Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
FR EN TE Ú N IC A 77 Lembre-se que w e y são semiconsoantes e, por isso, não se enquadram na regra. Observe que verbos termi- nados em –y recebem a terminação –ied quando o –y é precedido de consoante. Assim, temos cried (o y é prece- dido da consoante r) e played (o y é precedido de vogal, formando um ditongo). Por fim, verbos terminados em –e, recebem apenas –d, como em moved e invited. Verbos irregulares Os verbos irregulares não seguem a desinência –ed. Para sabermos qual forma usar, muitas vezes, é necessário consultar um dicionário. Veja alguns exemplos: be was, were have had write wrote give gave put put see saw get got read /i:/ read /e/ win won O auxiliar did O verbo auxiliar did é empregado nas formas negati- va e interrogativa do Past Simple. O uso desse auxiliar é acompanhado pelo verbo no infinitivo. The pigs did not actually work. (Forma contraída: didn’t work) Did the animals win the war? Para ênfase, é possível usar did em frases afirmativas acompanhado do verbo principal. Observe: We did have a great time on our vacation. (= We really had a great time.) Saiba mais Casos que geram dúvida Em algumas situações específicas, a forma passada pode causar dúvida. Observe os casos apresentados a seguir. Lied × lay Em inglês, o verbo to lie possui dois significados. Quando ele quer dizer mentir, é um verbo regular. Quan- do significa deitar-se ou repousar, é um verbo irregular, adotando a forma passada lay. Existe ainda o verbo to lay, com forma passada laid, que significa colocar. He lied about his past. He lay on the bed to read a book. Put, set, cast: presente ou passado? Alguns verbos apresentam as mesmas formas no pre- sente e no passado, sendo possível compreender seu tempo verbal pelo contexto. Compare: I set the alarm yesterday evening. I never set the alarm when I am on vacation. Pelo contexto, pode-se entender que a primeira oração se refere a uma ação passada, enquanto a segunda se relaciona ao presente. Além disso, pode-se recorrer aos determinantes de tempo e espaço (hoje, agora, aqui e lá, entre outros) para sanar quaisquer dúvidas quanto à refe- rência temporal (passado ou presente). Quando o sujeito está na terceira pessoa do singular, é possível identificar a forma verbal por sua conjugação. Observe: He put everything in the right place. He puts everything in the right place. Nos exemplos apresentados com o verbo to put, a falta da desinência –s indica que o tempo verbal usado com he é o Past Simple. Used to/Would (always) O Past Simple não é o único tempo verbal usado para se referir a acontecimentos no passado. Observe a seguir as falas de Chuck: She used to go for rides with him in his car, [...] [...] he would always hold open the car door for her. Ambas as frases representam cenas recorrentes no passado do pai de Chuck e, por isso, poderiam ter sido formadas com o Past Simple (She went for rides with him in his car e He always held open the car door for her). En- tretanto, optou-se por construí-las com outras duas formas linguísticas: used to e would, seguidas do verbo no infinitivo. O falante é quem decide qual das três formas usar, mas é necessário atentar a alguns pontos: 1 Como o Past Simple pode ser utilizado tanto para ações pontuais quanto para ações repetidas, o seu uso não enfatiza a repetição, mas dá margem a ela. Uma ação descrita com Past Simple pode, portanto, ter acontecido uma única vez ou repetidas vezes, o que só o contexto nos dirá. 3 Would, como used to, também deixa claro que o even- to passado costumava acontecer e pode ser usado tanto para hábitos que tínhamos apenas no passado como para os do passado que ainda temos. Devemos apenas nos atentar para o fato de que, quando usa- mos would para falar do passado, ele deve sempre ser seguido de verbos de ação (como eat, go, buy) e nunca de verbos de estado (como think, like, unders- tand). Assim, é possível dizer: I would play soccer with my cousins when I was a child, mas não se pode dizer: We would have a sedan, porque have é um verbo de estado, e não de ação. 2 Used to, diferente de outros verbos no Past Simple, deixa claro que o evento passado costumava aconte- cer, mas não acontece mais. Ele pode ser usado com todos os tipos de verbo. Dessa forma, é possível dizer: I used to play soccer with my cousins when I was a child, mas não se pode dizer: I used to play soccer with my cousins and we still play it, já que o evento ainda acontece. PV_2021_L1_ING_FU_CAP8_LA.INDD / 18-09-2020 (13:13) / LEONEL.MANESKUL / PROVA FINAL PV_2021_L1_ING_FU_CAP8_LA.INDD / 18-09-2020 (13:13) / LEONEL.MANESKUL / PROVA FINAL LÍNGUA INGLESA Capítulo 8 Personagens que fizeram história 78 Past Progressive (ou Continuous) Uso Observe a seguinte frase, retirada do segundo frag- mento de A revolução dos bichos: They were all carrying sticks, except Jones, who was marching ahead with a gun in his hands. Usamos o Past Progressive para representar situações que estavam em progresso em determinado momento no passado. No exemplo apresentado, as duas ações estão acontecendo ao mesmo tempo, constituindo uma