que Florence Nightingale evidenciou há 200 anos atrás, como 
estudamos em aulas passadas. Para além do ambiente, o bem-estar está 
relacionado ao corpo, quando sentimos o frescor da higiene, seja ela oral ou 
corporal. 
A higiene oral é importante para diminuir risco de infecções, principalmente no 
caso de vítimas de acidentes graves e intubados. Pneumonias relacionadas à 
ventilação mecânica sofrem redução de incidência quando possuem boa higiene 
oral associada, tanto que esse cuidado já é considerado como padrão ouro de 
atendimento (FELIX et al., 2021). 
No entanto, os pro ssionais da enfermagem ainda encaram esse procedimento 
apenas como uma medida de conforto, embora apresentem conhecimento sobra a 
importância da prática. 
A diferença na atuação e melhoria no cuidado está no treinamento oferecido e na 
qualidade dos protocolos de cuidados institucionais (FELIX et al., 2021). 
 
 
 
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será a compreensão dos pro ssionais e a atuação no cuidado (FELIX et al., 
2021). 
 
Acredito que você já tenha ouvido alguém reclamar do período de internação ou 
do atendimento clínico à saúde com a seguinte fala: “Nossa, foi um pouco difícil! 
Me senti perdido, pois cada pro ssional dava um tipo de informação diferente.”. 
Isso acontece porque o pro ssional se baseia em sua prática diária ou em sua 
experiência de vida em vez de utilizar os protocolos assistenciais institucionais, o 
que acaba gerando uma assistência sem embasamento cientí co e insegurança ao 
paciente. 
 
REFLITA 
 
Uma vez que garantir a segurança do paciente é comprometimento de 
gestão e consta na Lei do Exercício Pro ssional, não colocar em prática 
conhecimentos cientí cos sobre higiene bucal, por exemplo, pode sugerir 
uma fragilidade na cultura de organização da instituição? (BRASIL, 2013). 
 
Outra prática de bem-estar, segurança e prevenção de danos é a de banho no leito 
para pacientes acamados, com dé cit de autocuidado. É uma prática não muito 
querida por quem a executa, mas que traz benefícios ao envolvidos. 
 
 
Quadro 4.1 | Benefícios do banho no leito 
 
 
Paciente Equipe de Enfermagem 
 
Bem-estar Aumenta a interação com o cliente 
Diminui risco de lesão de pele Facilita a realização do exame físico 
Diminui colonização de 
microrganismos 
Diminui risco de IRAS 
 
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ASSIMILE 
Você deve estar se perguntando: “então qual é o método que devo 
utilizar?”. Provavelmente, você, como gestor de uma unidade médica, fará 
um estudo em seu local de trabalho analisando os dois tipos de assistência. 
 
Fonte: elaborado pela autora. 
 
 
Obviamente, esses benefícios só serão garantidos para ambas as partes quando a 
prática for executada para além do improviso e da obrigatoriedade, aspectos que 
geram insatisfação na equipe e nos pacientes (BASTOS et al., 2019). 
Recentemente, as questões do banho no leito e higiene voltaram à discussão em 
decorrência da pandemia da Covid-19, tendo em vista a gravidade dos casos e a 
incapacidade do paciente de executar seus cuidados, o que afetou a necessidade 
humana básica de cuidado corporal (TOLEDO; SALGADO; ERCOLE, 2020). Esse vírus 
extremamente agressivo estimulou a retomada dos estudos cientí cos sobre qual 
seria a melhor forma de executar o banho no leito: o método tradicional, com água 
e sabonete, ou o método a seco, com toalhas descartáveis pré-umedecidas. 
Alguns estudos apontam o banho com água como a alternativa mais satisfatória 
para o paciente, pois favorece a eliminação de microrganismos da pele da pessoa 
atendida. No entanto, se a técnica de banho não for adequada e o pro ssional não 
estender os cuidados ao leito, esse procedimento pode estimular a colonização de 
patógenos, de modo que a pele úmida cará mais friável para lesões. 
O banho a seco talvez não traga tanto bem-estar ao paciente, porém evita o 
excesso de manipulação, visto que não necessita de enxágue e secagem. Além 
disso, a solução das toalhas já possui hidratante com vitamina E. As toalhas são 
embaladas individualmente em uma embalagem que contém oito unidades para 
cada área do corpo (cabeça, rosto, tórax, membros superiores, abdome, membros 
inferiores, genitais e costas) e são descartadas no resíduo infectante após o uso 
(TOLEDO; SALGADO; ERCOLE, 2020). 
 
 
 
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Por meio dos resultados obtidos, você poderá identi car a alternativa mais 
econômica e que seja capaz de trazer mais benefícios ao binômio paciente- 
pro ssional. Essa será a técnica a ser implementada (TOLEDO; SALGADO; 
ERCOLE, 2020). 
 
Isso não signi ca que a equipe não precise de treinamento contínuo, que a 
assistência não deva estar nos protocolos institucionais e que seu Processo de 
Enfermagem (PE) não tenha que ser claro e objetivo quanto à forma de execução 
do procedimento (STADLER et al., 2019). 
Durante esses treinamentos, é importante rever alguns processos que, muitas 
vezes, em decorrência da terceirização de serviços, acabam sendo esquecidos, 
como a arrumação do leito do paciente. 
Já falamos sobre o quanto é prazeroso entrar em um ambiente limpo, com frescor, 
cheiro de limpeza e aspecto de higiene. Organizar o leito e, principalmente, a cama 
do paciente gera esse bem-estar, além de ajudar a equipe de enfermagem a não 
manipular o paciente sem que haja necessidade. 
 
EXEMPLIFICANDO 
 
Imagine-se como um paciente que acabou de sair de cirurgia e será 
encaminhado ao leito. Ao chegar no quarto,acomodam você no leito por 
cima do lençol. Por causa disso, você começa a sentir frio. Logo, a equipe de 
enfermagem terá que manipulá-lo para acessar o lençol e cobri-lo, o que 
causará desconforto e aumentará o risco de sangramento. Esse é um 
procedimento totalmente evitável se conhecermos os tipos de arrumação 
de cama. 
 
Há quatro tipos de arrumação de cama. Vamos conhecê-los de forma mais 
detalhada a seguir. 
1. Cama fechada: aguarda um novo paciente. 
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Figura 4.1 | Cama fechada 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Shutterstock. 
 
 
2. Cama aberta: cama que aguarda o paciente que se locomove retornar ao leito. 
 
 
Figura 4.2 | Cama aberta 
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Fonte: Pixabay. 
 
 
3. Cama ocupada: preparo da cama com o paciente nela, acamado 
(primeiramente, troca-se metade da cama e, depois, a outra parte, 
lateralizando o paciente). 
 
 
Figura 4.3 | Cama ocupada 
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Fonte: Shutterstock. 
 
 
4. Cama de operado: aguarda o paciente cirúrgico ou que passou por exames 
com anestesia. 
 
 
Figura 4.4 | Cama de operado 
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Fonte: Shutterstock. 
 
 
Para cada tipo de arrumação, utiliza-se uma técnica diferente, com alguns 
materiais a mais ou a menos, dependendo do caso do paciente. De maneira geral, 
os seguintes itens são utilizados: 
 
Luva de procedimento. 
 
 
Hamper ou saco de roupa suja. 
 
 
Lençol para o colchão. 
 
 
Lençol móvel. 
 
 
Cobertor. 
 
