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FILOSOFIA E ETICA AULA 2

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Universidade Federal Fluminense (UFF) 
Curso de Administração Pública 
Disciplina: Filosofia e Ética 
Nome do Aluno: Rogério Junio Reis Laktim 
Polo: Três rios 
Matrícula: 20213110053 
 
Questões da Atividade a Distancia 
1) Como se deu a passagem da cosmologia à metafisica 
 A metafísica é filosofia primeira, porque ela estuda o ser enquanto ser. Assim, é o 
estudo ou o conhecimento da essência das coisas ou do Ser real e verdadeiro das coisas, 
daquilo que elas são em si mesmas, apesar das aparências que possam ter e das mudanças que 
possam sofrer. Os primeiros filósofos buscaram uma explicação racional para a origem de um 
mundo ordenado, o cosmo. Por esse motivo, a filosofia nasce como cosmologia. 
 A busca deste princípio, desta essência, que causa e ordena tudo quanto existe na 
natureza, minerais, vegetais, animais, humanos, astros, qualidades como: úmido, seco, quente, 
frio e tudo quanto nela acontece, dia e noite, estações do ano, nascimento, transformação e 
morte, crescimento e diminuição, saúde e doença, bem e mal, belo e feio, etc. foi a busca de 
uma força natural perene e imortal, subjacente às mudanças, denominada pelos primeiros 
filósofos com o nome de physis. 
 A cosmologia era então, uma explicação racional sobre a physis e o estudo da physis 
dedicava-se à multiplicidade dos seres, à mutabilidade deles e as oposições entre eles. Foi 
Parmênides o primeiro a dizer que a aparência sensível das coisas da natureza não possui 
realidade, não existe real e verdadeiramente, não é. Percebemos a natureza na multiplicidade e 
na mutabilidade das coisas que se transformam umas nas outras e se tornam contrárias a si 
mesmas. Mas pensamos o Ser, isto é, a identidade, a unidade, a imutabilidade e a eternidade 
daquilo que é em si mesmo. Perceber é ver aparências. Pensar é contemplar a realidade como 
idêntica a si mesma. Multiplicidade, mudança, nascimento e perecimento são aparências, 
ilusões dos sentidos. Ao abandoná-las, a filosofia passou da cosmologia à metafísica. 
 
2) O que significam as palavras metafisica e ontologia? Quem empregou pela primeira 
vez? 
 Para entendermos o significado da palavra metafísica temos que entender que a 
palavra metafísica foi empregada pela primeira vez por Andrônico de Rodes, por volta do ano 
50 a.C., quando recolheu e classificou as obras de Aristóteles que, durante muitos séculos, 
haviam ficado dispersas e perdidas. Com essa palavra – ta meta ta physika -, o organizador 
dos textos aristotélicos indicava um conjunto de escritos que, em sua classificação, 
Universidade Federal Fluminense (UFF) 
Curso de Administração Pública 
Disciplina: Filosofia e Ética 
Nome do Aluno: Rogério Junio Reis Laktim 
Polo: Três rios 
Matrícula: 20213110053 
 
localizavam-se após os tratados sobre a física ou sobre a Natureza, pois a palavra grega meta 
quer dizer: depois de, após, acima de. 
 Ta: aqueles; meta: após, depois; ta physika: aqueles da física. Assim, a expressão ta 
meta ta physika significa literalmente: aqueles [escritos] que estão [catalogados] após os 
[escritos] da física. Ora, tais escritos haviam recebido uma designação por parte do próprio 
Aristóteles, quando este definira o assunto de que tratavam: são os escritos da Filosofia 
Primeira, cujo tema é o estudo do “ser enquanto ser”. Desse modo, o que Aristóteles chamou 
de Filosofia Primeira passou a ser designado como metafísica. 
 No século XVII, o filósofo alemão Jacobus Thomasius considerou que a palavra 
correta para designar os estudos da metafísica ou Filosofia Primeira seria a palavra ontologia. 
 A palavra ontologia é composta de duas outras: onto e logia. Onto deriva-se de dois 
substantivos gregos, ta onta (os bens e as coisas realmente possuídas por alguém) e ta eonta 
(as coisas realmente existentes). Essas duas palavras, por sua vez, derivam-se do verbo ser, 
que, em grego, se diz einai. O particípio presente desse verbo se diz on (sendo, ente) e ontos 
(sendo, entes). Dessa maneira, as palavras onta e eonta (as coisas) e on (ente) levaram a um 
substantivo: to on, que significa o Ser. O Ser é o que é realmente e se opõe ao que parece ser, 
à aparência. Assim, ontologia significa: estudo ou conhecimento do Ser, dos entes ou das 
coisas tais como são em si mesmas, real e verdadeiramente. 
 
