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A Segundo os Correios, se a greve terminar amanhã, as entregas serão normalizadas em 13 dias Para que o agricultor não se limitasse aos recursos oficiais, as fábricas também criaram suas próprias linhas de crédito. C Um dos seus projetos de lei exigia que os pro fessores e servidores das universidades fizessem exames antidoping. D Na discussão do projeto, o deputado duvidou que o colega era o autor da emenda. E A Câmara Municipal aprovou a lei que concede descontos a multas e juros que estão em atraso. 31 A frase em que a correlação de tempos e modos ver- bais foge às normas da língua escrita padrão é: A Pode-se prever que os ideólogos do capitalismo usarão todos os apelos populistas de que puderem valer se para introduzir um forte golpe. Em 1970, não houve argumento capaz de conven cer a imprensa paulista de que seria do interesse geral a 1a Bienal Internacional do Livro C Todos seríamos escravos de ideias maniqueístas, não fora o trabalho desenvolvido pelos filósofos iluministas. D Agora que ensandeceste, se a tua consciência reouver um instante de sagacidade, tu dirás que queres viver. E Se os parlamentares tivessem tido preocupação de discutir com seriedade as propostas, os leitores só poderão estar satisfeitos. 32 A única frase em que as formas verbais estão correta- mente empregadas é: A Especialistas temem que órgãos de outras espé cies podem transmitir vírus perigosos. Além disso, mesmo que for adotado algum tipo de ajuste fiscal imediato, o Brasil ainda estará muito longe de tornar-se um participante ativo do jogo mundial. C O primeiro-ministro e o presidente devem ser do mesmo partido, embora nenhum fará a sociedade em que eu acredito. D A inteligência é como um tigre solto pela casa; só não causará problema se o suprir de carne e o manter na jaula. E O nome secreto de Deus era o princípio ativo da criação, mas dizê-lo por completo equivalia a um sacri- légio, ao pecado de saber mais do que nos convinha. 33 Uefs 2018 Leia o conto “A cartomante”, de Lima Barreto (1881 1922), para responder à questão Não havia dúvida que naqueles atrasos e atra- palhações de sua vida, alguma influência misteriosa preponderava. Era ele tentar qualquer coisa, logo tudo mudava. Esteve quase para arranjar-se na Saúde Pública; mas, assim que obteve um bom “pistolão1”, toda a política mudou Se jogava no bicho, era sempre o grupo seguinte ou o anterior que dava. Tudo parecia mostrar-lhe que ele não devia ir para adiante. Se não fossem as costuras da mulher, não sabia bem como poderia ter vivido até ali. Há cinco anos que não recebia vintém de seu trabalho. Uma nota de dois mil-réis, se alcançava ter na algibeira por vezes, era obtida com auxílio de não sabia quantas humilhações, apelando para a generosidade dos amigos Queria fugir, fugir para bem longe, onde a sua miséria atual não tivesse o realce da prosperidade passada; mas, como fugir? Onde havia de buscar dinheiro que o transportasse, a ele, a mulher e aos filhos? Viver assim era terrível! Preso à sua vergonha como a uma calceta2, sem que nenhum código e juiz tivessem condenado, que martírio! A certeza, porém, de que todas as suas infelicidades vinham de uma influência misteriosa, deu-lhe mais alen- to. Se era “coisa feita”, havia de haver por força quem a desfizesse. Acordou mais alegre e se não falou à mulher alegremente era porque ela já havia saído. Pobre de sua mulher! Avelhantada precocemente, trabalhando que nem uma moura, doente, entretanto a sua fragilidade transfor- mava-se em energia para manter o casal Ela saía, virava a cidade, trazia costuras, recebia di- nheiro, e aquele angustioso lar ia se arrastando, graças aos esforços da esposa Bem! As coisas iam mudar! Ele iria a uma cartomante e havia de descobrir o que e quem atrasavam a sua vida Saiu, foi à venda e consultou o jornal. Havia muitos videntes, espíritas, teósofos