 
Impermeável ou oleado. 
 
 
Fronha. 
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Esses materiais precisam estar organizados e ordenados de acordo com a 
sequência de utilização, portanto o lençol do colchão deve ser o último da pilha, já 
que será o primeiro a ser usado. 
A aula prática desse conteúdo servirá para treinar a arrumação dos tipos de cama 
e entender a importância de oferecer cuidados com excelência. Mesmo que essa 
prática não seja propriamente da enfermagem, ela faz parte do método de 
prevenção de IRAS e gera segurança e satisfação no cliente, portanto você deve 
saber como realizá-la e cobrar sua execução aos responsáveis por fazê-la. 
 
REFERÊNCIAS 
 
BASTOS, S. R. B. et al. Banho no leito: cuidados omitidos pela equipe de 
enfermagem. Revista Online de Pesquisa Cuidado é Fundamental, v. 11, n. 3, p. 
627-633, abr./jun. 2019. Disponível em: https://bityli.com/skFY64. Acesso em: 16 
ago. 2021. 
 
BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução 
da Diretoria 
Colegiada (RDC) nº 36, de 25 de julho de 2013. Institui ações para a segurança do 
paciente em serviços de saúde e dá outras providências. Brasília, DF: Ministério da 
Saúde, 2013. Disponível em: https://bityli.com/Ngeyr1. Acesso em: 17 ago. 2021. 
CARREIRO, M. de A. Um estudo sobre a efetividade da higiene do leito do 
cliente: o cuidado de enfermagem para atividades preventivas relacionadas ao 
colchão. 2012. 221 f. Tese (Doutorado em Enfermagem) – Escola de Enfermagem 
Anna Nery, Universidade Federal do Rio de Janeiro. Disponível em: 
https://bityli.com/nH4OC5. Acesso em: 16 ago. 2021. 
FARIAS, I. P. et al. Construção de protocolo assistencial de enfermagem para o 
potencial doador de órgãos em morte encefálica. Revista de Enfermagem UFPE 
Online, v. 11, n. 9, p. 3492-3496, set. 2017. Disponível em: 
https://bityli.com/npd46Fr. Acesso em: 24 ago. 2021. 
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https://bityli.com/skFY64
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FELIX, A. M. da S. et al. Conhecimento e atitudes de pro ssionais de enfermagem 
sobre higiene bucal em pacientes críticos. Revista de Enfermagem da UFSM, 
Santa Maria, RS, v. 11, e18, p. 1-17,2021. Disponível em: https://bityli.com/8LP6tq. 
Acesso em: 16 ago. 2021. 
OLIVEIRA, A. C. de; VIANA, R. E. H.; DAMASCENO, Q. S. Contaminação de colchões 
hospitalares por microorganismos de relevância epidemiológica: uma revisão 
integrativa. Revista de Enfermagem UFPE Online, v. 7, n. 1, p. 236-245, jan. 2013. 
Disponível em: https://bityli.com/CsLPgL. Acesso em: 16 ago. 2021. 
STADLER, G. P. et al. Sistematização da assistência de enfermagem em unidade de 
terapia intensiva: implementação de protocolo de banho no leito para pacientes 
adultos críticos. Enfermagem em Foco, v. 10, n. 7, fev. 2019. Disponível em: 
https://bityli.com/PgJ0k0. Acesso em: 16 ago. 2021. 
TOLEDO, L. V.; SALGADO, P. de O.; ERCOLE, F. F. Banho no leito a seco em pacientes 
com dé cit no autocuidado para banho em decorrência da Covid-19. Reme – 
Revista Mineira de Enfermagem, Belo Horizonte, v. 24, e1313, 2020. Disponível 
em: https://bityli.com/sJCYzQ. Acesso em: 16 ago. 2021. 
 
UFJF. Universidade Federal de Juiz de Fora. POP Facenf nº 10: preparo da unidade 
e do leito. Juiz de Fora, MG: UFJF, 2014. Disponível em: https://bityli.com/2eYQhL. 
Acesso em: 20 ago. 2021. 
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FOCO NO MERCADO DE TRABALHO 
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TÉCNICAS RELATIVAS AO BEM-ESTAR DO PACIENTE 
 
Bruna Zemella Collaço 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SEM MEDO DE ERRAR 
Querido aluno, depois de desenvolvermos o conteúdo desta seção, vamos retomar 
a situação-problema apresentada anteriormente na intenção de resolvê-la. 
Acredito que você não tenha se esquecido, conforme combinamos, de deixá-la 
sempre em mente ao longo do percurso teórico. Mas, caso não recorde muito bem 
o contexto, vou te ajudar a relembrar brevemente o caso: 
PHJL, 58 anos, foi internado para realizar uma cirurgia de correção de aneurisma 
em aorta abdominal. A cirurgia demorou em torno de cinco horas e não pôde ser 
realizada por vídeo, como pretendiam inicialmente, pois os cirurgiões não 
conseguiram acesso seguro ao aneurisma. O paciente foi encaminhado ao quarto 
após o procedimento para período de observação e recuperação de 
aproximadamente48 horas. 
Durante a recepção do paciente, Jair, enfermeiro do setor, percebeu que o leito do 
indivíduo atendido estava fechado, sem transverso e que o quarto não possuía re l 
de álcool na porta nem saco de lixo nos cestos. 
Jair solicitou a presença da hotelaria e da equipe de enfermagem. Qual foi a 
instrução que ele possivelmente relatou? 
 
 
 
 
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Se Jair acionou a equipe de hotelaria, provavelmente eles estão envolvidos na 
organização do leito do paciente e na oferta de produtos, como lençol transverso, 
álcool, sacos de lixo. Portanto, Jair pode ter orientado essa equipe a solicitar a 
reposição de itens faltantes. 
A equipe de enfermagem, mesmo que não fosse responsável pela organização da 
cama, sabia que o paciente em questão chegaria ao local indicado, portanto 
deveria ter averiguado se o leito estava organizado. Se os enfermeiros tivessem 
entrado no quarto antes de o paciente chegar, certamente teriam notado tanto a 
ausência de determinados produtos como a inadequação da cama. 
Você concorda com esse posicionamento? Também acha que a cama estava com 
uma arrumação inadequada, já que o paciente era cirúrgico e a cama estava 
fechada? 
Qual a função do transverso que Jair solicitou? Caberia pedir mais algum um item 
que não constou na solicitação de Jair, como um impermeável? Por qual motivo? 
Compreender a magnitude da cirurgia, a forma como o paciente pode chegar do 
procedimento e antever todo o cuidado que será necessário, ou seja, organizar sua 
assistência com foco direcionado a resultados, são ações que fazem parte da sua 
atuação crítica e cientí ca. 
 
AVANÇANDO NA PRÁTICA 
 
O PACIENTE PHJL, DE 58 ANOS 
Nós acabamos de analisar uma situação na qual o enfermeiro Jair solicita os 
materiais que estão faltando para a admissão do paciente PHJL. Imagine, agora, 
que você seja esse paciente. Você acabou de chegar de uma cirurgia complexa e 
seu leito não está pronto. Diante disso, o enfermeiro pede que a equipe resolva o 
caso, enquanto você ca aguardando na maca de transporte. 
Como você se sentiria diante dessa situação? 
 