espécie de fotografia de um instante passado. O Past Progressive também é utilizado para representar situações e ações temporárias. Veja: We had a problem when we were living in Canada. Essa frase representa uma ação menos duradoura que a da seguinte: When I was a teenager, we lived in Canada for seven years. Forma O Past Progressive é composto pelo verbo to be no Past Simple (was/were) e o verbo principal no gerúndio (–ing). Observe: Was the cat helping the other animals out? The animals weren’t having fun. The pigs were supervising the other animals. Non-progressive verbs Os mesmos verbos que não são comumente empre- gados no Present Progressive também não são utilizados no Past Progressive e demais progressive forms. No lugar desse tempo verbal, usamos o Past Simple. He believed what I was saying. (E não: He was believing what I was saying.) Correlação entre Past Progressive e Past Simple É comum usarmos, em uma mesma frase, uma oração no Past Progressive e a outra no Past Simple. Isso ocorre porque a primeira forma indica uma ação ou situação mais longa, enquanto a segunda se refere a uma ação ou a um evento que aconteceu no decorrer da outra ação ou que a interrompeu. Observe a seguinte frase: Animal farm came out just as the Cold War was intensifying. Na frase apresentada, o segundo trecho destacado se refere ao contexto histórico daquele período: a Guerra Fria estava se intensificando, o que pode ser entendido como uma situação de longa duração. Por outro lado, o primeiro trecho em destaque indica uma ação de menor duração, que aconteceu no decorrer dessa intensificação da Guerra Fria: o lançamento do livro. A conjunção as é responsável por estabelecer essa relação temporal entre as duas ações. Outro marcador bastante comum para indicar esse tipo de relação é a conjunção while. Na tirinha dos Peanuts, a abreviação ’d em falas, como She’d just sit there and wrinkle her nose, é usada para a contração de would, embora a mesma abreviação possa ser usada em outras circuns- tâncias no lugar de had. Caso o contexto não esteja muito claro, a forma verbal é uma pista do valor dessa abreviação: quando seguida de infinitivo, pode-se substituí-la por would; antes de particípio, é possível ser substituída por had. Compare: She’d just sit there and wrinkle her nose. (= She would just sit there and [she would] wrinkle her nose.) She’d just sat there and wrinkled her nose. (= She had just sat there and [she had] wrinkled her nose.) Atenção Past Simple Past Progressive Exercícios propostos 1 Unicamp Em 1931, William Faulkner escreveu The Sound and the Fury, um clássico da literatura norte- -americana. O excerto abaixo é parte da introdução, escrita por Richard Hughes, à edição do romance pu- blicada pela Penguin Books, em 1971. THERE is a story toldof a celebrated Russian dancer, who was asked by someone what she meant by a certain dance. She answered with some exasperation, “If I could say it in so many words, do you think I should take the very great trouble of dancing it?” It is an important story, because it is the valid explanation of obscurity in art. A method involving apparent obscurity is surely justified when it is the clearest, the simplest method of saying in full what the writer has to say. This is the case of The Sound and the Fury. I shall not attempt to give it a summary or an explanation of it: for if I could say in three pages what takes Mr. Faulkner three hundred there would obviously be no need for the book. All I propose to do is to offer a few introductory comments to encourage the reader. a) Segundo Hughes, em que circunstâncias a supos- ta obscuridade de uma obra de arte se justifica? b) Que razão apresenta Hughes para não resumir nem explicar The Sound and The Fury? PV_2021_L1_ING_FU_CAP8_LA.INDD / 18-09-2020 (13:13) / LEONEL.MANESKUL / PROVA FINAL PV_2021_L1_ING_FU_CAP8_LA.INDD / 18-09-2020 (13:13) / LEONEL.MANESKUL / PROVA FINAL FR EN TE Ú N IC A 79 Texto para a questão 2. Worrying: A Literary and Cultural History. By Francis O’Gorman. Bloomsbury; 173 pages. When he is not teaching Victorian literature at the University of Leeds or writing books, Francis O’Gorman admits to doing a lot of unnecessary brooding. “Worrying: A Literary and Cultural History” is his affectionate tribute to low-level fretting — what the author calls “the hidden histories of ordinary pain” – in everyone’s life. Humanity’s sense of anxiety has deep roots. Contemporary angst is inextricably tied up with living in an advanced, hypermodern society, and yet, when worrying takes hold, it often does so in ways that appear altogether premodern, even pre-Enlightenment. If there is a message in the book, it addresses the ever-expanding cottage industry around happiness and well-being. The latest edition of the American Psychiatric Association’s “Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorder, DSM-5”, has broadened psychiatry’s reach into everyday life, medicalising and stigmatising an ever greater number of quirks and foibles. Against this backdrop, Mr O’Gorman’s celebration of the wonderful eccentricity of human nature is both refreshing and necessary. He believes that “being a modern worrier is just... the moth-eaten sign of being human” and playfully suggests that people should refine Descartes’s famous dictum to: “I worry, therefore I am.” The Economist, August 1st-7th 2015. Adaptado. 