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Interpretação de Texto - Livro Único-274-276

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274 INTERPRETAÇÃO DE TEXTO Capítulo 11 Coerência e concisão 
Coerência
 y Coerência: compatibilidade de sentido entre duas parte do texto.
 y Coesão: ligação entre as partes.
 y O texto pode apresentar: 
― coesão sem coerência;
― coerência sem coesão;
― sem coesão e sem coerência;
― coesão e coerência.
 y Coerência externa: compatibilidade semântica com a ciência, com a 
realidade.
 y Coerência interna: compatibilidade de sentido entre as partes que 
compõem o texto:
― sintático-semântica: quando as partes estão em relação sintático-
-semântica;
― temporal: quando se respeita a progressão temporal dos fatos;
― narrativa: quando os elementos que pertencem à narrativa apre-
sentam compatibilidade, coerência;
― argumentativa: quando os argumentos sustentam a tese;
― verbo-visual: quando a linguagem verbal entra em concordância 
semântica com a linguagem visual;
― visual: quando as imagens que compõem o texto visual se harmo-
nizam no sentido.
 y Quebra de paralelismo semântico: quando se quebra a expectativa 
no nível do sentido.
Concisão
 y Concisão: quando o texto é enxuto, objetivo.
 y Mecanismos gramaticais que promovem a concisão:
― frases nominais;
― orações reduzidas;
― elipses, zeugmas;
― emprego de adjetivos e locuções adjetivas no lugar de orações 
adjetivas;
― evitar o queísmo;
― evitar excesso de artigos;
― evitar excesso de orações.
 y Mecanismos textuais que promovem a concisão:
― delimitar o tema;
― não fugir do tema;
― selecionar os argumentos previamente;
― não repetir os mesmos argumentos.
 y Fatores que levam à falta de concisão textual:
― digressão;
― não delimitar o tema;
― fugir do tema;
― não selecionar previamente os argumentos;
― excesso de detalhes.
 
Resumindo
Quer saber mais?
Música
 y Lenine, “Paciência”.
A letra dessa canção é um bom exemplo de uso bem resolvido de 
elementos coesivos construindo o texto. 
Teatro
 y VIANNA FILHO, Oduvaldo. Rasga coração.
Última peça do autor, que faleceu com 38 anos, o texto se equilibra 
entre a linguagem popular, o retrato do brasileiro comum e a realidade 
política social do país na época da ditadura, estabelecendo também 
um paralelo com a luta pela liberdade na época do Estado Novo. É uma 
boa oportunidade para ver a maestria do autor em construir um drama 
coerente e coeso articulando tempos e espaços diversos.
1 AFA Leia o período a seguir.
Fita-Verde resolveu tomar este caminho de cá, louco e longo, e não o outro, encurtoso.
Fita-Verde encontrou borboletas, avelãs e plebeiínhas flores.
Guimarães Rosa.
Assinale a alternativa em que as ideias acima estão organizadas num só período coerente e coeso e expressam 
relação de causa e consequência.
A Assim que Fita-Verde resolveu tomar este caminho de cá, louco e longo, e não o outro, encurtoso, encontrou bor-
boletas, avelãs e plebeiínhas flores.
b Fita-Verde encontrou borboletas, avelãs e plebeiínhas flores, posto que resolvesse tomar este caminho de cá, louco e 
longo, e não o outro, encurtoso.
Exercícios complementares
PV_2021_LU_ITX_FU_CAP11_LA.INDD / 15-09-2020 (21:57) / VIVIAN.SANTOS / PROVA FINAL
FR
EN
TE
 Ú
N
IC
A
275
Lubrificantes oculares gelados também são muito efi-
cientes, mas só quando prescritos por um oftalmologista.
Importante: não jogue água boricada dentro do olho, 
pois isto causa irritação. Ela deve ser usada apenas para 
limpeza externa ou como compressa gelada.
a) Localize, no texto, o trecho em que há um proble-
ma de coerência.
b) Reescreva o trecho de modo a torná-lo coerente.
5 AFA Observe as frases a seguir e marque a opção que 
contém aquelas em que o rompimento do paralelismo 
resulta um efeito de bom estilo.
I. Não fui à missa por estar gripado e porque não 
aprecio os sermões do padre Onofre.
II. Palmeiras perde o jogo e a cabeça na Argentina.
III. O que ele mais admira na esposa é a beleza, a 
cultura e não fumar.
IV. Granofruit – cereais e frutas – Use puro, com leite, 
iogurte ou com a sua imaginação.
V. Na Europa ele teve a oportunidade de visitar Roma, 
Madrid e o Museu do Louvre.
A I e III.
b II e IV.
c I, II e V.
D III, IV e V.
6 AFA Considere este excerto de Memórias póstumas 
de Brás Cubas.
