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_Coleção O que é e o que faz - Volume 4 - Análise da Conversação

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O que é e o que faz a 
Análise da Conversação
Coleção O que é e o que se faz?
Volume 4
Reitor
José Daniel Diniz Melo
Vice-Reitor
Henio Ferreira de Miranda
Diretoria Administrativa da EDUFRN
Maria das Graças Soares Rodrigues (Diretora)
Helton Rubiano de Macedo (Diretor Adjunto)
Bruno Francisco Xavier (Secretário)
Conselho Editorial
Maria das Graças Soares Rodrigues (Presidente)
Judithe da Costa Leite Albuquerque (Secretária)
Adriana Rosa Carvalho
Alexandro Teixeira Gomes
Elaine Cristina Gavioli
Euzébia Maria de Pontes Targino Muniz
Everton Rodrigues Barbosa
Fabrício Germano Alves
Francisco Wildson Confessor
Gleydson Pinheiro Albano
Gustavo Zampier dos Santos Lima
John Fontenele Araújo
Josenildo Soares Bezerra
Ligia Rejane Siqueira Garcia
Lucélio Dantas de Aquino
Marcelo de Sousa da Silva
Márcia Maria de Cruz Castro
Márcio Dias Pereira
Martin Pablo Cammarota
Nereida Soares Martins
Roberval Edson Pinheiro de Lima
Samuel Anderson de Oliveira Lima
Tatyana Mabel Nobre Barbosa
Secretária de Educação a Distância
Maria Carmem Freire Diógenes Rêgo
Secretária Adjunta de Educação a Distância
Ione Rodrigues Diniz Morais
Coordenadora de Produção de Materiais Didáticos
Maria Carmem Freire Diógenes Rêgo
Coordenação Editorial
Mauricio Oliveira Jr.
Gestão do Fluxo de Revisão
Edineide Marques
Gestão do Fluxo de Editoração
Mauricio Oliveira Jr.
Conselho Técnico-Científico – SEDIS
Maria Carmem Freire Diógenes Rêgo – SEDIS (Presidente)
Aline de Pinho Dias – SEDIS
André Morais Gurgel – CCSA
Antônio de Pádua dos Santos – CS
Célia Maria de Araújo – SEDIS
Eugênia Maria Dantas – CCHLA
Ione Rodrigues Diniz Morais – SEDIS
Isabel Dillmann Nunes – IMD
Ivan Max Freire de Lacerda – EAJ
Jefferson Fernandes Alves – SEDIS
José Querginaldo Bezerra – CCET
Lilian Giotto Zaros – CB
Marcos Aurélio Felipe – SEDIS
Maria Cristina Leandro de Paiva – CE
Maria da Penha Casado Alves – SEDIS
Nedja Suely Fernandes – CCET
Ricardo Alexsandro de Medeiros Valentim – SEDIS
Sulemi Fabiano Campos – CCHLA
Wicliffe de Andrade Costa – CCHLA
Revisão Linguístico-textual
Fabíola Gonçalves
Revisão de ABNT
Edineide Marques
Revisão Tipográfica
Maria das Graças Soares Rodrigues
Diagramação
Maria Clara Galvão
Diagramação
Victor Hugo Rocha Silva
O que é e o que faz a 
Análise da Conversação
Coleção O que é e o que se faz?
Volume 4
Gil Roberto Costa Negreiros
Ana Rosa Ferreira Dias
Organizadores
Natal, 2023
Todos os direitos desta edição reservados à EDUFRN – Editora da UFRN
Av. Senador Salgado Filho, 3000 | Campus Universitário
Lagoa Nova | 59.078-970 | Natal/RN | Brasil
e-mail: contato@editora.ufrn.br | www.editora.ufrn.br
Telefone: 84 3342 2221
Negreiros, Gil Roberto Costa.
 O que é e o que faz a Análise da Conversação [recurso eletrônico] / organizado 
por Gil Roberto Costa Negreiros e Ana Rosa Ferreira Dias. – 1. ed. – Natal: 
EDUFRN, 2023. (O que é e o que faz..., v. 4).
 1900 KB; 1 PDF.
 ISBN 978-65-5569-371-3
 1. Análise da Conversão. 2. Texto. 3. Sujeito. 4. Enunciação. 5. Interação. I. 
Dias, Ana Rosa Ferreira. II. Título.
CDU 81
N385q
Catalogação da publicação na fonte
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Secretaria de Educação a Distância
Elaborada por Edineide da Silva Marques CRB-15/488.
Publicação digital financiada com recursos do Fundo de Pós-graduação (PPg-UFRN). A 
seleção da obra foi realizada pela Comissão de Pós-graduação, com decisão homologada 
pelo Conselho Editorial da EDUFRN, conforme Edital nº 01/2023-PPG/EDUFRN/
SEDIS, para a linha editorial Técnico-científica.
Fundada em 1962, a Editora da UFRN continua 
até hoje dedicada à sua principal missão: produzir 
impacto social, cultural e científico por meio de livros. 
Assim, busca contribuir, permanentemente, para uma 
sociedade mais digna, igualitária e inclusiva.
Dedicamos este volume ao Prof. Dr. Dino 
Preti, exemplo de pesquisador e docente.
Os organizadores
Prefácio
O Grupo de Trabalho Linguística de Texto e Análise da 
Conversação (GT LTAC), da Associação Nacional de Pós-
Graduação e Pesquisa em Letras e Linguística (Anpoll), foi 
criado em 1985 e conta com um grande número de pesqui-
sadores, pertencentes aos mais diversos Programas de Pós-
Graduação e atuantes em grupos de pesquisa consolidados, os 
quais, sob perspectivas teórico-metodológicas variadas, elegem 
como objeto empírico o texto, em diferentes modalidades 
e em diferentes contextos de interação. O grupo, marcado 
pela pelo caráter interdisciplinar desde a sua criação, tem 
como grandes temas i) processos discursivo-interacionais de 
negociação de sentido(s) e ii) estratégias de textualização em 
contextos de interação diversos.
Em 2021, por iniciativa dos coordenadores Ana Lúcia 
Tinoco Cabral e Rivaldo Capistrano Júnior, procedeu-se 
ao mapeamento dos temas, das interfaces e das áreas de 
pesquisa de interesse dos membros do GT. O resultado, além 
de reiterar o interesse pelos grandes temas, apontou cinco 
áreas de atuação, a saber: Linguística Textual, Análise Textual 
dos Discursos, Análise da Conversação, Semiolinguística e 
Pragmática.
Com base nesse mapeamento e com o apoio dos mem-
bros do GT LTAC, da Pró-Reitoria de Pós-Graduação da 
Universidade Federal do Rio Grande do Norte (PPG/UFRN) 
e da Editora da Universidade Federal do Rio Grande do 
Norte (EDUFRN), deu-se o início do projeto de publicação 
eletrônica da coleção O que é e o que faz..., uma coletânea de 
entrevistas, coordenada pelos professores Ana Lúcia Tinoco 
Cabral, Rivaldo Capistrano Júnior e Maria das Graças Soares 
Rodrigues e organizada em cinco volumes, a saber: 
• Volume 1: O que é e o que faz a Linguística Textual, 
organizado por Rivaldo Capistrano Júnior (UFES) e 
Vanda Maria da Silva Elias (UNIFESP); 
• Volume 2: O que é e o que faz a Análise Textual dos 
Discursos, organizado por Maria das Graças Soares 
Rodrigues (UFRN) e Sueli Cristina Marquesi (PUC-SP);
• Volume 3: O que é e o que faz a Pragmática, organizado 
por Rodrigo Albuquerque (UnB), Ana Lúcia Tinoco 
Cabral (PUC-SP) e Maria da Penha Pereira Lins (UFES); 
• Volume 4: O que é e o que faz a Análise da Conversação, 
organizado por Gil Negreiros (UFSM) e Ana Rosa 
Ferreira Dias (PUC-SP; USP);
• Volume 5: O que é e o que faz a Semiolinguística, orga-
nizado por Lúcia Helena Martins Gouvêa (UFRJ), Maria 
Aparecida Lino Pauliukonis (UFRJ) e Rosane Santos 
Monnerat (UFF).
Os diferentes volumes têm, além de perguntas específicas, 
perguntas em comum, que objetivam manter o fio condutor 
da proposta da coleção.
Em resposta às perguntas de entrevista, cada entrevistado 
tem a oportunidade de discorrer sobre o quadro e os avanços 
teórico-metodológicos de sua área, de apontar (novas) questões 
de investigação e de indicar aplicações de suas pesquisas para 
o ensino, em seus diferentes níveis e modalidades.
Desse modo, a coletânea tem como objetivos i) fomentar 
atividades vinculadas à implementação, divulgação da pro-
dução científica e à formação e/ou consolidação de redes de 
pesquisa de membros do GT LTAC e de outros GTs da Anpoll; 
ii) apresentar e promover temas fundamentais dos estudos 
sobre o texto; aumentar a visibilidade da produção do GT 
LTAC junto à comunidade científica nacional e internacional; 
iii) fomentar a discussão sobre diferentes perspectivas de aná-
lise e de investigação do texto; iv) promover a interface entre 
essas diferentes perspectivas; v) contribuir para a formação 
inicial e continuada de professores e de pesquisadores.
Desejamos aos leitores que a pluralidade de perspectivas 
teórico-metodológicas presentes nos cinco volumes da coleção 
promova o intercâmbio entre pesquisadores e fomente novas 
pesquisas em Linguística de Texto e Análise da Conversação. 
Ana Lúcia Tinoco Cabral
Rivaldo Capistrano Júnior
Maria das Graças Soares Rodrigues
Coordenadores da coleção O que é e o que faz…
Apresentação
O que é e o que faz a Análise da Conversação é uma das cinco 
obras que compõem a coleção O que é e o que faz...., uma 
publicação proposta pelo Grupo de TrabalhoLinguística de 
Texto e Análise da Conversação (GT LTAC), da Associação 
Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Letras e Linguística 
(ANPOLL) e reúne entrevistas com pesquisadores nacionais e 
estrangeiros dedicados aos estudos do texto em suas diversas 
modalidades e usos.
A presente obra, afinada com os objetivos da coleção, con-
templa dez expoentes pesquisadores que se dedicam à Análise 
da Conversação, possibilitando que compartilhem interesses 
e percursos das investigações.  Por meio de entrevista escrita, 
composta por dez perguntas comuns a todos eles, abordam: 
aspectos teórico-metodológicos adotados em seus respectivos 
estudos; as influências e contribuições de pesquisadores para 
o avanço das investigações na área;  a aplicabilidade dos 
estudos em atividades didático-pedagógicas; o potencial que 
a área possui para a realização de novas investigações, dentre 
outros aspectos.
As perguntas que pautam as entrevistas são:
01) Como você chegou à Análise da Conversação? Quais 
autores lhe serviram de inspiração?
02) Quais de suas produções em revistas e/ou em livros 
impressos ou eletrônicos você destacaria?
03) Considerando a Análise da Conversação como Ciência, 
quais são seus procedimentos
metodológicos e suas principais categorias analíticas?
04) Quais são as preocupações específicas da Análise da 
Conversação que a diferenciam de outras teorias do texto?
05) Pesquisar implica não só ter o conhecimento de con-
ceitos e de procedimentos analíticos, mas também saber as 
possibilidades de seu campo de investigação. Poderia ressaltar 
delimitações bem como interfaces da Análise da Conversação?
06) Dos resultados de seus trabalhos, seria possível indicar 
contribuições para o ensino?
07) A quais avanços da Análise da Conversação na con-
temporaneidade daria destaque e como vê os desafios de seu 
futuro?
08) Que leituras você indicaria para quem está iniciando 
seus estudos na Análise da Conversação?