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RESOLUÇÃO 
 
Não podemos prever como todas as pessoas se sentiriam diante dessa 
situação, mas, se nos colocássemos no lugar do paciente PHJL, talvez nossa 
mente fosse tomada pelos seguintes pensamentos: 
 
―Não houve organização?‖ 
 
―Será que esse leito foi realmente limpo?‖ 
 
―Queria chegar na cama e car bem acomodado, pois sinto dor.‖ 
 
―Queria ver minha família o mais rápido possível. Achei que estariam me 
aguardando no quarto.‖ 
 
―Será que o restante do período de internação será assim, sempre 
faltando algo?‖ 
 
―Espero que sejam rápidos.‖ 
 
Todos os sentimentos positivos que discutimos anteriormente em relação à 
arrumação do leito podem ser eliminados por uma simples falta de 
organização. 
Não esqueça que delegar também é averiguar e cobrar! 
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NÃO PODE FALTAR 
 
 
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SINAIS VITAIS: VERIFICAÇÃO E REGISTRO 
Bruna Zemella Collaço 
 
 
 
 
PRATICAR PARA APRENDER 
 
Como você já pôde perceber pelo título desta seção de estudos, nosso tema 
central será a prática diária da atuação do enfermeiro, sem a qual não há 
continuidade no Processo de Enfermagem. Assim como já estudamos 
anteriormente nesta disciplina, a primeira etapa do Processo de Enfermagem 
relaciona-se à entrevista e ao exame físico, que são os meios pelos quais o 
enfermeiro conseguirá obter as primeiras evidências de enfermagem para planejar 
sua assistência, com enfoque nos resultados esperados das ações que serão 
implementadas. 
Dessa forma, pensar no bem-estar do paciente, veri car os sinais vitais e 
correlacioná-los com a clínica, interpretando e agindo cienti camente, são ações 
que fazem parte da função privativa do enfermeiro. 
Como de praxe, vamos aprofundar nossos conhecimentos sobre esses assuntos 
por meio da análise de uma situação-problema que nos guiará ao longo do 
conteúdo exposto: 
Rafael é enfermeiro da Unidade de Terapia Intensiva de um hospital de grande 
porte de direito privado. Durante avaliação e planejamento da assistência do 
paciente GRT, de 25 anos, internado por Covid-19, Rafael prescreveu que os sinais 
vitais deveriam ser veri cados e anotados a cada 1 hora, em decorrência das 
drogas vasoativas e da instabilidade do paciente. 
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Fernanda é a técnica de enfermagem responsável pelos cuidados a esse e a outros 
dois pacientes. Ela conseguiu realizar a veri cação assim que assumiu o plantão e 
deu sequência rigorosamente. Às 15h, o paciente apresentou uma convulsão 
seguida de parada cardiorrespiratória. Após estabilizarem o paciente, Rafael foi 
checar as anotações e notou que desde as 13h não havia relatos. Fernanda foi 
chamada e mostrou todas as anotações e veri cações em seu bloco de notas. 
Qual deve ser a conduta de Rafael? Justi que. 
 
Que situação mais desa adora, não é mesmo? Será que existe alguma orientação 
bem simples, já escrita por algum órgão regulamentador da pro ssão, que possa 
auxiliar Rafael? 
Pode ser que você também vivencie esse contexto ao longo da sua prática 
pro ssional. Para auxiliá-lo em seu raciocínio e na condução desse caso, 
desenvolvemos o conteúdo teórico desta seção. 
Vamos nos preparar e aprender ainda mais? 
 
 
CONCEITO-CHAVE 
 
Apesar de ser uma pro ssão milenar, a enfermagem é reconhecida como uma 
ciência ainda em construção e desenvolvimento, pois a implementação do 
Processo de Enfermagem (PE), por meio da Sistematização da Assistência de 
Enfermagem (SAE), é algo recente, que data de 2002. A SAE, por sua vez, passou a 
ser recorrente a partir de 2009, com a Resolução nº 358, de 15 de outubro do ano 
mencionado, do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen). 
Como visto anteriormente, fazem parte do Processo de Enfermagem as 
intervenções que representam as prescrições de cuidados. Ou seja, depois de 
realizar a entrevista, o exame físico (Histórico de Enfermagem), os Diagnósticos e o 
Planejamento, chega o momento de colocar as ideias em prática por meio da 
prescrição dos cuidados que você sugeriu para obter o resultado almejado. 
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Figura 4.5 | Processo de Enfermagem (PE) 
 
Fonte: elaborada pela autora. 
 
 
Nas anotações de enfermagem, escreve-se tudo o que foi e não foi feito com o 
paciente, de maneira pontual (hora) e objetiva. Apenas o que é anotado pode ser 
considerado como realizado, e toda a equipe (auxiliares, técnicos, enfermeiros) 
deve fazer os registros. Essas informações servem de base para a evolução do 
tratamento. 
A anotação pode ser feita em forma de dados tabulares ou em escrita descritiva, 
como mostra a Tabela 4.1, a seguir.Tabela 4.1 | Exemplo de anotação 
 
 
Hora FC PA Tº FR Assinatura e Carimbo 
17h 80 120/80 36,5º 20 Maria Faria Coren/SP AE187524 
20h 78 120/70 36,6 23 Roberto Cruz Coren/SP TE54781 
 
 
Fonte: elaborada pela autora. 
 
 
Os dados checados em prescrição de enfermagem e médica devem vir 
acompanhados de anotações descritivas e rubricas junto às checagens, como 
mostra a Tabela 4.2, a seguir. 
 
 
Tabela 4.2 | Exemplo de checagem 
 
 
Prescrição 
Médica Prescrição de Enfermagem Horários 
 
 
 
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Prescrição 
Médica Prescrição de Enfermagem Horários 
 
 
Ibuprofeno VO 
8/8 h 
--------------- 
 
 
 
--------------- Anotar características das eliminações 
urinárias 
 
 
06h: administrado ibuprofeno via oral com 200 ml de água. 
 
06h: paciente refere melhora da dor após medicação. 
 
08h: paciente apresenta diurese turva e com cheiro metálico. Comunicado médico X e enfermeira Y. 
 
14h: não administrado ibuprofeno, pois paciente recusou medicação. Comunicado médico X. 
Fonte: elaborada pela autora. 
 
Ao nal de toda a anotação, o nome e o número do conselho de classe de quem 
realizou o cuidado e a anotação devem estar registrados. Além disso, é preciso 
prestar atenção a um detalhe muito importante: quem realiza e administra é quem 
registra! 
Contudo, na rotina de cuidados diários, não há como você raciocinar criticamente e 
clinicamente sem acompanhar o que houve com o paciente nas últimas 24 horas, 
portanto é necessário observar todas as anotações anteriores. Talvez, até este 
momento de nossos estudos, você não tivesse se dado conta da importância das 
anotações de enfermagem, mas note que sem elas é impossível realizar a avaliação 
dos cuidados propostos. 
 
Figura 4.6 | Demonstração da avaliação das anotações 
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Fonte: elaborada pela autora. 
 
 
 
ASSIMILE 
 
Não há como planejar a recuperação, a estabilização e a melhoria do 
paciente sem o correto registro dos sinais e sintomas apresentados por ele. 
Vale lembrar que sinais são todas as evidências objetivas, mensuráveis ou 
veri cáveis. Já sintomas são todas as evidências subjetivas referidas pelo 
cliente (DeCS – Descritores em Saúde). 
 
