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Introdução à Educação Física

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INTRODUÇÃO 
A EDUCAÇÃO 
FÍSICA 
www.brasileducacional.com.br 
(34) 3821-6606 
3 FAFIT – Faculdades Integradas de Itararé 
INTRODUÇÃO A EDUCAÇÃO FÍSICA 
 www.brasileducacional.com.br | vendas@brasileducacional.com.br | +55 (34) 3821-6606 
 
 
 
 
Sumário 
Introdução .............................................................................................................................. 4 
Educação física e atividade física .......................................................................................... 4 
Atividade física ....................................................................................................................... 5 
Atividade lúdica ...................................................................................................................... 5 
Desporto ................................................................................................................................ 5 
História do esporte ................................................................................................................. 6 
Esporte Antigo ....................................................................................................................... 7 
Esporte Moderno ................................................................................................................. 19 
Olimpismo ............................................................................................................................ 21 
Jogos Olímpicos de Verão ou Olímpiadas ........................................................................... 22 
Símbolos olímpicos .............................................................................................................. 38 
A educação física na educação de jovens e adultos ............................................................ 41 
Atividade Física e Terceira Idade ......................................................................................... 43 
O idoso e o processo de envelhecimento ............................................................................ 44 
A prática regular de atividade física pelo idoso .................................................................... 48 
Efeitos da atividade física no tratamento de dependentes químicos: uma revisão de literatura 
............................................................................................................................................ 50 
Atividade física no processo de tratamento .......................................................................... 51 
Considerações finais ............................................................................................................ 56 
Referências ......................................................................................................................... 57 
AUTOAVALIAÇÃO - INTRODUÇÃO A EDUCAÇÃO FÍSICA ............................................... 59 
Todos os direitos reservados ao Instituto Pedagógico Brasileiro – IPB. Reprodução 
Proibida. 
Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de Fevereiro de 1998. 
4 FAFIT – Faculdades Integradas de Itararé 
INTRODUÇÃO A EDUCAÇÃO FÍSICA 
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Introdução 
 
Educação Física é um termo usado para designar tanto o conjunto de atividades 
físicas não-competitivas e esportes com fins recreativos quanto à ciência que 
fundamenta a correta prática destas atividades, resultado de uma série de pesquisas 
e procedimentos estabelecidos. A grande diferença entre educação física e esporte é 
que enquanto a primeira diz respeito a uma disciplina escolar e a um campo 
acadêmico esporte refere-se às diversas modalidades olímpicas. Essa diferença é 
muito importante, pois existem muitas pessoas que consideram essas duas palavras 
sinônimas. A atividade esportiva pode ser aplicada ainda na promoção da saúde em 
âmbito educacional, pela aplicação de conhecimento especializado em 
complementação a interesses voluntários de uma comunidade não especializada. 
Além de ser uma forma de criar uma identidade esportiva para uma inclusão social. 
 
Educação física e atividade física 
 
A diferença entre a Educação física e a Atividade física é que a atividade física 
é qualquer movimento do corpo, produzido pelo músculo esquelético que resulta em 
um aumento do gasto energético. Atividade física se refere ao gasto calórico 
promovido por uma ação superior físico, como um deslocamento, um movimento físico 
qualquer. É um conceito cartesiano e linear que aparta e fragmenta a motricidade 
humana em mero movimento. Já a Educação física é uma ação planejada e 
estruturada, que pode utilizar-se de vários elementos como o esporte, a dança, a luta, 
o jogo, a brincadeira e a atividade física. A Educação Física nasce da maneira como 
a se conhece hoje com o advento da modernidade, da sociedade urbana e industrial 
e a necessidade de preparar e educar os corpos para a produção nas fábricas, para 
a apropriação e disseminação de hábitos higiênicos e de comportamentos saudáveis. 
Também para melhorar as condições sanitárias. 
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Atividade física 
 
Em Educação Física e nos desportos, atividade física é definida como: 
"qualquer movimento corporal, produzido pelos músculos esqueléticos, que resulte em 
gasto energético maior que os níveis de repouso". Pode-se acrescentar que é também 
qualquer esforço muscular pré-determinado, destinado a executar uma tarefa, seja ela 
um "piscar dos olhos", um deslocamento dos pés, e até um movimento complexo em 
alguma competição esportiva. 
Modernamente, o termo refere-se em especial aos exercícios executados com 
o fim de manter a saúde física, mental e espiritual; em outras palavras a "boa forma". 
(Dia 4 de Abril é o dia mundial da Atividade Física). 
 
 
 
Atividade Iúdica 
 
Atividade lúdica é todo e qualquer movimento que tem como objetivo produzir 
prazer quando de sua execução, ou seja, divertir o praticante. A atividade lúdica 
também é conhecida como brincadeira. Desde os filósofos gregos que se utiliza esse 
expediente para ajudar os aprendizes. Assim, brincadeiras e jogos podem e devem 
ser utilizados como uma ferramenta importante de educação. 
Frequentemente, as atividades lúdicas também ajudam a memorizar fatos e 
ajudam em testes cognitivos. Através da atividade lúdica, a criança aprenderá 
brincando, de uma maneira agradável, com brincadeiras tais como: jogo de damas, 
gincana cultural, brincadeiras como boliche, onde cada garrafa que ele derrubar 
responderá uma pergunta, etc., será um fator facilitador para o aprendizado, pois 
sentirá prazer em estar participando ao mesmo tempo em que estará se 
desenvolvendo nas diferentes áreas da Educação. 
 
 
 
Desporto 
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Desporto (português europeu) ou Esporte (português brasileiro) é uma 
atividade física sujeita a determinados regulamentos e que geralmente visa à 
competição entre praticantes. Para ser esporte tem de haver envolvimento de 
habilidades e capacidades motoras, regras instituídas por uma confederação regente 
e competitividade entre opostos. Algumas modalidades esportivas se praticam 
mediante veículos ou outras máquinas que não requerem realizar esforço, em cujo 
caso é mais importante à destreza e a concentração do que o exercício físico. 
Idealmente o esporte diverte e entretém, e constitui uma forma metódica e intensa de 
um jogo que tende à perfeição e à coordenação do esforço muscular tendo em vista 
uma melhora física e espiritual do ser humano. As modalidades esportivaspodem ser 
coletivas, duplas ou individuais, mas sempre com um adversário. 
 
 
 
História do esporte 
 
Não é de todo equivocada a afirmação de que o esporte é um dos fenômenos 
mais expressivos do século XX – e a prosseguir pelo século XXI. Sem dúvida, o 
esporte faz hoje parte, de uma ou de outra forma, da vida da maioria das pessoas em 
todo o mundo. Tão rápida e tão “ferozmente” quanto o capitalismo, o esporte 
expandiu-se a partir da Europa para o mundo todo e tornou-se a expressão 
hegemônica no âmbito da cultura corporal de movimento. Hoje ele é, em praticamente 
todas as sociedades, uma das práticas sociais de maior unanimidade quanto a sua 
legitimidade social. No entanto, em meio ao “bom” esportivo levantam- se algumas 
vozes, principalmente no meio acadêmico, que expressam dúvidas quanto aos valores 
humanos e sociais deste fenômeno. 
Serve o esporte como reforço à hegemonia das classes dominantes, ou é, 
antes, um espaço de articulação de contra hegemonia? É ele reflexo das relações 
sociais “coisificadas”, ou espaço de auto realização criadora do indivíduo? 
Controle e repressão erótica do corpo, ou revalorização da sensibilidade? 
Elemento da cultura industrial que transforma os indivíduos em objetos consumidores, 
ou espaço para a criação cultural? Deve-se festejar a ampliação da prática e consumo 
do esporte como acesso a um importante produto social e, na 
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ótica liberal, encarar a “cultura de massas” como expressão da democracia cultural 
criada/propiciada pelos meios de comunicação, símbolos vivos da liberdade de 
pensamento e expressão, ou dela desconfiar, suspeitando da manipulação das 
necessidades, dos desejos, da subjetividade, enfim, do indivíduo? 
É inegável o potencial de mobilização que o esporte apresenta na 
contemporaneidade. Não precisamos de muito esforço para identificar que na 
sociedade atual, esta prática corporal constitui-se como um espaço social a mobilizar 
pessoas de diferentes etnias, gêneros, idades, classes sociais, credos, possibilidades 
físicas; sejam como praticantes ou espectadores. Os eventos esportivos são 
exemplares dessa afirmação; pois neles podemos visualizar uma espécie de 
expressão pública de emoções socialmente consentidas: o frenesi, o congraçamento, 
a rivalidade, a explosão em aplausos e lágrimas de sentimentos que fazem vibrar a 
alma dos sujeitos e das cidades no exato momento em que vivificam a tensão entre a 
liberação e o controle de emoções individuais. 
A passagem pelos primórdios das práticas esportivas nos faz possível entender 
o porquê do “fenômeno” esportivo ocupar tão importante lugar entre os homens. 
O estudo das práticas pré-esportivas e tradicionalmente esportivas, ainda muito 
desconhecidas, ao serem resgatadas, proporcionará a compreensão das lógicas 
esportivas anteriores e as mudanças por que passaram até deixar marcas profundas 
como o melhor meio de convivência humana. 
A história do Esporte consiste em uma trajetória de criações, manifestações 
estéticas e éticas que remete à afirmação de que o Esporte é um fenômeno humano 
sociocultural incomparável. 
Segundo Tubino (2008), O Esporte, ao longo da História, pode ser 
classificado nos seguintes períodos: 
- Esporte Antigo 
- Esporte Moderno 
- Esporte Contemporâneo 
 