09) O que chamamos hoje de Análise da Conversação 
possui várias subáreas, cada uma com especificidades mar-
cantes. Em qual (ou quais) dessas subáreas você se situa e 
quais são as suas características?
10) Caso haja outros aspectos relevantes que não con-
templamos nas questões anteriores, poderia apresentar-nos?
As entrevistas que compõem esta obra estão organizadas 
na ordem alfabética do nome dos  entrevistados, que são 
pesquisadores nacionais e internacionais renomados da área. 
Para que o leitor possa ter uma prévia dimensão desta publi-
cação, inicialmente apresentamos o link que permite acessar 
informações curriculares dos pesquisadores entrevistados  e, a 
seguir, breves considerações sobre as   respectivas entrevistas.  
A compreensão sobre o que é e o que faz a Análise da 
Conversação necessariamente encontra suporte nas investi-
gações desenvolvidas pelos estudiosos aqui citados. 
Ao entregarmos esta obra à leitura e à apreciação de pes-
quisadores, professores e estudantes interessados nos estudos 
linguísticos da Análise da Conversação, manifestamos os 
nossos mais profundos agradecimentos e a nossa absoluta 
admiração a todos os que dela participaram.
Gil Negreiros
Ana Rosa Ferreira Dias
Organizadores
- Grupo I
- Beatriz Gallardo-Paúls (Universitat de València - https://
pauls.blogs.uv.es/) apresenta, em sua entrevista, os detalhes 
de sua formação e de como ela chegou aos estudos do texto 
oral, em um percurso intelectual que remonta aos estudos 
pragmáticos e ao funcionalismo de Halliday, além da análise 
conversacional etnometodológica oriunda da Universidade 
da Califórnia. Além da apresentação de seu histórico for-
mativo, a pesquisadora brinda o leitor com dicas de como 
os estudos conversacionais podem contribuir para a ciência 
aplicada básica, em tratamentos de pacientes com afasia e com 
outros protocolos de avaliação da linguagem e de intervenção 
fonoaudiológica.
-Catherine Kerbrat-Orecchioni (Université Lyon 2 - http://
www.icar.cnrs.fr/membre/ckerbrat/), pesquisadora e teórica 
fundamental nos estudos da análise da conversação, nos pre-
senteia com uma excelente entrevista, em que, primeiramente, 
nos mostra sua formação epistemológica para, em seguida, 
apresentar, em detalhes, como os linguistas podem colocar 
os estudos que envolvem o texto interacional naquilo que ela 
considera análise do discurso, levando-nos à sua “análise do 
discurso em interação”. Em sua entrevista, Kerbrat-Orecchioni 
também nos mostra alguns detalhes de seu espírito de pes-
quisadora, ao dizer que se diverte em aperfeiçoar ferramentas 
https://pauls.blogs.uv.es/
https://pauls.blogs.uv.es/
http://www.icar.cnrs.fr/membre/ckerbrat/
http://www.icar.cnrs.fr/membre/ckerbrat/
que permitam atualizar os mecanismos em ação nas trocas 
verbais, além de se fascinar com a infinita diversidade de 
formas dos textos produzidos em interações orais.
 - Grupo II
-Ataliba Teixeira de Castilho (Universidade de São Paulo 
- http://lattes.cnpq.br/8995142541264871) , em sua entre-
vista, remonta aos anos 70 para destacar a novidade que 
foi o surgimento das investigações sobre a língua falada e 
registra  o protagonismo  do Projeto de Estudo da Norma 
Linguística Urbana Culta (Projeto NURC). Cita a importância 
da contribuição inicial do Prof. Marcelo Dascal, na análise 
da oralidade, e as relevantes investigações  de Dino Preti 
(USP) e Luiz Antonio Marcuschi (UFPe). Nesta entrevista, 
com generosidade intelectual, não só disponibiliza  extensa 
lista de  publicações resultantes de  pesquisas  individuais e 
de projetos coletivos por ele propostos e coordenados, como 
o Projeto da Gramática do Português Falado, mas também 
compartilha com o  leitor , de maneira didática, um rol de  
estudos  de pesquisadores  da área, criteriosamente  sele-
cionados e citados, relevantes  a quem deseja dar início a 
investigações na Análise da Conversação
-José Gaston Hilgert (Universidade Presbiteriana 
Mackenzie - http://lattes.cnpq.br/4255785040813204) , 
http://lattes.cnpq.br/8995142541264871
http://lattes.cnpq.br/4255785040813204
pesquisador do Projeto NURC-SP, relata que os trabalhos do 
pesquisador Luiz Antônio  Marcuschi , por ele considerado o 
pioneiro da Linguística Interacional no Brasil,  foram os que 
mais o influenciaram  a desenvolver estudos sobre análise 
linguística da conversa .  Conforme destaca, os estudos tra-
zidos da Alemanha por Marcuschi foram decisivos, a partir 
da década de 1980, “na reconfiguração do objeto de estudos 
e da metodologia de pesquisa do Projeto NURC/BR, então 
em curso no país”.  Ao responder às questões desta entrevista, 
explicita e discute, com precisão e rigor científico, aspectos 
teóricos e procedimentos analíticos, disponibilizando ao leitor 
um farto e sólido conjunto de informações sobre  a Análise da 
Conversação como campo de pesquisa linguística no Brasil.
-Letícia Storto (Universidade Estadual do Norte do 
Paraná - http://lattes.cnpq.br/0743245285126825), desde 
2017 pesquisadora no Projeto NURC-SP, narra que os tra-
balhos publicados pelo projeto tiveram grande influência 
em sua formação acadêmica   desde o tempo da graduação, 
no anos 2000, quando sob a orientação do Professor Paulo 
de Tarso Galembeck  deu início a pesquisas em Análise da 
Conversação. Suas pesquisas mais recentes, com apoio e 
fundamento  também em Marcuschi, estão voltadas para a 
relação entre oralidade e ensino, examinada em livros didá-
ticos e documentos de educação como os PCN e a BNCC. 
http://lattes.cnpq.br/0743245285126825
Preocupada com a formação docente, em 2021, foi uma das 
fundadoras do Laboratório Brasileiro de Oralidade, Formação 
e Ensino – Labor .  A entrevista de Letícia Storto  oferece aos  
estudiosos  informações de práticas pedagógicas fundamen-
tadas nos princípios e métodos da Análise da Conversação. 
Em sua exposição, emerge a didática do “como se faz” Análise 
da Conversação.
-Luiz Antonio Silva (Universidade de São Paulo - http://
lattes.cnpq.br/7015461594398552) é pesquisador do Projeto 
NURC-SP e seu relato reportaà experiência de , nos idos de 
1986, fazer parte de seminários que discutiam    importantes 
estudos alemães sobre Análise da Conversação, à época reper-
cutidos no Brasil por Marcuschi. Suas pesquisas de mestrado 
e doutorado, orientadas pelo Prof. Dino Preti, além de seu 
estágio pós-doutoral, realizado na Espanha sob a supervisão 
da Profa. Dra. Ana Maria Cestero Mancera, foram desenvol-
vidos com o referencial teórico-metodológico da Análise da 
Conversação. Na entrevista, relaciona a significativa produção 
bibliográfica que resultou das várias investigações que realizou 
e, de modo incisivo, identifica vertentes e interfaces do campo 
de pesquisa. Para o leitor interessado em subsídios dos estudos 
da conversação para o ensino, além das contribuições que 
reporta , sinaliza dar continuidade a investigações sobre a 
relação oralidade e ensino da língua portuguesa,  atentando, 
http://lattes.cnpq.br/7015461594398552
http://lattes.cnpq.br/7015461594398552
inclusive, para o fato ser esse um recorte da proposta atual 
das pesquisas do Projeto NURC-SP. 
-Maria Lúcia da Cunha Victório de Oliveira Andrade 
(Universidade de São Pau lo - ht tp:// lat tes .cnpq.
br/6814316768356981), é pesquisadora do Projeto NURC-SP 
desde 1995 e, ao retomar a diacronia de sua formação aca-
dêmica, registra as contribuições de vários pesquisadores 
ligados aos estudos da língua falada e da análise da conver-
sação, dentre eles,   Luiz Antônio Marcuschi , Ataliba T. de 
Castilho, Dino Preti,  Hudinilson Urbano e   Leonor Lopes 
Fávero,  orientadora de suas pesquisas. Em sua entrevista, o 
leitor terá acesso a uma bibliografia seminal sobre Análise da 
Conversação e a publicações significativas da pesquisadora, 
voltadas à oralidade e ensino, à mídia , a gêneros orais da 
conversação, à organização do texto falado, dentre outras. 
Destaque-se, ainda, informações objetivas   sobre a necessi-
dade, relevância e possibilidades de pesquisas que analisem 
as interações nas redes sociais, uma contribuição possível 
dos estudos da conversação em interface com  a Pragmática 
Linguística, a Sociolinguística Interacional, a Retórica,  a 
Análise do Discurso Crítica, a Linguística Cognitiva, entre 
outras. 
-Marise Galvão (Universidade Federal do Rio Grande 
do Norte - http://lattes.cnpq.br/1829337364208280) relata 
http://lattes.cnpq.br/6814316768356981
http://lattes.cnpq.br/6814316768356981
http://lattes.cnpq.br/1829337364208280
que seus estudos sobre a Análise da Conversação deu-se, 
inicialmente, por meio da leitura de duas obras básicas: A 
Simplest systematics for the organization of turn taking for 
conversation (SACKS; SCHEGLOFF; JEFERSON;1974) e 
Análise da Conversação (MARCUSCHI, 1986). Seguindo 
perspectivas analíticas da Análise da Conversação, a pesqui-
sadora tem investigado, em diferentes corpora, as interações   
que ocorrem face a face  em audiências de conciliações, salas 
de aula, pronunciamentos e,  as mediadas por cartas pesso-
ais e em comentários postados no Instagram. Atualmente, 
desenvolve trabalhos em “Análise da Conversação Textual 
Discursiva, de natureza interdisciplinar, que se orienta pelos 
princípios da Análise da Conversação norte-americana, da 
Linguística de Texto, da Sociolinguística Interacional, da 
Análise do Discurso e da Semiótica”. Para os pesquisadores 
que iniciam estudos na Análise da Conversação, sugere leituras 
que reputa indispensáveis para a compreensão dos   rumos, 
desdobramentos e interfaces   dessa perspectiva analítica.
-Marli Quadros Leite (Universidade de São Paulo - http://
lattes.cnpq.br/7194095531587318), atual coordenadora do 
“Projeto de Estudo da Norma Linguística Urbana Culta da 
Cidade de São Paulo (Projeto NURC – SP)” , relata que o 
seu primeiro contato com a Análise da Conversação ocor-
reu em 1989, quando pesquisou “a história, as atividades, a 
http://lattes.cnpq.br/7194095531587318
http://lattes.cnpq.br/7194095531587318
produção científica e toda a organização do Projeto”,  à época 
coordenado pelo Prof. Dino Preti. Na entrevista, a professora 
relaciona e detalha a significativa produção bibliográfica 
resultante dos estudos vinculados ao Projeto NURC-SP   e, 
com propriedade, ocupa o lugar de fala de quem conhece e 
participa da história dos estudos da Análise da Conversação 
no Brasil.  Por fim, as informações oferecidas sobre as pos-
sibilidades de contribuições do Projeto, que hoje vive a sua 
terceira fase, reportam à sua inserção na modernidade dos 
estudos que visam a contribuir para o desenvolvimento de 
novas tecnologias  “que possibilitem a interação com máquinas 
que usam linguagem humana, falada e escrita em português, 
para finalidades diversas.”