Recentemente, um estudo brasileiro com discentes de enfermagem demonstrou 
uma fragilidade na busca por informação e interpretação de achados 
biopsicossociais, o que indica uma lacuna no ensino holístico, que ainda tem foco 
direcionado a aspectos apenas biológicos e patológicos (NEVES; MELO; MARQUES, 
2020). 
Se o PE é uma evolução contínua, em que as etapas são interdependentes, em 
algum momento algo falhará e, normalmente, esse erro acontece nas prescrições e 
na avaliação do cuidado, visto que alguma necessidade deixou de ser atendida. 
Outra situação que pode interferir negativamente nas avaliações do cuidado e 
interpretação dos cuidados oferecidos é a ausência de padronização na assistência 
e na linguagem (CALDEIRA et al., 2019). Anotações de enfermagem de boa 
qualidade, com dados concretos, subjetivos, letra legível e que contribuam para a 
continuidade do cuidado, favorecem a diminuição dos riscos de eventos adversos. 
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Há um movimento das instituições de saúde para informatizar os registros de 
saúde, o que facilitaria e melhoria a comunicação e a continuidade dos cuidados, 
desde que haja capacitação e uni cação nas terminologias e ações (COSTA; LINCH, 
2020). 
 
REFLITA 
 
A troca dos prontuários de papel pelo prontuário eletrônico vem se 
tornando uma realidade nas instituições de saúde, mesmo que a passos 
lentos. Uma das justi cativas para essa alteração é a economia de tempo 
que seria alcançada para realizar os registros. Alguns estudos 
internacionais já vêm mostrando que essa pauta será falha se não houver 
treinamento da equipe e capacitação para sistemas (VABO; SLETTEBØ; 
FOSSUM, 2016). 
E quanto à qualidade da assistência? Se continuarmos anotando como 
fazíamos no papel, sem criticidade e sem acompanhamento, não 
trocaremos seis por meia dúzia? 
 
Diante disso, as instituições de saúde vêm analisando seus documentos internos e 
aplicando treinamentos e validações de processos padronizados para o cuidado, 
ou seja, estão implementando ou aprimorando protocolos para a rotina de 
cuidados. 
O que deve ser anotado, como deve ser registrado e quando se deve comunicar 
informações a médicos e/ou enfermeiros são questões que fazem parte do dia a 
dia da equipe de saúde. Essas interpretações devem estar prontamente evidentes 
a todo o grupo. Isso signi ca que toda e qualquer alteração deve saltar aos olhos e 
ser encarada como uma possível complicação a ser evitada. 
No mundo todo, a principal di culdade relatada pelos discentes de enfermagem e 
recém-formados é colocar no papel o processo de raciocínio da avaliação do 
paciente, além de registrar os dados em linguagem padronizada e técnica (COSTA; 
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LINCH, 2020). 
 
Sabendo da importância da qualidade dos registros e da di culdade dos 
pro ssionais, o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), em 2016, aprovou a 
Resolução nº 514, que auxilia os pro ssionais com relação a anotações essenciais. 
O Guia de recomendação para registros de enfermagem em prontuário do 
paciente apresenta tudo o que não pode deixar de ser anotado. 
 
EXEMPLIFICANDO 
 
Se você pesquisar, no Guia, sobre sinais vitais (item 9.62), encontrará uma 
recomendação para que os seguintes itens sejam registrados: 
 
Data e hora do procedimento. 
 
 
Registrar dados aferidos. 
 
 
Queixas. 
 
 
Estado geral do paciente. 
 
 
Intercorrências e providências adotadas. 
 
 
Nome completo e Coren do responsável pelo procedimento. 
 
 
 
 
Parte-se do princípio de que os pro ssionais de enfermagem seguirão os cuidados 
diários, obedecendo ao passo a passo que compreende o PE, cujas etapas são: 
1. Checar as prescrições de enfermagem. 
 
2. Realizar os cuidados prescritos. 
 
3. Anotar tudo o que foi ou não realizado. 
 
4. Comunicar tudo o que estiver alterado. 
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Para que isso ocorra de maneira satisfatória, a interpretação dos achados, ou seja, 
dos sinais e sintomas, é fundamental, uma vez que eles servem como indicadores 
precoces da piora dos pacientes (OLIVEIRA et al., 2020). Se o pro ssional não 
souber quais são os sinais básicos da assistência, não será capaz de interpretar o 
que representa risco ao paciente. 
Portanto, vamos nos ater, primeiramente, à veri cação correta dos dados e sinais 
do paciente, com o objetivo de registrá-los de maneira cientí ca, utilizando-se das 
terminologias básicas. Para isso, vamos fazer um pequeno exercício: 
O paciente RobertoAlves, de 28 anos, procurou a Unidade Básica de Saúde (UBS) 
para consulta de rotina, pois a esposa e ele querem ter um lho e acham 
importante que ambos realizem alguns exames. 
Fabrícia, a enfermeira da unidade, se apresenta e explica que veri cará os sinais 
vitais, que são: temperatura, pressão, frequência respiratória, frequência cardíaca 
e dor. 
Fabrícia evidencia: 
 
 
Temperatura: 36,5 ºC. 
 
 
Frequência respiratória (FR): 22 rpm. 
 
 
Frequência cardíaca (FC): 80 bpm. 
 
 
Pressão arterial (PA): 120x70 mmHg. 
 
 
Dor: zero. 
 
 
Em seguida, a enfermeira realiza a seguinte anotação de enfermagem: “9h, veri co 
os sinais vitais do paciente, os quais estão estáveis, comunico o resultado ao 
paciente, sano as dúvidas e o encaminho ao consultório médico”. 
Fabrícia não precisa repetir, na anotação, os dados encontrados, pois no 
prontuário já existe uma tabela exclusiva para o preenchimento dos sinais vitais. 
Essas informações estarão visíveis ao próximo pro ssional incumbido de atender 
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Roberto – no caso, o médico. 
 
Como Fabrícia é enfermeira, ela também precisa realizar a evolução de admissão 
do paciente. Nesse contexto, ela escreve: 
Roberto procurou assistência preventiva com a nalidade de gestação. Veri cados 
os sinais vitais, os quais estavam estáveis. Não refere queixas ou alterações de 
saúde. Conversado sobre ciclo de fertilidade e estruturação familiar, bem como 
 nanceira. Encaminhado ao consultório médico para dar continuidade à 
assistência. 
Repare que a evolução oferece uma visão analítica da assistência, e não apenas 
dados brutos, como na anotação de enfermagem. 
Obviamente, partimos do princípio de que houve uma interpretação correta dos 
dados porque a enfermeira Fabrícia sabia quais eram os parâmetros basais dos 
sinais vitais para um adulto, os quais estão relacionados na Tabela 4.3, a seguir. 
 
 
Tabela 4.3 | Parâmetros de normalidade dos sinais vitais 
 
 
Parâmetro Normalidade 
Temperatura 
 
35-37,4 ºC 
Frequência respiratória 
 
12-20 rpm 
Frequência cardíaca 
 
60-100 bpm 
Pressão arterial sistólica 
 
<120 mmHg 
Pressão arterial diastólica 
 
 
 
Fonte: Brasil (2019). 
<80 mmHg 
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Os componentes centrais desse processo foram a interpretação e a análise dos 
sinais obtidos por Fabrícia. Ela soube interpretá-los, conduziu a assistência e 
relatou tudo de acordo com sua competência. 
Assim também será no seu dia a dia, quando você terá que lidar com a realização 
do exame físico do paciente e a interpretação dos dados, associando-os à clínica 
apresentada por ele. 
Na próxima seção de estudos, aprofundaremos nossos conhecimentos sobre a 
análise crítica desses sinais. 
 
