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História - Livro 2-127-129

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C a legitimidade parlamentar ao absolutismo de direi-
to divino explica o sucesso político das monarquias
absolutistas europeias.
D o fortalecimento do absolutismo inglês se deu após
a Revolução Puritana.
e a doutrina da predestinação de Calvino foi funda-
mental para a teoria do direito divino dos reis.
63 PUC-PR 2017 O mapa mostra as Treze Colônias in-
glesas na América do Norte, normalmente divididas
entre Norte, de Massachusetts até a Pensilvânia, e sul,
a partir de Maryland até a Geórgia. Colonização de
iniciativa particular no século XVI, as Treze Colônias
inglesas mantinham grandes diferenças entre si, sen-
do as principais entre o Norte e o Sul.
As Trz Colônias
Fonte: Atlas histórico escolar. Rio de Janeiro: FAE, 199. p. 125.
Dentre elas, podemos citar
A as colônias do sul eram voltadas à exploração,
possuíam um sistema de produção baseado no
plantation, portanto, com trabalho escravo, mono-
cultura e exportação.
B o norte foi caracterizado por receber um grande
fluxo de imigrantes ingleses, estimulados pelos
cercamentos e pelas perseguições religiosas sofri-
das na Inglaterra, vieram para colônia e montaram
grandes fazendas de açúcar, tabaco e algodão, vol-
tadas à exportação para a Europa.
C o sul abrigou colônias de povoamento, onde a pe-
quena propriedade para subsistência e o trabalho
livre foram predominantes.
D a coroa inglesa se manteve presente nas Treze
Colônias, cobrando impostos e fundando a Compa-
nhia Geral do Comércio, órgão cuja competência
era fiscalizar e manter o monopólio inglês sobre os
produtos exportados pela colônia.
e as colônias ao norte foram conhecidas pela
exploração de matéria-prima que abastecia as ma-
nufaturas inglesas, contudo, a partir das revoltas de
escravos e o início do trabalho assalariado, o valor
das transações aumenta muito, tornando inviável
para a Inglaterra continuar ligada às colônias.
64 No século XVII, a rainha Elizabeth I estabeleceu várias
leis, entre elas a Lei dos Cercamentos (Enclosures)
que instituía:
A a venda de terras aos camponeses, constituindo a
pequena propriedade rural para a produção de lã.
B o fechamento das igrejas católicas, consolidando
a Reforma Anglicana e provocando a fuga dos pro-
testantes para a América do Norte.
C a ocupação e o cercamento das terras comunais,
levando parte dos camponeses ao êxodo, forman-
do grandes propriedades produtoras de lã.
D a divisão das terras ociosas entre aqueles pobres,
punindo com castigos corporais aqueles que não
trabalhassem na terra.
e os limites territoriais da colonização da América do
Norte, demarcando as terras pertencentes à colô-
nia da Virgínia.
65 Qual o efeito do final da Guerra das Duas Rosas para
a consolidação da Monarquia Inglesa?
66 Henrique VIII é visto como um soberano de fundamen-
tal importância para a consolidação do absolutismo
inglês. Cite e comente ao menos dois aspectos em
que sua política foi decisiva pra isso.
67 Estabeleça uma diferenciação clara entre o absolutis-
mo da França e a forma como ele se manifestou na
Inglaterra, demonstrando como o tipo de absolutismo
inglês contribuiu para a precocidade com que a bur-
guesia conseguiu chegar ao poder nesse país.
68 No século XVII, a Inglaterra conheceu revoluções que
levaram à execução de um rei e à deposição de outro.
Apesar das modificações significativas que ocorreram
na primeira fase, foi o período final que ficou conheci-
do como Revolução Gloriosa. Isso se explica porque:
A em 1688, a Inglaterra passou a controlar totalmente
o comércio mundial, tornando-se a potência mais
rica da Europa.
B auxiliada pela Holanda, a Inglaterra conseguiu
conter, em 1688, forças contrarrevolucionárias que
ameaçavam as conquistas de Cromwell.
C a tradição liberal inglesa desejou encorajar a nova
monarquia parlamentar consolidada em 1688.
D as forças radicais do movimento foram destruídas
em 1688 por Guilherme de Orange.
e só então se estabeleceu um pacto entre a bur-
guesia e a aristocracia, que anulou as aspirações
políticas da gentry.
69 Observadas as realidades históricas pertinentes ao
absolutismo na Europa moderna, é possível apresen-
tar-se a seguinte conclusão:
A as monarquias absolutistas foram mais expressivas nos
países em que predominou a influência protestante,
haja vista que o luteranismo exaltava os poderes do
Estado como necessários para a glória de Deus.