-Zilda Gaspar Oliveira de Aquino (Universidade de São 
Paulo - http://lattes.cnpq.br/7625238138687080) relata que 
foi apresentada aos estudos da Análise da Conversação no 
final da década de 80, por meio das investigações de Luiz 
Antônio  Marcuschi, introdutor dessas pesquisas no Brasil. 
Com interesses voltados às perspectivas analíticas da Análise 
da Conversação, realizou pesquisas de mestrado e doutorado, 
sob a orientação da Profa. Leonor Lopes Fávero e partici-
pou de grupos de pesquisa como o Projeto da Gramática do 
Português Falado, organizado pelo Prof. Dr Ataliba Teixeira 
de Castilho, e o Projeto NURCSP, sob a coordenação do Prof. 
http://lattes.cnpq.br/7625238138687080
Dr Dino Preti. Tendo desenvolvido relevantes pesquisas de 
interface com a Análise da Conversação, compartilha com o 
leitor uma bibliografia representativa de seus estudos sobre 
as interações em diferentes contextos discursivos e   sobre 
o tratamento da oralidade no ensino da língua portuguesa. 
22
Sumário
Ataliba T. de Castilho ........................................................................23
Beatriz Gallardo-Paúls .......................................................................59
Catherine Kerbrat-Orecchioni .........................................................85
José Gaston Hilgert ...........................................................................135
Letícia Jovelina Storto ......................................................................164
Luiz Antonio da Silva .......................................................................184
Maria Lúcia da Cunha Victório de Oliveira Andrade ............. 201
Marise Adriana Mamede Galvão ..................................................220
Marli Quadros Leite .........................................................................235
Zilda Gaspar Oliveira de Aquino ..................................................261
23
ATALIBA T. DE CASTILHO
Universidade de São Paulo - USP
1) Como você chegou à Análise da Conversação? Quais 
autores lhe serviram de inspiração?
Tudo começou com o Projeto de Estudo da Norma 
Linguística Urbana Culta (Projeto NURC). Feitas as gravações 
de acordo com a metodologia desse projeto, iniciamos as 
análises, com base no Guia Questionário que integrava esse 
projeto. Previa-se ali uma análise apenas gramatical. 
Mas esse questionário não partia de hipóteses sobre a 
língua falada – nem poderia tê-lo feito, pois tudo isso era uma 
novidade na época, ou seja, nos anos 1970. Então, o Dino Preti 
(USP), o Luiz Antonio Marcuschi (UFPE) e eu (Unicamp) 
pedimos ajuda ao Prof. Marcelo Dascal, desta universidade, 
especialista em Pragmática, o qual analisou uma entrevista 
conosco, destacando aspectos da oralidade. Ou seja, ele fez 
ATALIBA T. DE CASTILHO
24
uma análise da conversação, uma novidade para nós. Foi um 
achado! Depois disso, o Marcuschi publicou seu livro Análise 
da Conversação, o Dino deu início a uma série de ensaios 
sobre a oralidade, escritos por colegas da USP, e eu propus 
o desenvolvimento do Projeto de Gramática do Português 
Falado. Desse projeto coletivo, surgiram vários volumes de 
ensaios, consolidando-se tudo na série:
 Vol. 1 – Clélia S. Jubran (Org.) – A construção do texto 
falado. São Paulo: Editora Contexto, 2015.
 Vol. 2 – Mary Katoe Milton do Nascimento (Orgs.) – A 
construção da sentença. São Paulo: Editora Contexto, 
2015.
 Vol. 3 – Rodolfo Ilari (Org.) – Palavras de classe aberta, 
São Paulo: Editora Contexto, 2014.
 Vol. 4 – Rodolfo Ilari (Org.) – Palavras de classe fechada, 
São Paulo: Editora Contexto, 2015.
 Vol. 5 – Maria Helena de Moura Neves (Org.) – A 
construção das orações complexas.  São Paulo: Editora 
Contexto, 2016.
 Vol. 6 – Ângela Rodrigues e Ieda Maria Alves (Orgs.) – A 
construção morfológica da palavra, São Paulo: Editora 
Contexto, 2015.
ATALIBA T. DE CASTILHO
25
 Vol. 7 – Maria Bernadete M. Abaurre (Org.) -  A 
construção fonológica da palavra, São Paulo: Editora 
Contexto, 2013. 
Com esse projeto, o português brasileiro foi a primeira 
língua da România Nova a ter sua variedade falada 
culta amplamente descrita.
2) Quais de suas produções em revistas e/ou em livros 
impressos ou eletrônicos você destacaria?
Depende da área. Anexo meu curriculum vitae, para que 
tenham uma ideia.
Livros autorais
 •1965a. A Nova Nomenclatura Gramatical Brasileira e 
suas Relações com a Terminologia Latina, em parce-
ria com Enzo Del Carratore. Marília: FFCL [Coleção 
Estudos n. 1].
 •1967a. A Sintaxe do Verbo e os Tempos do Passado 
em Português. Marília: FFCL [Coleção Estudos n. 12]. 
Resenhas: Ricardo Carballo Calero, Sobre Lingua e 
Literatura Galega. Vigo: Galáxia, 1971, pp. 266-268. 
Manfred Sandmann, 1972, Romance Philology 26: 
506-507.
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26
 •1968a. Introdução ao Estudo do Aspecto Verbal na 
Língua Portuguesa. Marília: FFCL [Coleção Teses n.6]. 
Resenhas: Luiz Carlos Travaglia, 1981, O Aspecto Verbal 
no Português. Uberlândia: Un. Fed. de Uberlândia, pp. 
24-26. Wolf Dietrich, 1983, El Aspecto Verbal en las 
Lenguas Románicas. Madrid: Gredos, pp. 140-143.
 • 1998a. A Língua Falada no Ensino de Português. 
São Paulo: Contexto; 7a. ed., 2006. Resenha: Cassiano 
Ricardo Haag e Gabriel de Ávila Othero – O lugar da 
língua falada no ensino da língua materna. Revista 
Virtual de Estudos da Linguagem ano 2, número 2 
[www.revelhp.cbj.net].
 • 2010. Nova Gramática do Português Brasileiro. São 
Paulo: Editora Contexto, 768 páginas (ISBN 978-85-
7244-462-0). Resenhas: Maria Lúcia C.V.O. Andrade, 
Estudos de Linguística Galega 3: 273-295, 2011. Eliete 
Figueira Batista da Silveira, Revista de Estudos 
Linguísticos e Literários. Diadorim (UFRJ) 8: 421-424, 
2011.
 • 2012. Pequena gramática do português brasileiro, em 
coautoria com Vanda Maria Elias. São Paulo: Editora 
Contexto, 471 págs. (ISBN 978-85-7244-714-0).
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27
Livros organizados
 • 1962a. (Org.). Anais da Faculdade de Filosofia, Ciências 
e Letras de Marília, vol. I (1959-1961). Marília: FFCL. 
 • 1970a. (Org.). Projeto de Estudo da Norma Linguística 
Culta de algumas das principais capitais brasileiras. 
Marília: Conselho Municipal de Cultura.
 • 1978a. (Org.). Subsídios à Proposta Curricular de 
Língua Portuguesa para o 2o. Grau. São Paulo/Campinas: 
Secretaria de Estado da Educação/UNICAMP, 1978, 8 
vols.; republicação: São Paulo: Secretaria de Estado da 
Educação, 1988, 3 vols.
 • 1984a. (Org.). Atas do V Instituto Interamericano de 
Linguística. Em: Cadernos de Estudos Linguísticos 6, 
Unicamp, 1984.
 • 1986. (Org., com Dino Preti). A Linguagem Falada 
Culta na Cidade de São Paulo. São Paulo: TAQ/Fapesp, 
vol. I, Elocuções Formais.
 • 1987a. (Org., com Dino Preti). A Linguagem Falada 
Culta na Cidade de São Paulo. São Paulo: TAQ/Fapesp, 
vol. II, Diálogos entre dois informantes.
 • 1987b. (Org.). A Ordem do Sujeito Nominal no 
Português Culto Falado em São Paulo. Resultados de 
ATALIBA T. DE CASTILHO
28
Grupo de Trabalho coordenado por Paola Bentivoglio, 
Unicamp, inédito.
 • 1989. (Org.). Português Culto Falado no Brasil. Estudos. 
Campinas: Editora da Unicamp, 1989.
 • 1990. (Org.). Gramática do Português Falado. Vol. 1, 
A ordem. Campinas: Editora da Unicamp / Fapesp, 
1990; 4a ed., 2002. Resenhas: Giampaolo Salvi, Lingua 
e Stile 26: 661663, 1991; Madalena Colaço, Revista 
Internacional de Língua Portuguesa 5/6: 235236, 1991.
 • 1991. (Org.) Sistematização de Arquivos Públicos. 
Campinas: Editora da Unicamp.
 • 1993 a. (Org.). Gramática do Português Falado, vol. 
3. Campinas: Editora da Unicamp / Fapesp, 1993. 
 • 1993b-1998 (Org., com Rodolfo Ilari). Atas do IX 
Congresso Internacional da ALFAL, vols. I (Conferências), 
II (Grupos de Trabalho). Campinas: Instituto de Estudos 
da Linguagem, 1993; vols. III, IV, V (Comunicações). 
Campinas: Instituto de Estudos da Linguagem.
 • 1996. (Org., com Margarida Basílio). Gramática do 
Português Falado, vol. 4. Campinas: Editora da Unicamp 
/ Fapesp, 1996.
 • 1998. (Org. 1998). Para a História do Português 
Brasileiro, vol. I: Primeiras ideias. São Paulo: Humanitas.
ATALIBA T. DE CASTILHO
29
 • 2007a. (Org., com M.A.C.Torres Morais / R.E.V.Lopes 
/ S.M.L.Cyrino 2007). Descrição, História e Aquisição 
do Português Brasileiro. Homenagem a Mary A. Kato. 
Campinas: Pontes / Fapesp, 2007.
 • 2009. (Org. 2009). História do Português Paulista, 
série Estudos, vol. I. Campinas: Setor de Publicações 
do Instituto de Estudos da Linguagem da Unicamp.
 • 2018 a. (Coord. 2018) – O Português Brasileiro em seu 
contexto histórico, vol. 1. São Paulo: Editora Contexto 
/ Fapesp, 2018.
 • 2018b. (Coord. 2019). Mudança sintática das cons-
truções: perspectiva funcionalista, vol. 3. São Paulo: 
Editora Contexto / Fapesp, 2019.
 • 2019. (Coord. 2019) – Corpus diacrônico do Português 
Brasileiro, vol. 2. São Paulo: Editora Contexto / Fapesp, 
2019.
Capítulos de livros e estudos publicados em Atas de 
congressos
 •1978b. Os sons.  Em: A. T. de Castilho (Org. 1978a, 
vol. 5, pp. 1220).
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30
 • 1978c. Problemas de análise gramatical. Em: A. T. de 
Castilho (Org. 1978a, vol. 5, pp. 2144).
 • 1978d. Para o Ensino da História da Língua Portuguesa. 
Em: A. T. de Castilho (Org. 1978a, vol. 6, pp. 92123).
 • 1981 a. O Projeto NURC e a Sintaxe do Verbo. Em: 
Francisco da Silva Borba (Org. 1981). Estudos de Filologia 
e Linguística. Homenagem a Isaac Nicolau Salum. São 
Paulo: TAQ/Edusp,  pp. 269-288. 
 • 1981b. A Linguística Portuguesa no Brasil nos anos 70.  
Em: Actas del VI Congreso Internacional de la Asociación 
de Linguística y Filología de América Latina (Phoenix, 
Estados Unidos, 1981). México: UNAM, 1988, pp. 27-60
 • 1984b. El Proyecto de Estudio Coordinado de la Norma 
Culta. Formalismo y semanticismo en la sintaxis ver-
bal. Em: Donald F. Solá (Ed. 1984).  Language in the 
Americas. Proceedings in the Ninth PILEI Symposium. 