 
Esporte Antigo 
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A origem do esporte, segundo Ueberhorst, justifica-se pela busca do 
conhecimento do homem sobre o próprio homem e também pelo questionamento 
sobre a importância que o homem deu ao corpo. 
Carl Diem afirma que cada época tem seu Esporte e a essência de cada povo 
nele se reflete. 
Numa leitura pedagógica do Esporte Antigo, tomaremos como referência o 
estudo apresentado por Tubino (Dicionário Enciclopédico do Esporte/ 2008), que 
destaca pontos em comuns, identificados: 
a) O caráter competitivo é o componente psicossocial fundamental do Esporte; 
b) O Esporte precisa de uma visão interdisciplinar, para que continue na 
perspectiva do progresso do homem; 
c) O Esporte, por usar suas regras e códigos, pressupõe um autocontrole 
que é um dos princípios básicos da convivência humana; 
Na Antiguidade, pode-se afirmar, NÃO ocorreram práticas esportivas como as 
atuais. O que de fato ocorreu, excetuando-se a Grécia, foram práticas pré- esportivas 
com caráter utilitário para a sobrevivência, tais como: natação, corrida, caça, pesca, 
equitação, esgrima, arco e flecha e outros. A perspectiva das guerras também levava 
guerreiros a atividades esportivas como marchas, caminhadas, lutas e lançamentos, 
etc. 
Nesse efeito, Tubino divide o Esporte Antigo em: 
 
 
-Práticas Pré-Esportivas Chinesas – São registros remontados de 2.500 
a.C. Muitas lutas marciais são registradas na história dos chineses, dentre elas o 
Kung-Fu. Praticavam também: Esgrima de sabre, boxe chinês, tiro ao arco e o T’su – 
Chu ( jogo de bola com os pés). 
Segundo Penna Marinho, quando os sábios chineses conseguiram levar os 
chineses a uma filosofia de vida baseada na meditação, as atividades físicas e práticas 
pré-esportivas começaram a declinar. 
-Práticas Pré-Esportivas Japonesas – Os japoneses, por sua configuração 
geográfica, tiveram suas antigas atividades pré-esportivas, ligadas ao mar: natação, 
navegação e pesca. 
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- Práticas Pré-Esportivas Egípicias – Suas atividades pré-esportivas foram 
registradas nos desenhos em tumbas e vasos: arco e flecha, corridas, saltos, 
arremessos, equitação, esgrima, luta, boxe, natação, corridas, ginástica acrobática e 
jogos de bola. 
-Práticas Pré-Esportivas Hititas – Povo que habitavam a Mesopotâmia (atual 
Iraque) tinham suas ações sempre montados em cavalos, o que permitiu que fossem 
colocados como participantes das atividades pré-esportivas da equitação. Também 
praticavam natação, remo, esgrima e luta. 
-Os Jogos Gregos – Os Jogos Gregos eram festas populares, religiosas, nas 
quais tomavam parte um grande número de cidades gregas. Realizavam-se sob a 
perspectiva do humanismo grego e muitas vezes acompanhavam cerimônias 
fúnebres. Outros eram disputados em homenagem e honra a chefes e deuses, 
chegando a expressar ritos religiosos. 
Devido à fragmentação política do território grego, ocorriam diversas guerras 
e disputas territoriais. Em função destes conflitos, a organização social das cidades 
gregas valorizava a militarização, e em muitas delas o cidadão era criado com o 
propósito de servir aos objetivos da sociedade e sua educação era voltada para a 
preparação militar. 
 
 
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As atividades atléticas e ginásticas eram amplamente utilizadas neste contexto 
educacional. Como exemplo, na cidade estado de Esparta, o jovem espartano, dos 07 
aos 21 anos, frequentava instituições escolares estatais cujo currículo valorizava 
predominantemente as práticas esportivas com fins militares. 
 
Dentre todos os Jogos disputados na Grécia Antiga, o mais importante foram 
os Jogos Olímpicos. 
-Os Jogos OIímpicos - foram criados em 776 a.C, num tratado político de paz, 
assinado entre as principais cidades estado da Grécia; sendo proposta sua realização 
na cidade de Olímpia a cada quatro anos, com objetivos de louvar a Zeus, a maior 
divindade da mitologia grega, e paralisar guerras, na proposição de celebração da paz 
entre as cidades gregas. 
Assim durante doze séculos,numa periodicidade de 04 em 04 anos, 
imperou na Grécia uma trégua sagrada; as guerras cessavam, para que os gregos 
pudessem disputar e assistir os jogos sagrados de forma harmoniosa. 
Dentro de uma regulamentação precisa, os jogos eram dirigidos pelos 
“helenóices”, magistrados de olhar certeiro, de conceito ilibado e de grande 
envergadura moral, cujas atribuições principais consistiam no treinamento de atletas, 
na organização das provas, no julgamento dos vencedores, no policiamento e 
administração de Olímpia durante o período das competições. Eles inspiravam 
completa confiança quanto à imparcialidade. 
Participar dos jogos constituía grande honra, pois o atleta ao se inscrever 
deveria satisfazer as seguintes exigências: ser homem livre e de origem grega, ser 
filho legítimo, estar de posse de todos os direitos civis, não ser culpado de irreverência 
com a religião, de crime de morte, de falta com o Estado, inclusive impostos, multas e 
não cumprimento do serviço militar em época de guerra. Ademais, ficava excluído todo 
aquele que houvesse perturbado a paz olímpica e deixado de pagar sansões 
olímpicas a ele atribuídas. Tudo isso devia ser confirmado em juramento diante da 
estátua de Zeus. 
Os árbitros também eram submetidos a uma preparação técnica, levando vida 
em comum com os atletas. Aprendiam a conhecer os competidores e estes seus 
futuros juízes. 
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Próximo das competições os atletas eram transportados para Olímpia, onde se 
alojavam, sendo despedidos com as seguintes palavras: “Para Olímpia! Ide ao estádio 
e mostrai-vos como homens capazes”. Os competidores chegavam a Olímpia um mês 
antes do início oficial dos Jogos e passavam por um treinamento moral, físico e 
espiritual sob a supervisão dos juízes. 
 
Os Jogos Olímpicos reuniam a elite da sociedade, não somente os atletas da 
escola, como a fina flor da cultura literária e artística da época; pois representações 
teatrais constavam também no programa. 
 
 
 
Na 1ª edição dos Jogos Olímpicos, foram disputadas apenas provas de 
corridas de velocidade, com a inclusão gradativa de novas modalidades a cada nova 
edição. 
- Corridas de velocidade. 
- Pentatlo (competição formada por cinco modalidades atléticas incluindo luta 
livre, salto de distância, corrida, lançamento de disco e lançamento de dardo). 
- Pancrácio (combinação de boxe e luta livre). 
- Corrida de carros (Bigas). 
- Combates armados 
- Luta Livre 
- Arco e Flecha 
-Arremesso de Peso 
-Corridas de Longa Distância 
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Os vencedores recebiam um ramo de palma e uma coroa de oliveira, além de 
outras possíveis recompensa de sua cidade, para a qual a vitória representava grande 
glória. De volta à terra natal eram triunfalmente acolhidos, podendo inclusive, receber 
alimentação gratuita pelo resto de suas vidas. A homenagem podia consistir até na 
ereção de uma estátua do vencedor, além de poemas que poderiam ser escritos por 
Píndaro, poeta lírico que produziu diversas obras, destacando-se hinos em louvor às 
vitórias de atletas gregos. 
Como os Jogos Olímpicos era um festival dedicado a ZEUS, não era permitida 
a participação, como também a presença de mulheres; além de que, os atletas 
competiam NUS. Porém, nas competições de Corridas de Bigas, fora das áreas 
sagradas, a presença feminina era permitida; mas às mulheres casadas estava 
interditada essa presença, salvo as sacerdotisas, às solteiras não havia restrições. Os 
bárbaros e escravos podiam assistir às competições, às infrações eram castigadas 
com a morte. 
A utilização política nas atividades atléticas abrangia, além do uso das mesmas 
para preparação militar, a realização de Jogos para promover um relacionamento 
político saudável entre as cidades-estado. O estabelecimento da paz sagrada, a 
grande difusão cultural e religiosa durante os jogos, simbolizava o contrato entre 
governos das cidades- estado, e dava um sentido de identidade entre os povos 
gregos. 
Poetas e oradores aproveitavam-se do grande afluxo de pessoas para 
tornarem-se mais conhecidos através da declamação de suas obras. Outros ainda 
aproveitavam o momento, para diversificar seus negócios, realizados numa grande 
feira. Pode-se fazer uma ideia aproximada do número de pessoas presentes no 
festival, considerando o fato de o estádio de Olímpia comportar 40 mil pessoas 
sentadas. 
Para os gregos cada idade tinha a sua própria beleza e a juventude tinha a 
posse de um corpo capaz de resistir a todas as formas de competição, seja na pista 
de corridas ou na força física. A estética, o físico e o intelecto faziam parte de sua 
busca para perfeição, sendo que um belo e forte corpo era tão importante quanto uma 
mente brilhante. 
O filósofo Sócrates registra a importância do esporte para a sociedade da 
época: “Nenhum cidadão tem o direito de ser um amador na matéria de 
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INTRODUÇÃO A EDUCAÇÃO FÍSICA 
 
 
adestramento físico, sendo parte de seu ofício, como cidadão, manter-se em boas 
condições, pronto para servir ao Estado sempre que preciso. Além disso, que 
desgraça é para o homem envelhecer sem nunca ter visto a beleza e sem ter 
conhecido a força de que seu corpo é capaz de produzir”. 
 