HISTÓRIA Capítulo 5 O Antigo Regime128
b na Inglaterra, a monarquia absoluta é suprimida, ain-
da no século XVII, através da revolução com que
Cromwell derrubou a Dinastia Stuart e consagrou
o papel do Parlamento como agente constitucional
britânico.
c nos países em que foi menos expressiva a presen-
ça da Igreja Católica, inexistiu, de fato, a monarquia
absoluta, como se vê em relação à Espanha e a
Portugal.
d as monarquias absolutas resultaram, em última
análise, das profundas transformações produzidas
pelo fim do feudalismo. Na Itália, por exemplo, o
desmoronamento da ordem feudal resultou na for-
mação do Estado italiano moderno.
e na França, o apogeu do absolutismo ocorreu em
um momento em que a economia experimentava
uma fase de desenvolvimento e consolidação, gra-
ças à política executada por Colbert no governo de
Luís XIV.
70 FGV 2016 Leia o documento a seguir.
Não estabeleceremos no nosso reino nenhum subsídio
ou escudagem (imposto) sem o consentimento comum do
nosso reino [...].
Nenhum homem livre será detido, preso ou privado
de seus bens [...] ou levado de qualquer maneira [...] salvo
em virtude de um julgamento legal por seus pares [...].
A ninguém venderemos, recusaremos [...] o direito ou a
justiça. Todos os mercadores poderão livre e seguramente
sair da Inglaterra, aí vir e morar e aí passar, por terra ou
por mar, para comprar e vender [...].
Instituímos e concedemos aos nossos barões a ga-
rantia seguinte: eles elegerão 25 barões de reino, que
lhes aprouverem, os quais deverão com todo o seu
poder, observar, manter e fazer observar a paz e as
liberdades que nós concedemos e confirmamos pela
presente carta. [...]
apud Gustavo de Freitas, 900 textos e documentos de História,
volume II. 1976.
O trecho refere-se
A à Declaração de Direitos, de 1689, na qual o rei Stuart
Jaime II perde todo o seu poder para o Conselho
Comum dos 25 Barões, e que impõe a liberdade
econômica e política no reino da Inglaterra.
b ao Conselho Comum dos 25 Barões, órgão do qual
nascerá a Câmara dos Lordes, isto é, o parlamento in-
glês, em 1215, para limitar os abusos do rei João Sem
Terra, garantindo a justiça e a liberdade econômica.
c à Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão,
de 1689, limitadora dos poderes do rei Tudor Henri-
que VIII que, de forma violenta e arbitrária, aumentava
os impostos, prejudicando o comércio da Inglaterra.
d ao acordo da Guerra das Duas Rosas, que es-
tabeleceu o fim dos conflitos internos, em 1485,
possibilitando ao rei Tudor Henrique VII a concen-
tração do poder em suas mãos, com o apoio do
Conselho Comum dos 25 Barões.
e às cláusulas da paz, estabelecidas após a Revolu-
ção Puritana, em 1649, com a morte do rei Stuart
Carlos I, que favorecem os ricos comerciantes in-
gleses, representados no Conselho Comum dos
25 Barões.
71 UEM 2019 Segundo René Rémond, na obra O Antigo
regime e a Revolução (1974), “o absolutismo consiste
num poder não partilhado, concentrado na pessoa do
rei”. Sobre o absolutismo monárquico, assinale o que
for correto.
01 Thomas Hobbes, autor de Leviatã, acreditava que
o poder do monarca era divino e que o soberano
era o representante de Deus na terra.
02 No século XVII, com a constituição do poder abso-
luto na França, houve três estamentos: o clero, a
nobreza e o terceiro estado. A camada social mais
privilegiada era o terceiro estado, que gozava de
privilégios fiscais e de justiça.
04 O fim do absolutismo na Inglaterra foi estabelecido
após a Revolução Gloriosa, quando Guillherme III,
de Orange, assumiu o trono britânico e assinou a
Declaração de Direitos(Bill of Rights) que limitava
os poderes do rei.
08 Dentre os teóricos do poder absoluto estão Jac-
ques Bousset, Jean Bodin e Nicolau Maquiavel.
16 Luís XIV, autor da célebre frase “L´État c´est moi” (O
Estado sou eu), estimulou a ascensão da burguesia,
controlou a nobreza e aboliu o Édito de Nantes.
Soma:
72 O Ato de Navegação de 1651 criou uma situação nova
no comércio internacional, determinando, em conse-
quência:
A um bloqueio das nações do Mediterrâneo, que se
julgavam prejudicadas pela Inglaterra.
b um conflito armado entre as colônias exportadoras,
que se sentiram altamente prejudicadas.
c uma revolta da aristocracia rural inglesa, que se jul-
gava preterida em seus interesses.
d um entrechoque armado com a Holanda, que deti-
nha a hegemonia do comércio marítimo.
e uma situação de beligerância com os Estados Uni-
dos, que começavam a expandir seu comércio.
73 A “Declaração de Direitos”, assinada pelos soberanos
ingleses Guilherme II e Maria, foi resultado concreto da
Revolução Inglesa e comprometia-os com cláusulas
que os obrigavam a cumprir leis votadas pelo Parla-
mento, sem ter direito a veto; impedimento de lançar
impostos sem a aprovação dos representantes popu-
lares; proibição de manter um exército permanente,
em tempo de paz, sem a anuência do Parlamento.