Ithaca, Cornell University, pp. 161-165 [republicação 
parcial de 1981a, com alterações].
 • 1984e. O Presente do indicativo na oração e no texto. 
Em: Actas del VII Congreso Internacional de ALFAL 
(Santo Domingo, Rep. Dominicana, 1984). Santo 
Domingo, Universidad Nacional Pedro Henriquez 
Ureña, 1987, vol. I, pp. 389-404.
ATALIBA T. DE CASTILHO
31
 • 1985. O Artigo no Português Culto de São Paulo. Em: 
A.T. de Castilho (Org. 1989a, pp. 67-88).
 • ...et alii 1986. O sujeito nominal no português culto. 
Campinas: Instituto de Estudos da Linguagem, inédito.
 • 1989c. O Português do Brasil. Em: Rodolfo Ilari 
- Linguística Românica. São Paulo: Ática, 1992, pp. 
237-269.
 • 1989d. Para o estudo das Unidades discursivas do 
português falado. Em: A.T. de Castilho (Org. 1989a, 
pp. 249-280)   
 • 1989h. Processos de atenuação na fala culta. Em: Anais 
do I Congresso Internacional da Faculdade de Letras da 
UFRJ. Discurso e Ideologia. Rio de Janeiro: UFRJ/FJB, 
pp. 258-261.
 • 1990b. O Português culto falado no Brasil: História 
do Projeto NURC/Brasil. Em: Dino Preti e Hudinilson 
Urbano (Orgs. 1990). A Linguagem Falada Culta na 
Cidade de São Paulo, vol. IV, Estudos. São Paulo: TAQ/
Fapesp, pp. 141-202.
 • 1992 a. Advérbios Modalizadores, em parceria com 
Célia Maria Moraes de Castilho. Em: Rodolfo Ilari 
(Org. 1992). Gramática do Português Falado,vol. II. 
Campinas: Editora da Unicamp, 1992, pp. 213-260.
ATALIBA T. DE CASTILHO
32
 • 1992b. Paulo Duarte e o problema da Língua 
Brasileira, em parceria com Silvana Godoi. Em: em 
Atas do I Seminário Nacional de Arquivos Universitários. 
Campinas: Coordenadoria do Sistema de Arquivos da 
Universidade Estadual de Campinas, 1992, pp. 151-160.
 • 1993c. Os Mostrativos no Português Falado. Em: A. 
T. de Castilho (Org. 1993: pp. 119-148).
 • 1994f. Teorias Linguísticas e Ensino da Gramática. 
Em: Diário de Classe 3, Língua Portuguesa. São Paulo: 
Fundação para o Desenvolvimento da Educação, pp. 
17-28.
 • 1994g. Informatização de acervos da Língua 
Portuguesa, em parceria com Giselle Machline de O. e 
Silva; Dante Lucchesi. Boletim da ABRALIN  17: 143-154.
 • 1995 a. A Língua Falada e sua descrição. Em: H. Megale 
(Org. 1995). Para Segismundo Spina: Língua, Filologia, 
Literatura. São Paulo: Editora da Universidade de São 
Paulo/Iluminuras, pp. 69-90.
 • 1995b. Para uma Gramática do Português Falado. 
Em: Miscelânea de Estudos Linguísticos, Filológicos e 
Literários, In Memoriam Celso Cunha. Rio de Janeiro: 
Nova Fronteira, pp. 79-102 (reelaboração de 1989f).
ATALIBA T. DE CASTILHO
33
 • 1995c. A Gramática do português culto falado no 
Brasil. Aspectos teóricos. Em: em Actas do XI Encontro 
Nacional da Associação Portuguesa de Linguística. 
Lisboa.
 • 1996 a. Gramática do português falado. Em: Atas do 
I Congresso Internacional da Associação Brasileira de 
Linguística. Salvador, ABRALIN-FINEP-UFBA, pp. 
417-420. 
 • 1996b. Sistemas de Preservação de Documentos 
Literários: os arquivos e sua metodologia. Em: Anais 
do 2o Encontro Nacional de Acervos Literários Brasileiros 
[Cadernos do Centro de Pesquisas Literárias da PUCRS]. 
Porto Alegre: PUCRS, pp. 9-17.
 • 1998 b. Langue parlée et processus grammaticaux. Em: 
M. Bilger, K. van den Eynde; F. Gadet (Eds. 1998). Analyse 
linguistique et approches de l’oral. Recueil d’études offert 
en hommage à Claire Blanche-Benveniste. Leuven/
Paris: Peeters, pp. 141-148.
 • 1998 c. Aspectos teóricos de la descripción de la lengua 
hablada. Em: Mario Bernales; Constantino Contreras 
(Orgs.) Por los Caminos del Lenguaje. Temuco: Ediciones 
Universidad de La Frontera, pp. 23-37.
ATALIBA T. DE CASTILHO
34
 • 1998 d. Projeto de História do Português de São Paulo. 
Em: A.T. de Castilho (Org. 1998, pp. 61-78).
 • 1998e. Língua falada e processos gramaticais. Em: S. 
Grosse; K. Zimmermann (Eds. 1998). “Substandard” e 
mudança no português do Brasil. Frankfurt am Main: 
TFM, pp. 37-72.
 • 1999 a. Advérbios de predicação quantificadora. Em: 
Lélia Parreira Duarte et alii (Orgs. 1999). Para sempre 
em mim. Homenagem à Professora Ângela Vaz Leão. 
Belo Horizonte: PUC Minas, 1999, pp. 96-113.
 • 1999 b. Problemas do aspecto verbal no portu-
guês falado no Brasil. Em: E. Gärtner, C. Hundt; 
A. Schönberger (Eds. 1999). Estudos de Gramática 
Portuguesa (III). Frankfurt am Main: TFM, pp. 17-46.
 • 2000 c. A repetição como processo constitutivo da 
gramática do português falado. Em: José Antonio 
Samper Padilla; Magnolia Troya Déniz (Orgs. 2000). 
Actas del XI Congreso Internacional de la Asociación 
de Lingúística y Filología de la América Latina. Las 
Palmas, Universidad de Las Palmas de Gran Canaria, 
tomo III, pp. 2289-2298.
 • 2000 d. Para um programa de pesquisas sobre a 
história social do português de São Paulo. Em: Rosa 
ATALIBA T. DE CASTILHO
35
Virgínia Mattos e Silva (Org. 2001). Para a História 
do Português Brasileiro, vol. II, Primeiros estudos. São 
Paulo: Humanitas / Fapesp, pp. 337-369. Republicado 
com alterações como Para a história do português de 
São Paulo. Revista Portuguesa de Filologia XXIII: pp. 
29-70, 1999-2000. 
 • 2002 d. Proposta de agenda para uma política lin-
guística. Em: Maria Helena Mira Mateus (Ed. 2002). As 
Línguas da Península Ibérica. Lisboa: Edições Colibri, 
pp. 119-133.
 • 2002 e. Adjectival hedges in Brazilian Spoken 
Portuguese, coautoria de Célia Maria Moraes de 
Castilho. Em: Brigitte Schlieben-Lange; Ingedore 
Villaça Koch; Konstanze Jungbluth (Hrsg. 2002). Dialog 
zwischen den Schulen. Soziolinguistische, konversa-
tionanalytische und generative Beiträge aus Brasilien. 
Münster: Nodus Publikationen, pp. 181-191.
 • 2002 f. Aspecto verbal no português falado. Em Maria 
Bernadete Marques Abaurre; Ângela C. S. Rodrigues 
(Orgs. 2002). Gramática do Português Culto, vol. VIII. 
Campinas: Editora da Unicamp, pp. 83-122.
ATALIBA T. DE CASTILHO
36
 • 2002 g. The Latin-American Association of Philology 
and Linguistics (ALFAL). Historiografia da Linguística 
Portuguesa VI: 2001: pp. 57-70. 
 • 2002 h. Cartografias linguísticas no contexto latino-
-americano. Historiografia da Linguística Portuguesa 
VI: 2001: pp. 71-73. 
 • 2003 a. Análise multissistêmica das preposições do 
eixo transversal no Português Brasileiro. Em: J. Ramos; 
M. Alckmim (Orgs. 2007: pp.53-132).
 • 2003 b. Historiando o Português Brasileiro. Em: www.
mundoalfal.org/comissaodehistoriadoportugues.
 • 2003 c. O IEL e a Gramática do Português Falado. 
Em: Eleonora Albano et alii (Orgs. 2003). Saudades 
da língua. Campinas: Departamento de Linguística do 
Instituto de Estudos da Linguagem da Universidade 
Estadual de Campinas / Mercado de Letras, pp. 229-244.
 • 2004 b. Diacronia das preposições do eixo transversal 
no Português Brasileiro. Em: Lígia Negri et alii (Org. 
2004). Sentido e Significação. Em torno da obra de 
Rodolfo Ilari. São Paulo: Contexto, pp. 11-47.
 • 2004c. Reflexões sobre a teoria da gramaticalização. 
Contribuição ao debate sobre a teoria da gramaticali-
zação no contexto do PHPB. Em: Wolf Dietrich; Volker 
ATALIBA T. DE CASTILHO
37
Noll (Orgs. 2004). O Português do Brasil. Perspectivas 
da pesquisa atual. Madrid / Frankfurt: Iberoamericana 
/ Vervuert, pp. 203-230.
 • 2004e. Reflexões sobre o português falado e o exercício 
da cidadania. Em: Claudio Cezar Henriques; Darcília 
Simões (Orgs. 2004). Língua e Cidadania: novas pers-
pectivas para o ensino. Rio de Janeiro: Editora Europa, 
pp. 15-33.
 • 2005 a. Língua Portuguesa e política linguística: o 
ponto de vista brasileiro. Em: A Língua Portuguesa, pre-
sente e futuro. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 
pp. 193-221.  
 • 2005b. Política linguística, o espanhol e o português 
na América Latina. Em: www.mundoalfal.org e www.
fflch.usp.br/dlcv/lport.
 • 2005c. Importância dos projetos coletivos para os estu-
dos descritivo e histórico do português brasileiro. Em: 
Manoel Mourivaldo S. Almeida; Maria Inês Pagliarini 
Cox (Orgs. 2005). Vozes Cuiabanas: estudos linguísticos 
em Mato Grosso. Cuiabá: Cathedral Publicações, pp. 
213-227. Republicado em Marilza de Oliveira (Org. 
2006). Língua Portuguesa em São Paulo: 450 anos. São 
Paulo: Associação Editorial Humanitas, pp. 185-202.
ATALIBA T. DE CASTILHO
38
 • 2005d. Diacronia dos adjuntos adverbiais preposiciona-
dos no português brasileiro. Em G. Massini-Cagliari et 
alii (2005). Estudos de Linguística Histórica do Português. 
Araraquara: Cultura Acadêmica / Laboratório Editorial 
da Unesp-Araraquara, pp. 73-110.
 • 2006 b. Proposta funcionalista de mudança linguís-
tica: os processos de lexicalização, semanticização, 
discursivização e gramaticalização. Em: Tânia Lobo; 
Ilza Ribeiro; Zenaide Carneiro (Orgs. 2006). Para a 
História do Português Brasileiro. Novos dados, novas 
análises. Salvador: Editora da Universidade Federal da 
Bahia, vol. 6, tomo 1, pp. 223-296. 
 • 2006 d. Estratégias comunicativas do Português falado 
no Brasil. Em: Suzana A. M. Cardoso; Jacyra A. Mota; 
Rosa Virgínia Mattos e Silva (Orgs. 2006). Quinhentos 
anos de História Linguística do Brasil. Salvador: Fundo 
de Cultura da Bahia, pp. 293-318.