REFERÊNCIAS 
 
BILIOTECA VIRTUAL EM SAÚDE. Ministério da Saúde. Página inicial, [s. d.]. 
Disponível em: https://bityli.com/9YVuxY. Acesso em: 9 set. 2021. 
BRASIL. Ministério da Saúde. Grupo Hospitalar Conceição. UPA Moacyr Scliar. 
Manual do técnico de enfermagem da UPA Moacyr Scliar. Porto Alegre: Hospital 
Nossa Senhora da Conceição, 2019. Disponível em: https://bityli.com/QBfJxp. 
Acesso em: 9 set. 2021. 
 
CALDEIRA, M. M. et al. Anotação da equipe de enfermagem: a (des)valorização do 
cuidado pelas informações fornecidas. Revista Online de Pesquisa Cuidado é 
Fundamental, v. 11, n. 1, p. 135-141, jan./mar. 2019. Disponível em: 
https://bityli.com/JugGN7. Acesso em: 6 set. 2021. 
 
COFEN. Conselho Federal de Enfermagem. Resolução Cofen nº 358, de 15 de 
outubro de 2009. Brasília, DF: Cofen, 2009. Disponível em: 
https://bityli.com/UYBG7. Acesso em: 6 set. 2021. 
 
COFEN. Conselho Federal de Enfermagem. Resolução nº 514, de 5 de maio de 
2016. Brasília, DF: Cofen, 2016. Disponível em: https://bityli.com/FXYI27. Acesso em: 
8 set. 2021. 
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https://bityli.com/9YVuxY
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COSTA, C.; LINCH, G. F. C. A implementação dos registros eletrônicos relacionados 
ao processo de enfermagem: revisão integrativa. Revista Online de Pesquisa 
Cuidado é Fundamental, v. 12, p. 12-19, jan./dez. 2020. Disponível em: 
https://bityli.com/waVd6P. Acesso em: 6 set. 2021. 
 
DECS. Descritores em Ciências da Saúde. Sinais e sintomas. [S. l.]: DeCS/MeSH, 
2018. Disponível em: https://bityli.com/XtY56w. Acesso em: 8 set. 2021. 
 
MEDEIROS, A. B. et al. Conhecimento dos docentes e discentes de enfermagem 
sobre o suporte básico de vida. Revista de Enfermagem e Atenção à Saúde, v. 
10, n. 1, e202102, 2021. Disponível em: https://bityli.com/QcurYF. Acesso em: 9 set. 
2021. 
NEVES, R. de S.; MELO, F. S.; MARQUES, M. L. de A. Implementação do processo de 
enfermagem entre estudantes de Enfermagem em uma Unidade de Internação 
Cirúrgica. Enfermagem em Foco, v. 11, n. 6, maio 2020. Disponível em: 
https://bityli.com/rxqLOs. Acesso em: 6 set. 2021. 
OLIVEIRA, G. N. et al. Alteração de sinais vitais e desfecho clínico de pacientes 
admitidos em unidade de emergência. Revista de Enfermagem da UFSM, Santa 
Maria, RS, v. 10, e81, p. 1-19, 2020. Disponível em: https://bityli.com/lOtCNj. Acesso 
em: 6 set. 2021. 
 
VABO, G.; SLETTEBØ, A.; FOSSUM, M. Nursing Documentation: an Evaluation of an 
Action Research Project. Nursing Informatics, v. 255, p. 842-843, 2016. Disponível 
em: https://bityli.com/aBI4wp. Acesso em: 8 set. 2021. 
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https://bityli.com/waVd6P
https://bityli.com/XtY56w
https://bityli.com/QcurYF
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https://bityli.com/lOtCNj
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FOCO NO MERCADO DE TRABALHO 
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SINAIS VITAIS: VERIFICAÇÃO E REGISTRO 
Bruna Zemella Collaço 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SEM MEDO DE ERRAR 
Você se lembra da situação-problema que serve como norteadora desta seção de 
estudos? Nela, o enfermeiro solicita à técnica de enfermagem as anotações de 
sinais vitais de um paciente que passou por uma reanimação cardiopulmonar. 
Vou refrescar sua memória: 
 
Rafael é enfermeiro da Unidade de Terapia Intensiva de um hospital de grande 
porte de direito privado. Durante avaliação e planejamento da assistência do 
paciente GRT, de 25 anos, internado por Covid-19, Rafael prescreveu que os sinais 
vitais deveriam ser veri cados e anotados a cada 1 hora, em decorrência das 
drogas vasoativas e da instabilidade do paciente. 
Fernanda é a técnica de enfermagem responsável pelos cuidados a esse e a outros 
dois pacientes. Ela conseguiu realizar a veri cação assim que assumiu o plantão e 
deu sequência rigorosamente. Às 15h, o paciente apresentou uma convulsão 
seguida de parada cardiorrespiratória. Após estabilizarem o paciente, Rafael foi 
checar as anotações e notou que desde as 13h não havia relatos. Fernanda foi 
chamada e mostrou todas as anotações e veri cações em seu bloco de notas. 
Qual deve ser a conduta de Rafael? Justi que. 
 
Ao receber as anotações da técnica Fernanda, Rafael pode se deparar com duas 
situações: 
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VERIFICAÇÃO DE SINAIS ALTERADOS 
 
1ª situação: em algum momento durante as veri cações de Fernanda, houve 
alterações dos sinais vitais, as quais não foram interpretadas e/ou informadas, 
uma vez que o paciente apresentou convulsão e parada cardiorrespiratória. 
2ª situação: todas as veri cações estavam dentro da normalidade, sem indicativos 
de qualquer intercorrência iminente. 
 
Contudo, há um procedimento que não depende de nenhuma dessas possíveis 
situações e que deveria ter sido realizado. Você consegue descobrir sobre o que 
estou falando? 
Os registros dos dados precisam estar em um documento visível e de fácil acesso a 
todos. As anotações de enfermagem são pontuais e feitas de acordo com a 
assistência prestada. Obviamente, é importante que Fernanda tenha cumprido 
com a prescrição de enfermagem, porém apenas ela detinha a informação e os 
valores dos sinais encontrados. 
Se o prontuário do paciente é o documento que registra a continuidade do cuidado 
e que oferece informações da saúde do paciente a todos os membros da equipe, 
Fernanda omitiu dados importantes sobre a assistência, podendo, inclusive, ser 
punida por esse ato. 
Valorizar o pro ssional, reconhecer a assistência prestada por ele e redirecioná-lo 
com orientações e treinamentos são ações que têm um efeito muito mais positivo 
para a melhoria da assistência do que medidas apenas punitivas. 
Claro que cada instituição possui as suas normativas e regras, porém você, como 
futuro enfermeiro e gestor de unidade, já pode começar a desenhar a forma pela 
qual acredita que será possível manter sua equipe motivada a prestar uma 
assistência de qualidade. 
 