O exemplo maior do conhecimento dessa capacidade física, foi realizado pelo 
soldado Feidípedes, que correu de um lugar chamado Marathon até Atenas, para 
informar ao seu povo a vitória de seu exército fazendo um percurso de 
aproximadamente 41km, e ao chegar só teve tempo e forças para dizer “vencemos”, 
e cair morto seguidamente. Assim, em homenagem a esse feito histórico, o qual 
ressaltava o ideal grego de força e superação, nos Jogos Olímpicos da Era Moderna 
instituiu-se uma prova de corrida denominada Maratona, tornando-se a mais nobre 
das provas do atletismo. 
O caráter festivo dos jogos foi alterado a partir da segunda metade do século 
V a C., quando a rivalidade entre as cidades, principalmente entre Esparta e Atenas, 
resultou numa guerra civil conhecida na história como Guerra do Peloponeso. 
Originalmente sem unidade, o mundo grego estava mais do que nunca esfacelado e 
enfraquecido, abrindo caminho para o domínio macedônio e para o imperialismo 
romano. 
Com a conquista da Grécia Antiga pelos romanos, os jogos olímpicos entram 
em declínio. A proposta inicial romana, de integrar os cidadãos em competições 
marcadas pela cordialidade, cede espaço para disputas desleais, pois os romanos 
passaram a disputar os jogos, e competindo com um povo que haviam subjugado e 
dominado não admitiam derrotas, preparando-se à “sua maneira” para disputar as 
competições. 
Também foi instituído o advento do soldo aos atletas, e pela primeira vez na 
história, homens passaram a ser pagos para se dedicar exclusivamente ao esporte. 
Os atletas viam as Olimpíadas como um reforço no orçamento, além de que Roma 
passou a subornar adversários, com dinheiro e mulheres, garantindo assim sua 
supremacia nas provas. 
A última Olimpíada da Era Antiga aconteceu em 393.d.C, quando o imperador 
romano Teodósio I, convertido ao cristianismo, proibiu em todo o território do Império 
Romano, a realização de festas pagãs para adoração de deuses. 
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-Práticas Pré-Esportivas Romanas e os Jogos Romanos – Os estudos 
apresentam uma divisão entre as atividades pré-esportivas praticadas pelos antigos 
romanos, de acordocom o período histórico: 
 
De 573 a.C até 510 a.C – exercícios físicos para preparação militar: marchas, 
corridas, saltos, arremesso de dardo, arremesso de disco, esgrima, lutas, pugilismo, 
exercícios equestres, natação e remo. 
De 510 a.C até 30 a.C – Como haviam dominado a Grécia em 476 a.C, os 
romanos aproveitaram nesse período a prática desportiva grega. 
De 30 a.C até 476 d.C - Período em que se realizaram os Jogos Públicos 
Romanos. 
Os romanos, como os gregos tiveram a realização de seus Grandes Jogos, que 
foram caracterizados como circenses e também tinham caráter religioso. Eram 
grandes festas populares. As disputas aconteciam em Roma e em outras cidades, às 
vezes ao mesmo tempo. Foram construídos anfiteatros para a disputa desses jogos, 
dentre eles o mais famoso: o Coliseu - Maior e mais famoso símbolo do Império 
Romano, o Coliseu era um enorme anfiteatro reservado para combates entre 
gladiadores ou opondo esses guerreiros contra animais selvagens. Suntuoso, era 
mais confortável do que muitos estádios modernos. Sua construção foi iniciada no ano 
72 d.C., por ordem do imperador Flávio Vespasiano, que decidiu erguê-lo no local de 
um antigo palácio de Nero, seu antecessor no comando do império. As obras levaram 
oito anos para serem concluídas e, quando tudo ficou pronto, Roma já era governada 
por Tito, filho de Vespasiano. 
Esses jogos iniciaram com Corridas de Bigas, quando os lutadores caiam dos 
carros, tinham que sobreviver ao ataque de outros contendores. Mas as corridas de 
brigas foram sendo substituídas pouco a pouco pelas lutas de gladiadores (Militares/ 
Escravos/ Ladrões/ Cristãos/ Bárbaros), homens armados com espadas e outros 
artefatos, que combatiam oponentes e animais. Esses jogos eram oferecidos pelos 
governantes romanos ao povo e serviam para aliviar as tensões sociais. 
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Os jogos tiveram papel importante durante o Império. Nesta época de grandes 
conquistas territoriais e expansão externa, as políticas sociais internas muitas vezes 
eram sonegadas, causando a ira da população. Para evitar rebeliões e levantes 
populares, os imperadores adotaram a “Política do Pão e Circo”, ação que conforme 
a necessidade de “controle” do povo ,faziam com que o calendário dos jogos fosse 
expandido, chegando ao número de 175 dias festivos, quando eram oferecidos além 
dos jogos , cotas de pães à população. 
Ao contrário dos Jogos Olímpicos, repletos de honra e disputas leais, os Jogos 
Romanos eram caracterizados por espetáculos bizarros e sangrentos, contendo lutas 
armadas que se prolongavam até a morte dos gladiadores, lutas contra animais 
selvagens e execução de criminosos e cristãos. 
-Idade Média, Os Torneios e as Justas - Chama-se Idade Média o período da 
história compreendido aproximadamente entre a queda do Império Romano e o 
período histórico determinado pela afirmação do capitalismo sobre o modo de 
produção feudal, o florescimento da cultura renascentista e os grandes 
descobrimentos (476 até 1450). 
Após a queda do Império Romano, as práticas desportivas sofreram enorme 
decadência. Verificava-se uma acentuada diferenciação entre as atividades das 
classes sociais, enquanto os nobres se dedicavam a desenvolver aptidões guerreiras 
em torneios e combates, além de praticar a equitação e a caça, o povo tinha grande 
apego aos jogos de bola. 
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INTRODUÇÃO A EDUCAÇÃO FÍSICA 
 
 
Esse declínio do esporte deve-se muito à concepção religiosa; a igreja tinha um 
entendimento de que corpo e espírito eram independentes e separados, considerando 
que as “fraquezas” do corpo impediriam a purificação da alma e a salvação. Por isso, 
o que estava ligado ao corpo no sentido de causar prazer, como a dança, a farta 
alimentação, a prática sexual e as competições esportivas, eram considerados 
pecado. Assim, o corpo ficava relevado nos dogmas da igreja, servindo mais à 
penitência do que ao desenvolvimento de aptidões físicas. 
Os exercícios físicos nos séculos XI, XII e XIII foram base da preparação 
militar dos soldados, que lutavam nas Cruzadas empreendidas pela igreja. Nesse 
período aconteceram: 
Justas Medievais – Disputas entre 2 cavaleiros com armaduras, escudos e 
lanças 
 
 
Soule – Esporte popular de pelota de grande violência participavam 
principalmente homens do campo. 
 
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Torneios Medievais – Competição que caracterizava uma verdadeira batalha. 
Os competidores, além de cavalos, usavam espadas e lanças. Duas equipes, em 
campo aberto, lançavam-se contra a outra, muitas vezes, após o primeiro confronto, 
muitos homens caiam mortalmente abatidos. Participavam a nobreza e alguns 
profissionais conhecidos como “trapaceiros” ou batoteiros (““ pessoas mentirosas que 
conseguiam” entrar” na nobreza, através de espertezas e técnica, para obter 
vantagens indevidas e, consequentemente, benefício ilícito). 
 
 
Entre os séculos XIV e XVIII, ocorreu um período de transição histórica (Média 
– Moderna), onde se destacaram 03 grandes movimentos: 
a) Humanista - Movimento social europeu, que recolocou o homem como 
centro de toda ação e como agente principal no processo de mudanças sociais. Se 
antes (Idade Média) DEUS e a Igreja guiavam o Homem e seus passos, agora o 
Homem, por si só, obedecia a reflexão mais aprofundada para discernir seus 
caminhos. O pensamento humanista fez ressurgir na cultura europeia a filosofia greco-
romana, a retomada de diversas atividades, dentre elas a redescoberta da importância 
da atividade física. 
b) Renascença – movimento iniciado na Itália, e que se estendeu por toda 
Europa. Foi um período, em que muitas crenças arraigadas e tomadas como 
verdadeiras, foram postas em discussão e testadas através de métodos científicos. 
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Como o homem sempre teve interesse no seu próprio corpo, o período da Renascença 
fez explodir novamente a cultura física, as artes, a música, a ciência e a literatura. A 
beleza do corpo, antes pecaminosa, é novamente explorada pelos grandes artistas, 
além da criação de instrumentos e conceitos de estudos, como Leonardo da Vinci, 
responsável pela criação de desenho com medidas antropométricas do corpo 
humano. 
 