 • 2006 e. Notas sobre a gramaticalização de vez. 
Miscelânea de Estudos in memoriam José G. Herculano 
de Carvalho, em Revista Portuguesa de Filologia, vol. 
XXV, tomo 1: pp. 113-124, 2003-2006.
 • 2007 a. Estudos linguísticos. Em: Jaime Pinsky 
(Org. 2007). O Brasilno Contexto. São Paulo: Editora 
ATALIBA T. DE CASTILHO
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Contexto, pp. 229-243. Tradução para o espanhol: 
Estudios lingüísticos. En: Jaime Pinsky (Comp. 2007). 
Brasil en contexto: 1987-2007. Cali: Programa Editorial 
Universidad Del Valle, pp. 199-211.
 • 2007b. Abordagem da língua como um sistema 
complexo: contribuições para uma nova Linguística 
Histórica. Em: A.T. de Castilho; M. A. C. Torres Morais; 
R.E.V. Lopes; S.M.L. Cyrino (Orgs. 2007). Descrição, 
História e Aquisição do Português Brasileiro. Campinas: 
Pontes / Fapesp, pp. 329-360.
 • 2007c. Análise multissistêmica das preposições do eixo 
transversal no português brasileiro: espaço /anterior/ 
~ /posterior/. Em: Jânia M. Ramos; Mônica Alkmim 
(Orgs. 2007). Para a História do Português Brasileiro. 
Belo Horizonte: Faculdade de Letras da UFMG, vol. V: 
Estudos sobre mudança linguística e história social, pp. 
53-132.
 • 2008 a. O PHPB/SP e o Português popular de São 
Paulo. Em: Dermeval da Hora; Rubens Marques de 
Lucena (Orgs. 2008). Política Linguística na América 
Latina. João Pessoa: Ideia / Editora Universitária, pp. 
127-140.
ATALIBA T. DE CASTILHO
40
 • 2008b. Integrando a América Latina através da pesquisa 
linguística. Em: Dermeval da Hora; Rubens Marques 
de Lucena (Orgs. 2008). Política Linguística na América 
Latina. João Pessoa: Ideia / Editora Universitária, pp. 
141-147.
 • 2008c. A teoria da pipoca cognitiva. Capítulo de 
livro a ser publicado por Marize Dall’Aglio Hattner 
(Org. 2008). Miscelânea de estudos em homenagem a 
Maria Helena Moura Neves. Araraquara: Universidade 
Estadual Paulista.
 • 2008d. Demonstrativos. In: Rodolfo Ilari; Maria 
Helena de Moura Neves. (Orgs. 2008). Gramática do 
Português Culto Falado no Brasil. 1a. ed. Campinas: 
Editora da Unicamp, v. 2, pp. 117-136.
 • 2008e. Advérbios predicadores, em coautoria com 
Rodolfo Ilari. In: Rodolfo Ilari; Maria Helena de Moura 
Neves. (Orgs. 2008). Gramática do Português Culto 
Falado no Brasil. 1a. ed. Campinas: Editora da Unicamp, 
v. 2, pp. 413-456.
 • 2008f. A preposição. Coautoria com R. Ilari, M.L.L. 
Almeida, L. Kleppa, R. Basso. In: Rodolfo Ilari; Maria 
Helena de Moura Neves. (Orgs. 2008). Gramática do 
ATALIBA T. DE CASTILHO
41
Português Culto Falado no Brasil. 1a. ed. Campinas: 
Editora da Unicamp, v. 2, pp. 623-808.
 • 2009a. A categoria cognitiva de movimento na gra-
mática do Português. Refletindo sobre os achados 
dos Projetos NURC, PGPF e PHPB. Em: Dermeval 
da Hora; Eliane Ferraz Alves; Lucienne C. Espíndola 
(Orgs. 2009). Abralin: 40 anos em cena. João Pessoa: 
Editora Universitária, pp. 71-96 (reedição de 2008c).
 • 2009b. Para uma análise multissistêmica das pre-
posições. Em: A.T. de Castilho (Org. 2009: 279-332). 
Republicação revista e aumentada de “Análise mul-
tissistêmica das preposições do eixo transversal no 
Português Brasileiro”. www.fflch.usp.br/dlcv/lport e 
www.mundoalfal.org/comissaodehistoriadoportugues, 
2003.
 • 2009c. Breve memória do Grupo de Estudos 
Linguísticos do Estado de São Paulo. Em: A.F. Brunelli; 
F. Komesu; S.D.Gasparini-Bastos; S.C.L.Gonçalves 
(Orgs.). GEL: quarenta anos de história na Linguística 
Brasileira. São Paulo: Paulistana Editora, pp.49-56.
 • 2009d. Análise multissistêmica da sentença matriz. 
Em: Vera Lúcia Menezes de Oliveira e Silva; Mílton 
do Nascimento (Orgs. 2009). Sistemas adaptativos 
http://www.fflch.usp.br/dlcv/lport
ATALIBA T. DE CASTILHO
42
complexos. Lingua(gem) e aprendizagem. Belo Horizonte: 
Faculdade de Letras da UFMG, pp. 35-60.
 • 2009e. Análise multissistêmica das minissenten-
ças. Em: Silvana Soares Costa Ribeiro; Sônia Bastos 
Borba Costa; Suzana Alice Marcelino Cardoso (Orgs. 
2009). Dos sons às palavras: nas trilhas da língua por-
tuguesa. Homenagem a Jacyra Andrade Mota pela 
contribuição aos estudos dialetais brasileiros. Salvador: 
EDUFBA. pp. 61-81.
 • 2009f. O projeto caipira e a demografia histórica: 
pontos de contacto. Em: Maria Sílvia C. B. Bassanezi; 
Tarcísio R. Botelho (Orgs. 2009). Linhas e Entrelinhas: 
as diferentes leituras das atas paroquiais dos setecentos 
e oitocentos. Belo Horizonte: Obras em obras / Fapemig 
/ Veredas, Cenários, pp. 235-256.
 • 2010 a. Incorporação da oralidade no ensino do por-
tuguês. Em: Maria Célia Lima-Hernandes; Kátia de 
Abreu Chulata, (Orgs. 2010). Língua Portuguesa em 
foco: ensino-aprendizagem, pesquisa e tradução. Lecce: 
Pensa MultiMidia Editore, pp. 113-130.
 • 2010b. Mudança sintática sob a perspectiva funcional, 
em coautoria com Célia Regina S. Lopes. Em: Dermeval 
da Hora; Camilo Rosa Silva (Orgs.). Para a história do 
ATALIBA T. DE CASTILHO
43
português brasileiro. Abordagens e perspectivas. João 
Pessoa: Ideia / Editora Universitária, 2010, v. VIII, pp. 
97-121.
 • 2010c. Para uma abordagem cognitivista-funcio-
nalista da gramaticalização. Em: Dermeval da Hora; 
Camilo Rosa Filho (Orgs.). Para a História do Português 
Brasileiro. João Pessoa: Ideia / Editora Universitária, 
2010, v. VIII, p. 272-283.
 • 2010d. Escrevendo gramáticas do português no séc. 
XXI. Em: Conceição de M. A. Ramos; José de Ribamar 
Mendes Bezerra; Maria de F. S. Rocha; Abdelhak Razky; 
Marilúcia B. de Oliveira. (Orgs.). Pelos caminhos da 
Dialetologia e da Sociolinguística: entrelaçando sabe-
res e vidas. Homenagem a Socorro Aragão. São Luís: 
Editora da Universidade Federal do Maranhão, 2010, 
pp. 206-222.
 • 2011. Some representations of motion EP and BP 
standards. Em: A.S. da Silva; A. Torres; M. Gonçalves 
(Orgs. 2011). Línguas pluricêntricas. Variação linguística 
e dimensões sociocognitivas. Braga: Publicações da 
Faculdade de Filosofia da Universidade Católica de 
Braga, pp. 45-60.
ATALIBA T. DE CASTILHO
44
 • 2012 a. Perspectiva multissistêmica da concordância na 
história do português brasileiro. Coautoria com C. M. 
Moraes de Castilho. In: Maria Célia Lima-Hernandes; 
Manoel Mourivaldo Santiago Almeida (Orgs). História 
do Português Paulista. Série Ensaios, vol. 3. Campinas: 
Setor de Publicações do IEL/Unicamp, pp. 111-132.
 • 2012b. Funcionalismo e gramáticas do português 
brasileiro. Novos desdobramentos. Em: Edson R.F. 
Souza (Org.) Funcionalismo linguístico. Novas tendên-
cias teóricas. São Paulo: Editora Contexto, 2012, pp. 
17-42.
 • 2013. Língua falada e ensino do português. Em: 
Marco Antonio Martins; Maria Alice Tavares (Orgs.). 
Contribuições da Sociolinguística e da Linguística 
Histórica para o ensino de Língua Portuguesa. Natal: 
Editora da Universidade Federal do Rio Grande do 
Norte, 2013, pp. 191-212. ISBN 978-85-425-0030-1.
 • 2014. Notas sobre a história da ALFAL (1999-2005). Em: 
M. Luisa Calero Vaquera; Alfonso Zamorano Aguilar 
(Coordinadores). Cincuenta años de la Asociación de 
Linguística y Filología de la América Latina (ALFAL): 
historia de una sociedade científico-linguística (1964-
2014). Montevideo: ALFAL, 2014, pp. 13-22. 
ATALIBA T. DE CASTILHO
45
 • 2016. Contribuições de Luiz Antonio Marcuschi à 
Linguística Brasileira. Em: Cleber Ataíde et al. GELNE 
40 anos. São Paulo: Editora Edgar Blucher, 2016.
 • 2017. Sistemas complexos e mudança linguística. 
Estudo de caso: diacronia da concordância no Português 
brasileiro. Gallaecia. Estudos de linguística portuguesa 
e galega. Santiago de Compostela: Universidade de 
Santiago de Compostela, pp. 95-118, 2017.
 • 2019. Relatório da diretoria da ABRALIN, de 1983 a 
1985. Em: Miguel Oliveira Jr. (Org. 2019). 50 anos de 
Abralin. Memórias e perspectivas. Campinas: Pontes, 
p. 95-100, 2019.
 • 2019. Projeto NURC e teorização linguística. Em: 
Miguel Oliveira Jr. (Org. 2019). NURC, 50 anos, 1969-
2019. São Paulo: Parábola, p. 19-54, 2019. 
 • 2019. Arte da aula. Em: Denilson Soares Cordeiro; 
Joaci Pereira Furtado (Org. 2019). Arte da Aula. São 
Paulo: Edições SESC, p. 49-63, 2019.
 • 2019. Síntese dos achados do Projeto para a História 
do Português Brasileiro. Em: Clarinda de Azevedo 
Maia; Isabel Almeida Santos (Coords. 2019). Estudos 
de Linguística Histórica. Mudança e estandardização.ATALIBA T. DE CASTILHO
46
Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra, p. 
53-88, 2019.
Artigos em revistas especializadas
 • 1962b. A Língua Portuguesa no Brasil.  Alfa 1: 9-24, 
1962
 • 1962c. Estudos Linguísticos no Brasil.  Alfa 2: 135-143, 
1962.
 • 1963. A Reforma dos Cursos de Letras.  Alfa 3: 5-44, 
1963.
 • 1963b. Estruturalismo, História e Aspecto Verbal. 
Alfa 4: 138-166, 1963.
 • 1964 a. A Poesia de Carlos Drummond de Andrade.  
Alfa 5/6: 9-40, 1994.
 • 1965b. Metodologia da Redação. Didática 2: 35-48, 
1965.