anunciados; mas simpatizou com uma cartomante, cujo anúncio dizia assim: “Madame Dadá, sonâmbula, extralúcida, deita as cartas e desfaz toda espécie de feitiçaria, principalmente a africana Rua etc ” Não quis procurar outra; era aquela, pois já adquirira a convicção de que aquela sua vida vinha sendo traba- lhada pela mandinga de algum preto mina3, a soldo do seu cunhado Castrioto, que jamais vira com bons olhos o seu casamento com a irmã Arranjou, com o primeiro conhecido que encontrou, o dinheiro necessário, e correu depressa para a casa de Madame Dadá O mistério ia desfazer-se e o malefício ser cortado. A abastança voltaria à casa; compraria um terno para o Zezé, umas botinas para Alice, a filha mais moça; e aquela cruciante vida de cinco anos havia de lhe ficar na memória como passageiro pesadelo Pelo caminho tudo lhe sorria. Era o sol muito claro e doce, um sol de junho; eram as fisionomias risonhas dos transeuntes; e o mundo, que até ali lhe aparecia mau e turvo, repentinamente lhe surgia claro e doce. Entrou, esperou um pouco, com o coração a lhe saltar do peito. O consulente saiu e ele foi afinal à presença da pito- nisa4. Era sua mulher. (Contos completos, 2010 ) 1 pistolão: recomendação de pessoa influente; indivíduo que faz essa recomendação. 2 calceta: argola de ferro que, fixada no tornozelo do prisioneiro, ligava-se à sua cintura por meio de corrente de ferro 3 preto-mina: indivíduo dos pretos-minas (povo que habita a região do Grand Popo, no Sudoeste da África). 4 pitonisa: profetisa. F R E N T E 1 121 Expressa sentido hipotético a forma verbal sublinhada no seguinte trecho: A “Arranjou, com o primeiro conhecido que encon trou, o dinheiro necessário” (9o parágrafo) “A abastança voltaria à casa” (10o parágrafo) C “Pelo caminho tudo lhe sorria” (11o parágrafo) D “esperou um pouco, com o coração a lhe saltar do peito” (12o parágrafo) E “e ele foi afinal à presença da pitonisa” (13o parágrafo) 34 Fuvest Concluiu-se a construção da casa nova. Julgo que não preciso descrevê-la. As partes principais apa- receram ou aparecerão; o resto é dispensável e apenas pode interessar aos arquitetos, homens que provavel mente não lerão isto Ficou tudo confortável e bonito. Graciliano Ramos. São Bernardo. No excerto, observa-se o emprego de diferentes tempos verbais, todos pertencentes ao modo in- dicativo. a) Justifique o emprego das formas do presente. b) Justifique o emprego das formas do pretérito, re- lacionando-as com as formas do presente 35 O caderno Fovest do jornal Folha de S.Paulo de 28 nov. 1991 fez a seguinte recomendação aos vestibu- landos, para que fossem bem-sucedidos na prova de redação do vestibular Unicamp/1992: Como Escrever Olho vivo para não maltratar o por- tuguês. Preste atenção ao enunciado. Se fugir do tema, copiar o texto apresentado ou fazer uma narração (relato de uma história) onde é pedida uma dissertação (defesa de uma ideia), a redação será anulada. Apesar de recomendar cuidado no uso do português, o jornal comete um erro gramatical no texto citado a) Transcreva a passagem em que há um erro gra matical. b) Há uma explicação para ocorrências desse tipo. Qual é? 36 Unicamp Publicadas à exata distância de um século pelo jornal O Estado de S Paulo, as duas notícias transcritas a seguir têm em comum o fato de se re- ferirem a catástrofes provocadas pelo mau tempo. No momento de sua publicação, as duas notícias se referiam a acontecimentos recentes, mas os recursos gramaticais empregados para expressar passado re- cente diferem de uma notícia para a outra 29/11/1895: Constantinopla – Tem havido no Mar Ne- gro grande tempestade, naufragando grande número de embarcações Até agora o mar tem arrojado à praia mais de 80 cadáveres, que estão sendo recolhidos. “Há um Século” O Estado de S.Paulo. 