 
A inclusão da Educação Física Escolar como disciplina, aconteceu também 
nesse período, Vitório de Feltre que em 1423 fundou a escola "La Casa Giocosa" 
incluiu no conteúdo programático os exercícios físicos. 
c) Iluminismo - Movimento surgido na França no século XVII, e defendia o 
domínio da razão sobre a visão teocêntrica que dominava a Europa na Idade Média. 
Contra o abuso do poder no campo social prolongou-se até o século XVIII, com o 
lema: Liberdade, Igualdade e Fraternidade. Como destaque para a atividade física 
dessa época, os alfarrábios apontam: Jean-Jaques Rousseau e Johann Pestalozzi. 
Rousseau propôs a Educação Física como necessária às crianças para 
desenvolverem relações com o meio externo. Segundo ele, pensar dependia extrair 
energia do corpo em movimento. Pestalozzi foi precursor da escola primária popular 
e sua atenção estava focada na influência formativa do exercício físico, no 
desenvolvimento integral do indivíduo. 
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Esporte Moderno 
 
No último quartodo século XVIII, em meados de 1760, ocorreu na Inglaterra 
uma grande evolução científica, tecnológica e econômica, a Revolução Industrial. 
Foram inventadas máquinas que produziam muito mais que o trabalho manual: 
máquinas de fiação e tecelagem. E para atender a demanda de trabalho nessas 
fábricas, houve um grande êxodo rural, o qual favoreceu o crescimento urbano; pois 
essa frente de “mão de obra” era formada por homens, mulheres e até crianças. 
A Revolução Industrial influenciou a mudança na forma de se pensar o mundo. 
O pensamento racional foi direcionado a formas de otimização da produção, através 
de processos que visavam ao acúmulo de capitais. 
O esporte moderno se desenvolveu paralelamente ao processo de 
industrialização herdando dele a racionalização, sistematização e a orientação ao 
resultado. A origem do esporte na Inglaterra está em jogos e recreações populares 
(jogos com bola), assim como em algumas atividades lúdicas da nobreza britânica 
(caça remo, equitação). 
Desde o século XVIII até meados do século XIX, ocorriam na aristocracia 
disputas esportivas, principalmente corridas curtas, lutas e provas de remo, que 
serviam para apostas dos disputantes e dos assistentes. Na primeira metade do 
século XIX, Thomas Arnold, pedagogo inglês resolveu codificar os jogos existentes, 
dando-lhes regras e competições, era o início do Esporte Moderno. 
Com a prática esportiva nas escolas aristocráticas inglesas regulamentada, 
torna-se componente curricular fundamental, que visava atribuir valores de liderança 
e disciplina aos futuros dirigentes ingleses. 
Porém, a prática de atividades físicas e jogos também aconteciam na classe 
operária, e num percentual quantitativo muito maior do que na aristocracia, posto que 
o crescimento urbano desse período era exacerbado e desordenado, assim uma 
regulamentação esportiva também deveria atingir a baixa classe. A prática dos jogos 
com bola (futebol), tinha necessidade de regras; afinal sem normas, essa atividade 
tornar-se-ia um verdadeiro massacre. 
Em consequência, foram instituídas nas fábricas atividades físicas 
regulamentadas, e a burguesia industrial inglesa usou habilmente os princípios 
educativos do esporte para desenvolver junto à classe proletária valores como 
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disciplina, hierarquia, rendimento. Assim, a prática esportiva dos trabalhadores 
atendeu aos interesses de doutrinação da burguesia, que sob o pretexto de melhoria 
e manutenção da saúde e combate aos vícios, visavam na realidade o aumento da 
produção e diminuição das faltas. 
As fábricas fundaram diversas equipes constituídas por seus operários. A 
disputa esportiva entre as empresas gerou a ideia de fidelidade entre o trabalhador e 
a fábrica; a discussão esportiva desviava a mente dos trabalhadores de problemas 
empregatícios e de organizações sindicais. Os operários que se destacavam nas 
equipes esportivas recebiam benefícios, horários para treinar, dias de folga e 
bonificações. 
O esporte atingiu na Inglaterra todos os segmentos da sociedade e teve 
a igreja e as escolas estatais como agentes propagadores de grande importância. As 
igrejas, com o objetivo de atraírem fiéis, construíram campos de futebol em seus 
arredores, onde eram disputadas partidas após as cerimônias nos finais de semana. 
As escolas estatais incluíram o esporte em seus programas seguindo determinações 
do governo e foram importantes agentes de massificação da prática esportiva. 
No último quarto do séc.XIX, com o desenvolvimento das atividades esportivas, 
instituiu-se um sistema esportivo, com a criação de federações e associações, que 
normatizaram as regras, instituíram recordes, enfim organizaram o esporte, de 
maneira tal que foi difundido a outros países. Com o surgimento de ligas e 
campeonatos, nasceu a figura do espectador esportivo, provocando a construção de 
estádios que abrigavam grande número de torcedores. Em fins do século XIX, o 
esporte arrastava multidões aos estádios. Os órgãos governamentais perceberam 
então o poder e abrangência do esporte e passaram a fazer uso de suas estruturas. 
Ocorreu uma estatização de entidades esportivas, fato que trouxe ao esporte o 
sentimento de patriotismo e representação nacional, sobretudo com a convocação de 
seleções para disputa em campeonatos internacionais. 
A Inglaterra se firmou no séc.XIX como a grande potência imperial do mundo. 
Esta posição possibilitou a exportação de tecnologia e empresas para suas áreas 
coloniais, sobretudo nas áreas têxteis, de energia elétrica e ferroviária, e junto com 
essas empresas, foi exportado para o mundo todo o modelo esportivo inglês. 
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Segundo Brohm (2003), a gênese do esporte moderno sugere que a origem 
deve ser buscada concomitantemente com a consolidação do modo de produção 
capitalista e da ideologia burguesa. 
Isso gerou transformações de performance, medição de resultados e 
comparações dos mesmos, que não eram observadas no esporte antigo. A melhoria 
do desempenho do organismo humano começou a ser tratada por um sistema 
científico. Com efeito, o esporte materializou de forma abstrata a performance 
humana. 
 
OIimpismo 
 
O Olimpismo é uma filosofia de vida que defende a formação de uma 
consciência pacifista, democrática, humanitária, cultural e ecológica por meio da 
prática esportiva. O objetivo do Olimpismo é colocar o esporte a serviço do homem, a 
partir da criação de um estilo de vida baseado na alegria do esforço físico e no respeito 
entre os cidadãos, contribuindo para o desenvolvimento do indivíduo e fortalecendo a 
compreensão e a união entre os povos. 
Baseado nos ideais dos Jogos Olímpicos Gregos da Idade Antiga, e no modelo 
do esporte inglês, que tinha por preceitos a competição, a regulamentação das 
atividades e o jogo limpo “fair play”; no final do séc.XlX (1894), um aristocrata francês, 
o Barão Pierre de Coubertin, organizou e realizou um Congresso Internacional Atlético 
em Paris, no qual foi criado o COI (Comitê Olímpico Internacional). 
Nesse Congresso, Coubertin buscou instituir um conjunto de ideias nobres 
denominados Olimpismo; cujo preceito básico era o amadorismo, que pregava uma 
prática desinteressada das atividades esportivas, não sendo permitida a remuneração 
dos participantes em função de sua atuação esportiva. Tendo como principais 
objetivos: 
1. Promover o desenvolvimento das qualidades físicas e morais que são a 
base do esporte; 
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2. Educar a juventude através do espírito esportivo para um melhor 
entendimento e amizade entre os povos, ajudando a construir um mundo melhor e 
mais pacífico; 
3. Espalhar os princípios olímpicos pelo mundo, criando a amizade 
internacional; 
4. Unir os atletas do mundo a cada quatro anos em um grande festival 
esportivo: os Jogos Olímpicos. 
Na atualidade, integram o Movimento Olímpico: o Comitê Olímpico 
Internacional (COI), os Comitês Olímpicos Nacionais (no caso do Brasil o COB), as 
organizações esportivas, os atletas e todos os que aceitam a Carta Olímpica. 
 
Jogos OIímpicos de Verão ou OIímpiadas 
 
Com a restauração dos jogos, criou-se a ideia de representação esportiva 
nacional, esta condição gerou um sentimento patriótico nos atletas e na população 
dos países participantes. O esporte exaltou elementos simbólicos, tais como 
bandeiras e hinos, que foram exibidos ostensivamente nas cerimônias de abertura e 
de premiação. Percebendo o grande poder convocatório e nacionalista do esporte,os 
governos passaram a investir na preparação de seleções nacionais em busca do 
prestígio obtido com vitórias esportivas para seus respectivos regimes políticos. 
 
Athenas – 1896 
 
 
Primeira edição dos Jogos Olímpicos da Era Moderna, que foram realizados 
em 1896, em Atenas, com a participação de 285 atletas que integravam delegações 
de 13 países. Nessa primeira Olimpíada da Era Moderna o atletismo destacou-se 
como principal esporte, sendo realizadas 12 provas, entre corridas, saltos e 
arremessos. 
 
Paris – 1900 
 
 
Diferentemente dos primeiros Jogos, quando a população de Atenas participou 
com entusiasmo de todos os eventos, as Olimpíadas de 1900 passaram 
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INTRODUÇÃO A EDUCAÇÃO FÍSICA 
 
 
despercebidas para os parisienses, principalmente por causa da falta de informação 
e organização. Além disso, os Jogos concorreram como coadjuvante diante de outro 
evento: Paris se preparava para organizar uma grande Feira Mundial (atual Expo), 
tendo a Torre Eiffel como porta de entrada da exposição industrial e tecnológica. 
O acúmulo de eventos fez com que os Jogos Olímpicos acabassem sendo 
disputados em longos cinco meses, tendo a França, como era de se esperar, como 
grande vitoriosa nos Jogos. 
A presença de mulheres nos Jogos (em Atenas-1896 só participaram homens) 
causou uma grande polêmica no meio intelectual e esportivo. 
 
St. Louis – 1904 
 
 
A Olimpíada de Saint Louis, nos Estados Unidos entrou para a história como a 
pior de todos os tempos. A péssima organização do evento e o baixo desempenho 
dos atletas fizeram dos Jogos um espetáculo deprimente, beirando o ridículo. Apenas 
12 países mandaram representantes para os EUA. A interferência política fez com que 
Coubertin ficasse decepcionado com os organizadores dos Jogos e não 
comparecesse à cerimônia de abertura. 
De forma positiva, pela primeira vez nos Jogos Olímpicos, os vencedores foram 
premiados com medalhas de ouro, os segundos levaram a prata e os terceiros, o 
bronze. 
 