 • 1965c. Recursos da Linguagem Impressionista em 
Raul Brandão.  Alfa 7/8: 19-38. 1965.
 • 1965d. A Cadeira de Linguística no Curso de 
Letras.  Alfa 7/8: 155-161, 1965.
ATALIBA T. DE CASTILHO
47
 • 1967b. A Onomasiologia no Léxico e na Sintaxe, de 
parceria com Enzo Del Carratore.  Alfa 11: 129-150, 
1967.
 • 1969 a. Projeto de Descrição do Português Culto na 
Área Paulista. Letras de Hoje 4: 73-78, 1969.
 • 1969b. A Descrição do Português Culto. Suplemento 
Literário de O Estado de São Paulo (OESP), 23.3.1969, 
reproduzido em Letras de Hoje 3: 117-123, 1969.
 • 1970b. Sur l’aspect verbal en portugais. Revue rou-
maine de linguistique 15: 247-249, 1970.
 • 1972 a. Rumos da Dialetologia Portuguesa. Alfa 18/19: 
115-153, 1972/1973. [Miscelânea de Estudos Dedicados 
a Theodoro Henrique Maurer Jr.].
 • 1973b. Pós-Graduação e Planejamento da Pesquisa 
Linguística.  Alfa 18/19, 497-515, 1972/1973.
 • 1973c. O Estudo da Norma Culta do Português do 
Brasil. Vozes 67/8: 21-25, 1973.
 • 1974. A Linguística Aplicada ao Ensino do Português. 
Didática 9/10: 5-14, 1974.
 • 1978e. Análise Preliminar dos Demonstrativos. Estudos 
Linguísticos 1: 30-35, 1978 [Anais dos Seminários do 
GEL].
ATALIBA T. DE CASTILHO
48
 • 1978f. A Norma Urbana Culta da Cidade de São Paulo: 
problemas de transcrição. Estudos Linguísticos 2: 310, 
1978.
 • 1978g. A Dimensão Textual do Verbo. Estudos 
Linguísticos 2: 125-140, 1978.
 • 1978h. Variação Dialetal e Ensino Institucionalizado 
da Língua Portuguesa. Cadernos de Estudos Linguísticos 
1: 18-25, 1978. Republicado com alterações em A. T. de 
Castilho (Org. 1978a, vol. 4: 32-43), 1978.
 • 1979b. A Constituição da Norma Pedagógica 
Portuguesa. Revista do Instituto de Estudos Brasileiros 
22:  9-18, 1979.
 • 1982. Norma culta de São Paulo: singularidade ou 
pluralidade? Boletim da ABRALIN 3: 18-31, 1982.
 • 1983 a. O Papel da Linguística na identificação do 
padrão linguístico. Boletim da ABRALIN 4: 60-66, 1983.
 • 1983b. Variedades Conversacionais. Boletim da 
ABRALIN 5: 40-53, 1983.
 • 1984c. Ainda o Aspecto Verbal. Estudos Portugueses 
e Africanos 4: 9-36, 1984.
ATALIBA T. DE CASTILHO
49
 • 1984d. Quinze anos de Grupo de Estudos Linguísticos 
do Estado de São Paulo. Estudos Linguísticos 9: 10-20, 
1984.
 • 1987d. A Elipse do Sujeito no Português Culto Falado 
em São Paulo. Estudos Linguísticos 14: 32-40, 1987.
 • 1988. O Linguista Theodoro Henrique Maurer Jr. 
Boletim da ABRALIN 10:53-63, 1991.
 • 1989e. Da Análise da conversação para a análise gra-
matical. Estudos Linguísticos 17: 219-226, 1989.
 • 1989f. Para uma Gramática do Português Falado. 
Revista Internacional de Língua Portuguesa 1: 37-48, 
1989.
 • 1989g. O Papel do Grupo de Estudos Linguísticos do 
Estado de São Paulo, de 1969 a 1971. Estudos Linguísticos 
18: 14-20, 1989.
 • 1990c. Português Falado e Ensino da Gramática. 
Letras de Hoje 25/1, 103-136, 1990.
 • 1990d. Sistema de Arquivos. Boletim do Centro de 
Memória da Unicamp 3: 7-11, 1990.
 • 1991b. Advérbios Modalizadores: um novo núcleo 
predicador? em parceria com Mary Kato, como autora 
principal. DELTA 7/1: 409-423, 1991.
ATALIBA T. DE CASTILHO
50
 • 1991c. Avanços na pesquisa sociolinguística: o estudo 
da língua falada. Boletim da ABRALIN 12: 19-24, 1991.
 • 1991d. Avaliação em Letras e Linguística. Boletim da 
ANPOLL 15: 14-18, 1991.
 • 1991e. Projeto de Gramática do Português Falado. 
Revista Internacional de Língua Portuguesa 5/6: 169-179, 
1991.
 • 1993e. Adjetivos Predicativos, em parceria com Célia 
M. Moraes de Castilho. Letras 5: 122-143, 1993.
 • 1993g. A repetição no português falado. Linguística 
5: 253-267, 1993.
 • 1994 a. Problemas de Descrição da Língua Falada. 
DELTA 10 (1): 47-71, 1994.
 • 1994d. Para a História da Associação Brasileira 
de Linguística, em parceria com Maria Cristina F.S. 
Altman. Boletim da ABRALIN 16: 21-37, 1994. 
 • 1994e. Um ponto de vista funcional sobre a predica-
ção.  Alfa 38: 75-96, 1994.
 • 1995d. GEL, Novos Caminhos, em parceria com Dino 
Preti, Mercedes S. Risso e Maria Bernadete M. Abaurre. 
Estudos Linguísticos 24: 19-35 [Anais do GEL], 1995.
ATALIBA T. DE CASTILHO
51
 • 1997 a. A Gramaticalização. Estudos Linguísticos e 
Literários [UFBa] 19: 25-63, março de 1997.
 • 1997 b. Língua Falada e Gramaticalização. Filologia 
e Linguística Portuguesa 1: 107-120, 1997.
 • 1997 c. Projeto de Gramática do Português Falado. 
Estudos Linguísticos 26: 62-73 [Anais do GEL], 1997.
 • 1997 d. Para uma sintaxe da repetição. Língua falada 
e gramaticalização. Língua e Literatura 22: 293-332, 
1997.
 • 1998 f. História do Português de São Paulo. Grupo 
de Trabalho, com a participação de Marcelo Módolo, 
Marcos R. Sagatio, Verena Kewitz e Glauce Passeri. 
Estudos Linguísticos 27: 190-198 [Anais do GEL], 1998.
 • 1999 c. Advérbios qualificadores no português falado. 
Boletín de Filologia – Homenaje a Ambrosio Rabanales, 
tomo XXXVII: 271-300, 1998-1999.
 • 2000 a. O modalizador “realmente” no português 
falado. Alfa 44: 2000, 147-170 [Miscelânea de Estudos 
dedicados a Francisco da Silva Borba], 2000.
 • 2000 b. 30 anos do GEL - novos compromissos cien-
tíficos. Estudos Linguísticos 29: 7-15 [Anais do GEL], 
2000. 
ATALIBA T. DE CASTILHO
52
 • 2000 e. Seria a língua falada mais pobre que a língua 
escrita? Impulso. Revista de Ciências Sociais e Humanas 
[Unimep] 12 (27): 59-72, 2000.
 • 2001 a. Reflexões sobre a Área de Filologia e Língua 
Portuguesa. Filologia e Linguística Portuguesa 4: 221-
290, 2001. 
 • 2002 b. Linguística cognitiva e tradição funcionalista. 
Estudos Linguísticos 32: 2002 (cd-rom), 2002.  
 • 2003/2004. Gramática do português culto falado 
no Brasil – quadro descritivo e perspectivas teóricas. 
Linguística 15/16: 69-98, 2003/2004. 
 • 2004 a. Unidirectionality or multidirectionality? Some 
issues on grammaticalization. Revista do GEL 01: 35-48, 
2004.
 • 2004 b O problema da gramaticalização das preposi-
ções no Projeto para a História do Português Brasileiro. 
Estudos Linguísticos 33 (2004), CD-ROM.
 • 2006 a. Repercussões das pesquisas de graduação na 
qualidade dos programas de pós-graduação. Cadernos 
de Pesquisa na Graduação em Letras 3 (1): 13-16, 2006.  
 • 2007b. Fundamentos teóricos da gramática do por-
tuguês culto falado no Brasil: sobre o segundo volume, 
ATALIBA T. DE CASTILHO
53
Classes de Palavras e construções gramaticais. Alfa 51 
(1): 99-136, 2007.
 • 2007c. An approach to language as a complex system. 
New issues in Historical Linguistics. Signos linguísticos 
6: Julio-diciembre: 83-120, 2007. Republicado em A. T. 
de Castilho (Org. 2009: 119-136).
 • 2007d. As Letras no Ensino e na Pesquisa. Veredas 
on line – Ensino. Juiz de Fora MG, 2/2007, p. 5-22.
 • 2010. Português Brasileiro: descrição, história, teori-
zação. Linguística 24: 77-100, 2010.
 • 2011. História do Português de São Paulo. Apresentação. 
Filologia e Linguística Portuguesa: 13 (1): 7-16, 2011.
 • 2017. A UNESP e a linguística brasileira. Estudos 
Linguísticos, 46 (1): p. 109-137, 2017.
 • 2020. A repetição na língua falada - propriedades 
discursivas e gramaticais, coautoria com Jose Elderson 
de Souza-Santos, Abdulai Danfa. Revista do GEL vol. 
17, DOI 10.21165/GEL.v17i3.2883, 2020.
ATALIBA T. DE CASTILHO
54
3) Considerando a Análise da Conversação como Ciência, 
quais são seus procedimentos metodológicos e suas prin-
cipais categorias analíticas?
Na metodologia, os critérios de transcrição das entrevistas.Na análise, a identificação das categorias mencionadas no 
cap. 5 de minha Nova Gramática do Português Brasileiro, 
Conversação e texto.
4) Quais são as preocupações específicas da Análise da 
Conversação que a diferenciam de outras teorias do texto?
A Análise da Conversação não é propriamente uma teoria 
do texto. É o estudo empírico dessa manifestação linguística.
5) Pesquisar implica não só ter o conhecimento de con-
ceitos e de procedimentos analíticos, mas também saber 
as possibilidades de seu campo de investigação. Poderia 
ressaltar delimitações, bem como interfaces da Análise 
da Conversação?
Não sei se entendi bem a pergunta, mas não há dúvida de 
que a Análise da Conversação abre caminhos para o estudo 
da estrutura das línguas naturais, pois mostra a língua no 
momento de sua produção. 
ATALIBA T. DE CASTILHO
55
6) Dos resultados de seus trabalhos, seria possível indicar 
contribuições para o ensino?
Mostrar que antes de estudar a língua escrita, principal-
mente, deveríamos estudar a língua falada. As categorias 
aí identificadas poderiam, então, ser comparadas com as 
categorias da língua escrita. Isso mostrará aos alunos como 
aprendemos a língua falada em família, e a língua escrita, 
na escola.
7) A quais avanços da Análise da Conversação na contem-
poraneidade daria destaque e como vê os desafios de seu 
futuro?
A principal contribuição da AC foi mostrar uma coisa 
que estava diante de todos nós, mas de que não nos tínhamos 
dado conta, que é a oralidade, ou seja, a língua da família. 
Foi preciso esperar que se inventasse o gravador portátil para 
podermos analisar as categorias da oralidade e seus correlatos 
na língua escrita. Mostro isso em minha Nova gramática.
8) Que leituras você indicaria para quem está iniciando 
seus estudos na Análise da Conversação?