2 Fuvest 2016 Levando-se em conta que o texto é parte de uma resenha de um livro, responda, em português, às seguintes perguntas: a) Qual é o objetivo do autor do livro? b) De que forma o propósito do livro de O’Gorman se opõe ao que é proposto pela Associação Ame- ricana de Psiquiatria? c) Qual é a sugestão do autor do livro para modificar a famosa frase de René Descartes “Penso, logo existo”? Texto para a questão 3. Joaquim Maria Machado de Assis (1839-1908) Machado de Assis was born in Rio de Janeiro, the son of a house painter and a Portuguese woman. Machado received little formal education. He learned French from a neighboring baker. Machado worked as a printer’s apprentice at the National Press, and later he was a salesman and a proof-reader in a bookshop. During these years he started to write stories, poems, and novels. He began to gain fame as a poet in his mid-twenties, and by the late 1860s he had become a successful Brazilian man of letters. He is widely regarded as Brazil’s greatest novelist. Machado wrote nine novels, eight short-story collections, four volumes of poetry, 13 plays, and numerous critical essays. He often satirized middle-class values and behavior. Machado de Assis was an astute observer of the human mind and he revealed its dark sides. He shared with many authors of his period a reformist concern, but his view was colored with irony and skepticism. His most famous novel, Dom Casmurro, is marvelously humorous, and sinister. Machado creates provoking unresolvable doubts in the reader’s mind. It’s no wonder that he is considered Brazil’s greatest novelist and Capitu his most fascinating heroine; like the Mona Lisa, much lies hidden behind a superb portrait. If you’ve never heard of Machado de Assis, do yourself a favor and seek him out. He’s well worth the effort. Disponível em: <http://www.kirjasto.sci.fi/machado.htm> (Adapted); http://www.brothersjudd.com/index.cfm/fuseaction/reviews.detail/book_ id?Dom%20Casmurro.htm (Adapted). Acesso em: 15 jun. 2006. 3 UFSC Select the proposition(s) that is (are) CORRECT, according to the text. 01 Capitu is more fascinating than Mona Lisa. 02 Machado is considered the best Brazilian writer of novels. 04 Machado wrote fewer plays than novels. 08 Dom Casmurro is Machado’s most humorous novel. 16 Machado wrote more short-stories and poems than novels. 32 Both Capitu and Mona Lisa are mysterious charac- ters. 64 There are many lies behind the Mona Lisa’s portrait. Soma: Texto para as questões de 4 a 6. Old Mama Dot Born on a sunday In the kingdom of Asante Sold on a monday Into slavery Ran away on tuesday Cause she born free Lost a foot on wednesday When they catch she Worked all thursday Till her head grey Dropped on friday Where they burn she Freed on saturday In a new century D’AGUIAR, F. Old Mama Dot. In: BERRY, J. (ed.) News for Babylon: The chatto book of West Indian-British Poetry, London: Chatto & Windus, 1984, p. 26. 4 UEL 2013 Assinale a alternativa que apresenta, corre- tamente, o tema central do poema. A A brevidade da vida. b A escravidão. c A morte. d A vida no reino de Asante. E O feminismo. PV_2021_L1_ING_FU_CAP8_LA.INDD / 18-09-2020 (13:13) / LEONEL.MANESKUL / PROVA FINAL PV_2021_L1_ING_FU_CAP8_LA.INDD / 18-09-2020 (13:13) / LEONEL.MANESKUL / PROVA FINAL LÍNGUA INGLESA Capítulo 8 Personagens que fizeram história 80 5 UEL 2013 Assinale a alternativa que apresenta, corre- tamente, os versos que indicam o envelhecimento de Mama Dot. A Sold on a monday Into slavery b Ran away on tuesday Cause she born free c Worked all thursday Till her head grey d Dropped on friday Where they burn she E Freed on saturday In a new century 6 UEL 2013 Com relação a Mama Dot, considere as afir- mativas a seguir. I. Conseguiu conquistar a liberdade após a sua morte. II. Cortou o próprio pé para fugir do feitor de escravos. III. Foi libertada por estar velha e impossibilitada de trabalhar. IV. Escapou do feitor de escravos, mas foi recapturada. Assinale a alternativa correta. A Somente as afirmativas I e II são corretas. b Somente as afirmativas I e IV são corretas. c Somente as afirmativas III e IV são corretas. d Somente as afirmativas I, II e III são corretas. E Somente as afirmativas II, III e IV são corretas. Exercícios complementares Texto para as questões 1 e 2. 1 Uerj 2013 Indique o tempo verbal mais usado na história escrita por Calvin. Em seguida, retire, em inglês, dois verbos regulares conjugados nesse tempo. 2 Uerj 2013 Aponte a intenção de Calvin ao formular a pergunta do quadrinho 8. Explicite, também, a moral de sua história. W AT TE RS O N , B ill . D is po ní ve l e m : < be st of ca lv in an dh ob be s. co m >. PV_2021_L1_ING_FU_CAP8_LA.INDD / 18-09-2020 (13:13) / LEONEL.MANESKUL / PROVA FINAL PV_2021_L1_ING_FU_CAP8_LA.INDD / 18-09-2020 (13:13) / LEONEL.MANESKUL / PROVA FINAL
Compartilhar