Londres – 1908 
 
 
Nos Jogos Olímpicos de Londres a participação feminina tornou-se definitiva - 
36 mulheres, houve também uma mudança no percurso da prova da MARATONA, 
para que a família real britânica pudesse assisti-la do Castelo de Windsor. Desde 
então, os 41km de prova, passaram oficialmente para 42,195 Km. 
Essa foi à última edição dos Jogos em que o país sede definiu a arbitragem; 
pois devido a inúmeros equívocos e parcialidade dos juízes em prol das equipes do 
país sede, o COI apropriou-se dessa função para todos as edições seguintes. 
 
EstocoImo – 1912 
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INTRODUÇÃO A EDUCAÇÃO FÍSICA 
 
 
 
Com a participação de 2407 atletas de 28 países (recorde até então), os Jogos 
de Estocolmo-1912 tiveram 14 esportes no programa - a edição anterior contou com 
22 esportes, em sua maioria já extintos. Para abrigar as principais provas do atletismo, 
os suecos construíram um estádio Olímpico que mais lembrava uma fortaleza 
medieval, com seus tijolos de cor cinza-vulcânica. A natação feminina entrou pela 
primeira vez nas Olimpíadas, tornando irreversível a participação das mulheres nos 
Jogos. 
 
Antuérpia – 1920 
 
 
Criação da bandeira olímpica por Pierre de Coubertin, os cinco anéis 
entrelaçados simbolizavam os cinco continentes, com seus desportistas enfrentando-
se numa competição justa. As cinco cores, sobre um fundo branco, estavam 
compostas originariamente em todas as bandeiras do Mundo. 
Foi a Primeira Participação do Brasil em Olimpíadas, com a conquista da 
Primeira Medalha Ouro Individual com Guilherme Paraense na Prova de Tiro. 
 
Paris – 1924 
 
 
Com a participação de 2956 atletas, entre eles 136 mulheres, representando 
44 países, um recorde até então, para felicidade e glória de Pierre de Coubertin, que 
via os Jogos voltarem à sua terra natal, após vinte anos, bastante revigorados, com a 
presença de 1000 jornalistas e a primeira transmissão radiofônica das provas. 
Foi também à primeira vez que os atletas se instalaram numa pequena vila 
olímpica, formada de várias pequenas casas de madeira. 
 
Amsterdã – 1928 
 
 
Pela primeira vez na história, uma edição das Olimpíadas foi realizada sem a 
presença do Barão de Coubertin. Criador dos Jogos Olímpicos Modernos e então 
presidente do COI, o Barão afastou-se do cargo em 1925, acreditando que sua missão 
estava cumprida. Coubertin também estava desiludido com a crescente 
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profissionalização do esporte, que desvirtuava o ideal olímpico pregado pelo francês, 
e se refugiou na Suíça. 
 
Los AngeIes – 1932 
 
 
A crise da bolsa de 29 fez o mundo duvidar do poderio econômico dos EUA e 
a economia norte-americana só começaria a se recuperar em 1933, com o New Deal 
do presidente Roosevelt. No esporte, porém, a resposta veio já em 1932, com os 
Jogos Olímpicos de Los Angeles. 
A crise financeira no Brasil também fez a diferença nos Jogos. O Governo 
Brasileiro financiou a viagem dos atletas para Los Angeles em troca de trabalho. A 
delegação brasileira embarcou com 50 mil sacas de café em um navio e tinha de 
vender a semente pelo caminho. Quem não vendesse, não competiria. Dos 69 atletas 
que foram para os Estados Unidos, 24 acabaram retornando. Além dos atletas que 
superaram a "eliminatória do navio", outros 13 atletas viajaram por conta própria, 
completando a equipe. Entre os 58 atletas brasileiros, havia apenas uma mulher. A 
nadadora Maria Lenk, que se tornou a primeira atleta sul-americana a competir numa 
Olimpíada. Lenk participou da prova dos 100 m livre, 100 m costas e 200 m peito, na 
qual foi eliminada nas semifinais. A atleta aprendeu a nadar no rio Tietê e ficou 
conhecida no país por introduzir por aqui o nado borboleta. 
 
BerIim – 1936 
 
 
Nesse período a Alemanha era governada pelo nazismo tendo como líder 
supremo e totalitário: Adolf Hitler. A ascensão do nazismo na Alemanha foi favorecida 
pelas humilhações sofridas pelo povo em função das imposições do Tratado de 
Versalhes após a primeira guerra mundial, que responsabilizou a Alemanha pelo 
conflito, obrigando-a a pagar pesadas reparações, crises econômicas e o temor da 
revolução comunista que acontecia na Rússia. 
Assim, após assumir o poder, Hitler inicia uma campanha de perseguição e 
combate aos opositores do regime nazista, e ao mesmo tempo combateu frentes de 
desemprego com frentes de trabalho e incentivos à indústria. 
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Em 1931, a Alemanha apresentou intenções de sediar as Olimpíadas de 1936 
na cidade de Berlim, num interesse de exaltar a honra do povo e divulgar 
internacionalmente a imagem poderosa da Alemanha Nazista. A intensa participação 
do Estado Nazista e do Exército alemão na organização dos jogos fez surgir nos EUA, 
França, Inglaterra e em outros países europeus, suspeitas quanto à intenção de 
utilização política dos jogos. Foram iniciadas campanhas de boicote; pois outro receio 
era a perseguição racial sofrida pelos judeus na Alemanha, e alguns países sentiam-
se inseguros em levar seus atletas de origem negra e judaica aos jogos, sendo 
revertido após uma série de medidas e compromissos firmados pelo governo alemão 
junto ao COI. 
A máquina do Estado Nazista realizou a melhor edição dos jogos até então, a 
população foi orientada a receber bem os participantes, dando uma visão de exaltação 
de honra e glória ao regime nazista. Hitler também tinha a intenção de comprovara 
supremacia da raça ariana nas provas atléticas dos jogos. No entanto, a hegemonia 
alemã foi ameaçada pela equipe de atletismo dos EUA, composta entre outros, por 
dez atletas negros que conquistaram oito medalhas de ouro. Com destaque para o 
atleta Jesse Owens, ganhador de quatro dessas medalhas de ouro, nos 100 e 200 
metros rasos, revezamento 4x100 metros e salto em distância, prova em que derrotou 
o campeão europeu e alemão Luz Long. Após a vitória de Owens, Hitler deixou o 
estádio irritado, sem cumprimentá-lo como havia feito até então com os campeões. 
Todavia, a anfitriã, com a maior delegação dos jogos, conquistou o maior número de 
medalhas olímpicas, 90 contra 56 dos EUA. 
Também foi nessa edição doa jogos que aconteceu o 1° Revezamento da 
Tocha Olímpica. 
 
Londres – 1948 
 
 
Ainda abatida pelos bombardeios da Segunda Guerra Mundial, Londres voltou 
a receber os Jogos Olímpico em 1948, doze anos após a última edição realizada. A 
capital inglesa, mesmo parcialmente destruída e sem muita verba para organização, 
hospedou todos os atletas e cumpriu com eficiência a tarefa de ser sede. O Brasil 
conquistou a primeira medalha no esporte coletivo: bronze no basquete masculino. 
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HeIsinque – 1952 
 
 
O conflito entre duas potências mundiais, EUA e a União Soviética, denominado 
Guerra Fria, teve início após o término da Segunda Guerra Mundial. Este embate se 
estendeu pela segunda metade do séc.XX, em uma grande disputa ideológica e 
armamentista. 
As pressões resultantes da Guerra Fria foram sentidas nas disputas esportivas, 
a URSS iniciou sua participação em Helsinque, 1952, disposta a mostrar ao mundo a 
excelências do comunismo; pois nos quatro anos que antecederam esses jogos foram 
destinados grandes recursos a projetos esportivos, visando formar atletas de alto nível 
que representassem a ideologia comunista nos jogos. Assim a partir desses jogos, 
iniciou-se uma disputa paralela à Olimpíada, o confronto ideológico entre dois blocos 
antagonistas dentro de recintos esportivos, resultando boicotes dos EUA e aliados, e 
da URSS e bloco socialista. 
A Guerra Fria foi um combate de tensões e ameaças apocalípticas que 
deixaram o mundo à sombra da guerra até o final da década de 80 com a queda do 
muro de Berlim e o declínio e esfacelamento da União Soviética. 
Neste contexto o esporte foi usado como instrumento ideológico e de 
propaganda por ocasião de competições internacionais e Jogos Olímpicos. Foi uma 
arma simbólica dos blocos opostos, transformando piscinas, ginásios e estádios em 
campos de batalha. As vitórias esportivas foram usadas para reafirmar o prestígio 
político e a soberania de cada regime. 
Nessa edição também o atleta brasileiro Adhemar Ferreira da Silva, bateu o 
recorde olímpico do salto triplo e conquistou sua 1ª medalha de ouro. 
 
MeIbourne – 1956 
 
 
Esta foi a primeira vez que os Jogos Olímpicos foram disputados no hemisfério 
sul. E tiveram uma peculiaridade: as provas de hipismo não aconteceram em 
Melbourne, mas em Estocolmo. As severas leis de quarentena da Austrália atrasariam 
a autorização da entrada de cavalos estrangeiros e a solução encontrada pelos 
organizadores foi transferir as provas da modalidade para a Suécia, cinco meses 
antes do início dos Jogos. O time americano de basquete liderado por Bill 
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Russel e K.C. Jones impôs a performance mais dominante da história Olímpica. Os 
americanos marcaram mais que o dobro de pontos que os seus adversários e 
venceram todos os jogos com pelo menos 30 pontos de vantagem. Pelo Brasil, 
Adhemar Ferreira da Silva conquistou o bicampeonato Olímpico no salto triplo. 
 