Em relação à Revolução Inglesa, podemos armar que:
A concretizou a preponderância católica irlandesa
sobre o protestantismo britânico.
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B enfraqueceu o poder político do Parlamento inglês,
aumentando o do soberano Guilherme II.
C introduziu uma crescente influência política france-
sa sobre o Parlamento inglês.
D proporcionou a ocupação dos principais cargos
políticos pelos católicos.
e representou a vitória definitiva do sistema parla-
mentar britânico sobre o absolutismo monárquico.
74 A Revolução Gloriosa (1688-1689) permitiu a ascen-
são da burguesia na Inglaterra. John Locke, ideólogo
do movimento, escreveu o Tratado do governo civil,
defendendo ideias que caracterizarão mais tarde o
liberalismo político.
A respeito dessas ideias e dessa conjuntura, é correto
armar que:
01 foi contestado o direito divino dos soberanos, pró-
prio do absolutismo real.
02 defendia-se que o poder monárquico seria exercido
segundo um contrato de governantes e governados.
04 defendia-se que os homens possuíam “direitos
naturais” (vida, liberdade, propriedade).
08 tais ideias fizeram parte das bases do Iluminismo.
16 seus pressupostos permitiram estabelecer o abso-
lutismo real de direito divino.
32 ao término da Revolução Gloriosa, foi elaborada
a Declaração de Direitos (1689), pela qual o rei se
subordinava ao Parlamento.
Soma:
75 UEG 2015 Leia o texto a seguir.
Após a decapitação do rei, o Parlamento sofreu nova
depuração. Um Conselho de Estado, com 41 membros,
passou a exercer o Poder Executivo. Mas o controle do
Estado estava de fato nas mãos de Cromwell […] Ofere-
ceram-lhe a coroa, mas ele a recusou: na prática já era
um soberano e podia até fazer seu sucessor.
PILETTI, Nelson; ARRUDA, José Jobson de A. Toda a História. São Paulo:
Ática, 2000, p. 228.
Após a morte de seu líder, em 1658, o destino da cha-
mada “República de Cromwell” foi marcado pela
A deposição, já no ano seguinte, de seu filho e suces-
sor, Richard Cromwell, permitindo o início da fase
de Restauração.
B reformulação e fortalecimento do Parlamento in-
glês, num golpe militar conhecido como Revolução
Gloriosa.
C proibição das práticas puritanas, fazendo com que
muitos membros do movimento migrassem para a
América.
D invasão de Guilherme de Orange, que implantou
a Lei do Teste, obrigando a todos os funcionários
públicos a se declararem católicos.
76 Que importância se pode atribuir à Magna Carta na
formação do pensamento político inglês?
77 Em que aspectos se pode entender as ideias de John
Locke como precursoras do pensamento político que
marcaria a Europa no século XVIII?
Algumas das 95 teses de Lutero
Por amor da verdade e desejo de pô-la em evidência, as teses que se-
guem serão discutidas em Wittenberg, sob a presidência do reverendo
Padre Martinho Lutero, mestre em artes e em teologia e leitor ordinário
de teologia neste mesmo lugar. Por isso pede àqueles que não pos-
sam estar presentes para discuti-las conosco, que o façam, posto que
ausentes, por escrito. Em nome de nosso Senhor Jesus Cristo. Amém.
1. Dizendo “Fazei penitência...”, nosso Senhor e Mestre Jesus Cristo quis
que toda a vida dos fiéis seja uma penitência.
2. O papa não quer, nem pode, perdoar alguma pena, exceto aquelas
que ele tenha imposto por sua própria vontade [...]
[...]
20. O papa, quando fala de remissão plena de todas as penas, não as
compreende todas, mas somente aquelas que ele mesmo impôs.
[...]
21. Erram, pois, os pregadores das indulgências que dizem que, pelas
indulgências do papa, o homem fica livre de toda a pena e fica salvo.
[...]
27. Pregam doutrina puramente humana os que dizem que “logo que o
dinheiro cai na caixa a alma se liberta (do Purgatório)”.
28. É certo que, desde que a moeda cai na caixa, o ganho e a cupidez
podem ser aumentados; mas a intercessão da Igreja só depende da
vontade de Deus.
[...]
32. Serão condenados para toda a eternidade, com os seus mestres,
aqueles que creem estar seguros da sua salvação por cartas de indul-
gências.
[...]
35. Pregam o contrário da verdade cristã os que ensinam que a contrição
não é necessária às pessoas que querem remir ou adquirir bilhetes de
confissão.
36. Qualquer cristão, verdadeiramente arrependido, tem plena remissão
da pena e da falta: ela é-lhe devida mesmo sem cartas de indulgências.
[...]
43. É preciso ensinar aos cristãos que aquele que dá aos pobres, ou
empresta a quem está necessitado, faz melhor que se comprasse in-
dulgências.
Martinho Lutero. “Debate para o esclarecimento do valor das indulgências”. In: Martinho Lutero:
obras selecionadas. Tradução de Annemarie Hohn et al. São Leopoldo: Sinodal, 2004.
eTextos complementares

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