29/11/1995: Campinas – Um tornado com ventos de 180 quilômetros por hora destruiu anteontem a cobertura do ginásio multidisciplinar da Universidade Estadual de Campinas [...] O tornado rompeu presilhas de aço de uma polega da de espessura. Ele levantou e retorceu a estrutura do telhado, também de aço, de 100 metros de extensão e 200 toneladas.[...]Dez árvores foram arrancadas com a raiz e os ventos arremessaram longe vidros da Biblioteca Central. “Tornado provoca destruição na Unicamp”. O Estado de S. Paulo. a) Transcreva, das duas notícias, as expressões que situam os fatos relatados no passado. b) Como seria redigida, hoje, a primeira notícia? c) Redija uma continuação para a notícia escrita hoje, que começasse por “Tem havido no Mar Negro...”. 37 Acafe 2017 Complete as frases, empregando os ver- bos entre parênteses no tempo certo e adequado ao contexto, e assinale a alternativa correta. I. Se ele sim ao convite, a diretoria pode- ria reprogramar o evento. (dizer) II. Quando nós a próxima festa de con- fraternização, contrataremos seus serviços. (fazer) III. Se amanhã os perfumes não nessa cai- xa, teremos que levar alguns na mala. (caber) IV. Tenho a esperança de que vocês re- solver esse problema melhor do que eu. (saber) A disse-se faremos caberem saibam disser fizéssemos coubessem saibam C dissesse fizermos couberem saibam D dizer fazermos cabessem saibam 38 Unicamp No texto a seguir, ocorre uma forma que é inadequada em contextos formais, especialmente na escrita Trombada Lula e Meneguelli divergem sobre o pacto. Concor- dam em negociar, mas Lula só aprova um acordo se o governo retirar a medida provisória dos salários, suspender os vetos à lei da Previdência e repor perdas salariais. “Painel”, Folha de S.Paulo, 21 set. 1990. a) Identifique essa forma e reescreva o trecho em que ocorre, de modo a adequá lo à modalidade escrita. b) Como se poderia explicar a ocorrência de tal for ma (e outras semelhantes), dado que os falantes não “inventam” formas linguísticas sem alguma motivação? 39 PUC-SP Leia o texto a seguir. A apoteose do besteirol energético Um momento histórico! O clímax, o ponto que todos pensávamos ser inatingível foi enfim alcançado. O apogeu do besteirol energético brasileiro Se não vejamos. Há três ou quatro anos que um dos mais renomados e respeitados físicos brasileiros, Roberto Salmeron, vem insistindo com autoridades do país para que o Brasil se as- socie ao esforço internacional em prol do desenvolvimento LÍNGUA PORTUGUESA Capítulo 16 Verbo122 detalhes das buscas e prisões que seriam realizadas nas próximas horas. Especialista em crimes financeiros, ele ha- via conseguido, com apenas dois agentes, em meio a uma greve na PF, puxar o fio do novelo que levaria à Lava Jato. (Vladimir Netto, Lava Jato, Editora Primeira Pessoa) As formas verbais em destaque “monitorava” e “havia conseguido” traduzem respectivamente ideia de: A ação contínua ou repetitiva no passado; ação no pas- sado anterior a uma outra ação também no passado ação única e acabada no passado; ação contínua ou repetitiva no passado. C ação contínua ou repetitiva no passado; ação única e acabada no passado. D ação frequentativa no presente; ação no passado anterior a uma outra ação também no passado. E ação hipotética no passado ligada a uma condição; ação contínua ou repetitiva no passado. 41 Leia o texto a seguir. A estrela é o índio Histórias de um Brasil com mais de 500 anos Na contramão do vento que move as comemora- ções dos 500 anos, uma programação alternativa está deixando de lado a caravela para se embrenhar no Bra- sil de antes de Cabral. E está dando ao índio lugar de destaque na festa As atividades incluem encontros com integrantes de tribos variadas, debates e uma exposição com trabalhos do fotógrafo Sebastião Salgado e textos do poeta Thiago de Mello. Desde o início da semana, no foyer do Centro Cultural Banco do Brasil, crianças de diferentes idades vêm aprendendo história e deixan- do preconceitos de lado com a ajuda de Thini á um índio