3) por que atribuir a Parmênides de Eléia a primeira elaboração ontológica? 
 Parmênides veio desmitificar a cosmologia, quando afirmou que o mundo percebido 
por nossos sentidos (o cosmo estudado pela cosmologia) é um mundo ilusório, feito de 
aparências, sobre as quais formulamos nossas opiniões e foi o primeiro a se contrapor ao tal 
pensamento de mundo mutável pregado pela cosmologia até então e veio com uma ideia de 
um pensamento e de um discurso verdadeiros referidos àquilo que é realmente. 
 O Ser é, disse Parmênides. Nesse caso eles quis dizer que o ser é sempre idêntico a 
si mesmo, imutável, eterno, imperecível, invisível aos nossos sentidos e visível apenas para o 
pensamento. E também foi o primeiro a dizer que a aparência sensível das coisas da Natureza 
não possui realidade, não existe real e verdadeiramente, não é. 
 Quando tomamos a ideia que ele se contrapôs a cosmologia, se dá ao fato de que 
declarou o Não-ser não é. O Ser versus Não-Ser. A Filosofia era entendida por Parmênides 
Universidade Federal Fluminense (UFF) 
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Nome do Aluno: Rogério Junio Reis Laktim 
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Matrícula: 20213110053 
 
como Via da Verdade (que nega realidade e conhecimento) e Via da Opinião (que se ocupa 
com as aparências, com o Não-Ser). 
 A Cosmologia se dedicava à multiplicidade dos seres, à mutabilidade deles e às 
oposições entre eles. E totalmente em contradição a isso ele afirmou que o pensamento 
verdadeiro exige a identidade e a não-contradição do Ser. Considerando a mudança de uma 
coisa em outra contrária como o Não-Ser, e que o ser não muda porque não tem como nem o 
porquê mudar, pois se mudasse, deixaria de ser O Ser, tornando-se o Não-ser. Com isso 
mostrou que o pensamento verdadeiro não admite a multiplicidade ou pluralidade de seres e 
que o ser é uno e único. 
 O pensamento dele era totalmente ao contrário do que a cosmologia entendia na 
época e ele afirmava ainda diferença entre pensar e perceber. Multiplicidade, mudança, 
nascimento e perecimento são aparências, ilusões dos sentidos. Ao ir na contramão disso e 
abandoná-los a Filosofia passou da cosmologia a ontologia. 
 Basicamente, Parmênides de Eléia foi o primeiro filósofo que relacionou os 
elementos naturais à formação de tudo. Parmênides formulou o seguinte conceito " tudo 
é agua " de modo a relacionar elementos naturais com a formação das coisas. 
 Depois dessa afirmação de Parmênides de Eléia, diversos outros filósofos fizerem 
afirmações parecidas, de modo que ele foi o primeiro a fazer uma elaboração ontológica. 
 