Menciono isso na gramática citada. Os dados bibliográ-
ficos completos aparecem na bibliografia dessa gramática:
ATALIBA T. DE CASTILHO
56
leituras sobre análise da conversação
• Grice (1967/1982), Sacks; Schegloff; Jefferson (1974 / 
2003), Schenkein (ed. 1978), Ozakabe (1979), Beaugrande 
(1980), Beaugrande; Dressler (1981), Goodwin (1981), 
Coulmas (ed. 1981), Levinson (1983: cap. 6), Lavandera 
(1984), Marcuschi (1986), Coulthard (1987), Andrade 
(1990), Brait (1993, 2002), Koch; Barros (1993, Org. 
1997, 2002), Aquino (1997), Oliveira (1997, 1998), Gavasi 
(1987), Castilho (1998: cap. 1), Preti (Org. 2002, 2002), 
Hilgert (2002), Galembeck (2002).
• Sobre unidades discursivas e parágrafos (= discursivi-
zação), ver Garcia (1967/1982), Pike e Pike (1977), Chafe 
(1987a ), Castilho (1989b), Jubran et al. (1992), Jubran 
(2006a ), Koch (2006), Risso, Oliveira e Silva e Urbano 
(2006), Risso (2006), Urbano (2006), entre outros. 
• Sobre reformulação tópica, repetição, correção, para-
fraseamento (= rediscursivização), ver Perini (1980), 
Marcuschi (1983, 1992, 1996, 2006b); Ramos (1984), 
Travaglia (1989 a,b), Hilgert (1989, 2006), Dutra (1990), 
Koch (1990, 1992 a), Braga (1990), Castro (1994), Neves e 
Braga (1996), Camacho (1996b), Castilho (1997c, 1998a), 
Oliveira (1997, 1998), Camacho e Pezatti (1998), Fávero, 
Andrade e Aquino (1996, 1998, 1999, 2006), entre outros. 
ATALIBA T. DE CASTILHO
57
• Sobre descontinuação tópica, hesitação, interrupção, 
digressão, parentetização (= desdiscursivização), ver 
Andrade (1995), Jubran (2006b), entre outros. 
• Sobre marcadores discursivos há uma rica bibliogra-
fia, desde os trabalhos pioneiros de Bally (1951, 1952), 
Beinhauer (1964), Keller (1979), até a explosão dos estu-
dos sobre a oralidade, em que o Brasil assumiu uma 
presença forte: Ilari (1986 b), Marcuschi (1986, 1989), 
Andrade (1990), Rosa (1990), Risso (1993, 1996, 2006), 
Urbano (1993, 2006), Castilho (1998a, cap. ii), Risso, 
Oliveira e Silva e Urbano (2006, 2006), entre outros. 
9) O que chamamos hoje de Análise da Conversação possui 
várias subáreas, cada uma com especificidades marcantes. 
Em qual (ou quais) dessas subáreas você se situa e quais 
são as suas características?
Tenho lidado com os procedimentos conversacionais 
sobre que assentam as categorias gramaticais. Não dá para 
resumir tudo isso aqui.
ATALIBA T. DE CASTILHO
58
10) Caso haja outros aspectos relevantes que não contem-
plamos nas questões anteriores, poderia apresentar-nos?
Em algum momento, mais teorizações poderiam ser 
feitas com base no que a Análise da Conversação descobriu. 
Dei minha colaboração, desenvolvendo aquilo a que chamo 
“Abordagem multissistêmica das línguas naturais”. Minha 
Nova Gramática foi escrita com base nessa abordagem.
59
BEATRIZ GALLARDO-PAÚLS
Professora da Universidade de Valência 
| UV – Departamento de Teoria das 
Linguagens e Ciências da Comunicação
Antes de começar, gostaria de 
expressar minha gratidão por seu 
interesse nesta entrevista, espero 
poder contribuir com minha 
experiência. Muito obrigada.
Beatriz Gallardo-Paúls 
1) Como chegou à Análise da Conversação? Que autores 
lhe serviram de inspiração?
Iniciei os meus estudos de doutoramento em 1989; naquele 
momento, o itinerário investigador da universidade espanhola 
tinha um primeiro trabalho (tese de licenciatura) que servia 
BEATRIZ GALLARDO-PAÚLS
60
de antessala à tese de doutoramento. Li essa tese em 1990, 
atendendo ao estado da questão dos estudos sobre discurso 
oral. Paralelamente, comecei meu desenho de um corpus de 
conversas gravadas (normalmente em contextos informais, 
sem conhecimento dos demais participantes, bem como 
conversas telefônicas). Nesses primeiros anos, usei o sistema 
de transcrição desenvolvido por Gail Jefferson para suas 
transcrições das aulas de Harvey SACKS, mas com algumas 
peculiaridades devidas à adaptação a um teclado McIntosh 
(eram outros tempos, não era fácil a interoperabilidade entre 
sistemas nem a introdução de diacríticos no Word). 
Naqueles momentos, toda a pragmática (considero que 
tanto a análise conversacional como a análise do discurso 
são dimensões aplicadas da pragmática) vivia uma etapa 
de efervescência epistemológica e de tentativa de fixação 
do objeto de estudo. A análise do discurso que me interes-
sava era o desenvolvido fundamentalmente pelos autores 
de Birmingham, reunidos em torno de John Sinclair. Esta 
escola tratava de realizar uma análise da língua falada que 
se ajustasse aos orçamentos gramaticais estabelecidos por 
HALLIDAY em seu artigo de 1961 “Categorias da teoria da 
Gramática”. Isto explica que a segunda época da escola (nos 
anos 1980) tenha sido desenvolvida, fundamentalmente, pelos 
autores sistêmicos de Nottingham.
BEATRIZ GALLARDO-PAÚLS
61
A pragmática nos remete, é claro, a nomes como Austin, 
Searle e Grice, mas no estudo da interação falada do 
momento se concretizava, especialmente, nos linguistas das 
Universidades de Genebra e de Lyon, cujos representantes, 
que agrupo sob a epígrafe de pragmática dialógica, destaco 
Eddy Roulet e Catherine Kerbrat-Orecchioni, bem como 
Antoine Auchlin o Trognon. 
Ambas as tendências, a análise do discurso e a pragmá-
tica dialógica, tinham em comum uma tradição linguística 
na qual se baseavam, e um tratamento dos dados bastante 
reducionista. Em geral, não encontramos em seus trabalhos 
dados procedentes da interação cotidiana, mas quase sempre 
de conversas marcadas situacionalmente: professor-aluno, 
médico-paciente, comerciante-cliente etc. São, em sua maio-
ria, interações transacionais, ou seja, concebidas com uma 
finalidade posterior que as justifique. Esta restrição no corpus 
é acompanhada além de outra limitação na análise, e é que 
nunca se supera o âmbito do intercâmbio. 
Do meu ponto de vista, estas abordagens eram necessaria-
mente parciais e inadequadas para oferecer uma verdadeira 
análise conversacional. Se a etnografia da comunicação 
de Dell Hymes já tinha identificado unidades superiores 
ao intercâmbio (o evento comunicativo), e a sociologia da 
linguagem de Joshua Fishman tinha oferecido também 
BEATRIZ GALLARDO-PAÚLS
62
alguma tentativade sua classificação, a análise linguística, 
pensava, não podia prescindir de suas contribuições, tendo 
só em conta a tradição gramatical. O próprio Halliday tinha 
também defendido uma teoria que tivesse em conta a inter-
dependência entre o sistema da língua e o seu ambiente. Este 
tipo de reflexões aumentou o atrativo que para nós oferecia 
a análise conversacional etnometodológica, desenvolvida na 
Universidade da Califórnia por Harvey Sacks e seus colegas. 
Em comparação com as duas escolas anteriores, estes eram 
os seus sinais de identidade, realçados num artigo fundador 
da SACKS de 1972 (On the usability of conversational data 
for Doing Sociology):
• origem sociológica e não linguística;
• rejeição explícita de uma metalinguagem anterior à 
análise dos dados;
• dados de conversas cotidianas reais gravadas;
• importância atribuída aos princípios sociais que regem 
a interação;
• atenção à organização sequencial.
Estas características propiciavam uma análise conver-
sacional muito produtiva, e com uma grande capacidade de 
descrição. Mas, evidentemente, falhava em outros aspectos. 
Por exemplo, a rejeição inicial da Sacks em relação a uma 
BEATRIZ GALLARDO-PAÚLS
63
metalinguagem anterior tornou-se progressivamente a ausên-
cia de tal metalinguagem, e as noções básicas, como “sequên-
cia”, “preferência”, ou mesmo “turno”, eram manipuladas de 
forma contraditória por cada autor. Por outro lado, o interesse 
sociológico negligenciava a análise de traços gramaticais ou 
pragmáticos, análise que, no entanto, a pragmática havia 
desenvolvido com inegável acerto. Em terceiro lugar, embora 
os linguistas europeus incorporem sempre as conclusões 
básicas da análise conversacional americana (organização 
tópica, a tomada de turno...), os autores norte-americanos 
raramente demonstram alguma base linguística nas suas 
análises.
Este era o quadro básico que refletia minha tese de licen-
ciatura, cuja pretensão final era poder oferecer um modelo 
de descrição capaz de incorporar e conciliar as contribuições 
fundamentais das três escolas.
2) Quais de suas produções em revistas e/ou em livros 
impressos ou eletrônicos destacaria?
Há três trabalhos da minha fase inicial que se centram 
na descrição do discurso conversacional. 
• Em 1993, publiquei Lingüística perceptiva y conversa-
ción: secuencias (Ed. Universitat de València), texto no 
BEATRIZ GALLARDO-PAÚLS
64
qual caracterizei a unidade conversacional máxima, 
a sequência, constituída por um intercâmbio ou con-
junto de intercâmbios dotado de entidade temática e/
ou funcional. 
• Em 1996, na editora Episteme, publiquei Análisis con-
versacional y pragmática del receptor, Análise conver-
sacional e pragmática do receptor, quando me ocupei 
dos níveis inferiores à sequência. Hoje, não subscreveria 
algumas formas rígidas do modelo teórico que eu usei 
então, mas basicamente mantenho o inventário de 
categorias e unidades. 
• Em 1998, publiquei dois cadernos na editora Arco, nos 
quais propus as bases da análise conversacional e meu 
modelo de análise estrutural.
Em quarto lugar, creio que há dois livros que podem 
ser especialmente interessantes porque representam minha 
aplicação da análise conversacional à linguística clínica: são 
o livro de 2005 Afasia y conversación: las habilidades conver-
sacionales del interlocutor clave (Ed. Tirant lo Blanch), y el 
libro Pragmática para logopedas (publicado pela Universidade 
de Cádiz em 2007). 
A minha dedicação à linguística clínica, desde 1999, veio 
motivada, sobretudo porque o meu ensino na universidade 
BEATRIZ GALLARDO-PAÚLS
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me levou a dar aulas aos futuros fonoaudiólogos (foniatras/ 
terapeutas da fala). Depois, constatei que, curiosamente, este 
mesmo salto tinha sido feito também por alguns dos autores 
que mais admirava em análise conversacional, como Charles 
Goodwin e Emmanuel Schegloff. Comecei trabalhando com 
dados de falantes com afasia e depois me ocupei de outras 
situações de dano cerebral, como a síndrome de Williams, 
o Transtorno de Déficit de Atenção e/ou Hiperatividade 
(considerados, atualmente, transtornos diferentes), ou as 
lesões do hemisfério direito. Em todos estes casos apliquei a 
análise conversacional a dados ecológicos conversacionais, 
e dirigi o Corpus PERLA (percepção, Linguagem e Afasia) 
de discurso patológico. Penso que esta linha de investigação 
continua a ser extremamente frutuosa e é um exemplo claro 
de como as Humanidades contribuem para a ciência aplicada 
básica; os protocolos de avaliação da linguagem e de inter-
venção logopédica baseados na análise conversacional têm 
demonstrado a sua eficácia desde a década de 1980, e ainda 
há um longo caminho a percorrer. 