Talvez espante ao leitor a franqueza com que lhe 
exponho e realço a minha mediocridade; advirta que a 
franqueza é a primeira virtude de um defunto. Na vida, 
o olhar da opinião, o contraste dos interesses, a luta das 
cobiças obrigam a gente a calar os trapos velhos, a disfar-
çar os rasgões e os remendos, a não estender ao mundo 
as revelações que faz à consciência; e o melhor da obri-
gação é quando, à força de embaçar os outros, embaça-se 
um homem a si mesmo, porque em tal caso poupa-se o 
vexame, que é uma sensação penosa, e a hipocrisia, que 
é um vício hediondo. Mas, na morte, que diferença!, que 
desabafo!, que liberdade! Como a gente pode sacudir fora 
a capa, deitar ao fosso as lentejoulas, despregar-se, despin-
tar-se, desafeitar-se, confessar lisamente o que foi e o que 
deixou de ser! Porque, em suma, já não há vizinhos, nem 
amigos, nem inimigos, nem conhecidos, nem estranhos; 
não há plateia. O olhar da opinião, esse olhar agudo e 
judicial, perde a virtude, logo que pisamos o território 
da morte; não digo que ele se não estenda para cá, e nos 
não examine e julgue; mas a nós é que não se nos dá do 
exame nem do julgamento. Senhores vivos, não há nada 
tão incomensurável como o desdém dos finados.
Machado de Assis.
Dando de barato a viabilidade da tese do narrador, as-
sinale a opção cuja assertiva corresponde à afirmação 
(I, II e III) que a segue, considerando que:
c Ainda que Fita-Verde resolvesse tomar este cami-
nho de cá, louco e longo, e não o outro encurtoso, 
encontraria borboletas, avelãs e plebeiínhas flores.
D Na medida em que resolveu tomar este caminho de 
cá, louco e longo, e não o outro, encurtoso, Fita-Verde 
encontrou borboletas, avelãs e plebeiínhas flores.
2 Unicamp Quando o treinador Leão foi escolhido para 
dirigir a seleção brasileira de futebol, o jornal Correio 
Popular publicou um texto com muitas imprecisões, 
do qual consta a seguinte passagem.
Durante sua carreira de goleiro, iniciada no Comercial 
de Ribeirão Preto, sua terra natal, Leão, de 51 anos, sempre 
impôs seu estilo ao mesmo tempo arredio e disciplinado. 
Por outro lado, costumava ficar horas aprimorando seus 
defeitos após os treinos. Ao chegar à seleção brasileira 
em 1970, quando fez parte do grupo que conquistou o 
tricampeonato mundial, Leão não dava um passo em fal-
so. Cada atitude e cada declaração eram pensadas com 
um racionalismo típico de sua família, já que seus outros 
dois irmãos, Edmílson 53 anos, e Édson, 58, são médicos.
Campinas, 20 out. 2000.
a) O que aconteceria com Leão se ele, efetivamente, 
ficasse “aprimorando seus defeitos”? Reescreva o 
trecho de maneira a eliminar o equívoco.
b) Por que o emprego da palavra “racionalismo” é 
inadequado nessa passagem?
3 Mackenzie [...] A dualidade entre os dois mundos da 
essência e da existência é um problema insolúvel, se a 
existência não for um meio pelo qual a essência como 
tal se realize.
Lavelle.
I. Se estabelecermos que a essência só se realiza 
por meio da existência, estaremos admitindo a 
insolubilidade do problema da dualidade entre 
esses dois mundos.
II. Se estabelecermos que a essência só se realiza por 
meio da existência, estaremos possibilitando a solução 
do problema da dualidade entre esses dois mundos.
III. O autor estabelece uma relação de meio e fim, 
em que a essência é o instrumento para a realiza-
ção da existência.
A partir da relação das afirmações anteriores com o tex-
to, assinale:
A se todas estão corretas.
b se todas estão incorretas.
c se apenas I está correta.
D se apenas II está correta.
E se apenas III está correta.
4 ITA O texto a seguir, da seção “Saúde” do Suplemen-
to de março/2000, do Caderno Regional, Folha Vale, 
Folha de S.Paulo, faz parte de uma série de recomen-
dações para relaxamento dos olhos.
PV_2021_LU_ITX_FU_CAP11_LA.INDD / 15-09-2020 (13:57) / VIVIAN.SANTOS/ PROVA FINAL PV_2021_LU_ITX_FU_CAP11_LA.INDD / 15-09-2020 (13:57) / VIVIAN.SANTOS / PROVA FINAL
276 INTERPRETAÇÃO DE TEXTO Capítulo 11 Coerência e concisão 
I. expressa afirmação(ões) compatível(eis) com o 
texto; 
II. contém afirmação(ões) incompatível(eis) com o 
texto; 
III. registra afirmação(ões) contradizente(s) ao texto.
A O parecer (exterioridade) rege a vida; o ser (essên-
cia) só é encontrável na morte. (I) 
b A atitude dos mortos é governada pela autenticida-
de, enquanto a dos vivos prima pela dissimulação. (II) 
c A oposição entre a visão de mundo dos vivos e a 
dos mortos pode ser resumida, respectivamente, 
pelo par dicotômico “desafetação/afetação”. (I) 
D “Vida” assume conotação negativa, vinculada a ter-
mos como “embaçar”, “hipocrisia”, “cobiça”; por seu 
turno, “morte” é nome positivo, ligado a “liberdade”, 
“desabafo”, “despintar-se”. (III)
7 Unicamp Marca-passo natural – Uma alternativa menos 
invasiva pode substituir o implante do marca-passo eletrô-
nico [...]. Cientistas do Hospital John Hopkins, nos EUA, 
conseguiram converter células cardíacas de porquinhos-
-da-índia em células especializadas, que atuam como um 
marca-passo, controlando o ritmo dos batimentos cardía-
cos. No experimento, o coração dos suínos recuperou a 
regularidade dos movimentos. A expectativa é que em al-
guns anos seja possível testar a técnica em humanos.