Roma – 1960 
 
 
Os Jogos Olímpicos Roma 1960 foram os primeiros a serem transmitidos pela 
televisão, ao vivo, para 20 países. Cerca de 200 milhões de pessoas assistiram às 
competições sem sair de casa. 
A capital italiana também testemunhou as vitórias do norte-americano Cassius 
Clay, que mais tarde seria imortalizado como Muhammad Ali, seu nome muçulmano. 
O pugilista foi campeão Olímpico na categoria meio-pesado. O Brasil conquistou duas 
medalhas de bronze: uma na natação, outra no basquete. 
 
Tóquio – 1964 
 
 
Tóquio recebeu os primeiros Jogos Olímpicos do continente asiático. Grandes 
investimentos foram feitos para a construção de ginásios e complexos esportivos, 
além de melhorias no transporte público da cidade. Foi lá que o judô e o vôlei (primeiro 
esporte coletivo disputado por mulheres) passaram a fazer parte dos Jogos. 
A ginasta russa Larisa Latynina adicionou seis novas medalhas à sua incrível 
coleção. Em três Jogos Olímpicos ela conquistou nove medalhas de ouro, cinco de 
prata e quatro de bronze, um total de 18 medalhas. A seleção brasileira masculina de 
basquete conquistou sua terceira medalha olímpica de bronze. 
 
México – 1968 
 
 
A Cidade do México recebeu os primeiros Jogos Olímpicos realizados na 
América Latina, onde se apresentaram ao mundo a dois tipos de doping. O primeiro, 
natural, resultado da altitude: disputados a 2.240 metros do nível do mar, com 
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resistência do ar menor e 30% de oxigênio a menos, os Jogos tiveram 68 recordes 
mundiais e 301 recordes olímpicos quebrados. 
O segundo, artificial. A Cidade do México viu, pela primeira vez, o controle 
antidoping em Olimpíadas. Somente um atleta foi eliminado por testar positivo a 
substâncias proibidas - o sueco Hans-Gunnar Liljenvall, do pentatlo moderno, por 
excesso de álcool. 
Além disso, testes de comprovação de sexo para as provas femininas foram 
adotados, pelas suspeitas sobre as características físicas de algumas campeãs dos 
países do bloco socialista. Nenhuma mulher foi desclassificada, mas muitas atletas 
importantes não se inscreveram para os Jogos. 
O Brasil aproveitou os primeiros Jogos disputados na América Latina para 
conseguir seu melhor desempenho olímpico da década. No México, foram uma 
medalha de prata e duas de bronze. 
No atletismo, o salto triplo novamente rendeu medalha ao Brasil, foi a vez de 
Nelson Prudêncio conquistar a prata. Ele saltou 17,27m, novo recorde mundial. Na 
última tentativa, quando o brasileiro já saboreava a vitória, o soviético Viktor Saneyev 
atrapalhou a festa verde-amarela e saltou 17,39m, conquistando o ouro. 
No boxe, o paulista Servílio de Oliveira conquistou a primeira e única medalha 
da modalidade, bronze nos meio- médios, após perder as semifinais pelo mexicano 
Ricardo Delgado. 
A terceira medalha veio em uma modalidade que, no futuro, se tornaria a mais 
vitoriosa do país em Olimpíadas, a vela. Na classe Flying Dutchmann, Reinald Conrad 
e Burkhard Cordes ganharam o bronze. 
 
Munique – 1972 
 
 
A Olimpíada de Munique ficou marcada pela matança de 18 pessoas, entre 
atletas israelenses, terroristas palestinos e policiais. Pela primeira vez, o maior evento 
esportivo do mundo foi paralisado. Cogitou-se suspender os Jogos, mas o COI decidiu 
manter a programação original. 
Um grupo de terroristas palestinos da organização Setembro Negro invadiu a 
Vila Olímpica de Munique e ingressou nos dormitórios da delegação israelense. Duas 
pessoas foram assassinadas imediatamente e outras nove foram feitas reféns 
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do grupo. Os terroristas pediram a libertação de 200 árabes prisioneiros em Israel e 
ameaçaramexecutar dois reféns a cada hora. No final, após uma estratégia errada da 
polícia alemã, os onze atletas israelenses foram mortos e quase todos os seus 
agressores também. Após o triste incidente, ocorrido quase no final dos Jogos, as 
atividades foram retomadas. 
O grande nome de Munique e um dos maiores de todos os Jogos Olímpicos foi 
o do nadador norte-americano Mark Spitz. Campeão olímpico de sete provas da 
natação, Spitz também quebrou o recorde mundial de todas elas, numa façanha sem 
paralelos no mundo do esporte. O feito de Spitz, que assombrou o mundo, 
transformou-o num alvo preferencial do terrorismo por ser judeu e ele foi retirado às 
pressas da cidade após o ataque à vila olímpica e enviado de volta aos EUA. Essa 
edição é marcada também pela 1ª utilização de um Mascote Olímpico (Waldi) 
O Brasil participou com quase o mesmo número de atletas da edição anterior, 
89 contra 84 na Cidade do México. Participando outra vez de 13 modalidades, os 
brasileiros conquistam duas medalhas de bronze. No atletismo, e mais uma vez no 
salto triplo, o Brasil chegou ao pódio com Nélson Prudêncio, e no judô, com Chiaki 
Ishii, na categoria meio- pesado. 
 
MontreaI – 1976 
 
 
A ginasta romena Nadia Comaneci, de apenas 14 anos de idade, encantou o 
mundo logo na sua primeira exibição, nas barras assimétricas, com uma nota 10! A 
nota máxima nunca tinha sido dada a ninguém antes disso e essa foi à primeira de 
uma série. Ao final das competições, a ginasta havia totalizado sete notas 10, três 
medalhas de ouro, uma de prata e uma de bronze. 
No Canadá, a delegação brasileira repetiu o desempenho de Munique-1972, 
conquistando duas medalhas de bronze. Com uma delegação de 81 atletas, dos quais 
apenas sete mulheres, o Brasil participou de 13 modalidades. 
Seguindo a tradição do atletismo, o salto triplo foi o destaque do país. Depois 
dos feitos de Adhemar Ferreira da Silva e Nelson Prudêncio em edições anteriores 
dos Jogos, foi a vez de João do Pulo subir ao pódio para levar o bronze. 
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João do Paulo chegou a Montreal como recordista mundial da prova, com a 
marca de 17,89 m do Pan do México-1975. O brasileiro liderou a fase eliminatória, 
mas não conseguiu passar dos 16,90 m e foi superado pelo soviético Viktor Saneyev, 
que faturou o ouro pela terceira vez consecutiva, com 17,29 m. O saltador, que morreu 
em 1999, participou ainda da Olimpíada seguinte, em Moscou-1980, onde foi bronze. 
O segundo bronze do Brasil foi na vela, com a dupla Reinaldo Conrad e Peter 
Ficker na classe Flying Dutchman. 
 
Moscou – 1980 
 
 
A Olimpíada de Moscou tinha tudo para ser grandiosa. Desde 1974, quando a 
escolha foi anunciada, a capital russa preparou-se para apresentar ao mundo uma 
Olimpíada para a glória do regime comunista. Mas, no ano olímpico, as diferenças 
políticas levaram a um boicote majoritário, que transformou e esvaziou o torneio. 
A invasão das forças soviéticas ao Afeganistão em dezembro de 1979 fez o 
presidente dos Estados Unidos, Jimmy Carter, anunciar um boicote aos Jogos. No 
total, 61 países aderiram ao apelo dos EUA. Com isso competições aguardadas como 
basquete, atletismo e natação, perderam o brilho. Somente 80 países – o menor 
número desde 1956 – estiveram presentes (apenas 5.179 atletas, 4.064 homens e 
1.115 mulheres). 
O Brasil foi favorecido por tantas ausências e teve o seu melhor desempenho 
em Olimpíadas desde sua estreia, em 1920, em Antuérpia. Com duas medalhas de 
ouro e duas de bronze, o país termina em 17° na colocação final no quadro geral de 
medalhas - a melhor posição em todos os tempos. 
Após 24 anos, os brasileiros finalmente voltaram a ganhar o ouro olímpico. E 
pela primeira vez em dose dupla. Na vela, Alexandre Welter e Lars Bjorkstrom ficaram 
em primeiro lugar na classe Tornado e Marcos Pinto Rizzo Soares e Eduardo Penido 
venceram na classe 470. 
No atletismo, o Brasil ganhou um bronze com João Carlos de Oliveira, o João 
do Pulo. O saltador, que já tinha levado o bronze em 1976, obteve a sexta medalha 
nacional no salto triplo. Essa foi a última participação de João do Pulo em Olimpíadas. 
No ano seguinte, o atleta teve a perna direita amputada após um 
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acidente automobilístico. Em maio de 1999, João do Pulo morreu de infecção 
generalizada. 
 