AVANÇANDO NA PRÁTICA 
 
 
 
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Janaína é técnica de enfermagem da Unidade de Terapia Intensiva e estava dando 
assistência a três pacientes, um com Covid-19, outro com suspeita de 
contaminação por esse vírus e o último recuperado dos sintomas do Conoravírus, 
aguardando a liberação para alta. 
De acordo com a prescrição de enfermagem, Janaína deveria veri car os sinais 
vitais de seus pacientes a cada 1 hora, exceto os do paciente que esperava a alta. 
Há computadores para registro dos cuidados à beira dos leitos e todos eles são 
individualizados nessa unidade. Após aproximadamente 4 horas desde o início do 
plantão, o paciente de Janaína com Covid-19 apresenta uma piora signi cativa e 
precisa ser entubado e pronado. 
Janaína percebe, em suas anotações de 20 minutos atrás, os seguintes dados: 
 
 
FC: 140 bpm. 
 
 
PA: 100x50 mmHg. 
 
 
Saturação de 89%. 
 
 
Ela vai até o enfermeiro e relato o caso. Você é o enfermeiro de Janaína. Qual seria 
a sua conduta? Justi que. 
 
 
RESOLUÇÃO 
 
 
Janaína acaba de mostrar a você que a situação vivenciada pelo paciente 
talvez pudesse ter sido evitada, uma vez que ela veri cou a alteração dos 
sinais vitais, porém não comunicou. 
Será que Janaína sabia interpretar as alterações e, no meio da sua rotina de 
trabalho, deixou os dados passarem despercebidos? Será que Janaína não 
conhece os parâmetros normais? 
Você prediria à Janaína que realizasse um plano de ação sobre esse paciente 
ou simplesmente a puniria com uma advertência, por exemplo? 
 
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Quais medidas seriam interessantes para que esse erro não volte a acontecer, 
pensando em todas as facilidades que existem nessa assistência 
informatizada à beira do leito? 
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NÃO PODE FALTAR 
 
 
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SINAIS VITAIS: INTERVENÇÕES 
Bruna Zemella Collaço 
 
 
 
 
PRATICAR PARA APRENDER 
 
Querido aluno, parabéns pelo seu empenho e dedicação. Você nalizará seus 
estudos nesta disciplina com um conteúdo-chave para sua vida pro ssional! 
Nesta seção, estudaremos sobre a interpretação dos sinais vitais e a importância 
de saber identi car as alterações que o paciente possa apresentar para atuar de 
maneira precisa e com qualidade, evitando todo e qualquer tipo de evento adverso 
decorrente de falhas em anotações e registros. 
Não se esqueça: em breve você estará em um cargo de liderança e com muitas 
responsabilidades. Logo, você deverá estar habilitado para treinar e orientar cada 
integrante da sua equipe, tornando-se responsável pelo grupo de auxiliares e 
técnicos com os quais estabelecerá um vínculo pro ssional. 
Como compreendemos anteriormente nesta disciplina, a primeira etapa do 
Processo de Enfermagem (PE) relaciona-se à entrevista e ao exame físico, que são 
os meios pelos quais o enfermeiro conseguirá obter as primeiras evidências de 
enfermagem para planejar sua assistência, com enfoque nos resultados esperados 
das ações que serão implementadas. Dessa forma, pensar no bem-estar do 
paciente, veri car os sinais vitais e correlacioná-los com a clínica, interpretando e 
agindo cienti camente, são ações que fazem parte da função privativa do 
enfermeiro. 
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Para estimular sua criticidade e conduzir sua atuação nesse contexto, temos mais 
uma situação-problema que te acompanhará ao longo do conteúdo apresentado, 
permeando seu processo de aprendizagem para que, ao término, você seja capaz 
de solucioná-la. 
Margareth é a enfermeira da Unidade de Internação da maternidade de um 
hospital escola de grande porte. Durante o acompanhamento de rotina dos alunos 
de graduação em Enfermagem, um dos estudantes, ao veri car os sinais vitais de 
uma paciente, encontrou os seguintes dados: 
 
Temperatura: 36 ºC. 
 
 
Frequência respiratória (FR): 35 rpm. 
 
 
Frequência cardíaca (FC): 120 bpm. 
 
 
Pressão arterial (PA): 100/60. 
 
 
Margareth imediatamente conduziu o aluno até o quarto. Por quê? 
 
Tenho certeza de que você chegou até aqui com muito empenho e que está cada 
vez mais satisfeito com o que vem construindo em sua aprendizagem. Portanto, 
para você, essa situação-problema não será tão desa adora, mas encerrará um 
ciclo com muita clareza e estrutura de conhecimento. 
Foi um imenso prazer te acompanhar nessa jornada. Nós nos veremos em breve! 
Mãos à obra e capriche em seus estudos! 
 
CONCEITO-CHAVE 
 
De acordo com as Diretrizes Nacionais do Curso de Enfermagem, o enfermeiro 
deve ter como um de suas competências e habilidades a tomada de decisão, 
caracterizada, entre outros aspectos, pela capacidade de decidir sobre a prática 
clínica, avaliando, sistematizando e atuando de maneira efetiva (BRASIL, 2001). 
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Quando há morte cerebral, o diagnóstico é feito pela ausência defunções do 
cérebro. Ou seja, a demonstração de que estamos vivos é realizada pelo 
funcionamento cerebral. É esse processo que mantém nossa máquina corpórea 
funcionando por intermédio das batidas do coração, da troca de gases feita pelos 
pulmões, da nossa respiração, da distribuição sanguínea administrada pela 
pressão arterial e da estabilização da temperatura do corpo. Não é à toa que esses 
sinais são chamados de vitais, pois deles dependem nossas vidas! 
 
Figura 4.7 | Demonstração de sinais vitais em aparelho multimétrico 
 
Fonte: Shutterstock. 
 
 
Obviamente, se eles são vitais, o enfermeiro precisa obrigatoriamente saber 
mensurá-los da forma correta e atuar adequadamente diante de possíveis 
alterações, além de priorizar esses atendimentos. A atuação precoce pode prevenir 
eventos adversos que piorem o quadro do paciente ou o levem à morte (OLIVEIRA 
et al., 2020). 
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Na graduação, aprendemos a veri car os sinais vitais em disciplinas que trabalham 
com o exame físico do paciente, como Semiologia e Fundamentos Técnicos de 
Enfermagem. 
Para auxiliar no controle e veri cação dos sinais vitais, existem sistemas e escalas, 
como a Rapid Emergency Medicine Score (REMS), que podem ser implementados 
nos serviços de saúde para não deixar que os valores estejam sujeitos à 
subjetividade do avaliador. 
 
 
Tabela 4.4 | Parâmetros vitais normais, segundo a REMS 
 
 
Frequência 
Cardíaca 
Frequência 
Respiratória 
Pressão Arterial 
Média 
Saturação 
 
 
 
70-109 bpm 12-24 pm 70-109 Hm >89% 
 
Fonte: Oliveira et al. (2020). 
 
 
Tabela 4.5 | Parâmetros de normalidade dos sinais vitais, segundo o Ministério da Saúde 
 
 
 
Temperatura 
 
FC 
 
FR 
Pressão 
Sistólica 
Pressão 
Diastólica 
35-37,4ºC 60-100 
bpm 
12-20 
rpm 
<120 mmHg <80 mmHg 
 
 
Fonte: Brasil (2019). 
 