de 29 anos, da tribo fulni-ô, de Pernambuco, que abandonou a aldeia ainda menino, após uma invasão de terra em que perdeu vários parentes. Do massacre nasceu o desejo de falar aos peque- nos homens brancos os “filhos da elite”, como dizia – e impedir conflitos futuros. Há três anos Thini-á per- corre escolas do Rio [...] Fala das tribos e da memória de seus ancestrais, apresenta danças e ritos, mostra arcos, flechas e seduz o público com a fala mansa e um ótimo humor Agora, como centro dos “500 Anos de Resistência das Populações Indígenas no Brasil”, organizado pela Cineduc: Cinema e Educação, ele fala para mais crianças e adultos. “As comemorações dos 500 anos, de certa forma, até expõem a cultura indí- gena, mas de maneira muito romântica. Essa atividade pretende desmistificar isso e deixar uma semente para que o contato com a cultura indígena continue e se torne corriqueiro”, diz Ricardo Paes, coordenador do projeto. [...] Fátima Sá Veja, 22 mar 2000. O presente do indicativo é um tempo verbal que pode ser empregado com valores diversos Dos trechos transcritos, aquele em que o emprego do presente do indicativo está corretamente explicado é: da fusão nuclear para produção de energia. O esforço seria concentrado em uma instituição multinacional de nominada ITER (International Thermonuclear Experimental Reactor). Essa tecnologia é o sonho de cientistas para a solução definitiva do excruciante problema de forne cimento de energia no futuro. É uma alternativa não poluente, ou seja, limpa, não contribuindo de maneira significativa seja para o efeito estufa, seja para dife- rentes formas de impactos negativos locais ao meio ambiente É um combustível abundante, inesgotável quase e democraticamente distribuído (são principal- mente isótopos do hidrogênio, portanto, encontrado onde houver água). De acordo com essa proposta, o Brasil associar- -se-ia a Portugal, o que seria garantido por acordos já existentes entre os dois países. O Brasil teria pleno e irrestrito acesso a resultados experimentais, nossos pes- quisadores podendo (ou melhor, devendo) participar dos experimentos e dos cálculos. A adesão custaria apro- ximadamente US$ 1 milhão. A proposta rolou, rolou... e nada aconteceu. Rogério Cezar de Cerqueira Leite. Folha de S.Paulo, 18 nov. 2008. O que indicam os tempos verbais destacados? A O clímax, o ponto que todos pensávamos ser ina tingível foi enfim alcançado – o verbo no pretérito imperfeito do indicativo expressa a obrigatorieda- de de todos pensarmos do mesmo modo. Essa tecnologia é o sonho de cientistas para a solução definitiva do excruciante problema de for- necimento de energia no futuro. É uma alternativa não poluente os verbos no presente do modo in dicativo indicam que os fatos talvez se concretizem. C o Brasil associar-se-ia a Portugal, o que seria garan- tido por acordos já existentes entre os dois países os verbos no futuro do pretérito do modo indicati vo indicam que os fatos que futuramente poderiam se concretizar não se concretizaram. D O Brasil teria pleno e irrestrito acesso a resultados experimentais, nossos pesquisadores podendo (ou melhor, devendo) participar dos experimentos e dos cálculos A adesão custaria aproximadamente US$ 1 milhão os verbos no futuro do pretérito do modo indicativo indicam que os fatos voltaram a se concretizar. E A proposta rolou, rolou. e nada aconteceu o pretérito perfeito do indicativo indica que ainda há chance de a proposta de associação entre Brasil e Portugal, que continuou em discussão, se efetive 40 ESPM 2017 Tensão na véspera Na noite daquele domingo, a Polícia Federal monito- rava Alberto Youssef pela cidade de São Paulo. O doleiro era o principal alvo da Operação Lava Jato, marcada para começar no dia seguinte. De Curitiba, na coordenação da operação, o delegado Márcio Anselmo cuidava dos últimos F R E N T E 1 123
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