Los AngeIes – 1984 
 
 
Depois da debandada de Moscou, foi a vez de os soviéticos revidarem o boicote 
dos Estados Unidos. Mas nem a ausência da União Soviética e seu bloco de aliados 
socialistas, como Cuba e a Alemanha Oriental, impediu que Los Angeles obtivesse 
um número recorde de países participantes: 140. Os Jogos também marcaram a volta 
da China à competição após 32 anos de ausência. 
Após o bom desempenho em Moscou, o Brasil enviou uma delegação ainda 
maior para Los Angeles. Com 166 atletas, sendo 145 homens e 21 mulheres, o país 
dobrou o número de medalhas conquistadas, com oito no total, um recorde até então: 
um ouro, cinco pratas e dois bronzes. 
O brasiliense Joaquim Cruz foi o único vencedor do país e de quebra 
estabeleceu novo recorde olímpico nos 800 m rasos, 1min43s00, que durou até 
Atlanta-1996. Já a seleção masculina de vôlei perdeu apenas para os anfitriões e foi 
vice-campeã. William, Bernard, Montanaro, Xandó, Renan, Amauri e cia. ficaram 
conhecidos como a geração de prata. 
Na natação, o então recordista mundial Ricardo Prado conquistou a medalha 
de prata nos 400 m medley, com 4min18s45. O Brasil também manteve a tradição de 
pódios na vela e trouxe mais pratas, com Torben Grael e Daniel Adler, na classe 
Soling. Outro esporte que rendeu medalhas foi o judô, com a prata de Douglas Vieira 
na categoria meio-pesado e dois bronzes, de Walter Carmona (médio) e Luís Onmura 
(leve). 
No futebol, a seleção foi à final pela primeira vez e acabou com o vice. Na 
primeira competição em que os profissionais puderam atuar (desde que não tivessem 
participado de Copas do Mundo), o Brasil foi derrotado pela França por 2 a 0. 
SeuI – 1988 
 
 
Depois de três edições tumultuadas, a grande maioria dos países filiados ao 
Comitê Olímpico Internacional (COI) voltou a participar dos Jogos em Seul. Após os 
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boicotes de africanos em Montreal-1976, norte-americanos em Moscou-1980 e 
soviéticos em Los Angeles-1984, a Olimpíada enfim foi disputada pelas maiores 
potências do esporte, com exceção de Cuba. 
Se a organização foi impecável, um escândalo de doping manchou a 
Olimpíada. O canadense Ben Johnson, vencedor dos 100 m rasos com 9s79, foi 
desclassificado três dias depois, após um exame apontar o uso de esteroides 
anabolizantes. Estas foram as Olimpíadas do velocista americano Carl Lewis, figura 
mais popular dos Jogos, que igualou o recorde de Jesse Owens em 1936, 
conquistando quatro medalhas de ouro nos 100, 200 e revezamento 4x100m, além do 
salto em distância. 
O único ouro do Brasil veio no judô com Aurélio Miguel, que venceu cinco 
combates na categoria meio-pesado. No atletismo, o então recordista olímpico 
Joaquim Cruz não repetiu o feito de Los Angeles e, com 1min43s90, ficou com a prata. 
Já Róbson Caetano levou bronze nos 200 m, com o tempo de 20s4. 
A segunda prata do Brasil veio com a seleção, que repetiu o resultado de quatro 
anos antes. Sob o comando de Carlos Alberto Silva, o time, que teve Taffarel, André 
Cruz, Mazinho, Jorginho, Neto, Bebeto, Ricardo Gomes e Valdo perdeu a final para a 
União Soviética por 2 a 1 na prorrogação. Romário foi o artilheiro do torneio.Na vela, vieram mais dois bronzes, com Torben Grael e Nelson de Barros 
Falcão, na classe Star, e Lars Grael e Clinio Freitas, na Tornado. 
 
BarceIona – 1992 
 
 
Depois dos Jogos de Seul, em 1988, o mundo passou por grandes 
transformações na sua geopolítica. O apartheid foi banido da África do Sul, o que 
possibilitou o retorno do país aos Jogos. Alemanha se reunificou após a queda do 
muro de Berlim, em 1989. A União Soviética fragmentou-se em 15 novas repúblicas 
no ano da véspera da competição. Voltaram os Jogos a Estônia, Letônia e Lituânia, 
ausentes a mais de meio século dos Jogos por causa da ocupação soviética, também 
participaram. 
As repúblicas da antiga União Soviética desfilaram em Barcelona sob o nome 
de Comunidade dos Estados Independentes (CEI), mas quando subiram ao pódio os 
atletas tiveram içadas as bandeiras de seus próprios países. A Albânia, livre da 
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ditadura, voltou aos Jogos após 30 anos. Cuba, Coréia do Norte e Etiópia também 
encerraram seu boicote. A Iugoslávia, sancionada pelas Nações Unidas pela agressão 
militar à Croácia e à Bósnia, foi proibida de participar das competições por equipes, 
mas os atletas do país puderam competir como “atletas olímpicos independentes". A 
chama olímpica foi acesa com uma flecha lançada pelo arqueiro paraolímpico 
espanhol Antônio Rebollo. 
Formada por Tande, Amauri, André, Carlão, Douglas, Giovane, Janelson, 
Jorge Édson, Marcelo Negrão, Maurício, Paulão e Talmo, a seleção masculina de 
vôlei, comandada por José Roberto Guimarães, fez uma campanha impecável e 
consagrou-se como a “Geração de ouro” ao vencer a Holanda por 3 sets a 0 na final. 
Foi o primeiro ouro em esportes coletivos do Brasil, além do fim do jejum de 
oito anos que o país não subia mais de uma vez ao lugar mais alto do pódio. No judô, 
Rogério Sampaio aumentou a lista com vitória dramática na categoria meio- leve, em 
que derrotou o húngaro Jozsef Csak na contagem de pontos para levar o segundo 
ouro. Gustavo Borges por pouco não conseguiu o terceiro, e levou prata nos 100 m 
livre. 
Na natação, a conquista também foi sofrida. A prova foi bastante acirrada, com 
o russo Aleksandr Popov, Borges e o francês Stephan Caron. Assim que os nadadores 
completaram a prova, o nome do brasileiro não apareceu no placar. O chefe da 
delegação brasileira pulou a mureta da arquibancada e foi reclamar. O nome de 
Borges apareceu na quinta colocação. Nunes continuou lutando e os fiscais 
resolveram assistir ao videoteipe da prova: prata para o Brasil. 
 
AtIanta – 1996 
 
 
Os Jogos do centenário das Olimpíadas deveriam ter sido realizados em 
Atenas, na Grécia. No entanto, acabaram cedidos a Atlanta, na Geórgia, pela pressão 
exercida pela Coca-Cola, que tem sede na cidade. Com a participação de mais de 10 
mil atletas e de 197 países, os Jogos de 1996 deram novo passo ao gigantismo. 
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Com sua maior delegação na história das Olimpíadas, o Brasil conseguiu em 
Atlanta seu melhor desempenho nos Jogos, desde sua estreia, em 1920. Com 225 
atletas, o Brasil conquistou 15 medalhas (três ouros, três pratas e nove bronzes). 
O esporte que mais rendeu pódios foi à vela: Robert Scheidt e Torben Grael 
(com Marcelo Ferreira) levaram o ouro nas classes Laser e Star, e Lars Grael e Kiko 
Pellicano terminaram em terceiro lugar no Tornado. Pela terceira edição consecutiva 
dos Jogos, o judô também fez uma boa participação. Aurélio Miguel, na categoria 
meio-pesado, e Henrique Guimarães, entre os meio-leves, trouxeram dois bronzes. 
No futebol, o time de Zagallo tinha Dida, Bebeto, Ronaldo, Aldair, Rivaldo e 
Roberto Carlos, mas não cumpriu as expectativas. A seleção perdeu para a Nigéria, 
de virada, por 4 a 3 na semifinal e derrotou Portugal na decisão do terceiro lugar. 
Dois quartetos completaram a lista de medalhas brasileiras. Robson Caetano, 
André Domingos, Arnaldo de Oliveira e Édson Luciano puseram o atletismo 
novamente no topo, depois da apagada atuação em 1992, e levaram o bronze no 
revezamento 4 x 100 m. No hipismo, a equipe formada por Rodrigo Pessoa, Álvaro 
Affonso de Miranda Neto (Doda), André Johannpeter e Luiz Felipe Azevedo também 
ficou em terceiro lugar nos saltos. 
 
Sidney – 2000 
 
 
A Olimpíada australiana pode ser considerada a Olimpíada dos números. 
Foram batidos os recordes de atletas participantes, países, mulheres, jornalistas, 
voluntários, esportes, provas, medalhas, direitos de TV e espectadores. Livre de 
boicote e atentados, o maior problema do evento foi o fuso horário, que prejudicou o 
maior público mundial, o Ocidente. Os EUA, por exemplo, não transmitiram nenhuma 
prova ao vivo, muito também pela decisão da NBC, que detinha os direitos de 
divulgação. 
Pela primeira vez desde os Jogos de Montreal-1976, o Brasil ficou sem 
medalhas de ouro em uma Olimpíada. Em contrapartida, os atletas brasileiros tiveram 
a segunda melhor campanha na história no total de medalhas, com 12, seis pratas e 
seis bronzes, perdendo apenas para Atlanta-1996, com 15. 
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O vôlei de praia foi o esporte que mais conquistou medalhas: prata com 
Shelda/Adriana Behar, campeãs mundiais, e bronzes com Zé Marco/Ricardo e Sandra 
Pires/Adriana Samuel. O judô e a vela, esportes em que o Brasil vinha conquistando 
pódios desde 1968, deram ao país quatro medalhas. Foram duas pratas no judô 
(Carlos Honorato, na categoria médio, e Tiago Camilo, na leve) e uma prata e outro 
bronze na vela (Robert Scheidt, segundo na classe Laser, e Torben Grael e Marcelo 
Ferreira, terceiros na Star). 
Com a conquista, Torben Grael tornou-se o brasileiro com o maior número de 
medalhas, ao lado do nadador Gustavo Borges. Torben contabilizou prata em Los 
Angeles-1984, bronze em Seul-1988 e ouro em Atlanta-1996. Já Borges, que ganhou 
bronze em Sydney no revezamento 4 x 100 m livre, foi prata em Barcelona- 1992, e 
prata e bronze em Atlanta- 1996. 
No atletismo, o quarteto brasileiro do 4x100 m rasos levou a medalha de prata. 
O time formado por Vicente Lima, Édson Ribeiro, André Silva e Claudinei Quirino 
terminou a prova apenas atrás dos norte-americanos. No hipismo, a equipe brasileira 
de saltos, que teve Álvaro Miranda Neto, André Johannpeter, Luiz Felipe de Azevedo 
e Rodrigo Pessoa, ficou com bronze. 
 