 
 
REFLITA 
 
Percebe-se que há discretas oscilações entre os valores de normalidades 
utilizados pela REMS e pelo Ministério da Saúde. Quando há mecanismos, 
códigos, tabelas e estudos a serem seguidos, ca difícil dar margem a erros. 
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Apesar de ser um tema básico na atuação dos pro ssionais, a veri cação dos sinais 
vitais é, ao mesmo tempo, muito relevante, visto que é imprescindível para o 
Processo de Enfermagem (PE). Um estudo com discentes de Enfermagem 
demonstrou que 69,8% deles não perceberam alterações nos sinais vitais de 
pacientes que estavam próximos de apresentar uma parada cardiorrespiratória 
(MEDEIROS et al., 2021). Ou seja, esses estudantes não conheciam os limiares de 
normalidade dos parâmetros medidos nem sabiam que, a cada hora de atraso na 
atuação da equipe de enfermagem, o risco de morte do paciente aumenta em 4% 
(CORRÊA et al., 2019). 
Não podemos nos esquecer da importância de fazer as devidas e corretas 
anotações dos dados evidenciados, pois de nada adianta mensurar sem atuar e 
registrar. A prova das ações é documentada em prontuário, ou seja, se você 
veri cou, mas não anotou, é como se não tivesse feito nada! 
Estudos brasileiros demonstram que o nível de consciência ainda é pouco utilizado 
como um sinal vital a ser investigado. Como no país não há uma padronização para 
o intervalo das veri cações ou para quais sinais buscar, cada serviço de saúde 
implementa o que julgar importante para a qualidade da sua assistência (GUEDES 
et al., 2017; OLIVEIRA et al., 2020). 
Nesses mesmos serviços de saúde que utilizam monitorização multiparamétrica, 
vem sendo evidenciada a “fadiga de alarmes”, que é a indiferença da equipe em 
decorrência de não utilizarem os parâmetros adequados à individualização de cada 
paciente. Consequentemente, os alarmes disparam a todo momento sem 
necessidade, fazendo com que a equipe os silencie ou desligue (ASSIS et al., 2019). 
Frente à individualização da assistência, vamos estudar sobre os sinais vitais de 
maneira distinta. Temperatura é o principal parâmetro para evidenciar a sepse, 
uma desarranjo orgânico sistêmico de resposta in amatória a uma desordem 
infecciosa. Essa condição vem sempre acompanhada de, no mínimo, mais duas 
alterações sistêmicas, como frequência cardíaca e respiratória (ALVIM et al., 2020). 
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ASSIMILE 
 
A alteração da temperatura corpórea para valores mais elevados, ou seja, a 
hipertermia, normalmente indica que houve invasão de algum 
microrganismo patogênico no corpo, e a primeira resposta do organismo é 
aumentar a atividade metabólica, enviando células de defesa, o que 
acarreta a elevação da temperatura. 
 
Apesar de a sepse também evidenciar hipotermia em alguns casos, essa situação é 
mais comum em pacientes que passaram por procedimentos cirúrgicos, 
compreendendo cerca de 60% a 90% dos casos, podendo ocasionar maiores 
chances de infecção no sítio cirúrgico, complicações cardíacas e riscos de 
sangramento (MARTINS et al., 2019). 
Fora de um ambiente hospitalar, a hipertensão arterial sistêmica faz parte das 
doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), as quais são multifatoriais e podem 
levar à morte se não forem cuidadas, além de onerarem a saúde pública em 
decorrência das complicações geradas (PRATES et al., 2020). Por isso o 
acompanhamento e a atuação direta com esses pacientes é tão importante. 
A Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH) e a American Heart Association (AHA) 
assumem valores distintos para classi car a hipertensão, como mostra a Tabela 
4.6, a seguir. 
 
 
Tabela 4.6 | Valores normais para hipertensão arterial sistêmica 
 
 
Academia Pressão Sistólica Pressão Diastólica 
Sociedade Brasileira de Hipertensão ≥140 mmHg ≥90 mmHg 
American Heart Association 130-139 mmHg 80-89 mmHg 
 
 
Fonte: Rêgo et al. (2021). 
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Com esses parâmetros estabelecidos, torna-se mais fácil, inclusive, a atuação intra- 
hospitalar, pois o diagnóstico da hipertensão arterial sistêmica é difícil pelo fato de 
muitos pacientes serem assintomáticos. 
É importante abrir parênteses aqui para mencionar a síndrome do jaleco branco. 
Existem pacientes que, ao ver um pro ssional de saúde, cam muito nervosos, de 
modo que todos os sinais vitais que serão veri cados cam alterados. Em algumas 
instituições, inclusive, o jaleco branco não é mais utilizado em decorrência desse 
fator. Tem-se estimulado a automonitorização, com a correta educação do 
paciente a m de reduzir esses diagnósticos falso-positivos de hipertensão 
(RODRIGUES, 2019). 
A correta educação, tanto para o paciente quanto para os pro ssionais, envolve 
fatores como tempo de descanso antes de avaliar os sinais, posicionamento do 
paciente e elevação do membro na altura do coração para a veri cação da pressão 
arterial (PA), por exemplo. 
Na Figura 4.8, a seguir, podemos visualizar a maneira incorreta de veri car a 
pressão do paciente, visto que o membro não está adequadamente apoiado e não 
está na altura do coração. 
 
 
Figura 4.8 | Demonstração incorreta de veri cação de PA 
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EXEMPLIFICANDO 
Se um pro ssional for veri car a frequência respiratória e comunicar ao 
paciente, muito provavelmente teremos uma alteração nesse dado, pois a 
pessoa atendida passará a prestar atenção ao modo como respira e tentará 
modi cá-lo, se for possível, para mais ou para menos. 
Quando informamos sobre a veri cação dos sinais e, com a mão no pulso, 
como se estivéssemos fazendo uma contagem, prestarmos atenção na 
respiração do paciente, as chances de termos interferências serão 
menores. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Shutterstock. 
 
 
A frequência respiratória tem sido o parâmetro com maior divergência entre os 
avaliadores, não em relação aos dados de normalidade, mas sim à forma de 
veri cação. Talvez isso ocorra em virtude do método que cada pro ssional utiliza 
para a medição. 
 
 
 
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A veri cação dos sinais vitais, a anotação correta, a interpretação dos dados e a 
atuação são procedimentos básicos da enfermagem. Representam a primeira 
etapa de toda e qualquer assistência por meio do Processo de Enfermagem. É 
nossa obrigação conhecer essa metodologia, agir para evitar complicações ao 
paciente e manter a qualidade da assistência. Portanto, não há como ser 
enfermeiro sem ter domínio sobre esses aspectos, os quais, reitero, são básicos. 
 
REFERÊNCIAS 
 
ALVIM, A. L. et al. Conhecimento da equipe de enfermagem em relação aos sinais e 
sintomas da sepse. Enfermagem em Foco, v. 11, n. 2, p. 133-138, jul. 2020. 
Disponível em: https://bityli.com/ChWoR7. Acesso em: 17 set. 2021. 
ASSIS, A. P. et al. Parametrização individualizada de alarmes de monitores 
multiparamétricos em pacientes infartados. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 
72, n. 3, p. 609-616, 2019. Disponível em: https://bityli.com/srzscf. Acesso em: 17 
set. 2021. 
 
BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Câmara de 
Educação Superior. Resolução CNE/CES nº 3, de 7 de novembro de 2001. Institui as 
Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Enfermagem. Diário 
O cial União, Brasília, 9 nov. 2001. Disponível em: https://bityli.com/p5b2rx. 
Acesso em: 21 set. 2021. 
BRASIL. Ministério da Saúde. Grupo Hospitalar Conceição. UPA Moacyr Scliar. 
Manual do técnico de enfermagem da UPA Moacyr Scliar. Porto Alegre: Hospital 
Nossa Senhora da Conceição, 2019. Disponível em: https://bityli.com/QBfJxp. 
Acesso em: 9 set. 2021. 
 