BEATRIZ GALLARDO-PAÚLS
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3) Considerando a Análise da Conversação como Ciência, 
quais são seus procedimentos metodológicos e suas prin-
cipais categorias analíticas?
Creio que a ciência é a linguística e que, na sua compar-
timentação disciplinar, a análise conversacional corresponde 
à manifestação aplicada da pragmática interativa. Os meus 
anos de trabalho com dados orais de natureza muito diferente 
levaram-me a elaborar um modelo de pragmática em três 
níveis, cada um com a sua dimensão aplicada. Descrevo-o 
brevemente a seguir.
1. A pragmática enunciativa é a que surge ao considerar 
todo enunciado objeto de uma enunciação (no sen-
tido de Emile Benveniste); as categorias fundamentais 
deste nível são o ato de falar, a dêixis, e as inferências 
(pressuposições, implicações e superestimados), cujo 
eixo fundamental é a intencionalidade comunicativa 
do emitente. 
2. O texto pragmático centra-se nos aspectos derivados 
dos princípios de coesão e coerência; as suas categorias 
fundamentais são as superestruturas textuais, e todas as 
manifestações gramaticais da enunciação (conectores, 
por exemplo). A organização temática e a paralinguagem 
(o paratexto de Gerard Genette) fazem também parte 
deste nível. 
BEATRIZ GALLARDO-PAÚLS
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3. A pragmática interativa corresponde à análise conver-
sacional e surge quando todo enunciado se concebe 
integrado em uma cadeia interativa. Gosto de citar 
Gregory Bateson e sua ideia de que o objeto de inte-
resse são as reações dos indivíduos às reações de outros 
indivíduos. No terreno estrutural, as categorias são 
as manejadas pelas diferentes escolas (com a habitual 
discrepância interna segundo autores), e que derivam 
do processo da tomada de turno: intervenção, troca e 
par adjacente, e sequência conversacional. Os princípios 
fundamentais que regem a pragmática interativa são 
dois: um de natureza interna (a previsibilidade), que se 
encarrega de ordenar o encadeamento conversacional, e 
outro de natureza externa (a preferência ou prioridade), 
que atende à dimensão social dos intercâmbios e ao seu 
efeito nas nossas relações. 
Quanto à metodologia, penso que já ninguém pode 
duvidar da exigência de trabalhar com dados ecológicos, 
obtidos em situações naturais, e transcritos mediante sistemas 
específicos de notação que permitam recolher em cada caso 
a informação necessária. 
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4) Quais são as preocupações específicas da Análise da 
Conversação que a diferenciam de outras teorias do texto?
A análise conversacional integra na descrição todos os 
aspectos relevantes do texto interativo; como disse, considera 
que todo turno surge em um contexto (vivencial ou conversa-
cional) ao qual o emissor reage. Portanto, exige a confluência 
da análise gramatical e o pragmático, diante de outros modelos 
mais imanentes que desvinculam texto e contexto.
5) Pesquisar implica não só ter o conhecimento de concei-
tos e procedimentos analíticos, mas também conhecer as 
possibilidades de seu campo de pesquisa. Poderia destacar 
as delimitações, assim como as interfaces da Análise da 
Conversação?
Já mencionei limitações da análise conversacional dos 
etnometodólogos, sobretudo o indutivismo. Outros mode-
los atendem menos às variáveis da enunciação e focalizam 
excessivamente o enunciado.6) Dos resultados dos seus trabalhos, seria possível indicar 
contribuições para o ensino?
No contexto do ensino de segundas línguas, penso que 
o estudo da conversação, como o desenvolvimento da prag-
mática intercultural demonstrou, pode-se dizer objetivado. 
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Ao integrar a prioridade (“Preference” dos etnometodólogos) 
como princípio básico da conversação, que hierarquiza as 
eleições conversacionais, a análise permite abordar diferenças 
culturais que ocorrem dentro de uma mesma língua, já que 
os códigos de cortesia e de ameaça/proteção da imagem são 
variáveis entre diferentes culturas. 
Mas existem outros desenvolvimentos aplicados, como já 
referi, que podem ser importantes no ensino. Por exemplo, a 
predictibilidade conversacional é um aspecto fundamental 
na reabilitação dos falantes com déficit linguístico por dano 
cerebral; os terapeutas devem saber que o paradigma con-
versacional é mais importante que o paradigma gramatical, 
e que o fundamental é que os falantes consigam expressar-se 
e transmitir sua intenção comunicativa. 
7) A que avanços da Análise da Conversação na contempo-
raneidade daria relevo e como vê os desafios do seu futuro?
As aplicações da análise da conversação são múltiplas, 
desde a linguística clínica à linguística forense. Creio que há 
um campo muito interessante de futuro.
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8) Que leituras indicaria para quem está iniciando seus 
estudos na Análise da Conversação?
Acho que sempre tem que ler as fontes originais. O artigo 
que Harvey Sacks, Emmanuel Schelgoff e Gail Jefferson publi-
caram, em 1974, em Language, estabelecendo as bases da 
análise conversacional, há de ser leitura obrigatória, ainda 
que na atualidade os famosos 14 traços já estejam superados 
(pois são redundantes muitos deles). 
Para a análise do discurso, recomendaria o livro de Michel 
Stubbs de 1989, Análisis del discurso (Análise do discurso), 
que está traduzido pela Alianza. 
 
9) O que hoje chamamos de Análise de Conversação tem 
várias subáreas, cada uma com características distintas. 
Em qual (ou quais) destas subáreas se situa e quais são as 
suas características?
O rótulo “análise da conversação” (AC) é frequentemente 
utilizado para se referir, exclusivamente, ao modelo iniciado 
por Harvey Sacks, no final da década de 1960, em Berkeley. 
Creio que aquilo a que os autores de Birmingham chamaram 
“análise do discurso” ou os estudos de autores francófonos 
ligados a Eddy Roulet cabem também na denominação geral 
de análise da conversa.
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Tirei elementos de todas estas escolas. Penso que a con-
tribuição fundamental da escola de Birmingham é a noção 
de “previsibilidade”, cujo alcance operacional é enorme. 
Paralelamente, os etnometodólogos utilizam a ideia de 
“pertinência condicionada” e a pragmática dialógica fala 
de “restrições de encadeamento”. Sem dúvida, estas noções 
são um eixo essencial na análise da conversação de todas as 
possíveis escolas. 
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BEATRIZ GALLARDO-PAÚLS
Professora da Universidade de Valência 
| UV – Departamento de Teoria das 
Linguagens e Ciências da Comunicação
Versão em espanhol
Preguntas de la entrevista
Antes de empezar, quiero trasladaros mi gratitud por 
vuestro interés para esta entrevista, espero poder aportar 
algo con mi experiencia. Muchas gracias. 
1) ¿Cómo llegaste al Análisis de la Conversación? ¿Qué 
autores te sirvieron de inspiración?
Inicié mis estudios de doctorado en 1989; en aquel 
momento, el itinerario investigador de la universidad española 
tenía un primer trabajo (la Tesina o Tesis de licenciatura) 
BEATRIZ GALLARDO-PAÚLS
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que servía de antesala a la tesis de doctorado. Leí esa tesina 
en 1990, atendiendo al estado de la cuestión de los estudios 
sobre discurso oral. Paralelamente, comencé mi diseño de 
un corpus de conversaciones grabadas (normalmente en 
contextos informales, sin conocimiento de los demás partici-
pantes, así como conversaciones telefónicas). En esos primeros 
años utilicé el sistema de transcripción desarrollado por 
Gail JEFFERSON para sus transcripciones de las clases de 
Harvey SACKS, pero con algunas peculiaridades debidas a 
la adaptación a un teclado McIntosh (eran otros tiempos, no 
era fácil la interoperabilidad entre sistemas ni la introducción 
de diacríticos en Word). 
En aquellos momentos toda la pragmática (considero que 
tanto el análisis conversacional como el análisis del discurso 
son dimensiones aplicadas de la pragmática) vivía una etapa 
de efervescencia epistemológica y de intento de fijación del 
objeto de estudio. El análisis del discurso que me intere-
saba era el desarrollado fundamentalmente por los autores 
de Birmingham reunidos en torno a John SINCLAIR. Esta 
escuela trataba de realizar un análisis de la lengua hablada que 
se adecuara a los presupuestos gramaticales establecidos por 
HALLIDAY en su artículo de 1961 “Categorías de la teoría de 
la Gramática”. Esto explica que la segunda época de la escuela 
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(en los años 80) haya sido desarrollada fundamentalmente 
por los autores sistémicos de Nottingham. 
La pragmática nos remite, por supuesto, a nombres como 
AUSTIN, SEARLE y GRICE, pero en el estudio de la inte-
racción hablada del momento se concretaba especialmente 
en los lingüistas de las Universidades de Ginebra y de Lyon, 
entre cuyos representantes, que agrupé bajo el epígrafe de 
pragmática dialógica, destaco a Eddy ROULET y a Catherine 
KERBRAT-ORECCHIONI, así como Antoine AUCHLIN o 
TROGNON. 
Ambas tendencias, el análisis del discurso y la pragmática 
dialógica, tenían en común una tradición lingüística en la que 
se apoyaban, y un tratamiento de los datos bastante reduc-
cionista. En general, no encontramos en sus trabajos datos 
procedentes de la interacción cotidiana, sino casi siempre de 
conversaciones marcadas situacionalmente: profesor-alumno, 
médico-paciente, comerciante-cliente, etc. Son, pues, en su 
mayoría, interacciones transaccionales, es decir, concebidas 
con alguna finalidad ulterior que las justifica. Esta restricción 
en el corpus se acompaña además de otra limitación en el 
análisis, y es que nunca se supera el ámbito del intercambio. 
Desde mi punto de vista, estos enfoques eran necesaria-
mente parciales, e inadecuados para ofrecer un verdadero 
análisis conversacional. Si la etnografía de la comunicación 
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de Dell HYMES había identificado ya unidades superiores al 
intercambio (el acontecimiento comunicativo), y la sociología 
del lenguaje de Joshua FISHMAN había ofrecido también 
algún intento de clasificación de las mismas, el análisis lin-
güístico, pensaba, no podía prescindir de sus aportaciones, 
teniendo sólo en cuenta la tradición gramatical. El propio 
HALLIDAY había defendido también una teoría que tuviese 
en cuenta la interdependencia entre el sistema de la lengua y su 
entorno. Este tipo de reflexiones aumentó el atractivo que para 
nosotros ofrecía el análisis conversacional etnometodológico 
desarrollado en la Universidad de California por Harvey 
SACKS y sus colegas. Frente a las dos escuelas anteriores, 
estas eran sus señas de identidad, puestas de manifiesto en 
un artículo fundacional de SACKS de 1972 («On the usability 
of conversational data for doing sociology»):
• procedencia sociológica y no lingüística
• rechazo explícito de un metalenguaje que fuera anterior 
al análisis de los datos
• datos provenientes de conversaciones cotidianas reales 
grabadas
• importancia concedida a los principios sociales que 
gobiernan la interacción
• atención a la organización secuencial.
BEATRIZ GALLARDO-PAÚLS
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Estas características propiciaban un análisis conversacio-
nal muy productivo, y con una gran capacidad de descripción. 
Pero evidentemente, fallaba en otros aspectos. Por ejemplo, 
el rechazo inicial de SACKS hacia un metalenguaje previo se 
convertía progresivamente en la ausencia de tal metalenguaje, 
y las nociones básicas, como “secuencia”,

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