Athenas – 2004 
 
 
À volta ao palco dos Jogos Olímpicos antigos também simbolizou a primeira 
vez na história em que todos os países do mundo com um comitê nacional olímpico 
se inscreveram. 
Estreia do norte-americano Michael Phelps, o novo fenômeno da natação, que 
conquistou seis medalhas de ouro e duas de bronze, num total de oito ganhas, 
tornando-se o maior dos nadadores olímpicos depois do lendário compatriota Mark 
Spitz. 
O Brasil teve uma boa participação em Atenas. Foram cinco ouros: seleção 
masculina de vôlei, Torben Grael/Marcelo Ferreira (Star) e Robert Scheidt (Laser) na 
vela, Emanuel e Ricardo no vôlei de praia, e Rodrigo Pessoa no hipismo. Este último 
de herança, só confirmado após o doping do cavalo campeão. 
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O único revés ocorreu no último dia de competição, durante a maratona, para 
tristeza dos torcedores brasileiros. À frente na disputa masculina, Vanderlei Cordeiro 
foi alvo do ataque de um manifestante religioso, o padre irlandês Cornélius Horan, que 
furou a segurança. Com ajuda de outroespectador da prova, Vanderlei conseguiu 
voltar à corrida, mas demorou para retomar seu ritmo e ficou com o bronze. O 
maratonista recebeu também a medalha do Barão de Cobertin, e tornou- se o herói 
olímpico de Atenas. 
 
Pequim – 2008 
 
 
Primeira edição dos Jogos Olímpicos realizada na China foi os mais grandiosos 
e bem organizados Jogos de todas as edições realizadas; proporcionaram a quebra 
de 43 recordes mundiais e 132 recordes olímpicos. Um total de 87 nações 
conquistaram medalhas durante os Jogos. 
O Brasil conquistou sua primeira medalha de ouro na natação, com o velocista 
César Cielo Filho, nos 50 metros livre. E Maurren Maggi conquistou o primeiro ouro 
individual feminino, na prova do Salto em distância do atletismo. Mas o grande atleta 
dessa Olímpiada, o nome que ninguém irá esquecer é Michael Phelps, que conquistou 
oito medalhas de ouro, sete recordes mundiais e um olímpico na natação, tornando-
se o maior campeão olímpico da era moderna. Como reconhecimento pelo esforço de 
Phelps, o COI concede-lhe a medalha Pierre de Coubertin, a mais alta honraria dada 
a um atleta olímpico. 
 
Londres – 2012 
 
 
O Comitê Olímpico Internacional ao avaliar itens como segurança, saúde, 
transporte, serviços de hotelaria e infraestrutura, escolheu Londres como a sede 
Olímpica de 2012, vindo ser a primeira cidade a sediar 03 edições dos Jogos 
Olímpicos da Era Moderna, com 205 países participantes, aproximadamente 10.500 
atletas e 32 esportes O Brasil conquistou 17 medalhas nas Olimpíadas de Londres, 
sendo 3 de ouro, 5 de prata e 9 de bronze, o que representa um recorde para o nosso 
país, ficando na 22ª colocação do quadro de medalhas. Phelps foi a grande estrela da 
Olimpíada, mais uma vez. Apesar de longe do predomínio apresentado 
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em Pequim 2008 até ficou fora do pódio dos 400 m medley -, bateu o recorde da 
ginasta Larissa Latynina, dona de 19 medalhas, e chegou a 22 condecorações, sendo 
18 delas de ouro. Desta vez foram seis medalhas, sendo quatro de ouro e duas de 
prata. 
Mas a grande imagem dos Jogos, o atleta de inegável carisma que atraiu todas 
as lentes para si, foi Usain Bolt, que tornou-se o primeiro bicampeão a vencer de 
maneira consecutiva, em duas olimpíadas, os 100 e os 200 metros. 
 
Rio de Janeiro – 2016 
 
 
Aconteceram no mês de agosto de 2016, na cidade do Rio de Janeiro (Brasil), 
os XXXI Jogos Olímpicos de Verão. A abertura foi realizada no dia 5 de agosto. A 
cerimônia de encerramento ocorreu no dia 21 de agosto. O lema dos jogos foi "Viva 
sua paixão". As duas cerimônias aconteceram no Estádio do Maracanã. 
O estádio do Maracanã foi totalmente reformado e modernizado. Sua 
capacidade atual é de 82.000 espectadores. 
As cerimônias de abertura e encerramento foram vistas pela televisão por, 
aproximadamente, 4,5 bilhões de pessoas no mundo todo. 
Participaram cerca de 10.700 atletas de 205 nações e 2 delegações especiais 
(Atletas Olímpicos Independentes e Atletas Olímpicos Refugiados). 
Ao todo foram disputadas 42 modalidades esportivas (306 provas), duas a mais 
(Rúgbi de sete e Golfe) do que as dos Jogos Olímpicos de 2012. 
Os sete ouros, seis pratas e seis bronzes proporcionaram ao Brasil o melhor 
desempenho do país na história dos Jogos Olímpicos. 
 
SímboIos oIímpicos 
Aros oIímpicos 
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Talvez seja o mais forte símbolo olímpico. Os cinco aros interligados, nas cores 
azul, amarelo, preto, verde e vermelho representam a união dos cinco continentes, e 
pelo menos uma de suas seis cores (aqui vale também o branco, cor de fundo da 
bandeira), está presente na bandeira de cada um dos países filiados ao COI. Quem 
foi o idealizador dos aros? Ele – Barão Pierre de Coubertin. Os aros existem desde 
1913 e, posteriormente, também passaram a ser a marca do próprio Comitê Olímpico 
Internacional. 
 
Tocha oIímpica 
 
 
 
A tocha, que até então já percorreu diversos países sendo conduzida pelos 
melhores esportistas de seus respectivos países chega finalmente a pira olímpica. Ela 
é inspirada no “fogo sagrado e purificador dos jogos antigos, a tocha apareceu pela 
primeira vez na Era Moderna dos Jogos Olímpicos, em Berlim, 1936, localizada pelo 
alemão Carls Diem”. 
 
Mascotes oIímpicos 
 
 
A primeira mascote olímpica oficial foi o cãozinho Waldi, nos Jogos Olímpicos 
de Munique, em 1972. Desde então, as mascotes se popularizaram como símbolo da 
alegria e da festa que são os Jogos Olímpicos. Elas são embaixadoras da alegria 
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e mensageiras da amizade, representando elementos simbólicos do país ou da 
cidade sede dos Jogos. 
 
 
Waldi (1972) 
Lema olímpico: Citius, Altius, Fortius (o mais rápido, o mais alto, o mais forte 
em latim). Esta definição foi criada pelo Padre Didon, amigo do Barão Pierre de 
Coubertin, e serve de lema do ideal olímpico. O lema traz em si a ideia de superação 
do atleta em busca da conquista da medalha olímpica. 
Juramento: "Em nome de todos os competidores, eu prometo participar nestes 
Jogos Olímpicos, respeitando e cumprindo com as normas que o regem, no verdadeiro 
espírito esportivo, pela glória do esporte e em honra às nossas equipes". 
O juramento olímpico foi escrito pelo Barão de Coubertin e proclamado em uma 
cerimônia de abertura pela primeira vez, em 1920, nos Jogos de Antuérpia, pelo 
esgrimista belga Victor Boin. Desde então, o juramento dos atletas é sempre feito por 
um atleta anfitrião. 
Medalhas: Toda medalha olímpica de premiação (ouro, prata ou bronze) deve 
ter, no mínimo, 60 mm de diâmetro e 3 mm de espessura. A medalha de 1º lugar deve 
conter, obrigatoriamente, 6 g de ouro puro, no mínimo. Além disso, todos os atletas e 
oficiais recebem também uma medalha de participação oferecida pelo comitê 
organizador local. 
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Michael Phelps – O maior medalhista olímpico. 
 
 
A educação física na educação de jovens e aduItos 
 
Atualmente, o cenário encontrado na Educação de Jovens e Adultos (EJA), no 
que diz respeito à prática da Educação Física, é muito restrito. A lei que rege as 
diretrizes e bases da educação brasileira, ao mesmo tempo em que torna a oferta da 
Educação Física obrigatória durante toda Educação Básica (Ensino Fundamental e 
Ensino Médio), deixa claro que a prática é facultativa para os educandos que tenham 
prole, ou que tenham idade superior a trinta anos, ou que cumpram jornada de trabalho 
igual ou superior a seis horas diárias, ou que estejam obrigados à prática de educação 
física (BRASIL, 1996). Casos, estes, que atingem grande parte dos alunos que 
frequentam a modalidade de ensino Educação de Jovens e Adultos ainda que o perfil 
do público atendido tenha se modificado bastante, tornando-a muito mais de jovens 
do que de adultos no Ensino Fundamental. 
O fato de torná-la facultativa para alguns alunos (lembrando que até o ano de 
2003 também era facultativa aos cursos ofertados no período noturno) deve-se, 
principalmente, por a Educação Física, em seu contexto histórico, ser erroneamente 
associada à simples prática de esportes para competição e jogos para recreação. 
Enraizando, ainda mais, o (pré) conceito de que a Educação Física, principalmente 
para jovens e adultos que estudam no turno inverso ao trabalho, é desnecessária e 
tratando-a com desprezo quanto a sua importância no âmbito da melhoria

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