CORRÊA, F. et al. Per l de termorregulaçâo e desfecho clínico em pacientes críticos 
com sepse. Avances en Enfermaría, v. 37, n. 3, p. 293-302, set./dez. 2019. 
Disponível em: https://bityli.com/luXorv. Acesso em: 17 set. 2021. 
 
 
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https://bityli.com/ChWoR7
https://bityli.com/srzscf
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GUEDES, H. M. et al. Avaliação de sinais vitais segundo o sistema de triagem de 
Manchester: concordância de especialistas. Revista de Enfermagem da UERJ, v. 
25, e7506, ago. 2017. Disponível em: https://bityli.com/9JyjFb. Acesso em: 17 set. 
2021. 
 
MARTINS, L. P. et al. O enfermeiro frente às complicações da hipotermia no pós- 
operatório imediato. Revista de Enfermagem da UFPI, v. 8, n. 1, p. 68-73, 
jan./mar. 2019. Disponível em: https://bityli.com/25UiCJ. Acesso em: 17 set. 2021. 
MEDEIROS, A. B. et al. Conhecimento dos docentes e discentes de enfermagem 
sobre o suporte básico de vida. Revista de Enfermagem e Atenção à Saúde, v. 
10, n. 1, e202102, 2021. Disponível em: https://bityli.com/QcurYF. Acesso em: 17 
set. 2021. 
OLIVEIRA, G. N. et al. Alteração de sinais vitais e desfecho clínico de pacientes 
admitidos em unidade de emergência. Revista de Enfermagem da UFSM, Santa 
Maria, RS, v. 10, e81, p. 1-19, 2020. Disponível em: https://bityli.com/lOtCNj. 
Disponível em: https://bityli.com/HJaJAo. Acesso em: 17 set. 2021. 
 
PRATES, E. J. S. et al. Características clínicas de clientes com hipertensão arterial e 
diabetes mellitus. Revista de Enfermagem da UFPE Online, v. 14, e244110, p. 1- 
10, abr. 2020. Disponível em: https://bityli.com/5puXtl. Acesso em: 17 set. 2021. 
RÊGO, A. da S. et al. Acessibilidade ao diagnóstico de hipertensão arterial na 
atenção primária à saúde. Revista Online de Pesquisa Cuidado é Fundamental, 
v. 13, p. 1129-1134, jan./dez. 2021. Disponível em: https://bityli.com/GMDbqz. 
Acesso em: 17 set. 2021. 
 
RODRIGUES, C. I. S. Automonitorização com ou sem telemonitorização: seria a nova 
era do diagnóstico e conduta da hipertensão? Arquivos Brasileiros de 
Cardiologia, v. 113, n. 5, p. 976-978, nov. 2019. Disponível em: 
https://bityli.com/Zm9Lbt. Acesso em: 21 set. 2021. 
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https://bityli.com/9JyjFb
https://bityli.com/25UiCJ
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FOCO NO MERCADO DE TRABALHO 
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SINAIS VITAIS: INTERVENÇÕES 
Bruna Zemella Collaço 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SEM MEDO DE ERRAR 
Estamos aqui, novamente, para retomar a situação-problema que servirá como 
elemento norteador para seus estudos. Caso você tenha se perdido no meio do 
caminho, vou refrescar a sua memória apresentando, mais uma vez, o caso a ser 
analisado. 
Margareth é a enfermeira da Unidade de Internação da maternidade de um 
hospital escola de grande porte. Durante o acompanhamento de rotina dos alunos 
de graduação em Enfermagem, um dos estudantes, ao veri car os sinais vitais de 
uma paciente, encontrou os seguintes dados: 
 
Temperatura: 36 ºC. 
 
 
Frequência respiratória (FR): 35 rpm. 
 
 
Frequência cardíaca (FC): 120 bpm. 
 
 
Pressão arterial (PA): 100/60. 
 
 
Margareth imediatamente conduziu o aluno até o quarto. Por quê? 
 
Para resolver essa questão, você teria que saber quais são os parâmetros de 
normalidade esperados de uma mulher adulta, já que estamos falando sobre o 
atendimento de uma puérpera (mulher que teve bebê). 
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Com base nos sinais veri cados pelo aluno, você pode perceber que a FR e a FC 
estão alteradas. Isso sugere que a PA está baixa? 
Se estamos analisando o caso de uma puérpera, ou seja, de uma mulher que 
acabou de parir, quais são os riscos que podem estar envolvidos no pós-parto? 
Provavelmente, Margareth retornou ao quarto com dois objetivos: 
 
1. Conferir os sinais vitais veri cados. 
 
2. Conferir o quadro clínico da paciente, especialmente os lóquios (perdas de 
sangue, muco e tecidos do interior do útero durante o período puerperal). 
Ou seja, há um risco de sangramento em puérperas, portanto os sinais vitais são 
importantes alertas para situaçõesde risco. 
O fato de o aluno ter evidenciado uma taquicardia acompanhada de taquipneia 
pode ser um indicativo de sangramento, visto que o corpo passa a bombear mais 
sangue para tentar manter tudo funcionando. 
Em decorrência disso, ou seja, de uma suposta perda de sangue, a pressão ainda 
se mantém teoricamente estável, porém pode estar diminuindo, uma vez que não 
temos dados anteriores para fazer essa comparação. 
Conseguiu chegar a essa conclusão e a esse raciocínio? Você também havia 
percebido essas alterações? 
Tenho absoluta certeza do seu potencial e, com todo o seu empenho, acredito que 
você também tenha conseguido chegar a essa resolução! 
 
AVANÇANDO NA PRÁTICA 
 
A CLÍNICA É SOBERANA 
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A enfermeira Margareth continua com os alunos no andar da maternidade 
conduzindo as visitas, porém, agora, ela pede aos estudantes que, antes de entrar 
nos quartos, veri quem as anotações de enfermagem anteriores, na intenção de 
buscar alguma alteração ou melhorias dos quadros. Uma das estudantes, que é 
muito dedicada, vai ao encontro de Margareth com os seguintes resultados: 
 
Temperatura: 35,9 ºC (anterior 36,3 ºC). 
 
 
Frequência respiratória: 24 rpm (18 rpm). 
 
 
Frequência cardíaca: 88 bpm (anterior 50 bpm). 
 
 
Pressão arterial: 100/70 (anterior 110/70). 
 
 
A aluna refere que paciente está descorada. Qual deve ser a conduta de 
Margareth? Justi que. 
 
 
RESOLUÇÃO 
 
 
Provavelmente Margareth caminhará até o quarto com a aluna para checar as 
informações, mas o que os sinais dessa paciente demonstram? Será que se 
trata de outra paciente com risco de sangramento? Os sinais vitais indicam 
um leve agravo associado ao fato de ela estar descorada? 
Os dois casos apresentados nesta seção aconteceram no mesmo dia e em 
locais muito próximos. Será que Margareth deve investigar mais algum 
detalhe, como descobrir quem é a equipe médica dessas pacientes? Será que 
o mesmo grupo de enfermagem cuida de ambas as pacientes? 
O fato é que Margareth precisará agir, visto que a última paciente analisada 
está descorada e os sinais vitais indicam uma possível piora na estabilidade do 
quadro (período puerperal). 
É importante fazer as associações entre sinais, sintomas e o que o paciente 
refere. 
 
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