4) Como Platão superou o problema deixado por Parmênides? 
 Ele analisou primeiramente o que pensava Parmênides e tirou as conclusões dele, 
dando praticidade a questão. Primeiro deu razão a Parmênides ao exigir que a Filosofia deva 
abandonar esse mundo sensível e ocupar-se com o mundo verdadeiro, invisível aos sentidos e 
visível apenas ao puro pensamento. 
 E analisou o que pensava Heráclito que era contrário de Parmênides e deu razão a 
ele quanto ao mundo material e sensível, mundos das imagens e das opiniões. 
 Percebeu dois mundos diferentes e separados: o mundo sensível (das coisas) e o 
mundo inteligível (ideias ou essências verdadeiras) e ele quis unifica-los. Com intuito de 
provar que ambos estavam certos, Platão deu origem a teoria dos dois mundos: Mundo das 
ideias e Mundo dos sentidos. 
Universidade Federal Fluminense (UFF) 
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Disciplina: Filosofia e Ética 
Nome do Aluno: Rogério Junio Reis Laktim 
Polo: Três rios 
Matrícula: 20213110053Então com isso começamos a ver Platão se distanciar do mundo de Parmênides. O 
Não-ser não é um puro nada. Ele é um outro ser, um falso ser, o que ele chama de pseudo-ser. 
Então percebemos a unificação em o Não-ser é sensível. 
 Distanciando-se da teoria de Parmênides só lhe restava três frases para pensar: O Ser 
é. O Não-Ser não é. O Ser é uno. Então vemos Platão distinguir dois sentidos para a palavra 
ser: o sentido forte (O Ser é) em que significa 
 Platão utilizou seus conceitos filosóficos para ir além de Heráclito e Parmênides, 
afirmando que a mudança faz parte das características que fundamentam o mundo sensível, 
para ser mais exato, a identidade é uma característica do mundo das ideias, e ambas se unem 
ao todo. 
 Além disso, ele vai na contramão do pensamento de Heráclito, que define que 
" só existia mudança " enquanto Parmênides que "Só havia identidade 
", unindo assim as duas ideias em um mundo de identificação diferente do proposto 
pelos dois filósofos. 
 
5) Para Platão, o que são ideias? Como é possível conhecê-las? 
 Convém sublinhar que a ideia, conforme a concepção filosófica platônica, é algo 
profundamente distinto dos sentidos que essa palavra receberia na cultura moderna. 
Especialmente na filosofia moderna, concebemos a ideia como uma representação mental, 
uma abstração procedente do pensamento humano, uma produção intelectual dos sujeitos 
humanos. 
 Em Platão, as ideias não são criações dos seres humanos: elas são os seres em si, 
que existem objetivamente, a despeito de serem conhecidos pelos seres humanos. As ideias 
são a realidade plena, caracterizando-se pela inteligibilidade, pela incorporeidade, pela 
imutabilidade e pela unidade. 
 As ideias são rigorosamente inteligíveis, podendo ser contempladas unicamente pelo 
pensamento; são incorpóreas, pois situam-se em uma dimensão metafísica essencialmente 
distinta do plano físico, sensível; são imutáveis, porque, em sua eternidade e incorporeidade, 
não pertencem ao movimento do devir; e são as unidades absolutas, das quais derivam as 
multiplicidades imperfeitas da esfera sensível. 
Universidade Federal Fluminense (UFF) 
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Disciplina: Filosofia e Ética 
Nome do Aluno: Rogério Junio Reis Laktim 
Polo: Três rios 
Matrícula: 20213110053 
 
 Para Platão, o mundo concreto percebido pelos sentidos é uma pálida reprodução do 
mundo das Ideias. Cada objeto concreto que existe participa, junto com todos os outros 
objetos de sua categoria de uma Ideia perfeita. E a mudança ocorre porque esse objeto não é 
uma Ideia, mas uma incompleta representação da Ideia desse objeto. 
 
 
 
Referências Bibliográficas 
Chaui, Marilena. Convite à Filosofia. Ed. Ática, São Paulo, 2000. Disponível em: 
http://home.ufam.edu.br/andersonlfc/Economia_Etica/Convite%20%20Filosofia%20- 
%20Marilena%20Chaui.pdf / Unidade 6 \u2013 Caps 1

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