IstoÉ, ed. 1.720, 18 set. 2002.
a) Alguém que nunca tivesse ouvido falar de 
marca-passo poderia dar uma definição desse ins-
trumento lendo este texto. Qual é essa definição?
b) A ocorrência da expressão “a técnica”, no final do 
texto, indica que ela foi explicada anteriormente. 
Em que consiste essa técnica?
c) Apesar do nome, o porquinho-da-índia é um 
roedor. Sendo assim, há uma forma equivocada 
de referir-se a ele no texto. Qual é essa forma e 
como se explica sua ocorrência?
8 Fuvest No início do século XVI, Maquiavel escreveu 
O Príncipe – uma célebre análise do poder político, 
apresentada sob a forma de lições, dirigidas ao prín-
cipe Lorenzo de Médicis. Assim justificou Maquiavel o 
caráter professoral do texto:
Não quero que se repute presunção o fato de um 
homem de baixo e ínfimo estado discorrer e regular sobre 
o governo dos príncipes; pois assim como os [cartógrafos] 
que desenham os contornos dos países se colocam na 
planície para considerar a natureza dos montes, e para 
considerar a das planícies ascendem aos montes, assim 
também, para conhecer bem a natureza dos povos, é 
necessário ser príncipe, e para conhecer a dos príncipes 
é necessário ser do povo.
Tradução de Lívio Xavier. (Adapt.).
Está redigido com clareza, coerência e correção o se-
guinte comentário sobre o texto:
A Temendo ser qualificado de presunçoso, Maquiavel 
achou por bem defrontar sua autoridade intelectual, 
tipo um cartógrafo habilitado a desenhar os contras-
tes de uma região.
b Maquiavel, embora identificando-se como um ho-
mem de baixo estado, não deixou de justificar sua 
autoridade diante do príncipe, em cujos ensina-
mentos lhe poderiam ser de grande valia.
c Manifestando uma compreensão dialética das rela-
ções de poder, Maquiavel não hesita em ministrar 
ao príncipe, já ao justificar o livro, uma objetiva lição 
de política.
D Maquiavel parece advertir aos poderosos de que não 
se menospreze as lições de quem sabe tanto analisar 
quanto ensinar o comportamento de quem mantenha 
relações de poder.
E Maquiavel, apesar de jamais ter sido um gover-
nante em seu livro tão perspicaz, soube se investir 
nesta função, e assim justificar-se diante de um 
príncipe autêntico. 
9 ITA Leia o texto a seguir:
No novo catecismo das empresas, um trainee deve ter 
as mesmas qualidades dos diretores e gerentes, que por sua 
vez precisam saber ouvir e usar a internet como os trainees, 
que precisam ter a mesma disposição de se superar do pre-
sidente, que precisa trabalhar com equipes do mesmo jeito 
que os trainees, gerentes e diretores, e vice-versa.
Você, n.10, abr. 1999. (Adapt.)
a) Aponte duas propriedades do texto que contri-
buem para o efeito do sentido circular.
b) O termo “vice-versa” é necessário no contexto 
em que aparece? Por quê?
10 Fuvest Leia o texto a seguir.
Conversa no ônibus
Sentaram-se lado a lado um jovem publicitário e um 
velhinho muito religioso. O rapaz falava animadamente 
sobre sua profissão, mas notou que o assunto não desper-
tava o mesmo entusiasmo no parceiro. Justificou-se, quase 
desafiando, com o velho chavão:
– A propaganda é a alma do negócio.
– Sem dúvida, respondeu o velhinho. Mas sou da-
queles que acham que o sujeito dessa frase devia ser o 
negócio.
a) A palavra “alma” tem o mesmo sentido para am-
bas as personagens? Justifique.
b) Seguindo a indicação do velhinho, redija a frase 
na versão que a ele pareceu mais coerente.
11 Unicamp No diálogo transcrito a seguir, um dos interlo-
cutores é falante de uma variedade de português que 
apresenta uma série de diferenças com relação ao por-
tuguês culto. Identifique, na fala desse interlocutor, as 
marcas formais dessas diferenças e transcreva-as. Faça, 
PV_2021_LU_ITX_FU_CAP11_LA.INDD / 15-09-2020 (13:57) / VIVIAN.SANTOS / PROVA FINAL PV_2021_LU_ITX_FU_CAP11_LA.INDD / 15-09-2020 (13:57) / VIVIAN.SANTOS / PROVA FINAL

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